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FACULDADE METODISTA CENTENÁRIO

CURSO DE DIREITO

Daniela Sabrina Drescher

PROJETO DE TRABALHO
DE CONCLUSÃO DE CURSO

SANTA MARIA
2020
1

DANIELA SABRINA DRESCHER

PROJETO DE TRABALHO
DE CONCLUSÃO DE CURSO

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado ao Curso de Direito da Faculdade
Metodista Centenário - FMC, como requisito
parcial para obtenção do grau de bacharel em
direito.

Orientador(a): Prof. Ms. Angélica Cerdotes

SANTA MARIA
2020
2

DANIELA SABRINA DRESCHER

“MEDIAÇÃO DOS CONFLITOS FAMILIARES COMO POSSIBILIDADE DE


SUPERAÇÃO DO MODELO QUANTITATIVO DAS DECISÕES PARA UMA
JURISDIÇÃO INCLUSIVA E DEMOCRÁTICA”

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção do


grau de Bacharel no Curso de Direito da Faculdade Metodista Centenário

Santa Maria, 26 de Junho de 2020.

Prof. Ms. Patrícia Reis


Coordenadora do Curso

Apresentada à banca examinadora integrada pelos professores (as)

Prof. Ms. Angélica Cerdotes Prof. Ms. Banca Examinadora Beltrano de Tal
Faculdade Metodista Centenário Faculdade Metodista Centenário
3

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO........................................................................................ 04

2 TEMA........................................................................................................... 05

3 DELIMITAÇÃO DO TEMA........................................................................... 06

4 PROBLEMA................................................................................................. 07

5 OBJETIVOS................................................................................................. 08

5.1Objetivo geral …........................................................................................ 09

5.2 Objetivos específicos …........................................................................... 09

6 JUSTIFICATIVAS ….................................................................................... 10

7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA …................................................................... 12

7.1 Histórico do direito da criança e do adolescente....................................... 12

7.2 A doutrina da proteção integral................................................................. 12

8 METODOLOGIA …..................................................................................... 13

9 CRONOGRAMA ….................................................................................... 14

10 SUMÁRIO PROVISÓRIO…...................................................................... 15

11 REFERÊNCIAS …........................................................................................... 16

ANEXO A - 17
4

1 APRESENTAÇÃO

O presente projeto de pesquisa, tem por escopo analisar a mediação familiar


como um instrumento mais efetivo na resolução dos conflitos familiares. Percebe-se
atualmente que o processo decisório, pela atividade jurisdicional tradicional, com a figura
do juiz para julgar não há oportunidade para as partes dialogar e construir uma solução
mais adequada ao caso concreto.
Deste modo, a implementação da mediação, busca que as partes entrem em
consenso sobre o conflito existente, com participação ativa das partes no processo
decisório pelo viés do verdadeiro exercício da cidadania. Atualmente é perceptível uma
crise de jurisdição principalmente no que tange ao modelo quantitativo das decisões.
Nesse sentido, o Poder Judiciário, por várias vezes tem suas sentenças
prolatadas que não alcançam a efetiva qualidade, não extinguindo efetivamente o
conflito, ou seja, não proporcionando o restabelecimento do respeito e diálogo entre os
litigantes.
Nessa perspectiva, a mediação tem como objetivo superar o paradigma
quantitativo das decisões para o um modelo qualitativo. Logo, a mediação permite uma
participação democrática dos envolvidos direta ou indiretamente no litígio, esta, realizada
por mediadores, profissionais devidamente preparados e qualificados para presidir as
sessões de mediações, desenvolvendo técnicas próprias e adequadas para a obtenção
do sucesso do procedimento de mediação, ou seja, uma solução amigável e não
adversarial, que acima de tudo possa trazer qualidade de vida às pessoas e familiares
que estão ligados ao conflito.
Desta forma, o tema em tela faz-se de essencial importância, visto que com a
utilização da mediação pode-se ter inúmeras vantagens, como por exemplo: número
menor de conflitos judiciais; economia processual financeira; celeridade processual, etc.
No entanto, a maior vantagem é que a mediação consegue proporcionar aos litigantes a
oportunidade de resolução do conflito de forma não adversarial e isso traz “paz de
espírito”, vida mais tranquila e com maior harmonia nas relações familiares,
principalmente quando há entre os envolvidos filhos, pois estes são os que mais sofrem
com o divórcio dos pais, por exemplo.
Destarte, para os filhos do ex-casal o mais oportuno é um ambiente de
tranquilidade e paz sendo crucial para o desenvolvimento da criança ou adolescente que
os pais mantenham diálogo, respeito na sua criação e no exercício da guarda, visitas,
etc.
5
Nesse sentido, o tema em tela faz-se de essencial importância tanto no meio
acadêmico, como social e jurídico. Trata-se de uma temática sempre atual e que merece
estudos a respeito, pois as relações familiares sadias são também a base de uma
sociedade mais humana e fraterna, somado ao fato de que os meios não adversários de
composição de litígios estão a cada dia mais incentivados pelo setor público e privado.
Necessário uma mudança de paradigma de uma jurisdição adversária para uma
jurisdição da cultura da paz.
O presente tem trabalho tem como objeto analisar a evolução histórica do
instituto da mediação no Brasil, verificar os modelos de família a partir da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988 e no Código Civil brasileiro de 2002 e por último
analisar a possibilidade da aplicação da mediação na resolução dos conflitos familiares
como regulamentação de visitas, guarda e alimentos.
Portanto, utilizar-se-á para a estruturação da pesquisa o método de abordagem
dedutivo, haja vista que se parte do estudo da mediação, bem como da análise do direito
de família, seus princípios, para então chegar ao instituto da mediação para a resolução
dos conflitos familiares no contexto familiar e social da atualidade.
Para tanto, utilizou-se como técnica de pesquisa a bibliográfica, na medida em
que serão consultados livros e artigos que tratam acerca da temática, ainda, o presente
projeto ajusta-se à linha de pesquisa “Direitos Humanos e Diversidade Cultural’’ do
Curso de Direito da Faculdade Metodista Centenário – FMC, uma vez que aborda as
questões relativas a mediação, tema diretamente ligado à temática desenvolvida na
instituição.
6

