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agradecimento à Prof.a Doutora Sílvia Pina-Neves e à Prof.a Doutora Maria de Lurdes Pereira,
Finalmente, mas não menos importante, aos meus pais e ao meu namorado, pelo apoio
incondicional, pelo amor, pelo carinho e exemplo de vida que sempre demonstraram, acreditando
IV
Índice
Resumo ............................................................................................................................................1
Abstrat .............................................................................................................................................2
Introdução ........................................................................................................................................3
Método .............................................................................................................................................6
Participantes ................................................................................................................................6
Instrumentos.................................................................................................................................7
Procedimento ...............................................................................................................................8
Resultados........................................................................................................................................9
Hábitos e perceções de saúde oral ..............................................................................................9
Diferenças em função do género ...............................................................................................15
Diferenças em função dos ciclos de estudo ...............................................................................19
Discussão .......................................................................................................................................23
Hábitos e perceções de saúde oral ............................................................................................23
Diferenças em função do género ...............................................................................................24
Diferenças em função dos ciclos de estudo ...............................................................................26
Conclusão ..................................................................................................................................27
Referências bibliográficas .............................................................................................................29
Anexos
Anexo 1 – Grelha NORMA S.A.R.L.
Anexo 2 – Conjunto de Questionários
Anexo 3 – Autorização do estudo pela Comissão de Ética da FMDUP
V
Índice de Tabelas
Tabela I - Caracterização dos participantes por género, ano de escolaridade e ciclos de estudo ...7
Tabela II - Comparação entre o número de escovagens diárias realizadas pelos alunos e a sua
perceção sobre o número ideal de escovagens diárias ...................................................................10
Tabela III - Comparação entre os momentos em que os alunos realizam escovagens ao longo do
dia e a sua perceção sobre os momentos em que idealmente devem ser feitas escovagens ..........11
Tabela IV - Organização em dimensões dos cuidados importantes a ter com os dentes .............15
Tabela V - Diferenças nas perceções de saúde oral em função do género ...................................17
Tabela VI - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em
função do género ...........................................................................................................................18
Tabela VII - Diferenças nas perceções de saúde oral em função dos ciclos de estudo ................21
Tabela VIII - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em
função dos ciclos de estudo ...........................................................................................................22
Índice de Gráficos
VI
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Resumo
Objetivos: O objetivo principal deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, a autoestima, a
autoimagem e as perceções de saúde oral numa amostra de crianças e adolescentes, procurando
mais especificamente conhecer e descrever os seus hábitos e perceções de saúde oral e analisar
as diferenças que se encontram nestas variáveis em função do género e do ciclo de ensino
frequentado. Metodologia: A amostra foi composta pelas 382 crianças e adolescentes entre os 8
e os 19 anos de idade, que frequentavam uma escola privada em Vila Nova de Gaia, desde o 3.º
ano ao 12.º ano de escolaridade. A recolha de dados foi feita através de um conjunto de
questionários, aplicados de forma anónima e confidencial no contexto de sala de aula.
Resultados: A maioria dos alunos revelou ter bons hábitos de higiene oral e mostrou preocupar-
se com a sua saúde oral, considerando os dentes e o sorriso muito importantes para a sua imagem
pessoal. Embora não se tenham encontrado diferenças significativas em função do género na
autoimagem corporal, na autoestima e na maioria das dimensões da qualidade vida, a
preocupação com a saúde oral e a importância atribuída aos dentes e ao sorriso foram
significativamente maiores entre as raparigas, enquanto os rapazes apresentaram uma perceção
mais positiva sobre o seu bem-estar físico. Na comparação dos vários ciclos de estudo, o 1.º ciclo
foi o que apresentou uma melhor perceção acerca da sua qualidade de vida. Os alunos do 2.º
ciclo mostraram ser mais preocupados com a sua saúde dentária do que os alunos do ensino
secundário, e os alunos do 1.º ciclo deram mais importância aos seus dentes e ao seu sorriso do
que os do 3.º ciclo. Verificou-se ainda que, embora não se tenham encontrado diferenças
significativas na autoestima, o 1.º ciclo revelou ter uma melhor autoimagem corporal do que os
restantes ciclos. Conclusão: Estes resultados podem estar relacionados com a atual tendência das
diferenças de género estarem a diminuir, e também com os padrões de desenvolvimento
psicossocial típicos da infância e da adolescência. Finalmente, são propostas algumas pistas para
estudos futuros e também para a prática clínica.
1
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Abstract
Objectives: The main goal of this study was to assess quality of life, self-esteem, self-image and
oral health perceptions in a sample of children and adolescents, specifically seeking to identify
and to describe their oral health habits and perceptions, as well as to analyze gender and
educational cycle differences. Methods: The sample included 382 children and adolescents aged
from 8 to 19 years-old, who attended a private school in Vila Nova de Gaia from 3rd to 12th
grade. Data collection was made through a set of anonymous and confidential questionnaires
administered in the classroom. Results: Most students revealed to have good oral hygiene habits
and showed to care about their oral health, considering teeth and smile as really important
aspects for their personal image. Although there were no significant differences between genders
for body self-image, self-esteem and most of the quality of life dimensions, girls cared more
about their oral health and gave more importance to their teeth and smile while boys exhibited a
more positive perception about their physical well-being. Comparing the different educational
cycles, the 1st cycle was the one which presented a better perception about quality of life. The 2nd
cycle students were more concerned about their dental health than secondary school students and
the 1st cycle students gave more importance to their teeth and smile than the 3rd cycle students. It
was also found that the 1st cycle had a better self-image than the other cycles, though no
significant differences for self-esteem were found. Conclusion: These results may be related to
the current trend that shows gender differences are disappearing, and also to the psychosocial
development patterns typical for childhood and adolescence. Finally, we present some directions
for futures studies and for clinical practice.
