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Profissional Documentos
Cultura Documentos
DA GESTÃO
ESCOLAR
PARA
Um guia para fortalecer
os marcos de promoção
da equidade racial no
EQUIDADE
contexto escolar
Abril de 2022
APRESENTAÇÃO 7
4. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 31
Diversidade religiosa 76
Estímulo à leitura de livros paradidáticos sobre a
temática racial 79
Oficina de Turbantes – Embaraço 81
Etnomatemática: a matemática dos penteados
trançados ou saberes fazeres de matrizes africanas 83
Racismo e colorismo 85
Teia de conhecimento 86
Oficina de break 90
Festival multicultural 92
Jornada Pedagógica 95
Alunos articuladores 97
Jovens líderes para equidade racial 101
Espetáculo Lei 10.639/03 e Gestão para Equidade 104
Pesquisa sobre racismo em livros didáticos 107
Concurso de redação e histórias em quadrinhos 110
Entre jovens 113
Oficina de grafite 115
Sarau 117
Caminhada etnográfica: mapeando a comunidade 119
Central de mídia 122
Resgate de alunos evadidos 127
Redesenho curricular 129
Etnociências e a farmácia viva: as plantas medicinais 131
Indicadores de desenvolvimento 134
Criação de GT para monitorar e avaliar o programa e
ampliar o modelo de gestão escolar para as relações
étnico-raciais 139
Oficina de informação e formação com educadores,
funcionários e direção da escola 142
Encontros de aprendizagem 145
Com 19 anos da lei 10.639/03, temos uma geração de pessoas que passou
pela escola da educação infantil até o ensino médio sob um novo para-
digma que, embora existente, ainda enfrenta muitos desafios para con-
cretizar-se. A baixa institucionalidade da lei 10.639/03 e suas respectivas
diretrizes ainda é um nó enfrentado pelas escolas hoje.
Boa leitura!
Estes dois eixos são fundamentais para que a temática seja enraizada
nas políticas educacionais. Discutir educação para as relações étnico-
-raciais é possibilitar que pessoas envolvidas no processo educativo re-
flitam sobre: 1) como cidadãos negros, brancos, indígenas, asiáticos – e
provenientes de diferentes grupos étnicos – se relacionam no cotidiano,
2) como produzem desigualdades, 3) a importância do respeito às dife-
renças2 e 4) o exercício alteridade. Esta reflexão ajuda os cidadãos a com-
preender e situar os fenômenos ao longo da história e a se reposicionar
na construção de uma sociedade que respeite e valorize todas e todos. O
ensino de história e cultura africana e afro-brasileira é uma chave para a
valorização e reconhecimento da participação e contribuições dos povos
africanos e afrodescendentes para a humanidade, deslocando-os para o
lugar de sujeitos.
Após quase 20 anos da lei 10.639/03, é cada vez mais presente na narra-
tiva de movimentos sociais e pesquisadores que atuam com essa temá-
tica o argumento de que não basta apenas reconhecer a existência do
racismo e realizar atividades pontuais e isoladas sobre cultura africana e
afro-brasileira. O compromisso com a superação do racismo passa, princi-
palmente, por uma disputa e mudança de imaginário social.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Percentual de jovens (%)
100
100
90 87,8%
83,6% 90
80
80
70
70
60 60
50 50
40 40
30
30
20
20 8,6% 10,3%
10
10
0
Brancos Negros
0
Brancos Negros
90
80
70
50
40
30
20
10
9,0%
5,5%
0
Brancos Negros
30
O que temos observado, a partir das nos- 21,2%
20
sas experiências com formação para gesto-
11,2%
res escolares e secretarias, e também com 10
a implementação de dois Editais Gestão
0
Escolar para Equidade: Juventude Negra, Brancos Negros
é que os processos de avaliação da imple-
mentação da Educação para as Relações
étnico-raciais apontam que os projetos desenvolvidos são encabeçados
por iniciativa individual de profissionais da educação, os quais dificil-
mente conseguem articulá-los com outras disciplinas, além de enfrentar,
em muitos casos, o isolamento por parte dos colegas que personificam
o debate.
• conhecer e divulgar o conteúdo das diretrizes que orientam a implementação dessas leis;
• responder em tempo hábil às pesquisas e levantamentos sobre a temática;
• estudar e difundir os conteúdos da Resolução 01/2004 e do Parecer 03/2004, que instituem as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
1 6
temática de forma contínua e transversal. Para isso, se faz necessária a
implementação de programas de formação dos profissionais da educa-
ção. Para avançar neste campo a gestão escolar tem o papel de:
2
ções necessárias para os professores – materiais, tempo e
estrutura; Nacionais para a Educação
• garantir a inclusão da temática no PPP e nos planejamen- das Relações Étnico-
tos de cursos/matérias/disciplinas, considerando os níveis
e modalidades de ensino; -Raciais e para o Ensino de
• estimular a interdisciplinaridade para o fortalecimento da História e Cultura Afro-
inclusão da temática na escola, por meio de projetos colabo-
rativos que envolvam professores de diferentes áreas e que
-Brasileira e Africana
garantam momentos de culminância para apresentação
3
dos resultados;
4
• realizar orientações durante as reuniões pedagógicas sobre
a importância de se combater práticas racistas, preconcei-
tuosas e discriminatórias presentes no cotidiano escolar.
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
Para aprimorar a política de promoção da equidade racial na edu-
cação, as escolas precisam responder pesquisas e levantamentos
realizados por órgãos superiores sobre o processo de implementação
dos marcos legais em educação para as relações étnico-raciais, bem
como preencher o quesito raça-cor que nos possibilita visualizar as
desigualdades raciais na educação. A resposta sincera não prejudica
as unidades de ensino, mas possibilita identificar suas demandas e
assim avançar em estratégias de implementação da temática e de
programas de combate às desigualdades.
https://www.gestaoparaequidaderacial.
institutounibanco.org.br/
EIXO 1 –
FORTALECIMENTO DO MARCO LEGAL
EIXO 2 –
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO PARA
GESTORES E PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO
• Diversidade Religiosa
• Racismo Institucional
• Oficina de Formação em Relações
Étnico-raciais
• Encontros de aprendizagem
• Inserção da Equipe Gestora da Institui-
ção Escolar nos espaços de debates e
‘trocas’ sobre educação étnico-racial
• Redesenho Curricular
• Jornada Pedagógica
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG1
EMCG2
EMCG7 EM13CHS101
Língua Portuguesa EMCG10 EM13CHS102
História
Específicas EM13CHS501
Sociologia
EMCCHSA3 EM13CHS503
EMCCHSA5
EMCLT6
EMCLT2
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
http://acaoeducativa.org.br/wp-content/uplo-
Os resultados trazidos pelos alunos podem ser ads/2016/10/Guia-To%CC%82-no-Rumo.pdf
trabalhados nas aulas de Matemática, com os da-
dos estatísticos; nas aulas de História, com a for- Esse material sugere algumas atividades para tra-
mação e constituição das desigualdades; na Geo- balhar o projeto de vida.
grafia, ao considerar as desigualdades regionais;
na aula de Português, ao provocar os estudantes Ideias para o roteiro:
para desenvolver textos sobre a temática etc.
• O que você queria ser quando tinha cinco anos?
Cada professor irá demandar da turma pela qual • O que você queria ser quando tinha doze anos?
ficou responsável a elaboração de um trabalho • O que você quer ser hoje?
sobre a temática, com apresentação e exposição • O que fez ou não você mudar ao longo desses
nos murais da escola. Esse trabalho deve compor anos? O que influenciou essas escolhas?
os critérios de avaliação dos estudantes. • O que você gosta de fazer?
• O que você faz bem?
• De tudo o que você já fez, do que mais se or-
gulha?
• Quais são suas principais dificuldades?
• Quais são seus sonhos?
• O que você pretende fazer para realizá-los?
ETAPA 5
• O que você acha que irá realizar?
Visita monitorada à universidade
• O que a realização dos seus sonhos proporcio-
naria para sua vida pessoal e para as pessoas
A escola leva os estudantes à universidade, onde
que estão ao seu redor?
serão recebidos pelo grupo com o qual foi estabe-
lecida a parceria. Os estudantes terão a possibili-
• Como você se vê daqui a 15 anos?
dade de conhecer o espaço da instituição e suas
• Como você pode contribuir para o desenvolvi-
mento da sociedade?
áreas de ensino por meio de visita monitorada, a
qual será sucedida por um debate sobre ações afir-
mativas, políticas de acesso e permanência e áreas
de atuação. É importante garantir espaço para
que os estudantes possam colocar suas reflexões
e dúvidas.
Condições materiais:
sala com cadeiras em formato semicírculo; aparelho de
Resumo: DVD ou computador com acesso à internet; televisão
ou projetor.
A equipe pedagógica
realiza um estudo para
selecionar material audio- Atores:
visual e/ou convida um gestão escolar, professores e alunos do Ensino Médio.
profissional especialista
na temática para desen- Habilidades desenvolvidas:
volver atividade forma- identificar como os conceitos apresentados no vídeo
tiva a fim de sensibilizar estão presentes nas relações cotidianas e desenvolver
a comunidade escolar o potencial crítico sobre os embates teóricos, políticos
sobre a forma como são
e estruturais presentes no processo de implementação
estabelecidas as relações
étnico-raciais e a produção da Lei 10.639/03 e no combate ao racismo na escola.
de desigualdades e o pa-
pel da Lei 10.639/03 e suas Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 5, 10
respectivas diretrizes.
Base Nacional Comum (BNCC):
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG1
EMCG2
EMCG7 EM13CHS101
Língua Portuguesa EMCG10 EM13CHS102
Sociologia Específicas EM13CHS501
EMCCHSA3 EM13CHS503
EMCCHSA5
EMCLT6
EMCLT2
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Atores:
Resumo: direção, coordenação pedagógica, professores, funcio-
nários e alunos do Ensino Médio.
Com o apoio de institui-
ção/movimento social/
pesquisador, a escola Tempo: semestral
discute a elaboração de
um material didático a fim Condições materiais:
de formar os alunos para livros; revistas; laboratório de informática ou compu-
a educação das relações tador com acesso à internet; recursos para impressão.
étnico-raciais. Os partici-
pantes definem os temas Habilidades desenvolvidas:
prioritários, elaboram os pesquisa temática; escrita; olhar crítico sobre as desi-
conteúdos e planejam as
gualdades étnico-raciais; conhecimento sobre promo-
oficinas que serão realiza-
das com os alunos. ção da equidade racial.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG5
EMCG8 EM13CNT310
História EMCG10 EM13MAT102
Língua Portuguesa EMCG4 EM13CHS504
Matemática Específicas EM13CHS601
Sociologia EMCLT2 EM13LGG301
EMCLT3
EMCMT1
EMCCHSA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 –
Planejamento
A gestão escolar deve iniciar o diálogo com algum um módulo formativo, no qual serão trabalhados
grupo ou especialista em educação para as rela- os movimentos, bandeiras, lutas e conquistas para
ções étnico-raciais da escola, comunidade, rede a promoção da equidade racial; e um módulo atitu-
de ensino ou instituição do entorno. O objetivo é dinal, focado em como se dão as relações étnico-ra-
constituir uma parceria para a elaboração de um ciais no cotidiano, como produzimos desigualdades,
material didático em educação para as relações o impacto na trajetória dos cidadãos e o que pode ser
étnico-raciais a ser aplicado em processo formati- feito para combater o racismo.
vo com alunos do Ensino Médio durante as aulas.
Para elencar os tópicos que irão compor o material
Após a constituição da parceria, apresente o pro- didático, a gestão e o parceiro podem fazer uma escu-
jeto em reunião pedagógica para o grupo de do- ta ativa da comunidade docente sobre como o tema
centes. A ideia é contar com o apoio da comunida- aparece na comunidade escolar e quais conceitos e
de docente para definir os conteúdos do material experiências poderiam contribuir para a formação.
a ser elaborado e para a implementação em sala Para disparar os tópicos fundamentais, os professo-
de aula. res podem fazer uma atividade em sala de aula sobre
como os alunos veem essa problemática.
