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Versão 2.2
MANUAL INFINITY FIT VERSÃO 2.2
Acesso ao sistema
www.infinityfit.com.br
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1. INTRODUÇÃO
O sistema aqui apresentado foi criado para atender uma necessidade do mercado da
bike, afim de melhorar as experiências dos ciclistas no ato da compra, adquirindo o tamanho
ideal de bike, e principalmente, ajustar a bike para o perfil do ciclista, evitando possíveis lesões,
potencializando a performance e melhorando o conforto nas pedaladas.
Após a avaliação, os dados são inseridos no sistema, onde o mesmo gera 3 tipos de
relatórios: o tamanho de bike ideal, o relatório de ajuste de bike e a análise biomecânica.
2. RECURSOS MATERIAIS
O método da Infinity Fit tem por princípio a facilidade de acesso à operação, tanto para
o uso quanto para o processo de avaliação e ajuste. Pensando nisso, chegamos aos
equipamentos mais simples que são necessários para o uso do sistema.
2.1 Trena
Usada na avaliação antropométrica e para os ajustes de bike.
Recomendamos trenas com no mínimo 1,5 metros de
comprimento e que seja flexível.
Consulte-nos sobre nosso KIT de acessórios.
Pode-se também utilizar uma régua de nível (com bolha) de 1 metro. Existem vários
modelos no mercado, porém as réguas de alumínio são mais leves, resistentes e atendem bem
o propósito de uso. É indispensável que esta régua tenha nível (bolha) em 2 sentidos: Horizontal
e Vertical, para que possa ser usada em ambas as situações.
2.4 Estadiômetro
Para a avaliação da estatura e tronco é importante um
estadiômetro ou uma medida de parede com altura de no mínimo 2
metros do chão.
2.8 Rolo
No momento dos ajustes da bike, é importante que a mesma esteja bem fixada e livre
para que se possa fazer as possíveis mudanças.
Recomendamos o uso de rolo ao invés de suportes, por uma única e exclusiva situação:
A avalição Biomecânica. Você vai usar o rolo para fazer uma filmagem ou foto do “antes e
depois” do ajuste. Isso auxilia o processo de avaliação e motiva o ciclista que se vê numa posição
mais adequada e serve para você como um material de marketing para divulgar seus serviços.
No mercado existem inúmeros modelos, mas lembre-se que quanto mais genérico (MTB
e ROAD), mais possibilidades você terá para receber uma infinidade de modelos de bike.
Lembre-se que não é necessário rolo para treinamento e sim para ajuste e visualização de
posicionamento.
acessórios
Uma das coisas mais importantes é a escolha da qualidade dessas ferramentas, pois
sabemos que ferramentas de má qualidade danificam os equipamentos.
2.13 Tablado
Para uma melhor apresentação e facilidade na operação dos ajustes um tablado para
elevação da bike pode ser fabricado. Segue modelo:
3. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Consideramos esta fase a mais importante do nosso método. Atente-se para cada
detalhe aqui exposto, pois uma medida errada inserida no sistema a interpretação e os
resultados serão emitidos também errados, podendo gerar experiências nem um pouco
agradáveis.
Meça 3 vezes cada medida para que se tenha certeza de uma medida correta. Para
tomar as medidas dos membros (pernas e braços) use as medidas de ambos os lados, coletando
medidas da direita e da esquerda, usando a média entre esses valores.
3.1 Sapatilha
Medida expressa em número BR. Essa medida representa o número, padrão Brasil, do
calçado do ciclista. Cuidado: é muito comum que as sapatilhas venham identificando a
numeração no padrão europeu, 2 números a mais do que a numeração brasileira.
3.2 Estatura
O ciclista deve estar de pés descalços ou meias, em pé de
costas e os calcanhares tocando a parede. Os pés devem estar
separados, utilizando o Guia para os pés. Encontre a parte superior
do crânio. Use um estadiômetro ou uma régua de parede (adesivo)
para coletar a medida.
3.3 Cavalo
O ciclista deve estar com uma bermuda de ciclismo e com os
pés descalços ou meias. Os pés devem estar separados, utilizando o
Guia para os Pés. Utilize a régua de nível para fazer a avaliação. Peça
ao ciclista que coloque a régua sob seu quadril e que faça pressão
(puxar contra o quadril), tendo a mesma sensação de estar sentado
no selim da bicicleta. Uma boa orientação nesse caso é dizer a ele
que toque a parte óssea do quadril (pelve). Com a régua de nível
nivelada ao solo, meça a distância do topo da régua até o chão. Não se esqueça de tomar essa
medida 3 vezes e utilize o maior valor encontrado.
