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Índice

1) Regramento constitucional e legislação específica


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2) Produtos, bens e mercadorias 10

3) Produtos estrangeiros, nacionais, nacionalizados e desnacionalizados 14


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4) Imposto de Importação 16
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5) Questões Comentadas - Regramento constitucional e legislação específica - Multibancas 75

6) Questões Comentadas - Produtos, bens e mercadorias - Multibancas 78


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7) Questões Comentadas - Produtos estrangeiros, nacionais, nacionalizados e desnacion. - Multibancas 79

8) Questões Comentadas - Imposto de Importação - Multibancas 83


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9) Lista de Questões - Regramento constitucional e legislação específica - Multibancas 158


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10) Lista de Questões - Produtos, bens e mercadorias - Multibancas 161

11) Lista de Questões - Produtos estrangeiros, nacionais, nacionalizados e desnacion. - Multibancas 163
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12) Lista de Questões - Imposto de Importação - Multibancas 166


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REGRAMENTO CONSTITUCIONAL E LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
A primeira pergunta que nos cabe fazer é a seguinte: quais são os tributos que incidem sobre uma
operação de importação?

São vários. Em uma importação, incidem, a princípio, o Imposto de Importação (II), o Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS), e as contribuições PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.

Há, ainda, taxas que são cobradas em decorrência da utilização dos sistemas de comércio exterior
(Taxa de Utilização do SISCOMEX e a Taxa de Utilização do Mercante). Dependendo da operação,
há também a incidência de contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE-
Combustíveis e Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM).

Imposto de Importação
(I.I)
Principais tributos em uma

Imposto sobre Produtos


Industrializados (IPI)
importação

PIS/PASEP-Importação

COFINS-Importação

ICMS

Todos os tributos existentes no Brasil têm fundamento na Constituição da República. E a


tributação incidente sobre o comércio exterior não é uma exceção. Nesse sentido, o art. 153 da
CR/88 prevê que a União poderá instituir impostos sobre a importação de produtos estrangeiros
e sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. São eles o Imposto
de Importação (I.I) e o Imposto de Exportação (I.E).
Também é a União o ente federativo responsável pela instituição do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) (art. 153, inciso IV), das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e
COFINS-Importação e de contribuições para intervenção no domínio econômico. Quanto a esse
último ponto, destaque-se que o art. 149 da CR/88 dispõe que compete exclusivamente à União
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas.

Mais à frente, a CR/88 estabelece, ainda, que as contribuições sociais e de intervenção sobre o
domínio econômico incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros (art. 149, §
2º, inciso II, da CR/88). As taxas (de utilização do SISCOMEX e do Mercante), por outro lado, foram
instituídas pela União com fundamento no art. 145, inciso II, da CR/88.

Na órbita dos estados, está a competência para instituir o ICMS, que incidirá também sobre a
entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade (art. 155, inciso II, e §2º,
inciso IX, alínea "a", da CR/88).

E quais são os tributos que incidem sobre as operações de exportação?

Aqui a história é diferente! A resposta é que, sobre as operações de exportação, irá incidir somente
o imposto de exportação (I.E). A CR/88, em perfeita consonância com os objetivos de política
comercial do país, estabeleceu várias regras de não-incidência tributária sobre operações de
exportação.

Com efeito, a política comercial brasileira busca incentivar as exportações como forma de obter o
desenvolvimento econômico nacional. Destaque-se que todas as hipóteses de não-incidência
previstas na CR/88 são imunidades tributárias. A propósito, imunidade é precisamente uma
hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada.

Nesse sentido, pode-se verificar que a CR/88 dispõe que o IPI não incidirá sobre produtos
industrializados destinados ao exterior (art. 153, inciso III). Por sua vez, a CR/88 determina que o
ICMS não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços
prestados a destinatários no exterior (art. 155, inciso X, alínea "a").
Por último, o art. 149, § 2º, inciso II, da CR/88, autoriza a incidência de contribuições sociais e de
intervenção no domínio econômico apenas sobre a importação de produtos estrangeiros ou
serviços, ao passo que o art. 149, § 2º, inciso I, da CR/88, dispõe que essas contribuições não
poderão incidir sobre as receitas decorrentes de exportação. Assim, podemos dizer que, na
exportação, temos: i) imunidade de IPI; ii) imunidade de ICMS e; iii) imunidade de contribuições
sociais e de contribuições de intervenção no domínio econômico.

1) Tributos incidentes sobre o comércio exterior:

Imposto de Importação (II)

Imposto de Exportação (IE)

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

ICMS

PIS/PASEP-Importação

COFINS-Importação

Taxa de Utilização do SISCOMEX

AFRMM

Taxa de Utilização do Mercante

CIDE-Combustíveis

2) Imunidades na Exportação:

Imunidade do ICMS

Imunidade do IPI
Imunidade das contribuições sociais e de contribuições de intervenção no domínio
econômico

A tributação sobre o comércio exterior, como se pode perceber, não tem finalidade arrecadatória,
mas sim extrafiscal. O governo a utiliza como forma de regulação econômica. Assim, alguns
princípios constitucionais tributários não se aplicam aos tributos incidentes sobre o comércio
exterior.

Fazemos menção, nesse momento, aos princípios da legalidade, da anterioridade e da noventena.


O que são cada um desses princípios?

Recordemo-nos das aulas de Direito Tributário!

O princípio da legalidade está previsto no art. 150, inciso I, da CR/88, e dispõe que é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça. Em outras palavras, a norma competente para instituir e aumentar a alíquota de um
tributo é a lei.

O princípio da anterioridade, por sua vez, está insculpido no art. 150, inciso III, alínea "b", da
CR/88. Segundo esse princípio, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou. Assim, se uma lei majora um tributo em agosto de 2014, este somente
poderá ser recolhido pela alíquota maior a partir de 1º de janeiro de 2015.

O princípio da noventena, também chamado de anterioridade nonagesimal, encontra previsão no


art. 150, inciso III, alínea "c", da CR/88. Ele veda que a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios cobrem tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Destaque-se que os princípios da anterioridade e da
noventena devem ser observados em conjunto.

Assim, suponha que uma lei majore um tributo em 1º de novembro de 2014. Pelo princípio da
anterioridade, o tributo poderia ser recolhido pela alíquota maior a partir de 1º de janeiro de 2015.
No entanto, há que se observar também a noventena, de modo que o tributo somente poderá ser
cobrado pela alíquota maior 90 dias após 1º de novembro de 2014, ou seja, em 1º de fevereiro de
2015.
Agora que já recordamos esses princípios constitucionais tributários, vejamos como eles são
excepcionados em relação aos tributos incidentes sobre o comércio exterior:

a) Imposto de Importação (I.I):

Não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas, o que quer dizer que
não há necessidade de lei para alterar a alíquota do imposto de importação. Hoje, a alteração de
alíquotas do imposto de importação compete à Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que o faz
mediante Resolução.

Não obedece ao princípio da anterioridade nem ao princípio da noventena. Assim, a alteração de


alíquotas gera efeitos imediatos.

b) Imposto de Exportação (I.E):

Da mesma forma que o imposto de importação, o imposto de exportação não obedece ao


princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. A fixação da alíquota do imposto de
exportação também compete à CAMEX.

O imposto de exportação também não obedece aos princípios da anterioridade e da noventena.

A CAMEX tem competência para fixar a alíquota do imposto de importação e do imposto de


exportação.

Mas se uma questão disser que a CAMEX fixa a alíquota dos tributos incidentes sobre o comércio
exterior, ela estará errada. Por quê?

Porque sobre o comércio exterior há incidência de vários outros tributos além do imposto de
importação e do imposto de exportação.

c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):

O IPI não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. Atualmente, as


alíquotas do impostos estão consolidadas na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados (TIPI), veiculada via Decreto nº 11.158/22.
O IPI também não obedece ao princípio da anterioridade. Porém, cuidado! O IPI obedece ao
princípio da noventena. Assim, muito embora não seja necessário esperar pelo próximo exercício,
faz-se mister aguardar o período mínimo de 90 dias para que possa produzir efeitos eventual
majoração do tributo.

d) PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação:

O PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação obedecem ao princípio da legalidade quanto à


alteração de alíquotas. Essas contribuições não obedecem ao princípio da anterioridade, mas
devem respeitar o princípio da noventena (anterioridade nonagesimal). Isso é o que prevê o art.
195, § 6º, da CR/88.

No mais, os tributos incidentes sobre o comércio exterior devem observar o mesmo regramento
constitucional geral previsto para os demais tributos. A matéria deve ser estudada em maiores
detalhes no curso de Direito Tributário, mas podemos destacar, exemplificativamente, que:

a) É vedado à União, aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal estabelecer tratamento
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente (isonomia);

b) É vedado à União, aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal cobrar tributos em
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado (irretroatividade);

c) É vedado à União, aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal utilizar tributo com
efeito de confisco;

d) É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou
que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados
a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões
do País;

e) É vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos estados, dos municípios
ou do Distrito Federal (isenções heterônomas);

f) É vedado aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, estabelecer diferença tributário
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
(Questão Inédita) São tributos que podem incidir sobre uma operação de importação o Imposto
de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados, o ICMS, o PIS-Importação, a COFINS-
Importação, a Taxa de Utilização do SISCOMEX, a Taxa de Utilização do Mercante, o AFRMM e a
CIDE-Combustíveis.

Comentários

De fato, os nove tributos relacionados na assertiva podem incidir em uma operação de importação.

Gabarito: certa
PRODUTOS, BENS E MERCADORIAS
Qual a diferença entre produtos, bens e mercadorias? 1

Bens são coisas, corpóreas e incorpóreas, possuidoras de utilidade econômica e que representam
riqueza incorporada ao patrimônio e passível de avaliação pecuniária (avaliação em dinheiro). São
exemplos de bens: os imóveis (casas, prédios), veículos, televisões, notebooks, ipads, etc.

Produto, por sua vez, é o nome que se atribui a toda e qualquer coisa ou utilidade que foi extraída
de outra. Trata-se de um conceito abrangente, mais amplo, inclusive, que o de bem. Isso porque
a palavra “produtos” abrange até mesmo coisas que não sejam passíveis de avaliação econômica.
Existem produtos agrícolas, produtos industrializados, minerais, intelectuais, etc.

Mercadorias, por fim, são coisas que servem como objeto de operações comerciais. Toda
mercadoria é um bem, mas nem todo bem é mercadoria. Apenas são mercadorias os bens móveis
destinados à realização de operações mercantis. A título de exemplo, a bagagem de viajantes não
pode ser considerada mercadoria, mas apenas um bem.

O Código Aduaneiro do Mercosul, embora ainda não esteja em vigor, nos traz o
conceito aduaneiro de “mercadoria”.

Segundo o referido diploma, mercadoria é todo bem suscetível de um destino


aduaneiro.

Tais conceitos (bens, produtos e mercadorias) são importantes para interpretarmos a incidência
do imposto de importação e do imposto de exportação. Vejamos o que nos informa a CF/88:

1
Os conceitos apresentados a seguir foram extraídos do seguinte artigo:

MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São Paulo:
Lex Editora, 2008, pp. 103-106.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

I - importação de produtos estrangeiros;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

Como se percebe da leitura do art. 153, o legislador constituinte autorizou a União a instituir o
imposto de importação e o imposto de exportação, os quais podem incidir sobre produtos,
conceito este que já vimos que é mais amplo do que o de mercadorias e que o de bens.

Vamos agora dar uma olhada no que nos informa o Regulamento Aduaneiro, cujos dispositivos
advém do Decreto-Lei nº 37/66! 2

Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira.

...

Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou


nacionalizada destinada ao exterior.

Analisando esses artigos, verifica-se que foi feita menção ao termo “mercadoria”. Mas será que a
incidência do imposto de importação e do imposto de exportação é mesmo tão restrita assim?
Como vimos, “mercadoria” engloba apenas os bens móveis objeto de operações comerciais.

Segundo Liziane Angelotti, à primeira vista, pode parecer que o legislador exerceu apenas parcela
restrita de sua competência, afinal a Constituição autorizou a incidência do I.I e I.E sobre produtos,
cujo conceito é bem mais amplo que o de mercadorias.

Entretanto, analisando os outros dispositivos da legislação, percebe-se que não é essa a


interpretação adequada. Como estudaremos detalhadamente mais à frente, há previsão normativa
para que o imposto de importação também incida sobre bagagens de viajantes (que não são
mercadorias, mas bens!). Ou, ainda, que há incidência do imposto de importação em relação a
outras operações comerciais em que não há transferência de propriedade (aluguel, arrendamento
operacional, etc.). Outro exemplo é a incidência do imposto de importação na hipótese de
doação.

2
Várias normas do Regulamento Aduaneiro vêm desse Decreto-Lei que, pasmem, é de 1966. As normas de comércio exterior
precisam, urgentemente, ser reformadas e adequadas à nova realidade internacional.
Conclui-se, a partir desse debate, que não se pode afirmar, a partir de uma interpretação
sistemática do ordenamento jurídico nacional, que o imposto de importação e o imposto de
exportação incidam apenas sobre mercadorias. O imposto de importação e o imposto de
exportação incidem sobre bens. 3

1) Na prova, você deve marcar como correta uma assertiva que traga a literalidade dos artigos e
art.212 do R/A:

Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira.

Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou


nacionalizada destinada ao exterior.

2) Se a questão adentrar em debates doutrinários, você poderá afirmar que o imposto de


importação incide sobre bens estrangeiros e que o imposto de exportação incide sobre bens
nacionais ou nacionalizados.

3) Lembre-se, por último, de que a literalidade da CF/88 prevê que a União está autorizada institua
imposto sobre a importação de produtos estrangeiros e imposto sobre a exportação de produtos
nacionais ou nacionalizados.

(ATRFB-2012) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I, da Constituição Federal,


reza que compete à União instituir impostos sobre importação de bens estrangeiros.

Comentários

3
MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São
Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103-106.
A CF/88 dispõe que compete à União instituir impostos sobre a importação de produtos
estrangeiros.

Gabarito: errada
PRODUTOS ESTRANGEIROS, NACIONAIS, NACIONALIZADOS E
DESNACIONALIZADOS

Vamos entender esses conceitos, que serão muito importantes para entendermos a tributação no
comércio exterior.

a) Produtos Nacionais: são os produtos fabricados no Brasil ou que sofreram uma


transformação substancial em território nacional1;

b) Produtos Estrangeiros: são os produtos originários do exterior, observadas as regras de


origem. Um carro fabricado na Alemanha, por exemplo, é um produto estrangeiro;

c) Produtos Nacionalizados: são os produtos estrangeiros que foram importados com


ânimo de definitividade. É importante destacar que quando um bem entra no país
admitido em um regime aduaneiro especial, como, por exemplo, a admissão temporária,
ele não está se nacionalizando brasileiro. Veja: nesse caso, o bem não ingressou em
território nacional com ânimo de definitividade. Sua entrada está, desde já,
condicionada ao retorno para o exterior. O retorno de uma admissão temporária é
denominado reexportação.

Entende-se que a nacionalização ocorre quando a mercadoria é importada a título


definitivo, independentemente do início ou término do despacho para consumo.

O que importa, a princípio, é a vinda da mercadoria para o País e o animus


(intenção) de definitividade.

d) Produtos Desnacionalizados: É o produto nacional ou nacionalizado exportado com


ânimo de definitividade. A exportação temporária não tem como consequência a
desnacionalização do produto, uma vez que a saída deste já está condicionada ao

1
Para determinar se um produto é ou não nacional, devem ser observadas as regras de origem.
retorno ao Brasil. Destaque-se que o retorno de uma exportação temporária é
denominado reimportação.

(Questão Inédita) Não são considerados nacionais os produtos que apenas sofreram
transformação em território nacional, ainda que a transformação seja substancial.

Comentários

São considerados nacionais os produtos que sofreram transformação substancial em território


nacional.

Gabarito: errada
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO

Introdução:

O imposto de importação é um tributo de caráter eminentemente extrafiscal, isto é, visa permitir


que o governo exerça a função de regulação econômica por meio do controle das importações.
Assim, não se pode dizer que o imposto de importação possui finalidade arrecadatória, embora a
arrecadação de recursos para os cofres públicos seja um efeito da imposição desse tributo. Nos
últimos anos, o imposto de importação tem representado apenas algo em torno de 5% do total
da arrecadação tributária brasileira.

Mas como assim o governo exerce controle das importações?

Simples. Ao aumentar o imposto de importação, o governo confere proteção à indústria nacional


em detrimento de bens estrangeiros. Ao reduzir o imposto de importação, por outro lado, o
governo estimula a entrada de bens estrangeiros no território nacional. Assim, se a indústria
nacional de têxteis está enfrentando forte concorrência externa e, em razão disso, acumulando
prejuízos, o governo poderá aumentar a alíquota do I.I para produtos têxteis. Por outro lado, o
governo pode reduzir a alíquota do I.I incidente sobre um determinado tipo de máquina /
equipamento que não possua produção nacional suficiente, estimulando, assim, os investimentos
produtivos no país. Da mesma forma, diante de uma crise de desabastecimento interno, é
interesse do governo estimular a entrada de produtos, o que é feito por meio da redução da
alíquota do imposto de importação.

Diante de todas essas hipóteses, é fácil perceber que o governo brasileiro precisa de flexibilidade
para poder alterar as alíquotas do imposto de importação de forma rápida. Com base nessa ideia,
a CR/88 determinou, em seu art. 153, § 1º, que, atendidas as condições e os limites estabelecidos
em lei, é facultado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do imposto de importação. Em outras
palavras, a CF/88 estabelece que o imposto de importação não obedece ao princípio da
legalidade quanto à alteração de alíquotas. Atualmente, a alteração das alíquotas do imposto de
importação compete à CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), que o faz mediante Resolução.

Cabe destacar, todavia, que a alteração das alíquotas do imposto de importação deve observar
os compromissos internacionais assumidos pela República Federativa do Brasil, sob pena de
responsabilidade internacional. Nesse sentido, há limites tarifários máximos para o imposto de
importação acordados pelo Brasil na OMC, os quais só podem ser ultrapassados caso realizada
renegociação multilateral.1 Ademais, os membros do MERCOSUL definem em conjunto as
alíquotas do imposto de importação, salvo nas hipóteses de exceção à TEC. 2

O imposto de importação também representa uma exceção aos princípios da anterioridade e da


noventena3. Dessa forma, a alteração de alíquotas do imposto de importação gera efeitos
imediatos. O objetivo do legislador constituinte foi, de fato, conferir maior agilidade às decisões
governamentais no que diz respeito à regulação do comércio exterior.

Lançamento

Segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional, lançamento é o procedimento administrativo


tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o
caso, propor a aplicação da penalidade cabível. A partir dessa definição, é possível verificar que o
crédito tributário é constituído pelo lançamento.

Como você deve ter estudado em Direito Tributário, existem três modalidades de lançamento: i)
lançamento de ofício ou direto; ii) lançamento por declaração ou misto e; iii) lançamento por
homologação (“autolançamento”).

1
O art. II do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) estabelece que nenhum membro da OMC poderá conceder, aos
produtos de outros membros, tratamento menos favorável do que o previsto em sua Lista de Concessões. A Lista de Concessões
representa, assim, o limite máximo do imposto de importação que cada Estado-membro se comprometeu a observar.

2
O MERCOSUL, por tratar-se de uma união aduaneira, aplica uma Tarifa Externa Comum em relação às importações de terceiros
países. As alíquotas da TEC são definidas em conjunto pelos Estados-membros do MERCOSUL. No MERCOSUL, todavia, existem
diversas exceções à TEC (produtos em relação aos quais não se aplica a alíquota da TEC), o que nos permite dizer que esse bloco
regional trata-se de uma união aduaneira imperfeita.

3
O princípio da anterioridade está previsto no art. 150, inciso III, alínea b, da CF/88, que veda aos entes federativos cobrar tributos
no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Por sua vez, o princípio da noventena
(anterioridade nonagesimal) está previsto no art. 150, inciso III, alínea c, da CF/88, vedando aos entes federativos cobrar tributos
antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Os dois princípios são
verdadeiras limitações constitucionais ao poder de tributar e são, em regra, exigidos cumulativamente. Destaque-se que o imposto
de importação não precisa obedecer a nenhum desses princípios.
Modalidades de
Lançamento

lançamento de ofício ou lançamento por lançamento por


direto declaração ou misto homologação
(“autolançamento”).

Cabe-nos perguntar o seguinte: qual o tipo de lançamento se aplica ao imposto de importação?

À primeira vista, você pode me dizer: “Ah, o lançamento do imposto de importação é por
declaração! Afinal existe uma Declaração de Importação!”

Mas isso está errado. Em regra, o imposto de importação é objeto de lançamento por
homologação. Apenas nos casos em que a autoridade aduaneira verifica incorreções nos
procedimentos adotados pelos importadores é que se promove o lançamento de ofício do
imposto de importação.

Em regra, o importador elabora a Declaração Importação (DI), registrando-a no SISCOMEX, e


antecipa o pagamento do tributo sem prévio exame da autoridade administrativa. Na prática, no
momento em que é registrada a DI, os tributos são automaticamente debitados da conta do
importador. Cabe à autoridade aduaneira fazer a homologação do “lançamento” realizado pelo
contribuinte, a posteriori. Somente com a homologação é que o crédito tributário considera-se
definitivamente extinto.

A homologação poderá ser expressa ou tácita. A homologação será expressa quando, por meio
de ato administrativo, a autoridade declarar a concordância com a atividade realizada pelo sujeito
passivo. Por outro lado, a homologação será tácita quando for ultrapassado o prazo legal para a
homologação expressa sem que a autoridade administrativa se posicione.

Nesse sentido, o art. 150, § 4º, do CTN, dispõe que se a lei não fixar prazo para a homologação,
será ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador. Uma vez expirado esse prazo
sem que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, o lançamento considera-se homologado e o
crédito tributário definitivamente extinto, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou
simulação.

Segundo a doutrina tributarista majoritária, o fim do prazo para homologação (5 anos), além de
implicar em homologação tácita, opera a decadência do direito de a Administração Tributária
constituir o crédito tributário, lançando de ofício eventuais diferenças apuradas. Portanto, pode-
se afirmar que, em regra, o imposto de importação irá decair em 5 (cinco) anos a contar da data
da ocorrência do fato gerador.

Base de cálculo e alíquota

A base de cálculo do imposto de importação é definida pelo art. 75 do Regulamento Aduaneiro,


conforme transcrito a seguir:

Art. 75. A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado segundo as normas


do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994; e

II - quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na


unidade de medida estabelecida.

Conforme se pode observar ao ler o dispositivo supracitado, há duas situações diferentes:

a) se a alíquota do imposto for ad valorem, a base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro.
As regras para a determinação do valor aduaneiro estão previstas no Acordo sobre a
Implementação do art. VII do GATT, que, por ter sido regularmente internalizado no
ordenamento jurídico interno, possui status de lei ordinária.
O valor aduaneiro não é exatamente o valor CIF (valor da mercadoria somado ao
frete e seguro internacionais). Entretanto, as principais parcelas que compõem o
valor aduaneiro são, de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro
internacionais. Assim, podemos afirmar o seguinte:

1) É razoável dizer que, no cálculo do imposto de importação, toma-se como base


o valor CIF.

2) A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro.

b) se a alíquota do imposto for específica, a base de cálculo será a quantidade de


mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida. A título de exemplo,
imaginemos que a alíquota do imposto de importação incidente sobre soja seja de US$
2,00 / kg. Se forem importados 2000 kg de soja, essa quantidade (2000 kg) será
exatamente a base de cálculo do imposto de importação.

O cálculo do imposto de importação será feito, então, pela aplicação das alíquotas fixadas na
Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a base de cálculo determinada conforme as regras anteriores.4
Isso não se aplica às remessas postais internacionais (quando sujeitas ao regime de tributação
simplificada), aos bens enquadrados como bagagem de viajante procedente do exterior (quando
sujeitos ao regime de tributação especial) e às mercadorias procedentes da República do Paraguai,
importadas por via terrestre, quando aplicado o Regime de Tributação Unificada (RTU).

Além disso, quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo internacional firmado
pelo Brasil, prevalece o tratamento tributário nele previsto, salvo se a aplicação da TEC for mais
favorável (art. 95, do R/A).Notem que a alíquota aplicável é aquela que estiver em vigor na data
da ocorrência do fato gerador.

Ainda, segundo o art. 97 do R/A, para efeitos de cálculo do imposto, os valores expressos em
moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data
em que se considerar ocorrido o fato gerador.

Com a entrada em vigor da Decisão CMC nº 13/2007, em 03/06/2012, a taxa de câmbio aplicável
passou a ser a taxa diária estabelecida pelo banco central ou autoridade monetária central de cada

4
Não podemos nos esquecer de que existem as exceções à TEC. Os produtos relacionados como exceções à TEC não se sujeitam
às alíquotas previstas na TEC, mas sim às alíquotas do I.I discricionariamente definidas pela CAMEX.
Estado Parte, tomando-se a taxa vigente no fechamento do dia anterior ao da data da numeração
do despacho de importação. 5

(Questão Inédita) O Imposto de Importação é um tributo sujeito a lançamento por declaração


(Declaração de Importação).

Comentários

O crédito referente ao Imposto de Importação é constituído via lançamento por homologação,


em regra.

Gabarito: errada

(AFRFB-2012) A base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for específica, é o


valor aduaneiro apurado segundo as normas do artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas
Aduaneiras e Comércio (GATT 1994).

Comentários

Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a quantidade
de mercadoria na unidade de medida estabelecida. A base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro
quando a alíquota for ad valorem.

Gabarito: errada

5
Para fins de concurso público, o candidato pode considerar como correta tanto a literalidade do art. 97 quanto a regra insculpida
na Decisão CMC nº 13/2007.
Pagamento

O imposto de importação é pago na data do registro da Declaração de Importação (DI). No ato


do registro da DI, é feito o débito do valor referente ao imposto de importação. Mas o Ministro
da Economia6 pode, em casos especiais, fixar outros momentos para o pagamento do imposto.

A importância a pagar será o resultado da apuração do total do imposto, na declaração de


importação ou em documento de efeito equivalente.

O depósito para garantia de qualquer natureza será feito na Caixa Econômica Federal (CEF), na
forma da legislação específica.

Fato gerador

O imposto de importação é tributo de competência da União que tem como fato gerador a
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro (ou no território nacional). O
Regulamento Aduaneiro dispõe exatamente nesse sentido no art. 72, estabelecendo que o fato
gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

A entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro é considerada pela doutrina o


elemento espacial (geográfico) do fato gerador. Uma mercadoria, ao cruzar os limites territoriais
(geográficos) do País, entrando no território aduaneiro, em regra, pela zona primária, dá ensejo à
ocorrência do fato gerador do imposto de importação.

Mas aí cabe fazer a pergunta: em que momento exato se considera que uma mercadoria
estrangeira entrou no território aduaneiro?

A definição do momento temporal exato em que ocorre o fato gerador do imposto de importação
é muito importante, uma vez que o cálculo do tributo deverá ser realizado levando-se em
consideração a alíquota vigente no momento da ocorrência do fato gerador. Mas não pense você
que é fácil definir esse momento temporal... Imagine se tivéssemos que saber exatamente quando
um avião entrou no espaço aéreo brasileiro! Ou, então, o momento exato em que um navio entrou
nas águas territoriais do país!

Em virtude dessas complicações, dispõe o art. 73 do R/A que se considera ocorrido o fato gerador
do imposto de importação na data do registro da declaração de importação de mercadoria

6
A literalidade do Regulamento Aduaneiro ainda faz menção ao “Ministério da Fazenda”.
submetida a despacho para consumo. Segundo entendimento do STJ, embora o fato gerador do
imposto de importação ocorra com a entrada da mercadoria estrangeira no território nacional,
este apenas se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação no regime comum (REsp
362.910/PR).

Na prova, você deve considerar corretas as seguintes assertivas:

1) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria


estrangeira no território aduaneiro.

2) O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do


registro da Declaração Importação (DI).

Mas não pensem que é tão simples assim, não! Vejamos o que diz o inteiro teor do art. 73 do R/A:

Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:

I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a


despacho para consumo;

II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar


de:

a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de


importação comum;

b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou


desacompanhada;

c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito


equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira; ou

d) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação,


na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada;
III - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto
alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a
pena de perdimento da mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI do
art. 689

IV - na data do registro da declaração de admissão temporária para utilização


econômica

Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de despacho


para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação, e de
mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante,
sujeita ao regime de importação comum.

O Regulamento Aduaneiro define outros momentos temporais para que se considere como
ocorrido o fato gerador do imposto de importação. Cada um deles se refere a uma situação
específica. Vejamos:

1) O art. 73, inciso I nós já estudamos. Quando uma mercadoria é despachada para consumo7, ou
seja, quando é importada a título definitivo, o fato gerador do imposto de importação considera-
se ocorrido na data do registro da Declaração Importação (DI) – atualmente, no âmbito do Sistema
Portal Único de Comércio Exterior – PUCOMEX, está em fase de implantação a Declaração Única
de Importação (DUIMP), que substituirá, no futuro, a DI.

2) O art. 73, inciso II estabelece as situações em que a data da ocorrência do fato gerador é o dia
do lançamento do crédito tributário. Trata-se de situações em que não se faz registro de
Declaração Importação (DI).

a) A alínea “a” se refere aos bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime
de importação comum. Quanto a esse ponto, cabe destacar que há dois regimes de tributação
possíveis para as remessas postais internacionais: o regime de tributação simplificada e o regime
de tributação comum.