2 TEMA

Mediação dos conflitos familiares como possibilidade de superação do modelo


quantitativo das decisões para uma jurisdição inclusiva e democrática.
7

3 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A presente pesquisa tem como objetivo analisar efetividade do instituto da mediação


familiar como instrumento para decisões democráticas e inclusivas nas relações
familiares. Atualmente as sentenças judiciais tornaram-se quantitativas, deixando de ser
qualitativas, sem atender a verdadeira efetividade na vida das pessoas e/ou
proporcionando qualidade de vida dos envolvidos e de seus familiares, principalmente
aos filhos quando de um divórcio ou dissolução de união estável.
8

4 PROBLEMA

Diante do já exposto, para a realização da presente pesquisa tem como base o


problema: A mediação nas relações familiares é um instrumento de efetividade de
resolução dos conflitos proporcionando aos envolvidos maior respeito e dignidade aos
mesmos, principalmente aos filhos quando existem, no processo decisório? Ainda, a
mediação consegue restabelecer diálogo e respeito mútuo aos conflitantes e por
consequência maior qualidade de vida para os litigantes?
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5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo geral

O principal objetivo desta pesquisa é verificar quais as vantagens da mediação


familiar na resolução dos conflitos familiares, como também sua verdadeira efetividade
enquanto instrumento pacificador na continuidade da relação entre os integrantes da
família.

5.2 Objetivos específicos

a) Analisar a evolução das famílias a partir da CRFB/88 e CCB/02 e seus


principais princípios norteadores.

b) Estudar o instituto da mediação no Brasil e sua aplicabilidade nas relações


familiares.
10

6 JUSTIFICATIVAS

Nos últimos anos tem-se acompanhado o uso da mediação como instrumento


para a resolução de conflitos, então, a presente pesquisa tem como objetivo verificar se
existem mais vantagens na utilização dessa forma não adversarial para a resolução dos
conflitos familiares, com a construção de uma solução menos desgastante para os
integrantes da família, principalmente quando se envolve o interesse de um terceiro
(menor de idade), pois conflitos mexem com a vida/psicológico das pessoas, e também
dos que convivem no ciclo familiar.
Analisando também a evolução das famílias que surgiram com a evolução dos
tempos, para que seja implementado cada vez mais o diálogo dentre as relações
familiares.
Diante do já exposto, mostra-se a relevância e atualidade do tema tanto para os
estudiosos de direito como também para a comunidade em geral que tenha interesse em
conhecer e entender melhor o instituto da mediação nas relações familiares.
11

7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

7.1. A EVOLUÇÃO DAS FAMÍLIAS A PARTIR DA CRFB/88 E CCB/02 E SEUS


PRINCIPAIS PRINCÍPIOS NORTEADORES.

O conceito de família teve seu início junto com o surgimento da sociedade quando
o agrupamento de pessoas tornou-se necessário para a melhoria da qualidade de vida,
dando assim o início as primeiras famílias. Embora tenhamos sete Constituições
anteriores da que está vigente, nenhuma delas protegeu ou sequer deu direitos a
instituição familiar como a Constituição Federal de 1988 1.

