DERMATOLOGIA

FOTOTERAPIA

Licenciado para: Fernanda de Menezes Moraes Macruz | drafernandammoraes@gmail.com | 69312761153 | Protegido por AlpaC
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FOTOTERAPIA
A fototerapia consiste no uso da radiação
ultravioleta (UV) no tratamento de doenças
de pele.
O espectro magnético da radiação solar é
amplo, desde os raios cósmicos, até as
radiações do infravermelho. Envolve, então,
a radiação UV e a luz visível, como podemos
observar na figura abaixo:

Os tipos de RUV são: UVA, UVB e UVC. UVA

ainda pode ser dividida em UVA1 e UVA2.

Quanto maior o comprimento de onda, maior

será a penetração na pele.

• UVA1 (340-400 nm)  atinge a epiderme,

derme média e profunda.
• UVA2 (320-340nm)  se assemelha à
UVB, com penetração mais superficial.
• UVB  a maior parte é absorvida na
epiderme e apenas uma pequena porção
atinge a derme superior.

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UVB (290 – 320nm):
• 5% dos raios que chegam à Terra;
• Carcinogênese (80 ~ 90%);
• Eritema, queimadura;
• > intenso das 11 às 13h e verão;
• Relacionado à síntese de vitamina D;
• Não ultrapassa vidros.
UVA (320 – 400nm)
• Representa 95% dos raios UV que atingem
a Terra;
• Fotoenvelhecimento;
• Bronzeamento;
• Intensidade constante ao longo do dia e
ano;
• Não diminui nos dias nublados;
• Atravessa vidros comuns;
• Carcinogênese (10 ~ 20%).
Tipos de Fototerapia
• UVA1 (340-400 nm);
• UVA mais psoralenos (PUVA);
• UVB banda larga (290-320 nm);
• UVB banda estreita (311-313 nm);
• Excimer laser 308 nm;
• Fotoquimioterapia extracorpórea
(fotoforese).
Mecanismo de ação da Fototerapia
A RUV é absorvida pelo cromóforos (DNA,
nucleotídeos, lipídios, aminoácidos, melanina)
e isso irá provocar modificações na estrutura
e na função dos cromóforos (fotoprodutos).
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Os fotoprodutos estão envolvidos na
apoptose, inflamação, imunossupressão e
fotocarcinogênse.
UVA e UVB:
• Efeito imunossupressor, antinflamatório e
antiproliferativo;
• Redução do número de macrófagos;
• Inibição da produção de citocinas
inflamatórias (IL-2, IL-8, IL-9, IL-17, IL-22,
IL-23, TNF-α e IFN-γ);
• Indução da IL-10 (citocina
imunossupressora).
Fototerapia com UVB
• Doença inflamatória crônica, comum,
recorrente;
• Indicada para psoríase, DA, prurido renal e
hepático, parapsoríase, MF, vitiligo, GVHD
aguda e crônica;
• Pode ser indicada para crianças e
gestantes;
• Atualmente, a UVB de banda larga está
em desuso (UVBnb tem eficácia superior
principalmente na psoríase, DA e vitiligo,
com menos eventos adversos).
Mecanismo de ação
• Induz a apoptose de queratinócitos e de
células T (dano direto ao DNA);
• Reduz a quantidade de células
apresentadoras de antígenos;
• Reduz o número de células NK.
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Método de Saidman
• Ferramenta a ser estabelecida antes do
tratamento com o objetivo de produzir
um eritema no paciente e, a partir desse
eritema, calcular a dose inicial;
• Técnica: expor 4 a 6 pequenas áreas,
normalmente de uma área da pele não
fotoexposta (dorso inferior, nádegas),
a uma série progressivamente maior de
irradiação UVB;
• DEM = menor dose capaz de causar
uma reação eritematosa minimamente
perceptível 24 horas após a irradiação;
• Iniciar o tratamento com 50 a 75% dessa
dose, aumentando 10 a 20% a cada
aplicação;
• O acréscimo varia de acordo com o
fototipo;
• Esse método está em desuso em
decorrência de suas limitações práticas.
Método de Goeckerman
• RUV B + aplicação de coaltar a 2%
• O coaltar deve ser removido antes da
aplicação de UVB;
• Indicado para psoríase.
Método de Ingram
• RUV B + antralina;
• Contraindicada nos casos de psoríase
pustulosa ou eritrodérmica;
• Proteger a pele perilesional com
fotoprotetor dióxido de titânio.
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UVB-FE
• 311 a 313 nm;
• 2 a 3 sessões semanais;
• Iniciadas com 50 a 70% da DEM
(em desuso);
• A dose inicial também pode ser
estabelecida conforme o fototipo;
