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MAB-515 - P2 - 100 pontos - 05/11/2018

Nome: GABARITO v0

ρE[Xr ] E[X]
Questão 1 (M/G/1)(20 pontos) Para M/G/1, E[W ] = 1−ρ
, E[G] = 1−ρ
e
∗ ∗ ∗
G (s) = X (s + λ − λG (s)).

a) (5) Calcule E[Nq |ocupado], dado que uma amostragem aleatória ocorre num perı́odo ocupado.
E[Nq ] λE[W ]
R: E[N ] = E[Nq |ocupado]P (ocupado) = ρE[Nq |ocupado] ∴ E[Nq |ocupado] = ρ
= ρ

b) (5) Calcule E[U |ocupado], o serviço pendente médio dado que uma amostragem aleatória
ocorre num perı́odo ocupado.

R: E[U |ocupado] = E[Nq |ocupado]E[X] + E[Xr ] , pois há a vida residual do serviço em anda-
mento e os serviços pendentes daqueles que estão na fila de espera.
c) (5) Em função de E[U |ocupado], como poderia ser obtido E[Gr ], a vida residual do perı́odo
ocupado? Explique e obtenha uma expressão simples em função apenas de E[Xr ] e ρ.
R: Caso não ocorressem mais chegadas a partir do instante de amostragem, E[U |ocupado] seria o
tempo até o inı́cio do perı́odo ocioso. Como chegadas ocorrem, o tempo até o final do perı́odo ocupado
(ou seja, a sua vida residual) pode ser visto como um perı́odo ocupado iniciado por E[U |ocupado].
ρE[Xr ]
E[U |ocupado] 1−ρ
+E[Xr ] E[Xr ]
Assim, E[Gr ] = 1−ρ
= 1−ρ
= (1−ρ)2
, ρ<1.

d) Obtenha agora a vida residual a partir dos momentos de G e mostre a igualdade com o
resultado obtido no item anterior.
Obs.: Se memorizou E[G2 ] e tem certeza do valor, não precisa deduzir. Caso contrário, deduza.
R:
0 0 0
G∗ (s) = (1 − λG∗ (s))X ∗ (s + λ − λG∗ (s))
00 00 0 0 00
G∗ (s) = −λG∗ (s)X ∗ (s + λ − λG∗ (s)) + (1 − λG∗ (s))2 X ∗ (s + λ − λG∗ (s))

Para s = 0,
0 0 0 E[X]
E[G] = −G∗ (0) = −(1 − λG∗ (0))X ∗ (0) = (1 − λE[G])E[X] =
1−ρ
00 00 0 0 00
E[G2 ] = G∗ (0) = −λG∗ (0)X ∗ (0) + (1 − λG∗ (0))2 X ∗ (0)
= λE[G2 ])E[X] + (1 + λE[G])2 E[X 2 ]
2 E[X 2 ]
E[G ] =
(1 − ρ)3

1
E[X]
E[G2 ] 1−ρ E[X 2 ] E[Xr ]
E[Gr ] = 2E[G]
= 2E[X 2 ]
= 2E[X](1−ρ)2
= (1−ρ)2
(1−ρ)3

Questão 2 (Cadeia Embutida)(30 pontos) Assuma uma M/G/1 FCFS em que o perı́odo ocupado
somente é iniciado quando 2 pessoas estão presentes no sistema. Depois do perı́odo ocupado iniciado,
o servidor trabalha até deixar o sistema ocioso.

a) (5) Calcule E[I] e E[G], a média dos perı́odos ocioso e ocupado para esta fila.
2E[X]
R: E[ocioso] = λ2 , E[ocupado] = 2E[G] = 1−ρ
.

b) (5) Calcule P (servidor ocioso) e P (servidor ocupado).


2 2E[X] 2
R: E[ciclo] = E[ocioso] + E[ocupado] = λ
+ 1−ρ
= λ(1−ρ)
.

