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O evento escandaliza
público e críticos.
Posteriormente, com a geração que surge em 30, há uma fase de grande tensão
ideológica e de abordagem da Literatura como instrumento de conhecimento e modificação da
realidade. O regionalismo amplia sua temática. Paisagens e personagens são regionais, mas são
usados para abordar assuntos de interesse universal. Surgem novos nomes, como José Américo
de Almeida , (1887-1980) autor de A Bagaceira , Érico Verissimo (1905-1975), da trilogia O Tempo
e o Vento, Jorge Amado (1912-), de Capitães da Areia , Rachel de Queiroz (1910-) , autora de O
Quinze, José Lins do Rego (1901-1957), de Menino de Engenho, e Graciliano Ramos (1892-1953),
que escreve São Bernardo e Vidas Secas. Numa linha mais intimista estão poetas como Cecília
Meireles (1901-1964), autora de Vaga Música, Vinícius de Moraes (1913-1980) , de Poemas,
Sonetos e Baladas , Augusto Frederico Schmidt (1906-1995), de Desaparição da Amada, e
Henriqueta Lisboa (1904-1985), que escreve A Face Lívida.
2. BIOGRAFIAS DE AUTORES
2.1. Adolfo Caminha
Adolfo Caminha (1867-1897) foi um dos poucos escritores naturalistas brasileiros.
Órfão de mãe aos 10 anos, muda-se para o RJ onde passa a residir com um tio materno. Aos 13
matricula-se na escola naval, de onde sai guarda-marinha em 1885. Passa a viajar na Marinha e
em 1888 serve no Ceará, onde ajuda a fundar o Centro Republicano e participa da vida intelectual
da cidade. Nesse ano e no seguinte é envolvido num escândalo de adultério e é expulso da
Armada. Retira-se da vida social, mas continua a participar da vida literária. Em 1891 muda-se
para o RJ, onde se dedica ao jornalismo e literatura, escrevendo algumas das obras-primas do
Naturalismo como A Normalista e Bom-Crioulo.
"Aleixo passava nos braços de dois marinheiros, levado como um fardo, o corpo mole,
a cabeça pendida para trás, roxo, os olhos imóveis, a boca entreaberta. O azul-escuro da camisa e
a calça branca tinham grandes nódoas vermelhas. O pescoço estava envolvido num chumaço de
panos. Os braços caíam-lhe, sem vida, inertes, bambos, numa frouxidão de membros mutilados."
Bom-Crioulo
Afirma ainda que ele “desenvolveu esforços para aproximar as duas facções do antigo
Partido Conservador – acionista e marretas -, e soube conclamar e dirigir o situacionismo
cearense, face a sucessão presidencial, tudo fazendo para a vitória alcançada pelos candidatos
Arthur as Silva Bernardes e Urbano Santos da Costa Araújo, como sucessores do notável
presidente Epitácio Pessoa”. Garante também que Justiniano de Serpa até foi lembrado para a
vice-presidência da República, pois Bernardes queria contemplar em sua chapa um nome
nordestino. No entanto outras forças políticas optaram por Urbano Santos.
Patrono da Academia N.º 22, AC de Letras, Justiniano (quem foi também seu
fundador, 1894) publicou diversos trabalhos, entre os quais “Oscilações” (poesia, 1883) “O nosso
meio Literário”(1896) e questões de Direito e Legislação”(1920). Na Poesia, quase sempre
condoreira, ele não obteve o mesmo sucesso de sua atuação parlamentar e governamental.
Sânzio de Azevedo, em “Literatura Cearense” (Academia Cearense de Letras, 1976), assim
manifesta sua opinião: -Justiniano de Serpa, se não poder ser considerado um poeta de fôlego de
vôo alto ( ele mesmo renegaria sua obra poética), era excelente orador, o que em matéria de
poesia condoreira, quase equivalia à mesma coisa, já que o objetivo primordial era atingir à
eloqüência a fim de arrebatar os auditórios.