2
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Introdução
Atualmente, a qualidade de vida tem vindo a ser um tema cada vez mais desenvolvido,
geral e a sua avaliação tem sido também utilizada para identificar crianças e adolescentes em
risco pelas condições de vida e de saúde desfavoráveis em que se encontram 1. Por outro lado, a
avaliação da qualidade de vida das crianças e dos adolescentes, tanto a nível físico e funcional
como psicológico e social, tornou-se parte integrante da avaliação dos programas de saúde oral e
perceção do indivíduo face à sua posição na vida em termos do contexto cultural e do sistema de
valores a que pertence e em relação aos seus objetivos, expectativas, metas e preocupações, e) a
experiência em vez das condições de vida, onde a relação entre as condições objetivas e o
necessário o recurso direto à descrição do próprio indivíduo sobre o que sente pela sua vida 1.
funcionalidade. A qualidade de vida é assim definida como uma variável multidimensional, que
com as perceções que o indivíduo constrói quer sobre si mesmo (tais como, a autoestima e a
valor e podemos dizer que ela representa um sentimento de valor pessoal (quanto alguém gosta
10
de si próprio) . A autoimagem diz respeito a um conjunto de representações que o indivíduo
elabora acerca de si próprio em vários domínios (físico, funcional, cognitivo, psicológico, entre
outros) 11.
oral tem vindo a ser explorada em vários estudos. Sabemos, por exemplo, que uma das
implicações da saúde oral é a alteração da perceção corporal, já que, cada vez mais, a melhor
aparência se torna uma necessidade 8-9,12-14. Uma boca saudável contribui para a manutenção de
uma expressão e comunicação agradáveis e de uma boa aparência, constituindo assim um fator
De facto, na fase da adolescência, o jovem encontra-se várias vezes num conflito interno
17
entre o desejo de construção de uma identidade e a ânsia de construção de uma identificação .
A autoimagem é deveras flexível durante a adolescência, pois esta é uma fase em que existem
consigo próprio, e é também uma fase em que o sentimento de estima pessoal está em constante
reavaliação, sofrendo reajustes contínuos 17. Por sua vez, estas mudanças influenciam a sensação
Podemos também compreender que uma saúde oral debilitada pode ainda conduzir a
mudanças comportamentais (por exemplo, isolamento social), originar sentimentos que variam
desde o constrangimento até a estados de ansiedade, cujas implicações negativas podem assumir
4
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
uma comunicação não-verbal, quer como complemento do seu ideal de beleza, extremamente
importante nestas fases 9,12. A saúde oral é também um dos fatores que influenciam a autoestima,
pois uma saúde oral comprometida, para além das consequências negativas ao nível da
mastigação e da fonação, pode induzir insatisfação consigo próprio e uma diminuição da estima
pessoal 12.
Embora estas relações tenham vindo a ser encontradas em várias investigações realizadas,
não se conhecem estudos, nomeadamente em Portugal, que explorem a forma como essas
Assim, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, a autoestima, a
perceções de saúde oral destas crianças e adolescentes; (ii) estudar as diferenças na qualidade de
ciclo de ensino frequentado pelas crianças e pelos adolescentes; e (iii) organizar um conjunto de
orientações para melhorar as intervenções feitas pelos programas de saúde oral dirigidos a
crianças e adolescentes.
*
Embora fizesse parte dos objetivos do projeto de monografia inicialmente construído, não foi possível analisar
diferenças de idade, nem diferenças de nível socioeconómico (NSE), porque não existia uma distribuição suficiente
da amostra pelas várias faixas etárias e ainda porque a maioria dos alunos pertencia a um NSE médio-alto ou a um
NSE alto.
5
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Método
Participantes
A amostra foi composta por 382 crianças e adolescentes, dos quais 211 (55,2%) eram
idades dos participantes variavam entre os 8 e os 19 anos de idade, sendo a média de 12,6 anos e
Vila Nova de Gaia e encontravam-se a frequentar entre o 3.º e o 12.º anos de escolaridade. Na
respetivos ciclos de estudo, e também pelos dois géneros. Como se pode verificar, o género
feminino encontrava-se em maior quantidade do que o género masculino nos diferentes ciclos de
Relativamente à escolaridade dos pais, a maioria dos alunos, mais propriamente 272
(71,2%) para o pai e 289 (75,7%) para a mãe, afirmou que estes frequentaram a universidade. No
que diz respeito às profissões do pai e da mãe, verificou-se que a profissão mais frequente nos
pais (112 - 29,3%) foi a de empresário, seguindo-se várias profissões liberais como engenheiro,
arquiteto e várias profissões da área da saúde, enquanto a profissão predominante nas mães (74 –
acordo com a Grelha NORMA S.A.R.L. (Anexo 1), sendo depois calculados um índice social e
um índice cultural que permitiram aferir um NSE para cada aluno. Verificou-se que a maioria
dos alunos pertencia a um NSE médio-alto ou a um NSE alto (107 – 28,0% e 222 – 58,1%
respetivamente).