O regime de tributação simplificada se aplica às importações de bens pelos correios, companhias


aéreas, empresas de courier, presentes recebidos do exterior e compras pela Internet. O valor

7
Existem três tipos de despacho aduaneiro: i) despacho para consumo: aplicável às mercadorias importadas a título definitivo
(mercadorias nacionalizadas); ii) despacho para admissão: aplicável às mercadorias que ingressam no país ao amparo de regimes
aduaneiros especiais e; iii) despacho para internação: aplicável as mercadorias que saem da Zona Franca de Manaus ou Áreas de
Livre Comércio em direção ao restante do território nacional.
máximo dos bens importados ao amparo desse regime é US$ 3.000,00 e a alíquota do imposto
de importação incidente será de 60%.

Ressalte-se que as remessas no valor total de até US$ 50,00 estão isentas de impostos, com a
condição de que sejam transportadas pelo serviço postal e que remetente e destinatário sejam
pessoas físicas. Alguns bens não se submetem ao regime de tributação simplificada: bebidas
alcoólicas, fumo e produtos de tabacaria.

O regime de tributação comum, por sua vez, se aplica às importações de remessas postais
internacionais cujo valor supere os US$ 3.000,00 ou caso o produto seja bebida alcoólica ou
produto de tabacaria. Nesse caso, haverá necessidade de registro da Declaração de Importação
(DI).

Voltando à questão do momento do fato gerador, verificamos que:

● No caso de remessas postais internacionais importadas ao amparo do regime de tributação


simplificada, não há registro da DI, logo o fato gerador considera-se ocorrido no dia do
lançamento.

● No caso de remessas postais internacionais importadas ao amparo do regime de tributação


comum, haverá registro de DI e, portanto, o fato gerador considera-se ocorrido na data de
registro de DI.

b) A alínea “b” diz respeito aos bens enquadrados no conceito de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada. Bagagem acompanhada é o conjunto de bens que o viajante traz consigo no
mesmo meio de transporte em que realiza a viagem, os quais não estão amparados por
conhecimento de embarque ou documento de mesma finalidade. Bagagem desacompanhada,
por outro lado, é o conjunto de bens que chega ao país ou vai para exterior em decorrência da
viagem do indivíduo. Tais bens estão amparados por conhecimento de embarque (conhecimento
de carga).

Há, fundamentalmente, quatro tratamentos distintos para os bens trazidos ao país por viajantes,
conforme previsto na IN RFB nº 1.059/10. São eles: i) isenção; ii) regime de tributação especial; iii)
regime de importação comum; e iv) perdimento.
A isenção será concedida aos seguintes bens integrantes de bagagem acompanhada:

· livros, folhetos e periódicos;

· bens de uso ou consumo pessoal (abrangem uma máquina fotográfica, um relógio de


pulso e um telefone celular, desde que em compatibilidade com as circunstâncias da
viagem);

· outros bens, observado o limite de:

a) US$ 1.000,00, quando o viajante ingressar no País pelas vias aérea ou marítima;

b) US$ 500,00, quando o viajante ingressar no País pelas vias terrestre, fluvial ou
lacustre.

Há, ainda, limites quantitativos para a isenção, como, por exemplo, para bebidas alcoólicas (12
litros), cigarros (10 maços), charutos ou cigarrilhas (25 unidades) e fumo (250 gramas)

Além da isenção relativa à bagagem de viajantes, também existe isenção relativa


às aquisições em lojas francas de chegada no País. Por meio da Portaria ME nº
559/19, ficou estabelecido que terão isenção tributária as aquisições de até US$
1.000,00 em lojas francas de chegada de portos e aeroportos alfandegados. Nas
lojas francas de fronteira terrestre, têm isenção tributária as aquisições de até US$
500,00.

O regime de tributação especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem


com a exigência apenas do imposto de importação, a uma alíquota de 50%. Aplica-se aos bens
que não se enquadrarem nos limites de isenção. Por exemplo, se for importado um notebook cujo
valor é US$ 2.000,00, incidirá a alíquota de 50% do I.I sobre o que exceder o limite de isenção.
Considerando que o limite de isenção para a via aérea, por exemplo, é de US$ 1.000,00, a alíquota
de 50% do I.I incidirá sobre US$ 1.000,00.
No caso de bens trazidos por viajante aos quais se aplique o regime de tributação especial não
haverá registro de DI8, mas sim lançamento do crédito tributário. Por conseguinte, o fato gerador
ocorre no momento em que é realizado o lançamento no caso de bens compreendidos no
conceito de bagagem.

O regime de importação comum, por sua vez, se aplica aos bens que não possam ser enquadrados
como bagagem ou que excedam os limites quantitativos. Considera-se bagagem, nos termos da
IN RFB nº 1.059/10, os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as
circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para
presentear, sempre que, pela sua quantidade, natureza ou variedade, não permitirem presumir
importação ou exportação com fins comerciais ou industriais.

Estão excluídos do conceito de bagagem veículos automotores em geral, motocicletas,


motonetas, bicicletas com motor, motores para embarcação, motos aquáticas e similares, casas
rodantes (motor homes), aeronaves e embarcações de todo tipo.

Para os bens importados ao amparo do regime de importação comum, o imposto de importação


incidirá com a alíquota prevista na TEC, devendo ser registrada uma Declaração de Importação
pelo importador. Nesse caso, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da DI.

Por fim, o perdimento se aplica aos bens que não podem ser trazidos pelo viajante ao país.
Citamos, como exemplo, os cigarros fabricados no Brasil destinados à venda exclusivamente no
exterior.

c) A alínea “c” se refere a mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito


equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira. Perceba que, mesmo
nessa situação (extravio de mercadoria), haverá fato gerador do imposto de importação. A
situação não é simples, pois a mercadoria extraviada pode nem sequer ter entrado no território
nacional.

Para resolver esse problema e evitar discussões, o art. 72, §1º, do R/A, dispõe que, para efeito de
ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste
como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira. Presume-se que

8
Como projeto-piloto, foi implementada a Declaração Única de Importação (DUIMP), que ainda é de utilização facultativa. No
futuro, a DUIMP deverá substituir integralmente a DI (Declaração de Importação) e a LI (Licença de Importação). A DI é documento
utilizado no controle aduaneiro das importações. A LI é o documento utilizado no controle administrativo das importações.
a mercadoria extraviada entrou no território aduaneiro, daí dizer-se que essa situação configura
fato gerador presumido do imposto de importação.

As diferenças percentuais de mercadoria a granel extraviadas não serão consideradas, para fins
de exigência do imposto de importação, quando forem inferiores a 1% (um por cento). Em outras
palavras, admite-se o extravio de 1% de mercadorias a granel sem que seja exigido o imposto de
importação em relação a estas. Se o extravio for superior a 1%, o imposto de importação será
exigido em relação à integralidade das mercadorias extraviadas.

Registre-se que, no caso de extravio, quem pagará o imposto de importação será o responsável
(transportador ou depositário), e não o importador. Ao contrário, por já ter feito o recolhimento
do imposto de importação no momento do registro da Declaração de Importação (DI), o
importador fará jus à restituição dos valores relativos a esse imposto.

Também é importante conhecermos o tratamento tributário dado à avaria de mercadoria. De


início, é preciso ter em mente que, no caso de avaria, apesar de a mercadoria ter sofrido algum
dano, ela entrou no território aduaneiro.

A avaria da mercadoria terá como efeito a redução do montante tributável (base de cálculo) do
imposto de importação, proporcionalmente ao prejuízo. O importador, tendo recolhido o imposto
de importação sobre o valor total da mercadoria (sem considerar o prejuízo), fará jus à restituição
do que foi pago a maior (montante do imposto relativo ao prejuízo).

Até a edição da Lei nº 12.350/2010, a apuração da responsabilidade pelo extravio de mercadoria


era realizada por meio de um processo administrativo denominado de vistoria aduaneira. A Lei nº
12.350/2010 colocou um fim à vistoria aduaneira, o que foi confirmado com a edição do Decreto
nº 8.010/2013. Hoje, a autoridade aduaneira, ao verificar a ocorrência extravio de mercadoria, irá
proceder ao lançamento de ofício, formalizado por meio de auto de infração. Portanto, nesse caso,
o fato gerador considera-se ocorrido no momento do lançamento do crédito tributário.

Antes da edição do Decreto nº 8.010/2013, o art. 72, § 1º, do R/A, dispunha o seguinte:

“Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a


mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido apurado pela autoridade
aduaneira.”
Com a edição do Decreto nº 8.010/2013, o art. 72, § 1º, do R/A, passou a dispor da seguinte
forma:

“Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a


mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela
autoridade aduaneira.”

A razão dessa pequena mudança foi o fim do processo de vistoria aduaneira. A vistoria aduaneira
era o processo administrativo formalizado para apurar o extravio de mercadoria. Com o fim da
vistoria aduaneira, a autoridade aduaneira, uma vez constatado o extravio de mercadoria, irá
simplesmente lavrar um auto de infração, efetuando o lançamento de ofício. Assim, atualmente,
não há mais que se falar em “apuração” de extravio (que pressupõe a existência de um processo
administrativo), mas somente em “verificação”.

d) A alínea “d” diz respeito a mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de
importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada.

Aqui temos o caso, por exemplo, de uma mercadoria que foi importada sem DI, ou seja, que
entrou no país de forma irregular. Se essa mercadoria for encontrada, a Receita Federal irá
apreendê-la, aplicando a pena de perdimento. Se a RFB aplicar a pena de perdimento, não haverá
incidência do imposto de importação.

Em sentido contrário, caso a RFB não encontre a mercadoria, em virtude de esta já ter sido
consumida ou revendida, não há como aplicar a pena de perdimento, havendo a incidência do
imposto de importação. A autoridade aduaneira fará, então, o lançamento do crédito tributário,
momento em que se considera ocorrido o fato gerador do imposto de importação.

3) O art. 73, inciso III estabelece uma situação em que o momento da ocorrência do fato gerador
será a data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado. Esse
será o momento temporal do fato gerador se for iniciado o despacho aduaneiro de importação
antes de aplicada a pena de perdimento na hipótese de abandono de mercadoria em recinto
alfandegado.

Vamos entender esse negócio!


Uma mercadoria é considerada abandonada nas hipóteses previstas no art. 642 do R/A. Uma vez
que a mercadoria tenha sido considerada abandonada, a autoridade aduaneira dará início ao
processo administrativo para aplicação da pena de perdimento. Vejamos as hipóteses em que
uma mercadoria é considerada abandonada:

Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer em recinto


alfandegado sem que o seu despacho de importação seja iniciado no decurso dos
seguintes prazos

I - noventa dias:

a) da sua descarga; e

b) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal internacional sujeita ao


regime de importação comum;

II - quarenta e cinco dias:

a) após esgotar-se o prazo de sua permanência em regime de entreposto


aduaneiro;

b) após esgotar-se o prazo de sua permanência em recinto alfandegado de zona


secundária; e

c) da sua chegada ao País, trazida do exterior como bagagem, acompanhada ou


desacompanhada; e

III - sessenta dias da notificação a que se refere o art. 640.

§ 1o Considera-se também abandonada a mercadoria que permaneça em recinto


alfandegado, e cujo despacho de importação:

I - não seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da ciência

a) da relevação da pena de perdimento aplicada; ou

b) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; ou

II - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou por omissão
do importador
§ 2o O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso II do caput é de setenta e cinco
dias, contados da data de entrada da mercadoria no recinto.

§ 3o Na hipótese em que a mercadoria a que se refere a alínea “c” do inciso II do


caput que não se enquadre no conceito de bagagem, aplicam-se os prazos
referidos na alínea “a” do inciso I do caput ou na alínea “b” do inciso II do caput,
conforme o caso.

§ 4o No caso de bagagem de viajante saindo da Zona Franca de Manaus para


qualquer outro ponto do território aduaneiro, o prazo estabelecido na alínea “c”
do inciso II do caput será contado da data de embarque do viajante.

Art. 643. Nas hipóteses a que se refere o art. 642, o importador, antes de aplicada
a pena de perdimento, poderá iniciar o respectivo despacho de importação,
mediante o cumprimento das formalidades exigíveis e o pagamento dos tributos
incidentes na importação, acrescidos de juros e de multa de mora, e das despesas
decorrentes da permanência da mercadoria em recinto alfandegado

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá os atos


necessários à aplicação do disposto no caput

Nos termos do art. 643, é possível que o importador, antes de aplicada a pena de perdimento, dê
início ao despacho de importação. Assim, ele evita que seja declarado o perdimento da
mercadoria considerada abandonada. Nesse caso, ocorrerá o fato gerador do imposto de
importação na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto
alfandegado. Perceba que, nesse caso, embora tenhamos o registro de uma DI, o fato gerador se
considera ocorrido em momento anterior (data do vencimento do prazo de permanência em
recinto alfandegado).

4) O art. 73, inciso IV estabelece como momento da ocorrência do fato gerador do I.I a data do
registro da declaração de admissão temporária para utilização econômica.

Esse regime aduaneiro especial é aplicável aos bens que ingressam a título temporário no país a
fim de serem empregados em atividade econômica. Tais bens são importados com suspensão
parcial de tributos. Logo, por haver recolhimento tributário parcial, considera-se ocorrido o fato
gerador do imposto de importação na hipótese de bens que entram no país ao amparo do regime
aduaneiro especial de admissão temporária para utilização econômica. E o momento temporal da
ocorrência do fato gerador será o registro da declaração para admissão no regime.

A contrario sensu, pode-se interpretar que a entrada de bens no país ao amparo de outros regimes
aduaneiros especiais suspensivos de tributação não é fato gerador do imposto de importação.
Esse foi, inclusive, o entendimento adotado no concurso de Auditor da RFB 2009, na prova de
Direito Tributário. Entretanto, cabe destacar que há grande controvérsia doutrinária e
jurisprudencial quanto a esse tema.9

(Questão Inédita) Em casos especiais, o Ministro da Economia pode fixar o momento adequado
para o pagamento do Imposto de Importação.

Comentários

O Imposto de Importação deve ser pago na data de registro da declaração de importação.


Entretanto, de acordo com o artigo 107, parágrafo único, do Regulamento Aduaneiro, o Ministro
da Fazenda (atual Ministro da Economia) pode fixar, em casos especiais, outros momentos para o
pagamento do imposto.

Gabarito: certa

(ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de


cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de
importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

Comentários

No caso de mercadorias submetidas a despacho para consumo, o fato gerador do I.I considera-se
ocorrido na data do registro da DI. (art. 73, inciso I, do R/A).

Gabarito: certa

(Exame Despachante Aduaneiro-2012) No caso de Declaração Única de Importação (DUIMP)


registrada no Siscomex, é calculado pelo sistema, de acordo com a alíquota vigente na data do
fato gerador do imposto, ou seja, na data da entrada da mercadoria no país.

Comentários

9
Ocorre fato gerador do imposto de importação na admissão de bens em regimes aduaneiros especiais?
A alíquota aplicada é a vigente na data da ocorrência do fato gerador do imposto de importação.
O fato gerador considera-se ocorrido na data do registro da DUIMP (e não na data da entrada da
mercadoria!). Suponha, por exemplo, que uma mercadoria tenha ingressado no país no dia de
hoje, mas o registro da DUIMP ocorra apenas daqui a 40 dias. A alíquota aplicável não será a
vigente no dia de hoje (data da entrada no país), mas sim aquela que estiver em vigor na data do
registro da DUIMP.

Gabarito: errada

Não-ocorrência do fato gerador

O art. 74 do Decreto nº 6759/2009 relaciona duas hipóteses em que não ocorre o fato gerador do
imposto de importação.

A primeira delas diz respeito ao retorno ao país de mercadoria que tenha sido exportada
temporariamente, ainda que tenha havido descumprimento do regime. Nesse caso, como a saída
da mercadoria não se revestiu do caráter de definitividade, não podemos considerar que ela foi
desnacionalizada. O retorno ao país de mercadoria exportada temporariamente é denominado de
reimportação. Podemos dizer, então, que na reimportação, não há fato gerador do imposto de
importação.

A segunda situação diz respeito ao pescado capturado fora das águas territoriais brasileiras, por
empresa localizada no seu território, desde que observadas as normas da atividade pesqueira.
Vejamos o que prevê o art. 74 do R/A:

Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território aduaneiro:

I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada
no seu território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade
pesqueira; e

II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária,


ainda que descumprido o regime.

Hipóteses de não-incidência

Segundo o art. 69 do R/A, o imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira. A


contrario sensu, estão excluídas do campo de incidência do I.I. as mercadorias nacionais.
Mas qual o conceito de mercadoria estrangeira?

Mercadoria estrangeira, nos termos da legislação aduaneira, não é apenas a mercadoria produzida
no exterior. Também é considerada estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada que foi
exportada para o exterior. Dizemos que, quando uma mercadoria sai do país com o ânimo de
definitividade, ela se desnacionaliza, tornando-se estrangeira.

Logo, incidirá o imposto de importação sobre o retorno de mercadoria nacional ou nacionalizada


anteriormente exportada. Com efeito, se ela foi exportada em definitivo, podemos considerá-la
estrangeira.

Tenham cuidado!

1) O retorno de uma exportação temporária não é fato gerador do imposto de


importação. A mercadoria não saiu do país com ânimo de definitividade, logo, ela
não se desnacionalizou.

2) O retorno de uma exportação definitiva, por outro lado, é, sim, fato gerador do
imposto de importação, a princípio. Se a exportação foi definitiva, a mercadoria
se desnacionalizou, tornando-se estrangeira. Por conseguinte, há incidência do
imposto de importação no retorno ao país.

Esse é o entendimento que se pode ter a partir da leitura do caput do art. 70:

Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria


nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se:

I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;

II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição;


III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país
importador;

IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou

V - por outros fatores alheios à vontade do exportador.

Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no


caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos,
bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação
nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia,
e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de
retornarem ao País

Contudo, a leitura do art. 70 como um todo nos permite observar que nem sempre que uma
mercadoria é exportada ela é considerada estrangeira em seu retorno. Há alguns casos em que,
apesar de ter havido a exportação, a mercadoria continua não sendo considerada estrangeira em
seu retorno. São os seguintes:

a) Mercadoria enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado. A exportação


em consignação é uma modalidade especial de exportação regulamentada e
administrada pela SECEX que permite que uma mercadoria seja exportada e, caso não
seja vendida, possa regressar ao País. Pois bem, se uma mercadoria é exportada em
consignação e não é vendida, ela deverá retornar ao país. No retorno, essa mercadoria
é considerada não-estrangeira;

b) Mercadoria devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição.
Imagine que uma empresa brasileira exportou um equipamento de raio-X para um
hospital mexicano. Entretanto, uma peça desse equipamento deu defeito e terá que
retornar ao Brasil para ser consertada (a empresa presta assistência técnica!). Essa peça
do equipamento de raio-X é considerada não-estrangeira, não havendo a incidência do
imposto de importação;

c) Mercadoria que retorne por motivo de modificações na sistemática de importação por


parte do país importador. Imagine que uma empresa brasileira exporte brinquedos para
a Argentina. Ela está acostumada a fazer isso sem problema algum! No entanto, certa
vez, ao exportar os brinquedos para a Argentina, estes são barrados na Alfândega dos
nossos hermanos. Mudou a sistemática de importação na Argentina. Os brinquedos
precisam, por exemplo, ser inspecionados no país de origem e receber um selo de
qualidade. Por isso, eles vão ter que retornar ao Brasil. Nesse retorno, serão
considerados não-estrangeiros, não havendo incidência do imposto de importação;
d) Mercadoria que retorne por motivo de guerra ou de calamidade pública. Aqui é o caso
de uma empresa brasileira que estava exportando café para a Líbia. Certo dia, eclode a
guerra civil naquele país... A mercadoria vai ter que retornar ao Brasil. No retorno, é
considerada não-estrangeira.

e) Mercadoria que retorne por outros fatores alheios à vontade do exportador. O retorno
da mercadoria por qualquer fator que seja alheio à vontade do exportador brasileiro faz
com que esta não seja considerada estrangeira. Assim, não haverá incidência do I.I.

Em todas as situações listadas acima não ocorreu a incidência do imposto de importação, uma vez
que as mercadorias não eram estrangeiras. E, como vimos, o imposto de importação incide apenas
sobre mercadorias estrangeiras.

Por último, o art. 70, parágrafo único, estabelece uma regra que, em nosso entendimento, não
traz grandes inovações. Ele trata de hipótese em que uma máquina é fabricada no Brasil, adquirida
por empresa nacional de engenharia e, em seguida, exportada para o exterior a fim de ser utilizada
na execução de obras. Ora, se a máquina foi exportada (não estamos falando de exportação
temporária, mas sim definitiva!), ela se desnacionalizou. No retorno, ela será, então, considerada
estrangeira. Haverá incidência do imposto de importação.

O art. 71 do R/A, todavia, especifica situações em que não há incidência do imposto de importação
sobre a importação de mercadorias estrangeiras. Vejamos o que prevê o referido dispositivo:

Art. 71. O imposto não incide sobre:

I – mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de


transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e
que for redestinada ou devolvida para o exterior;

II – mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine


a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o
desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava,
desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda10;

10
O Regulamento Aduaneiro ainda continua fazendo menção ao Ministério da Fazenda, que foi, todavia, sucedido pelo Ministério
da Economia.
III – mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto
na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida;

IV – mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da


declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério
da Fazenda;

V – embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa


brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao
registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem;

VI – mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a


Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.; e

VII – mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente


destruída.

Vamos tentar entender cada uma dessas hipóteses:

a) O inciso I se refere à situação em que uma mercadoria estrangeira chega ao Brasil por erro
inequívoco ou comprovado de expedição. Mandaram-na para o País equivocadamente. Ela
deveria ter sido enviada para outro lugar, conforme previsto nos documentos de transporte. Nesse
caso, ela será redestinada (enviada ao país para onde deveria ter sido expedida) ou devolvida ao
exterior, não havendo incidência tributária.

b) O inciso II diz respeito à hipótese de substituição de mercadorias. Suponha que uma empresa
realize a importação de um equipamento de informática e que, após o despacho aduaneiro, este
se revele defeituoso ou imprestável para o fim ao qual se destina. Nesse caso, ela vai querer
substituir a mercadoria que deu defeito, não é mesmo? Muitas vezes há, inclusive, um contrato de
garantia celebrado entre a empresa e o fornecedor estrangeiro. O equipamento de informática é,
então, devolvido ao exterior e, em seu lugar, vem um novo em substituição. Sobre esse
equipamento novo que substitui o imprestável / defeituoso, não irá incidir o imposto de
importação.

c) O inciso III se refere à situação em que é aplicada a pena de perdimento em virtude de uma
mercadoria ter entrado irregularmente no país. Nesse caso, não haverá incidência do imposto de
importação. Lembre-se, no entanto, que, caso a mercadoria tenha entrado no Brasil
irregularmente e não tenha sido encontrada ou tenha sido vendida, haverá incidência do imposto
de importação, considerando-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento.
d) O inciso IV trata da hipótese em que uma mercadoria é devolvida ao exterior antes de registrada
a DI. Ora, se não houve registro da DI, o fato gerador do imposto de importação não se
aperfeiçoou. O R/A considera, portanto, que não incidirá o imposto de importação.

e) O inciso V versa sobre o retorno de embarcações ao registro brasileiro. Nesse caso, a


embarcação foi construída no Brasil e transferida por uma empresa brasileira de navegação a uma
subsidiária no exterior. A embarcação, posteriormente, retorna ao Brasil, não sofrendo a incidência
do imposto de importação. Para isso, ela deverá retornar como propriedade da mesma empresa
nacional de origem.

f) O inciso VI trata de situação em que a mercadoria é destruída sob controle aduaneiro, sem ônus
para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada11. Veja que, nessa situação, a mercadoria não
precisa ter sido avariada ou ter se revelado imprestável para o fim ao qual se destinava; para que
não haja incidência do imposto de importação, basta que ela seja destruída sob controle
aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional e antes do desembaraço. Destaque-se, entretanto,
que a autoridade aduaneira poderá indeferir (negar) o pleito de destruição da mercadoria, com
base no que dispuser legislação específica.

g) O inciso VII trata da destruição acidental de mercadoria submetida ao regime de trânsito


aduaneiro de passagem. O trânsito aduaneiro é um regime aduaneiro especial que permite o
transporte de mercadoria pelo território nacional com suspensão de tributos. Na modalidade de
passagem, a mercadoria estrangeira passa pelo território nacional com destino ao exterior
(mercadoria vem da Inglaterra e tem como destino final o Paraguai, por exemplo). Se a mercadoria
for destruída nesse percurso, a responsabilidade pelo crédito tributário caberá, a princípio, ao
transportador. Por outro lado, caso a destruição seja acidental, não haverá incidência do imposto
de importação.

(Questão Inédita) Não pode ser considerado fato gerador do Imposto de Importação a entrada
no território aduaneiro de pescado capturado fora das águas territoriais do País por navio com
bandeira brasileira.

11
Desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira. É o momento em que a mercadoria
é liberada pela RFB e está livre para ingressar no território nacional.
Comentários

De acordo com o artigo 74, inciso I, do Regulamento Aduaneiro, não constitui fato gerador do
Imposto de Importação a entrada no território aduaneiro do pescado capturado fora das águas
territoriais do País, por empresa localizada no seu território e desde satisfeitas as exigências que
regulam a atividade pesqueira.

Gabarito: errada

(AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação, toda


mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.

Comentários

Nem todas as mercadorias nacionais ou nacionalizadas exportadas que retornem ao País serão
consideradas estrangeiras para fins de incidência do Imposto de Importação. Há diversas exceções
a essa regra, as quais estão relacionadas no art. 70, do Regulamento Aduaneiro.

Gabarito: errada

(AFRFB-2012) O Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido
consumida ou revendida.

Comentários

Segundo o art. 71, inciso III, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja
localizada, tenha sido consumida ou revendida.

Gabarito: errada

Sujeito ativo

Segundo o art. 119 do Código Tributário Nacional, o sujeito ativo da obrigação tributária é a
pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento. É o ente
que tem a titularidade do direito subjetivo de exigir a prestação jurídico-tributário. No caso do
imposto de importação, o sujeito ativo é a União, competência que lhe é atribuída pelo art. 153,
inciso I, da CR/88.
Sujeito passivo

Segundo o art. 121 do Código Tributário Nacional, o sujeito passivo da obrigação principal é a
pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. O sujeito passivo pode ser
classificado em duas categorias: contribuinte e responsável. Nos termos do art. 121, contribuinte
é aquele que possui uma relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador do
tributo; responsável é aquele que, sem revestir-se da condição de contribuinte, possua obrigação
decorrente de expressa disposição em lei.

No caso do imposto de importação, os contribuintes (que possuem relação pessoal e direta,


portanto, com o fato gerador) estão relacionados no art. 104 do R/A:

Art. 104. É contribuinte do imposto:

I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de


mercadoria estrangeira no território aduaneiro;

II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo


remetente; e

III - o adquirente de mercadoria entrepostada.

O inciso I afirma que o importador é contribuinte do imposto de importação. Trata-se de afirmação


que consideramos intuitiva e que não suscita grandes dúvidas. Cabe ressaltar que o dispositivo
define importador como a pessoa que promove a entrada de mercadoria estrangeira em território
aduaneiro. Em outras palavras, importador é a pessoa em nome da qual foi registrada a Declaração
de Importação.

O inciso II estabelece que o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo remetente
é contribuinte do imposto de importação. É isso mesmo, meu amigo! Se o seu tio que mora no
exterior te enviar um presente, você será contribuinte do imposto de importação!

O inciso III, por último, relaciona o adquirente de mercadoria entrepostada como contribuinte do
imposto de importação. Trata-se da situação em que uma mercadoria é importada em
consignação, ficando armazenada em recinto alfandegado, com os tributos suspensos, até que
alguém decida nacionalizá-la, comprando-a em caráter definitivo. No momento da compra, é
realizado o recolhimento integral dos tributos suspensos. Quem irá recolher esses tributos será o
adquirente.
Vale destacar que o artigo 22 do Código Tributário Nacional elenca como possíveis contribuintes
do Imposto de Importação: o importador ou quem a lei a ele equiparar (inciso I); e o arrematante
de produtos apreendidos ou abandonados (inciso II).

Entretanto, não há incidência do imposto nos leilões de mercadorias sobre as quais tenha sido
aplicada a pena de perdimento, de modo que o arrematante dos produtos não aparece
efetivamente no polo passivo da obrigação tributária referente ao Imposto de Importação.
Precisamente por isso o arrematante não foi relacionado no artigo 104 do Regulamento
Aduaneiro.

E os responsáveis? Quem a legislação aduaneira relaciona como responsáveis pelo imposto de


importação?

Art. 105. É responsável pelo imposto:

I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob


controle aduaneiro, inclusive em percurso interno

II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de


mercadoria sob controle aduaneiro.

III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

Art. 106. É responsável solidário:

I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou


redução do imposto.

II - o representante, no País, do transportador estrangeiro.

III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de


importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora.

IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência


estrangeira de pessoa jurídica importadora.

V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado


para a realização do transporte multimodal.
VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à industrialização
para exportação, no caso de admissão de mercadoria no regime por outro
beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa da cadeia
industrial do produto a ser exportado; e

VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

É importante sabermos a diferença entre responsável e responsável solidário, na forma como as


categorias foram desenhadas pela legislação aduaneira!

