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AYRÁ

Airá é um Orixá da família do raio,


mas pode também ser relacionado ao
vento, seu nome pode ser traduzido
como redemoinho, sendo o fenômeno
que mais se assemelha a um furacão
em território Nigeriano. Seu templo
fica em Savé uma cidade no Benim que
é conhecida por ser local de muitas
rochas. O surgimento do culto a Airá
antecede ao de Xangô, seu culto
migrou de Savé para Oyó e de Oyó para
Ketu.
 
Ayrá é conhecido no Brasil como uma
qualidade de Xangô que usa branco e
possui uma figura pacífica, mas Ayrá
não é xangô e sim um Orixá que teve
seu culto associado ao de xangô por
vários motivos, e dentre eles a
similaridade nas energias.
 
Ayrá pertence a família de Xangô, mas
seu verdadeiro culto é independente,
pois na Africa Ayrá é um Orixá a parte
e não uma qualidade de Xangô. Ayrá
pertecente a familia do raio e está
ligado a Oxalufan.
 
O Culto de Ayrá nasceu em Oyó, na
mesma cidade que nasceu o culto de
Xangô e quando veio ao Brasil foi
aglutinado ambos os cultos,
simplificando Ayrá como um caminho
do Orixá Xangô.

Sua festa é chamada de Fogueira de


Ayrá, ele não usa coroa, mas sim um
Eketé Branco, sua comida não usa
Dendê, pois são temperadas
com banha de Orí, Come quiabo assim
como todas as qualidades de Xangô.
 
O assentamento de Ayrá costuma ficar
na Casa de oxalá, mas pelo simples fato
de que Ayrá está ligado a Oxalá e se
identifica com o branco; Ayrá pode sim
ser posto junto a Xangô pois ele é
cultuado como uma qualidade de
xangô, apesar de Ayrá ser uma
divindade ligada a Xangô e da mesma
familia e não se trata de uma mera
qualidade ou caminho do Orixá. Ayrá
possui suas próprias formas e
caminhos.
 
Qualidades.  Suas contas são Vermelho
e Branco, porém usa-se mais branco do
que vermelho, para diferenciá-lo.
 
CAMINHOS DE AYRÁ:
Airá Intilè:  Veste branco/azul claro,
aquele que carrega Lufan nas costas.

felipe

Arquétipo dos filhos: Pessoas de Ayrá


são extremamente bondosas,
inteligentes, podem antever situações
desfavoráveis e se planejar para
qualquer situação, mudança ou
recomeço. Seu jeito calmo, manhoso e
pacífico, esconde um grande
estrategista movendo-se entre o fogo e
o vento silenciosamente e sem alarde.

ITAN DE AYRÁ
 
Segundo os mitos, Oxalá
permaneceu injustamente preso
durante sete anos no reino de seu
filho, Xangô, sem que este soubesse
do fato. Grandes calamidades
ocorreram em todo o reino devido a
essa injustiça e quando Xangô
finalmente descobriu o que havia
acontecido com o próprio pai,
resgatou-o da prisão e ordenou que
fossem organizadas grandes festas
em todo o reino, em sua
homenagem.
 
A festividade conhecida hoje como
Águas de Oxalá remonta a esse
acontecimento. No entanto, Oxalá
estava muito alquebrado, ferido e
entristecido. Apesar de toda a
atenção que recebeu, a única coisa
que desejava era retornar ao seu
próprio reino, em Ifé, onde
Yemanjá, sua esposa, o aguardava.
Xangô não podia acompanhá-lo
pois precisava colocar em ordem o
próprio reino e pediu a Airá que
fizesse isso em seu lugar.
 
Foi assim que Airá tornou-se o
companheiro de Oxalá, pois a
viagem foi muito longa já que Oxalá
andava muito devagar (conta-se
também que Airá carregava Oxalá
nas costas) pelo fato de ainda estar
se recuperando dos ferimentos que
adquirira durante os sete anos de
prisão. Durante o dia, eles
caminhavam. À noite, Oxalá sentia
frio e precisava descansar. Para
aquecê-lo e distraí-lo dos próprios
pensamentos, Ayrá mandava que
acendessem uma grande fogueira
no acampamento. Oxalá observava
o fogo e Ayrá passava longas horas
contando-lhe histórias do povo de
Oyó.
 
Desse modo, tornou-se tradição
acender a fogueira no dia 29 de
junho de cada ano (no Brasil), em
homenagem a Airá e à viagem que
fez em companhia de Oxalá.

Coordenadora do Curso: Ruth A. Barbosa. 


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