O material deve contemplar um módulo diagnós-
tico, que possibilite compreender o histórico, da- Quando definidos os temas, as tarefas devem ser di-
dos e contextos que definem a forma como foram vididas pela equipe pedagógica, que contará com o
construídas as relações étnico-raciais no Brasil; apoio do parceiro na pesquisa e edição dos conteúdos.
Abaixo tópicos inspirados na prática de uma das escolas do edital Gestão Escolar para Equidade: Juven-
tude Negra.
Cada professor deve trabalhar em um texto sobre a Cada material produzido pelos professores e que
temática escolhida. Pode resumir e deixar mais di- compõe o livro deve ser trabalhado com os alunos
dático um artigo ou livro de algum pesquisador so- em horário de aula para garantir que a temática
bre a temática, escrever uma biografia importante, integre, de fato, o currículo e os instrumentos de
elaborar um conteúdo autoral, fazer entrevista ou acompanhamento e avaliação dos discentes. As au-
até mesmo um glossário de palavras que compõe las podem ter caráter interdisciplinar. Por exemplo,
o repertório da educação para as relações étnico- se a professora de história trabalha uma biografia
-raciais. Cada material deve apresentar o passo-a- da luta antirracista, a professora de língua portu-
-passo de/e como deve ser utilizado com os alunos. guesa pode solicitar uma redação sobre o percurso
A metodologia pode incluir dinâmicas de grupos, apresentado; se o professor de sociologia apresen-
brincadeiras, vídeos, debates etc. ta as desigualdades raciais, a professora de mate-
mática pode desenvolver uma aula sobre os dados
O parceiro deve auxiliar a equipe docente na pesqui- apresentados.
sa, seleção de referencial e elaboração do trabalho,
além de, junto à gestão, unir os materiais e dar for- A metodologia de aplicação dos conteúdos pode
mato ao livro produzido pela escola. romper com o modelo tradicional de ensino a partir
do passo-a-passo apresentado pelo professor autor.
A partir da formação, a equipe pedagógica pode
pensar em desdobramentos em que os jovens do
Ensino Médio assumem a responsabilidade de reali-
zar ações de culminância, como Festival, Exposição,
debates temáticos e etc. O objetivo é sensibilizar a
comunidade escolar para a temática. A gestão fica
responsável por garantir condições institucionais
e viabilizar a logística dos eventos e atividades pre-
paradas pelos alunos.
Atores:
gestão escolar; professores; alunos.
Resumo:
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG5
EMCG8 EM13CNT310
Língua Portuguesa EMCG10 EM13MAT102
Matemática EMCG4 EM13CHS504
Filosofia
Específicas EM13CHS601
Sociologia
EMCLT2 EM13LGG301
História
EMCLT3
EMCMT1
EMCCHSA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Atores:
Resumo: educadores; alunos.
Os alunos são convidados
a refletir sobre as desi- Tempo: duas horas.
gualdades raciais em gran-
des instituições, como Condições materiais:
empresas, hospitais e sala de aula organizada em semicírculo; projetor.
universidades. A partir da
compreensão de como o Habilidades desenvolvidas:
racismo estrutura práticas leitura crítica das relações raciais; análise de contexto.
que reproduzem as desi-
gualdades nesses espaços,
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 10
busca-se fundamentar a
importância de políticas
de inclusão institucionais Base Nacional Comum (BNCC):
como as cotas raciais.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG4
EMCG7
EMCG8 EM13CNT310
Língua Portuguesa EMCG10 EM13LGG102
Matemática
Específicas EM13CHS102
Sociologia
EMCLT2 EM13CHS204
EMCCHSA1
EMCCHSA5
EMCCHSA3
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 –
Planejamento
O racismo institucional acontece quando institui- nas escolas hoje atuarão como operadores de
ções, públicas ou privadas, mantêm uma estrutu- serviços diversos em grandes e pequenas insti-
ra pautada nas hierarquias raciais que favorecem tuições. O fato de refletir sobre a temática pode
alguns grupos em detrimento de outros. Veja a impactar sobre sua futura atuação.
seguir alguns exemplos.
Dessa forma, o grupo autor da atividade estabe-
• Em uma empresa internacional, não há negros leceu uma parceria com uma instituição históri-
em cargos de chefia, mas apenas atuando no ca de combate ao racismo, o Movimento Negro
chão da fábrica. Unificado, para falar sobre a temática na escola.
• As abordagens da Polícia Militar são mais recor- Além de ativistas da área, a escola pode convidar
rentes e agressivas com jovens negros, indepen- pesquisadores especialistas ou preparar seu pró-
dente do contexto. prio material formativo.
• Pessoas negras, com o mesmo grau de formação
e exercendo a mesma função que pessoas bran- Sugestão de Leitura:
cas, chegam a ganhar 2 vezes menos.
• As mulheres negras têm as maiores taxas de • Racismo Institucional: uma abordagem concei-
mortalidade materna. Pesquisadores apontam tual – Geledés Instituto da Mulher Negra
que, conforme registros das unidades hospita- https://www.geledes.org.br/wp-content/
lares, elas recebem menos atenção durante o uploads/2013/05/FINAL-WEB-Racismo-Insti-
pré-natal e o parto por carregar o estereótipo de tucional-
“mais fortes”, o que tem implicações sobre seu uma-abordagem-conceitual.pdf
direito à vida.
• Os currículos das escolas e das universidades • Guia de Enfrentamento ao Racismo Institucio-
priorizam a história do homem branco e euro- nal – Geledés Instituto da Mulher Negra
peu e dão pouco espaço para a história dos po- https://www.geledes.org.br/wp-content/
vos africanos e indígenas, por exemplo. uploads/2013/05/FINAL-WEB-Guia-de-enfren-
• Embora os negros representem mais de 50% da tamento-ao-racismo-institucional.pdf
população brasileira, não chegam a 20% dos es-
tudantes das grandes universidades. É importante que o planejamento da atividade
leve em consideração os efeitos do racismo ins-
A forma como o racismo é gerador de exclusão titucional e a importância de políticas de promo-
impacta sobre como os direitos, serviços e opor- ção da igualdade racial. A equipe pode selecionar
tunidades são colocados para diferentes grupos casos de racismo institucional para distribuir em
raciais. Uma das estratégias para reverter esse grupos como método disparador da reflexão.
quadro é investir em formação para a educação
das relações étnico-raciais. Os alunos que estão
Formação
A formação deve explorar a leitura dos alunos
sobre o racismo. A partir dela, explicar que esse
fenômeno aparece nas esferas pessoal, inter-
pessoal e institucional. No caso desta atividade,
busca-se entender como funciona o racismo ins-
titucional, ou seja, como se estrutura e mantém
desigualdades pautadas na identidade étnico-ra-
cial dos sujeitos. Além de apresentar casos con-
cretos, dados estatísticos ajudam a compreender
o conceito.
Atores:
direção; coordenação pedagógica; professores; estu-
Resumo:
dantes; comunidade escolar.
O projeto realiza um
percurso formativo com Tempo: dois meses (oficinas quinzenais).
a sensibilização dos
educadores, funcionários Condições materiais:
e direção sobre a impor- livros; jornais; revistas; aparelho de DVD e TV ou proje-
tância de incorporar o tor e computador; caixa de som.
debate racial no Projeto
Político Pedagógico como
Habilidades desenvolvidas:
um caminho efetivo de en-
frentamento do racismo e
conhecimento da questão racial no Brasil; leitura crítica
outras formas de violência de contexto; percepções sobre a situação de violação de
no ambiente escolar. No direitos humanos.
momento seguinte, de-
senvolvem-se três oficinas Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 10
com os estudantes a partir
da discussão de conceitos Base Nacional Comum (BNCC):
(racismo, discriminação,
preconceito), passando
para a reflexão sobre Componentes
Competências Habilidades
experiências concretas de curriculares
racismo, bullying, sexismo, Gerais:
etc., culminando na elabo- EMCG4
ração coletiva de estraté- EMCG7
EMCG8 EM13CNT310
gias de enfrentamento do Língua Portuguesa EMCG10 EM13LGG102
racismo e de valorização Sociologia
Específicas EM13CHS102
da diversidade. História
EMCLT2 EM13CHS204
EMCCHSA1
EMCCHSA5
EMCCHSA3
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO: ETAPA 3 –
Atores:
Resumo: gestão escolar; professores; mães e pais; alunos; rede
de proteção do território (segurança, saúde, conselho
A escola busca consolidar
um grupo com as insti- tutelar, CRAS); movimentos sociais locais; associações
tuições, os atores e os comunitárias etc.
movimentos do território,
com os quais pode buscar Tempo: contínuo
dados, informações gerais
e realizar ações integradas Condições materiais:
que fortaleçam a garantia espaço para reunião; telefone; computador; impresso-
dos direitos dos morado- ra; transporte.
res da comunidade.
Habilidades desenvolvidas:
articulação institucional; parcerias; trabalho colabora-
tivo; combate às desigualdades.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais: EM13LGG102
EMCG7 EM13LGG202
EMCG8 EM13CHS502
EMCG10 EM13CHS503
Língua Portuguesa
Sociologia Específicas
EMCLT2
EMCLT5
EMCCHSA3
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Para esse mapeamento, devem ser considerados: Por exemplo, a evasão escolar pode estar associa-
da ao trabalho infantil; então, como a assistência
• lideranças comunitárias; social, o conselho tutelar e o sistema de Justiça
• instituições públicas que atendem a população; podem trazer esses alunos de volta à escola? A vio-
• empresas; lência na comunidade pode ser fruto da falta de
• quilombos ou territórios indígenas do entorno; direitos básicos, de segurança ou mesmo da trucu-
• sistema de Justiça; lência de representantes do Estado; então, como
• conselhos; isso impacta no número de jovens que deixam de
• associações comunitárias; estar na escola porque foram presos ou assassi-
• movimentos sociais; nados? Como essas instituições podem dialogar
• ONGs; sobre as pessoas que atendem no cotidiano de
• instituições de ensino (escolas e universidades); trabalho?
• diretoria de ensino.
Após apresentar a proposta que visa melhorar os
Finalizado o mapeamento, identificar no quadro indicadores do território, o grupo condutor da reu-
abaixo o nome da instituição, a área de atuação e nião deve sugerir a articulação institucional por
seus contatos estratégicos: meio de formação de uma rede para o desenvol-
vimento comunitário. Os participantes devem ter
Contatos espaço para compartilhar suas opiniões e expec-
Instituição/ Área de
liderança atuação
Responsável (telefone e tativas e aderir livremente à rede em formação.
e-mail)
Fórum de Justi- Acesso à Renato Nogueira rn88@gmail. continua na próxima página
ça Restaurativa justiça e com (11) 0000-
conciliação 0000
Funcionamento da rede
A articulação institucional deve acontecer de for-
ma contínua, com reuniões quinzenais ou men-
sais, em que os participantes possam dialogar
sobre o que está acontecendo no território, quais
são os direitos da população que não estão sendo
atendidos e como podem atuar de forma organi-
zada para avançar nos pontos abordados. Além
disso, podem dialogar sobre possíveis casos indi-
viduais. Exemplos:
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG7
EMCG8
EMCG10 Não tem habilidades
Língua Portuguesa porque é realizada
Sociologia Específicas com profissionais da
escola
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Pesquisa Participação
Você já buscou saber se seu município, estado Após o mapeamento e a identificação desses
ou região tem Fórum Permanente de Educação e espaços, a gestão deve apresentá-los à equipe
Diversidade Étnico-Racial? Esses fóruns surgiram pedagógica e definir estratégias de participação
em 2006 a partir do diálogo entre a sociedade ci- (representação e socialização das informações)
vil e a Secretaria de Educação Continuada, Alfa- para que a escola esteja integrada à agenda pró-
betização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC). -equidade racial na educação e obtenha um fluxo
Constituem-se como grupos regionais, estaduais contínuo de informações sobre eventos, forma-
e municipais e são formados por representantes ção continuada e materiais didáticos e paradidá-
da sociedade civil e do poder público, tendo como ticos, garanta subsídios para intervenção frente
papel principal discutir, analisar, propor e moni- às situações de racismo e possa incidir sobre as
torar as políticas públicas de educação para as políticas públicas educacionais para a promoção
relações étnico-raciais. da equidade racial a partir das demandas das uni-
dades escolares.