Müller, (2017) alega que os princípios constitucionais do Direito de Família


trouxeram consigo uma evolução bastante significativa ao ordenamento jurídico
brasileiro. Destes princípios pode-se destacar, o Princípio da Solidariedade Familiar que
tem a sua origem pelo vínculo afetivo, onde a solidariedade é o que se deve ao outro.
Assim os conceitos de reciprocidade e fraternidade, são os que sustentam os laços que
constituem a família. Observa-se o caso de crianças e adolescentes, as
responsabilidades que são básicas cabem à família, depois a sociedade e pôr fim ao
Estado, como dispõe no artigo 227 da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988.
Do princípio da solidariedade, tem-se o dever de assistência dos pais aos filhos,
conforme dispõe o artigo 229 da Constituição Federal de 1988:

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os
filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.

Já, o artigo 230 da Constituição Federal de 1988 também prevê o amparo a


pessoas idosas:
1
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
    § 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais
e seus descendentes.
    § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.
    § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
    § 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o
planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e
científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais
ou privadas.
    § 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
12
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas
idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade
e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente
em seus lares.
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos
transportes coletivos urbanos2.

Tartuce (2007) diz que deste modo gera-se a solidariedade, assistência moral,
material e o amparo mutuamente entre os membros da família, constituindo-se
responsabilidade entre a família, sociedade e o Estado.
Nessa esteira, destaca-se o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, pois é
também um dos mais importantes princípios do ordenamento jurídico brasileiro, onde
coloca as pessoas no centro da proteção de seus direitos, e é atribuído o dever de se
receber proteção, respeito e intocabilidade.
(Müller, 2017) Afirma que o direito humano está ligado ao direito de família,
baseado na dignidade da pessoa humana, onde todos são tratados igualmente sem
nenhum tipo de distinção dos tipos e formações de constituição de família.
O artigo 1º, inciso III da Constituição Federal de 1988 dispõe:

Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana3;

Cabe à ordem constitucional a proteção para todos, independentemente da sua


origem, assim, se faça que várias entidades familiares tenham mais amor, união, afeto,
confiança e respeito, deste modo possibilitando o desenvolvimento social dos mesmos.
Tartuce, (2007) destaca outro princípio de suma importância que é o princípio de
igualdade entre os filhos, sabe-se que nos tempos passados, filhos havidos fora do
casamento eram tratados com diferença dos legítimos, não havia isonomia entre eles,
com a implantação da Constituição Federal de 1988 e deste princípio a falta desta
isonomia veio a cessar-se. O artigo 227, § 6º, da Constituição Federal de 1988 dispõe:
Artigo 227, § 6º: “Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou
por adoção terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação4”.

3
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 201
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
13
Juridicamente, em suma, todos os filhos são iguais, estes havidos ou não na
constância do casamento. Esta igualdade engloba também filhos adotivos e os havidos
por inseminação.
Tartuce, (2007) a vista disso afirma que não se utiliza mais expressões
discriminatórias como filho incestuoso, bastardo e adulterino, pois juridicamente, todos
os filhos são iguais. E não é mais admitida qualquer forma de distinção jurídica, assim,
sob pena da lei.

4
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.

    § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente


e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e
obedecendo aos seguintes preceitos:

        I -  aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-
infantil;

        II -  criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas


portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do
jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do
acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas
de discriminação.

    § 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e
de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras
de deficiência.

    § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:

        I -  idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art.
7º, XXXIII;

        II -  garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;

        III -  garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;

        IV -  garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na


relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar
específica;

        V -  obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar


de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;

        VI -  estímulo do poder público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios,
nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou
abandonado;

        VII -  programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao


jovem dependente de entorpecentes e drogas afins.

    § 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do


adolescente.
14
Müller, (2017) também destaca o Princípio da Proteção Integral às Crianças,
Adolescentes e Idosos, que, como os outros princípios estudados, este estabelece o
dever da família, do Estado e da sociedade assegurar à criança e ao adolescente o
direito à dignidade, vida, segurança, saúde, liberdade, alimentação, respeito e também
convivência familiar e social, como mantê-los a salvos de todo preconceito, de qualquer
tipo de violência, exploração, opressão e tratamento cruel. Muitas vezes a intervenção
do Estado se faz necessária, para assegurar o bem-estar da criança e do adolescente e
também o direito à dignidade e ao desenvolvimento integral.
Para Müller, (2017) a implementação das garantias mencionadas consta no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/1990). O referido estatuto é
conduzido pelo princípio da proteção integral, paternidade responsável, assim com o
intuito de guiar o menor à maioridade de maneira que seja responsável, que seja o
condutor da sua própria vida e capaz de gozar de seus direitos fundamentais.
Ainda sobre princípios constitucionais, é vedada também a discriminação em
razão de idade, como a proteção especial ao idoso. Desta forma, é atribuído à família, a
sociedade e ao Estado o dever de assegurar ao idoso respectivo cuidado necessário,
bem como bem-estar, garantia à dignidade e principalmente à vida.
Em relação a essas garantias, alude a Constituição Federal de 1988 em seu artigo
230 (BRASIL, 2017):
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas
idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade
e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente


em seus lares.

