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CONFLITOS FAMILIARES?1
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RESUMO
A presente pesquisa tem como tema a comparação dos modelos de jurisdição na resolução de
conflitos familiares e foi assim delimitado: modelo tradicional na figura do Juiz julgador versus
utilização da mediação nos conflitos familiares. Notadamente, definiu-se como problema de pesquisa:
O que é mais efetivo para a resolução de conflitos familiares: mediação ou jurisdição tradicional? A
partir do tema e problema de pesquisa propostos, adotou-se o método de procedimento bibliográfico,
tendo em questão o estudo específico do tema, através de pesquisas e doutrinas. Como método de
abordagem, foi utilizado o método dedutivo, e como os métodos de procedimento, o histórico e o
monográfico. Ainda, em relação à técnica de pesquisa, adotou-se a pesquisa qualiquantitativa. O
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presente artigo se enquadra na Linha de Pesquisa Novos Direitos na Sociedade Globalizada do curso
de Direito da Faculdade Metodista Centenário (FMC). Foi traçado como objetivo geral desta pesquisa
construir subsídios teóricos que permitam verificar se há mais efetividade da mediação na resolução
dos conflitos familiares, enquanto instrumento pacificador na continuidade da relação entre os
integrantes da família, quando comparada à jurisdição tradicional, que se desdobrou em objetivos
específicos organizados em capítulos, que iniciam pela análise da mudança das famílias a partir da
CF/88 e seus fundamentais princípios norteadores, seguindo pelo levantamento de dados do Poder
Judiciário acerca da existência de conflitos nas relações familiares. A pesquisa ainda contou com o
estudo do instituto da mediação no Brasil e a possibilidade de utilização nas relações familiares, de
modo a possibilitar responder o problema de pesquisa, verificando se há mais efetividade na
utilização da mediação para a resolução de conflitos familiares quando comparada com a jurisdição
tradicional. Ao final, concluiu-se que enquanto o método tradicional de jurisdição não tem se mostrado
suficiente para reduzir o número de demandas, tampouco promover a chamada paz social entre as
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Artigo realizado como requisito de obtenção parcial de aprovação da disciplina de Trabalho Final de
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partes, a mediação familiar, por outro lado, surge como possibilidade que se mostra vantajosa, visto
que, além de ter procedimentos mais céleres, propõe a composição entre as próprias partes, de
forma mais pacífica e menos litigiosa.
Palavras-chave: Conflitos familiares. Jurisdição tradicional. Mediação. Mediação familiar. Mediação
no Brasil. Modelo de jurisdição.
ABSTRACT
The present research has as its theme the comparison of jurisdiction models in the resolution of family
conflicts and was thus delimited: traditional model in the figure of the judgmental judge versus use of
mediation in family conflicts. Notably, it was defined as a research problem: What is most effective for
the resolution of family conflicts: mediation or traditional jurisdiction? Based on the proposed theme
and research problem, the method of bibliographic procedure was adopted, considering the specific
study of the theme, through researches and doctrines. As a method of approach, the deductive
Graduação II, do Curso de Direito da Faculdade Metodista Centenário - FMC, sob a orientação do
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method was used, as well as the procedural, historical and monographic methods. Also, regarding the
research technique, we adopted the qualitative quantitative research. This article is part of the
Research Line New Rights in the Globalized Society of the Law course of the Faculdade Metodista
Centenário (FMC). It was designed as a general objective of this research to build theoretical
subsidies that allow to verify if there is more effectiveness of mediation in the resolution of family
conflicts, as a peacemaking instrument in the continuity of the relationship between family members,
when compared to traditional jurisdiction, which has unfolded into specific objectives organized into
chapters, which begin by analysing the change of families starting from CF/88 and its fundamental
guiding principles, following by collecting data from the Judiciary about the existence of conflicts in
family relations. The research also included the study of the mediation institute in Brazil and the
possibility of using it in family relationships, in order to answer the research problem, checking whether
there is more effectiveness in the use of mediation for the resolution of family conflicts when compared
to traditional jurisdiction. In the end, it was concluded that while the traditional method of jurisdiction
has not proved sufficient to reduce the number of demands, nor to promote the so-called social peace
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between the parties, family mediation, on the other hand, appears as an advantageous possibility,
since, in addition to having faster procedures, it proposes the composition between the parties
themselves in a more peaceful and less contentious way.