Nesses fóruns, além de compartilhar as experiên-
cias e demandas das escolas para a efetiva imple-
mentação da temática na educação, você pode
encontrar importantes parceiros para fortalecer
seu trabalho local: ativistas, pesquisadores, orga-
nizações não governamentais e representantes de
órgãos públicos para a promoção da diversidade.
Atores:
gestão escolar; professores; funcionários da escola;
Resumo:
alunos.
A escola forma um grupo
responsável por elaborar Tempo:
instrumentos de pesquisa dois meses.
e coletar os dados do per-
fil étnico-racial dos seus Condições materiais:
estudantes. Após a coleta, computador; excel; impressora; papel; pranchetas; ca-
o grupo sistematiza os netas.
resultados, apresenta à
comunidade e estabelece
Habilidades desenvolvidas:
metas de equalização para
o próximo período. coleta de informações demográficas; análise de dados;
leitura crítica das desigualdades; construção de metas
de equalização.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG1
EMCG2
EMCG7 EM13LGG302
Língua Portuguesa EMCG6 EM13LGG305
Matemática
Específicas EM13MAT102
Sociologia
EMCLT2 EM13CHS601
EMCMT2
EMCMT4
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
Na sua opinião, as pessoas definem sua raça ou cor Antes de aplicar o questionário, os professores de
por: diferentes disciplinas podem se envolver com a
( ) cultura, tradição ( ) traços físicos (cabelo, boca, na- iniciativa e desenvolver projetos em sala de aula
riz etc.) ( ) origem familiar, antepassados ( ) cor da pele que incluam a construção da autoestima, a com-
( ) opção política/ideológica ( ) origem socioeconômi- preensão das relações raciais, a formação do Bra-
ca ou de classe social ( ) outra, qual?______________ sil, a noção de proporcionalidade e conceitos rela-
cionados à renda familiar.
Você define sua raça ou cor por:
( ) cultura, tradição ( ) traços físicos (cabelo, boca, na- Definido o formulário, as pessoas que irão aplicá-
riz etc.) ( ) origem familiar, antepassados ( ) cor da pele -lo devem ser preparadas para trabalhar com cada
( ) opção política/ideológica ( ) origem socioeconômi- uma das categorias definidas e estabelecer um
ca ou de classe social ( ) outra, qual?________________ período para a coleta de dados. Outro grupo deve
ser preparado para digitar os dados coletados em
Dentre as seguintes alternativas, identifique sua uma planilha dinâmica do excel.
origem familiar:
( ) africana ( ) asiática ( ) europeia ( ) indígena ( ) judaica
( ) norte-americana ( ) oriente médio ( ) sudeste asiá
tico ( ) latino-americana ( ) sul-americana ( ) norte-a-
mericana ( ) outra, especifique: ___________________
Renda familiar:
( ) até meio salário mínimo per capita ( ) até um sa-
lário mínimo per capita ( ) até 1,5 salário mínimo per
capita ( ) dois ou mais salários mínimos per capita
cola. Um coordenador deve ficar responsável por Nome Raça/cor Gênero Idade Turma
receber e organizar os formulários diariamente.
Além dos recenseadores, o grupo de trabalho deve
ter o suporte de professores para o registro dos
dados nos formulários do excel.
ETAPA 3 –
ETAPA 4 –
Média Aritmética
Atores:
gestão escolar; professores; alunos.
Resumo:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Exibição do filme
Pode-se, antes de iniciar a sessão, fazer combina-
dos com o público participante para que a ativida-
de não seja interrompida por conversas, ligações
de celular etc. Lembre que todos terão a oportu-
nidade de falar quando o filme acabar. O grupo
responsável pelo filme pode fazer uma breve apre-
sentação do(a) diretor(a) e suas produções antes
de iniciar a sessão.
ETAPA 4 –
Desdobramento
Após a exibição de cada uma das sessões, o GT
pode trabalhar com produção de redações sobre
a temática, montagem de mural etc. É importan-
te que as atividades façam parte do repertório de
avaliação dos alunos.
Atores:
alunos; professores; gestores; comunidade escolar.
Resumo: Tempo: dois dias.
Esta oficina convida a
comunidade escolar a Condições materiais:
conhecer saberes tradicio- computadores com acesso à internet; projetor; másca-
nais e ritos de passagem ras de madeira; telha; balões; durepox; pincéis; tintas;
de grupos culturais africa- miçangas; tesoura; cola; aparelho de som.
nos por meio da confecção
de máscaras. Para isso, é Habilidades desenvolvidas:
realizada uma introdução conhecimento das histórias dos povos africanos; co-
sobre diferentes máscaras nhecimento das artes africanas; construção conceitual
e seus papéis em socieda-
e simbólica; pintura; montagem.
des africanas. Os alunos
são convidados a construir
sua própria máscara e, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 10
posteriormente, apresen-
tar o que ela representa Base Nacional Comum (BNCC):
para os membros do gru-
po. Para finalizar, realizam Componentes
um Baile das Máscaras. Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG1
EFCG4
EFCG6 EF15LP09
Artes EFCG8 EF15AR25
Língua Portuguesa
Específicas EF69AR31
História
EFCLP2 EF07HI03
EFCLP4
EFCH2
EFCA1
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Livros
Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Es-
cravidão, de Emanoel Araújo.
África em Artes, de Juliana Bevilacqua e Renato A máscara acima é utilizada pela Geledes, uma so-
Silva. ciedade secreta feminina religiosa da tradição Yoru-
http://www.museuafrobrasil.org.br/docs/default- bá que expressa a fertilidade feminina, a continui-
-source/publica%C3%A7%C3%B5es/africa_em_ar- dade humana, o bem-estar e o poder sobre a terra.
tes.pdf Essa máscara é usada por homens para cobrir o ros-
to em um ritual que acontece uma vez por ano em
Definido o material e a referência a ser utilizados homenagem às anciãs, às mães. Observe bem seus
no processo formativo, as oficinas podem ser ini- traços e cortes. Tudo é esculpido em um tronco de
ciadas. árvore, sem montagem. Se uma pessoa faz um tipo
de arte como essa, não seria fácil fazer uma ferra-
menta de trabalho como a da imagem abaixo?
ETAPA 3 –
Compartilhamento de Objetivo:
fotografias possibilitar a identificação e o reconhecimento dos es-
paços de negritude no território.
Atores:
coordenação pedagógica; professores; alunos.
Atores:
educadores; alunos; especialista parceiro da escola.
Resumo: Tempo: duas horas.
A escola convida um
profissional especialista Condições materiais:
em diversidade religiosa filmes; livros; computador e projetor ou televisão e apa-
e intolerâncias correlatas relho de DVD; matérias de jornal impressas.
para ministrar uma oficina
para os alunos. Nesse mo- Habilidades desenvolvidas:
mento, os discentes têm alteridade; valorização da diversidade religiosa; respei-
possibilidade de conhecer to às diferenças.
a diversidade religiosa pre-
sente no Brasil e o impacto
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
da intolerância sobre as
crenças de grupos histori-
camente discriminados. Base Nacional Comum (BNCC):
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG1
EFCG6
EFCG8 EF02ER05
Ensino Religioso ECG10 EF09ER06
Língua Portuguesa
Específicas EF15LP19
História
EFCLP1 EF08HI20
EFCH3
EFCEER1
EFCEER5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 2 –
ETAPA 1 –
Oficina diversidade religiosa
Preparação da ação
Iniciar a oficina perguntando aos alunos quais são
No Brasil, há diversos casos de crianças e adoles-
as religiões que eles conhecem. A partir da visão do
centes que acabam deixando as unidades escolares
grupo, o especialista deve explorar a diversidade
como consequência da perseguição sofrida por sua
religiosa existente no Brasil e os fenômenos relacio-
escolha religiosa. Mais do que a escola, esse assun-
nados a cada uma das religiões que estão presentes
to atinge toda a sociedade e tem gerado cada dia
em nossos hábitos cotidianos (pular sete ondas;
mais casos de violência.
ajoelhar; pedir benção; usar crucifixo; benzer-se; ir
à curandeira; fazer simpatias; usar plantas como es-
A diversidade está presente no ambiente escolar,
pada de São Jorge etc.). Ao enfatizar a contribuição
considerando que a escola pública é uma institui-
de cada uma delas para a formação da sociedade
ção laica que deve atender todos os cidadãos. As
brasileira, pode explorar como o fundamentalismo
pessoas têm crenças diversas, com a diferença de
e a intolerância religiosa se configuram como obstá-
que umas podem se expressar livremente e outras
culo para a liberdade de crença de todas as pessoas
passam a vida a esconder sua fé com medo de repre-
e como têm gerado violência, apresentando os ca-
sálias e exclusão.
sos levantados no planejamento da atividade.
Dessa forma, mesmo a escola sendo uma instituição
EXEMPLO DE CASO:
laica, conflitos relativos à religião sempre aparecem,
Kayllane Campos, de 11 anos, foi apedrejada en-
e o silêncio dos profissionais da educação pode au-
quanto caminhava com seu grupo, que acabava
mentar seus desdobramentos. Intervenções que le-
de sair de uma cerimônia do candomblé. Estavam
vem à reflexão coletiva podem ser a melhor resposta.
vestidos de branco e com turbantes na cabeça,
quando dois jovens os agrediram com pedradas
Por esse motivo, o grupo proponente deve dialogar
enquanto gritavam: “É o diabo, vai para o inferno,
com a equipe pedagógica para apresentar a propos-
Jesus está voltando”.
ta e ao que ela responde – a forma como a proble-
mática da intolerância religiosa vem aparecendo na
“Achei que ia morrer. Eu sei que vai ser difícil. Toda
escola. Com a adesão dos profissionais da unidade,
vez que fecho o olho eu vejo tudo de novo. Isso
deve preparar a oficina considerando:
vai ser difícil de tirar da memória”, disse a garota
em entrevista para o portal G1.
1. parceria com especialista sobre a temática para
realizar uma oficina que dialogue com a realida-
Os casos podem ser distribuídos por grupos de es-
de e a linguagem dos alunos;
tudantes para que discutam o ocorrido e apresen-
2. levantamento de casos de intolerância religio-
tem suas impressões para todos os participantes.
sa para sensibilizar a comunidade discente;
É importante fazê-los relacionar a temática traba-
3. seleção de curtas/documentários sobre diversi-
lhada com o que vivenciam no cotidiano escolar e
dade religiosa e intolerância religiosa;
em suas comunidades. A equipe pedagógica e o
4. organização do roteiro da oficina, indicando os
especialista devem organizar uma reflexão final e
materiais a ser utilizados;
oferecer esclarecimentos sobre a temática a partir
5. seleção das turmas/anos que irão participar do
das abordagens dos alunos.
projeto;
6. preparação de espaço para a realização da ofici-
continua na próxima página
na, onde as cadeiras sejam dispostas em círculo
para que todos possam se ver ao longo do pro-
cesso formativo.
Questões orientadoras:
Questões orientadoras
SUGESTÃO DE LEITURA
SUGESTÃO DE VÍDEOS
Racismo Religioso
https://www.youtube.com/watch?v=nkkRoSyptdY
Atores:
gestão escolar; professores; alunos.
Tempo: semestral.
Resumo:
Condições materiais:
A equipe pedagógica reali-
za uma pesquisa de livros acervo de livros sobre a temática.
literários que abordam a
temática étnico-racial, a Habilidades desenvolvidas:
partir da qual é elaborada leitura; escrita; análise de contexto.
uma lista de compras que
deve ser viabilizada pela Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
gestão escolar, respon-
sável por criar condições Base Nacional Comum (BNCC):
para a aquisição dos livros.