6
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Tabela I - Caracterização dos participantes por género, ano de escolaridade e ciclos de estudo
Género
Ano de Escolaridade e
Feminino Masculino Total
Ciclos de Estudo
n % n % n %
3ºano 24 6,3 17 4,5 41 10,7
1º Ciclo
Instrumentos
composto por (i) o Questionário de Hábitos e Perceções de Saúde Oral, elaborado pela autora,
relacionada com a saúde, adaptado para a população portuguesa em 2005 por Matos, Gaspar
escolha múltipla e uma de resposta aberta para conhecer os hábitos e as perceções relacionados
27® continha ao todo 27 itens, divididos em 5 dimensões: (i) o Bem-Estar Físico (6 itens), (ii) o
Bem-Estar Psicológico (7 itens), (iii) a Autonomia e Relação com os Pais (6 itens), (iv) o
Suporte Social e Grupo de Pares (4 itens) e (v) o Ambiente Escolar (4 itens), existindo uma
Procedimento
Inicialmente foi contactada a instituição de ensino e obtida a sua autorização para a recolha
dos dados. O conjunto de questionários foi entregue aos alunos, pela autora, em contexto de sala
de aula, e respondido pelos mesmos nessa mesma altura. Após a explicação do estudo e a
Após a recolha dos dados, foi construída uma base de dados no software Statistical
Package for the Social Sciences® (SPSS®) v21. A análise estatística foi realizada nesse mesmo
programa, utilizando-se (i) o teste do Qui-quadrado para analisar a relação entre os hábitos de
saúde oral e as variáveis género e ciclos de estudo, (ii) os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-
Wallis para analisar as diferenças de género e de ciclos de estudo nas perceções de saúde oral, e
(iii) o teste t de Student e a análise de variância (ANOVA) para analisar as diferenças de género
8
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Resultados
Neste ponto, descrevem-se os hábitos de saúde oral dos alunos que participaram neste
estudo. As variáveis analisadas dizem respeito à frequência e ao motivo das idas ao médico
dentista, ao número e momentos de escovagem diárias, bem como à perceção acerca do número
e dos momentos ideais de escovagem, e outros hábitos como a utilização do fio dentário e de um
colutório.
No que se refere às idas ao médico dentista, 223 alunos (58,4%) afirmaram visitá-lo pelo
menos uma vez por ano e apenas 15 alunos (3,9%) declararam que ainda não o tinham feito. Os
restantes 144 participantes (37,7%) afirmaram que visitam o médico dentista uma vez por ano.
Inquiridos sobre a razão dessas visitas, 136 alunos (35,6%) afirmaram visitar o médico dentista
para fazer consultas de rotina. Além destes, 106 alunos (27,7%) afirmaram ter ido realizar um
tratamento dentário, 83 (21,7%) referiram que foram controlar o seu aparelho e 28 (7,3%)
indicaram ter ido porque tinham dores de dentes, sendo que uma pequena minoria (3,7%)
número de escovagens que idealmente deveriam realizar por dia. Como podemos observar na
Tabela II, a maioria dos alunos (211 – 55,2%) referiu escovar os dentes duas vezes por dia e 105
alunos (27,5%) revelaram fazê-lo três vezes por dia. Quanto ao número de escovagens diárias
que idealmente deveriam realizar, a grande maioria dos alunos (252 – 66,0%) afirmou que
9
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
deveria escovar os dentes três vezes por dia. Aqui deve ser realçado o facto de que a maioria dos
alunos escova os dentes duas vezes por dia, mas pensa que o deveria fazer três vezes por dia.
Tabela II - Comparação entre o número de escovagens diárias realizadas pelos alunos e a sua
perceção sobre o número ideal de escovagens diárias
realizada pelos alunos e aos momentos de escovagem que estes pensam ser ideais. Verificou-se
que 174 alunos (45,5%) escovavam os dentes após o pequeno-almoço e o jantar e que 102
(26,7%) o faziam após as três principais refeições. No que diz respeito aos momentos do dia em
que idealmente se deveria escovar os dentes, a maioria dos alunos (256 – 67,0%) afirmou que
seria após o pequeno-almoço, o almoço e o jantar. Podemos verificar que, embora os alunos
Relativamente à utilização do fio dentário, a maioria dos alunos (230 – 60,2%) referiu que
não o costumava utilizar, enquanto 126 alunos (33,0%) referiram que o utilizava, mas só às
vezes e os restantes 26 inquiridos (6,8%) afirmaram utilizar o fio dentário todos os dias.
que não o usavam, 146 (38,2%) que só o fazia às vezes e 72 (18,8%) que utilizava esse produto
todos os dias. Entre os alunos que afirmaram utilizar um colutório e que se lembravam do nome
diário, observando-se que a uma frequência de escovagem de no mínimo duas vezes por dia está
Tabela III - Comparação entre os momentos em que os alunos realizam escovagens ao longo do
dia e a sua perceção sobre os momentos em que idealmente devem ser feitas escovagens
Para lá dos seus hábitos de higiene oral, procurámos também conhecer as perceções dos
alunos sobre a sua saúde oral. Foram colocadas 4 questões de resposta fechada, acerca da
perceção e da preocupação com os dentes e acerca da importância dos dentes e do sorriso para a
imagem pessoal, e uma questão de resposta aberta a fim de se conhecerem quais os cuidados que
estes alunos pensam ser importantes ter para com os seus dentes.
