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Resumo
A aprovação da Lei 10639\03 apresenta-se para a história de resistência e luta dos afro-
brasileiros e africanos como um grande passo nas relações étnicas e raciais brasileira.
No entanto, ela não encerra em si o seu o objetivo maior que reside no respeito à
diversidade e fim da discriminação racial, bem como na construção de uma nova
narrativa histórica brasileira e geral isenta dos vícios do eurocentrismo que veja e
compreenda o continente africano em seus matizes. No referido artigo objetiva-se, pois
discutir e analisar a busca pela implementação desta Lei no âmbito escolar, mais
precisamente em escolas da rede de ensino público de Tabuleiro do Norte – Ceará.
Abstract
The approval of the Law 10639\03 comes for the resistance history and it struggles of
the Afro-Brazilian and African as a great step in the racial ethnic relationships Brazilian,
however she doesn't contain in itself yours the largest objective than it resides in the
respect the diversity and end of the racial discrimination, as well as in the construction
of a new Brazilian and general historical narrative it exempts of the addictions of the
under the European optics, that he/she sees and understand the African continent in your
shades. In referred him article it is aimed at to discuss and to analyze the search for the
adaptation of this Law in the school ambit, more precisely in schools of the net of public
teaching of Tabuleiro of the Norte - Ceará.
1
Aluna do Curso de Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira. Faculdade de Selvíria - MS
2
Introdução
2
SANTOS, Jocéli Domanski Gomes dos. A Lei 10.639/03 e a importância de sua implementação na
Educação Básica. p. 3.
4
3
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação \ Carlos Rodrigues Brandão. São Paulo. Brasiliense.
2007. (Coleção Primeiros Passos). P. 74.
5
A LEI 10639\03
Como pode ser observado a Lei 10639\03 é bastante clara e enfática no tocante a
periodização de sua aplicabilidade que tende a ser cotidianamente em todo o currículo,
com ênfase nas disciplinas de história, arte e literatura. Novamente voltamos a
questionar duas dimensões que por ora se expressam complementares, ora opostas: a
teoria e a prática. Infelizmente a clareza teórica até aqui não tem sido tão complementar
ao que tange à prática.
4
SANTOS, Jocéli Domanski Gomes dos. A Lei 10.639/03 e a importância de sua implementação na
Educação Básica. p. 4.
5
Idem, p. 4.
6
A realidade constatada por Oliva não difere daquela encontrada por outros
pesquisadores do gênero em outras cidades e estados brasileiros. O mesmo pude
perceber quando iniciei meus estudos sobre a implementação da Lei 10693\03 na cidade
cearense Tabuleiro do Norte. A dificuldade de transpor o preconceito e os estereótipos
se impõem, em suma, bem mais que a capacitação profissional necessária, tão citada por
colegas docentes.
6
Oliva, Anderson Ribeiro. A África não está em nós. A História africana no imaginário de estudantes do
Recôncavo Baiano. Publicado em Fronteiras, Dourados, MS, vol.11, n. 20, p. 73-91, jul. /dez. de 2009. P.
87 e 88.
7
O campo de trabalho
7
Ata de escolha do livro didático. Secretaria de Educação – Tabuleiro do Norte- Ceará.
9
8
Depoimento cedido pelo professor graduado em geografia, especialista em meio ambiente e
coordenador do PNLD em Tabuleiro do Norte – Ceará no dia 09 de abril de 2012.
10
Percebe-se, pois a escolha do livro didático como uma ação que exige cautela
por parte dos professores. Uma vez interrogados acerca da percepção da secretaria e dos
professores em relação à adequação dos livros à lei 10639\03 obtivemos os seguintes
discursos:
9
Depoimento cedido pela professora Élcia de Oliveira, atual coordenadora de História
no dia 13 de julho 2012.
10
Depoimento cedido pelo professor da rede municipal de Tabuleiro do Norte, Ceará e atual coordenador
do PNLD no referido município, Francisco José Lima Silva, em entrevista concedida no dia 09 de abril de
2012.
11
Então o livro eu acho que ele, ele ainda traz pouco sobre, sobre
a África. Ele vem por unidade, e então em uma, em uma
unidade ele fala sobre dois países africanos. É o que ele tem
sobre a África, ele trata sobre os reinos antigos, né, o
interessante é que ele mostra que, também que a África não foi
sempre miserável, 100% miséria, que a miséria que tem lá foi
fruto da ação humana, da chegada do, do colonizador, mas eu
ainda considero pouco, né, então você tem um continente
enorme e você fala sobre dois, dois países apenas. Porque na
verdade ele fala dos reinos, né, os reinos que envolvem hoje
12
Como bem nos lembra Oliva em suas análises do livro didático Nova História
Crítica escrito por Mário Schimidt:
11
Depoimento citado pela professora Antônia Marta Rebouças dos Santos da rede municipal do ensino
fundamental II da cidade de Tabuleiro do Norte em 13 de julho de 2012.
12
Depoimento citado pelo professor Luís Reginaldo de Almeida Maia atuante no ensino fundamental II
das redes de ensino privado e público do município de Tabuleiro do Norte, em 17 de julho de 2012.
13
OLIVA, Anderson Ribeiro. A história da África nos bancos escolares. Representações e imprecisões
na literatura didática. In Estudos Afro-asiáticos. Vol. 25. Nº 03, Rio de Janeiro 2003, p. 35.
13
14
Trecho contido no folder de divulgação do I Seminário do Ensino da História da Cultura Afro-brasileira
e africana de Tabuleiro, promovido pela secretaria de educação municipal, ocorrido em 31 de maio de
2011.
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Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Boulos Júnior, Alfredo. História sociedade & cidadania, 6º ano \ Alfredo Boulos Júnior.
– São Paulo: FTD, 2009. (Coleção História – Sociedade & Cidadania).
Idem, 7º ano.
15
Brandão, Carlos Rodrigues. O que é educação \ Carlos Rodrigues Brandão. São Paulo.
Brasiliense. 2007. (Coleção Primeiros Passos).
Oliva, Anderson Ribeiro. A África não está em nós. A História africana no imaginário
de estudantes do Recôncavo Baiano. In Fronteiras, Dourados, MS, vol.11, n. 20, p. 73-
91, jul. /dez. de 2009.