Os professores desenvol-
vem um projeto de leitura Componentes
Competências Habilidades
dirigida a partir de um curriculares
tomo existente no acervo Gerais:
construído. A iniciativa EFCG1
busca sensibilizar a co- EFCG3
munidade discente, por EFCG6 EF67LP02
Língua Portuguesa EFCG7 EF12LP05
meio da leitura, sobre um
assunto presente e pouco História Específicas EF08HI19
EFCLP2 EF08HI20
refletido no cotidiano
escolar. EFCLP4
EFCH1
EFCH3
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 2 –
ETAPA 1 –
Aquisição dos acervo temático
Pesquisa literária
A gestão escolar tem o papel de pensar estraté-
Os proponentes mobilizam a equipe pedagógica
gias para a aquisição do acervo temático. No caso
para fazer um levantamento de livros literários
da escola proponente, houve o fomento de um
que abordam a questão étnico-racial. As sugestões
projeto pelo edital Juventude Negra, do Instituto
devem ser levadas e discutidas na hora-atividade
Unibanco. A unidade pode buscar outros editais
com todos os professores e a gestão da unidade,
de instituições públicas e privadas, realizar fes-
momento no qual irão fechar uma lista dos livros
tas na escola, solicitar à secretaria de Educação,
a ser trabalhados pela escola no próximo período.
tentar parceria com as editoras dos livros selecio-
nados etc.
É importante pensar em títulos para os diferentes
grupos de idade.
Dependendo do contexto, os próprios alunos po-
dem adquirir seu material de leitura. Se a comuni-
A escola autora desta atividade desenvolveu o pro-
dade estiver habituada ao uso do celular, compar-
jeto literário com os seguintes livros:
tilhar e-books é uma opção.
Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre.
Quando me descobri Negra, de Bianca Santana.
ETAPA 3 –
ETAPA 4 –
Mural
A escola deve disponibilizar um mural para que os
alunos compartilhem suas impressões sobre o livro
trabalhado ao longo do semestre. Após finalização
do projeto, podem ser chamados para leitura e re-
flexão coletiva.
Condições materiais:
projetor; computador ligado à internet; cartazes com
Resumo:
imagens fotográficas; tecidos coloridos.
Essa é uma oficina teó-
rico-vivencial em que os Atores:
estudantes aprendem a direção; coordenação pedagógica; professores; funcio-
fazer turbantes, indu- nários; alunos.
mentária importante em
diversas sociedades africa- Habilidades desenvolvidas:
nas e também em muitas conhecimento da história e cultura africana e afro-bra-
comunidades afro-brasilei-
sileira; olhar crítico sobre estereótipos; autoestima;
ras. Para tanto, a equipe
formadora discute com os uso de turbante.
estudantes a história dos
turbantes, os significados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
simbólicos e religiosos da
peça, bem como temas Base Nacional Comum (BNCC):
recentes, como apropria-
ção cultural e intolerância Componentes
religiosa. Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG2
EFCG3
EFCG6 EF15AR25
Artes EFCG9 EF69AR12
Língua Portuguesa Específicas EF15LP09
EFCLP3 EF69AR02
EFCLP9
EFCA1
EFCA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 4–
Etnomatemática: Objetivo:
a matemática dos trabalhar conceitos de matemática, etnomatemática
penteados trançados e sua aplicação no cotidiano e na prática das tranças.
ou saberes fazeres de
matrizes africanas
Condições materiais:
textos; computador com acesso à internet; projetor; lã
e fibra para tranças.
Resumo: Atores:
equipe pedagógica; funcionários da escola; alunos
A presente atividade visa
dar destaque aos conheci-
mentos etnomatemáticos Tempo: um dia (turnos matutino e vespertino).
utilizados nos penteados
e tranças afros ao apresen- Habilidades desenvolvidas:
tar o trabalho das tran- cálculo, espaço e proporcionalidade; associação entre
çadeiras como práticas conteúdos escolares e prática cotidiana; reconheci-
detentoras de saberes e mento de saberes tradicionais.
fazeres matemáticos que
nem sempre são reconhe-
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 5, 10
cidos.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG2
EFCG3
EFCG6 EF01MA1
Artes EFCG9 EF01MA13
História
Específicas EF08HI20
Matemática
EFCH1 EF69AR14
EFCH3
EFCA1
EFCA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 2 –
ETAPA 1 –
Exibição de vídeos
Planejamento
Apresentar a atividade aos estudantes, introduzir
Elementos importantes de geometria, por exem-
conceitos básicos da etnomatemática e apontar
plo, podem ser ensinados com base nos penteados
a relação com o debate sobre a valorização dos
afros. Os fundamentos da etnomatemática pos-
conhecimentos tradicionais. Em seguida, os pro-
sibilitam uma aproximação dos conhecimentos
ponentes exibem os documentários A história dos
matemáticos da realidade cotidiana, além de des-
cabelos crespos em 60 segundos e Simbologia da
construir falácias ainda presentes no imaginário
trança nagô e outros penteados, com o objetivo de
social de que o conhecimento matemático é um
mostrar a importância dos penteados para a cultu-
saber ocidental.
ra africana e afro-brasileira e a relação dessas prá-
ticas culturais com o conhecimento matemático.
Para a elaboração dessa atividade, o grupo propo-
nente pode estabelecer parceria com trançadeiras
para a realização da oficina prática e preparar os
seguintes tópicos para apresentação: ETAPA 3 –
Atores:
direção; coordenação pedagógica; professores; funcio-
nários; alunos.
Resumo:
Tempo: dois meses (bimestral).
Com o auxílio de um
mediador, a escola propõe Condições materiais:
aos estudantes um espaço projetor ou TV; sala de exibição de filme; revistas; sala
de reflexão sobre a cons- de informática.
trução de uma identidade
racial e a relação com Habilidades desenvolvidas:
a família. Por meio da autoconhecimento; fortalecimento da autoestima;
produção de materiais, leitura crítica das relações raciais; análise de contexto;
como fanzines e vídeos, os
produção de conteúdo.
estudantes reconstroem o
próprio histórico familiar,
com destaque a questões Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 5 e 10
como miscigenação, racis-
mo e resgate histórico-cul- Base Nacional Comum (BNCC):
tural. O projeto tem como
eixo norteador a recente Componentes
discussão sobre colorismo, Competências Habilidades
curriculares
que põe em evidência a es-
Gerais:
pecificidade da dinâmica
EMCG1
racial brasileira, que tem EMCG1
na cor da pele o principal EMCG3
Artes EM13LP42
fator de diferenciação. Língua Portuguesa EMCG7 EM13LGG101
História Específicas EM13CHS204
Sociologia EMCLT2 EM13CHS401
EMCLT7
EMCCHSA1
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 3 –
Atores:
gestão escolar; professores; alunos; lideranças comuni-
Resumo:
tárias.
A comunidade é convidada
a apresentar sua história, Tempo: um bimestre.
costumes, crenças e coti-
diano no território para Condições materiais:
que todos reconheçam material de papelaria; computador com acesso à inter-
como se estabeleceram, net; impressora com scanner; gravador de voz; máquina
quais seus direitos e a fotográfica; filmadora; sala de reuniões; pátio/auditório.
importância de estar em
determinado espaço. No
Habilidades desenvolvidas:
caso de escola quilombo-
la/rural, a mesma pode conhecer o território; ter acesso às diferentes histó-
realizar a atividade dentro rias locais (especialmente de grupos historicamente
do território em interação discriminados); reconhecer sujeitos e direitos de
com outros segmentos comunidades tradicionais; valorizar a diversidade.
da cidade (como ocorreu
com a escola autora). Já Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
para escolas em contextos
urbanos, pode-se estabe- Base Nacional Comum (BNCC):
lecer parceria com grupos
tradicionais da região a
fim de dialogar sobre o Componentes
Competências Habilidades
tema identidade e territo- curriculares
rialidade. Gerais:
EMCG1
EMCG2
EMCG3 EM13CHS101
Geografia EMCG7 EM13CHS102
História
Específicas EM13CHS103
Sociologia
EMCCHSA1 EM13CHS201
EMCCHSA3
EMCCHSA5
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 –
ETAPA 3 –
Viabilização das condições materiais
O grupo proponente, em parceria com a gestão Fazendo a Teia de Conhecimento
escolar, deve garantir o espaço e os materiais No primeiro encontro, para o qual os grupos fo-
necessários para a realização da Teia de Conheci- ram mobilizados, cada um deve se apresentar
mento. Conforme informado, serão necessários falando seu nome, o objeto que trouxe e o que
os seguintes itens: ele representa. Posteriormente, deve-se conduzir
um diálogo com pessoas de diferentes gerações
• papelaria (cartolina, sulfite, cola, tesoura, lá- sobre a história da comunidade e seus costumes,
pis e lápis de cor/giz de cera); bem como a forma como vêm mantendo suas tra-
• computador e impressora com scanner; dições hoje. Segue um roteiro de perguntas:
• máquina fotográfica;
• filmadora; • Quantos anos tem essa comunidade? Como
• gravador de voz; ela surgiu?
• espaço amplo, como pátio ou auditório; • Como ela é conhecida fora do seu espaço (por
• sala de reunião. nome, pelo que produz, por alguma tradição
etc.)?
• Como as pessoas vivem? No que elas acredi-
ETAPA 2 – tam? O que elas produzem nesse lugar?
• O que, nesse espaço, seria uma representação
Mobilização e/ou articulação com a comunidade do que é a comunidade (uma comida, um mo-
No caso de escola inserida em comunidade tradi- numento, uma paisagem, uma pessoa etc.)?
cional, o grupo proponente deve mobilizar ato- • Quais são as datas importantes nessa comu-
res de diferentes segmentos para ir até a escola: nidade? O que acontece nesses dias?
idosos, jovens, crianças, lideranças políticas e re- • Quais foram os episódios mais marcantes da
ligiosas, associações, grupos culturais etc. Essas comunidade (positivos e negativos)?
pessoas devem ser convidadas para um encontro • Quais são os espaços de convivência coletiva
de culminância no qual serão compartilhadas in- na comunidade? O que se faz neles?
formações sobre a comunidade. • Por quais motivos pessoas de fora visitam
essa comunidade?
Quando a escola não estiver situada em território • Como essa comunidade se relaciona com os
tradicional e quiser realizar essa atividade, deve grupos de fora?
procurar uma comunidade existente na cidade • O que existe de registro sobre a comunidade?
e/ou estado e propor uma parceria para que pos- • O que os moradores têm feito para a continui-
sam conhecer a história e tradições do território. dade da sua existência? Existem desafios? Se
sim, quais?
Todos os convidados devem levar um objeto que •
represente uma memória sobre o território (uma O importante é explorar elementos para que as pes-
fotografia, um artefato, um símbolo religioso, um soas compreendam como chegaram até ali, sua im-
fruto etc.). O objetivo é colocar diferentes gerações portância no território, o futuro da comunidade e
e grupos em diálogo para reconhecer a história lo- os desafios que demandam sua atenção.
cal e a importância das comunidades tradicionais.
continua na próxima página
Registrando o encontro
Os participantes são convidados para um segundo
momento, em que devem sistematizar a memória
de tudo o que foi trabalhado ao longo do encontro
para expor na escola da comunidade ou em espaço
externo. Podem desenhar, escrever frases, digitali-
zar e copiar fotografias etc.
Atores:
gestão escolar; professores; alunos; dançarinos de break.