§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos


transportes coletivos urbanos5.

Para que estas garantias sejam efetivadas de fato, se faz necessário que o
Estado adote políticas de amparo para idosos, como por exemplo atendimento

    § 5º A adoção será assistida pelo poder público, na forma da lei, que estabelecerá casos e
condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

    § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos
direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

    § 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se-á em consideração o


disposto no art. 204.

  
  § 8º A lei estabelecerá:
        I -  o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;
        II -  o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias
esferas do poder público para a execução de políticas públicas.
5
15
preferencial nos hospitais e em filas, transporte gratuito acima de 60 anos, assentos
identificados no transporte coletivo, planos de saúde não podem reajustar o valor por
mudança de faixa etária, entre outros.
Por último tem-se o Princípio do Pluralismo das Entidades Familiares que com a
Constituição Federal de 1988 começou a considerar-se a possibilidade do pluralismo
familiar, significando que, com o passar dos anos as famílias passaram a ter diferentes
estruturações. Outrora, apenas o matrimônio era digno da proteção do Estado, outros
vínculos eram totalmente ignorados, assim sendo condenados a invisibilidade.
Há na atualidade um novo conceito de modelo familiar, baseado no afeto, onde
independente da forma que é apresentado, este novo conceito abrange a ideia que
famílias se formem a partir do elo da afetividade.
Yassue, (2010) adverte que com o a advento da Constituição Federal de 1988 e o
passar dos anos a família brasileira sofreu grandes transformações na sua formação,
vindo a ter diversos modelos de composição, pois a Família Matrimonial era o único tipo
de família reconhecido por lei e com proteção jurídica no ordenamento jurídico brasileiro.
Aos poucos novos formatos familiares foram surgindo e necessariamente sendo
tutelados pelo ordenamento jurídico, passando assim a reconhecer a Família Informal,
que é decorrente da União Estável, Família Monoparental, formada apenas por um dos
pais e seu(s) filho(s). Destaca-se que a separação ou a morte são as principais causas
da monoparentalidade.
Ainda, há também a família Anaparental que é formada apenas por irmãos.
Chama-se atenção para as famílias reconstruídas, recompostas ou Mosaico que são
aquelas formadas a partir da união de casais onde um ou dois dos cônjuges possuem
filhos da união anterior.
Já, a família Eudemonista onde a base deste tipo de união é o afeto recíproco
entre seus membros, dos laços consanguíneos. A doutrina também traz a família
unipessoal independentemente sendo aquela formada por apenas uma pessoa, ocorre
de pessoas viúvas ou solteiras que moram sozinhas.
De outro lado tem-se a família paralela ou simultânea caracterizada pela mera
sociedade de fato, chamado de concubinato, assegurada nos termos do art. 1.727 do
Código Civil.
Artigo 1.727: As relações não eventuais entre o homem e a mulher,
impedidos de casar, constituem concubinato6.

Outro formato familiar que surgiu são as famílias homoafetivas, onde foi julgado
pelo Supremo Tribunal Federal a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental

6
Artigo 1.727: As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem
concubinato.
16
132 e Ação Direta Inconstitucionalidade 4.277, que em 2011 reconheceu como entidade
familiar a família homoafetiva, formada por pessoas do mesmo sexo, seguida pela
resolução 175/2013 Conselho Nacional Justiça, assim possibilitando o casamento civil,
com os mesmos direitos garantidos em casamentos heterossexuais.
Geralmente quando é abordado o tema “Família”, é pensado o modelo tradicional,
onde homem e mulher são unidos por matrimônio, e assim tem o intuito de gerar filhos.
Deste modo, DIAS (2017, p. 146) elucida o conceito atual de família:

Conceito atual de família: Difícil encontrar uma definição de família de forma a


dimensionar o que, no contexto dos dias de hoje, se insere nesse conceito.
Sempre vem à mente a imagem da família patriarcal: o homem como figura
central, tendo a esposa ao lado, rodeado de filhos, genros, noras e netos. Essa
visão hierarquizada da família sofreu enormes transformações. Além da
significativa diminuição do número de seus componentes, houve verdadeiro
embaralhamento de papéis. A emancipação feminina e o ingresso da mulher no
mercado de trabalho a levaram para fora do lar. Deixou o homem de ser o
provedor exclusivo da família, e foi exigida sua participação nas atividades
domésticas.