O Gráfico I diz respeito à classificação da higiene dos dentes, onde se observa que a
maioria dos alunos (227 – 59,4%) a classificou como sendo boa. O Gráfico II refere-se à
preocupação com a saúde dentária e 184 alunos (48,2%) afirmaram preocupar-se muito com a
sua saúde dentária. Relativamente à questão que abordava a importância dos dentes para a
11
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
imagem pessoal, verifica-se no Gráfico III que 252 alunos (66,0%) declararam que os dentes
eram muito importantes para a sua imagem. O Gráfico IV diz respeito à importância do sorriso
para a imagem pessoal e 254 alunos (66,5%) afirmaram que o sorriso era muito importante para
a sua imagem.
227
59,4%
83 70
2 21,7% 18,3%
0,5%
184
156 48,2%
40,8%
42
11,0%
12
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
252
66,0%
117
30,6%
13
3,4%
São pouco importantes São bastante importantes São muito importantes
254
66,5%
106
27,7%
22
5,8%
É pouco importante É bastante importante É muito importante
“higiene oral”, com a “alimentação” e com as “idas ao médico dentista”. Como se pode verificar
na Tabela IV, as respostas dentro de cada categoria foram variadas, no entanto, uma grande
percentagem de alunos (40,3%) indicou que deveria escovar os dentes diariamente. Houve
13
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
alunos que foram mais específicos quanto à escovagem diária, afirmando que se deveria escovar
os dentes diariamente após as principais refeições. Vários alunos também disseram que deveriam
usar fio dentário e colutório. Existiu ainda quem especificasse a duração da escovagem e que
deveriam realizar não só a escovagem dos dentes, mas também da gengiva e da língua, e utilizar
que não deveriam comer muitos doces e uma minoria afirmou que não se deveria mascar pastilha
elástica, beber bebidas gaseificadas nem muito frias, nem mesmo fumar ou tomar café. Os
inquiridos afirmaram também que deveriam visitar o dentista e alguns indicaram ainda a
14
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Para analisar a relação entre o número de escovagens diárias e o género foi efetuada uma
recodificação dessa variável, criando-se apenas dois grupos de alunos: os que “lavam os dentes
uma vez por dia” e os que “lavam os dentes duas ou mais vezes por dia”. Após a análise,
15
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
observou-se que não existe uma relação significativa entre estas duas variáveis (2 = 2,402; gl =
1; ϸ = 0,121).
Foi também analisada a relação do género com a utilização do fio dentário, procedendo-se
a uma recodificação desta última variável, criando também dois grupos de alunos: os que “usam
o fio dentário” (independentemente da sua periodicidade) e os que “não usam fio dentário”.
Observou-se uma diferença significativa entre o género feminino e o género masculino (2 =
14,385; gl = 1; ϸ = 0,000), sendo as raparigas aquelas que mais utilizam o fio dentário.
dos dentes. Nas restantes perceções, observam-se diferenças significativas, sendo que as
raparigas revelaram preocupar-se mais com os seus dentes e também considerar que os seus
dentes e o seu sorriso são mais importantes para a sua imagem pessoal comparativamente com os
rapazes.
de vida, observando-se que apenas existem diferenças significativas numa das várias dimensões
da qualidade de vida, mais propriamente no que respeita ao bem-estar físico, onde o género
masculino revela ter uma perceção mais positiva relativamente ao seu estado físico do que o
género feminino.
16
Tabela V - Diferenças nas perceções de saúde oral em função do género
Feminino Masculino
U ƶ ϸ
Média das Média das
Md Md
Ordens Ordens
Classificação da higiene dos dentes 4,0 197,6 4,0 184,0 16760,5 -1,356 0,175
Preocupação com a saúde dos dentes 2,0 210,1 2,0 168,5 14106,5 -4,051 0,000*
Importância dos dentes para a imagem 3,0 206,0 3,0 173,6 14972,0 -3,457 0,001*
17
Importância do sorriso para a imagem 3,0 207,7 3,0 171,6 14628,5 -3,843 0,000*
* ϸ ≤ 0,05
Legenda: Md: Mediana.
Tabela VI - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em função do género
Feminino Masculino
t gl ϸ
M DP M DP
Autoimagem Corporal 24,4 5,02 25,2 4,65 -1,667 380 0,096
Autonomia e Relação com os Pais 24,2 4,78 25,0 4,15 -1,779 380 0,076
Suporte Social e Grupo de Pares 18,0 2,44 17,7 2,68 1,002 380 0,317
Qualidade de Vida Total 106,0 15,087 107,8 13,252 -1,203 380 0,230
* ϸ ≤ 0,05
Legenda: M: Média; DP: Desvio-padrão.