3.4 Ombro
Em pé, com o corpo ereto, braços paralelos ao corpo e relaxados.
Meça a distância lateral entre as articulações Acromioclaviculares (é a
saliência óssea no topo do ombro). Para encontrar o ponto, peça ao
ciclista que eleve os braços para frente. Você encontrará uma cavidade
(cavidade subacromial). Coloca a trena nas duas cavidade e peça ao
ciclista que abaixe logo em seguida. Em média, mulheres apresentam
largura dos ombros entre 34 e 40 cm, e os homens entre 36 e 44 cm.
3.5 Tronco
Use uma banqueta para tomar essa medida. Peça ao ciclista que
ao sentar-se, mantenha as costas retas e principalmente o quadril
encostado contra a parede. Uma boa referência para garantir que ele
encostou totalmente o quadril na parede é empurrar levemente o fêmur
através do joelho contra a parede e perguntar ao ciclista se o quadril está
tocando a parede. Meça com o estadiômetro sobre a articulação
Acromioclavicular (é a saliência óssea no topo do seu ombro). Subtraia o
valor mensurado pela altura da banqueta. Meça os dois lados do seu
corpo e faça a média das medidas.
3.6 Braço
Use uma banqueta para tomar essa medida. Sentado, peça ao
ciclista que segure o Suporte MMSS. Peça que estenda o braço à sua
frente, mantendo o braço paralelo ao chão. Localize o pivô (é a
cavidade articular no topo do seu ombro) do braço e meça até esse
ponto. Meça os dois braços e faça a média das medidas.
3.7 Antebraço
Use uma banqueta para tomar essa medida.
Peça ao ciclista que sentado, segure o Suporte
MMSS. Mantenha o braço para baixo, lateralmente
ao seu corpo, e eleve o antebraço até que esteja
paralelo ao solo. Meça do Suporte MMSS até a
protuberância óssea do cotovelo (Epicôndilo
Lateral). Tome essa medida dos dois antebraços e
faça a média das medidas.
3.8 Coxa
Use uma banqueta para tomar essa medida. Peça ao ciclista que
ao sentar-se, mantenha as costas retas e principalmente o quadril
encostado contra a parede. Uma boa referência para garantir que ele
encostou totalmente o quadril na parede é empurrar levemente o fêmur
através do joelho contra a parede e perguntar ao ciclista se o quadril
está tocando a parede. Certifique-se de que o fêmur esteja paralelo ao
solo e sua tíbia esteja perpendicular ao solo (ângulo de 90º dos joelhos).
Coloque a Régua à frente de ambos os joelhos e, em seguida, meça
desde a face interna da régua até a parede. Tome esta medida de ambos
os lados e, em seguida, adote a média.
3.9 Perna
Seguindo os mesmos passos da avaliação e posição anterior,
certifique-se de que o fêmur esteja paralelo ao solo e sua tíbia esteja
perpendicular ao solo (ângulo de 90º dos joelhos). Coloque a Régua na
borda superior da patela (não coloque sobre a porção muscular). Meça da
parte inferior da régua até o chão.
4. MEDIDAS DA BICICLETA
Na maioria das vezes as Bikes já vêm com suas medidas estampadas nas próprias peças,
mas meça para conferir o tamanho correto, pois nota-se que há uma diferença significativa nas
medidas informadas por alguns fabricantes.
Road Bikes
Mountain Bikes
4.2 Pedivela
Deve-se medir do centro do eixo do pedal até o centro do
movimento (medida em milímetros). A maioria dos Pedivelas têm sua
medida inscrita na parte interna do mesmo, próximo ao encaixe dos
pedais. A maioria das MTBs apresentam pedivela tamanho 170 a 175 e as
Roads/TT variam entre 170 e 172,5. Lembrando que isso não é regra, e cada
ciclista deve usar um pedivela ideal.