Deste modo, DIAS (2017), elucida que atualmente tornou-se difícil definir uma
forma exata de família, pois há muita diversidade em sua formação, porém todas as
famílias têm algo em comum, são nutridas pelo afeto.

7.2. O INSTITUTO DA MEDIAÇÃO NO BRASIL E SUA APLICABILIDADE NAS


17
RELAÇÕES FAMILIARES

Conforme ressalta Spengler (2010, p. 319), com o crescimento das demandas


judiciais a mediação (através de um terceiro) traz como possibilidade a solução dos
conflitos de uma maneira consensual, sem que necessite a sentença de uma ação
judicial.

Nesse contexto, a mediação é considerada atualmente uma maneira “ecológica


de resolução dos conflitos sociais e jurídicos, uma forma na qual o intuito de
satisfação do desejo substitui a aplicação coercitiva de uma sanção legal. ”Diz-se
dela uma forma consensuada de tratamento do litígio, uma vez que o terceiro
mediador tem um “poder de decisão limitado ou não autoritário, e que ajuda as
partes envolvidas a chegarem voluntariamente a um acordo, mutuamente
aceitável com relação às questões em disputa“. Por isso, não se pode perder de
vista a importância desta prática em uma sociedade cada vez mais complexa,
plural e multifacetada, produtora de demandas que a cada dia se superam
qualitativamente e quantitativamente.

A Mediação surgiu com o intuito de diminuir as demandas judiciais, pois cada vez
mais o Poder Judiciário está tornando-se lento e incapaz para resolver suas lides de uma
maneira justa. A Mediação é utilizada para a solução de diferentes casos, trazendo
vantagens como a rapidez e também fazendo com que as partes entrem em acordo de
modo consensual.
Desta maneira Yarn (1999, p.87) aclara o conceito de mediação:

Um processo autocompositivo segundo o qual as partes em disputa são


auxiliadas por uma terceira parte, neutra ao conflito, ou um painel de pessoas
sem interesse na causa, para auxiliá-las a chegar a uma composição. Trata-se
de uma negociação assistida ou facilitada por um ou mais terceiros na qual se
desenvolve processo composto por vários atos procedimentais pelos quais o(s)
terceiro(s) imparcial (is) facilita(m) a negociação entre pessoas em conflito,
habilitando-as a melhor compreender suas posições e a encontrar soluções que
se compatibilizam aos seus interesses e necessidades.

O instituto da Mediação tem grande notoriedade social, onde busca juntamente


com o mediador, de modo imparcial, encontrar com as partes a solução para a resolução
de conflitos que vem enfrentando. A palavra Mediação tem como significado o
procedimento que busca o desenvolvimento de um litígio, através da utilização de um
intermediário entre as partes conflitantes.
De acordo com a Resolução de nº 125, de 29 de novembro de 2010 foi introduzida
a mediação e conciliação no Brasil, assim atribuindo as obrigações e deveres constados
no seu Código de Ética de Conciliadores e Mediadores Judiciais. Saliente-se ainda que,
foi apenas com a entrada do Código de Processo Civil em 2016, trouxe a determinação
da realização de sessões de mediação.

Artigo 1º - São princípios fundamentais que regem a atuação de conciliadores e


mediadores judiciais: confidencialidade, competência, imparcialidade,
18
neutralidade, independência e autonomia, respeito à ordem pública e às leis
vigentes.

Sobre os princípios fundamentais, tem-se o da Confidencialidade, onde se deve


manter totalmente em sigilo o que foi discutido na sessão, somente diante da
autorização das partes poderão ser divulgadas as informações, ou em caso de violação
das leis vigentes ou violação à ordem pública.
Deste modo, o mediador não pode atuar como advogado das partes, sequer ser
testemunha do caso.
No que tange a competência do mediador, é necessário que tenha a qualificação
e habilitação para atuar judicialmente, obtendo regularmente conhecimento atualizado e
obrigatório.
Além da qualificação adequada e reconhecida do mediador também este deve ser
imparcial, ou seja, a imparcialidade é um dos princípios fundamentais, onde se deve agir
sem favoritismo entre as partes, viabilizando assim valores e conceitos pessoais, sem
que haja preconceito ou preferência, tampouco aceitar subornos para favorecimento
alheio.
Destaca-se ainda, a neutralidade que é respeitar os pontos de vista de ambas
partes, tratando-os com igualdade seus valores e também manter-se neutro e imparcial.
O mediador possui autonomia para atuar com liberdade, sem quaisquer coações
tanto internas quanto externas, assim podendo suspender, interromper ou recusar a
sessão caso se façam ausentes tais condições de extrema necessidade para o bom
desenvolvimento da mesma. E também o respeito à ordem pública e suas leis vigentes,
devendo garantir que o eventual acordo entre as partes não contenha violações à ordem
pública ou as leis vigentes.