Responsável é aquele que, em virtude da ocorrência de um determinado evento, passa a figurar,


sozinho, no polo passivo da obrigação tributário. No caso do imposto de importação, são
responsáveis o transportador e o depositário. Com efeito, se ocorrer extravio de mercadoria que
esteja sob a tutela destes, o imposto de importação lhes será exigido.

Responsável solidário é aquele que, em conjunto com outra pessoa, figura no polo passivo da
obrigação tributária. Todos os agentes relacionados no art. 106 do R/A, portanto, dividem com
outrem a responsabilidade pelo pagamento de tributos e eventuais penalidade cabíveis. É o caso,
por exemplo, de uma pessoa que adquira mercadoria estrangeira por meio de outra pessoa
jurídica importadora, realizando o que se chama de importação por conta e ordem. Nessa
situação, o contribuinte será a pessoa jurídica importadora, que figura no polo passivo da relação
tributária em conjunto com o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem.

Vale a pena destacar que a responsabilidade é solidária (e não subsidiária!). Isso quer dizer que o
tributo e eventuais penalidades podem ser cobrados direta e integralmente de qualquer dos
responsáveis (solidários), sem benefício de ordem.

É importante memorizar os sujeitos passivos do imposto de importação. Eu uso a seguinte tabela


para isso!
•Importador
•Destinatário de Remessa Postal
Contribuintes Internacional
•Adquirente de mercadoria entrepostada

•Transportador
Responsáveis •Depositário

Responsáveis •Outros casos, relacionados no art. 106


do R/A.
Solidários

Tributação de mercadorias não-identificadas

A pergunta que se faz aqui é a seguinte: como se procede à tributação de mercadorias não-
identificadas?

Antes de respondê-la, precisamos entender o que seria uma mercadoria não-identificada.


Mercadoria não-identificada é aquela que foi extraviada ou consumida e que, adicionalmente,
tinha descrição genérica nos documentos comerciais e de transportes disponíveis. Ora, a RFB não
consegue ver a mercadoria (já que ela foi extraviada ou consumida) e, ainda, não tem como fazer
a classificação fiscal desta com base em sua descrição (uma vez que a descrição nos documentos
é genérica).

Diante dessa situação, a mercadoria é considerada não-identificada. A consequência, em termos


de tributação, é a aplicação da alíquota única de 80% relativa ao I.I, IPI, PIS/PASEP-Importação,
COFINS-Importação e AFRMM.

E qual será a base de cálculo?

A base de cálculo sobre a qual incidirá a alíquota de 80% será arbitrada em valor equivalente à
mediana dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a título definitivo, pela
mesma via de transporte internacional, constantes de declarações registradas no semestre
anterior, incluídas as despesas de frete e seguro internacionais.

Destaque-se que, na falta de informação sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso
líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte. Esse peso líquido é o quanto o
contêiner (unidade de carga) consegue carregar.
Tenham cuidado!

A redação do art. 98, do Regulamento Aduaneiro, foi tacitamente revogada pela


Lei nº 13.043/2014. Logo, o Regulamento Aduaneiro está desatualizado nesse
ponto!

No caso de mercadorias não-identificadas, será aplicada alíquota única de 80%


(oitenta por cento) em regime de tributação simplificada, relativa ao I.I, IPI,
PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação e AFRMM.

Observe que a nova redação fala em “regime de tributação simplificada”. O


objetivo foi apenas destacar que, no caso de mercadorias não-identificadas, a
tributação será feita de maneira simplificada. É importantíssimo que você não
confunda isso com o Regime de Tributação Simplificada aplicado às remessas
postais internacionais.

(Questão Inédita) O sujeito ativo do Imposto de Importação é a Secretaria Especial da Receita


Federal do Brasil.

Comentários

De acordo com o artigo 119 do Código Tributário Nacional, o sujeito da obrigação tributária é a
pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. No caso
do Imposto de Importação, o sujeito ativo é a União, em conformidade com o disposto no artigo
153, inciso I, da Constituição da República. A Receita Federal não tem personalidade jurídica
própria. Trata-se de um órgão do Poder Executivo Federal.

Gabarito: errada

(ATRFB-2012) São contribuintes do imposto de importação o importador, assim considerada


qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território Nacional, o
destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente
de mercadoria entrepostada.

Comentários

O art. 104, do R/A, relaciona os contribuintes do imposto de importação: i) importador; ii)


destinatário de remessa postal internacional e; iii) adquirente de mercadoria entrepostada.

Gabarito: certa

(Questão Inédita) A base de cálculo do Imposto de Importação, no caso de mercadorias não-


identificadas, é arbitrada em montante equivalente à média dos valores por quilograma de todas
as mercadorias importadas a título definitivo, pela mesma via de transporte internacional,
constantes de declarações registradas no semestre anterior, excluídos os custos do transporte e
do seguro internacionais.

Comentários

A base de cálculo do Imposto de Importação, no caso de mercadorias não-identificadas, é


arbitrada em montante equivalente à mediana dos valores por quilograma de todas as mercadorias
importadas a título definitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes de
declarações registradas no semestre anterior, incluídos os custos do transporte e do seguro
internacionais, conforme artigo 67, §1º, da Lei nº 10.833/03.

Gabarito: errada

Regime de Tributação Simplificada

Nos termos do art. 99 do R/A, o Regime de Tributação Simplificada (RTS) é o regime de tributação
que permite a classificação genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes
de remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de
importação, e isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), da contribuição para o
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

A redação do R/A acerca do RTS é bem genérica, deixando margem para regulamentação. Como
você pode verificar, nada se falou sobre qual será alíquota do imposto de importação incidente,
tampouco sobre quais os requisitos para a concessão do regime. A regulamentação desses
aspectos cabe ao Ministério da Economia12.

Com efeito, compete ao Ministério da Economia:

a) estabelecer os requisitos e as condições a serem observados na aplicação do regime de


tributação simplificada; e

b) definir a classificação genérica dos bens e as alíquotas correspondentes.

estabelecer os requisitos e as
condições a serem observados na
aplicação do regime de tributação
simplificada
Ministério da Economia

definir a classificação genérica dos


bens e as alíquotas correspondentes

Algumas considerações importantes:

a) O Regime de Tributação Simplificada (RTS) aplica-se a bens integrantes de remessa postal


internacional. Destaque-se, entretanto, que o Regulamento Aduaneiro não estabeleceu os

12
A regulamentação do tema ainda faz menção ao Ministério da Fazenda. Todavia, sabemos que esse Ministério foi sucedido pelo
Ministério da Economia.
requisitos e condições a serem observados na aplicação do regime. Isso é tarefa que coube à
Portaria MF nº 156/99.

b) Segundo a Portaria MF nº 156/99, o RTS poderá ser utilizado no despacho aduaneiro de


importação de bens integrantes de remessa postal ou de encomenda aérea internacional no valor
de até US$ 3,000.00 ou o equivalente em outra moeda, destinada a pessoa física ou jurídica.

c) O RTS prevê a aplicação de alíquota diferenciada do imposto de importação. Hoje, a alíquota


do imposto de importação incidente sobre bens submetidos ao RTS é de 60%,
independentemente da classificação fiscal dos bens que compõem a remessa ou encomenda.

d) Os bens integrantes de remessa postal internacional submetidos ao RTS recebem isenção de


IPI, PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.

Há que se destacar, pela importância da regra, que os bens integrantes de remessa postal
internacional de valor não superior a US$50.00 são desembaraçados com isenção do Imposto de
Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.

Agora eu pergunto: e os bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor seja superior
a US$ 3.000,00? Qual será o regime de tributação a eles aplicável?

O RTS é que não será! Para os bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor
ultrapasse US$ 3.000,00, será aplicado o regime comum de importação. Logo, os tributos incidirão
normalmente, levando-se em consideração a classificação fiscal do bem.

Regime de Tributação Especial

O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem


mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota
de 50% sobre o valor do bem. Destaque-se que o Regime de Tributação Especial se aplica aos
bens enquadrados como bagagem, mas que não possam usufruir da isenção de tributos.

Vamos entender melhor!


a) O viajante que chega ao Brasil tem direito à isenção de tributos sobre os bens que trouxer do
exterior, desde que estejam compreendidos no conceito de bagagem e cumpram certas
condições.

b) Um dos requisitos para a concessão de isenção tributária para bagagem é o limite de valor de
US$ 1.000,00, para as vias aérea e marítima, e de US$ 500,00, para as vias terrestre, fluvial ou
lacustre).

c) O Regime de Tributação Especial se aplica aos bens compreendidos no conceito de bagagem,


no montante que exceder o limite global ao qual se aplica a isenção. Ex: Você viajou ao exterior
e trouxe um notebook cujo valor é de US$ 3.000,00. Considerando que o limite de isenção para a
via aérea é US$ 1.000,00, seu notebook será tributado a uma alíquota de 50% sobre o que exceder
US$ 1.000,00 (US$ 3.000,00- US$1.000,00). Ou seja, você pagará, a título de tributos, 50% de US$
2.000,00.

d) O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens adquiridos em lojas francas de
chegada, no montante que exceder o limite de isenção. Nas lojas francas de fronteira terrestre, o
limite de isenção é de US$ 500,00; nas lojas francas de aeroportos e portos alfandegados, o limite
de isenção é de US$ 1.000,00.

Regime de Tributação Unificada

O que vem a ser “Regime de Tributação Unificada (RTU)”?

Trata-se de regime de tributação instituído pela Lei nº 11.898/09, com o objetivo de racionalizar
o comércio por via terrestre na fronteira Foz do Iguaçu / Ciudad Del Este, simplificando a
tributação e o controle aduaneiro e incentivando o fluxo lícito de mercadorias na região
fronteiriça.13

Como todo mundo sabe, o fluxo ilícito de mercadorias que entram no Brasil provenientes do
Paraguai é enorme. É justamente isso que o RTU busca evitar, regulamentando e simplificando as
operações lícitas.

Segundo o art. 102-A, do Regulamento Aduaneiro, o regime de tributação unificada é o que


permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o

13
Fonte: Cartilha da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) sobre o Regime de Tributação Unificada.
pagamento unificado do imposto de importação, do IPI e das contribuições para o PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação, observado o limite máximo de valor por habilitado.

A Lei nº 11.898/09, que criou o RTU, estabelece que o Poder Executivo é responsável por fixar um
limite máximo de valor para a importação de mercadorias por habilitado. Atualmente, estes
valores estão previstos no art. 3º, do Decreto nº 6.956/09: i) R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), para
o primeiro e segundo trimestres-calendário; ii) R$ 37.000,00 (trinta e sete mil reais), para o terceiro
e quarto trimestres-calendário; e iii) R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais) por ano calendário.

Assim, pelas regras vigentes, uma empresa não pode importar, ao amparo do RTU, mercadorias
que superem esses valores. Também há previsão para que o Poder Executivo fixe limites
quantitativos, por tipo de mercadoria, para as importações.

É claro, não é qualquer um que faz jus ao regime. É necessário se habilitar junto à Receita Federal
do Brasil. Somente poderão se habilitar ao regime as “empresas microimportadoras”, assim
considerados o Microempreendedor Individual (MEI), o microempresário optante pelo Simples
Nacional e o empresário individual (artigo 2º, inciso III, da IN RFB nº 1.698/17).

Nos termos do art. 11 do Decreto nº 6.956/09, os impostos e contribuições federais serão


calculados pela aplicação da alíquota única de 25% sobre o preço de aquisição das mercadorias
importadas, à vista da fatura comercial ou documento de efeito equivalente. A alíquota de 25%
corresponde a: i) 7,88% de I.I; ii) 7,87% de IPI; iii) 7,60% de COFINS-Importação e; iv) 1,65% de
PIS/PASEP-Importação.

O habilitado ao RTU, no entanto, não fará jus a qualquer benefício fiscal de isenção ou de redução
dos impostos e contribuições incidentes, bem como de redução de alíquotas ou bases de cálculo
(artigo 9º, §2º, da Lei nº 11.898/09).

Segundo o art. 9º, § 3º, da Lei nº 11.898/09, o RTU poderá incluir o ICMS devido
pelo optante, desde que o Estado ou o Distrito Federal venha a aderir ao Regime
mediante convênio.

No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados pelo


empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada pelo optante pelo
Regime ou por despachante aduaneiro. Somente poderão ser importadas ao amparo do RTU as
mercadorias relacionadas em ato normativo específico. Trata-se de uma lista positiva de
mercadorias, hoje relacionada em Anexo ao Decreto nº 6.956/09 (com a redação dada pelo
Decreto nº 9.525/18).

Há também algumas restrições ao tipo de mercadoria que poderá ser admitida no RTU. Segundo
o art. 102-A, § 2º, do R/A, é vedada a inclusão no regime de quaisquer mercadorias que não sejam
destinadas ao consumidor final. Com efeito, a revenda de mercadoria importada ao amparo do
RTU a pessoa que não seja o consumidor final implica a cobrança dos tributos devidos pelo regime
comum de importação.

Também não podem ser importadas ao amparo do RTU as seguintes mercadorias: i) armas e
munições; ii) fogos de artifício; iii) explosivos iv) bebidas, inclusive as alcoólicas; v) cigarros; vi)
veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo (inclusive partes e peças); vii)
medicamentos; viii) pneus; ix) bens usados; e x) bens com importação suspensa ou proibida.

(AFRFB-2012) O Regime de Tributação Especial permite a classificação genérica, para fins de


despacho de importação, dos bens por ele abarcados, mediante a aplicação de alíquotas
diferenciadas do Imposto de Importação, e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados,
da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

Comentários

O Regime de Tributação Especial aplica-se no despacho de bens integrantes de bagagem, e


compreende a aplicação de uma alíquota única de 50% relativa ao imposto de importação e
isenção de IPI, PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Não há, portanto, que se falar em
alíquotas diferenciadas do imposto de importação.

Gabarito: errada

(AFRFB-2012) O Regime de Tributação Simplificada permite o despacho de bens integrantes de


bagagem mediante a exigência tão somente do Imposto de Importação, calculado pela aplicação
da alíquota de cinquenta por cento sobre o valor do bem.

Comentários

O Regime de Tributação Simplificada se aplica a bens contidos em remessa postal internacional.


Ao despacho de bens integrantes de bagagem aplica-se o Regime de Tributação Especial.
Gabarito: errada

(AFRFB-2012) O Regime de Tributação Unificada é o que permite a importação, por via terrestre,
de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado dos seguintes
impostos e contribuições federais incidentes na importação: Imposto de Importação; Imposto
sobre Produtos Industrializados; Contribuição para o PIS/ PASEP-Importação e COFINS-
Importação.

Comentários

O RTU permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai,


mediante o pagamento unificado dos tributos federais.

Gabarito: certa

Isenções e reduções do Imposto de Importação

Generalidades

Passamos agora ao estudo das isenções e reduções do imposto de importação. O conteúdo é


bastante extenso, encontrando previsão nos arts. 114 a 189 do R/A.

De início, vale a pena destacar que a norma que concede isenção do imposto de importação não
é o Regulamento Aduaneiro. Com efeito, um decreto não é instrumento hábil para a concessão
de isenções tributárias, que devem estar previstas em lei.

Segundo o art. 115 do R/A, a isenção ou a redução do imposto somente será reconhecida quando
decorrente de lei ou de ato internacional. Assim, o R/A não estabelece isenções, mas apenas faz
a compilação de isenções tributárias previstas em diversas leis. Destaque-se que a legislação
tributária que dispuser sobre a outorga de isenção ou redução do imposto de importação deve
ser interpretada literalmente.

Os bens objeto de isenção ou de redução do imposto, em decorrência de acordos internacionais


firmados pelo Brasil, terão o tratamento tributário neles previsto. O tratamento tributário
decorrente de ato internacional aplica-se exclusivamente à mercadoria originária do país
beneficiário14.

O artigo 118 do Regulamento Aduaneiro estabelece duas condições para que possam ser
concedidas isenções do Imposto de Importação. Primeiramente, segundo o mencionado
dispositivo, a isenção ou a redução do imposto somente beneficiará mercadoria sem similar
nacional.

Em segundo lugar, prevê o dispositivo que a isenção ou a redução do imposto somente pode
beneficiar mercadoria transportada em navio de bandeira brasileira. Tomem cuidado, no entanto,
porque essa exigência foi revogada pela Lei nº 14.195/21. Assim, muito embora o texto do artigo
118 do Regulamento Aduaneiro continue mencionando essa condição, não é mais obrigatório o
transporte em navio de bandeira brasileira para que possam ser concedidas isenções ou reduções
do Imposto de Importação.

A concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal relativo ao imposto de


importação ficam, ainda, condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica,
da quitação de tributos e contribuições federais. Assim, para usufruir de isenção do I.I, o
contribuinte deverá apresentar a CND (Certidão Negativa de Débitos) – exceto no caso das
pessoas jurídicas de direito público (art. 119, parágrafo único, do R/A).

A quem cabe o reconhecimento da isenção ou da redução do imposto de importação?

O reconhecimento da isenção ou da redução do imposto será efetivado, em cada caso, pela


autoridade aduaneira (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil). Para isso, o interessado deverá
providenciar requerimento no qual comprove o preenchimento dos requisitos necessários para a
concessão do benefício fiscal. A isenção poderá ser requerida na própria declaração de
importação.

É importante ter em mente que o reconhecimento da isenção não gera direito adquirido, podendo
ser revogado de ofício caso se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições para a concessão do benefício.

O art. 136 do R/A enumera as diversas isenções do imposto de importação. Vejamos:

14
País de origem da mercadoria é aquele onde houver sido produzida ou, no caso de mercadoria resultante de material ou de
mão-de-obra de mais de um país, aquele onde houver recebido transformação substancial. Entende-se por processo de
transformação substancial o que conferir nova individualidade à mercadoria.
Art. 136. São concedidas isenções ou reduções do imposto de importação:

I - às importações realizadas:

a) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos
Municípios e pelas respectivas autarquias.

b) pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de assistência social

c) pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e


pelos respectivos integrantes

d) pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente,


inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos
respectivos integrantes

e) pelas instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores

II - aos casos de:

a) (revogada)

b) amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial

c) remessas postais e encomendas aéreas internacionais, destinadas a pessoa física

d) bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus

e) bens adquiridos em loja franca, no País

f) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas


fronteiras terrestres

g) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade


de isenção

h) gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para


aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como matérias-primas para sua
produção no País, importados ao amparo do art. 4o da Lei no3.244, de 1957, com
a redação dada pelo art. 7o do Decreto-Lei no 63, de 21 de novembro de 1966
i) partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de
aeronaves e de embarcações

j) medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico


destinado à pesquisa da síndrome da deficiência imunológica adquirida

l) bens importados pelas áreas de livre comércio

m) importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a Amazônia


Ocidental

n) mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em feiras,


bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de
representações diplomáticas estrangeiras sediadas no País

o) mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de


exposições internacionais e de outros eventos internacionais assemelhados

p) objetos de arte recebidos em doação, por museus

q) partes, peças e componentes, importados, destinados ao emprego na


conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro
Especial Brasileiro

r) bens destinados a coletores eletrônicos de votos

s) bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo


oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados
em evento esportivo oficial realizado no País

t) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes
em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática
desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento

u) equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a treinamento e


preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em
jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos e mundiais.

O custo-benefício de você decorar as hipóteses de isenção previstas no art. 136, do R/A, é muito
baixo. Mas vale a pena dar uma lida, pois temos algumas questões de prova sobre o tema.
Há, fundamentalmente, 2 (dois) tipos de isenção do imposto de importação: i) isenções subjetivas;
e ii) isenções objetivas.

As isenções subjetivas são aquelas concedidas em razão da natureza da pessoa importadora. A


título de exemplo, as importações realizadas por missões diplomáticas farão jus ao imposto de
importação. Ou, ainda, terão direito ao benefício fiscal da isenção as importações realizadas por
instituições científicas e tecnológicas. Veja: nesses dois exemplos, a isenção está vinculada à
qualidade do importador.

As isenções objetivas, por sua vez, são as reconhecidas em virtude da natureza da mercadoria que
está sendo importada, pouco importando qual a pessoa importadora. Exemplificando, as amostras
sem valor comercial terão direito à isenção do imposto de importação. Ou, ainda, as partes, peças
e componentes destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e embarcações, farão
jus à isenção do I.I. Nesses dois casos, o fator determinante para o reconhecimento da isenção
não foi a natureza do importador, mas as características da mercadoria. Trata-se de isenção
vinculada à destinação dos bens.

Podemos, ainda, assumir que existem isenções que estão vinculadas, ao mesmo tempo, à
qualidade do importador e à destinação dos bens. São isenções caracterizadas, simultaneamente,
como isenções objetivas e isenções subjetivas. Um exemplo seria a isenção concedida a objetos
de arte recebidos em doação, por museus. Veja: nesse caso, a isenção é outorgada em razão da
natureza da pessoa importadora (museu) e da natureza da mercadoria (objetos de arte recebidos
em doação).

Isenções subjetivas

O art. 124 do R/A versa sobre as isenções subjetivas.

Art. 124. Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador,


a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título,
obriga ao prévio pagamento do imposto

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos bens transferidos ou


cedidos:

I - a pessoa ou a entidade que goze de igual tratamento tributário, mediante prévia


decisão da autoridade aduaneira (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 11, parágrafo
único, inciso I);
II - após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da
declaração de importação, no caso de bens objeto da isenção a que se referem as
alíneas “c” e “d” do inciso I do art. 136 ; e

III - após o decurso do prazo de cinco anos, contados da data do registro da


declaração de importação, nos demais casos

Interpretando o referido dispositivo, verificamos o seguinte:

a) Se foi concedida uma isenção subjetiva (vinculada à qualidade do importador) e, em seguida,


ocorreu a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, será
necessário, em regra, o prévio pagamento do imposto.

Suponha, por exemplo, que uma instituição científica e tecnológica realize a importação de um
equipamento com isenção (art. 136, inciso I, alínea “e”). Em seguida, ela cede esse equipamento
a uma escola privada. Ora, a escola privada não faz jus à isenção do imposto de importação! Assim,
antes da cessão, será necessário o recolhimento tributário dos tributos que haviam sido
dispensados por ocasião da importação.

Na transferência de propriedade ou na cessão de uso de bens objeto de isenção ou de redução,


o imposto será reduzido proporcionalmente à depreciação do valor dos bens em função do tempo
decorrido, contado da data do registro da declaração de importação (art. 126, do R/A).

b) Não haverá obrigatoriedade do recolhimento tributário antes da cessão ou transferência de


propriedade nos casos listados nos incisos I, II e III.

O inciso I ilustra a hipótese em que a pessoa que recebe a transferência também faz jus à isenção
subjetiva. Aproveitando o exemplo que demos anteriormente, seria o caso em que a instituição
científica e tecnológica importadora cede o equipamento para outra instituição científica e
tecnológica.

O inciso II estabelece um lapso temporal (3 anos contados da data de registro da DI) a partir do
qual a transferência ou cessão pode ser feita sem que haja recolhimento tributário prévio. Esse
inciso se aplica apenas às importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições
consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes; e pelas representações de
organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o
Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes.

O inciso III define um lapso temporal (5 anos contados da data de registro da DI) a partir do qual
a transferência ou cessão pode ser feita a qualquer pessoa sem que haja recolhimento tributário
prévio. Esse inciso se aplica a todas as outras situações de isenção subjetiva.
A estrutura do art. 136 do R/A sugere que as hipóteses relacionadas no inciso I são os casos de
isenção subjetiva (vinculadas à qualidade do importador). São elas:

a) Importações realizadas pela União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios e


suas respectivas autarquias;

b) Importações realizadas pelos partidos políticos;

c) Importações realizadas pelas instituições de educação ou de assistência social;

d) Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter


permanente e pelos respectivos integrantes;

e) Importações realizadas pelas representações de organismos internacionais de caráter


permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos
respectivos integrantes;

f) Importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e


pesquisadores (no caso de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas
partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários,
desde que destinados às suas pesquisas, importados pelo CNPq ou por pessoa
credenciada, conforme art. 147, do R/A).

Importações realizadas pela União, Estados, Distrito Federal,


Territórios, Municípios e suas respectivas autarquias

Importações realizadas pelos partidos políticos

Importações realizadas pelas instituições de educação ou de


assistência social
Isenções
subjetivas
Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições
consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes

Importações realizadas pelas representações de organismos


internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional,
dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes

Importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas e por


cientistas e pesquisadores
Isenções objetivas

Isenções objetivas, conforme já comentamos, são aquelas que não dependem da natureza da
pessoa importadora, mas sim da natureza da mercadoria que está sendo importada. São isenções
vinculadas à destinação dos bens.

O art. 132 do R/A estabelece que a isenção ou a redução do imposto de importação, quando
vinculada à destinação dos bens, ficará condicionada à comprovação posterior do seu efetivo
emprego nas finalidades que motivaram a concessão.

Assim, quem deixa de empregar os bens nas finalidades que motivaram a concessão da isenção,
perde o direito à isenção. Nesse caso, o imposto é exigido retroativamente, a partir da data do
registro da correspondente Declaração de Importação (DI). Se os bens deixarem de ser utilizados
nas finalidades que motivaram a concessão, em virtude de terem sido danificados por incêndio ou
por qualquer outro sinistro, o imposto será reduzido proporcionalmente ao valor do prejuízo.

Vamos a um exemplo!

Suponha que foram importados, com isenção do I.I, equipamentos e materiais destinados a
treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos
olímpicos (art. 136, inciso II, alínea “u”). No entanto, esses equipamentos não foram utilizados
nessa finalidade (eles foram importados para serem revendidos!). Se a RFB descobrir, vai dar
problema! O imposto de importação será exigido retroativamente, a partir da data de registro da
DI.

Será que pode ser transferida a propriedade ou cedido o uso dos bens objeto de isenção objetiva?

Sim. Você deve se lembrar que, em regra, a transferência ou cessão de bens objeto de isenção
subjetiva era motivo para tornar exigível o imposto de importação, retroativamente à data de
registro da DI. Isso não se aplica no caso das isenções objetivas!

Em outras palavras, a transferência da propriedade ou a cessão do uso dos bens objeto de isenção
objetiva poderá ser feita sem recolhimento tributário, desde que mantidas as finalidades que
motivaram a concessão da isenção e mediante prévia decisão da autoridade aduaneira. A lógica
dessa regra é simples! Se a isenção foi concedida em razão da natureza da mercadoria (vinculada
à destinação dos bens), pouco importa quem é pessoa que terá sua posse.
A estrutura do art. 136 do R/A nos indica que as hipóteses relacionadas no inciso II são casos de
isenção objetiva (vinculadas à destinação dos bens!). São elas:

a) Importação de amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial;

b) Importação de remessas postais e encomendas aéreas internacionais (a isenção para


bens integrantes de remessa postal internacional está limitada a US$50.00, desde que
o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas);

c) Bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus;

d) Bens adquiridos em loja franca, no País (As aquisições com isenção em lojas francas de
chegada estão limitadas a US$ 1000,00. Nas lojas francas situadas em fronteira terrestre,
em cidades-gêmeas, o limite de isenção é de US$ 500,00);

e) Bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas fronteiras
terrestres;

f) Bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback15, na modalidade


isenção;

g) Gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação


na agricultura ou na pecuária, bem como matérias-primas para sua produção no País,
importados ao amparo do art. 4º da Lei nº 3.244, de 1957, com a redação dada pelo art.
7º do Decreto-Lei nº 63, de 21 de novembro de 1966;

h) Partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves


e de embarcações;

i) Medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico


destinado à pesquisa da síndrome da deficiência imunológica adquirida;

j) Bens importados pelas Áreas de Livre Comércio (as Áreas de Livre Comércio são regimes
aduaneiros aplicados em áreas especiais, sobre os quais estudaremos mais à frente em
nosso curso);

15
O drawback é um regime aduaneiro especial que consiste em incentivo à exportação. Existem três modalidades de drawback:
i) drawback suspensão; ii) drawback isenção e; iii) drawback restituição. A lógica do drawback é a desoneração da importação de
bens utilizados no processo produtivo de bens exportados ou a exportar.
k) Importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a Amazônia Ocidental (a
ZFM e a Amazônia Ocidental também são regimes aduaneiros aplicados em áreas
especiais);

l) Mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em feiras, bazares e


eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de representações diplomáticas
estrangeiras sediadas no País;

m) Mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de exposições


internacionais e de outros eventos internacionais assemelhados;

n) Objetos de arte recebidos em doação, por museus;

o) Partes, peças e componentes, importados, destinados ao emprego na conservação,


modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro;

p) Bens destinados a coletores eletrônicos de votos (urnas eletrônicas);

q) Bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo oficial,


realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento
esportivo oficial realizado no País;

r) Bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em
evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática desportiva
estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento;

s) Equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a treinamento e preparação de


atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos,
paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos e mundiais.

O art. 137 do R/A traz, ainda, outra hipótese de isenção objetiva, aplicável às partes, peças e
componentes utilizados na industrialização, revisão e manutenção dos bens de uso militar
classificados nos códigos 8710.00.00, 8906.10.00, 8802, 8803 e 8805 da NCM. Na verdade, a
importação desses bens é feita com suspensão do pagamento do imposto de importação. Só
depois, com a utilização desses bens na industrialização, revisão e manutenção de bens de uso
militar, é que essa suspensão se converte em isenção.