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
recodificação da primeira variável com apenas dois grupos de alunos: os que “lavam os dentes
uma vez por dia” e os que “lavam os dentes duas ou mais vezes por dia”. Aqui, verificou-se que
existe uma relação entre o número de escovagens diárias e os ciclos de estudo frequentado pelos
alunos (2 = 18,867; gl = 3; ϸ = 0,000), observando-se que este número de escovagens é maior
nos alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário comparativamente com os outros ciclos.
Foi também analisada a relação dos ciclos de estudo com a utilização do fio dentário,
utilizando-se igualmente a recodificação desta variável com apenas dois grupos de alunos: os que
“usam o fio dentário” (independentemente da sua periodicidade) e os que “não usam fio
dentário”. Concluiu-se que não existe uma relação significativa entre os ciclos de estudo
A Tabela VII apresenta as diferenças nas perceções de saúde oral em função dos ciclos de
estudo. Observa-se que existem diferenças significativas entre os ciclos de estudo no que diz
respeito à preocupação com os dentes e à importância atribuída aos dentes e ao sorriso, não
existindo diferenças na classificação da higiene dos dentes. Pode ainda referir-se que os alunos
do 2.º ciclo mostraram ser mais preocupados com a sua saúde dentária do que os alunos do
ensino secundário, e também que os alunos do 1.º ciclo atribuíram mais importância aos seus
qualidade de vida. Não se observam diferenças significativas para a autoestima, mas no que diz
respeito à autoimagem corporal, existem diferenças significativas entre o 1.º ciclo e os restantes
três ciclos de estudo, que mostram que os alunos do 1.º ciclo tinham uma melhor autoimagem do
que os alunos dos restantes ciclos. No bem-estar físico, pode verificar-se que existem diferenças
entre o 1.º ciclo e o 3.º ciclo, e entre o 1.º e 2.º ciclos e o ensino secundário, enquanto o bem-
19
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
estar psicológico apresenta diferenças significativas entre o 1.º ciclo e os restantes três ciclos de
estudo. Pode verificar-se que o sentimento de bem-estar psicológico e de bem-estar físico foi
mais positivo no 1.º ciclo do que nos restantes ciclos de estudo. No que diz respeito ao suporte
social e grupo de pares, verificou-se que apenas existem diferenças significativas entre o 1.º ciclo
e o ensino secundário, onde o 1.º ciclo revela passar mais tempo com os amigos, divertir-se,
ajudar-se, entre outros. Quanto ao ambiente escolar, existem diferenças significativas entre o 1.º
ciclo e os restantes ciclos de estudo e também entre o 2.º ciclo e o ensino secundário. Também
aqui se pode verificar que existe uma perceção de um melhor ambiente escolar entre os alunos de
ciclos menos avançados. Na avaliação global da qualidade de vida, pode observar-se que existem
diferenças significativas entre o 1.º ciclo e os restantes ciclos de ensino, onde o 1.º ciclo
revelaram ter uma perceção mais positiva sobre a sua qualidade de vida.
20
Tabela VII - Diferenças nas perceções de saúde oral em função dos ciclos de estudo
Preocupação com a saúde dos dentes 2,0 198,9 2,0 215,0 2,0 189,8 2,0 170,4 9,609 3 0,022* 2 > ES
21
Importância dos dentes para a imagem 3,0 224,5 3,0 196,5 3,0 167,0 3,0 189,1 19,117 3 0,000* 1>3
Importância do sorriso para a imagem 3,0 213,9 3,0 201,3 3,0 174,3 3,0 185,7 10,275 3 0,016* 1>3
* ϸ ≤ 0,05
Legenda: n/s: não significativo; 1: 1.ºCiclo; 2: 2.º Ciclo; 3: 3.º Ciclo; ES: Ensino Secundário; Md: Mediana.
Tabela VIII - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em função dos ciclos de estudo
Autoimagem Corporal 28,0 3,98 23,7 5,53 23,8 4,07 24,2 4,76 16,981 3 0,000* 1 > 2,3,ES
Autoestima 32,2 6,12 29,8 5,71 30,8 5,20 31,4 5,74 2,562 378 0,055 n/s
Bem-Estar Físico 1,2 > ES;
21,4 3,43 20,1 4,06 18,9 3,65 18,1 3,74 13,510 3 0,000*
1 >3
Qualidade de Vida
22
Bem-Estar Psicológico 31,7 3,99 29,2 4,96 27,9 4,90 27,6 5,10 13,422 3 0,000* 1 > 2, 3, ES
Autonomia e Relação com os Pais 25,7 4,11 25,0 4,34 24,0 4,74 23,9 4,58 3,235 378 0,022 n/s
Suporte Social e Grupo de Pares 18,5 2,24 18,0 2,52 18,0 2,73 17,2 2,46 4,376 378 0,005* 1 >ES
1 > 2, 3, ES;
Ambiente Escolar 18,4 2,04 16,3 2,82 15,6 2,57 14,7 3,03 32,262 3 0,000*
2 > ES
1 > 2, 3, ES;
Qualidade de Vida Total 115,6 11,26 108,7 13,30 104,4 13,74 101,4 14,47 19,184 3 0,000*
2 > ES
* ϸ ≤ 0,05
Legenda: n/s: não significativo; 1: 1.º Ciclo; 2: 2.º Ciclo; 3: 3.º Ciclo; ES: Ensino Secundário; M: Média; DP: Desvio-padrão.