Keywords: Family conflicts. Traditional jurisdiction. Mediation. Family mediation. Mediation in Brazil.
Jurisdiction model.
INTRODUÇÃO
vantagens na utilização dessa forma não adversária para a resolução dos conflitos
familiares, com a construção de uma solução menos desgastante para os
integrantes da família. Principalmente, quando se envolve o interesse de um terceiro
(menor de idade), pois conflitos mexem com a vida/psicológico das pessoas, e
também dos que convivem no ciclo familiar.
Dessa maneira, a implementação da mediação propõe que as partes entrem
em consenso sobre a solução de um conflito existente, com a participação ativa das
partes no processo decisório pelo viés do verdadeiro exercício da cidadania. Nos
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Acadêmica do Curso de Direito da FMC. Endereço eletrônico: drescher.dani@hotmail.com
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possuem, no seu mérito, o direito de família, ECA, sucessões e união estável, cuja
análise se deu de forma quantitativa.
Foi traçado como problema de pesquisa: O que é mais efetivo para a
resolução de conflitos familiares: mediação ou jurisdição tradicional? E, para
responder tal problema, foi determinado como objetivo geral desta pesquisa
construir subsídios teóricos que permitam verificar se há mais efetividade da
mediação na resolução dos conflitos familiares, enquanto instrumento pacificador na
continuidade da relação entre os integrantes da família, quando comparada à
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jurisdição tradicional. Para atingir tal objetivo, foram determinados como objetivos
específicos: (a) analisar a mudança das famílias a partir da CRFB/88 e seus
principais princípios norteadores; (b) perscrutar dados do Poder Judiciário acerca da
existência de conflitos nas relações familiares; (c) estudar o instituto da mediação no
Brasil e a possibilidade de utilização nas relações familiares; e (d) responder ao
problema de pesquisa, verificando se há mais efetividade na utilização da mediação
para a resolução de conflitos familiares, quando comparada com a jurisdição
tradicional.
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nas relações familiares, para que seja implementado, cada vez mais, o diálogo como
instrumento pacificador.
Diante do exposto, evidencia-se a relevância e atualidade do tema, tanto
para os estudiosos de Direito, como também para a comunidade em geral que tenha
interesse em conhecer e entender melhor o instituto da mediação nas relações
familiares como possibilidade de modelo jurisdicional.
O presente artigo se enquadra na Linha de Pesquisa Novos Direitos na
Sociedade Globalizada do curso de Direito da Faculdade Metodista Centenário
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(FMC), uma vez que está edificado sob a mediação como uma nova possibilidade de
prestação jurisdicional, tratando não apenas de novas demandas do Direito, como
também os seus reflexos nas ações do direito de família.
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Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
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isonomia entre eles. Com a implantação da CF/88 e, deste princípio, a falta desta
isonomia veio a cessar-se. O artigo 227, § 6º, da CF/88 dispõe: “Os filhos, havidos
ou não da relação de casamento, ou por adoção terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”. 5
Juridicamente, em suma, todos os filhos são iguais, estes havidos ou não na
constância do casamento. Essa igualdade engloba também filhos adotivos, os
havidos por inseminação e os biológicos.
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De acordo com Tartuce (2007), a vista disso, não se utiliza mais expressões
discriminatórias como filho incestuoso, bastardo e adulterino, dado que,
juridicamente, todos os filhos são iguais. E não é mais admitida qualquer forma de
distinção jurídica, assim, sob pena da lei.
Müller (2017) também destaca o Princípio da Proteção Integral às Crianças,
Adolescentes e Idosos, que, como os outros princípios estudados, estabelece o
dever de a família, o Estado e a sociedade assegurar à criança e ao adolescente o
direito à dignidade, vida, segurança, saúde, liberdade, alimentação, respeito e
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Para que essas garantias sejam efetivadas de fato, se faz necessário que o
Estado adote políticas de amparo para idosos, como, por exemplo, atendimento
preferencial nos hospitais e em filas, transporte gratuito acima de 60 anos, assentos
identificados no transporte coletivo, planos de saúde não podem reajustar o valor por
mudança de faixa etária, entre outros.