Artigo 2º. As regras que regem o procedimento da conciliação/mediação são


normas de conduta a serem observadas pelos conciliadores/mediadores para
seu bom desenvolvimento, permitindo que haja o engajamento dos envolvidos,
com vistas à sua pacificação e ao comprometimento com eventual acordo obtido,
sendo elas:

Das regras que regem a conciliação e mediação, a Informação é onde se deve


clarificar aos envolvidos o método de trabalho que é empregado nas sessões, de forma
clara, assim informando sobre os princípios deontológicos (referidos no capítulo I),
juntamente com as regras de conduta necessárias no processo.
Autonomia da vontade é a incumbência de respeitar diferentes pontos de vistas
das partes, garantindo que alcancem a decisão totalmente voluntária e de modo algum
coercitiva, assim, tendo a total independência para tomar as decisões no curso do
19
processo, deste modo podendo interrompê-lo a qualquer instante. Já a ausência de
obrigação de resultado é o dever de não forçar acordos e muito menos decidir pelos
envolvidos, pode-se criar opções apenas no caso da conciliação, que poderão ou não
serem acolhidas pelas partes. A desvinculação da profissão de origem trata-se como o
dever do esclarecimento, onde se explica as partes que o mediador trabalha totalmente
desvinculado da sua profissão de origem, pois caso seja necessário aconselhamento ou
orientação de qualquer assunto, deve-se convocar para a sessão um profissional para o
respectivo assunto, desde que haja o aval de todos. O teste de realidade é o dever de
assegurar para os envolvidos que, ao chegarem a um acordo, entendem perfeitamente
suas decisões, que devem ser executáveis, assim, cumprindo o que for acordado.

Artigo 3º. Apenas poderão exercer suas funções perante o Poder Judiciário
conciliadores e mediadores devidamente capacitados e cadastrados pelos
tribunais, aos quais competirá regulamentar o processo de inclusão e exclusão
no respectivo cadastro.

Deste modo, poderão apenas exercer suas funções diante do Poder Judiciário
conciliadores e mediadores capacitados e cadastrados pelos tribunais, que tocará na
regulamentação do processo de inclusão e exclusão de cadastro.

Artigo 4º. O conciliador/mediador deve exercer sua função com lisura,


respeitando os princípios e regras deste Código, assinando, para tanto, no início
do exercício, termo de compromisso e submetendo-se às orientações do juiz
coordenador da unidade a que vinculado.

Os Conciliadores e Mediadores devem exercer a sua função com integridade,


respeitando todos princípios e regras do Código de Ética de Conciliadores e Mediadores
Judiciais. Deste modo, se faz necessário no início de seu exercício a assinatura em
termo de compromisso, onde submete-se às orientações do juiz encarregado da unidade
que se foi vinculado.

Artigo 5º. Aplicam-se aos conciliadores/mediadores os mesmos motivos de


impedimento e suspeição dos juízes, devendo, quando constatados, serem
informados aos envolvidos, com a interrupção da sessão e sua substituição.

É posto aos conciliadores e mediadores os mesmos impedimentos e suspeição de


juízes, que, ao serem constatados, devem informar as partes, para que se possa ser
feita a substituição e assim dar-se seguimento à sessão.

Artigo 6º. No caso de impossibilidade temporária do exercício da função, o


20
conciliador/mediador deverá informar com antecedência ao responsável para que
seja providenciada sua substituição na condução das sessões.

Deve-se informar com antecedência caso haja impedimento temporário no


exercício da função do conciliador ou mediador, para que assim seja providenciada a
substituição e dado o seguimento nas sessões.

Artigo 7º. O conciliador/mediador fica absolutamente impedido de prestar


serviços profissionais, de qualquer natureza, pelo prazo de dois anos, aos
envolvidos em processo de conciliação/mediação sob sua condução.

É absolutamente vedado que o conciliador ou mediador preste serviços


profissionais às partes, seja de qualquer natureza, no prazo de dois anos após
encerrado o processo de conciliação ou mediação sob sua orientação.