Ex-Tarifários

Com o objetivo de estimular o investimento produtivo, foi publicada no dia 24 de junho de 2019
a Portaria ME nº 309, que trata dos ex-tarifários. Os ex-tarifários podem ser considerados uma
redução objetiva do imposto de importação que beneficia unicamente bens de capital (BK) e bens
de informática e de telecomunicações (BIT) que não possuam similar nacional, conforme especifica
o art. 1º da Portaria ME nº 309/19:

Art. 1º A redução da alíquota do Imposto de Importação de Bens de Capital, de


Informática e de Telecomunicações, bem como de suas partes, peças e
componentes, sem produção nacional equivalente, assinalados na Tarifa Externa
Comum - TEC como BK ou BIT, poderá ser concedida na condição de Ex-tarifário,
em conformidade com os requisitos e procedimentos estabelecidos nesta Portaria.

O ex-tarifário consiste, assim, em importante instrumento de política industrial adotado pelo


governo brasileiro, estimulando investimentos no país. Com efeito, após o regular processo
administrativo, os bens de capital, de informática e telecomunicações que não tenham similar
nacional, entrarão no país pagando uma alíquota reduzida do imposto de importação.

Os pedidos de concessão de ex-tarifários devem ser direcionados à Secretaria de


Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação (SDIC), do Ministério da Economia16,
a quem compete promover a análise preliminar dos pleitos.

Caso a SDIC identifique indícios de erro na classificação fiscal informada pelo pleiteante, poderá
ser formulada consulta a respeito à RFB. A RFB tem, então, 30 dias para examinar o caso e
apresentar manifestação, informando a classificação fiscal do bem e a respectiva proposta de
descrição, ou os motivos que tenham ensejado eventual impossibilidade de determinar a
classificação.

Cumpridos os requisitos mínimos de conteúdo e forma do pleito, passa-se à fase de Consulta


Pública, por meio de publicação na página eletrônica do Ministério da Economia na internet,
abrindo-se o prazo de 20 dias para que fabricantes nacionais, associações ou órgãos e entidades
do governo possam apresentar contestação. Caso seja admitida alguma contestação, o pleiteante
é informado para apresentar manifestação, em até dez dias úteis, sob pena de se presumir-se a
sua desistência do pleito.

A análise técnica dos pleitos de ex-tarifários também compete à SDIC, que, após a Consulta
Pública e o exame das eventuais contestações, deve encaminhar à Secretaria Especial de Comércio

16
Dentro da estrutura da SEPEC – Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, a análise dos pleitos de ex-
tarifários compete à Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, mais especificamente à
Subsecretaria da Indústria.
Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT) listas com as recomendações de deferimentos e
indeferimentos dos pleitos de ex-tarifários.

O exame técnico da SDIC consiste, fundamentalmente, em verificar se a indústria nacional produz


bem similar àquele objeto do pleito de ex-tarifário, muito embora outras questões, como as
diretrizes das políticas governamentais, também possam ser consideradas. Destaque-se, sem
embargo, que é a SECINT que detém o poder decisório, concedendo ou não o ex-tarifário.

Somente se considera que há produção nacional equivalente à do bem importado quando o bem
nacional apresenta: i) desempenho ou produtividade igual ou superior ao do bem importado; ii)
prazo de entrega igual ou inferior; iii) fornecimentos anteriores efetuados nos últimos cinco anos
pelo fabricante; e iv) preço não superior ao do bem importado.

Em caso de indeferimento pela SECINT, cabe recurso, sem efeito suspensivo, a ser julgado pelo
Ministro da Economia. Os pleitos indeferidos só podem ser reapresentados após decorridos seis
meses da data de publicação do indeferimento.

Tendo em vista que o ex-tarifário é uma redução objetiva do imposto de importação, após ter
sido concedido, qualquer importador que traga ao País um bem idêntico àquele contemplado
com ex-tarifário, fará jus à alíquota reduzida. Assim, o exame de similaridade somente é realizado
antes da concessão do ex-tarifário.

Uma vez concedido, o ex-tarifário tem seu prazo de vigência estabelecido pela Portaria que o
concedeu. Nesse período, qualquer um pode importar com a alíquota reduzida um bem idêntico
àquele contemplado. Nesse sentido, a Secretaria Executiva da CAMEX deve manter, na página
eletrônica o Ministério da Economia na internet, a listagem completa de todos os pleitos de
concessão de Ex-tarifários, deferidos e indeferidos.

Os pleitos de renovação de ex-tarifários anteriormente concedidos podem ser formalizados


dentro do período de vigência fixado por ocasião da concessão, desde que com antecedência
máxima de 180 dias do seu vencimento, ou em até dois anos após o fim da vigência, no caso de
ex-tarifários já expirados.

As reduções tarifárias concedidas ao amparo do regime de ex-tarifários podem também ser


revogadas antes do prazo de vigência estabelecido na portaria concessiva, mediante demanda de
interessados ou por iniciativa governamental, caso seja constatada a existência de produção
nacional equivalente, ou haja modificação nos demais aspectos considerados por ocasião da
concessão (como as diretrizes das políticas governamentais).

Por último, cabe destacar que o ex-tarifário é uma exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) do
MERCOSUL, encontrando previsão na Decisão CMC nº 57/2010. O objetivo é que sejam criados
um “Regime Comum de Importação de Bens de Capital não-produzidos no MERCOSUL” e um
“Regime Comum para a Importação de Bens de Informática e Telecomunicações”. Atualmente,
porém, cada membro do MERCOSUL desenvolve sua própria política para bens de capital e bens
de informática e telecomunicações e, portanto, concede individualmente os seus ex-tarifários.

Imunidades do Imposto de Importação e controle exercido pela


SRFB

Ao analisarmos o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6759/2009), é possível perceber que está


prevista apenas uma hipótese de imunidade do imposto de importação. Trata-se do caso de
importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado à sua impressão.

Art. 211-A. É concedida imunidade do imposto de importação às importações de


livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão.

Art. 211-B. Deve manter registro especial na Secretaria da Receita Federal do


Brasil a pessoa jurídica que:

I -exercer as atividades de comercialização e importação de papel destinado à


impressão de livros, jornais e periódicos, a que se refere o art. 211-A; e

II - adquirir o papel a que se refere o art. 211-A para a utilização na impressão de


livros, jornais e periódicos.

§ 1o A transferência do papel a detentores do registro especial de que trata o


caput faz prova da regularidade da sua destinação, sem prejuízo da
responsabilidade, pelos tributos devidos, da pessoa jurídica que, tendo adquirido
o papel beneficiado com imunidade, desviar sua finalidade constitucional.

§ 2o Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil:

I - expedir normas complementares relativas ao registro especial e ao


cumprimento das exigências a que estão sujeitas as pessoas jurídicas para sua
concessão; e

II - estabelecer a periodicidade e a forma de comprovação da correta destinação


do papel beneficiado com imunidade, inclusive mediante a instituição de
obrigação acessória destinada ao controle da sua comercialização e importação.
A imunidade na importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão
tem sede constitucional (como toda imunidade), mais especificamente no art. 150, inciso VI, alínea
d, da CR/88. O referido comando constitucional dispõe que é vedado aos entes federativos (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel
destinado a sua impressão.

O controle exercido pela Receita Federal do Brasil (RFB) é feito conforme prevê o art. 211-B. A
pessoa jurídica que exercer as atividades de comercialização e importação de papel destinado à
impressão de livros, jornais e periódicos e que adquirir o papel para a utilização na impressão de
livros, jornais e periódicos deverá manter registro especial junto à Receita Federal do Brasil.

Em que pese o Regulamento Aduaneiro tratar apenas dessa hipótese de imunidade do imposto
de importação, vale ressaltar que há outras situações consideradas pela doutrina e pela
jurisprudência como hipóteses de imunidade17.

Como já sabemos, imunidades são hipóteses de não-incidência constitucionalmente qualificadas.


Nesse sentido, observemos o que nos informa a CR/88:

Art. 150, inciso VI, alínea “a”: É vedado aos entes federativos (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou
serviços, uns dos outros. Trata-se da conhecida imunidade tributária recíproca.

Art. 150, inciso VI, alínea “c”: É vedado aos entes federativos (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou
serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

Art. 150, § 2º: A imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias e às


fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes.

E aí, meus amigos, essas hipóteses seriam ou não imunidades do imposto de importação?

O edital da RFB trata de imunidades (“no plural”) do imposto de importação, o que nos leva a crer que há espaço para o estudo
17

mais amplo do que a mera literalidade do Regulamento Aduaneiro.


Do ponto de vista da literalidade do Regulamento Aduaneiro, essas seriam hipóteses de isenção
do imposto de importação. Basta dar uma olhada nos arts. 136, inciso I, alíneas “a” e “b” do R/A,
os quais decorrem de previsão da Lei nº 8.032/90. Essa tese se apoia no argumento de que o
imposto de importação não seria um imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços, mas sim um
imposto sobre o comércio exterior18.

Entretanto, a jurisprudência do STF entende que a imunidade tributária alcança os impostos em


geral, não estando limitada a essa classificação prevista no CTN. Destacamos, a seguir, algumas
decisões do STF nesse sentido:

“A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição aplica-se às operações de


importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público for o importador do
bem (identidade entre o "contribuinte de direito" e o "contribuinte de fato").Compete ao
ente tributante provar que as operações de importação desoneradas estão influindo
negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de
presumir risco à livre-iniciativa e à concorrência.” (AI 518405 AgR/RS, de 06/04/2010).

“A imunidade das entidades de assistência social, sem fins lucrativos, prevista no art. 150,
inciso VI, alínea c, da Carta Política de 1988, inclui o Imposto de Importação e o Imposto
sobre Produtos Industrializados, pressupondo tão-somente o cumprimento dos requisitos
previstos nos incisos I a III do art. 14 do Código Tributário Nacional, bem como que o bem
adquirido integre o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade e seja utilizado na
realização de seus objetivos institucionais" (RE 626293/RS, de 13/10/2010).

“Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de


classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é
adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto
daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou
externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade.” (AI 481586 AgR/MG,
de 13/12/2005).

18
Na estrutura do CTN, o Capítulo II classifica o imposto de importação e o imposto de exportação como “impostos sobre o
comércio exterior”.
Portanto, fiquem atentos!

1) Se a questão cobrar a literalidade da norma, você deve seguir o art. 136, inciso
I, alíneas “a” e “b”, do R/A, que trata das importações realizadas pelos entes
federativos e suas autarquias, partidos políticos e instituições de educação ou de
assistência social como hipóteses de isenção do imposto de importação.

2) Se a questão não se ativer à literalidade, permitindo o enquadramento no


entendimento jurisprudencial ou doutrinário, você pode assumir que se trata de
hipóteses de imunidade do imposto de importação.

Exame de similaridade

Segundo o art. 118 do Decreto nº 6759/09 (Regulamento Aduaneiro), a isenção do imposto de


importação, como regra geral, somente beneficiará mercadoria sem similar nacional. Dessa forma,
o exame de similaridade é condição para a fruição de benefício fiscal, relativamente ao imposto
de importação.

O exame de similaridade tem como objetivo conferir proteção à indústria nacional diante de
importações desoneradas, dando concretude à regra que dispõe que as entidades de direito
público e as pessoas de direito privado beneficiadas com a isenção de tributos são obrigadas a
dar preferência, nas suas compras, aos materiais de fabricação nacional. (art. 205, do R/A).

O exame de similaridade é de competência da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), que o


realiza previamente à importação. Na análise de similaridade, a SECEX leva em consideração três
requisitos: preço, prazo e qualidade (especificações técnicas).

Art. 190. Considera-se similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de


substituir o importado, observadas as seguintes normas básicas:

I - qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine;

II - preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria


estrangeira, calculado o custo com base no preço Cost, Insurance and Freight -
CIF, acrescido dos tributos que incidem sobre a importação e de outros encargos
de efeito equivalente; e

III - prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria.


O controle da SECEX é realizado por meio do mecanismo de licenciamento de importação (LI). A
anotação de inexistência de similar nacional no documento ou no registro informatizado de
importação é condição indispensável para o despacho aduaneiro com isenção ou redução do
imposto.

O art. 201, do R/A, por outro lado, relaciona os bens dispensados do exame de similaridade:

Art. 201. São dispensados da apuração de similaridade:

I - bagagem de viajantes ;

II - importações efetuadas por missões diplomáticas e repartições consulares de


caráter permanente e por seus integrantes;

III - importações efetuadas por representações de organismos internacionais de


caráter permanente de que o Brasil seja membro, e por seus funcionários, peritos,
técnicos e consultores, estrangeiros;

IV - amostras e bens contidos em remessas postais internacionais, sem valor


comercial;

V - partes, peças e componentes destinados a reparo, revisão e manutenção de


aeronaves ou embarcações, estrangeiras;

VI - gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para


aplicação na agricultura ou pecuária, e matérias-primas para sua produção no País,
quando sujeitos a contingenciamento;

VII - partes, peças, acessórios, ferramentas e utensílios:

a) que, em quantidade normal, acompanham o aparelho, instrumento, máquina ou


equipamento, importado com isenção do imposto; e

b) importados pelo usuário, na quantidade necessária e destinados,


exclusivamente, ao reparo ou manutenção do aparelho, instrumento, máquina ou
equipamento de procedência estrangeira, instalado ou em funcionamento no País;

VIII - bens doados a entidades sem fins lucrativos, destinados a fins culturais,
científicos e assistenciais;

IX - bens adquiridos em loja franca;


X - bens destinados a coletores eletrônicos de votos;

XI - bens destinados a pesquisa científica e tecnológica, até o limite global anual a


que se refere o art. 148; e

(Exame Despachante Aduaneiro-2012) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que


dispuser sobre outorga de isenção do imposto de importação.

Comentários

De acordo com o art. 114, do R/A, a legislação tributária que dispuser sobre outorga de isenção
ou redução do imposto de importação deve ser interpretada literalmente.

Gabarito: certa

(Questão Inédita) A única hipótese de imunidade do Imposto de Importação, de acordo com o


Regulamento Aduaneiro, refere-se à importação de livros, jornais e periódicos, e do papel
destinado à sua impressão.

Comentários

A única hipótese de imunidade do Imposto de Importação prevista pelo Regulamento Aduaneiro


refere-se à importação de livros, jornais e periódicos, e do papel destinado à sua impressão,
conforme artigo 211-A, do R/A.

Lembrem-se, no entanto, que, de acordo com a doutrina e a jurisprudência, há outros casos de


imunidade, que são tratados pelo Regulamento Aduaneiro como se fossem hipóteses de isenção
(como o caso da imunidade recíproca do artigo 150, inciso VI, alínea "a", da Constituição da
República, na forma em que compreendida pelo Supremo Tribunal Federal).

Gabarito: certa

(Questão Inédita) O exame de similaridade leva em consideração a qualidade do produto, o seu


preço e o prazo de entrega.

Comentários
Nos termos do artigo 190, do Regulamento Aduaneiro:

Art. 190. Considera-se similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de substituir o


importado, observadas as seguintes normas básicas:

I - qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine;

II - preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria estrangeira,


calculado o custo com base no preço Cost, Insurance and Freight - CIF, acrescido dos tributos que
incidem sobre a importação e de outros encargos de efeito equivalente; e

III - prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria.

Gabarito: certa

Restituição e compensação do Imposto de Importação:

Restituição

A restituição do imposto de importação poderá ser total ou parcial, sendo cabível sempre que
houver pagamento indevido desse tributo. O contribuinte deve ser ressarcido em razão de ter
pago um valor maior do que era devido a título de tributo. O objetivo é evitar o enriquecimento
sem causa da União.

A restituição pode ser operacionalizada de três maneiras diferentes:

a) de ofício: nesse caso, a Receita Federal, por sua própria iniciativa, irá restituir ao
contribuinte o valor pago a maior;

b) a requerimento: aqui, o contribuinte dará início a um processo administrativo visando à


restituição do imposto pago indevidamente;

c) mediante utilização do crédito na compensação de débitos do importador. Essa é a


situação em que o contribuinte tem uma dívida anterior com o Fisco (débitos anteriores),
e utiliza os valores que lhe seriam restituídos para saldar essa dívida. É a compensação.

E quais são as hipóteses de restituição?


Elas estão elencadas no art. 110, do Regulamento Aduaneiro.

Art. 110. Caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, nos
seguintes casos:

I - diferença, verificada em ato de fiscalização aduaneira, decorrente de erro:

a) de cálculo;

b) na aplicação de alíquota; e

c) nas declarações quanto ao valor aduaneiro ou à quantidade de mercadoria;

II - verificação de extravio ou de avaria;

III - verificação de que o contribuinte, à época do fato gerador, era beneficiário de


isenção ou de redução concedida em caráter geral, ou já havia preenchido as
condições e os requisitos exigíveis para concessão de isenção ou de redução de
caráter especial; e

IV - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

a) Na hipótese do inciso I, a Receita Federal, em ato de fiscalização aduaneira, constata que o


contribuinte pagou mais do que deveria em relação ao imposto de importação. Suponha, por
exemplo, que o importador tenha classificado a mercadoria em um código da NCM cuja alíquota
correspondente seja 15%; no entanto, a RFB constata que a classificação fiscal correta é em outro
código, cuja alíquota é 10%. O contribuinte fará jus à restituição.

b) O inciso II trata da verificação de extravio ou avaria. No momento em que o importador registra


a Declaração de Importação (DI), o valor do imposto de importação é automaticamente debitado
de sua conta bancária. Já sabemos disso. Aí, depois de esse valor do I.I ter sido debitado, verifica-
se a ocorrência de extravio ou avaria. O que acontece?

Se a mercadoria foi extraviada, o importador fará jus à restituição do valor total do I.I que sobre
ela incidiu. No caso de avaria, a restituição a que o importador faz jus é apenas parcial.
Explico. Na hipótese de avaria, haverá uma redução do valor aduaneiro proporcional ao prejuízo.
Se o prejuízo foi de 50%, o valor aduaneiro se reduzirá em 50%. O importador estará obrigado a
pagar, nessa situação, somente metade do valor do imposto de importação.

O importador fará jus à restituição independentemente de o responsável pelo extravio ter


indenizado a Fazenda Nacional. Assim, a restituição do imposto de importação não está
condicionada a que o responsável (transportador ou depositário) faça qualquer recolhimento aos
cofres públicos.

Cabe destacar que, nos termos do art. 112, parágrafo único, do R/A, o protesto do importador,
quanto a erro sobre quantidade ou qualidade de mercadoria, ou quando ocorrer avaria, deverá
ser apresentado antes da saída desta do recinto alfandegado, salvo quando, a critério da
autoridade aduaneira, houver inequívoca demonstração do alegado.

Em outras palavras, o importador precisa levar o problema (por exemplo, a avaria) à RFB antes de
a mercadoria ter saído do recinto alfandegado. Isso é até bastante lógico. Se o importador tira a
mercadoria do recinto alfandegado e, depois disso, diz que a mercadoria foi avariada, a RFB vai
ficar sem saber quando a avaria ocorreu. A exceção (em que o protesto poderá ocorrer depois
que a mercadoria tiver saído do recinto alfandegado) fica por conta da situação em que há
inequívoca demonstração do alegado.

c) O inciso III ilustra uma situação em que o contribuinte tinha direito a receber isenção ou redução,
mas não a recebeu por ocasião da importação. Assim, ele não precisava ter recolhido o imposto
de importação, mas o fez. Terá, claramente, direito a ser restituído.

d) O inciso IV trata da reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Suponha


que uma decisão administrativa tenha imputado ao contribuinte o dever de pagar imposto de
importação a maior do que ele havia recolhido (como exemplo, conclui que o valor aduaneiro foi
declarado a menor pelo importador). O contribuinte faz o recolhimento, mas leva o caso ao Poder
Judiciário, que anula a decisão administrativa do Fisco. Ele terá, então, direito à restituição dos
valores pagos indevidamente.

e) Existe, ainda, outra hipótese de restituição, prevista no art. 110, § 2º, do Regulamento
Aduaneiro.

§ 2º Caberá, ainda, restituição do imposto pago, relativamente ao período em que


o regime de admissão temporária para utilização econômica, referido no art. 373,
houver sido concedido e não gozado, em razão do retorno antecipado dos bens.
Suponha que um bem ingresse no país ao amparo do regime de admissão temporária para
utilização econômica. Nesse regime, o bem ingressa no país para aqui permanecer
temporariamente e, depois, regressar ao exterior. Durante o período que aqui permanece, ele é
utilizado economicamente. Seria o caso, por exemplo, de um guindaste admitido
temporariamente para ser utilizado em uma obra de construção civil. Ao ser admitido nesse
regime, o bem ingressa no país com suspensão parcial do imposto de importação. Haverá
recolhimento do imposto de importação apenas na ordem de 1% ao mês daquilo que seria devido
em caso de recolhimento integral.

Imagine que o guindaste tenha o valor aduaneiro de R$ 100.000,00 e a alíquota do I.I sobre ele
incidente seja de 20%. Ele entra no Brasil temporariamente para aqui permanecer durante 10
meses. Haverá, então, suspensão parcial do I.I. O importador deverá recolher 10% (1% por mês
de permanência) daquilo que seria devido em caso de recolhimento integral (20% de R$
100.000,00= R$ 20.000,00). Assim, deverão ser recolhidos R$ 2.000,00. Os outros R$ 18.000,00
ficam suspensos.

Agora, imagine que, ao contrário do inicialmente previsto, o guindaste permaneça apenas 5 meses
no Brasil, regressando ao exterior. Ora, foi recolhido um valor referente a 10 meses (R$ 2.000,00).
O importador fará jus à restituição da metade desse valor (o bem permaneceu apenas metade do
tempo aqui no Brasil). Perceba que foi concedida restituição referente a um período em que o
regime de admissão temporária para utilização econômica foi concedido, mas não gozado.

Notem, no mais, que eventuais juros de mora e multas são calculados em cima do montante dos
tributos devidos. Por consequência, se um tributo é cobrado indevidamente (a maior), isso
também irá resultar na cobrança de juros e multas em montante superior ao que deveria ser pago.

Assim, segundo o art. 111, R/A, a restituição total ou parcial do imposto acarreta a restituição, na
mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, desde que estas tenham sido
calculadas com base no imposto anteriormente pago.

Cuidado para não ser surpreendido na prova!

O art. 111 não faz menção às multas por infração à legislação aduaneira, mas
apenas às multas vinculadas ao recolhimento do próprio tributo que será restituído
- como no caso da multa de mora, por exemplo, que é cobrada em decorrência
do pagamento em atraso do imposto.

Compensação

A compensação é uma hipótese de extinção do crédito tributário, aplicável quando duas pessoas
são, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. Em matéria tributária, ocorrerá quando o
contribuinte for, ao mesmo tempo, credor e devedor de um ente federativo.

O art. 113, do Regulamento Aduaneiro, trata da possibilidade de compensação de crédito relativo


ao imposto de importação. Vejamos o referido dispositivo:

Art. 113. O importador que apurar crédito relativo ao imposto, passível de


restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos
próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.

§ 1º O crédito apurado pelo importador, nos termos do caput, não poderá ser
utilizado para compensar crédito tributário, relativo a tributos ou contribuições,
devido no momento do registro da declaração de importação.

§ 2o A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto neste artigo.

Suponha que o importador tenha direito à restituição de imposto de importação pago


indevidamente. Ao invés de solicitar a restituição, ele poderá utilizar esse crédito na compensação
de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela SRFB.

O crédito apurado pelo importador não poderá ser utilizado para compensar crédito tributário
relativo a tributos ou contribuições devidos no momento do registro da DI, no entanto. Os créditos
apurados devem também ser próprios, ou seja, não se admite a compensação com crédito de
terceiro.

Imagine que o importador tenha um crédito de R$ 10.000,00 relativo a Imposto de Importação


pago a maior (lembre-se de que o II é tributo administrado pela RFB!). Esse valor não poderá ser
compensado com tributos devidos no momento de registro de DI. Ao registrar uma DI, os tributos
devidos serão automaticamente debitados de sua conta corrente, não podendo ser objeto de
compensação.
(Questão Inédita) Caberá restituição do Imposto de Importação pago por contribuinte que, à
época do fato gerador, já havia preenchido as condições e os requisitos exigíveis para a concessão
de isenção de caráter especial.

Comentários

Trata-se de hipótese de restituição prevista pelo artigo 110, inciso III, do Regulamento Aduaneiro.

Gabarito: certa

(Questão Inédita) O importador que apurar crédito relativo ao Imposto de Importação, passível
de restituição ou ressarcimento, pode utilizá-lo para compensação de débitos referentes a
quaisquer tributos incidentes sobre o comércio exterior, mas não é possível quitar via
compensação os tributos devidos no momento do registro da declaração de importação.

Comentários

O importador que apurar crédito relativo ao Imposto de Importação, passível de restituição ou de


ressarcimento, pode utilizá-lo para compensação de débitos referentes a quaisquer tributos
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos termos do artigo 113, caput, do
Regulamento Aduaneiro. Lembrem-se que o ICMS incide sobre o comércio exterior mas não é
administrado pela Receita Federal, na medida em que se trata de tributo da competência dos
estados.

No mais, a parte final da assertiva está certa, não é possível quitar via compensação os tributos
devidos no momento do registro da DI, ainda que sejam administrados pela Receita Federal (artigo
113, § 1º, do R/A).

Gabarito: errada
QUESTÕES COMENTADAS

Regramento constitucional e legislação específica

1. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exportações, a Constituição Federal atribui,


excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito Federal a competência para exonerar os
contribuintes do Imposto de Exportação.

Comentários

O imposto de exportação é tributo da competência da União, não tendo sido atribuída pela CF/88
qualquer competência aos Estados e DF no que diz respeito a esse imposto.

Gabarito: errada

2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre mercadorias


industrializadas destinadas ao exterior.

Comentários

O IPI não incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao exterior, uma vez que há
imunidade de IPI nas exportações.

Gabarito: errada

3. (Analista Tributário RFB – 2012) São tributos incidentes sobre o comércio exterior, exceto:

a) Imposto de Importação.

b) Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Combustíveis.

e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação sobre operações
que destinem mercadorias para o exterior.

Comentários

O ICMS não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, uma vez que a
CF/88 concede imunidade de ICMS na exportação. Logo, a resposta é a letra E.

Gabarito: letra E

4. (ACE-1998) Além do Imposto de Importação, sobre o produto importado incidem também:

a) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras e IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

b) IOF e ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

c) IPI e ICMS

d) IOF e ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

e) ICMS e ISS

Comentários

Além do imposto de importação, também incidem sobre os produtos importados o IPI, o ICMS e
as contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Logo, o gabarito é a letra
C.

Gabarito: letra C
5. (Questão Inédita) A Constituição da República excepciona o Imposto de Importação da
necessidade de respeito aos princípios da legalidade, da irretroatividade, da anterioridade e
da noventena.

Comentários

A Constituição da República excepciona, de fato, o Imposto de Importação da necessidade de


respeito aos princípios da legalidade (no tocante à alteração de alíquotas), da anterioridade e da
noventena, conforme artigos 150, §1º, e 153, §1º. O princípio da irretroatividade, no entanto, deve
ser observado (artigo 150, inciso III, alínea "a", da Carta Política).

Gabarito: errada
QUESTÕES COMENTADAS

Produtos, bens e mercadorias

1. (Questão Inédita) De acordo com o Regulamento Aduaneiro, o Imposto de Importação incide


somente sobre mercadorias estrangeiras. Isso quer dizer que produtos que não sejam
destinados à mercancia estão fora do campo de incidência do tributo.

Comentários

Muito embora o Regulamento Aduaneiro (e também o Decreto-Lei nº 37/66) preveja a incidência


do Imposto de Importação sobre mercadorias estrangeiras, deve-se compreender que o tributo
incide sobre bens estrangeiros, não apenas sobre mercadorias em sua acepção estrita. Lembrem-
se que o imposto incide também sobre bagagem de viajantes, por exemplo.

Gabarito: errada
QUESTÕES COMENTADAS

Produtos estrangeiros, nacionais, nacionalizados e


desnacionalizados

1. (Questão Inédita) Um bem exportado temporariamente não se desnacionaliza.

Comentários

Quando é realizada uma exportação temporária, não há ânimo de definitividade e, portanto, não
há que se falar em desnacionalização. Um bem exportado temporariamente continua sendo um
bem nacional.

Gabarito: certa

2. (AFRF-2002.2) No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalização de uma mercadoria:

a) é condicionada ao seu despacho para consumo.

b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não.

c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de sua dispensa


pela autoridade aduaneira.

d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho para consumo.

e) ocorre para a mercadoria importada a título não-definitivo, no momento em que é


submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.

Comentários

Letra A: errada. A nacionalização independe de despacho para consumo.


Letra B: errada. A nacionalização somente ocorre quando uma mercadoria é importada a título
definitivo.

Letra C: errada. A nacionalização independe de despacho para consumo. Basta que a operação
tenha o ânimo da definitividade.

Letra D: correta. Exatamente o que comentamos na aula! A nacionalização acontece quando a


mercadoria é importada em caráter definitivo, independente de despacho para consumo.

Letra E: errada. As mercadorias importadas a título não-definitivo e admitidas em regime


aduaneiro especial não são consideradas nacionalizadas.

Gabarito: letra D

3. (AFRF-2000) Determinado importador, após adquirir uma mercadoria e pagá-la ao exportador


no exterior, por razões comerciais, concordou em revendê-la ao próprio vendedor no exterior,
mediante pequeno lucro na operação. Tal operação configura uma:

a) redestinação

b) importação vinculada à exportação

c) reexportação

d) exportação

e) devolução

Comentários

Vamos entender exatamente o que aconteceu! O importador adquiriu uma mercadoria, ou seja,
importou com ânimo de definitividade. Logo, a mercadoria se nacionalizou. Depois, ele revendeu
a mesma mercadoria para exportador estrangeiro. A venda de uma mercadoria nacionalizada para
o exterior configura uma exportação. A resposta é, portanto, a letra D.
Reexportação seria o retorno ao exterior de mercadoria admitida temporariamente no Brasil. A
devolução, por outro lado, se contrapõe à própria aquisição, de modo que não pode ser
confundida a hipótese de revenda com incidência de lucro descrita no enunciado.