Resumo:
Tempo:
A escola realiza parceria
com grupo de break exis- um bimestre.
tente no território para
a realização de oficinas Condições materiais:
de dança na escola. Nas sala ou espaço amplo com chão liso; rádio; televisão e
oficinas, os alunos têm aparelho reprodutor de filme.
contato com a história do
break, praticam a dança e Habilidades desenvolvidas:
preparam uma batalha a cuidados com o corpo; disciplina; trabalho em grupo;
ser realizada em momento
compartilhamento de experiências; noção de espaço;
de culminância na escola.
conhecimento sobre a história do hip-hop.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG1
EFCG4
EFCG6 EF07HI02
Artes EFCG9 EF69AR31
História Específicas EF69AR12
EFCH2 EF69AR14
EFCH3
EFCA1
EFCA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 2 –
ETAPA 1 –
Realização das oficinas
Identificação de parceiros e preparação das Os oficineiros devem apresentar a história do
atividades break, seu lugar na formação da cultura hip-hop,
A escola deve pesquisar os grupos de break exis- como chega à cidade em que a escola está inseri-
tentes no território e convidá-los para uma parce- da e quais são as formas de praticá-lo. Podem exi-
ria. Como esses grupos geralmente se mobilizam bir documentários para exemplificar a exposição.
em torno de causas sociais e têm poucas oportu-
nidades de viver da própria prática artística, se a Filmes
escola tiver condições de direcionar recursos para
pagar os oficineiros estará fortalecendo sua atua- The beat street, de Stan Lathan.
ção. No caso da escola proponente, os oficineiros https://vimeo.com/130671233
foram pagos com dinheiro do projeto financiado
pelo edital Juventude Negra. Após identificar os Nos tempos da São Bento, de Guilherme Botelho.
parceiros, a escola deve levantar quais são as con- https://www.youtube.com/watch?v=z8FtIypGeVs
dições necessárias para realizar as oficinas e ga-
rantir o espaço e os materiais solicitados. Série The Get Down, Netflix.
https://www.netflix.com/br/title/80025601
As oficinas devem ser divulgadas para os alunos
nos espaços comuns da escola. Se houver número Posteriormente, trabalhar os passos fundamen-
limitado de vagas, fazer um processo de seleção tais da dança: top rock, footwork, freeze, flair, po-
que considere a diversidade existente no ambiente pping, locking, moinho de vento, giro de cabeça etc.
escolar. Além dos tradicionais, pode abordar aqueles carac-
terísticos e criados no país e na região.
ETAPA 3 –
Culminância
Em espaço comum e momento de encontro dos
alunos da escola (intervalo, feiras temáticas, fes-
tas etc.), os educadores, em conjunto com a gestão
da escola, preparam uma batalha de break para
que os alunos possam demonstrar as habilidades
que desenvolveram ao longo das oficinas.
Atores:
gestão escolar; professores; alunos.
Resumo:
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG1
EMCG3
Geografia EMCG5 EM13CHS106
Artes EMCG7 EM13CHS205
História Específicas EM13LGG102
Sociologia EMCLT2 EM13LP42
EMCLT3
EMCCHSA4
EMCCHSA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2–
Atores:
técnicos da secretaria de Educação; técnicos da direto-
ria regional de ensino; professores; comunidade esco-
lar.
Resumo:
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG1
EFCG6
EFCG7 Essa atividade é reali-
EFCG9 zada como formação
pedagógica por isso
Específicas inclui apenas as com-
petências gerais
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 –
A ideia é que uma jornada pedagógica com esse
Elaborando a proposta tema faça com que os participantes percebam que a
A jornada pedagógica é um evento construído temática está mais próxima deles do que imaginam
pela equipe educacional e costuma acontecer en- e não se configura como um “trabalho a mais”. Em
tre um dia e uma semana para tratar de diversos outras palavras, está no saber local e no cotidiano:
assuntos relativos à educação. As atividades têm na forma de conhecer, pensar e agir.
formato de palestras com especialistas, oficinas,
rodas de leitura, grupos de trabalho, cine-debate Nesse encontro, é preciso que o grupo proponente
etc. A partir dos assuntos abordados, os partici- se junte a um número maior de pessoas para formar
pantes apresentam projetos e estabelecem me- uma comissão responsável pela realização da jorna-
tas para a melhoria de determinados campos edu- da pedagógica.
cativos. Em muitas escolas, todo o percurso do
trabalho é traçado durante a jornada pedagógica.
ETAPA 2–
Para assuntos tão polêmicos e que ainda não têm
o espaço necessário nas formações iniciais, como Viabilizar a proposta
a educação das relações étnico-raciais e o ensino A partir do encontro coletivo para apresentar a pro-
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a posta, o grupo de trabalho irá retirar suas tarefas,
jornada pedagógica pode ser um espaço para di- como elaborar a programação, solicitar apoio às ins-
vulgar trabalhos bem-sucedidos, construir con- tâncias superiores, convidar os parceiros da comu-
sensos e elaborar um programa de ação coletiva nidade e os especialistas sobre a temática, preparar
que contribua para a efetiva implementação da os espaços, inscrever as experiências a ser compar-
temática. tilhadas pelos profissionais da educação e atores
do território, viabilizar lanche etc.
Dessa forma, os proponentes devem apresentar
a ideia para o grupo da unidade escolar e funda-
mentar sua importância conforme orientam os
ETAPA 3–
marcos legais. Esse momento deve ser convida-
tivo, estimulando que os participantes tragam Jornada pedagógica
ideias para a construção da jornada com base em Ao longo da jornada pedagógica, a comissão res-
suas experiências em sala de aula, em formações ponsável por sua realização deve garantir que haja
externas e nas referências que tenham na comu- espaço de fala e estímulo à participação em todas
nidade: quilombo, movimento social negro, cur- as atividades da programação, a fim de que o even-
sinho comunitário, slam de rimas, grupo de rap, to estabeleça trocas e reflita de fato as vozes da co-
capoeira, terreiro, benzedeiras, pastorais etc. munidade escolar. Todas as ações da programação
Nesse encontro, no qual a participação e o com- precisam de uma pessoa responsável por registrar
promisso da gestão escolar é fundamental, os desafios, anseios e propostas trazidos pelos par-
devem pensar datas, formatos e potenciais co- ticipantes a fim de subsidiar o trabalho da escola e
laboradores. A escola pode construir a jornada da gestão escolar. Os registros devem ser sistema-
pedagógica em parceria com outras unidades e tizados e retomados nas próximas reuniões com a
até mesmo com a Secretaria de Educação, que equipe pedagógica.
costuma ter técnicos responsáveis por desenvol-
ver essa temática.
Atores:
gestão escolar; professores; alunos; movimento social
Resumo:
antirracista.
A partir de uma parceria
com uma organização Tempo: um semestre.
que atua no combate ao
racismo, a escola realiza Condições materiais:
uma atividade formativa computador com acesso à internet; sala para projeção
que, como desdobramen- de filmes e documentários; salas para realização de ofi-
to, convida os alunos a cinas temáticas; livros.
participar do concurso de
redação “A educação como
Habilidades desenvolvidas:
ferramenta de combate ao
racismo”. Os vencedores leitura crítica; argumentação; mobilização da comuni-
do concurso terão a opor- dade escolar; conhecimento sobre relações raciais e his-
tunidade de participar de tória e cultura africana e afro-brasileira; conhecimento
um processo formativo de instrumentos normativos de combate ao racismo na
e visitar espaços sobre educação; valorização da diversidade; reconhecimento
a história da resistência da identidade negra.
negra na região. A partir
de então, terão o papel de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
atuar como articuladores
da temática na escola,
mobilizando os colegas Base Nacional Comum (BNCC):
para oficinas e provocando
a comunidade escolar para Componentes
Competências Habilidades
a mudança de compor- curriculares
tamento em relação ao Gerais:
racismo. EMCG4
EMCG7
EMCG8 EM13LGG102
Língua Portuguesa EMCG10 EM13LGG202
História
Específicas EM13CHS502
Sociologia
EMCLT2 EM13CHS503
EMCLT5
EMCCHSA3
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 2 –
ETAPA 1 –
Atividade formativa
Construção de parceria
O elemento disparador da conversa pode ser a
A escola deve estabelecer parceria com alguma
exibição de um filme ou uma roda de diálogo no
instituição que atua na agenda antirracista na
pátio na escola. Tanto a escolha do filme como a
cidade. Pode ser o movimento negro local, o Con-
roda de conversa devem ter como tema central
selho Municipal da Comunidade Negra, o Fórum
o racismo e devem provocar os alunos a refle-
de Educação e Diversidade Étnico-Racial, o grupo
tir sobre como esse fenômeno está presente no
de capoeira, a casa de cultura etc. Caso não haja
cotidiano escolar. É importante que o filme ou a
possibilidade, pode ser algum ator comprometido
exposição não sejam longos para que os alunos
com a temática. O objetivo é que o parceiro realize
tenham espaço para falar.
uma atividade formativa de sensibilização sobre o
racismo na comunidade escolar, participe do con-
Ao finalizar a atividade, os alunos devem ser con-
curso de redação com o tema “A educação como
vidados a participar do concurso de redação “A
ferramenta de combate ao racismo” e elabore em
educação como ferramenta de combate ao racis-
conjunto com a equipe pedagógica um projeto de
mo”. Os selecionados – número a depender do ta-
capacitação dos discentes selecionados que os
manho da escola – irão participar de um processo
instrumentalize para construir ações de supera-
formativo com visitas a diferentes espaços de cul-
ção das desigualdades raciais na escola.
tura afro-brasileira e africana da região, receberão
livros e terão aulas com especialistas da área.
Atores:
gestão escolar; professores; técnicos; alunos do Ensino
Médio.
Resumo:
Tempo: seis meses.
A gestão escolar, com o
apoio da equipe pedagó- Condições materiais:
gica, realiza uma pesquisa computador com acesso à internet; impressora; sala
sobre desigualdades para formação; projetor ou TV e aparelho de DVD; li-
raciais e produz materiais vros; revistas.
a ser dispostos na escola
para sensibilizar a comuni- Habilidades desenvolvidas:
dade discente. Posterior- pesquisa temática; leitura crítica sobre as desigualda-
mente, mobiliza os alunos
des raciais; conhecimento sobre o impacto do racismo
para ações pró-equidade
racial e os convida para na formação do Brasil; protagonismo juvenil compro-
um processo formativo metido com as questões étnico-raciais na escola e so-
sobre a temática. A forma- ciabilidades comunitárias refletidas em seu interior.
ção prepara o grupo para
intervir sobre os efeitos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 10
do racismo.
Base Nacional Comum (BNCC):
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG4
EMCG7
EMCG8 EM13LGG102
Língua Portuguesa EMCG10 EM13LGG202
História
Específicas EM13CHS502
Sociologia
EMCLT2 EM13CHS503
EMCLT5
EMCCHSA3
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 3 –
ETAPA 1 –
Pesquisa Convocação
A gestão escolar deve realizar uma pesquisa de Concluída a semana de sensibilização, a gestão
dados, manchetes e capas de revistas sobre desi- deve abrir inscrições e convocar os alunos para um
gualdades raciais. Em conjunto com a equipe pe- projeto de formação de jovens líderes pró-equida-
dagógica, busca selecionar dados que indicam o de racial na educação. É importante comunicar a
impacto do racismo na garantia de direitos, como importância e o objetivo do projeto em todo o es-
trabalho e renda, acesso à educação, moradia, vio- paço da escola. Além da colagem de cartazes cha-
lência etc. A partir do material selecionado, serão mando para a iniciativa, pode-se passar de sala em
preparados cartazes a ser expostos em espaços co- sala explicando o projeto e convocando os alunos.
muns da escola.
Se houver um número de inscritos superior ao que
o projeto desenhado pela escola pode atender, po-
de-se fazer um processo de seleção que considere
a diversidade existente na escola: identidade de
ETAPA 2 – gênero, identidade étnico-racial, séries etc.