Artigo 8º. O descumprimento dos princípios e regras estabelecidos neste


Código, bem como a condenação definitiva em processo criminal, resultará na
exclusão do conciliador/mediador do respectivo cadastro e no impedimento para
atuar nesta função em qualquer outro órgão do Poder Judiciário nacional.
Parágrafo único – Qualquer pessoa que venha a ter conhecimento de conduta
inadequada por parte do conciliador/mediador poderá representá-lo ao Juiz
Coordenador a fim de que sejam adotadas as providências cabíveis.

Caso seja comprovado o descumprimento dos princípios e regras do referido


Código de Ética de Conciliadores e Mediadores Judiciais cabe condenação em esfera
criminal, resultando assim na exclusão imediata do referido conciliador ou mediador do
cadastro e assim ficando vedada a sua atuação nesta função ou em qualquer outro
órgão do Poder Judiciário Nacional. Ressaltando que qualquer pessoa que tenha
conhecimento de condutas impróprias por parte do conciliador ou mediador pode retratar
ao Juiz Coordenador para que sejam tomadas as devidas providências adequadas.
21

8 METODOLOGIA: Daniela, olha o projeto do Matheus a metodologia que ele utilizou


é a mesma que tu deve usar, claro que você deve explicar com tuas palavras.

Indica o modo como se pretende proceder na investigação e exposição da


pesquisa. Sugere-se expô-la em dois momentos, primeiro, a descrição da
metodologia num sentido amplo, que corresponde à exposição do método de
abordagem que servirá de referencial de análise das ideais, informações ou
resultados; segundo, é feita a descrição das técnicas de pesquisa que serão
utilizadas para a coleta dos dados. Quando se trata de uma “pesquisa de campo”, é
indispensável a descrição da população a ser investigada, a delimitação do universo,
o tipo de amostragem e tratamento estatístico.
22

9 CRONOGRAMA

Indica a previsão do tempo necessário para passar de uma etapa da pesquisa à


outra.

Período de 2015
Atividades
Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1) Reunião geral com os orientandos X

2) Pesquisa e definição do tema X x

3) Encontros com orientador x x x x

4) Pesquisa e elaboração do projeto x x x

5) Entrega definitiva do projeto x

6) Pesquisa Dirigida x x x

7) Organização das informações x x

8) Revisão Bibliográfica x x x

9) Análise e interpretação

10) Conclusão

11) Redação final da monografia

12) Defesa da monografica x


23

10 SUMÁRIO PROVISÓRIO

Consiste no esboço do que se pretende abordar em cada um dos capítulos


da monografia.
????????????????????????

Daniela, o Sumário Provisório é como deverá ser estruturado o teu artigo, primeiro e segundo
capítulo.

A estrutura do teu artigo ficará de acordo com os dois objetivos....

Logo,

Sumário:

Introdução

1 (coloca aqui objetivo 1).

2. (coloca aqui objetivo 2).

Conclusão
24

REFERÊNCIAS

DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. São Paulo, Editora Revista dos
Tribunais, 2017.

MÜLLER, Meri. (setembro de 2017). Princípios Constitucionais da Família. Disponível


em https://jus.com.br/artigos/60547/principios-constitucionais-da-familia. Acesso em:
19/05/2020

YASSUE, Izabela. (março de 2010). A família na Constituição Federal de 1988.


Disponível em
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5640/A-familia-na-Constituicao-Federal-de-
1988. Acesso em: 19/05/2020

BERNARDO, Renata Barros. (janeiro de 2018). O conceito de família à luz da


constituição de 1988 e a necessidade de regulamentação das relações
concubinárias. Disponível em https://jus.com.br/artigos/63694/o-conceito-de-familia-a-
luz-da-constituicao-de-1988-e-a-necessidade-de-regulamentacao-das-relacoes-
concubinarias. Acesso em: 19/05/2020

TARTUCE, Flávio. (junho de 2007). Novos princípios do Direito de Família Brasileiro.


Disponível em  http://www.ibdfam.org.br/artigos/308/Novos+princ
%C3%ADpios+do+Direito+de+Fam%C3%ADlia+Brasileiro+%281%29. Acesso em:
19/05/2020

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução nº 125, de 29 de Novembro de 2010.


Disponível em http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/outros/Resolucao-CNJ-
125_2010.pdf. Acesso em: 04/06/2020
http://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_07.05.2015/art_226_.asp

YARN, Douglas. Dictionary of Conflict Resolution. São Francisco: Ed. Jossey-Bass


Inc., 1999.