Gabarito: letra D

4. (TRF-2002.1) Consideram-se nacionalizadas:

a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime comum de


importação, somente após o regular despacho para consumo, tributadas, ou isentas do
imposto de importação.

b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham sido


despachadas para consumo.

c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e tributadas pelo


imposto de importação.

d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham ou não sido


pagas ao exportador estrangeiro.

e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, independentemente de serem


despachadas para consumo.

Comentários

Letra A: errada. São consideradas nacionalizadas as mercadorias importadas com ânimo de


definitividade.

Letra B: errada. A nacionalização independe de despacho para consumo.

Letra C: errada. As doações possuem ânimo de definitividade, o que nos leva a afirmar que as
mercadorias importadas a título de doação são nacionalizadas.

Letra D: errada. A nacionalização independe de despacho para consumo.


Letra E: correta. A nacionalização de mercadorias fica configurada quando há ânimo de
definitividade na importação. Ela independe de despacho para consumo.

Gabarito: letra E
QUESTÕES COMENTADAS

Imposto de Importação

1. (APEX – 2021) Considerando a utilização do imposto de importação como instrumento


tributário no comércio exterior, assinale a opção correta.

a) Pode-se discriminar a aplicação do imposto em função da região geográfica.

b) As importações de produtos finalísticos pelas forças armadas está isenta do pagamento


do imposto.

c) Alterações no imposto de importação só produzem efeitos no ano fiscal subsequente.

d) Os produtos de baixo valor agregado (abaixo de US$ 50,00) enviados por pessoas jurídicas
têm isenção do imposto de importação.

Comentários

Letra A: errada. Nos termos do artigo 151, inciso I, da Constituição da República, é vedado à União
instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou
preferência em relação a estado, ao Distrito Federal ou a município, em detrimento de outro.

Letra B: correta. De acordo com o artigo 136, inciso I, alínea “a”, do RA, são isentas do Imposto
de Importação as importações realizadas pela União.

Letra C: errada. O artigo 150, §1º, da Constituição da República, excepciona o Imposto de


Importação da observância do princípio da anterioridade.

Letra D: errada. Os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a US$
50,00 são desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o
destinatário sejam pessoas físicas.
Gabarito: letra B

2. (Prefeitura de Pereiras/SP - 2021) No que se refere ao fato gerador dos impostos, analise o
item a seguir.

II (Imposto sobre Importação) / a saída de produtos nacionais do território nacional.

Comentários

Nos termos do artigo 72, caput, do Regulamento Aduaneiro, o fato gerador do Imposto de
Importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

Gabarito: errado

3. (EMGEPRON - 2021) Como regra, considera-se ocorrido o fator gerador do Imposto de


Importação (I.I.) sob aspecto temporal a data:

a) da passagem da mercadoria pelo território nacional com destino a outro país

b) da entrada da mercadoria pelo território nacional destinada a retornar ao país de origem

c) do registro da declaração de exportação realizado através do Sistema Integrado de Comércio


Exterior (SISCOMEX)

d) do registro da declaração de importação realizado através do Sistema Integrado de Comércio


Exterior (SISCOMEX)

Comentários

De acordo com o artigo 73, inciso I, do Regulamento Aduaneiro, considera-se ocorrido o fato
gerador do Imposto de Importação na data do registro da declaração de importação.

Gabarito: letra D
4. (INB - 2018) No despacho aduaneiro, o imposto de importação incide sobre mercadoria
estrangeira, inclusive sobre bagagem e bens enviados como presente ou amostra, embora haja
exceções e limites de isenção.

Com relação ao imposto de importação, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O fato gerador do imposto de importação é o efetivo registro de licença de importação.

b) A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro, quando ad valorem.

c) As alíquotas a serem aplicadas no cálculo do imposto serão as da tarifa externa comum (TEC).

d) No caso de remessa postal internacional, utiliza-se o regime de tributação simplificada,


utilizando classificação genérica.

Comentários

Letra A: errada. O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada da mercadoria estrangeira


no território aduaneiro. Sob o aspecto temporal, considera-se ocorrido o fato gerador na data do
registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

Letra B: correta. Perfeito. A base de cálculo do Imposto de Importação é o valor aduaneiro,


quando a alíquota for ad valorem, ou a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida
estabelecida, quando a alíquota for específica (artigo 75 do Regulamento Aduaneiro).

Letra C: correta. Isso mesmo. O cálculo do Imposto de Importação é feito, em regra, pela aplicação
das alíquotas fixadas na TEC sobre a base de cálculo.

Letra D: correta. O RTS permite a classificação genérica de bens integrantes de remessa postal
internacional e a aplicação de alíquotas diferenciadas do Imposto de Importação, além de isenção
do IPI, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

Gabarito: letra A
5. (EMGEPRON - 2021) Incide Imposto de Importação (I.I) sobre:

a) mercadoria estrangeira acidentalmente destruída em trânsito aduaneiro de passagem

b) mercadoria estrangeira destruída sob o controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional,
antes de desembaraçada

c) mercadoria nova em substituição à mercadoria devolvida em razão de defeito que já se sujeitara


ao pagamento do imposto na operação original

d) mercadoria nova em substituição à mercadoria devolvida em razão de defeito que não se


sujeitara ao pagamento do imposto na operação original

Comentários

Letra A: errada. O Imposto de Importação não incide sobre mercadoria estrangeira


acidentalmente destruída em trânsito aduaneiro de passagem, conforme artigo 71, inciso VII, do
Regulamento Aduaneiro.

Letra B: errada. O Imposto de Importação não incide sobre destruída sob o controle aduaneiro,
sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada, conforme artigo 71, inciso VI, do
Regulamento Aduaneiro.

Letra C: errada. O Imposto de Importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em
igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se
tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava, conforme artigo 71, inciso VI, do Regulamento Aduaneiro.

Letra D: correta. A não incidência do Imposto de Importação sobre mercadoria estrangeira que se
destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado defeituosa, nos
termos do artigo 71, inciso VI, do Regulamento Aduaneiro, pressupõe que o tributo tenha sido
devidamente recolhido na operação original. Isso porque a intenção é evitar o recolhimento em
duplicidade. Por outro lado, se o tributo não foi recolhido na operação original, há incidência do
imposto.
Gabarito: letra D

6. (SEFAZ/DF - 2020) Julgue o próximo item, com base no disposto na Lei Orgânica do DF, na
Constituição Federal de 1988 e no Código Tributário Nacional (CTN).

De acordo com o CTN, o arrematante de produtos importados apreendidos pela aduana é


contribuinte do imposto sobre a importação.

Comentários

Nos termos do artigo 22 do Código Tributário Nacional:

Art. 22. Contribuinte do imposto é:

I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;

II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.

Vale lembrar que não há cobrança de Imposto de Importação na arrematação de produtos


apreendidos ou abandonados, de modo que, na prática, o arrematante não é contribuinte do
imposto. Precisamente por esse motivo o arrematante não aparece no rol do artigo 104 do
Regulamento Aduaneiro.

De toda sorte, como o enunciado vinculou expressamente a resposta ao que dispõe o CTN, a
assertiva está correta.

Gabarito: certa

7. (Questão Inédita/2022) Assinale a alternativa correta sobre o imposto de importação:


a) O imposto de importação não incide sobre bagagem de viajante e sobre bens enviados
como presente ou amostra, ou a título gratuito.
b) Não constitui fato gerador do imposto de importação a entrada no território aduaneiro do
pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu
território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira.
c) Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelhos e instrumentos, bem como as partes,
peças, acessórios e componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno
pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas
no exterior, na hipótese de retornarem ao País, serão considerados não-estrangeiros para
fins de incidência do imposto de importação.
d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira destruída em trânsito
aduaneiro de passagem.
e) O fato gerador do imposto de importação se considera ocorrido na data do registro da
declaração de admissão temporária para utilização econômica, exceto quando houver
suspensão parcial dos tributos incidentes na importação.

Comentários
Letra A: errada. O imposto de importação também incide sobre bagagem de viajante e sobre bens
enviados como presente ou amostra, a título gratuito.
Letra B: correta. O art. 74 do R/A estabelece duas situações em que não se considerada ocorrido
o fato gerador do I.I:
Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território aduaneiro:
I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu
território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira; e
II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária, ainda que
descumprido o regime.
Letra C: errada. Se um bem é exportado em caráter definitivo, ele se desnacionaliza, ou seja, torna-
se estrangeira. Ao retornar ao Brasil, será, portanto, considerado estrangeiro.
Letra D: errada. O imposto de importação não incidirá sobre mercadoria estrangeira destruída em
trânsito aduaneiro de passagem caso ela tenha sido acidentalmente destruída (art. 71, inciso VII,
do R/A).
Letra E: errada. Segundo o art. 73, inciso IV, do R/A, considera-se ocorrido o fato gerador na data
do registro da declaração de admissão temporária para utilização econômica. Destaque-se que,
sempre que houver admissão temporária para utilização econômica, existirá suspensão parcial de
tributos.
Gabarito: letra B

8. (Questão Inédita/2022) Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas
verdadeiras e a letra (F) para as falsas.
I) O adquirente de mercadoria entrepostada e o depositário são responsáveis pelo imposto
de importação.
II) O adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do
imposto é responsável solidário pelo imposto de importação.
III) O encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira
de pessoa jurídica importadora é contribuinte do imposto de importação.
Estão corretas as seguintes assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) I
d) II
e) III

Comentários
A primeira assertiva está errada. O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do
imposto de importação.
A segunda assertiva está correta. De fato, o adquirente ou o cessionário de mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto é responsável solidário pelo imposto de
importação.
A terceira assertiva está errada. O encomendante predeterminado que adquire mercadoria de
procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora é responsável solidário pelo imposto de
importação.
Gabarito: letra D

9. (Questão Inédita) O Imposto de Importação é um tributo de natureza eminentemente


extrafiscal, o que justifica a autorização para que o próprio Poder Executivo altere as alíquotas
do imposto com produção de efeitos imediatos.

Comentários

A principal finalidade do Imposto de Importação não é arrecadar, mas, sim, servir como
instrumento de incentivo ou desincentivo à entrada de bens estrangeiros no território nacional
(extrafiscalidade). É precisamente por isso que o Poder Executivo está autorizado a alterar as
alíquotas do imposto com a produção de efeitos imediatos.

Gabarito: certa

10. (AFRF-2002.2) O imposto de importação tem como elementos que o caracterizam, na essência:

a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem por finalidade
o incremento da arrecadação federal.

b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no comércio


internacional como base de cálculo.

c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de cálculo, para


as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação; lançamento de ofício.
d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre as alíquotas da
Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o adquirente, em licitação de
mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria sob sua custódia é contribuinte
relativamente à mercadoria cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira.

e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro da declaração
de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no Acordo de Valoração
Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.

Comentários

Letra A: errada. O lançamento do imposto de importação é feito por homologação. A base de


cálculo, quando a alíquota for ad valorem, é o valor aduaneiro. O imposto de importação tem
natureza extrafiscal, ou seja, não tem por finalidade incrementar a arrecadação federal.

Letra B: errada. A alíquota pode ser ad valorem ou específica. O lançamento é por homologação.
A base de cálculo é o valor aduaneiro.

Letra C: errada. As mercadorias contrabandeadas estão sujeitas a perdimento, que é uma das
hipóteses de não-incidência do imposto de importação (art. 71, inciso III, do R/A). Não há cobrança
do I.I no leilão de mercadorias importadas. O lançamento do imposto de importação é por
homologação.

Letra D: errada. As alíquotas mais favoráveis ao importador irão prevalecer. São contribuintes do
imposto de importação o importador, o destinatário de remessa postal internacional e o
adquirente de mercadoria entrepostada. O depositário não é contribuinte, mas sim responsável
pelo imposto de importação.

Letra E: correta. Todas as afirmações estão corretas! O lançamento do imposto de importação é


feito por homologação. O prazo de decadência do crédito tributário é de 5 (cinco) anos contados
da data do registro da DI. A base de cálculo do I.I será o valor de transação previsto no Acordo
de Valoração Aduaneira apenas quando a alíquota for ad valorem. Quando a alíquota do I.I for
específica, a base de cálculo será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.
Gabarito: letra E

11. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto de importação é a


quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida, quando a alíquota
for específica.

Comentários

De fato, quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a
quantidade de mercadoria na unidade de medida estabelecida.

Gabarito: certa

12. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Caso a alíquota incidente seja “ad valorem”, o imposto
de importação será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum
(TEC) sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.

Comentários

Se a alíquota for ad valorem, o imposto de importação será calculado pela aplicação das alíquotas
fixadas na TEC sobre o valor aduaneiro.

Gabarito: errada

13. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) Sobre o cálculo do Imposto de Importação, assinale
a opção correta.

a) O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum
sobre a base de cálculo, quando tratar-se de remessas postais internacionais e encomendas
aéreas internacionais sob o regime de tributação simplificada.

b) O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum
sobre a base de cálculo, quando tratar-se de bens conceituados como bagagem de viajante
procedente do exterior, ou adquiridos em lojas francas de chegada, quando aplicado o
regime de tributação especial.

c) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao posicionamento da


mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data da ocorrência do fato gerador, uma vez
identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul.

d) Para efeito de cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão


ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data do embarque da
mercadoria no exterior.

e) Para efeito de cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão


ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data do desembaraço da
declaração de importação.

Comentários

Letra A: errada. No caso de remessas postais internacionais submetidas ao Regime de Tributação


Simplificada (RTS), a alíquota será de 60% para o imposto de importação.

Letra B: errada. No caso de bens conceituados como bagagem de viajantes ou adquiridos em lojas
francas, quando aplicado o Regime de Tributação Especial (RTE), a alíquota será de 50% para o
imposto de importação.

Letra C: correta. É isso mesmo! Como regra geral, a alíquota do imposto de importação será a
alíquota da TEC correspondente à classificação fiscal do produto.

Letra D e E: erradas. Para efeito de cálculo do imposto de importação, os valores expressos em


moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data
em que se considerar ocorrido o fato gerador.

Gabarito: letra C
14. (ACE-2002) No Brasil, a definição da alíquota do Imposto de Importação, quando da incidência
deste, é feita com base no(a):

a) Tarifa Aduaneira Brasileira

b) Preferência Tarifária Regional

c) Sistema Geral de Preferências (SGP)

d) Tarifa Externa Comum do Mercosul

e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG)

Comentários

Mais uma questão bem direta! A definição da alíquota do imposto de importação, quando de sua
incidência, é feita com base na Tarifa Externa Comum (TEC) do MERCOSUL. A resposta é a letra
D.

Gabarito: letra D

15. (AFTN-1996-adaptada) Sobre o imposto de importação, no caso brasileiro, é correto afirma-se


que:

a) Suas alíquotas vigem por um ano e devem ser fixadas antes do início de cada exercício
fiscal, não podendo ser alteradas antes do término do mesmo

b) Seu cálculo toma por base a quantidade de mercadoria e o seu valor FOB (Free on Board)
fixado na TEC (Tarifa Externa Comum)

c) Incide sobre toda e qualquer mercadoria estrangeira que ingresse efetivamente no


território nacional, independentemente do regime aduaneiro previsto.
d) Deve ser calculado sobre o valor em moeda estrangeira empregada na transação e que
será posteriormente convertido pela taxa cambial fixada na TEC (Tarifa Externa Comum).

e) Seu cálculo toma por base o valor CIF (Cost, Insurance and Freight) da mercadoria e a
alíquota ad valorem fixada na TEC (Tarifa Externa Comum) correspondente à mercadoria em
questão.

Comentários

Letra A: errada. Não há um prazo limite para a vigência das alíquotas do imposto de importação.
Elas vigoram enquanto não forem alteradas. Destaque-se que a alteração das alíquotas do imposto
de importação gera efeitos imediatos, pois esse imposto não obedece ao princípio da
anterioridade, tampouco ao princípio da noventena.

Letra B: errada. Apenas quando a alíquota do I.I for específica, a base de cálculo será a quantidade
de mercadoria na unidade de medida estatística. Nesse caso, o valor da mercadoria é irrelevante
para determinar-se a base de cálculo.

Letra C: errada. Há diversas situações em que uma mercadoria estrangeira ingressa no território
nacional sem que haja incidência do imposto de importação. Podemos citar, por exemplo, a
hipótese da mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente destruída
(art. 71, inciso VII, do R/A).

Letra D: errada. A Tarifa Externa Comum relaciona as alíquotas do imposto de importação. Ela
não fixa taxas de câmbio.

Letra E: correta. Quando a alíquota do imposto de importação for ad valorem, a base de cálculo
será o valor aduaneiro. Como estudaremos em aula futura, o valor aduaneiro não é exatamente o
valor CIF (valor da mercadoria somado ao frete e seguro internacionais). Entretanto, as principais
parcelas que compõem o valor aduaneiro são, de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro
internacionais. Assim, podemos afirmar o seguinte:

1) É razoável dizer que, no cálculo do imposto de importação toma-se como base o valor CIF.
2) A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro.

Gabarito: letra E

16. (TRF-2002.1) A base de cálculo do Imposto de Importação é:

a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade


de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Economia.

b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou similar é


normalmente oferecida a venda no mercado atacadista do país exportador, somado às
despesas efetivamente pagas para sua colocação a bordo no porto de embarque para o
Brasil, ao seguro e ao frete (CIF), deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para
consumo interno e recuperáveis pela exportação.

c) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido numa venda


internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da exportação acrescido
das despesas incorridas para colocação no porto de embarque.

d) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido em licitação pública,


deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e acrescido do frete e seguro
internacionais.

e) quando a alíquota for ad-valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do Acordo
Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.

Comentários

Letra A: errada. Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação
será a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida. Não há qualquer
disposição no R/A sobre tarifa “baixada” pelo Ministério da Economia. Lembrando: quem fixa a
alíquota do imposto de importação é a CAMEX.

Letra B, C e D: erradas. Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo será o valor aduaneiro.
Letra E: correta. O valor aduaneiro, determinado em conformidade com as regras do Acordo de
Valoração Aduaneira (AVA), também denominado Acordo sobre a Implementação do Artigo VII
do GATT, será a base de cálculo do I.I quando a alíquota for ad valorem.

Gabarito: letra E

17. (TRF-2002.1) Constitui base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for ad-
valorem, o valor:

a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de


pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à


venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a
bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.

c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência,
entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no


SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

Comentários

São muitas as questões de prova sobre a base de cálculo do Imposto de Importação! A resposta,
como você já está cansado de saber, é a letra D. Quando a alíquota for ad valorem, a base de
cálculo do I.I será o valor aduaneiro. Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do I.I será
a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.

Gabarito: letra D
18. (TRF-2000) Constitui base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for ad-
valorem, o valor:

a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de


pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à


venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a
bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.

c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência,
entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no


SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

Comentários

Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo do imposto de importação será o valor
aduaneiro apurado segundo as regras do Acordo de Valoração Aduaneira. A resposta é, portanto,
a letra D. Já quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a
quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.

Gabarito: letra D

19. (Questão Inédita) Acerca do imposto de importação, assinale a alternativa correta:

a) A entrada no território aduaneiro de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de


exportação temporária é fato gerador do imposto de importação.

b) A reimportação não é fato gerador do imposto de importação, salvo quando tenha sido
descumprido o regime de exportação temporária.
c) Os bens importados com alíquota zero por cento do imposto de importação, ficam
dispensados dos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.

d) Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo internacional firmado


pelo Brasil, prevalecerá o tratamento nele previsto, salvo se da aplicação das normas gerais
resultar tributação mais favorável.

e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto de importação é a correspondente ao


posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data do embarque da
mercadoria no exterior, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura
Comum do MERCOSUL.

Comentários

Letra A: errada. O retorno de mercadoria exportada temporariamente não é fato gerador do


imposto de importação.

Letra B: errada. A reimportação (retorno de exportação temporária) não será fato gerador do
imposto de importação, ainda que o regime tiver sido descumprido (art. 74, inciso II, do R/A).

Letra C: errada. Os bens importados, inclusive com alíquota zero do imposto de importação, estão
sujeitos aos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.

Letra D: correta. De fato, no conflito entre a tributação prevista na TEC e a prevista em outros
acordos internacionais, prevalecerá a prevista no acordo. A exceção fica por conta de quando a
aplicação das normas gerais (aplicação da TEC) resultar em tributação mais favorável (menos
gravosa).

Letra E: errada. A alíquota aplicável é a prevista na TEC na data da ocorrência do fato gerador do
imposto de importação.

Gabarito: letra D
20. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) O Imposto de Importação incidente sobre
mercadoria estrangeira é calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa
Comum (TEC) sobre a base de cálculo apurada conforme o acordo de valoração aduaneira.
Sobre a aplicação das alíquotas, escolha a opção correta.

a) Aplica-se sobre as remessas postais internacionais e as encomendas aéreas internacionais


quando aplicado o regime de tributação simplificada.

b) Aplica-se sobre os bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior,


quando sujeitos ao regime de tributação especial.

c) Não se aplica aos bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior,
ou adquiridos em lojas francas de chegada, quando aplicado o regime de tributação comum.

d) O imposto poderá ser calculado pela aplicação de alíquota específica, ou pela conjugação
desta com a alíquota ad valorem, conforme estabelecido em legislação própria.

e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao posicionamento da


mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data do ingresso da mercadoria no território
aduaneiro, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do
Mercosul.

Comentários

Letra A: errada. O Imposto de Importação não é calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na
TEC, no caso de remessas postais internacionais e encomendas aéreas internacionais, quando
aplicado o regime de tributação simplificada, nos termos do artigo 90, inciso I, do RA, porque o
regime de tributação simplificada prevê a aplicação de alíquotas diferenciadas do Imposto de
Importação (artigo 99, do RA). Atualmente, a alíquota é de 60% independentemente da
classificação fiscal do bem.

Letra B: errada. O Imposto de Importação não é calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na
TEC, no caso de bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior, quando
aplicado o regime de tributação especial, nos termos do artigo 90, inciso II, do RA, porque o
regime de tributação especial prevê a aplicação de alíquota única de 50% para o Imposto de
Importação (artigo 101, do RA).

Letra C: errada. O Imposto de Importação não será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas
na TEC, no caso de bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior, ou
adquiridos em lojas francas de chegada, quando aplicado o regime de tributação especial, nos
termos do artigo 90, inciso II, do RA.

Letra D: correta. Perfeito. Trata-se de transcrição do artigo 91 do RA.

Letra E: errada. A alíquota aplicável é a prevista na TEC na data da ocorrência do fato gerador do
imposto de importação, conforme artigo 94, caput, do RA. No caso de mercadorias submetidas a
despacho para consumo, por exemplo, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro
da declaração de importação (artigo 73, inciso I, do RA).

Gabarito: letra D

21. (AFRFB-2005) A alíquota incidente sobre as importações de mercadorias entradas em território


nacional é definida pela norma vigente no momento em que se efetivou o registro da
declaração apresentada pelo importador à repartição alfandegária competente.

Comentários

A alíquota incidente sobre as importações de mercadorias é aquela vigente na data da ocorrência


do fato gerador, ou seja, na data do registro da Declaração de Importação.

Gabarito: certa

22. (Questão Inédita) Em regra, o pagamento do Imposto de Importação deve ocorrer na mesma
data em que se considera ocorrido o seu fato gerador.

Comentários
Em regra, o Imposto de Importação deve ser pago na data do registro da declaração de
importação, conforme artigo 107, caput, do Regulamento Aduaneiro. A data do registro da
declaração de importação é também o momento em que se considera ocorrido, em regra, o fato
gerador do tributo, de acordo com o artigo 73, inciso I, do Regulamento Aduaneiro.

Gabarito: certa

23. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de
cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de
importação, inclusive no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime
suspensivo de tributação e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou
conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.

Comentários

No caso de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, haverá
registro de DI, motivo pelo qual esse será o momento da ocorrência do fato gerador. A data do
registro da DI também será o momento do fato gerador no caso de despacho para consumo de
mercadoria previamente submetida a regime suspensivo de tributação.

Gabarito: certa

24. (AFRFB-2012) O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria estrangeira


no território nacional. Este é o conceito que a doutrina chama de elemento geográfico ou
espacial do fato gerador. Para efeito de cálculo, entre outras situações, considera-se ocorrido
o fato gerador do Imposto de Importação no dia do lançamento do correspondente crédito
tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada
ou desacompanhada.

Comentários

O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território


nacional (ou no território aduaneiro). No caso de bens compreendidos no conceito de bagagem
(acompanhada ou desacompanhada), o fato gerador se considera ocorrido na data do lançamento
do crédito tributário.

Gabarito: certa

25. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria


estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se
entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha
sido verificado pela autoridade aduaneira.

Comentários

O fato gerador do I.I é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para fins de
incidência do I.I, considera-se que a mercadoria extraviada ingressou no território aduaneiro.

Gabarito: certa

26. (Questão Inédita) Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o
fato gerador no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de
bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de tributação especial.

Comentários

Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do
lançamento do correspondente crédito tributário bens contidos em remessa postal internacional
não sujeitos ao regime de importação comum, isto é, sujeitos ao regime de tributação simplificada.
O regime de tributação especial se aplica a bagagem de viajantes, e não a bens contidos em
remessa postal internacional.

Gabarito: errada

27. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2015) Assinale a opção que indica quais elementos da
tributação nas Operações de Comércio Exterior caracterizam, respectivamente, a entrada da
mercadoria no território aduaneiro e o registro da Declaração de Importação (DUIMP).
a) Zona Primária e Zona Secundária Aduaneira.

b) Transporte Aduaneiro e Base de Cálculo do Imposto de Importação.

c) Fato gerador e momento em que se considera ocorrido o fato gerador do Imposto de


Importação, na importação comum.

d) Fato gerador e momento em que se considera ocorrido o fato gerador do Imposto sobre
Produtos Industrializados.

e) Campo de Incidência e Alíquota do Imposto de Importação.

Comentários

A entrada da mercadoria no território aduaneiro é o fato gerador do imposto de importador.

O registro da Declaração de Importação (ou Declaração Única de Importação - DUIMP) é o


momento em que se considera ocorrido o fato gerador do imposto de importação, no caso de
importação comum.

Gabarito: letra C

28. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) Com relação ao fato gerador do Imposto de
Importação, é correto afirmar:

a) o fato gerador do Imposto de Importação é a saída de mercadoria nacional do território


aduaneiro.

b) o fato gerador do Imposto de Importação é o embarque no exterior de mercadoria


estrangeira.

c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro
da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.
d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto de
Importação na data de desembaraço da declaração de importação.

e) não há fato gerador para o Imposto de Importação de mercadorias submetidas a despacho


para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação.

Comentários

Letra A e B: errada. O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria


estrangeira no território aduaneiro.

Letra C: correta. O momento da ocorrência do fato gerador do imposto de importador é a data


do registro da DI, no caso de mercadoria submetida a despacho para consumo.

Letra D: errada. O desembaraço aduaneiro é o ato final do despacho de importação. O fato


gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do registro da DI.

Letra E: errada. Há fato gerador do imposto de importação no caso de despacho para consumo
de mercadorias submetidas a regime suspensivo de tributação.

Gabarito: letra C

29. (AFTN-1996) O momento de incidência do Imposto de Importação sobre uma mercadoria


estrangeira associa-se à (ao):

a) Entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou marítima.

b) Registro da Declaração de Importação

c) Emissão do Conhecimento de Embarque

d) Liquidação do Contrato de Câmbio

e) Expedição da Guia de Importação


Comentários

Segundo o art. 73 do R/A, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na


data do registro da Declaração de Importação (DI). Logo, a resposta é a letra B.

Gabarito: letra B

30. (TRF-2002.1-adaptada) Caso se trate de mercadoria constante de manifesto ou documento


equivalente, cuja falta for verificada pela autoridade aduaneira, reputar-se-á como ocorrido o
fato gerador:

a) no dia do registro do manifesto.

b) no dia do lançamento do crédito tributário.

c) no dia do registro da declaração de importação.

d) no primeiro dia útil do mês subsequente à apuração da falta.

e) no dia da atracação do veículo transportador.

Comentários

De acordo com o art. 73, inciso II, alínea “c”, do Decreto nº 6759/2009, no caso de verificação,
pela autoridade aduaneira, da falta de mercadoria constante de manifesto ou documento
equivalente, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do
lançamento do crédito tributário. Logo, a resposta é a letra B.

Gabarito: letra B

31. (TTN-1997) Para se configurar o fato gerador do imposto de importação e o momento de sua
ocorrência, para fins de cálculo do imposto, são condições cumulativas:
a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu licenciamento pelo
órgão competente.

b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona primária e o seu


registro no manifesto de carga do veículo transportador.

c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado


e a entrega dos documentos relativos à importação na repartição aduaneira jurisdicionante.

d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no SISCOMEX da


declaração de importação para consumo.

e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos e pontos de


fronteira alfandegados e o registro da mercadoria para qualquer regime aduaneiro especial.

Comentários

Letra A: errada. A entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro é fato gerador do


imposto de importação. No entanto, é necessário, adicionalmente, o registro da DI.