Sensibilização
Os materiais com os dados que evidenciam as
desigualdades raciais devem ser expostos em ETAPA 4 –
ambiente comum e frequentados pelos alunos
durante uma semana. É importante que tenham Formação
destaque no espaço. Nos três primeiros dias, ape- A partir dos dados selecionados para a sensibili-
nas os dados são expostos. A partir do quarto dia, zação da comunidade discente, a gestão deve ela-
devem ser colocados novos cartazes com o cha- borar em conjunto com os professores e/ou par-
mado “Você pode mudar esta realidade!”. ceiros externos da área que aderiram ao projeto
um percurso formativo dos jovens considerando:
RESPONSÁVEIS PERÍODO
AÇÃO DE RECURSOS
PROBLEMA PESSOAS INÍCIO TÉRMINO
INTERVENÇÃO NECESSÁRIOS DIRETO
ENVOLVIDAS PREVISTO PREVISTO
Evasão escolar de Articulação com Recurso humano Diretor Aluno X 10/03/2018 10/12/2018
alunos negros as instituições de para articulação Rafael Silva Funcionário X
garantia de direi- territorial, telefo-
tos fundamentais ne, computador
do território com acesso à in-
ternet, espaço fí-
sico para reunião
Atores:
Resumo:
gestão escolar; professores; alunos.
Com o apoio da equipe pe-
dagógica, os alunos prota- Tempo: um semestre.
gonizam uma peça teatral
sobre as leis 10.639/03 e Condições materiais:
11.645/08, trazendo as computador com acesso à internet para pesquisa; es-
problemáticas, riquezas e paço físico para ensaios; espaços para apresentação;
fraquezas que identificam roupas e fantasias; materiais de papelaria; câmera fo-
em suas experiências com tográfica.
a temática. São respon-
sáveis por escrever o
roteiro, construir objetos Habilidades desenvolvidas:
e cenários e realizar apre- conhecimento dos marcos legais e currículo; constru-
sentações nas escolas do ção de roteiro; interpretação teatral/artes cênicas; va-
território. lorização da diversidade.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG1
EFCG4
EFCG6 EF07HI02
Artes EFCG9 EF69AR31
História Específicas EF69AR12
EFCH2 EF69AR14
EFCH3
EFCA1
EFCA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 2 –
ETAPA 1 –
Formação dos alunos e elaboração da peça teatral
Preparação dos materiais
Identificar como os alunos veem a implementa-
A equipe proponente deve conhecer e elaborar a
ção da temática na escola com as seguintes per-
apresentação dos materiais que normatizam a
guntas:
educação para as relações étnico-raciais e o ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e In-
1. O que você sabe sobre história e cultura africa-
dígena nos currículos para a comunidade discente.
na, afro-brasileira e indígena?
2. O que a escola ensina sobre essa temática?
Documentos referenciais
3. Como o tema aparece nos materiais didáticos?
• Lei 10.639/03
4. Como o racismo aparece na escola? Dê exem-
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
plos.
cação das Relações Étnico-Raciais e para o
5. Qual importância da história e cultura africana,
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
afro-brasileira e indígena para a valorização da
Africana
população negra e indígena?
• Lei 11.645/08
• Plano Nacional de Implementação das Dire-
A partir das respostas dos estudantes, montar um
trizes Curriculares Nacionais para a Educação
painel dividido em aspectos positivos e negativos
das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
presentes no diálogo. Esse mural deve ser sistema-
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
tizado para orientar a elaboração da peça pelos es-
tudantes.
Além da elaboração do material conceitual, deve
apresentar a proposta e mobilizar atores da equi-
Posteriormente, introduzir os marcos legais que
pe pedagógica da escola para conseguir materiais
orientam a apresentação da temática, sobretudo
que sirvam de suporte para os alunos criarem o
as discussões propostas nas Diretrizes Curriculares
cenário necessário para a realização da apresenta-
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Ra-
ção teatral.
ciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Bra-
sileira e Africana.
Caso o profissional da disciplina de Artes da esco-
la não tenha conhecimento de artes cênicas e/ou
Orientar o grupo que sua percepção inicial, prove-
não possa colaborar, estabelecer parceria com al-
niente de como a temática aparece no cotidiano
gum grupo de teatro do território que possa orien-
escolar, somada às orientações dos marcos legais,
tar a atuação dos estudantes.
deve pautar a elaboração do roteiro da peça teatral
a ser construída.
Outro passo importante é comunicar a escola so-
bre o projeto e abrir inscrições para que os alunos
Com o auxílio do profissional com conhecimento
possam aderir livremente à iniciativa. Caso o nú-
em artes cênicas, os estudantes devem receber
mero de inscritos ultrapasse o esperado, a equipe
orientação sobre elaboração de roteiro e constru-
pode fazer entrevistas e uma seleção consideran-
ção de personagens e cenários. O objetivo do grupo
do a diversidade que compõe a comunidade esco-
deve ser sensibilizar todos os atores da escola para
lar (gênero, grupos de idade, identidade étnico-ra-
a implementação das leis 10.639/03 e 11.645/08.
cial etc.).
continua na próxima página
Atores:
Resumo: gestão escolar; professores; funcionários; alunos.
O projeto propõe uma
Tempo: dois meses (bimestral).
avaliação que estimula a
reflexão sobre questões
raciais e diversidade nos Condições materiais:
livros didáticos. Partindo livros; laboratório de informática com computadores
do acervo existente e com acesso à internet; material de papelaria.
utilizado pela escola, cada
professor deve escolher Habilidades desenvolvidas:
alguns materiais como conhecimento aplicado dos marcos legais para a educa-
referência e apresentar na ção das relações étnico-raciais e para o ensino de Histó-
reunião pedagógica a fim
ria e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; leitura
de discutir a implemen-
tação da temática. Esses
crítica de livros.
livros serão trabalhados
em sala de aula com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 10
alunos para que identi-
fiquem como o racismo Base Nacional Comum (BNCC):
aparece em seus mate-
riais didáticos e realizem Componentes
pesquisa para construir Competências Habilidades
curriculares
um repertório antirracista
dos fenômenos apresen- Gerais:
EMCG5
tados. Essa atividade dará
EMCG8
subsídios para a escola EMCG10 EM13CNT310
História
repensar os instrumentos Língua Portuguesa EMCG4 EM13MAT102
didáticos e paradidáticos EM13CHS504
Matemática Específicas
utilizados em sala de aula. EM13CHS601
Sociologia EMCLT2 EM13LGG301
EMCLT3
EMCMT1
EMCCHSA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Envio de relatório à Secretaria de Educação Exposição Educação Antirracista nos Livros Didá-
A partir da leitura crítica dos livros, a equipe peda- ticos
gógica, em parceria com os alunos, pode elaborar A última etapa do projeto é a exposição com os
um documento com observações sobre conteúdos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes em es-
inadequados e ausentes dos materiais didáticos paços comuns da escola. É um momento impor-
a ser remetido para a Secretaria de Educação – e tante de socialização da leitura crítica dos mate-
outros órgãos superiores responsáveis pelo envio riais, bem como da forma como reescreveram e/ou
desses materiais – com o objetivo de influenciar a incluíram os tópicos apresentados.
escolha dos livros usados nas escolas.
https://www.youtube.com/watch?v=ONMqIROJ9pI
Atores:
Resumo: gestão escolar; professores; alunos.
A escola estabelece par- Tempo: dois meses.
ceria com instituições do
território – lojas; ONGs;
órgãos públicos – para Condições materiais:
obter apoio na aquisição computador; impressora; material de papelaria; carta-
dos prêmios direcionados zes.
ao concurso. Lança edital
público convocando a Habilidades desenvolvidas:
comunidade discente para leitura; escrita; conhecimento sobre gêneros textuais;
participar do concurso valorização da identidade negra.
de redação e histórias
em quadrinhos. A equipe
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
docente deve abordar a
temática na sala de aula
como forma de instru- Base Nacional Comum (BNCC):
mentalizar a produção
dos alunos. Forma-se uma Componentes
Competências Habilidades
comissão com repre- curriculares
sentantes de todos os Gerais:
segmentos da escola, que EFCG1
irá selecionar as redações EFCG3
e a história em quadrinhos EFCG6 EF69AR31
premiadas. Artes EFCG7 EF05LP14
Língua Portuguesa
Específicas EF07HI02
História
EFCA3 EF06HI16
EFCLP3
EFCLP7
EFCH7
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
A escola autora inscreveu o projeto no edital do • objeto – o que ela pretende realizar;
Instituto Unibanco, o que possibilitou recursos • tema;
para premiar as doze melhores redações (uma de • definição da redação e da história em quadri-
cada ano dos níveis de ensino) com um celular para nhos;
cada autor e a melhor história em quadrinhos com • critérios, local e período para inscrição;
um tablet. • critérios de análise para a comissão julgadora;
• premiação;
Centros comerciais do território, editais públicos e • contato/central de dúvidas.
de institutos empresariais, ONGs, empresas e ou-
tras instituições podem atuar como parceiros para Após a definição da comissão julgadora e da chama-
a aquisição dos prêmios. da pública, deve elaborar material de comunicação
(cartazes; folders etc.) a ser divulgado na escola.
ETAPA 3 –
Divulgação do concurso
Além de espalhar o material de divulgação pelos
espaços comuns da escola, a comissão deve visi-
tar cada uma das salas de aula para falar sobre
a importância da temática e convidar os alunos
para participar. Os docentes parceiros podem re-
servar uma ou mais aulas para abordar a temática
e incentivar os alunos a enviar suas produções.
Atores:
gestão escolar; professores; alunos.
Tempo: contínuo.
Resumo:
ETAPA 1 – ETAPA 2–
https://educacaoemnumeros.observatoriodeeduca-
cao.org.br
Atores:
gestão escolar; professores; alunos; grafiteiros do ter-
Resumo:
ritório.
Por meio de parceria com
grafiteiros do território, Tempo: um bimestre.
a escola passa a disponi-
bilizar oficinas de grafite Condições materiais:
para os alunos. Durante sala de aula; televisão e aparelho reprodutor de filme;
o processo de desenvol- folhas de sulfite; lápis; lápis de cor; latas de spray de
vimento das técnicas, os diferentes cores; tinta branca; parede disponíveis para
participantes têm contato intervenção artística na escola.
com a história e os dife-
rentes estilos do grafite.
Para finalizar o projeto, Habilidades desenvolvidas:
discutem uma temática trabalho em equipe; conceituação de obra em murais;
a ser trabalhada – de pre- técnicas de pintura em parede; domínio dos efeitos das
ferências afro-brasileira e cores; conhecimento sobre a história do hip-hop.
africana – e realizam uma
grafitagem nos muros dis- Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
ponibilizados pela escola.
Base Nacional Comum (BNCC):
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG1
EMCG5
EMCG7 EM13CHS102
Artes EMCG10 EM13CHS104
Língua Portuguesa
Específicas EM13LGG104
Sociologia
EMCLT1 EM13LGG201
EMCLT6
EMCCHSA5
EMCCHSA7
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2–
ETAPA 3 –
Grafitagem
Os alunos irão grafitar seus projetos rascunhados
nas oficinas nos muros da unidade educacional
disponibilizados pela gestão escolar. É importante
que seja um espaço visível e de convivência entre
os alunos. Após a finalização do projeto, professo-
res de diferentes disciplinas podem realizar uma
visita à galeria a céu aberto protagonizada pelos
estudantes da escola.
Sarau Objetivo:
mobilizar a comunidade docente para a seleção de pro-
dução literária africana, afro-brasileira e local para as
disciplinas de Língua-Portuguesa e Literatura a fim de
estimular a produção e a participação dos estudantes.
Atores:
Resumo: gestão escolar; professores; funcionários; alunos.