SPENGLER, Fabiana Marion. Da jurisdição à mediação: por uma cultura no


tratamento de conflitos. Ijuí. Unijuí, 2010.

https://jus.com.br/artigos/63813/principios-constitucionais-de-direito-de-familia
25

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641860/artigo-1-da-constituicao-federal-de-1988

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613579/artigo-1727-da-lei-n-10406-de-10-de-
janeiro-de-2002

https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/
art_230_.asp#:~:text=Art.,lhes%20o%20direito%20%C3%A0%20vida.
http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/outros/Resolucao-CNJ-125_2010.pdf
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ANEXO A -
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GUIA RÁPIDO: REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

FORMATO: - O texto deve ser digitado em folhas tamanho A4 (21 cm X 29,7 cm),
tamanho da fonte 12 para todo o texto, exceto as citações com mais de três linhas,
notas de rodapé, paginação, legendas das ilustrações e das tabelas, que devem ser
digitadas em tamanho menor e uniforme, tamanho da fonte 10.
- Para as citações com mais de três linhas deve-se observar o recuo de
4 cm da margem esquerda.
- A fonte deve ser Arial ou Times New Roman, digitada na cor preta;
para ilustrações, permite-se colorido.
- O trabalho pode ser impresso em papel branco ou reciclado, frente e
verso ou somente frente.
- O parágrafo recomendado é de 1,5 cm a partir da margem esquerda e
justificado.
- As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm;
direita e inferior de 2 cm.
- Todo o texto deve ser digitado com espaço de 1,5, exceto as citações
com mais de três linhas; notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e
das tabelas, em espaço simples.
- As referências, no final do trabalho, devem ser separadas entre si por
um espaço simples.
- Os títulos das seções devem começar na parte superior da margem e
serem separados do texto por um espaço 1,5 entrelinhas.
- A folha de rosto, a folha de aprovação, a natureza do trabalho, o
objetivo, o nome da instituição, a que é submetida, e a área de concentração
alinhados do meio para a margem direita.
- As notas de rodapé devem ser digitadas dentro das margens,
separadas do texto por um espaço simples e por um filete de 3 cm, a partir da
margem esquerda.
- Deve-se adotar uma numeração progressiva para evidenciar a
sistematização do conteúdo do trabalho. Segundo a NBR (2005), deve-se limitar a
numeração progressiva (subdivisão de seções) até a seção quinária, conforme
quadro 1.

Primária 1 TÍTULO (MAIÚSCULO E NEGRITO)


Secundária 1.1 TÍTULO (MAIÚSCULO SEM NEGRITO)
Terciária 1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, com negrito)
Quaternária 1.1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, sem negrito)
Quinárias 1.1.1.1.1 Título (Inicial maiúsculo, em itálico)
- O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à
esquerda,separado por um caractere.
- Cada seção primária deve ser iniciada em uma nova página (folha).
- Para as seções terciárias, quaternárias e quinárias, apenas a primeira
palavra deve ter a letra maiúscula.
- Para as seções não numeradas, deve-se seguir o formato de
apresentação das seções primárias (negrito e maiúscula), centralizando-as.
- Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser
contadas, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da parte textual em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior.
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- Havendo apêndice e anexos, as folhas devem se numeradas de
maneira contínua, e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.
29

- Todas as siglas que aparecem pela primeira vez no texto devem ser
precedidas da forma completa da sigla, e deve ser colocada após o nome completo
entre parênteses. Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
- A identificação de desenhos, esquemas, figuras, fluxogramas,
fotografias, gráficos, mapas, quadros, plantas, retratos, entre outros aparece na
parte superior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de
ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do respectivo título. As
ilustrações, quando aparecerem no texto, devem ser apresentadas em numeração
sequencial. Após a ilustração, na parte inferior, indicar a fonte consultada (elemento
obrigatório, mesmo que seja do próprio autor).
- A tabela deve apresentar os dados de modo resumido, devendo ser
constituída dos seguintes elementos: título, cabeçalho, corpo da tabela e fonte.
Assim sendo, as tabelas são delimitadas, no alto e embaixo, por traços horizontais
grossos de preferência; não devem ser delineadas à direita e à esquerda, por traços
verticais É facultativo o emprego de traços verticais para separação das colunas no
corpo da tabela; quando a tabela ocupar mais de uma página, repete-se o cabeçalho
na página seguinte, usando no alto do cabeçalho ou dentro da coluna indicadora, a
designação de continua ou conclusão (entre parênteses) junto ao cabeçalho; e as
tabelas, quando aparecerem no texto, devem ser apresentadas em numeração
sequencial.

CITAÇÕES: VER PÁGINAS 34-64 DO NOVO MANUAL ACADÊMICO DA FAMES

REGRAS APROVADAS ESPECÍFICAS DO CURSO DE DIREITO:


- MÍNIMO DE 10 e MÁXIMO DE 15 PÁGINAS DE REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA

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