2 2E[X]
E[ocioso] E[ocupado] 1−ρ
P (ocioso) = E[ciclo]
= λ
2 = 1 − ρ , P (ocupado) = E[ciclo]
= 2 =ρ.
λ(1−ρ) λ(1−ρ)

Este resultado é esperado, pois o servidor é alimentado com taxa λ e o serviço médio é E[X],
resultando em E[Ns ] = λE[X] = ρ = P (ocupado).
c) (5) Usando teoria da renovação, calcule P (N = 0), a probabilidade de se encontrar a fila sem
pessoas. Obs.: Esta probabilidade é diferente P (servidor ocioso).
1
1−ρ
R: P (N = 0) = λ
E[ciclo]
= 2
.
Vale observar que na metade do tempo do perı́odo ocioso temos N = 0 e na outra metade N = 1.
d) (5) Calcule N (z), a T.Z da pmf do número de pessoas na fila. Use K como o número de
chegadas em X e expresse em função de P (N = 0) e de K(z). Relacione K(z) com X ∗ (s).
R:

Ni + K − 1, Ni > 0
Ni + 1 =
K + 1, Ni = 0
Para i → ∞, Ni+1 → N e Ni → N , e obtendo as transformadas
E[z N ] = E[z N +K−1 |N > 0]P (N > 0) + E[z K+1 |N = 0]P (N = 0)
K(z)E[z N |N > 0]P (N > 0)
E[z N ] = + zK(z)P (N = 0)
z
K(z)(N (z) − P (N = 0)
N (z) = + zK(z)P (N = 0)
z
zN (z) = K(z)N (z) − K(z)P (N = 0) + z 2 K(z)P (N = 0)

P (N =0)(z 2 −1)K(z)
N (z) = z−K(z)
.

e) (5) A partir de N (z), obtenha P (N = 0) e mostre que é igual ao encontrado anteriormente.

2
R: Como N (1) = 1, obtemos P (N = 0) depois de aplicar l’Hôspital, devido à indeterminação
0/0 que aparece em N (z) quando z → 1.
 2 
P (N =0)(z 2 −1)K(z) z −1
Como N (z) = z−K(z)
= P (N = 0)K(z) z−K(z) , no limite quando z tende a 1 acontece
indeterminação no último termo que pode ser levantada aplicando a regra de l’Hôspital, lembrando
0
ainda que K(z) = X ∗ (λ − λz), K(1) = 1 e K (1) = E[K] = λE[X] = ρ

2z 2P (N = 0) 1−ρ
1 = P (N = 0) 0 |z=1 = ∴ P (N = 0) = 2
1 − K (z) 1−ρ

ρE[Xr ]
f) (5) Obtenha W ∗ (s) a partir de N (z) e calcule E[W ], relacionando com E[WM/G/1 ] = 1−ρ
.
R:
 
∗ ∗ λ−s
N (z) = T (λ − λz) ∴ T (s) = N , s = λ − λz
λ
λ−s 2
 !
− λ2 − (λ − s)2
 
∗ ∗ λ
1 ∗
T (s) = P (N = 0)X (s) λ−s = P (N = 0)X (s)
λ
− X ∗ (s) λ(s − λ + λX ∗ (s))
T ∗ (s) = W ∗ (s)X ∗ (s)
λ2 − (λ − s)2 λ2 − (λ − s)2
    
∗ 1−ρ
W (s) = P (N = 0) =
λ(s − λ + λX ∗ (s)) 2 λ(s − λ + λX ∗ (s))
 2
λ − (λ − s)2
 
(1 − ρ)s
=
s − λ + λX ∗ (s) 2λs

W ∗ (s) = WM/G/1
∗ s

(s) 1 − 2λ

1
Interessante observar que E[W ] = E[WM/G/1 ] + 2λ
.

Caso a expressão de WM/G/1 (s) não seja lembrada, então será preciso obter E[W ] a partir de
 
∗ (1−ρ)(2λs−s2 )
N (z) ou a partir de W (s) = 2λ(s−λ+λX ∗ (s)) . Linearizar antes de derivar é fundamental para
diminuir o desenvolvimento.