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
Discussão
Neste estudo, observamos que a maioria dos alunos possui adequados conhecimentos e
corretos hábitos de saúde oral. Deve realçar-se que a amostra em questão apresenta um NSE
médio-alto e alto e, segundo alguns artigos, os hábitos e perceções de saúde oral favoráveis
podem estar relacionados com o bom ambiente familiar, com a pertença a um NSE mais
favorecido, com o maior nível de escolaridade dos pais e mesmo com a comunidade em que as
20-22
crianças e os adolescentes estão inseridos . Por outro lado, algumas publicações referem
ainda que ao viver numa família com pais separados, ou com um baixo nível de escolaridade,
existe um maior número de hábitos de saúde nocivos para as crianças e para os adolescentes 23-25.
Assim sendo, poderá haver aqui alguma relação entre os bons hábitos das crianças e dos
família e dos contextos em que essas crianças e esses adolescentes estão inseridos.
oral em ambiente escolar”, Lopes refere que o início da adolescência é um período determinante
para estabelecer padrões de comportamento e adquirir conhecimentos que persistirão e que serão
que, globalmente, iam ao médico dentista pelo menos uma vez por ano, escovavam os dentes
pelo menos duas vezes por dia e utilizavam fio dentário. De facto, estes são considerados bons
hábitos de saúde oral. Por exemplo, sabemos que o fio dentário é um complemento fundamental
à higiene oral, uma vez que a escova não permite o acesso aos espaços interproximais, logo este
interproximais 22. Também uma escovagem diária de no mínimo duas vezes contribui para um
23
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
23
controlo efetivo da placa bacteriana , embora não se encontre investigação que confirme
especificamente que a uma maior frequência diária de escovagens estejam associados mais
benefícios para a população em geral 22. Além disso, no nosso estudo, a grande parte dos alunos,
ainda que afirmasse escovar os dentes duas vezes por dia, referiu que idealmente deveria fazê-lo
três vezes por dia. Como já referimos, não existem dados científicos que permitam concluir que
uma maior frequência de escovagens diárias traga benefícios adicionais para a saúde oral 22. De
qualquer modo, estes resultados sugerem que as crianças e os adolescentes do nosso estudo têm
De facto, os resultados encontrados mostram que a maioria dos alunos era muito
preocupada com a sua saúde dentária, referindo ainda que os dentes e o sorriso são muito
importantes para a sua imagem, aspetos que se sabe serem cruciais no desenvolvimento
psicossocial dos jovens e que são influenciados pelo meio em que eles estão inseridos e também
12,13,19
pela sociedade em geral . Na nossa revisão bibliográfica, verificou-se que as principais
motivações das crianças e dos adolescentes para a manutenção de uma boa higiene oral
comunicação social, transmitem a ideia de que a aparência dos dentes é fundamental para a
género no bem-estar físico, na preocupação com a saúde dentária e na importância atribuída aos
função do género no número de escovagens realizadas não vai totalmente ao encontro dos
resultados observados por outros autores, em estudos realizados em Portugal 12,22. Estes estudos
mostraram que o género feminino escovava os dentes mais vezes por dia do que o género
24
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
12,22
masculino, devido essencialmente a questões relacionadas com a aparência . De qualquer
modo, podemos dizer que esta ausência de diferenças, ao significar que há uma semelhança entre
os padrões de higiene oral femininos e masculinos na nossa amostra, pode também estar a
espelhar as semelhanças que existem entre os dois géneros, pois também ao nível da autoimagem
Avaliando qual o género que se preocupa mais com a saúde oral, verifica-se que as
raparigas são mais preocupadas do que os rapazes, relevando mesmo que os dentes são muito
importantes para a sua imagem pessoal, assim como o seu sorriso, resultados que estão de acordo
Relativamente à autoestima, alguns estudos observam que o género masculino tem uma
26,27
autoestima mais elevada do que o género feminino . No entanto, são várias as investigações
que têm vindo a constatar que não existem quaisquer diferenças de género na autoestima,
incluindo Portugal, demonstraram que a perceção sobre a qualidade de vida das crianças e dos
1,28-29
adolescentes do género masculino é mais positiva do que a do género feminino . Num
estudo nacional realizado em 2002 por Vasquez-Nava et al, verificou-se que o género masculino
considerava ter um melhor aspeto físico do que o género feminino, uma vez que este último
24
parece ser mais exigente consigo mesmo em termos de aparência física , o que está de acordo
25
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
com a imagem e a estima pessoais, e favorecendo o género feminino nos domínios verbal e
acentuadas 30-31.
escovagens diárias, onde os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário revelaram escovar os
mostraram que os alunos do 2.º ciclo eram mais preocupados do que os alunos do ensino
secundário, e que os alunos do 1º ciclo davam uma maior importância aos seus dentes do que os
alunos do 3.º ciclo. Tanto para a autoimagem corporal como para a qualidade de vida, verifica-se
que existe uma diminuição nos níveis destas variáveis quando se comparam os ciclos de ensino
Embora não tenhamos encontrado investigações que explorem a relação das perceções de
saúde oral com o ciclo de estudos frequentado, estes resultados sugerem que são os alunos mais
jovens aqueles que apresentam maior preocupação com a saúde e estética orais.