4.3 Guidão
Para as MTBs, utilizando uma trena, deve-se
tomar a medida de uma ponta a outra do guidão. Já para
as ROADs e TT, deve-se tomar a medida entre os centros
dos tubos frontais do guidão. A medida deve ser expressa
em milímetros (mm)
5. CADASTRO DO CICLISTA
Após realizar a avaliação antropométrica, no menu principal,
escolha a opção Cadastrar Ciclistas.
Entenda os níveis para que possa determinar qual será correspondente ao ciclista avaliado.
Preencha todas as medidas de acordo com a avaliação. Caso tenha algum valor com casa
decimal utilize Vírgula (,) e não ponto. Após preencher todas as avaliações clique em “Salvar
este Ciclista”.
6. BIKE IDEAL
Este recurso do sistema, foi criado a fim de minimizar o erro dos ciclistas em comprar a
Bike do tamanho inadequado.
É muito comum ouvir de um ciclista que comprou a bike baseado pela sua estatura e
acabou se enganando. Não se deve comprar uma bicicleta apenas pela estatura. Várias
medidas são importantes na escolha do tamanho da bike ideal.
Digite o nome do Ciclista na caixa de busca. Assim que escolher o Ciclista, uma caixa se
abrirá. Clique no botão verde para escolher o tipo de Bike Ideal que será emitido o relatório.
Se tudo estiver correto, uma mensagem de Bike Ideal realizado com sucesso aparecerá.
O relatório pode ser impresso ou enviado via Whatsapp diretamente para o seu cliente.
Interpretando os relatórios
O relatório dá a informação do tamanho do quadro (set tube para MTB e Top Tube para
Road) ideal para o ciclista. Porém nem sempre, ou na maioria das vezes, não há no mercado,
uma bike do tamanho específico para este ciclista. Neste caso como procedemos?
Exemplificando uma situação muito comum: Após a geração do relatório para uma MTB,
o mesmo indicou um quadro tamanho 17,4 polegadas para o ciclista. Não existe no mercado
atual um quadro com essa medida exatamente. Daqui pra frente fazemos primeiramente um
questionamento: quem é o ciclista? Caso seja um atleta ou um ciclista mais experiente, que
participe de competições, e goste de uma bike mais ágil, indicamos uma bike tamanho 17. Já se
o ciclista é iniciante, quer uma bicicleta mais para cicloturismo e/ou passeio, indicamos uma 18,
caso encontre. Ao longo do tempo utilizando o sistema você irá melhorar esse feeling, indicando
a bike ideal para cada tipo de ciclista.
Algumas dessas medidas expressas no relatório são medidas básicas, de aferição inicial
e que devem ser analisadas caso a caso. Para realizar o ajuste da bike siga os passos:
Trace uma linha reta entre os dois pontos na sapatilha. Esse eixo deve ser considerado
como o eixo de ajuste do taquinho. O centro do taquinho deve estar passando sobre o centro
da linha demarcada na sapatilha.
Para ajustar a altura do Selim usando a referência do Pedal, gire o pedivela até que o
mesmo esteja na mesma inclinação (sentido) do Set Tube (tubo abaixo do canote). Teoricamente
seria o ponto mais distante que o ciclista tem dos pedais. Meça do topo do selim, traçando uma
linha reta até os pedais. A medida deve ser adotada no eixo de fixação dos pedais.
Após fazer esta aferição confira a medida do topo do selim com o centro do movimento
central. A medida expressa no relatório deve ser a mesma que você mediu.
P.S – Essas medidas são expressas para ciclistas que utilizam sapatilhas. Caso não faça uso das
mesmas, diminua 1cm em ambas medidas para depois ajustar. Essa é uma maneira de garantir
mais apoio aos pedais quando não se faz o uso de sapatilhas.
Para que a ação de pedalar não gere nenhum tipo de lesão, e consequentemente o
ciclista fique numa posição de maior performance, a linha vertical do eixo do pedal deve passar
entre a patela e a tuberosidade tibial. Esse parâmetro deve ser feito com o pedal na posição de
15 minutos. Use o Nível Laser para conferir a posição.
Caso a tuberosidade tibial esteja pra frente dessa linha, mova o selim para traz. Caso a
patela esteja para trás do eixo do pedal, deslize o selim para frente até que fique na posição
adequada.
Eixo do pedal mais próximo da patela, mais seguro é o posicionamento, enquanto mais
próximo da tuberosidade tibial mais agressivo é a posição.