(1 − ρ)(2λs − s2 )
 

W (s) =
2λ(s − λ + λX ∗ (s))
2λ(s − λ + λX ∗ (s))W ∗ (s) = (1 − ρ)(2λs − s2 )
0 0
2λ(s − λ + λX ∗ (s))W ∗ (s) + 2λ(1 + λX ∗ (s))W ∗ (s) = (1 − ρ)(2λ − 2s)
00 0 0 00
2λ(s − λ + λX ∗ (s))W ∗ (s) + 4λ(1 + λX ∗ (s))W ∗ (s) + 2λ2 X ∗ (s)W ∗ (s) = −2(1 − ρ)
Fazendo s = 0 e lembrando que X ∗ (0) = 1 e W ∗ (0) = 1,
0 0 00
4λ(1 + λX ∗ (0))W ∗ (0) + 2λ2 X ∗ (0)W ∗ (0) = −2(1 − ρ)
−4λ(1 − ρ)E[W ] + 2λ2 E[X 2 ] = −2(1 − ρ)
λE[X 2 ] 1 ρE[Xr ] 1 1
E[W ] = + = + = E[WM/G/1 ] +
2(1 − ρ) 2λ (1 − ρ) 2λ 2λ

3
P (N = 0)(z 2 − 1)K(z)
N (z) =
z − K(z)
N (z)(z − K(z)) = P (N = 0)(z 2 − 1)K(z)
0 0
 0

N (z)(z − K(z)) + N (z)(1 − K (z)) = P (N = 0) 2zK(z) + (z 2 − 1)K (z)
00 0 0 00 0 00
 
N (z)(z−K(z))+2N (z)(1−K (z))−N (z)K (z)=P (N =0) 2K(z)+4zK (z)+(z 2 −1)K (z)
00 00
Fazendo z = 1 e lembrando que K(1) = 1, N (1) = 1, K (1) = ρ e K (1) = λ2 E[X 2 ],
0 0 00
 0

2N (1)(1 − K (1)) − N (1)K (1) = P (N = 0) 2K(1) + 4K (1)
2E[N ](1 − ρ) − λ2 E[X 2 ] = (1 − ρ)(1 + 2ρ)
λE[X 2 ] 1
E[N ] = + +ρ
2(1 − ρ) 2
 
ρE[Xr ] 1
E[N ] = λ + +ρ
1−ρ 2λ
E[N ] = λE[W ] + ρ

1
Então, E[W ] = E[WM/G/1 ] + 2λ
.

Este resultado pode ser obtido da M/G/1 com retardo inicial R exp. distribuı́do com taxa λ.
Substituindo os momentos na fórmula para o tempo de espera na fila com retardo
2 2
λE[R2 ]+2E[R] +λ 1
E[WR ] = E[WM/G/1 ] + 2(1−λE[R])
= E[WM/G/1 ] + λ
2(1+1)
= E[WM/G/1 ] + 2λ
.

Questão 3 (Filas com Prioridade, FCFS e LCFS com interrupção e continuidade) (20 pontos)
Um servidor serve duas classes de fregueses, em duas filas de espera separadas. A classe 1, mais
prioritária tem taxa de chegada λ1 e serviço X1 , com X1∗ (s) qualquer. A classe 2, menos prioritária
tem taxa de chegada λ2 e serviço X2 , com X2∗ (s) qualquer.
A classe 1 é servida FCFS e não interrompe a classe 2. A classe 2 é servida LCFS
com interrupção e continuidade na própria classe.

a) (10) Calcule E[W1 ] e E[T1 ]. Nas deduções, em todas as expressões indique os termos que são
exatos e aqueles que são aproximação. Justifique o tipo de cada termo, dando todos os argumentos
pertinentes. Também indique as condições de estabilidade para a classe 1.
R: Como a fila 1 não sofre interrupção, podemos calcular E[W1 ] diretamente como sendo o tempo
de espera em fila alimentada pela classe 1, mas podendo encontrar o servidor ocupado com a classe
2.
ρ1 E[X1r ]+ρ2 E[X2r ](I)
E[W1 ] = 1−ρ1
, E[T1 ] = E[W1 ] + E[X1 ], ρ1 < 1 .

O termo (I) é uma aproximação pois, como a classe 2 sofre interrupção na própria classe, o
freguês encontrado em serviço pode ter sido interrompido anteriormente e sua vida residual ser
inferior a E[X2r ]. Temos então um limitante superior para o atraso nesta fila. Não haveria como

4
obter um valor exato para o tempo de espera na fila 1 com interrupção acontecendo na fila 2. O que
poderia ser calculado de forma exata seria o serviço pendente na chegada, mas neste caso isso não
adiantaria para o cálculo de E[W1 ].
b) (10) Calcule E[W2 ] e E[T2 ]. Nas deduções, em todas as expressões indique os termos que são
exatos e aqueles que são aproximação. Justifique o tipo de cada termo, dando todos os argumentos
pertinentes. Também indique as condições de estabilidade para a classe 2.
R: Como a classe 2 sofre interrupção na própria classe temos que calcular E[T2 ] e depois obter
E[W2 ] = E[T2 ] − E[X2 ] .

