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Instrução Normativa RFB Nº 971 DE 13/11/2009

Art. 291. As informações prestadas em GFIP sobre a existência ou não de riscos


ambientais em níveis ou concentrações que prejudiquem a saúde ou a integridade física
do trabalhador deverão ser comprovadas perante a fiscalização da RFB mediante a
apresentação dos seguintes documentos:
I - PPRA, que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio
da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente controle da ocorrência
de riscos ambientais, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das
características dos riscos e das necessidades de controle, devendo ser elaborado e
implementado pela empresa, por estabelecimento, nos termos da NR-9, do MTE;
II - Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que é obrigatório para as atividades
relacionadas à mineração e substitui o PPRA para essas atividades, devendo ser
elaborado e implementado pela empresa ou pelo permissionário de lavra garimpeira, nos
termos da NR-22, do MTE;
III - PCMAT, que é obrigatório para estabelecimentos que desenvolvam atividades
relacionadas à indústria da construção, identificados no grupo 45 da tabela de CNAE, com
20 (vinte) trabalhadores ou mais por estabelecimento ou obra, e visa a implementar
medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e
no meio ambiente de trabalho, nos termos da NR-18, substituindo o PPRA quando
contemplar todas as exigências contidas na NR-9, ambas do MTE;
IV - PCMSO, que deverá ser elaborado e implementado pela empresa ou pelo
estabelecimento, a partir do PPRA, PGR e PCMAT, com o caráter de promover a
prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao
trabalho, inclusive aqueles de natureza subclínica, além da constatação da existência de
casos de doenças profissionais ou de danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores, nos
termos da NR-7 do MTE;
V - LTCAT, que é a declaração pericial emitida para evidenciação técnica das condições
ambientais do trabalho, podendo ser substituído por um dos documentos dentre os
previstos nos incisos I e II, conforme disposto neste ato e na Instrução Normativa que
estabelece critérios a serem adotados pelo INSS;
VI - PPP, que é o documento histórico-laboral individual do trabalhador, conforme disposto
neste ato e na Instrução Normativa que estabelece critérios a serem adotados pelo INSS;
VII - CAT, que é o documento que registra o acidente do trabalho, a ocorrência ou o
agravamento de doença ocupacional, mesmo que não tenha sido determinado o
afastamento do trabalho, conforme disposto nos arts. 19 a 22 da Lei nº 8.213, de 1991 , e
nas NR- 7 e NR-15 do MTE, sendo seu registro fundamental para a geração de análises
estatísticas que determinam a morbidade e mortalidade nas empresas e para a adoção
das medidas preventivas e repressivas cabíveis, sendo considerados, também, os casos
de reconhecimento de nexo técnico epidemiológico na forma do art. 21-A da citada Lei,
acrescentado pela Lei nº 11.430, de 26 de dezembro de 2006 .

§ 3º A empresa contratante de serviços de terceiros intramuros é responsável:


I - por fornecer cópia dos documentos, dentre os previstos nos incisos I a III e V do caput,
que permitam à contratada prestar as informações a que esteja obrigada em relação aos
riscos ambientais a que estejam expostos seus trabalhadores;
II - pelo cumprimento dos programas, exigindo dos trabalhadores contratados a fiel
obediência às normas e diretrizes estabelecidas nos referidos programas;
III - pela implementação de medidas de controle ambiental, indicadas para os
trabalhadores contratados, nos termos do subitem 7.1.3 da NR-7, do subitem 9.6.1 da NR-
9, do subitem 18.3.1.1 da NR-18, dos subitens 22.3.4, alínea "c" e 22.3.5 da NR-22 do
MTE.
§ 4º A empresa contratada para prestação de serviços intramuros, sem prejuízo das
obrigações em relação aos demais trabalhadores, em relação aos envolvidos na prestação
de serviços em estabelecimento da contratante ou no de terceiros por ela indicado, com
base nas informações obtidas na forma do inciso I do § 3º, é responsável:
I - pela elaboração do PPP de cada trabalhador exposto a riscos ambientais;
II - pelas informações na GFIP, relativas à exposição a riscos ambientais; e
III - pela implementação do PCMSO, previsto no inciso IV do caput.
§ 5º A empresa contratante de serviços de terceiros intramuros deverá apresentar à
empresa contratada os documentos a que estiver obrigada, dentre os previstos nos incisos
I a V do caput, para comprovação da obrigatoriedade ou não do acréscimo da retenção a
que se refere o art. 145.
§ 6º Na prestação de serviços mediante empreitada total na construção civil, hipótese em
que a responsabilidade pelo gerenciamento dos riscos ambientais é da contratada, para a
elisão da solidariedade prevista no inciso VI do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991 ,
ressalvado o disposto no inciso IV do § 2º do art. 151, observar-se-á o disposto na alínea
"e" do inciso II do art. 161.
§ 7º Entende-se por serviços de terceiros intramuros todas as atividades desenvolvidas em
estabelecimento da contratante ou de terceiros por ela indicado, inclusive em obra de
construção civil, por trabalhadores contratados mediante cessão de mão-de-obra,
empreitada, trabalho temporário e por intermédio de cooperativa de trabalho.

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