Por último, tem-se o Princípio do Pluralismo das Entidades Familiares, que,
com a CF/88, começou a considerar-se a possibilidade do pluralismo familiar,
significando que, com o passar dos anos, as famílias passaram a ter diferentes
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§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
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por um dos pais e seu(s) filho(s). Destaca-se que a separação ou a morte são as
principais causas da monoparentalidade.
Ainda, há também a família Anaparental, que é formada apenas por irmãos.
Chama-se atenção para as famílias reconstruídas, recompostas ou Mosaico, que
são aquelas formadas a partir da união de casais onde um ou dois dos cônjuges
possuem filhos da união anterior.
Já a família Eudemonista tem como base o afeto recíproco entre seus
membros, dos laços consanguíneos. A doutrina também traz a família unipessoal
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§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e
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seus descendentes.
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Nesse ínterim, o autor elucida que atualmente tornou-se difícil definir uma
forma exata de família, visto que há muita diversidade em sua formação; porém
todas as famílias têm algo em comum: são nutridas pelo afeto (DIAS, 2017). Nesse
aspecto, observa-se que, a partir da CF/88, o Brasil migrou para um novo sentido de
família, não mais vinculado aos conceitos tradicionais e sanguíneos, agora superado
por relações de solidariedade e afetividade recíproca entre todos os seus
integrantes, sejam crianças, adultos ou idosos, nos seus mais diversos vínculos.
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§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e
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pela mulher.
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Novos Processos
7,16% 2019
12,93%
2018
2017
8,78% 2016
2015
Fonte: Da autora, com base nos Relatórios anuais do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul dos
anos de 2015 a 2019.
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Processos Julgados
7.3% 2019
12.46%
2018
2017
8.1% 2016
2015
Fonte: Da autora, com base nos Relatórios anuais do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul dos
anos de 2015 a 2019.
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e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições
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oficiais ou privadas.
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§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando
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Para Vasconcelos (2008), o conflito não é algo que deva ser encarado
negativamente, já que, a partir da neutralização do estado emocional, é possível
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perceber a existência de interesses comuns, sendo valoroso que cada pessoa seja
dotada de originalidade única, com experiências e circunstâncias existenciais
personalíssimas. Assim sendo, é possível que, a partir de uma relação conflituosa,
inicialmente na condição de adversários, se (re)construa uma relação de harmonia e
solidariedade entre as partes, na condição de colaboradores.
Nesse contexto, para além de uma jurisdição tradicional onde uma sentença
diz o direito, elegendo um vencedor e um perdedor - que provavelmente não
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Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
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I - a soberania;
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II - a cidadania;
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vista e as reais intenções sem receios, pois esse princípio garante que não será
usado a seu desfavor em um futuro. Com isso, pelo Princípio da Confidencialidade,
todas as informações colocadas durante as sessões de mediação são sigilosas, de
modo que não se guarda registro sobre o que foi dito durante as sessões (ROSA,
2012).
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IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 201
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Assim sendo, o mediador não pode atuar como advogado das partes, sequer ser
testemunha do caso.
No que tange à competência do mediador, é necessário que tenha a
qualificação e habilitação para atuar judicialmente, obtendo regularmente
conhecimento atualizado e obrigatório.
Além da qualificação adequada e reconhecida do mediador, também este
deve ser imparcial, ou seja, a imparcialidade é um dos princípios fundamentais, onde
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se deve agir sem favoritismo entre as partes, viabilizando, assim, valores e conceitos
pessoais, sem que haja preconceito ou preferência, tampouco aceitar subornos para
favorecimento alheio.
Destaca-se, ainda, a neutralidade, que é respeitar os pontos de vista de
ambas partes, tratando com igualdade seus valores e também se mantendo neutro e
imparcial.
O mediador possui autonomia para atuar com liberdade, sem quaisquer
coações, tanto internas quanto externas, assim podendo suspender, interromper ou
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Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
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Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
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Art. 3º. Apenas poderão exercer suas funções perante o Poder Judiciário
conciliadores e mediadores devidamente capacitados e cadastrados pelos
tribunais, aos quais competirá regulamentar o processo de inclusão e
exclusão no respectivo cadastro (BRASIL, 2010, p. 9).