Por outro lado, os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário encontram-se numa fase mais
avançada da adolescência e esta é uma fase caracterizada por inúmeras mudanças, tanto internas
como externas, onde os adolescentes procuram muitas vezes uma aceitação por parte dos colegas
12
e da sociedade . Talvez por isso apresentem perceções menos positivas sobre a sua imagem
pessoal e sobre a sua qualidade de vida. Além disso, em 1999, Kling et al também referem que
ensino 26. A mudança de escola, por exemplo, exige um período de adaptação, e as perceções que
No entanto, é de salientar que este é um estudo transversal, logo não podemos afirmar que
Por sua vez, a investigação realizada sobre a autoestima tem encontrado resultados
contraditórios entre si. Há estudos que demonstram que a autoestima diminui com o início da
26
adolescência, à semelhança do que se passa com a autoimagem , outros que não encontram
quaisquer diferenças e outros que referem que a autoestima até pode ser mais positiva com a
transição para um novo ciclo de estudo. De qualquer modo, deve salientar-se que a maioria dos
estudos observa que a autoestima tende a diminuir com as transições de ciclos de estudo a partir
Conclusão
Neste trabalho, tivemos como objetivo geral avaliar a qualidade de vida, a autoestima, a
perceções de saúde oral adequados, assim como uma boa autoimagem corporal, uma autoestima
positiva e uma boa perceção sobre a sua qualidade de vida, o que pode estar relacionado com o
pode ter sido condicionada por ter sido realizada apenas numa instituição de ensino privada,
podendo ter-se obtido por isso resultados mais positivos nas diversas variáveis. Salienta-se a
das dimensões da qualidade vida, a preocupação com a saúde oral e a importância atribuída aos
dentes e ao sorriso foram significativamente maiores entre o género feminino, enquanto o género
masculino apresentou uma perceção mais positiva sobre o bem-estar físico. Na comparação dos
vários ciclos de estudo, o 1.º ciclo foi o que aparentou uma melhor perceção acerca da sua
qualidade de vida. Os alunos do 2.º ciclo são mais preocupados com a sua saúde dentária do que
os alunos do ensino secundário, e os alunos do 1.º ciclo dão mais importância aos seus dentes e
ao seu sorriso do que os alunos do 3.º ciclo. Verificou-se ainda que o 1.º ciclo tem uma melhor
autoimagem que os restantes ciclos e que não existem diferenças significativas relativamente à
autoestima. Estes resultados podem estar relacionados com a atual tendência para a diminuição
infância e da adolescência.
é um pouco exaustivo para as crianças e, por esta validação ser recente não existe ainda um
número alargado de investigações que permita uma comparação mais consolidada de resultados.
Por outro lado, este instrumento, não contempla questões diretamente relacionadas com a saúde
oral na dimensão que avalia a saúde e a atividade física. Existe então uma necessidade, para a
Antes de ser iniciado um programa de saúde oral deve conhecer-se o perfil do público-
alvo, as suas atitudes e motivações para delinear estratégias que vão ao encontro das suas
expectativas. O médico dentista deverá ser parte ativa e intervir na aprendizagem e alteração de
padrões de comportamento das crianças e dos adolescentes e também, sempre que possível,
28
Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes
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31
Anexos
Anexo 1 – Grelha NORMA S.A.R.L.
Grelha para cotação do nível sócio-económico
(Grelha NORMA, S.A.R.L.)
AVALIAÇÃO DO ESTATUTO SÓCIO-ECONÓMICO
OCUPAÇÃO
5 – ALTO
NORMA, S.A.R.L. 1
AVALIAÇÃO DO ESTATUTO SÓCIO-ECONÓMICO
4 – MÉDIO-ALTO
Licenciados com posição média
(Assistentes universitários, professores do ensino secundário, químicos contratados, engenheiros
agrónomos e silvicultores, médicos veterinários, notários, etc.);
Pessoal dos quadros administrativos e técnicos de Empresas Privadas, sem funções directivas mas com
posições destacadas em Bancos, Seguros, Comércio e Indústria
(Contabilista, chefe de escritório, oficiais administrativos, tesoureiros, etc.);
3 – MÉDIO
Proprietários de pequenas indústrias;
Regentes agrícolas;
Produtores e solicitadores;
Despachantes de mercadorias;
NORMA, S.A.R.L. 2
AVALIAÇÃO DO ESTATUTO SÓCIO-ECONÓMICO
2 – MÉDIO-BAIXO
Operário e trabalhadores qualificados, especializados
(Pintores, mecânicos, torneiros, maquinistas, cinzeladores, compositores de vidro, compositores
tipográficos, afinadores de instrumentos musicais, litógrafos, metalúrgicos, ourives de ouro e prata,
relojoeiros, tecelões, marceneiros, corticeiros, entalhadores, esmaltadores, electricistas, etc.);
1 – BAIXO
Trabalhadores não especializados
(Jornaleiros, ceifeiros, varredores, serventes, ajudantes de motorista, etc.);
Serviços domésticos;
INSTRUÇÃO
NORMA, S.A.R.L. 3
Anexo 2 – Conjunto de Questionários
ID
Neste questionário, queremos conhecer a forma como cuidas dos teus dentes.