E[T02 ] = E[Nq1 ]E[X1 ] + ρ1 E[X1r ] + E[X2 ] = ρ1 E[W1 ] + ρ1 E[X1r ] + E[X2 ]

E[T02 ]
E[T2 ] = 1−ρ1 −ρ2
, ρ1 + ρ2 < 1

Como E[W1 ] é aproximado e um limitante para o tempo de espera na classe 1, então E[T2 ] também
será um limitante para o tempo na fila para a classe 2. Na fórmula de E[T2 ], todos os que chegarem
depois, de ambas as classes, serão servidos antes do freguês tı́pico da classe 2. Neste particular, o
denominador é exato.

Questão 4 (Rede de Filas)(30 pontos) Aparelhos com defeitos podem ser divididos em dois tipos.
Aqueles com defeitos graves e os que têm defeitos leves. Os aparelhos com defeitos graves (várias
falhas) chegam à oficina com uma taxa Poisson α (aparelhos/hora), enquanto os aparelhos com
defeito leve (apenas uma falha pontual) chegam com taxa β (aparelho/hora). A oficina de manu-
tenção tem dois setores, reparo e revisão de qualidade. com apenas um técnico em cada setor, o
que forma duas filas no interior da oficina.
O tempo de reparo de uma falha, independentemente do tipo, tem distribuição exponencial com
taxa µ1 (1/hora). Aparelhos com defeito leve (uma única falha) são consertados neste tempo e
seguem para a fila de revisão. Aparelhos com defeitos graves (múltiplas falhas) voltam para o inı́cio
da fila com probabilidade p (não importa quantas passagens pelo reparo o aparelho já passou)
para receberem novo atendimento. Esta polı́tica da oficina foi decidida para minimizar o tempo de
atendimento de aparelhos com defeito leve.
O setor de revisão de qualidade faz a revisão final num tempo exponencialmente distribuı́do com
taxa µ2 e com probabilidade 1 − q a inspeção é aprovada e com probabilidade q o aparelho retorna
para o final da fila para aguardar nova inspeção. Isso se aplica a todos os aparelhos, independente
do tipo de defeito.
Assuma que os dois setores da oficina trabalham com eficiência e não há gargalos.

a) (5) Calcule a taxa de chegada de aparelhos ao setor de inspeção/revisão e a taxa com que
aparelhos são devolvidos consertados aos clientes.

R: Como a oficina está sem gargalos, a taxa com que aparelhos são devolvidos aos clientes deve
ser igual a α + β. Por outro lado, (1 − q)λi = α + β, implicando que λi = α+β
1−q
.
λi é a taxa com que aparelhos passam pelo serviço de inspeção/revisão.

5
b) (5) Calcule as probabilidades dos setores de reparo e de revisão estarem atendendo a um
aparelho com defeito leve ou a um aparelho com defeito grave. Dica: Utilização das filas por classe
de atendimento.
R: Chamaremos de λr = λrg + λrl a taxa com que aparelhos passam pelo serviço de reparo, onde
λrg é a taxa relativa aos aparelhos com defeitos graves e λrl é a taxa relativa aos aparelhos com
defeitos leves. Como aparelhos com defeitos leves passam uma única vez pelo serviço de reparo,
α
λrl = β. Por outro lado, λrg = α + pλrg , implicando que λrg = 1−p . Então,

λrg α
P (def eito grave em reparo) = ρrg = µ1
= µ1 (1−p)

λrl β
P (def eito leve em reparo) = ρrl = µ1
= µ1

α+β(1−p)
ρr = ρrg + ρrl = µ1 (1−p)

A taxa de saı́da do setor de reparos é α + β, pois todos os aparelhos que entram na oficina
são reparados e seguem para a inspeção/revisão. Esta taxa se soma à taxa de retornos para gerar
λi = λig + λil , onde λig é a taxa relativa aos aparelhos com defeitos graves e λil é a taxa relativa aos
aparelhos com defeitos leves. Como a probabilidade de retorno é q, então λig = α + qλig , implicando
α β
que λig = 1−q . Por outro lado, λil = β + qλil , implicando que λil = 1−q . Então,