Letra B: errada. O registro da mercadoria no manifesto de carga e a entrada desta nos recintos
alfandegados de zona primária são fatores irrelevantes para configurar o fato gerador do I.I

Letra C: errada. Não basta que o veículo chegue ao porto e preste as informações. O fato gerador
do I.I considera-se ocorrido na data de registro da DI.

Letra D: correta. O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira


no território nacional. No entanto, pode-se dizer que o fato gerador somente se aperfeiçoa com
o registro da Declaração de Importação.

Letra E: errada. A assertiva nada falou sobre o registro da DI.

Gabarito: letra D
32. (TTN-1998-adaptada) Para efeito de cálculo do Imposto de Importação, considera-se ocorrido
o fato gerador

a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes aduaneiros


especiais, exceto o de drawback.

b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a da descarga


dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária

c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante de manifesto


ou documento equivalente, cuja falta for verificada pela autoridade aduaneira

d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no território


aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha sido aplicado o regime de
exportação temporária.

e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto


ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira em ato de
revisão.

Comentários

Letra A: errada. Em aula futura, estudaremos sobre a problemática da ocorrência ou não do fato
gerador do I.I na admissão de bens em regimes aduaneiros especiais. Por ora, basta sabermos que
a hipótese descrita pela assertiva não está prevista no art. 73 do R/A, dispositivo que versa sobre
o momento da ocorrência do fato gerador do I.I.

Letra B: errada. O fato gerador do imposto de importação é a data da entrada da mercadoria


estrangeira no território aduaneiro, assim considerada a data do registro da DI.

Letra C: correta. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “c”, no caso de extravio de mercadoria
constante de manifesto de carga ou documento equivalente, o fato gerador considera-se ocorrido
na data do lançamento.
Letra D: errada. O retorno de exportação temporária é hipótese de não-ocorrência do fato
gerador do imposto de importação.

Letra E: errada. Quando houver extravio de mercadoria, não haverá registro da DI. O fato gerador,
nesse caso, considera-se ocorrido na data do lançamento.

Gabarito: letra C

33. (AFTN-1989) No caso de falta de mercadoria constante de documentos de carga ou


equivalente, verificada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:

a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento do crédito


tributário correspondente.

b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do veículo


transportador no território aduaneiro.

c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato foi comunicado
à repartição fiscal.

d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato, ficando a


mercadoria sujeita aos tributos então vigentes.

e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha ocorrido o
primeiro registro de declaração de importação de mercadoria desembarcada do mesmo
veículo transportador.

Comentários

Segundo o art. 73, inciso II, alínea “c” do R/A, no caso de extravio de mercadoria constante de
manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, considera-se ocorrido o fato gerador
na data do lançamento do crédito tributário. A resposta é a letra A.

Gabarito: letra A
34. (CODESP-2011) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria
estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o
seguinte fato gerador:

a) a data do desembarque da mercadoria.

b) a data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para


consumo.

c) o dia útil seguinte à data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em


recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro.

d) a data de aplicação da pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de mercadoria


importada e que for considerada abandonada pelo decurso do prazo de permanência em
recinto alfandegado.

e) a data de entrada de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação


temporária.

Comentários

Letra A: errada. Não há qualquer situação em que a data do desembarque seja considerada o
momento da ocorrência do fato gerador do I.I.

Letra B: correta. Segundo o art. 73, inciso I, do R/A, para efeito de cálculo do imposto do imposto
de importação, considera-se ocorrido o fato gerador na data de registro da Declaração de
Importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

Letra C: errada. O art. 73, inciso III, do R/A, considera-se ocorrido o fato gerador do I.I na data do
vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o
respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na
hipótese de a mercadoria ter sido considerada abandonada.
Letra D: errada. Se for aplicada a pena de perdimento, não há incidência do imposto de
importação.

Letra E: errada. O retorno de mercadoria exportada temporariamente não é fato gerador do


imposto de importação.

Gabarito: letra B

35. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido:

a) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens


contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de importação comum.

b) na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado,


se aplicada a pena de perdimento.

c) no data do registro da DI de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações


de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

d) na data do registro da declaração de importação de bens contidos em remessas postais


internacionais não-sujeitos ao regime de importação comum.

e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens


compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

Comentários

Letra A: errada. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “a”, do R/A, o fato gerador do imposto de
importação considera-se ocorrido no dia do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de
bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum.

Letra B: errada. Se aplicada a pena de perdimento, não haverá incidência do imposto de


importação (art. 71, inciso III, do R/A)
Letra C: errada. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “c”, do R/A, o fato gerador do imposto de
importação considera-se ocorrido no dia do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de
mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio
tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

Letra D: errada. Nos termos do art. 73, inciso II, alínea “a” do R/A, o fato gerador do imposto de
importação considera-se ocorrido na data do lançamento do crédito tributário, quando se tratar
de bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum.
Quando os bens contidos em remessa postal internacional estiverem sujeitos ao regime de
importação comum, aí é que haverá registro da DI.

Letra E: correta. Segundo o art. 73, inciso II, alínea “b”, do R/A, considera-se ocorrido o fato
gerador do imposto de importação na data do lançamento do crédito tributário, quando se tratar
de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

Gabarito: letra E

36. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) O fato gerador do Imposto de Importação (II) é
a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de cálculo do imposto,
considera-se ocorrido o fato gerador na data:

a) de entrada da mercadoria no porto, aeroporto ou ponto de fronteira para qualquer regime


de importação.

b) do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para


consumo.

c) do registro da declaração de importação quando se tratar de bens contidos em remessa


postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum na data do registro da
declaração de importação.

d) de entrada no território aduaneiro de bens compreendidos no conceito de bagagem,


acompanhada ou desacompanhada.
e) do lançamento do correspondente crédito tributário quando se tratar de importação de
mercadoria sujeita ao regime de importação comum.

Comentários

Letra A: errada. No caso do regime especial de admissão temporária para utilização econômica,
por exemplo, o fato gerador considera-se ocorrido na data do registro da declaração de admissão,
conforme artigo 73, inciso IV, do RA.

No regime de importação comum, por outro lado, considera-se ocorrido o fato gerador na data
do registro da declaração de importação, em conformidade com o disposto no artigo 73, inciso I,
do RA.

Letra B: correta. Se a mercadoria for despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declaração de importação, nos termos do artigo 73, inciso I, do
RA.

Letra C: errada. Na hipótese de bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao
regime de importação comum, considera-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento do
crédito, consoante o disposto no artigo 73, inciso II, alínea “a”, do RA.

Letra D: errada. No caso de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou


desacompanhada, considera-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento do crédito,
consoante o disposto no artigo 73, inciso II, alínea “b”, do RA.

Letra E: errada. No regime de importação comum, em que a mercadoria é despachada para


consumo, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação,
nos termos do artigo 73, inciso I, do RA.

Gabarito: letra B

37. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) O fato gerador do Imposto de Importação é a


entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. De acordo com o Regulamento
Aduaneiro atual (Decreto n. 6.759/2009), para efeito de cálculo do imposto, considera-se
ocorrido o fato gerador:

a) na data do desembaraço da Declaração de Importação de mercadoria submetida a


despacho para consumo.

b) na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho


para consumo.

c) na data da retificação da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho


para consumo, quando formalizadas exigências fiscais.

d) na data da efetiva entrega da carga pelo depositário, vinculada à Declaração de


Importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens


contidos em remessa postal internacional e que foram sujeitos ao regime de importação
comum.

Comentários

Letra A: errada. Se a mercadoria for despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declaração de importação (não na data do desembaraço), nos
termos do artigo 73, inciso I, do RA.

Letra B: correta. Se a mercadoria for despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declaração de importação, nos termos do artigo 73, inciso I, do
RA.

Letra C: errada. Se a mercadoria for despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declaração de importação, nos termos do artigo 73, inciso I, do
RA. Eventual retificação posterior não modifica a data de ocorrência do fato gerador.
Letra D: errada. Se a mercadoria for despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da declaração de importação (não na data da efetiva entrega da
carga), nos termos do artigo 73, inciso I, do RA.

Letra E: errada. Na hipótese de bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao
regime de importação comum, considera-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento do
crédito, consoante o disposto no artigo 73, inciso II, alínea “a”, do RA.

Gabarito: letra B

38. (AFRFB-2005) O fato gerador do imposto de importação é a data da celebração, no Brasil ou


no exterior, do contrato de compra e venda relativo aos produtos importados, ou, se
conhecido, o instante em que são embarcadas as mercadorias adquiridas no estrangeiro.

Comentários

O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território


nacional. Considera-se ocorrido na data do registro da Declaração de Importação.

Gabarito: errada

39. (Questão Inédita) O retorno de mercadoria exportada temporariamente, quando descumprido


o regime, é fato gerador do imposto de importação.

Comentários

O retorno de mercadoria exportada temporariamente, mesmo quando há descumprimento do


regime, é hipótese de não-ocorrência do fato gerador do imposto de importação.

Gabarito: errada

40. (AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação,


toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.
Comentários

Nem todas as mercadorias nacionais ou nacionalizadas exportadas que retornem ao País serão
consideradas estrangeiras. Há diversas exceções a essa regra, as quais estão relacionadas no art.
70, do Regulamento Aduaneiro.

Gabarito: errada

41. (AFRFB-2012) O Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido
consumida ou revendida.

Comentários

Segundo o art. 71, inciso III, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja
localizada, tenha sido consumida ou revendida.

Gabarito: errada

42. (ATRFB-2012) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito
aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

Comentários

Segundo o art. 71, inciso VII, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

Gabarito: certa

43. (Exame Despachante Aduneiro-2012) As mercadorias que tenham sido objeto da pena de
perdimento estão sujeitas à incidência do imposto de importação.

Comentários
As mercadorias objeto da pena de perdimento não estão sujeitas à incidência do imposto de
importação.

Gabarito: errada

44. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O imposto de importação não incide sobre a mercadoria
estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegue ao País por
erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o
exterior.

Comentários

Exatamente o que prevê o art. 71, inciso I, do R/A. Não há incidência do imposto de importação
sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegue
ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida
para o exterior.

Gabarito: certa

45. (Questão Inédita) Será considerada não-estrangeira a mercadoria que, corretamente descrita
nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de
expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

Comentários

Trata-se de hipótese de não-incidência do imposto de importação (art. 71, inciso I, do R/A).


Perceba que a mercadoria é estrangeira; a tributação é afastada em razão de outra condição
(mercadoria chegou ao país em razão de um erro de expedição).

Gabarito: errada

46. (Questão Inédita) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em
trânsito aduaneiro de passagem que tenha sido intencionalmente destruída.
Comentários

O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de


passagem acidentalmente destruída (art. 71, inciso VII, do R/A).

Gabarito: errada

47. (Questão Inédita) A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não


vendida no prazo autorizado será considerada estrangeira para fins de incidência do imposto
de importação.

Comentários

A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo


autorizado será considerada não-estrangeira.

Gabarito: errada

48. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2015) O Imposto de Importação não incide sobre as
operações abaixo, exceto:

a) mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar


ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou
devolvida para o exterior.

b) mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de


importação.

c) mercadoria importada no regime aduaneiro especial de admissão temporária.

d) mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.


e) mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição
de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro,
defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava.

Comentários

Letra A: correta. Segundo o art. 71, I, R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro
inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

Letra B: correta. Segundo o art. 71, IV, R/A, o imposto de importação não incide mercadoria
estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação.

Letra C: errada. Quando uma mercadoria é importada ao amparo do regime aduaneiro especial
de admissão temporária, haverá incidência do imposto de importação. O crédito tributário será
constituído, mas ficará com a exigibilidade suspensa.

Letra D: correta. Segundo o art. 71, VII, R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

Letra E: correta. Segundo o art. 71, II, R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra
anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou
imprestável para o fim a que se destinava.

Gabarito: letra C

49. (AFRFB – 2014) Sobre o Imposto de Importação, é incorreto afirmar:

a) não se considera estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou


nacionalizada exportada, que retorne ao País por motivo de modificações na sistemática de
importação por parte do país importador.
b) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem
ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.

c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do


lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos
no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro
da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela
autoridade aduaneira.

e) caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, a qual poderá ser
processada de ofício, nos casos de verificação de extravio ou de avaria.

Comentários

Letra A: correta. É o que dispõe o art. 70, inciso III, do Regulamento Aduaneiro. A mercadoria
nacional ou nacionalizada exportada e que retorna ao País em virtude de modificações na
sistemática de importação do país importada é tratada como não-estrangeira e, portanto, não
haverá incidência do imposto de importação.

Letra B: correta. É o que dispõe o art. 71, inciso VI, do Regulamento Aduaneiro. A mercadoria
estrangeira que é destruída sob controle aduaneiro, antes de desembaraçada e sem ônus para a
Fazenda Nacional não é alvo de incidência do imposto de importação.

Letra C: correta. Quando se tratar de bens enquadrados como bagagem, o fato gerador se
considera ocorrido na data do lançamento do crédito tributário.

Letra D: errada. No caso de extravio, o fato gerador considera-se ocorrido na data do lançamento
(e não na data do registro da DI). É o que dispõe o art. 73, II, alínea “c”, do R/A.

Letra E: correta. No caso de avaria ou extravio, será devida restituição ao importador (art. 110, II).
A restituição poderá ser processada de ofício ou mediante pleito do importador.
Gabarito: letra D

50. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) Sobre as hipóteses de incidência do Imposto de


Importação, é correto afirmar:

a) o Imposto de Importação incide sobre a mercadoria estrangeira, excetuando-se a


bagagem de viajante e bens enviados como presente ou amostra, ou a título gratuito.

b) o Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira devolvida para o exterior


antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo
Ministério da Fazenda.

c) não é considerada estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional


ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, por qualquer circunstância.

d) o Imposto de Importação não incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente


descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado
de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

e) o Imposto de Importação não incide sobre as Remessas Postais Internacionais.

Comentários

Letra A: errada. O imposto de importação também incide sobre bagagem de viajantes e sobre
bens enviados como presente ou amostra, a título gratuito.

Letra B: errada. Segundo o art. 71, IV, R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação.

Letra C: errada. A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada e que retorne ao País é


considerada estrangeira.
Letra D: correta. Segundo o art. 71, I, R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro
inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

Letra E: errada. O imposto de importação também incide sobre as remessas postais internacionais.

Gabarito: letra D

51. (AFRF-2002.2) A importação de mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor,


e que se destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o
despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que
satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relativamente ao
imposto de importação uma hipótese de:

a) isenção condicionada.

b) regime suspensivo até o implemento das condições.

c) não-incidência.

d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.

e) isenção de natureza objetiva.

Comentários

Conforme art. 71, inciso II, do R/A, a assertiva descreve uma hipótese de não-incidência do
imposto de importação. Portanto, a resposta é a letra C.

Gabarito: letra C

52. (TRF-2003) Não haverá incidência do Imposto de Importação nas seguintes situações, exceto:
a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo de defeito
técnico e que retornaram ao País para substituição.

b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado interno, por


empresa nacional de engenharia e exportado para execução de obra contratada no exterior.

c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não correspondia à


amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo representante da cooperativa de
artesãos.

d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não vendidos,


imediatamente após o término do prazo autorizado.

e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira, corretamente


descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.

Comentários

Letra A: correta. Segundo o art. 70, inciso II, do R/A, a mercadoria nacional ou nacionalizada
exportada que retorne ao país devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para
substituição, é considerada não-estrangeira. Assim, não há incidência do imposto de importação

Letra B: errada. Ao ser exportado para execução de obra contratada no exterior, o veículo se
desnacionalizou. Portanto, no seu retorno, haverá incidência do imposto de importação.
Destaque-se que, caso o veículo tivesse sido exportado temporariamente, o seu retorno não seria
fato gerador do imposto de importação.

Letra C: correta. Não haverá incidência do imposto de importação no retorno ao país de


mercadoria nacional ou nacionalizada em virtude de fatores alheios à vontade do exportador. Tais
mercadorias são consideradas não-estrangeiras; elas não chegaram a se desnacionalizar.

Letra D: correta. Segundo o art. 70, inciso I, do R/A, a mercadoria nacional ou nacionalizada
enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado, será considerada, ao retornar ao país,
como não-estrangeira. Portanto, não haverá incidência do imposto de importação.
Letra E: correta. Segundo o art. 71, inciso I, do R/A, o imposto de importação não incide sobre
mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País
por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o
exterior.

Gabarito: letra B

53. (TTN-1998) Com relação à mercadoria estrangeira devolvida ao exterior antes do registro da
Declaração de Importação, nos termos e condições estabelecidos pelo Ministro da Economia,

a) incide apenas o IPI

b) ocorre o pagamento dos tributos e confirmada a devolução o importador terá direito à


restituição dos mesmos

c) ocorre a suspensão do pagamento dos tributos até a sua efetiva saída do País

d) não incidem o II e o IPI

e) serão cobrados os tributos apenas na hipótese de não ser confirmada a chegada da


mercadoria ao destino

Comentários

Segundo o art. 71, inciso IV, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observada a
regulamentação editada pelo Ministério da Economia. O IPI também não irá incidir, uma vez que
não houve desembaraço aduaneiro. Logo, a resposta é a letra D. Na próxima aula, falaremos sobre
o IPI, ok?

Gabarito: letra D

54. (Questão Inédita) Acerca da incidência do imposto de importação, assinale a alternativa


correta:
a) O imposto de importação incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da
pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida
ou revendida.

b) O imposto de importação não incide sobre bagagens de viajantes, uma vez que estas não
estão dentro do conceito de mercadorias estrangeiras.

c) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto de importação, a mercadoria


nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo fixado, que
retorne ao Brasil.

d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em igual


quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se
tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que
se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Economia.

e) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de


passagem, acidentalmente destruída.

Comentários

Letra A: errada. O imposto de importação não incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha
sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido
consumida ou revendida.

Letra B: errada. O imposto de importação também incide sobre bagagem de viajantes, apesar de
estas estarem fora do conceito de “mercadorias”.

Letra C: errada. A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida


no prazo fixado será considerada não-estrangeira ao retornar ao Brasil.

Letra D: correta. Não há incidência do imposto de importação na hipótese de substituição de


mercadorias.
Letra E: errada. Se a mercadoria tiver sido acidentalmente destruída em trânsito aduaneiro de
passagem, não haverá incidência do imposto de importação.

Gabarito: letra D

55. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) Para fins de incidência do Imposto de


Importação, considera-se como estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada
que retorne ao País:

a) após ser enviada ao exterior em consignação e vendida no prazo autorizado.

b) por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição.

c) por modificações na sistemática de importação por parte do país importador.

d) em razão de guerra ou de calamidade pública.

e) devido a fatores alheios à vontade do exportador

Comentários

Noutras palavras, o enunciado pediu para que o candidato identificasse a situação que não se
enquadra nas hipóteses de não incidência elencadas pelo artigo 70, do Regulamento Aduaneiro.

Letra A: correta. Após ser enviada ao exterior em consignação e vendida no prazo autorizado, a
mercadoria se desnacionaliza, pelo que, se retornar ao país será considerada estrangeira para fins
de incidência do imposto de importação.

Notem que o artigo 70, inciso I, do RA, estabelece que não será considerada estrangeira a
mercadoria enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado.

Letra B: errada. Trata-se da hipótese prevista pelo artigo 70, inciso II, do RA.

Letra C: errada. Trata-se da hipótese prevista pelo artigo 70, inciso III, do RA.
Letra D: errada. Trata-se da hipótese prevista pelo artigo 70, inciso IV, do RA.

Letra E: errada. Trata-se da hipótese prevista pelo artigo 70, inciso V, do RA.

Gabarito: letra A

56. (AFRFB-2005) Segundo a legislação própria, considera-se estrangeira(o) e, salvo disposição em


contrário, pode, sobre ela(e), incidir o imposto de importação (salvo se por outra razão seja
verificada sua não-incidência) :

a) mercadoria restituída pelo importador estrangeiro, por motivo de modificações na


sistemática de importação por parte do país importador.

b) mercadoria enviada em consignação e não vendida no exterior no prazo autorizado,


quando retorna ao País.

c) produto devolvido do exterior por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição.

d) mercadoria nacional que retornar ao País.

e) produto estrangeiro em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente destruído no


País.

Comentários

Letra A: errada. Nos termos do art. 70, inciso III, do R/A, a mercadoria que retorne ao País por
motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador será
considerada não-estrangeira.

Letra B: errada. Segundo o art. 70, inciso I, do R/A, a mercadoria enviada em consignação e não
vendida no exterior no prazo autorizado, quando retorna ao País, será considerada não-
estrangeira.
Letra C: errada. Segundo o art. 70, inciso II, do R/A, a mercadoria devolvida do exterior por motivo
de defeito técnico, para reparo ou substituição, será considerada não-estrangeira.

Letra D: correta. A mercadoria nacional, caso tenha sido exportada definitivamente, irá se
desnacionalizar. Assim, irá incidir o Imposto de Importação no seu retorno.

Letra E: errada. Segundo o art. 71, inciso VII, do R/A, o Imposto de Importação não incide sobre
mercadorias estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente destruído no País.

Gabarito: letra D

57. (Questão Inédita) Em regra, o sujeito ativo do Imposto de Importação é a pessoa que promove
a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

Comentários

O sujeito ativo do Imposto de Importação é a pessoa jurídica de direito público titular da


competência para exigir o seu cumprimento, ou seja, a União (conforme artigos 119, do Código
Tributário Nacional, e 153, inciso I, da Constituição da República). A pessoa que promove a
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro é contribuinte do Imposto de
Importação (artigo 104, inciso I, do Regulamento Aduaneiro). Trata-se, portanto, de sujeito passivo
da obrigação tributária.

Gabarito: errada

58. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário incumbido da custódia de mercadorias


sob controle aduaneiro é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto de
importação.

Comentários

O depositário incumbido da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro é responsável (e não


responsável solidário!) pelo imposto de importação.
Gabarito: errada

59. (ATRFB-2012) O representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário


pelo imposto de importação.

Comentários

O art. 106, do R/A, estabelece que o representante, no País, do transportador estrangeiro é


responsável solidário pelo imposto de importação.

Gabarito: errada

60. (Exame Despachante Aduneiro-2012) É responsável solidário pelo imposto de importação o


adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por
sua conta e ordem.

Comentários

Segundo o art. 106, inciso III, do R/A, o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no
caso de importação realizada por sua conta e ordem, é responsável solidário pelo imposto de
importação.

Gabarito: certa

61. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte


do imposto de importação.

Comentários

Segundo o art. 104, inciso III, do R/A, o adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do
imposto de importação.

Gabarito: certa
62. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O transportador, quando transportar mercadoria
procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, é responsável solidário pelo imposto de
importação.

Comentários

De acordo com o art. 105, inciso I, do R/A, o transportador é responsável (não responsável
solidário) pelo imposto de importação.

Gabarito: errada

63. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário, assim considerada qualquer pessoa


incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de
importação.

Comentários

Segundo o art. 105, inciso II, do R/A, o depositário é responsável pelo imposto de importação.

Gabarito: errada

64. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O destinatário de remessa postal internacional indicado


pelo respectivo remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.

Comentários

Segundo o art.104, inciso II, do R/A, o destinatário de remessa postal internacional é contribuinte
do imposto de importação.

Gabarito: errada

65. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou


qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do
imposto de importação.
Comentários

Segundo o art. 106, inciso V, do R/A, expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal são responsáveis solidários pelo
imposto de importação.

Gabarito: errada

66. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) É Contribuinte do Imposto de Importação:

a) o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle


aduaneiro, inclusive em percurso interno.

b) o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria


sob controle aduaneiro.

c) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada


por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

d) o representante, no País, do transportador estrangeiro.

e) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria


estrangeira no território aduaneiro.

Comentários

São contribuintes do imposto de importação: a) o importador; b) o destinatário de remessa postal


internacional e; c) adquirente de mercadoria entrepostada.

Letra A e B: erradas. O depositário e o transportador são responsáveis pelo imposto de


importação.

Letra C e D: erradas. O adquirente de mercadoria importada por conta e ordem e o representante


do transportador estrangeiro são responsáveis solidários.
Gabarito: letra E

67. (TTN-1997) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceiros sob controle


aduaneiro nos armazéns de zona primária ou secundária:

a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às mercadorias


sob sua guarda.

b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada


com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à qualidade do importador.

c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com


isenção ou redução do imposto de importação vinculada à destinação dos bens.

d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele consignadas.

e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o despacho


aduaneiro da mercadoria.

Comentários

Segundo o art. 105, inciso II, do R/A, o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida
da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro, é responsável pelo imposto de importação. A
resposta é a letra A.

Gabarito: letra A

68. (TTN-1998) É contribuinte do Imposto de Importação:

a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira.

b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em relação ao fato


gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer fim.
c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de
produto, de procedência estrangeira.

d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria


estrangeira no território nacional.

e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato gerador da


entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento, ainda que se trate de bem
destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo.

Comentários

A resposta para essa questão está no art. 104 do R/A, o qual transcrevemos a seguir:

Art. 104. É contribuinte do imposto:

I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria


estrangeira no território aduaneiro;

II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e

III - o adquirente de mercadoria entrepostada.

A resposta é, como se pode ver, a letra D.

Gabarito: letra D

69. (AFTN-1994-adaptada) É contribuinte do imposto de importação:

a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional,


bem como o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente.
b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias estrangeiras
depositadas.

c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria estrangeira no território
nacional, inclusive o transportador e o depositário, mesmo que a mercadoria se destine a
permanecer no País apenas por um tempo determinado.

d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para consumo no


território nacional, bem como o transportador de mercadoria procedente do exterior em
percurso interno, sob controle aduaneiro.

e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira beneficiada com


isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador.

Comentários

Letra A: correta. São contribuintes do imposto de importação: i) o importador, assim considerada


qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional; ii) o
destinatário de remessa postal internacional e; iii) o adquirente de mercadoria entrepostada.

Letra B: errada. O permissionário não está entre os contribuintes do imposto de importação.

Letra C: errada. O transportador e o depositário são responsáveis pelo imposto de importação (e


não contribuintes!).

Letra D: errada. O transportador de mercadoria procedente do exterior em percurso interno, sob


controle aduaneiro, é responsável pelo imposto de importação.

Letra E: errada. O adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira beneficiada com isenção


ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador é responsável solidário pelo imposto
de importação.

Gabarito: letra A
70. (TRF-2002.2) A responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes ou de
mercadorias importadas pode ser do transportador ou do depositário, conforme normas
contidas:

a) nos INCOTERMS

b) no Direito Comercial

c) nos acordos internacionais de transporte

d) na legislação tributária

e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem de carga.

Comentários

De acordo com o art. 105 do R/A, são responsáveis pelo imposto de importação: o transportador,
o depositário e qualquer outra pessoa que a lei assim designar. Como se vê, é a legislação
aduaneira que atribui responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes. A resposta
é a letra D.

Apenas a título de esclarecimento, INCOTERMS são cláusulas contratuais por meio das quais são
definidas as obrigações. Esse assunto está previsto apenas na disciplina de Comércio
Internacional.

Gabarito: letra D

71. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta:

a) É contribuinte do imposto de importação o importador, assim considerada qualquer


pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

b) É contribuinte do imposto de importação o adquirente de mercadoria entrepostada.


c) É responsável pelo imposto de importação o depositário, assim considerada qualquer
pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.

d) É responsável pelo imposto de importação o transportador, quando transportar


mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno

e) É responsável pelo imposto de importação o adquirente ou o cessionário de mercadoria


beneficiada com isenção ou redução do imposto.

Comentários

Pessoal, é fundamental que vocês saibam identificar os contribuintes e os responsáveis pelo


imposto de importação.

Letra A: correta. Conforme o art. 104, inciso I, do R/A.

Letra B: correta. Conforme o art. 104, inciso III, do R/A.

Letra C: correta. Conforme o art. 105, inciso II, do R/A.

Letra D: correta. Conforme o art. 105, inciso I, do R/A.

Letra E: errada. O adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução


do imposto de importação é responsável solidário pelo imposto de importação (art. 106, inciso I).

Gabarito: letra E

72. (Questão Inédita) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de


seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte
disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes,
as alíquotas de 50% para o cálculo do imposto de importação e de 50% para o cálculo do
imposto sobre produtos industrializados.

Comentários
Com a Lei nº 13.043/2014, a tributação de mercadorias não-identificadas passou a ser feita pela
aplicação da alíquota única de 80%, relativa ao I.I, IPI, PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação
e AFRMM.

Gabarito: errada

73. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada aplica-se aos bens adquiridos em lojas
francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção.

Comentários

O Regime de Tributação Simplificada se aplica aos bens integrantes de remessa postal


internacional cujo valor não exceda US$ 3.000,00. Aos bens adquiridos em lojas francas de
chegada, no montante que exceder o limite de isenção, aplica-se o Regime de Tributação Especial.

Gabarito: errada

74. (Questão Inédita) Assinale a alternativa correta sobre o imposto de importação:

a) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio


ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte
disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos
incidentes, as alíquotas de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto de importação
e de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados.

b) Os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a US$100.00


serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o
destinatário sejam pessoas físicas.

c) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite a classificação genérica, para fins de


despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a
aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre
produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação.
d) O imposto de importação será pago na data do desembaraço aduaneiro de importação.

e) O Regime de Tributação Especial se aplica tão somente aos bens compreendidos no


conceito de bagagem, no montante que exceder o valor global de US$500,00.