Posteriormente, com a geração que surge em 30, há uma fase de grande tensão
ideológica e de abordagem da Literatura como instrumento de conhecimento e modificação da
realidade. O regionalismo amplia sua temática. Paisagens e personagens são regionais, mas são
usados para abordar assuntos de interesse universal. Surgem novos nomes, como José Américo
de Almeida , (1887-1980) autor de A Bagaceira , Érico Verissimo (1905-1975), da trilogia O Tempo
e o Vento, Jorge Amado (1912-), de Capitães da Areia , Rachel de Queiroz (1910-) , autora de O
Quinze, José Lins do Rego (1901-1957), de Menino de Engenho, e Graciliano Ramos (1892-1953),
que escreve São Bernardo e Vidas Secas. Numa linha mais intimista estão poetas como Cecília
Meireles (1901-1964), autora de Vaga Música, Vinícius de Moraes (1913-1980) , de Poemas,
Sonetos e Baladas , Augusto Frederico Schmidt (1906-1995), de Desaparição da Amada, e
Henriqueta Lisboa (1904-1985), que escreve A Face Lívida.
2. BIOGRAFIAS DE AUTORES
2.1. Adolfo Caminha
Adolfo Caminha (1867-1897) foi um dos poucos escritores naturalistas brasileiros.
Órfão de mãe aos 10 anos, muda-se para o RJ onde passa a residir com um tio materno. Aos 13
matricula-se na escola naval, de onde sai guarda-marinha em 1885. Passa a viajar na Marinha e
em 1888 serve no Ceará, onde ajuda a fundar o Centro Republicano e participa da vida intelectual
da cidade. Nesse ano e no seguinte é envolvido num escândalo de adultério e é expulso da
Armada. Retira-se da vida social, mas continua a participar da vida literária. Em 1891 muda-se
para o RJ, onde se dedica ao jornalismo e literatura, escrevendo algumas das obras-primas do
Naturalismo como A Normalista e Bom-Crioulo.
"Aleixo passava nos braços de dois marinheiros, levado como um fardo, o corpo mole,
a cabeça pendida para trás, roxo, os olhos imóveis, a boca entreaberta. O azul-escuro da camisa e
a calça branca tinham grandes nódoas vermelhas. O pescoço estava envolvido num chumaço de
panos. Os braços caíam-lhe, sem vida, inertes, bambos, numa frouxidão de membros mutilados."
Bom-Crioulo
Afirma ainda que ele “desenvolveu esforços para aproximar as duas facções do antigo
Partido Conservador – acionista e marretas -, e soube conclamar e dirigir o situacionismo
cearense, face a sucessão presidencial, tudo fazendo para a vitória alcançada pelos candidatos
Arthur as Silva Bernardes e Urbano Santos da Costa Araújo, como sucessores do notável
presidente Epitácio Pessoa”. Garante também que Justiniano de Serpa até foi lembrado para a
vice-presidência da República, pois Bernardes queria contemplar em sua chapa um nome
nordestino. No entanto outras forças políticas optaram por Urbano Santos.
Patrono da Academia N.º 22, AC de Letras, Justiniano (quem foi também seu
fundador, 1894) publicou diversos trabalhos, entre os quais “Oscilações” (poesia, 1883) “O nosso
meio Literário”(1896) e questões de Direito e Legislação”(1920). Na Poesia, quase sempre
condoreira, ele não obteve o mesmo sucesso de sua atuação parlamentar e governamental.
Sânzio de Azevedo, em “Literatura Cearense” (Academia Cearense de Letras, 1976), assim
manifesta sua opinião: -Justiniano de Serpa, se não poder ser considerado um poeta de fôlego de
vôo alto ( ele mesmo renegaria sua obra poética), era excelente orador, o que em matéria de
poesia condoreira, quase equivalia à mesma coisa, já que o objetivo primordial era atingir à
eloqüência a fim de arrebatar os auditórios.