Os docentes, com suporte
Tempo: bimestral.
da gestão escolar, sele-
cionam livros de contos
e poesias africanos, afro- Condições materiais:
-brasileiros e de escritores espaço físico (pátio, auditório, sala etc.); livros de li-
independente locais para teratura africana e afro-brasileira; microfone; caixa de
estimular a visibilidade e a som; papel; canetas.
participação dos estu-
dantes a partir da aproxi- Habilidades desenvolvidas:
mação com temas de seu leitura; produção literária; escrita; protagonismo juve-
cotidiano.
nil; integração da comunidade escolar; valorização da
diversidade; comunicação oral.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG1
EMCG5
EMCG7 EM13LGG204
Artes EMCG10 EM13LGG305
Língua Portuguesa
Específicas EM13CHS103
Filosofia
EMCLT3 EM13LGG105
EMCLT6
EMCCHSA5
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
O livro Letramentos de reexistência. Poesia, gra- A apresentação de escritores comuns, que saem
fite, música, dança: hip-hop, de Ana Lúcia Silva das periferias e espalham os saberes locais pelo
Souza, ajuda a formar a equipe pedagógica sobre mundo, estimula o interesse literário dos estu-
a importância e a potência de trabalhos com essa dantes. A partir das linguagens e gêneros apre-
temática e método. sentados, os docentes devem provocar os alunos
a produzir suas próprias narrativas do cotidiano
Para desenvolver o trabalho, é importante conhe- e apresentá-las no microfone aberto que estará
cer a vasta produção existente nesse campo que disponível no sarau da escola.
servirá como disparadora do trabalho com os alu-
nos. Seguem abaixo algumas sugestões:
ETAPA 3 –
• Punga, de Elizandra Souza e Akins Kintê.
• Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus. Sarau da escola
• Teoria Geral do Fracasso, de Hamilton Borges. A partir da identificação dos alunos engajados no
• O Hip Hop está Morto, de Toni C. projeto, a equipe pedagógica deve estimulá-los
• Coleção Sambas Escritos, de Carmem Faustino, a assumir o protagonismo e a apresentação do
Maitê Freitas e Patrícia Vaz. sarau da escola, onde terão espaço para comparti-
• Perifeminas, da Frente Nacional de Mulheres lhar suas produções literárias. A participação nos
no Hip-Hop. saraus deve compor o repertório de avaliação das
• Álbum Sobrevivendo no Inferno, do grupo disciplinas, sendo uma das estratégias de partici-
Racionais MC’s10 pação e produção dos alunos.
• Becos da Memória, de Conceição Evaristo.
• Luuanda, de José Luandino Vieira.
• O canto dos escravos, de Paulina Chiziane.
Atores:
alunos; profissionais da educação; atores/instituições
Resumo: do território.
Os alunos são estimulados
a fazer um mapeamento Tempo: dois meses (bimestral).
do território, reconhecer
lideranças e/ou grupos e Condições materiais:
desvendar histórias sobre mapa; caderno de campo; máquina fotográfica; grava-
o desenvolvimento e par- dor.
ticularidades da comuni-
dade. A partir da identi- Habilidades desenvolvidas:
ficação de uma liderança desenvolvimento das noções de espaço, tempo e siste-
local, contam com o apoio
matização de informações; compreensão da diversida-
para contatar pessoas,
grupos e instituições que de que compõe o território em que vivem; identificação
conhecem e vivenciaram e valorização do território.
diferentes momentos da
história do bairro. Com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 5 e 10
eles, irão gravar entrevis-
tas, levantar materiais e Base Nacional Comum (BNCC):
fazer registro fotográfico
que visam compor um tra-
Componentes
balho sobre a diversidade Competências Habilidades
curriculares
existente na comunidade
em que vivem. Os resulta- Gerais:
dos podem ser expostos EMCG1
EMCG5
em programas de rádio,
EMCG7 EM13LGG105
fanzine, jornal, blog, Sociologia EMCG10 EM13CHS504
mural etc. Geografia
Específicas EM13CHS601
História
EMCCHSA2 EM13CHS605
EMCCHSA3
EMCCHSA5
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
ETAPA 6–
ETAPA 4–
Apresentação de resultados
Realização da etnografia na comunidade
Todo o material coletado durante e após a etno-
A visita etnográfica, previamente combinada com
grafia deverá ser organizado e apresentado à co-
a liderança/referência comunitária, deve ser reali-
munidade escolar, com o objetivo de valorizar a
zada com todo o grupo de alunos que participam
história do local onde está instalada. Como forma
do projeto.
de expor os resultados, os alunos podem dese-
nhar e personalizar mapas identificando espaços
A equipe pedagógica deve orientá-los a ficar aten-
e pessoas, escrever histórias, editar e exibir víde-
tos aos detalhes dos espaços, aos fatos narrados
os e áudios, expor fotografias, elaborar mural etc.
pelos moradores, aos nomes citados e aos locais
Para compor a exposição dos resultados, também
indicados. Os participantes devem, a partir desse
podem propor palestras a ser realizadas por mora-
evento, definir quais serão as pessoas da comuni-
dores. Os estudantes devem aproveitar o momen-
dade que irão entrevistar.
to para fazer um relato à comunidade escolar de
como foi a experiência e o que isso acrescentou
O professor de Português deve solicitar um relato
para seu processo de aprendizado e construção
de observação de cada um dos alunos como resul-
de identidade.
tado da atividade.
Atores:
Resumo:
alunos do Ensino Médio.
São realizados encon-
tros temáticos a fim de Tempo: oito meses.
mobilizar a comunidade
escolar para aderir a um Condições materiais:
projeto de comunicação laboratório de informática com computadores conec-
local. Esses encontros tados à internet; impressora; espaço físico para ofici-
visam fazer refletir sobre nas; livros; gravador; máquina fotográfica.
o papel da comunicação
como instrumento de
intervenção social. A Habilidades desenvolvidas:
comunidade discente é leitura crítica de contexto; fotografia; escrita; expres-
estimulada a se inscrever são oral; produção editorial; construção de notícias;
no projeto central de mí- entrevista; conhecimentos sobre desigualdades de gê-
dia, que oferecerá oficinas nero, raça e classe.
de jornalismo. A partir de
oficinas que contemplam Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4, 5 e 10
as diferentes linguagens
da comunicação, os alunos
Base Nacional Comum (BNCC):
recebem formação técnica
e contextual para a cria-
ção da central de mídia. Componentes
Competências Habilidades
Em cada oficina, produ- curriculares
zem materiais que irão Gerais:
compor o instrumento de EMCG5
comunicação escolhido EMCG8
para movimentar a central EMCG10 EM13LGG104
da escola. Língua Portuguesa EMCG4 EM13LGG303
Sociologia Específicas EM13CHS103
EMCCHSA3 EM13CHS605
EMCCHSA4
EMCLT2
EMCLT7
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Difusão
Todos os materiais produzidos pelos alunos de-
vem ser organizados e difundidos a partir do ins-
trumento escolhido: blog, canal do YouTube, jor-
nal, fanzine, rádio etc. Podem ser utilizados mais
de um desses instrumentos, a depender a estrutu-
ra a ser oferecida pela escola.
Atores:
gestão escolar; rede de proteção; alunos.
Resumo:
Tempo: contínuo.
A gestão escolar estabe-
lece uma parceria com a Condições materiais:
rede de proteção e garan- sala de reunião com rede de proteção; telefone.
tia de direitos presente
no território da escola: Habilidades desenvolvidas:
Centro de Referência de articulação territorial; operacionalização dos direitos
Assistência Social (CRAS), fundamentais; parcerias.
conselho tutelar, Saúde
da Família, Secretaria de
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 4 e 10
Educação, ONGs etc. Esse
grupo realiza reuniões
periódicas para tratar Base Nacional Comum (BNCC):
de cada um dos casos de
alunos evadidos, tendo Componentes
Competências Habilidades
como objetivo seu retorno curriculares
à escola e a garantia de Gerais:
outros direitos fundamen- EMCG5
tais, quando necessário. EMCG8
Essa atividade é reali- EMCG10 Essa atividade é reali-
zada como formação EMCG4 zada como formação
pedagógica por isso pedagógica por isso
inclui apenas as com- Específicas inclui apenas as com-
petência gerais petência gerais
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Atores:
direção; coordenação pedagógica; professores; funcio-
Resumo:
nários; alunos.
A atividade consiste na
sensibilização dos educa- Tempo: um ano.
dores para a importância
do ensino de História e Condições materiais:
Cultura Afro-Brasileira e livros; revistas; computador; datashow; filmes e docu-
Africana, na capacitação mentários que abordam a história e a contribuição dos
desses profissionais para povos africanos para a humanidade nas diversas áreas
a implementação da Lei
do conhecimento.
10.639/03 de forma inter-
disciplinar na instituição
de ensino e na mobili- Habilidades desenvolvidas:
zação da comunidade conhecimento sobre história e cultura africana e afro-
escolar para a importância -brasileira; leitura crítica sobre as relações étnico-ra-
da temática. ciais no Brasil; conhecimento sobre a legislação que
torna obrigatório o ensino para as relações étnico-ra-
ciais; elaboração de propostas pedagógicas.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG5
EMCG8
EMCG10 EM13CNT310
História
EMCG4 EM13MAT102
Língua Portuguesa
EM13CHS504
Matemática Específicas EM13CHS601
Sociologia EMCLT2 EM13LGG301
EMCLT3
EMCMT1
EMCCHSA5
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 3 –
Sugestão de leitura:
Gênios da Humanidade: Ciência, Tecnologia e Inova-
ção Africana e Afrodescendente, de Carlos Eduardo
Dias Machado.
Resumo: Atores:
gestão escolar; professores; alunos.
Os alunos fazem o levan-
tamento e a sistemati-
zação de saberes locais, Tempo:
com recorte específico um bimestre.
nas plantas medicinais
utilizadas no dia a dia Condições materiais:
da comunidade. A partir livros; computador com acesso à internet; gravador de
da pesquisa, elaboram voz; plantas; terra.
um catálogo das mudas
identificadas e realizam a
Habilidades desenvolvidas:
plantação no território da
escola.
relação do conhecimento cotidiano com o conhecimen-
to científico; reconhecimento dos saberes tradicionais;
valorização da contribuição de diferentes povos para
o desenvolvimento da humanidade; deslocamento de
povos não ocidentais do lugar de objetos para o lugar
de sujeitos produtores de conhecimento.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG1
EMCG3
EMCG4 EM13CHS606
Biologia EMCG7 EM13CNT309
História
Específicas EM13CHS601
Sociologia
EMCCNT1 EM13CHS605
EMCCNT2
EMCCHSA2
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Indicadores de Objetivo:
desenvolimento produzir mapa de gestão escolar para a promoção da
equidade racial.
Atores:
Secretaria de Educação; secretaria da escola; gestão es-
colar; docentes; alunos; famílias.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG4
EMCG7
EMCG8 EM13LGG102
Língua Portuguesa EMCG10 EM13LGG202
História
Específicas EM13CHS502
Sociologia
EMCLT2 EM13CHS503
EMCLT5
EMCCHSA3
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
Plano de trabalho
Após o desenho das instituições e atores, a co-
missão deve preparar um plano de trabalho para
levantar as informações e elaborar uma apresen-
tação dos resultados para a comunidade escolar.
Contexto:
TEMA DIAGNÓSTICO PROBLEMA A SER ENFRENTADO
Este segmento apresenta
Trabalho infantil e acesso aos direitos
Comunidade maior número de evasão esco-
fundamentais (como a escola se articu-
escolar negra lar a partir do 5o ano do Ensino
la junto à rede de proteção)
Fundamental
Potenciais
TESOURO (PESSOAS, O QUE PODE TRAZER
ORGANIZAÇÕES, ACÚMULOS POTENCIAS PARA O NOSSO
PROJETOS) PROJETO
Atua no combate Trabalho Pode atender os alunos
Associação comunitária
à violência no articulado com evadidos e ajudar a
do bairro
território a família mantê-los na escola
Planejar e agir
A comissão deve preparar uma apresentação com
a fotografia dos dados coletados sobre a escola
no que se refere a fluxo, desempenho e desigual-
dades, considerando as possíveis disparidades de
gênero e raça, além das problemáticas que envol-
vem estrutura, incidência, avaliações externas,
avaliações internas etc. Para facilitar a apresen-
tação, pode elaborar painéis a ser expostos na
escola. A partir da apresentação, a comunidade
escolar deve ser convidada a construir colaborati-
vamente um plano de trabalho para a superação
dos desafios apresentados pelos dados do diag-
nóstico.