É um questionário anónimo e confidencial.
Grupo 1
Grupo 2
11. Quantas vezes achas que deves lavar os dentes por dia?
1 Nenhuma Vez
2 1 Vez
2 2 Vezes
3 3 Vezes
4 Mais que 3 Vezes
13. Quais os momentos do dia em que achas que deves lavar os dentes?
1 Depois do pequeno-almoço
2 Depois do almoço Atenção: Aqui, podes assinalar
3 Depois do jantar mais do que uma opção.
4 Sempre que como alguma coisa
2
ID
Grupo 3
18. Achas que os teus dentes são importantes para a tua imagem?
1 São pouco importantes
2 São bastante importantes
3 São muito importantes
20. Na tua opinião, o que achas que é importante fazer para cuidar dos teus dentes?
3
Escala de Autoimagem Corporal
Autoria: Sílvia Pina-Neves
e Maria de Lurdes Pereira (2012)
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
1. Acho que sou bonito(a).
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
2. Gosto da minha aparência física.
Discordo Concordo
Sou um(a) rapaz (rapariga) com Totalmente Discordo Concordo Totalmente
3.
boa imagem / bom aspeto.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
4. Estou satisfeito(a) com o meu corpo.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
5. Gosto da minha cara.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
6. Gosto do meu sorriso.
Discordo Concordo
Estou satisfeito(a) com o aspeto dos Totalmente Discordo Concordo Totalmente
7.
meus dentes.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
8. Gosto de me ver ao espelho.
4
Escala de Autoestima
Autoria: Morris Rosenberg
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
1. No geral, estou satisfeito(a) comigo mesmo(a).
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
2. Às vezes, penso que não valho nada.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
3. Acho que tenho várias boas qualidades.
Discordo Concordo
Sou capaz de fazer as coisas tão bem como a Totalmente Discordo Concordo Totalmente
4.
maioria das pessoas.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
5. Acho que não tenho muito de que me orgulhar.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
6. Às vezes sinto-me inútil.
Discordo Concordo
Sinto que sou uma pessoa com valor, pelo menos Totalmente Discordo Concordo Totalmente
7.
tanto quanto as outras pessoas.
Discordo Concordo
Totalmente Discordo Concordo Totalmente
8. Gostava de ter mais respeito por mim mesmo(a).
Discordo Concordo
No geral, penso que sou um fracasso Totalmente Discordo Concordo Totalmente
9.
(as coisas que faço correm-me mal).
Discordo Concordo
Tenho uma atitude positiva em relação a mim Totalmente Discordo Concordo Totalmente
10.
mesmo(a).
5
KIDSCREEN-27 ©
The KIDSCREEN Group, 2004
Tradução e adaptação: Matos, Gaspar Calmeiro & KIDSCREEN Group Europe (2005)
Neste questionário, gostaríamos que nos contasses como tens passado na última semana.
1. Bem-Estar Físico
Excelente
Muito boa
Boa
Má
Muito má
Moderada
Estiveste fisicamente ativo (ex.: correste, Nada Pouco mente Muito Totalmente
3.
fizeste escalada, andaste de bicicleta)?
Moderada
Nada Pouco mente Muito Totalmente
4. Foste capaz de correr bem?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
5. Sentiste-te cheio(a) de energia?
6
2. Bem-Estar Psicológico
Pensa na última semana%
Moderada
Nada Pouco mente Muito Totalmente
1. A tua vida tem sido agradável?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
2. Estiveste de bom humor?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
3. Divertiste-te?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
4. Sentiste-te triste?
Algumas Frequente
Sentiste-te tão mal que não quiseste fazer Nada Raramente vezes mente Sempre
5.
nada?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
6. Sentiste-te sozinho(a)?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
7. Sentiste-te feliz com a tua maneira de ser?
Algumas Frequente
Foste capaz de fazer atividades que Nada Raramente vezes mente Sempre
2.
gostas de fazer no teu tempo livre?
Algumas Frequente
Os teus pais tiveram tempo Nada Raramente vezes mente Sempre
3.
suficiente para ti?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
4. Os teus pais trataram-te com justiça?
Algumas Frequente
Foste capaz de conversar com os Nada Raramente vezes mente Sempre
5.
teus pais quando quiseste?
Algumas Frequente
Tiveste dinheiro suficiente para as Nada Raramente vezes mente Sempre
6.
tuas despesas?
7
4. Suporte Social e Grupo de Pares
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
2. Divertiste-te com os teus amigos(as)?
Algumas Frequente
Tu e os teus/tuas amigos(as) Nada Raramente vezes mente Sempre
3.
ajudaram-se uns aos outros?
Algumas Frequente
Sentiste que podes confiar nos(as) Nada Raramente vezes mente Sempre
4.
teus/tuas amigos(as)?
5. Ambiente Escolar
Moderada
Nada Pouco mente Muito Totalmente
2. Foste bom/boa aluno(a) na escola?
Algumas Frequente
Nada Raramente vezes mente Sempre
3. Sentiste-te capaz de prestar atenção?
Algumas Frequente
Tiveste uma boa relação com os teus Nada Raramente vezes mente Sempre
4.
professores?
8
Anexo 3 – Aprovação do estudo pela Comissão de
Ética da FMDUP