Faz-se necessário ajustes mais afinados para Guidões com inclinação ou curvaturas agressivas.
Caso o guidão não seja reto, no caso do MTB, use a Régua MMII para traçar uma linha reta entre
as duas pontas do guidão. Onde essa linha passar é a medida da distância do Selim – Guidão.
Para Road Bikes – O apoio do STI deve estar paralelo ao solo, formando um ângulo de
90°.
8. AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA
No momento da geração do Bike Fit, o sistema possibilita a avaliação
das angulações em dois momentos distintos: antes e depois do ajuste do
Bike Fit.
Para isso é importante que você grave o ciclista sobre a bicicleta durante dois
momentos. Antes dos ajustes e depois dos ajustes. 5 segundos em cada posição indicada logo a
frente é suficiente para gerar a análise das articulações.
Procure pelo ciclista que deseja fazer e escolha a Bike cadastrada que irá sofrer as
mudanças com o Bike Fit.
Após a escolha da Bike aparecerá a tela de Snapshots. Snapshot nada mais é que uma
foto (momento) do vídeo que será gravado do ciclista durante o seu atendimento. Existem dois
momentos para esse processo: Pré e Pós; onde pré é o vídeo antes dos seus ajustes, sem ter
ajustado a bike do ciclista, e pós é a filmagem após os seus ajustes, com o Bike Fit finalizado.
Clique em carregar vídeo. Busque no seu computador o vídeo que você gravou no
momento Pré Bike Fit.
Agora mova o vídeo até a posição do pedal indicada para o Snapshot e clique em
posicionar ângulos. Mova os pontos articulares para as posições adequadas e clique em
Snapshot. Continue o processo até fazer todos os Snapshots indicados pelo sistema.
Tabela de Snapshots solicitados pelo sistema, tanto no momento Pré quanto no Pós:
Após os Snapshots tirados no momento Pré, o sistema gera o relatório de ajuste de Bike
Fit. Faça as devidas alterações na Bike de acordo com o item 7 deste manual. Volte o ciclista a
Bike e grave mais uma vez.
Punho – Cotovelo – Ombro – Quadril – Joelho – Tornozelo – Ombro – Quadril – Joelho – Tornozelo – 5° Metatarso
5° Metatarso
Punho – Cotovelo – Ombro – Quadril – Joelho – Tornozelo – Ombro – Quadril – Joelho – Tornozelo – 5° Metatarso
5° Metatarso
Snapshot Pedal a 180° – posição de velocidade Snapshot Pedal a 180° – posição de escalada
O último snapshot (3º do MTB e TT, e 5º da Road) é apenas para verificação do avanço
do joelho (avanço ou recuo do selim). O ponto deve ser colocado no centro do pedal, na posição
de 90º (15 minutos) e fazendo um ângulo de 90º em relação ao eixo.
Após todo o processo é possível comparar os posicionamentos do Pré e Pós Bike Fit na
tela de Análise Biomecânica.
Você pode fazer Download de todas as imagens geradas pelo sistema e compartilhar
com seu cliente ou até mesmo postar seu trabalho realizado.
Flexão do Joelho 70 77 69 76 68 75
MTB
Inclinação do Tronco 47 53 43 48 40 45
Ombros 65 71 67 73 69 75
Flexão do Tronco 70 75 68 73 66 71
Road
Incl.Tronco Pelotão 46 51 41 46 37 43
Incl.Tronco Velocidade 37 44 33 39 30 36
Incl.Tronco Escalada 48 53 43 49 41 47
Ombro 71 77 72 78 73 79
Flexão do Tronco 69 74 67 72 65 70
TT
Inclinação do Tronco 31 39 26 34 21 29
Ombro 78 82 80 84 82 86
Após os Snapshots os ângulos são dispostos em imagens Guage. Quando a seta estiver
dentro da cor Verde, significa que o ângulo está dentro da faixa adequada para o ciclista. As
demais cores, mostram a angulação 2 graus fora da faixa para cima ou para baixo.
CONSIDERAÇÃO FINAIS
O Bike Fit é algo muito mais detalhado e minucioso do que pensamos. Envolve diversas
áreas do conhecimento e por isso faz-se necessário mais estudos sobre essa ciência.
8 de outubro de 2021.