Resumo: Atores:
gestão escolar; professores; funcionários; alunos; con-
A unidade escolar conso-
selho; comunidade escolar.
lida um grupo de diversos
atores que têm como
papel monitorar e avaliar Tempo: contínuo.
as ações da gestão escolar
para a promoção da equi- Condições materiais:
dade racial, tendo como espaço para reuniões; computador; impressora; papel.
foco central a garantia
do direito à educação de Habilidades desenvolvidas:
todas as pessoas. gestão escolar para a equidade; controle social; parti-
cipação.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG4
EMCG5
EMCG8 EM13LGG102
Língua Portuguesa EMCG10 EM13LGG202
História
Específicas EM13CHS502
Sociologia
EMCLT2 EM13CHS503
EMCLT5
EMCCHSA3
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 –
Chamada para a composição do GT Gestão Esco- que ’atrapalhem o bom andamento do proces-
lar para Equidade Racial so’. Muitas vezes, o processo participativo já
Atores de todos os segmentos da escola devem nasce de um mapeamento de quem é ‘aliado’ e
ser convocados para uma reunião, que terá como de quem é ’adversário’.”
objetivo construir um grupo de trabalho (GT) res- • “A participação colaborativa – Nessa perspec-
ponsável por incidir nas decisões e nos projetos tiva, um dos verbos mais utilizados é o ‘ajudar’
da gestão escolar para promover a equidade ra- e se esvazia a dimensão política dos processos.
cial na escola. Essa reunião pode ser conduzida Entende-se que a participação deve ser mobili-
pelo conselho da escola, pelo grêmio estudantil, zada para que a sociedade colabore com o Esta-
pela APM etc. Além de elaborar recomendações e do na implementação de políticas e prioridades
fazer a interlocução com a gestão escolar sobre já definidas previamente, ou seja, que não estão
as problemáticas que envolvem a educação das em questão nos processos participativos. Mui-
relações étnico-raciais, o GT deve monitorar e tas vezes, tal perspectiva é associada a propos-
avaliar as ações tomadas por diretores e coorde- tas que defendem o enxugamento do Estado e
nadores pedagógicos para fortalecer a temática e o repasse da execução de políticas públicas para
superar as desigualdades educacionais. Para en- determinados setores sociais.”
gajar o grupo, os responsáveis pela convocação • “A participação consultiva – Diferentemente
da reunião podem fazer a dinâmica “Que parti- da participação figurativa, aqui estão abertos
cipação é essa?”, do guia A Construção e Revisão canais e espaços de diálogo entre Estado e so-
Participativas dos Planos de Educação, da coleção ciedade civil a partir do reconhecimento da di-
De Olho nos Planos. mensão política dos processos participativos. O
discurso é bastante assertivo com relação aos
Divida os presentes em cinco grupos e distribua princípios democráticos, mas há uma imensa di-
tarjetas com os tipos de participação: ficuldade de traduzir as deliberações e resulta-
• “A participação figurativa – A partir dela, os dos dos processos participativos em influência
processos participativos acontecem, é esti- na tomada de decisão e em operacionalidade
mulada a mobilização da sociedade, acon- para dentro das políticas públicas. Em decorrên-
tecem eventos e atividades, mas pouco ou cia disso, muitas vezes, tais processos e espaços
nenhuma atenção é dada às propostas e aos funcionam como ’colchões’ de amortecimento
resultados dos processos. Tal participação de conflitos sociais.”
pouco ou nada impacta o processo de tomada • “A participação burocrática – A partir dessa no-
de decisão das metas e de outras ações, mas é ção, realizam-se e cumprem-se os rituais parti-
exibida como grande fato político.” cipativos de forma burocrática, ’como exige a
• “A participação controlada – A preocupação lei’, sem sentido político ou consequência práti-
aqui reside em controlar ao máximo a escolha ca na tomada de decisão. A abertura é mínima
de quem pode participar e os conteúdos que para dialogar com os resultados do processo e
podem ser abordados no processo participati- incorporá-los ao diagnóstico ou traduzi-los em
vo, incidindo explícita ou implicitamente para mudanças nas políticas públicas. Também não
excluir grupos ou pessoas ou coletivos que há compromisso com a continuidade e nem com
possam trazer críticas ou expor divergências a articulação de tais processos com o fortaleci-
mento de instâncias participativas.”
Finalizada a roda de diálogo, deve-se compor o GT Para ter uma atuação reconhecida na unidade,
voluntariamente com representantes de todos o GT deve: 1) realizar consultas periódicas sobre
os segmentos: gestão, docentes, alunos, mães e o tema à comunidade escolar; 2) realizar escuta
pais, funcionários etc. Caso haja um número gran- específica de atores envolvidos em conflitos étni-
de de voluntários, pode-se partir para a eleição de co-raciais; 3) dialogar com professores que enfren-
representantes por segmento. tam dificuldades ou são resistentes à implemen-
tação das leis 10.639/03 e 11.645/08; 4) registrar
boas práticas existentes na unidade; e 5) elaborar
relatórios com recomendações para a gestão.
Atores:
gestão escolar; professores; funcionários da escola.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EFCG1
Atividade desenvolvi- EFCG6 Atividade desenvolvi-
da pela gestão escolar, EFCG7 da pela gestão escolar,
por isso não tem EFCG9 por isso não tem
componente, compe- Específicas componente, compe-
tências específicas e tências específicas e
habilidades habilidades
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Sensibilização Formação
Os proponentes da atividade de sensibilização Na segunda etapa, os participantes são convidados
convidam os educadores participantes para a ofi- a avaliar coletivamente a dimensão 4 – Acesso, per-
cina Origem do nome. Nessa atividade, cada um manência e sucesso na escola, dos Indicadores da
terá cinco minutos para relembrar como se deu a Qualidade na Educação: Relações Raciais na Escola,
escolha, qual a origem e o significado do seu nome. a fim de refletir sobre como o racismo impacta a tra-
Após a organização das ideias, devem apresentar jetória educacional dos estudantes e a importância
essas informações ao grupo. de saber o contexto de vida e as expectativas do pú-
blico atendido como estratégia de fortalecimento
Durante as apresentações, os condutores da ofici- dos resultados de aprendizagem.
na devem fazer anotações e, posteriormente, bus-
car refletir sobre como nossas escolhas remetem Os Indicadores da Qualidade na Educação: Rela-
a referências, memórias e significados e a impor- ções Raciais na Escola é uma produção da ONG
tância desses elementos para o desenvolvimento Ação Educativa em parceria com UNICEF, MEC e
da sociedade. Essa atividade ajuda a criar vínculo União Europeia. Pode ser acessado no link:
e maior envolvimento entre o grupo, abrindo pos-
sibilidades para debater temas polêmicos. http://www.acaoeducativa.org.br/relacoesra-
ciais/wp-content/uploads/2013/12/Indicadores_
Após a atividade que envolve história e memória, RR_vf.pdf
provocá-los a pensar como o apagamento das con-
tribuições de povos historicamente discriminados É importante que, durante a discussão de cada um
para o desenvolvimento do Brasil se reflete sobre a dos indicadores propostos na dimensão 4, os pro-
subjetividade e a memória de seus descendentes, fissionais possam dialogar sobre a realidade local e
buscando abertura para a integração da temática construir consensos.
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Afri-
continua na próxima página
cana e educação das relações étnico-raciais no cur-
rículo como prática permanente e fundamental.
https://www.youtube.com/watch?v=cXN9tdyDuVw
Encontros de Objetivo:
aprendizagem oportunizar acesso a conteúdos, produção e debates
para reflexão sobre as relações étnico-raciais na escola
e na sociedade e acesso a ferramentas de intervenção
social com vistas à mobilização e transformação de re-
alidades complexas.
Resumo: Atores:
gestão escolar; educadores; técnicos da Secretaria de
Realização de encontros Educação; alunos.
formativos que subsidiam
a atuação com a educação
Tempo: contínuo (encontros de um dia).
das relações étnico-raciais
e o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira, Condições materiais:
Africana e Indígena. espaço físico; cartazes; livros; computador; projetor;
bloco de notas.
Habilidades desenvolvidas:
leitura crítica das relações étnico-raciais; intervenção
frente a situações de racismo; pesquisa e ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.
Componentes
Competências Habilidades
curriculares
Gerais:
EMCG4
EMCG7
EMCG8 EM13LGG102
Língua Portuguesa EMCG10 EM13LGG202
História
Específicas EM13CHS502
Sociologia
EMCLT2 EM13CHS503
EMCLT5
EMCCHSA3
EMCCHSA6
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE/PROJETO:
ETAPA 1 – ETAPA 2 –
Para ilustrar algumas dessas lutas, neste apêndice do Caderno para a Ges-
tão Escolar destacaremos algumas experiências individuais e coletivas,
organizações, marcos legais e históricos que consideramos fundamentais
para o campo da educação. Este breve levantamento está organizado em
três períodos da história do Brasil. Outras ênfases, fatos, narrativas e orga-
nização da didática da história são possíveis, por isso, convidamos os(as)
profissionais da educação a mapearem mais eventos históricos e sociais
que ocorreram em âmbito nacional e local ao longo da história e hoje fun-
damentam as discussões sobre a educação para as relações étnico-raciais
e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena na escola.
11. Revolta dos Hauças (1807), Paiaiá (1673), Encouraçados do Perdão (1823), Queto-
-Xambá (1823), Revolta dos Malês (1835), Nagô-Oió (1830), Revolta Jege-Mina-Fon (1834),
Revolta Banta (1910). (Informação complementar sugeridas por técnicos da Secretaria de
Educação do Estado do Ceará)
Segundo Henrique Cunha Júnior (2003), entre 1937 e 1970, além da FNB e
do TEN, existiram inúmeros movimentos de consciência negra no Brasil.
São lembrados grupos e personalidades negras como a poetisa Madale-
na de Sousa, da Associação Cultural do Negro de São Paulo (1954-1965),
o Teatro de Solano Trindade e o Congresso da Juventude Negra, que, em
1949, discutiu pela primeira vez o acesso do negro à universidade. Cunha
Júnior (2003) também registra o movimento artístico e cultural no cen-
tro de São Paulo (1968-1980), o Grupo Cultural Palmares (1971-1978), os
blocos afros – por exemplo, o Ilê Aiyê (1974), de valorização da estética
negra e circulação de conhecimento sobre a cultura africana –, o Institu-
to da Cultura Negra (IPCN) (1975), o Grupo de Trabalho André Rebouças
(GTAR) e o Centro de Arte e Cultura Negra (CECAN).
A década de 1990, embora mais tímida, também foi marcada pela conti-
nuidade das lutas em defesa da democracia, das ações afirmativas e pela
construção de uma sociedade antirracista. Nesse contexto, a Marcha
Zumbi dos Palmares, que ocorreu em 1995, em Brasília, foi um importan-
te marco de mobilização social. Outro evento importante que, nos anos
2000, indicou importantes avanços na agenda de equidade racial foi a III
Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia
e Intolerância Correlata, realizada em Durban, África do Sul, em 2001,
quando o estado brasileiro assumiu compromissos para a promoção de
políticas e ações antirracistas.
1920 Imprensa negra – Jornal O Clarim da Alvo- Nacionais para a Educação das Relações
rada: O jornal da resistência. Étnico-Raciais e para o Ensino de História
1931 Frente Negra Brasileira. e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
2003 Lei no 10.639/03 – Altera a Lei no 9.394, de 2015 Parecer CNE/CEB no 14/2015 – Estabele-
20 de dezembro de 1996, que estabelece ce diretrizes operacionais para a imple-
as diretrizes e bases da educação nacio- mentação da história e das culturas dos
nal, para incluir no currículo oficial da povos indígenas na Educação Básica, em
rede de ensino a obrigatoriedade da te- decorrência da Lei no 11.645/2008.
mática história e cultura afro-brasileira. 2016 Portaria normativa no 13, de 11 de maio
2004 Parecer CNE/CP n 3, de 10 de março de
o de 2016 – Dispõe sobre a indução de
2004 – Institui as Diretrizes Curriculares ações afirmativas na pós-graduação
• Maracatu
• Congados
• Capoeira
• Dança de coco
• Afoxés
• Guerreiros