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
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seja providenciada sua substituição na condução das sessões” (BRASIL, 2010, p. 9).
Deve-se informar com antecedência caso haja impedimento temporário no exercício
da função do conciliador ou mediador, para que, então, seja providenciada a
substituição e dado o seguimento nas sessões.
“Art. 7º. O conciliador/mediador fica absolutamente impedido de prestar
serviços profissionais, de qualquer natureza, pelo prazo de dois anos, aos
envolvidos em processo de conciliação/mediação sob sua condução” (BRASIL,
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III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro
grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das
partes.
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem
necessidade de declarar suas razões.
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta
aceitação do arguido (BRASIL, 2015a).
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Com caráter informal, célere e oral, a mediação não tem formação ou regra
rígida que deva ser seguida, tudo depende da necessidade das partes. No entanto,
é de suma importância que o mediador defina as etapas claramente.
Existem seis etapas na mediação extrajudicial a serem seguidas, que são: a
pré-mediação, reunião de informações, identificação de questões, interesses e
sentimentos, esclarecimento de controvérsias, resoluções de questões e o registro
das soluções encontradas. Cada etapa tem seu prazo para ser concluída, que são
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dias, contados a partir da primeira sessão, podendo ser prorrogado a pedido das
partes e também, caso comprovada insuficiência financeira, poderão ser
assegurados pela Defensoria Pública.
Será designada a audiência após o recebimento da petição inicial, para que
haja uma tentativa de solucionar o litígio de forma pré-processual. Se assim feito,
será homologado pelo juiz como título executivo judicial. Todavia, caso não haja
acordo, o processo seguirá seu curso judicial.
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guarda, alimentos, visitas, filhos dependentes dos pais ou responsáveis para seu
pleno desenvolvimento e, nesses casos, o respeito e o diálogo são a melhor
alternativa na resolução desses litígios.
Nesse sentido, também importante lembrar que a mediação proporciona que
os próprios envolvidos no conflito possam construir soluções, criar e estarem
ativamente presentes no processo decisório.
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;
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entre os adultos, visto que, para os filhos, o mais importante é que se tenha uma
relação baseada no afeto, respeito, solidariedade e harmonia entre todos.
CONCLUSÃO
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forma, por evidência, não se pode considerar como natural a existência de conflitos,
especialmente que demandem a intervenção do Estado, pois tal condição fere de
morte o objetivo precípuo, a melhoria da qualidade de vida.
Em que pese tal expectativa, no fluir do viver, observou-se um crescente no
número de processos judicializados envolvendo o direito de família e conflitos
decorrentes de relações familiares, o que acompanha, por coincidência ou não, o
surgimento de novos modelos e formações família.
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deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem
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diálogo entre as partes, para que ambas cheguem em comum acordo, tem como
prazo máximo de três meses para a sua manifestação após receber a notificação. Já
na mediação judicial, não se faz necessária a aceitação do mediador pelas partes,
assim será designada a audiência após recebida a petição inicial, iniciando o
processo da mediação, onde haverá tentativas para solucionar o litígio. Obtendo
sucesso na tentativa, será homologado pelo juiz um acordo como título executivo
judicial; entretanto, não havendo acordo, o processo seguirá como judicial. O prazo
acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as
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necessitam uma maior atenção, dado que se tratam de alimentos, guardas e visitas,
onde os filhos dependem dos pais e/ou responsáveis para o seu desenvolvimento, e,
tratando-se disso, o diálogo e respeito são os melhores métodos para se obter êxito.
Conclui-se que, enquanto os dados coletados evidenciam que o método
tradicional de jurisdição não tem se mostrado suficiente para reduzir o número de
demandas, tampouco promover a chamada paz social entre as partes, a mediação
familiar, por outro lado, surge como possibilidade que, respondendo ao problema de
formas de discriminação.
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REFERÊNCIAS
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13140.htm. Acesso
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DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2017.
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de
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MEDIAÇÃO. In: DICIO - Dicionário Online de Português. [S. l.: s. n.], 2020.
Disponível em: https://www.dicio.com.br/mediacao/. Acesso em: 12 jun. 2020.
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portadoras de deficiência.
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processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar
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