Comentários

Letra A: errada. Com a Lei nº 13.043/2014, a tributação de mercadorias não-identificadas passou


a ser feita pela aplicação da alíquota única de 80%, relativa ao I.I, IPI, PIS/PASEP-Importação,
COFINS-Importação e AFRMM.

Letra B: errada. Farão jus à isenção do I.I os bens integrantes de remessa postal internacional cujo
valor não seja superior a US$50,00, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.

Letra C: correta. Essa é a definição do Regime de Tributação Simplificada, aplicável aos bens
integrantes de remessa postal internacional cujo valor global não exceda US$ 3.000,00. Sobre
esses bens incidirá uma alíquota diferenciada do I.I (60%). Além disso, farão jus à isenção de IPI e
das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.

Letra D: errada. O imposto de importação será pago na data do registro da Declaração de


Importação.

Letra E: errada. O Regime de Tributação Especial (RTE) se aplica aos bens compreendidos no
conceito de bagagem, no montante que exceder o valor global de US$ 1.000,00, para as vias
aérea e marítima, e de US$ 500,00 para as vias terrestre, fluvial e lacustre. Além disso, o RTE
também se aplica aos bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante em que exceder
o limite de US$ 1000,00.

Gabarito: letra C

75. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada pode ser aplicado sobre os bens
contidos em remessas postais internacionais destinadas a pessoas físicas cujo valor não
ultrapasse US$ 3.000,00.
Comentários

O Regime de Tributação Simplificada pode ser aplicado sobre os bens contidos em remessas
postais internacionais destinadas a pessoas físicas ou jurídicas cujo valor não ultrapasse US$
3.000,00, nos termos do artigo 1º, caput, da Portaria MF nº 156/99.

Gabarito: errada

76. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens
integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação,
calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem.

Comentários

O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem


mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota
de 50% sobre o valor do bem.

Gabarito: certa

77. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens adquiridos em
lojas francas de chegada estabelecidas em aeroportos e portos alfandegados sobre o valor
que exceder o limite de isenção equivalente a US$ 1.000,00.

Comentários

O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens adquiridos em lojas francas de
chegada estabelecidas em aeroportos e portos alfandegados sobre o valor que exceder o limite
de isenção, nos termos do artigo 41, §1º, inciso I, alínea "b", da Instrução Normativa RFB nº
1.059/10. Atualmente, o limite de isenção para compras em lojas francas de chegada estabelecidas
em aeroportos e portos alfandegados é de US$ 1.000,00 (artigo 9º, parágrafo único, da Portaria
MF nº 112/08).

Gabarito: certa
78. (TRF-2003-adaptada) Verifique a correção dos itens abaixo em relação à bagagem. Atribua a
letra S para as opções que se apliquem à tributação de bens conceituados como bagagem e
N para as opções que não se apliquem a essa tributação. Em seguida, marque a opção que
contenha a seqüência correta.

V) imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial.

X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de Tributação


Simplificada.

Y) limite de isenção de US$500.00.

Z) isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas físicas para
pessoas físicas.

a) VS XN YS ZN

b) VS XS YS ZN

c) VN XN YN ZS

d) VS XN YN ZN

e) VN XS YN ZN

Comentários

(V) Imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial. O
Regime de Tributação Especial se aplica aos bens integrantes de bagagem, no que exceder o
limite de isenção, mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela
aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem. Portanto, associamos ao “V” a letra “S”.
Temos VS.
(X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de Tributação Simplificada.
O Regime de Tributação Simplificado se aplica às remessas postais internacionais cujo valor seja
de até US$ 3.000,00. Portanto, associamos ao “X” a letra “N”. Temos XN.

(Y) Limite de isenção de US$500.00. Sobre o tratamento tributário da bagagem acompanhada, o


limite da isenção é de US$ 500,00 para ingresso no País pelas vias terrestre, fluvial ou lacustre.
Portanto, associamos ao “Y” a letra “S”. Temos YS.

(Z) Isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas físicas para pessoas
físicas. Os bens integrantes de remessas postais internacionais cujo valor não ultrapasse US$ 50,00
farão jus à isenção do imposto de importação, desde que remetente e destinatário sejam pessoas
físicas. Portanto, associamos ao "Z“ a letra “N”. Temos ZN.

A sequência é a seguinte: VS, XN, YS e ZN.

Gabarito: letra A

79. (ATRFB – 2012) É vedada a inclusão no Regime de Tributação Unificada (RTU) de quaisquer
mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições,
fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em
geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens
usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

Comentários

É exatamente o que dispõe o art. 102-A, § 2o, do R/A. É vedada a inclusão no RTU de quaisquer
mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições,
fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em
geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens
usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

Gabarito: certa
80. (ATRFB-2012) O Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos, por tipo de mercadoria,
para as importações ao amparo do RTU.

Comentários

O Poder Executivo pode fixar limites quantitativos, por tipo de mercadoria, conforme autorização
prevista pelo artigo 4º, inciso III, da Lei nº 11.898/09.

Gabarito: certa

81. (ATRFB-2012) Não poderá optar pelo RTU a microempresa optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL, de que trata a Lei Complementar n. 123,
de 14 de dezembro de 2006.

Comentários

Somente poderão se habilitar ao regime as “empresas microimportadoras”, assim considerados o


Microempreendedor Individual (MEI), o microempresário optante pelo Simples Nacional e o
empresário individual.

Gabarito: errada

82. (ATRFB-2012) No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser


realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada
pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro.

Comentários

É o que prevê o art. 809, inciso II-A, do R/A, combinado com o art. 809, inciso IV, do R/A.

Art. 809. Poderá representar o importador, o exportador ou outro interessado, no exercício das
atividades referidas no art. 808, bem assim em outras operações de comércio exterior.
...

II-A - o empresário, o sócio da sociedade empresária ou pessoa física nomeada pelo habilitado,
nos casos de importações ao amparo do regime de que trata o art. 102-A.

...

IV - o despachante aduaneiro, em qualquer caso.

Por tudo o que comentamos, a questão está correta.

Gabarito: certa

83. (AFRFB – 2014) No Regime de Tributação Unificada, é vedada a inclusão de quaisquer


mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final.

Comentários

Segundo o art. 102-A, § 2º, do R/A, é vedada a inclusão no regime de quaisquer mercadorias que
não sejam destinadas ao consumidor final.

Gabarito: certa

84. (AFRFB-2012) Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, o
Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação devido pelo optante.

Comentários

De acordo com o art. 10, § 3º, do Decreto nº 6.956/2009, o RTU poderá incluir o ICMS devido
pelo optante, desde que o Estado ou o Distrito Federal venha a aderir ao RTU mediante convênio.

Gabarito: certa
85. (AFRFB-2012) A isenção do Imposto de importação aos bens importados por instituições
científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e
suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários,
desde que destinados às suas pesquisas.

Comentários

Segundo o art. 147, caput, do R/A, a isenção do imposto aos bens importados por instituições
científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas
partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, desde que
destinados às suas pesquisas.

Gabarito: certa

86. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) São concedidas isenções do imposto de importação às


importações realizadas pelas missões diplomáticas.

Comentários

De fato, há concessão de isenção do imposto de importação para as importações realizadas pelas


missões diplomáticas (artigo 136, inciso I, alínea "c", do Regulamento Aduaneiro).

Gabarito: certa

87. (AFRFB-2012) A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento
esportivo, e para premiações e objetos comemorativos aplica-se na importação de material
promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem
distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.

Comentários

Essa era uma questão bastante difícil, que exigia conhecimentos de detalhes do art. 183, do R/A:
Art. 183. A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo,
e para premiações e objetos comemorativos aplica-se na importação de:

I - troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos


comemorativos recebidos em evento cultural, científico ou esportivo oficial realizado no exterior
ou para serem distribuídos gratuitamente como premiação em evento esportivo realizado no País;

II - bens dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em evento esportivo oficial; e

III - material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem
distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.

Por tudo o que comentamos, a questão está correta.

Gabarito: certa

88. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A concessão e o reconhecimento da isenção do


imposto de importação ficam condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física
ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais.

Comentários

Segundo o art. 119, caput, do R/A, a concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou


benefício fiscal relativo ao imposto ficam condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa
física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais.

Gabarito: certa

89. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A isenção do imposto de importação somente será


reconhecida quando decorrente de lei ou ato internacional.

Comentários
É o que prevê o art. 115, do R/A. A isenção do I.I somente será reconhecida quando decorrer de
lei ou ato internacional.

Gabarito: certa

90. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) É concedida isenção do imposto de importação


incidente sobre objetos de arte comprados por museus ou entidades culturais.

Comentários

Existe isenção para os objetos de arte recebidos em doação por museus.

Gabarito: errada

91. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é


obrigatório que o transporte da mercadoria seja em navio de bandeira brasileira, na via
aquaviária, em todos os casos.

Comentários

Atualmente, não se exige mais que a mercadoria seja transportada em navio de bandeira
brasileira. Vale destacar, sem embargo, que mesmo à época da prova a questão foi considerada
incorreta, porque a exigência de transporte em navio de bandeira brasileira não ensejava a
necessidade de que a mercadoria fosse importada pela via aquaviária.

Gabarito: errada

92. (Questão Inédita) A isenção ou redução do imposto de importação somente beneficiará


mercadoria transportada em navio de bandeira brasileira e que possua similar nacional.

Comentários

A isenção/redução do I.I somente beneficia mercadoria que não possua similar nacional. Ademais,
atualmente não se exige mais que o transporte seja feito por navio de bandeira brasileira.
Gabarito: errada

93. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014-adaptada) Com relação às reduções e às isenções


do Imposto de Importação, é incorreto afirmar:

a) interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre a outorga de isenção


ou de redução do Imposto de Importação.

b) a isenção ou a redução do imposto somente será reconhecida quando decorrente de lei


ou de ato internacional.

c) o tratamento aduaneiro decorrente de ato internacional aplica-se exclusivamente à


mercadoria originária do país beneficiário.

d) a concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal relativo ao


imposto independem de comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da
quitação de tributos e contribuições federais.

e) observadas as exceções previstas em Lei ou Decreto, a isenção ou a redução do imposto


somente beneficiará mercadoria sem similar nacional.

Comentários

Letra A: correta. Segundo o art. 114, R/A, interpreta-se literalmente a legislação tributária que
dispuser sobre outorga de isenção ou de redução do imposto de importação.

Letra B: correta. Segundo o art. 115, R/A, a isenção ou redução do imposto de importação
somente será reconhecida quando decorrente de lei ou de ato internacional.

Letra C: correta. É o que prevê o art. 116, R/A. O tratamento aduaneiro decorrente de ato
internacional aplica-se exclusivamente à mercadoria originária do país beneficiário (e não a
terceiros países!)
Letra D: errada. Segundo o art. 119, R/A, a concessão de benefício fiscal relativo ao imposto de
importação fica condicionada à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da
quitação de tributos e contribuições federais.

Letra E: correta. A isenção do imposto de importação somente será reconhecida a mercadorias


que não tenham similar nacional.

Gabarito: letra D

94. (AFRF-2000-adaptada) De uma maneira geral, com as exceções previstas na legislação


específica, pode-se afirmar que o requisito de inexistência de similar nacional deve ser
observado nas importações:

a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito aduaneiro e


exportação temporária

b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculado à qualidade


do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos Internacionais
(preferências tarifárias)

c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de importação,


constantes da Tarifa Externa Comum (TEC)

d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação

e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação

Comentários

De acordo com o art. 118 do R/A, a inexistência de similar nacional é requisito essencial para a
concessão de isenção ou redução do imposto de importação. Portanto, a resposta é a letra E.

Gabarito: letra E
95. (AFRF-2002.2) É concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de arte,
constantes das posições 9701, 9702, 9703 e 9706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira
de Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do Mercosul - e recebidos,
em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público e outras entidades culturais,
reconhecidas como de utilidade pública. (Lei 8.961/94, art.1º). Em face do enunciado, assinale
a opção correta.

a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que direcionada aos


objetos de arte citados na norma.

b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que direcionada aos


museus mantidos pelo poder público e outras entidades culturais de utilidade pública.

c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo, condicionada,


ainda, a não cobertura cambial.

d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a outros objetos de
arte.

e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.

Comentários

Letra A e B erradas. A isenção mencionada no enunciado da questão tem, ao mesmo tempo,


caráter objetivo e subjetivo.

Letra C: correta. De fato, a isenção mencionada tem, cumulativamente, um caráter objetivo e


subjetivo. O caráter objetivo se evidencia no fato de que a isenção é outorgada em razão da
mercadoria (objetos de arte). Por sua vez, o caráter subjetivo fica nítido quando se observa que se
trata de isenção é outorgada em razão da natureza da pessoa importadora (museu). Destaque-se
que a operação precisa, ainda, ser uma doação. Doação é uma operação sem cobertura cambial,
isto é, não implica na transferência de divisas para o exterior.
Letra D: errada. Segundo o art. 114 do R/A, interpreta-se literalmente a legislação tributária que
dispuser sobre a outorga de isenção ou de redução do imposto de importação. Assim, não há que
se falar em interpretação extensiva.

Letra E: errada. Como você deve estudado em Direito Tributário, isenção é hipótese de exclusão
do crédito tributário (e não de suspensão!).

Gabarito: letra C

96. (AFRF-2000) A empresa Alfa Bética Indústria de Componentes Automotivos Ltda. pleiteou
junto ao DECEX redução de alíquota do imposto de importação para uma fresadora especial,
sem similar nacional, para emprego no seu processo produtivo de engrenagens cônicas para
automóveis, cujo processo, após exaustiva análise, culminou com o deferimento do pedido,
passando a figurar na TEC como "ex"- tarifário. Passados 2 (dois) anos a empresa encerrou
suas atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser utilizada na produção
de engrenagens helicoidais para equipamentos navais, sem autorização prévia da Secretaria
da Receita Federal para manutenção da referida redução de imposto. Ato contínuo, em
fiscalização na empresa, a Secretaria da Receita Federal:

a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais


alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade do importador, tanto que tal
redução foi deferida à empresa mediante processo específico, além do que não foi solicitada
prévia autorização da autoridade fiscal

b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais,


alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação do bem e no caso houve
transferência de propriedade para empresa que o utilizou para outra finalidade, além do que
não houve prévia autorização do órgão fiscal.

c) considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer procedimento fiscal


contra a empresa importadora e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza
objetiva da redução tributária.
d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função de
tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à destinação do
bem e a transferência de propriedade ter sido feita sem prévia autorização da fiscalização

e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função do


tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à qualidade do
importador e a transferência sem autorização prévia da autoridade fiscal.

Comentários

Questão muito interessante! O candidato precisava compreender bem o assunto! Resumindo a


história, o que aconteceu foi o seguinte:

1) A empresa Alfa Bética pleiteou a concessão de um ex-tarifário.

2) A CAMEX concedeu o ex-tarifário e, então, a empresa usufrui da redução do imposto na


importação da máquina.

3) Passados 2 (dois) anos, a empresa Alfa Bética vendeu a máquina a outra empresa sem
autorização da RFB.

E aí? Nessa situação, o Auditor-Fiscal RFB vai ou não vai “encrespar”?

O ex-tarifário é uma redução objetiva do imposto de importação, logo não interessa quem é a
pessoa importadora. Após a concessão do ex-tarifário, qualquer pessoa que vier a importar um
bem idêntico àquele contemplado com o ex-tarifário fará jus à redução do imposto de importação.
Portanto, a resposta correta é a letra C: “a Secretaria da Receita Federal considerou regulares as
operações, deixando de instaurar qualquer procedimento fiscal contra a empresa importadora e
a adquirente do bem, levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária”.

Importa destacar que isso não vale para as isenções ou reduções subjetivas. Segundo o art. 124
do R/A, quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência
de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do
imposto de importação.
Gabarito: letra C

97. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Quando a isenção ou a redução do imposto de


importação for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a
cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto, exceto no
caso de bens transferidos ou cedidos:

a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de prévia decisão


da autoridade aduaneira.

b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da declaração de


importação, no caso de bens importados por integrantes de missões diplomáticas.

c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da mercadoria no


território aduaneiro, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço aduaneiro, no


caso de bens importados por representações de organismos internacionais.

e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da declaração de


importação, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

Comentários

Questão muito interessante, que versão sobre as isenções de caráter subjetivo.

Letra A: errada. O importador, tendo usufruído de isenção subjetiva, poderá transferir a


propriedade ou ceder o uso dos bens a outra pessoa que goze de igual tratamento tributário sem
prévio pagamento do imposto. No entanto, é necessária prévia autorização da autoridade
aduaneira.

Letra B: correta. São necessários 3 anos, contados da data do registro da DI, para que missões
diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e seus integrantes possam transferir
ou ceder o uso dos bens sem prévio pagamento do imposto.
Letra C: errada. Os 3 anos são contados da data do registro da DI (e não da data de entrada da
mercadoria!).

Letra D: errada. O prazo é de 3 anos.

Letra E: errada. O prazo é de 3 anos.

Gabarito: letra B

98. (Questão Inédita) Sobre as isenções e reduções do imposto de importação, assinale a


alternativa incorreta:

a) A isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à destinação dos


bens, ficará condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades
que motivaram a concessão

b) Perderá o direito à isenção ou à redução quem deixar de empregar os bens nas finalidades
que motivaram a concessão, exigindo-se o imposto a partir da data do registro da
correspondente declaração de importação.

c) Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência


de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento
do imposto.

d) A isenção ou a redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria sem


similar nacional.

e) O ex-tarifário é isenção objetiva do imposto de importação concedida pela CAMEX a bens


de capital e de informática e telecomunicações que não possuam similar nacional.

Comentários

Letra A: correta. As isenções objetivas ficam condicionadas à comprovação posterior do efetivo


emprego dos bens nas finalidades que motivaram a concessão.
Letra B: correta. Se os bens que receberam isenção/redução deixarem de ser empregados nas
finalidades que motivaram a concessão, o imposto se tornará exigível a partir da data do registro
da DI.

Letra C: correta. Se a isenção/redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência de


propriedade ou cessão de uso dos bens exige, a princípio, o prévio pagamento do imposto de
importação (art.124 do R/A)

Letra D: correta. A artigo 118 do Regulamento Aduaneiro prevê que a isenção ou a redução do
imposto somente beneficiará mercadoria sem similar nacional.

Letra E: errada. O ex-tarifário não é hipótese de isenção do imposto de importação. Trata-se de


uma redução objetiva do I.I aplicável a bens de capital (BK) e bens de informática e
telecomunicações (BIT) que não possuam similar nacional.

Gabarito: letra E

99. (Questão Inédita) Compete à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil estabelecer a
periodicidade e a forma de comprovação da correta destinação do papel beneficiado com
imunidade na importação, inclusive mediante instituição de obrigação acessória destinada ao
controle da sua comercialização e importação.

Comentários

Essa competência é atribuída pelo artigo 211-B, §2º, inciso II, do Regulamento Aduaneiro, no
âmbito do controle exercido pela Receita Federal sobre a fruição da imunidade conferida aos
livros, jornais e periódicos e ao papel destinado à sua impressão.

Gabarito: certa

100. (Questão Inédita) São dispensados do exame de similaridade os gêneros alimentícios de


primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou pecuária, e
matérias-primas para a sua produção no País, quando sujeitos a contingenciamento.
Comentários

Trata-se de hipótese de dispensa da apuração de similaridade prevista pelo artigo 201, inciso VI,
do Regulamento Aduaneiro.

Gabarito: certa

101. (Questão Inédita) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com a letra V as
verdadeiras e com a letra F as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência
correta:

( ) Na hipótese de verificação de extravio ou avaria, será devida restituição do imposto de


importação. Nesse caso, será necessária prévia indenização à Fazenda Nacional pelo responsável
pelo extravio ou avaria, que poderá ser o transportador ou o depositário.

( ) A restituição total ou parcial do imposto acarreta a restituição, na mesma proporção, dos juros
de mora e das penalidades pecuniárias, desde que estas tenham sido calculadas com base no
imposto anteriormente pago.

( ) O protesto do importador, quanto a erro sobre quantidade ou qualidade de mercadoria, ou


quando ocorrer avaria, poderá ser apresentado após a saída desta do recinto alfandegado, desde
que, a critério da autoridade aduaneira, houver inequívoca demonstração do alegado

( ) O retorno antecipado de bens submetidos ao regime de admissão temporária para


aperfeiçoamento ativo gera, para o importador, o direito a obter restituição do imposto de
importação.

( ) O importador que apurar crédito relativo ao imposto, passível de restituição ou de


ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios e de terceiros relativos a
quaisquer tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Assinale a alternativa correta:

a) VVVFF
b) VFVFF

c) FVFVF

d) FVVFF

e) FVVFV

Comentários

A primeira assertiva está errada. A restituição será devida na hipótese de extravio ou avaria,
independentemente de qualquer indenização à Fazenda Nacional pelo responsável.

A segunda assertiva está correta. Quando houver restituição do imposto de importação, também
serão restituídos, na mesma proporção, os juros e as penalidades pecuniárias, desde que estas
tenham sido calculadas com base no imposto anteriormente pago.

A terceira assertiva está correta. Foi uma pegadinha! A regra geral é a de que o protesto do
importador deverá ser apresentado antes da saída da mercadoria do recinto alfandegado.
Todavia, é possível que, havendo inequívoca demonstração do alegado pelo importador, o
protesto ocorra após a saída da mercadoria do recinto alfandegado.

A quarta assertiva está errada. O retorno antecipado de bens submetidos ao regime de admissão
temporária para utilização econômica é que gera o direito à restituição do imposto de importação.

A quinta assertiva está errada. O importador poderá compensar créditos do imposto de


importação com débitos próprios (jamais com débitos de terceiros!) relativos a quaisquer tributos
e contribuições administrados pela RFB.

Gabarito: letra D

102. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta sobre a restituição do imposto de


importação:
a) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de
verificação de que o contribuinte, à época do fato gerador, era beneficiário de isenção ou de
redução concedida em caráter geral, ou já havia preenchido as condições e os requisitos exigíveis
para concessão de isenção ou de redução de caráter especial.

b) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


diferença, verificada em ato de fiscalização aduaneira, decorrente de erro de cálculo, na aplicação
de alíquota e nas declarações quanto ao valor aduaneiro ou à quantidade de mercadoria.

c) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

d) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


decisão condenatória.

e) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


verificação de extravio ou avaria de mercadoria.

Comentários

Letra A: correta. Exatamente o que dispõe o art. 110, III, R/A.

Letra B: correta. Conforme estabelece o art. 110, I, R/A.

Letra C: correta. É o que dispõe o art. 110, IV, R/A.

Letra D: errada. É necessário que haja reforma, anulação, revogação ou rescisão da decisão
condenatória para que nasça o direito à restituição da quantia paga, nos termos do artigo 110,
inciso IV, do R/A.

Letra E: correta. É exatamente o que prevê o art. 110, II, R/A.

Gabarito: letra D
LISTA DE QUESTÕES

Regramento constitucional e legislação específica

1. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exportações, a Constituição Federal atribui,


excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito Federal a competência para exonerar os
contribuintes do Imposto de Exportação.

2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre mercadorias


industrializadas destinadas ao exterior.

3. (Analista Tributário RFB – 2012) São tributos incidentes sobre o comércio exterior, exceto:

a) Imposto de Importação.

b) Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.

d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Combustíveis.

e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação sobre operações
que destinem mercadorias para o exterior.

4. (ACE-1998) Além do Imposto de Importação, sobre o produto importado incidem também:

a) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras e IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

b) IOF e ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

c) IPI e ICMS
d) IOF e ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

e) ICMS e ISS

5. (Questão Inédita) A Constituição da República excepciona o Imposto de Importação da


necessidade de respeito aos princípios da legalidade, da irretroatividade, da anterioridade e
da noventena.
GABARITO

Gabarito

01 02 03 04 05
E E E C E
LISTA DE QUESTÕES

Produtos, bens e mercadorias

1. (Questão Inédita) De acordo com o Regulamento Aduaneiro, o Imposto de Importação incide


somente sobre mercadorias estrangeiras. Isso quer dizer que produtos que não sejam
destinados à mercancia estão fora do campo de incidência do tributo.
GABARITO

Gabarito

01
E
LISTA DE QUESTÕES

Produtos estrangeiros, nacionais, nacionalizados e


desnacionalizados

1. (Questão Inédita) Um bem exportado temporariamente não se desnacionaliza.

2. (AFRF-2002.2) No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalização de uma mercadoria:

a) é condicionada ao seu despacho para consumo.

b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não.

c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de sua dispensa


pela autoridade aduaneira.

d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho para consumo.

e) ocorre para a mercadoria importada a título não-definitivo, no momento em que é


submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.

3. (AFRF-2000) Determinado importador, após adquirir uma mercadoria e pagá-la ao exportador


no exterior, por razões comerciais, concordou em revendê-la ao próprio vendedor no exterior,
mediante pequeno lucro na operação. Tal operação configura uma:

a) redestinação

b) importação vinculada à exportação

c) reexportação

d) exportação

e) devolução
4. (TRF-2002.1) Consideram-se nacionalizadas:

a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime comum de


importação, somente após o regular despacho para consumo, tributadas, ou isentas do
imposto de importação.

b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham sido


despachadas para consumo.

c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e tributadas pelo


imposto de importação.

d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham ou não sido


pagas ao exportador estrangeiro.

e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, independentemente de serem


despachadas para consumo.
ARITO

Gabarito

01 02 03 04
C D D E
LISTA DE QUESTÕES

Imposto de Importação

1. (APEX – 2021) Considerando a utilização do imposto de importação como instrumento


tributário no comércio exterior, assinale a opção correta.

a) Pode-se discriminar a aplicação do imposto em função da região geográfica.

b) As importações de produtos finalísticos pelas forças armadas está isenta do pagamento


do imposto.

c) Alterações no imposto de importação só produzem efeitos no ano fiscal subsequente.

d) Os produtos de baixo valor agregado (abaixo de US$ 50,00) enviados por pessoas jurídicas
têm isenção do imposto de importação.

2. (Prefeitura de Pereiras/SP - 2021) No que se refere ao fato gerador dos impostos, analise o
item a seguir.

II (Imposto sobre Importação) / a saída de produtos nacionais do território nacional.

3. (EMGEPRON - 2021) Como regra, considera-se ocorrido o fator gerador do Imposto de


Importação (I.I.) sob aspecto temporal a data:

a) da passagem da mercadoria pelo território nacional com destino a outro país

b) da entrada da mercadoria pelo território nacional destinada a retornar ao país de origem

c) do registro da declaração de exportação realizado através do Sistema Integrado de Comércio


Exterior (SISCOMEX)

d) do registro da declaração de importação realizado através do Sistema Integrado de Comércio


Exterior (SISCOMEX)
4. (INB - 2018) No despacho aduaneiro, o imposto de importação incide sobre mercadoria
estrangeira, inclusive sobre bagagem e bens enviados como presente ou amostra, embora haja
exceções e limites de isenção.

Com relação ao imposto de importação, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O fato gerador do imposto de importação é o efetivo registro de licença de importação.

b) A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro, quando ad valorem.

c) As alíquotas a serem aplicadas no cálculo do imposto serão as da tarifa externa comum (TEC).

d) No caso de remessa postal internacional, utiliza-se o regime de tributação simplificada,


utilizando classificação genérica.

5. (ENGEPRON - 2021) Incide Imposto de Importação (I.I) sobre:

a) mercadoria estrangeira acidentalmente destruída em trânsito aduaneiro de passagem

b) mercadoria estrangeira destruída sob o controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional,
antes de desembaraçada

c) mercadoria nova em substituição à mercadoria devolvida em razão de defeito que já se sujeitara


ao pagamento do imposto na operação original

d) mercadoria nova em substituição à mercadoria devolvida em razão de defeito que não se


sujeitara ao pagamento do imposto na operação original

6. (SEFAZ/DF - 2020) Julgue o próximo item, com base no disposto na Lei Orgânica do DF, na
Constituição Federal de 1988 e no Código Tributário Nacional (CTN).

De acordo com o CTN, o arrematante de produtos importados apreendidos pela aduana é


contribuinte do imposto sobre a importação.

7. (Questão Inédita/2022) Assinale a alternativa correta sobre o imposto de importação:


a) O imposto de importação não incide sobre bagagem de viajante e sobre bens enviados
como presente ou amostra, ou a título gratuito.
b) Não constitui fato gerador do imposto de importação a entrada no território aduaneiro do
pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu
território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira.
c) Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelhos e instrumentos, bem como as partes,
peças, acessórios e componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno
pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas
no exterior, na hipótese de retornarem ao País, serão considerados não-estrangeiros para
fins de incidência do imposto de importação.
d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira destruída em trânsito
aduaneiro de passagem.
e) O fato gerador do imposto de importação se considera ocorrido na data do registro da
declaração de admissão temporária para utilização econômica, exceto quando houver
suspensão parcial dos tributos incidentes na importação.

8. (Questão Inédita/2022) Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas
verdadeiras e a letra (F) para as falsas.

I) O adquirente de mercadoria entrepostada e o depositário são responsáveis pelo imposto


de importação.
II) O adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do
imposto é responsável solidário pelo imposto de importação.
III) O encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira
de pessoa jurídica importadora é contribuinte do imposto de importação.
Estão corretas as seguintes assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) I
d) II
e) III
9. (Questão Inédita) O Imposto de Importação é um tributo de natureza eminentemente
extrafiscal, o que justifica a autorização para que o próprio Poder Executivo altere as alíquotas
do imposto com produção de efeitos imediatos.