λig α
P (def eito grave em inspecao) = ρig = µ2
= µ2 (1−q)

λil β
P (def eito leve em inspecao) = ρil = µ2
= µ2 (1−q)

α+β
ρi = ρig + ρil = µ2 (1−q)

c) (5) Qual o número médio de aparelhos com defeito leve presentes na fila de reparo?
ρ2 ρ
R: Para M/M/1, E[Nq ] = 1−ρ
e E[N ] = E[Nq ] + ρ = 1−ρ
.
ρr 2
Para a fila de espera do reparo, E[Nqr ] = 1−ρ r
, onde contamos todos os tipos de aparelhos. O
número médio de cada tipo será proporcional à taxa de cada tipo passando pelo serviço. Então, o
número médio de aparelhos com defeitos leves na fila de espera será
    2 
ρrl ρr
E[Nqrl ] = λrlλ+λ
rl
rg
E[Nqr ] = ρrl +ρrg 1−ρr
= ρ1−ρ
rl ρr
r
, onde o fato dos serviço ser o mesmo
independente do tipo de defeito facilita a simplificação. Agora só temos que somar o número médio
de equipamentos com defeitos leves em serviço que é dado por ρrl e obter
ρrl ρr ρrl
E[Nrl ] = 1−ρr
+ ρrl = 1−ρr
.

ρrg
Com raciocı́nio similar, E[Nrg ] = 1−ρr
e, evidentemente, é fácil ver que E[Nr ] = E[Nrl ] +
ρr
E[Nrg ] = 1−ρr
,
com esperado. O fato do serviço ser o mesmo independente do tipo, simplifica e
permite a obtenção da quantidade média de cada tipo nas filas.

d) (5) Usando Little, calcule os tempos médios que aparelhos com defeito leve e grave passam
na oficina.

6
R: Observando a discussão do item anterior, para a fila de inspeção teremos
ρi ρig +ρil ρig ρil
E[Ni ] = 1−ρi
= 1−ρi
= 1−ρi
+ 1−ρi
= E[Nig ] + E[Nil ].

Então, o número médio de aparelhos com defeitos graves presentes na oficina é dado por E[Ng ] =
E[Nrg ] + E[Nig ] e, por Little, o tempo médio que estes aparelhos passam na oficina é
E[Ng ]
E[Tg ] = α
.

Com idêntico raciocı́nio, o # médio de aparelhos com defeitos leves presentes na oficina é dado
por E[Nl ] = E[Nrl ] + E[Nil ] e, por Little, o tempo médio que estes aparelhos passam na oficina é
E[Nl ]
E[Tl ] = β
.

e) (5) Calcule o tempo médio de atendimento desta oficina em geral e mostre como ele pode ser
obtido a partir dos tempos médios por tipo de defeito, calculados no item anterior.
E[N ] E[Ng ]+E[Nl ] αE[Tg ] βE[Tl ]
R: E[T ] = α+β
= α+β
= α+β
+ α+β
.

f) (5) O que acontece com uma fila com servidor exponencial se ela entrar em gargalo? Que fila
da oficina pode entrar em gargalo primeiro e qual a condição para que isso aconteça?
R: Quando uma fila entra em gargalo ela se comporta como um servidor exponencial sempre
ocupado, ou seja, o fluxo de saı́da passa a ser Poisson com taxa igual à taxa do servidor. A entrada
em gargalo ocorre quando a utilização atinge 1. Na oficina, qualquer uma das filas pode entrar em
gargalo primeiro, bastando que a utilização da fila chegue a 1. Se tivermos ρr < ρi = 1, esta seria
a condição para a fila de inspeção entrar em gargalo. Com aumento da taxa de chegada, é possı́vel
que a fila de reparo, num instante posterior também entre em gargalo. Todavia, já com a inspeção
em gargalo e com a demora em devolver aparelhos consertados aos clientes, a oficina vai cair em
descrédito e possivelmente as taxas de chegada de aparelhos para conserto tenderá a diminuir. No
caso de termos ρi < ρr = 1, então a fila de reparo será o gargalo primeiro e não haverá maneira da
inspeção entrar em gargalo e ela funcionará com utilização constante abaixo de 1.

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