10. (AFRF-2002.2) O imposto de importação tem como elementos que o caracterizam, na essência:

a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem por finalidade
o incremento da arrecadação federal.

b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no comércio


internacional como base de cálculo.

c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de cálculo, para


as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação; lançamento de ofício.

d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre as alíquotas da


Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o adquirente, em licitação de
mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria sob sua custódia é contribuinte
relativamente à mercadoria cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira.

e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro da declaração
de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no Acordo de Valoração
Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.

11. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto de importação é a


quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida, quando a alíquota
for específica.

12. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Caso a alíquota incidente seja “ad valorem”, o imposto
de importação será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum
(TEC) sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.

13. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) Sobre o cálculo do Imposto de Importação, assinale
a opção correta.
a) O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum
sobre a base de cálculo, quando tratar-se de remessas postais internacionais e encomendas
aéreas internacionais sob o regime de tributação simplificada.

b) O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum
sobre a base de cálculo, quando tratar-se de bens conceituados como bagagem de viajante
procedente do exterior, ou adquiridos em lojas francas de chegada, quando aplicado o
regime de tributação especial.

c) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao posicionamento da


mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data da ocorrência do fato gerador, uma vez
identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul.

d) Para efeito de cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão


ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data do embarque da
mercadoria no exterior.

e) Para efeito de cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão


ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data do desembaraço da
declaração de importação.

14. (ACE-2002) No Brasil, a definição da alíquota do Imposto de Importação, quando da incidência


deste, é feita com base no(a):

a) Tarifa Aduaneira Brasileira

b) Preferência Tarifária Regional

c) Sistema Geral de Preferências (SGP)

d) Tarifa Externa Comum do Mercosul

e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG)

15. (AFTN-1996-adaptada) Sobre o imposto de importação, no caso brasileiro, é correto afirma-se


que:
a) Suas alíquotas vigem por um ano e devem ser fixadas antes do início de cada exercício
fiscal, não podendo ser alteradas antes do término do mesmo

b) Seu cálculo toma por base a quantidade de mercadoria e o seu valor FOB (Free on Board)
fixado na TEC (Tarifa Externa Comum)

c) Incide sobre toda e qualquer mercadoria estrangeira que ingresse efetivamente no


território nacional, independentemente do regime aduaneiro previsto.

d) Deve ser calculado sobre o valor em moeda estrangeira empregada na transação e que
será posteriormente convertido pela taxa cambial fixada na TEC (Tarifa Externa Comum).

e) Seu cálculo toma por base o valor CIF (Cost, Insurance and Freight) da mercadoria e a
alíquota ad valorem fixada na TEC (Tarifa Externa Comum) correspondente à mercadoria em
questão.

16. (TRF-2002.1) A base de cálculo do Imposto de Importação é:

a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade


de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Economia.

b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou similar é


normalmente oferecida a venda no mercado atacadista do país exportador, somado às
despesas efetivamente pagas para sua colocação a bordo no porto de embarque para o
Brasil, ao seguro e ao frete (CIF), deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para
consumo interno e recuperáveis pela exportação.

c) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido numa venda


internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da exportação acrescido
das despesas incorridas para colocação no porto de embarque.

d) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido em licitação pública,


deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e acrescido do frete e seguro
internacionais.

e) quando a alíquota for ad-valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do Acordo
Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.
17. (TRF-2002.1) Constitui base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for ad-
valorem, o valor:

a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de


pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à


venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a
bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.

c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência,
entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no


SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

18. (TRF-2000) Constitui base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for ad-
valorem, o valor:

a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de


pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à


venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a
bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.

c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência,
entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no


SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

19. (Questão Inédita) Acerca do imposto de importação, assinale a alternativa correta:


a) A entrada no território aduaneiro de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de
exportação temporária é fato gerador do imposto de importação.

b) A reimportação não é fato gerador do imposto de importação, salvo quando tenha sido
descumprido o regime de exportação temporária.

c) Os bens importados com alíquota zero por cento do imposto de importação, ficam
dispensados dos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.

d) Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo internacional firmado


pelo Brasil, prevalecerá o tratamento nele previsto, salvo se da aplicação das normas gerais
resultar tributação mais favorável.

e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto de importação é a correspondente ao


posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data do embarque da
mercadoria no exterior, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura
Comum do MERCOSUL.

20. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) O Imposto de Importação incidente sobre


mercadoria estrangeira é calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa
Comum (TEC) sobre a base de cálculo apurada conforme o acordo de valoração aduaneira.
Sobre a aplicação das alíquotas, escolha a opção correta.

a) Aplica-se sobre as remessas postais internacionais e as encomendas aéreas internacionais


quando aplicado o regime de tributação simplificada.

b) Aplica-se sobre os bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior,


quando sujeitos ao regime de tributação especial.

c) Não se aplica aos bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior,
ou adquiridos em lojas francas de chegada, quando aplicado o regime de tributação comum.

d) O imposto poderá ser calculado pela aplicação de alíquota específica, ou pela conjugação
desta com a alíquota ad valorem, conforme estabelecido em legislação própria.

e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto é a correspondente ao posicionamento da


mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data do ingresso da mercadoria no território
aduaneiro, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do
Mercosul.

21. (AFRFB-2005) A alíquota incidente sobre as importações de mercadorias entradas em território


nacional é definida pela norma vigente no momento em que se efetivou o registro da
declaração apresentada pelo importador à repartição alfandegária competente.

22. (Questão Inédita) Em regra, o pagamento do Imposto de Importação deve ocorrer na mesma
data em que se considera ocorrido o seu fato gerador.

23. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de
cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de
importação, inclusive no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime
suspensivo de tributação e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou
conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.

24. (AFRFB-2012) O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria estrangeira


no território nacional. Este é o conceito que a doutrina chama de elemento geográfico ou
espacial do fato gerador. Para efeito de cálculo, entre outras situações, considera-se ocorrido
o fato gerador do Imposto de Importação no dia do lançamento do correspondente crédito
tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada
ou desacompanhada.

25. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria


estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se
entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha
sido verificado pela autoridade aduaneira.

26. Questão Inédita) Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o
fato gerador no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de
bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de tributação especial.

27. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2015) Assinale a opção que indica quais elementos da
tributação nas Operações de Comércio Exterior caracterizam, respectivamente, a entrada da
mercadoria no território aduaneiro e o registro da Declaração de Importação (DUIMP).
a) Zona Primária e Zona Secundária Aduaneira.

b) Transporte Aduaneiro e Base de Cálculo do Imposto de Importação.

c) Fato gerador e momento em que se considera ocorrido o fato gerador do Imposto de


Importação, na importação comum.

d) Fato gerador e momento em que se considera ocorrido o fato gerador do Imposto sobre
Produtos Industrializados.

e) Campo de Incidência e Alíquota do Imposto de Importação.

28. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) Com relação ao fato gerador do Imposto de
Importação, é correto afirmar:

a) o fato gerador do Imposto de Importação é a saída de mercadoria nacional do território


aduaneiro.

b) o fato gerador do Imposto de Importação é o embarque no exterior de mercadoria


estrangeira.

c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro
da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto de


Importação na data de desembaraço da declaração de importação.

e) não há fato gerador para o Imposto de Importação de mercadorias submetidas a despacho


para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação.

29. (AFTN-1996) O momento de incidência do Imposto de Importação sobre uma mercadoria


estrangeira associa-se à (ao):

a) Entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou marítima.

b) Registro da Declaração de Importação

c) Emissão do Conhecimento de Embarque


d) Liquidação do Contrato de Câmbio

e) Expedição da Guia de Importação

30. (TRF-2002.1-adaptada) Caso se trate de mercadoria constante de manifesto ou documento


equivalente, cuja falta for verificada pela autoridade aduaneira, reputar-se-á como ocorrido o
fato gerador:

a) no dia do registro do manifesto.

b) no dia do lançamento do crédito tributário.

c) no dia do registro da declaração de importação.

d) no primeiro dia útil do mês subsequente à apuração da falta.

e) no dia da atracação do veículo transportador.

31. (TTN-1997) Para se configurar o fato gerador do imposto de importação e o momento de sua
ocorrência, para fins de cálculo do imposto, são condições cumulativas:

a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu licenciamento pelo


órgão competente.

b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona primária e o seu


registro no manifesto de carga do veículo transportador.

c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado


e a entrega dos documentos relativos à importação na repartição aduaneira jurisdicionante.

d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no SISCOMEX da


declaração de importação para consumo.

e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos e pontos de


fronteira alfandegados e o registro da mercadoria para qualquer regime aduaneiro especial.

32. (TTN-1998-adaptada) Para efeito de cálculo do Imposto de Importação, considera-se ocorrido


o fato gerador
a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes aduaneiros
especiais, exceto o de drawback.

b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a da descarga


dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária

c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante de manifesto


ou documento equivalente, cuja falta for verificada pela autoridade aduaneira

d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no território


aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha sido aplicado o regime de
exportação temporária.

e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto


ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira em ato de
revisão.

33. (AFTN-1989) No caso de falta de mercadoria constante de documentos de carga ou


equivalente, verificada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:

a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento do crédito


tributário correspondente.

b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do veículo


transportador no território aduaneiro.

c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato foi comunicado
à repartição fiscal.

d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato, ficando a


mercadoria sujeita aos tributos então vigentes.

e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha ocorrido o
primeiro registro de declaração de importação de mercadoria desembarcada do mesmo
veículo transportador.
34. (CODESP-2011) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria
estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o
seguinte fato gerador:

a) a data do desembarque da mercadoria.

b) a data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para


consumo.

c) o dia útil seguinte à data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em


recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro.

d) a data de aplicação da pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de mercadoria


importada e que for considerada abandonada pelo decurso do prazo de permanência em
recinto alfandegado.

e) a data de entrada de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação


temporária.

35. (Questão Inédita) O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido:

a) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens


contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de importação comum.

b) na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado,


se aplicada a pena de perdimento.

c) no data do registro da DI de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações


de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

d) na data do registro da declaração de importação de bens contidos em remessas postais


internacionais não-sujeitos ao regime de importação comum.

e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens


compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.
36. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) O fato gerador do Imposto de Importação (II) é
a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de cálculo do imposto,
considera-se ocorrido o fato gerador na data:

a) de entrada da mercadoria no porto, aeroporto ou ponto de fronteira para qualquer regime


de importação.

b) do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para


consumo.

c) do registro da declaração de importação quando se tratar de bens contidos em remessa


postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum na data do registro da
declaração de importação.

d) de entrada no território aduaneiro de bens compreendidos no conceito de bagagem,


acompanhada ou desacompanhada.

e) do lançamento do correspondente crédito tributário quando se tratar de importação de


mercadoria sujeita ao regime de importação comum.

37. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) O fato gerador do Imposto de Importação é a


entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. De acordo com o Regulamento
Aduaneiro atual (Decreto n. 6.759/2009), para efeito de cálculo do imposto, considera-se
ocorrido o fato gerador:

a) na data do desembaraço da Declaração de Importação de mercadoria submetida a


despacho para consumo.

b) na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho


para consumo.

c) na data da retificação da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho


para consumo, quando formalizadas exigências fiscais.

d) na data da efetiva entrega da carga pelo depositário, vinculada à Declaração de


Importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.
e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens
contidos em remessa postal internacional e que foram sujeitos ao regime de importação
comum.

38. (AFRFB-2005) O fato gerador do imposto de importação é a data da celebração, no Brasil ou


no exterior, do contrato de compra e venda relativo aos produtos importados, ou, se
conhecido, o instante em que são embarcadas as mercadorias adquiridas no estrangeiro.

39. (Questão Inédita) O retorno de mercadoria exportada temporariamente, quando descumprido


o regime, é fato gerador do imposto de importação.

40. (AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação,


toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.

41. (AFRFB-2012) O Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido
objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido
consumida ou revendida.

42. (ATRFB-2012) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito
aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

43. (Exame Despachante Aduneiro-2012) As mercadorias que tenham sido objeto da pena de
perdimento estão sujeitas à incidência do imposto de importação.

44. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O imposto de importação não incide sobre a mercadoria
estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegue ao País por
erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o
exterior.

45. (Questão Inédita) Será considerada não-estrangeira a mercadoria que, corretamente descrita
nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de
expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

46. (Questão Inédita) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em
trânsito aduaneiro de passagem que tenha sido intencionalmente destruída.
47. (Questão Inédita) A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não
vendida no prazo autorizado será considerada estrangeira para fins de incidência do imposto
de importação.

48. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2015) O Imposto de Importação não incide sobre as
operações abaixo, exceto:

a) mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar


ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou
devolvida para o exterior.

b) mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de


importação.

c) mercadoria importada no regime aduaneiro especial de admissão temporária.

d) mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

e) mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição


de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro,
defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava.

49. (AFRFB – 2014) Sobre o Imposto de Importação, é incorreto afirmar:

a) não se considera estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou


nacionalizada exportada, que retorne ao País por motivo de modificações na sistemática de
importação por parte do país importador.

b) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem
ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.

c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do


lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos
no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro
da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela
autoridade aduaneira.

e) caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, a qual poderá ser
processada de ofício, nos casos de verificação de extravio ou de avaria.

50. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) Sobre as hipóteses de incidência do Imposto de


Importação, é correto afirmar:

a) o Imposto de Importação incide sobre a mercadoria estrangeira, excetuando-se a


bagagem de viajante e bens enviados como presente ou amostra, ou a título gratuito.

b) o Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira devolvida para o exterior


antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo
Ministério da Fazenda.

c) não é considerada estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional


ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, por qualquer circunstância.

d) o Imposto de Importação não incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente


descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado
de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

e) o Imposto de Importação não incide sobre as Remessas Postais Internacionais.

51. (AFRF-2002.2) A importação de mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor,


e que se destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o
despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que
satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relativamente ao
imposto de importação uma hipótese de:

a) isenção condicionada.

b) regime suspensivo até o implemento das condições.

c) não-incidência.

d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.


e) isenção de natureza objetiva.

52. (TRF-2003) Não haverá incidência do Imposto de Importação nas seguintes situações, exceto:

a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo de defeito


técnico e que retornaram ao País para substituição.

b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado interno, por


empresa nacional de engenharia e exportado para execução de obra contratada no exterior.

c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não correspondia à


amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo representante da cooperativa de
artesãos.

d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não vendidos,


imediatamente após o término do prazo autorizado.

e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira, corretamente


descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.

53. (TTN-1998) Com relação à mercadoria estrangeira devolvida ao exterior antes do registro da
Declaração de Importação, nos termos e condições estabelecidos pelo Ministro da Economia,

a) incide apenas o IPI

b) ocorre o pagamento dos tributos e confirmada a devolução o importador terá direito à


restituição dos mesmos

c) ocorre a suspensão do pagamento dos tributos até a sua efetiva saída do País

d) não incidem o II e o IPI

e) serão cobrados os tributos apenas na hipótese de não ser confirmada a chegada da


mercadoria ao destino

54. (Questão Inédita) Acerca da incidência do imposto de importação, assinale a alternativa


correta:
a) O imposto de importação incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da
pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida
ou revendida.

b) O imposto de importação não incide sobre bagagens de viajantes, uma vez que estas não
estão dentro do conceito de mercadorias estrangeiras.

c) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto de importação, a mercadoria


nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo fixado, que
retorne ao Brasil.

d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em igual


quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se
tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que
se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Economia.

e) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de


passagem, acidentalmente destruída.

55. (Ajudante de Despachante Aduaneiro – 2018) Para fins de incidência do Imposto de


Importação, considera-se como estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada
que retorne ao País:

a) após ser enviada ao exterior em consignação e vendida no prazo autorizado.

b) por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição.

c) por modificações na sistemática de importação por parte do país importador.

d) em razão de guerra ou de calamidade pública.

e) devido a fatores alheios à vontade do exportador

56. (AFRFB-2005) Segundo a legislação própria, considera-se estrangeira(o) e, salvo disposição em


contrário, pode, sobre ela(e), incidir o imposto de importação (salvo se por outra razão seja
verificada sua não-incidência) :
a) mercadoria restituída pelo importador estrangeiro, por motivo de modificações na
sistemática de importação por parte do país importador.

b) mercadoria enviada em consignação e não vendida no exterior no prazo autorizado,


quando retorna ao País.

c) produto devolvido do exterior por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição.

d) mercadoria nacional que retornar ao País.

e) produto estrangeiro em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente destruído no


País.

57. (Questão Inédita) Em regra, o sujeito ativo do Imposto de Importação é a pessoa que promove
a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

58. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário incumbido da custódia de mercadorias


sob controle aduaneiro é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto de
importação.

59. (ATRFB-2012) O representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário


pelo imposto de importação.

60. (Exame Despachante Aduneiro-2012) É responsável solidário pelo imposto de importação o


adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por
sua conta e ordem.

61. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte


do imposto de importação.

62. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O transportador, quando transportar mercadoria


procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, é responsável solidário pelo imposto de
importação.

63. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário, assim considerada qualquer pessoa


incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de
importação.
64. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O destinatário de remessa postal internacional indicado
pelo respectivo remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.

65. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou


qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do
imposto de importação.

66. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014) É Contribuinte do Imposto de Importação:

a) o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle


aduaneiro, inclusive em percurso interno.

b) o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria


sob controle aduaneiro.

c) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada


por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

d) o representante, no País, do transportador estrangeiro.

e) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria


estrangeira no território aduaneiro.

67. (TTN-1997) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceiros sob controle


aduaneiro nos armazéns de zona primária ou secundária:

a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às mercadorias


sob sua guarda.

b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada


com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à qualidade do importador.

c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com


isenção ou redução do imposto de importação vinculada à destinação dos bens.

d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele consignadas.


e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o despacho
aduaneiro da mercadoria.

68. (TTN-1998) É contribuinte do Imposto de Importação:

a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira.

b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em relação ao fato


gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer fim.

c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de


produto, de procedência estrangeira.

d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria


estrangeira no território nacional.

e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato gerador da


entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento, ainda que se trate de bem
destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo.

69. (AFTN-1994-adaptada) É contribuinte do imposto de importação:

a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional,


bem como o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente.

b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias estrangeiras


depositadas.

c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria estrangeira no território
nacional, inclusive o transportador e o depositário, mesmo que a mercadoria se destine a
permanecer no País apenas por um tempo determinado.

d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para consumo no


território nacional, bem como o transportador de mercadoria procedente do exterior em
percurso interno, sob controle aduaneiro.
e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira beneficiada com
isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador.

70. (TRF-2002.2) A responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes ou de


mercadorias importadas pode ser do transportador ou do depositário, conforme normas
contidas:

a) nos INCOTERMS

b) no Direito Comercial

c) nos acordos internacionais de transporte

d) na legislação tributária

e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem de carga.

71. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta:

a) É contribuinte do imposto de importação o importador, assim considerada qualquer


pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

b) É contribuinte do imposto de importação o adquirente de mercadoria entrepostada.

c) É responsável pelo imposto de importação o depositário, assim considerada qualquer


pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.

d) É responsável pelo imposto de importação o transportador, quando transportar


mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno

e) É responsável pelo imposto de importação o adquirente ou o cessionário de mercadoria


beneficiada com isenção ou redução do imposto.

72. (Questão Inédita) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de


seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte
disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes,
as alíquotas de 50% para o cálculo do imposto de importação e de 50% para o cálculo do
imposto sobre produtos industrializados.
73. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada aplica-se aos bens adquiridos em lojas
francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção.

74. (Questão Inédita) Assinale a alternativa correta sobre o imposto de importação:

a) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio


ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte
disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos
incidentes, as alíquotas de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto de importação
e de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados.

b) Os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a US$100.00


serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o
destinatário sejam pessoas físicas.

c) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite a classificação genérica, para fins de


despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a
aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre
produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação.

d) O imposto de importação será pago na data do desembaraço aduaneiro de importação.

e) O Regime de Tributação Especial se aplica tão somente aos bens compreendidos no


conceito de bagagem, no montante que exceder o valor global de US$500,00.

75. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada pode ser aplicado sobre os bens
contidos em remessas postais internacionais destinadas a pessoas físicas cujo valor não
ultrapasse US$ 3.000,00.

76. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens
integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação,
calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem.
77. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens adquiridos em
lojas francas de chegada estabelecidas em aeroportos e portos alfandegados sobre o valor
que exceder o limite de isenção equivalente a US$ 1.000,00.

78. (TRF-2003-adaptada) Verifique a correção dos itens abaixo em relação à bagagem. Atribua a
letra S para as opções que se apliquem à tributação de bens conceituados como bagagem e
N para as opções que não se apliquem a essa tributação. Em seguida, marque a opção que
contenha a seqüência correta.

V) imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial.

X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de Tributação


Simplificada.

Y) limite de isenção de US$500.00.

Z) isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas físicas para
pessoas físicas.

a) VS XN YS ZN

b) VS XS YS ZN

c) VN XN YN ZS

d) VS XN YN ZN

e) VN XS YN ZN

79. (ATRFB – 2012) É vedada a inclusão no Regime de Tributação Unificada (RTU) de quaisquer
mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições,
fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em
geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens
usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

80. (ATRFB-2012) O Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos, por tipo de mercadoria,
para as importações ao amparo do RTU.
81. (ATRFB-2012) Não poderá optar pelo RTU a microempresa optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL, de que trata a Lei Complementar n. 123,
de 14 de dezembro de 2006.

82. (ATRFB-2012) No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser


realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada
pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro.

83. (AFRFB – 2014) No Regime de Tributação Unificada, é vedada a inclusão de quaisquer


mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final.

84. (AFRFB-2012) Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, o
Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação devido pelo optante.

85. (AFRFB-2012) A isenção do Imposto de importação aos bens importados por instituições
científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e
suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários,
desde que destinados às suas pesquisas.

86. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) São concedidas isenções do imposto de importação às


importações realizadas pelas missões diplomáticas.

87. (AFRFB-2012) A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento
esportivo, e para premiações e objetos comemorativos aplica-se na importação de material
promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem
distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.

88. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A concessão e o reconhecimento da isenção do


imposto de importação ficam condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física
ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais.
89. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A isenção do imposto de importação somente será
reconhecida quando decorrente de lei ou ato internacional.

90. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) É concedida isenção do imposto de importação


incidente sobre objetos de arte comprados por museus ou entidades culturais.

91. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é


obrigatório que o transporte da mercadoria seja em navio de bandeira brasileira, na via
aquaviária, em todos os casos.

92. (Questão Inédita) A isenção ou redução do imposto de importação somente beneficiará


mercadoria transportada em navio de bandeira brasileira e que possua similar nacional.

93. (Exame de Despachante Aduaneiro – 2014-adaptada) Com relação às reduções e às isenções


do Imposto de Importação, é incorreto afirmar:

a) interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre a outorga de isenção


ou de redução do Imposto de Importação.

b) a isenção ou a redução do imposto somente será reconhecida quando decorrente de lei


ou de ato internacional.

c) o tratamento aduaneiro decorrente de ato internacional aplica-se exclusivamente à


mercadoria originária do país beneficiário.

d) a concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal relativo ao


imposto independem de comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da
quitação de tributos e contribuições federais.

e) observadas as exceções previstas em Lei ou Decreto, a isenção ou a redução do imposto


somente beneficiará mercadoria sem similar nacional.

94. (AFRF-2000-adaptada) De uma maneira geral, com as exceções previstas na legislação


específica, pode-se afirmar que o requisito de inexistência de similar nacional deve ser
observado nas importações:
a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito aduaneiro e
exportação temporária

b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculado à qualidade


do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos Internacionais
(preferências tarifárias)

c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de importação,


constantes da Tarifa Externa Comum (TEC)

d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação

e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação

95. (AFRF-2002.2) É concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de arte,
constantes das posições 9701, 9702, 9703 e 9706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira
de Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do Mercosul - e recebidos,
em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público e outras entidades culturais,
reconhecidas como de utilidade pública. (Lei 8.961/94, art.1º). Em face do enunciado, assinale
a opção correta.

a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que direcionada aos


objetos de arte citados na norma.

b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que direcionada aos


museus mantidos pelo poder público e outras entidades culturais de utilidade pública.

c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo, condicionada,


ainda, a não cobertura cambial.

d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a outros objetos de
arte.

e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.

96. (AFRF-2000) A empresa Alfa Bética Indústria de Componentes Automotivos Ltda. pleiteou
junto ao DECEX redução de alíquota do imposto de importação para uma fresadora especial,
sem similar nacional, para emprego no seu processo produtivo de engrenagens cônicas para
automóveis, cujo processo, após exaustiva análise, culminou com o deferimento do pedido,
passando a figurar na TEC como "ex"- tarifário. Passados 2 (dois) anos a empresa encerrou
suas atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser utilizada na produção
de engrenagens helicoidais para equipamentos navais, sem autorização prévia da Secretaria
da Receita Federal para manutenção da referida redução de imposto. Ato contínuo, em
fiscalização na empresa, a Secretaria da Receita Federal:

a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais


alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade do importador, tanto que tal
redução foi deferida à empresa mediante processo específico, além do que não foi solicitada
prévia autorização da autoridade fiscal

b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais,


alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação do bem e no caso houve
transferência de propriedade para empresa que o utilizou para outra finalidade, além do que
não houve prévia autorização do órgão fiscal.

c) considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer procedimento fiscal


contra a empresa importadora e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza
objetiva da redução tributária.

d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função de


tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à destinação do
bem e a transferência de propriedade ter sido feita sem prévia autorização da fiscalização

e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função do


tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à qualidade do
importador e a transferência sem autorização prévia da autoridade fiscal.

97. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Quando a isenção ou a redução do imposto de


importação for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a
cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto, exceto no
caso de bens transferidos ou cedidos:

a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de prévia decisão


da autoridade aduaneira.
b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da declaração de
importação, no caso de bens importados por integrantes de missões diplomáticas.

c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da mercadoria no


território aduaneiro, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço aduaneiro, no


caso de bens importados por representações de organismos internacionais.

e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da declaração de


importação, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

98. (Questão Inédita) Sobre as isenções e reduções do imposto de importação, assinale a


alternativa incorreta:

a) A isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à destinação dos


bens, ficará condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades
que motivaram a concessão

b) Perderá o direito à isenção ou à redução quem deixar de empregar os bens nas finalidades
que motivaram a concessão, exigindo-se o imposto a partir da data do registro da
correspondente declaração de importação.

c) Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência


de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento
do imposto.

d) A isenção ou a redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria sem


similar nacional.

e) O ex-tarifário é isenção objetiva do imposto de importação concedida pela CAMEX a bens


de capital e de informática e telecomunicações que não possuam similar nacional.

99. (Questão Inédita) Compete à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil estabelecer a
periodicidade e a forma de comprovação da correta destinação do papel beneficiado com
imunidade na importação, inclusive mediante instituição de obrigação acessória destinada ao
controle da sua comercialização e importação.
100. (Questão Inédita) São dispensados do exame de similaridade os gêneros alimentícios de
primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou pecuária, e
matérias-primas para a sua produção no País, quando sujeitos a contingenciamento.

101. (Questão Inédita) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com a letra V as
verdadeiras e com a letra F as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência
correta:

( ) Na hipótese de verificação de extravio ou avaria, será devida restituição do imposto de


importação. Nesse caso, será necessária prévia indenização à Fazenda Nacional pelo responsável
pelo extravio ou avaria, que poderá ser o transportador ou o depositário.

( ) A restituição total ou parcial do imposto acarreta a restituição, na mesma proporção, dos juros
de mora e das penalidades pecuniárias, desde que estas tenham sido calculadas com base no
imposto anteriormente pago.

( ) O protesto do importador, quanto a erro sobre quantidade ou qualidade de mercadoria, ou


quando ocorrer avaria, poderá ser apresentado após a saída desta do recinto alfandegado, desde
que, a critério da autoridade aduaneira, houver inequívoca demonstração do alegado

( ) O retorno antecipado de bens submetidos ao regime de admissão temporária para


aperfeiçoamento ativo gera, para o importador, o direito a obter restituição do imposto de
importação.

( ) O importador que apurar crédito relativo ao imposto, passível de restituição ou de


ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios e de terceiros relativos a
quaisquer tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Assinale a alternativa correta:

a) VVVFF

b) VFVFF

c) FVFVF
d) FVVFF

e) FVVFV

102. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta sobre a restituição do imposto de


importação:

a) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


verificação de que o contribuinte, à época do fato gerador, era beneficiário de isenção ou de
redução concedida em caráter geral, ou já havia preenchido as condições e os requisitos exigíveis
para concessão de isenção ou de redução de caráter especial.

b) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


diferença, verificada em ato de fiscalização aduaneira, decorrente de erro de cálculo, na aplicação
de alíquota e nas declarações quanto ao valor aduaneiro ou à quantidade de mercadoria.

c) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

d) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


decisão condenatória.

e) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de


verificação de extravio ou avaria de mercadoria.
Gabarito

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B E D A D C B D C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C E C D E E D D D D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C C C C C E C C B B
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

D C A B E B B E E E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

E C E C E E E C D D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

C B D A D D E E E C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

C E E E E E A D A D
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80

E E E C E C C A C C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

E C C C C C C C C E
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

E E D E C C B E C C
101 102
D D

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