• Após a definição da dose inicial, a
cada uma ou duas sessões a dose é
aumentada em 10% a 30% até que haja
um eritema assintomático
• Pico da reação eritematosa = 12 e 24
horas após exposição;
• A proteção ocular é fundamental, mas
somente durante a fototerapia;
• Menos eritemogênica;
• É a modalidade mais empregada;
• Ao atingir a remissão, não é indicada
terapia de manutenção, exceto na MF
(manter o controle da doença).
• Indicações: casos iniciais de psoríase,
parapsoríase, DS, DA, linfoma, GVHD,
pruridos (idiopático, hepático e
diabetes melito).
• Contra-indicações: XP e LE. Relativas:
história de CA pele não melanoma,
doenças por fotossensibilidade, RT prévia
e imunossupressão.
• Efeitos colaterais imediatos: eritema (pico
em 12h), xerodermia, prurido, bolhas por
queimadura e herpes simples;
• Vantagens em relação à PUVA:
não necessita de psoraleno, não é
contraindicado na infância, gravidez
ou lactação.
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Excimer laser 308 nm
• É um subtipo da UVBnb;
• Aprovado para tratamento de psoríase,
DA e vitiligo nos EUA;
• Pode ser realizado em locais de difícil
acesso para a fototerapia tradicional,
como couro cabeludo, palmas e plantas;
• Excimer laser  direcionar na lesão com
uma ponteira spot 14 a 30mm, poupando
a pele sadia;
• Excimer lâmpada  possibilita o
tratamento de áreas mais extensas.
Fototerapia com UVA
• UVA causa um dano indireto ao DNA;
• Eritema mais tardio (início em 24 h e pico
em 48 a 72 h);
• 2 modalidades: PUVA (psoraleno oral ou
tópico + UVA de 320 a 400nm) e UVA1
(340 a 400nm)
Mecanismo de ação:
PUVA
• Efeito antiproliferativo, antiangiogênico e
apoptótico.
• Estimula a melanogênese;
• Induz a apoptose das células T;
• Inibe as células de Langerhans;
• Reduz a síntese de colágeno I e III (efeito
antifibrótico).
UVA1
• Induz a apoptose de linfócitos, mastócitos
e células de Langerhans;
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• Inibe a expressão de citocinas Th2 (IL-5,
IL-13 e IL-31);
• Reduz colágeno;
• Ativa as colagenases;
• Inibe a atividade dos fibroblastos.
PUVA
• Psoralenos  substâncias
fotossensibilizantes que se tornam ativas
após a aplicação do UVA;
• Os psoralenos ligam-se às pirimidinas,
inibindo a síntese do DNA, após a
exposição ao UVA.
• Substâncias usadas: Metoxaleno (8-MOP)
e Trimetilpsoraleno
• Pode ser administrado por VO (cápsula),
tópico (creme, solução alcoólica, emulsão
ou diluído em banho de corpo inteiro ou
parcial) ou via retal (se intolerância gástrica).
• Ingerir a substância 2h antes da aplicação;
• Usar óculos especiais;
• Tempo de exposição varia entre 0,5
e 5 J/cm2;
• Aplicações 3 vezes/semana;
• Em cada aplicação, aumenta-se 0,5
a 1 J/cm2;
• Após a sessão, é necessário manter
fotoproteção cutânea e ocular
por 24 horas.
• Aplicação tópica de 8MOP a 0,1 a 1% nas
lesões - meia hora antes da exposição.
• Banho PUVA: Boa opção para
pacientes com lesões extensas,
mas com contraindicação à terapia
sistêmica; Técnica: banho em banheira
contendo 100L de água morna e 37,5mL
de 8-MOP a 1% seguida de exposição à
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radiação UVA; Indicado em psoríase em Exames antes de iniciar a Fototerapia

placas moderada a grave e dermatoses
• Exame dermatológico de toda a pele:
crônicas palmoplantar.
avaliar a gravidade e a extensão da
• Indicações de PUVA: psoríase, vitiligo,
dermatose, fototipo e fotodano, exame
MF, eczema atópico, esclerodermia,
dos nevos e detectar lesões pré-malignas
GVHD, líquen plano, EPL, urticária
ou malignas;
pigmentar e pruridermias.
• Exame oftalmológico prévio;
• Contra-indicações: cardiopatias,
• Exames laboratoriais: função renal,
crianças, gestantes, uso de tetraciclinas e
hepática, beta-HCG, perfil lipídico (se RE-
citotóxicos, história pessoal e familial de
PUVA);
melanomas (relativo), insuficiência renal
• FAN  discutível (somente se história
ou hepática (relativo).
familiar ou suspeita de colagenose).
• Efeitos colaterais imediatos: náuseas,
prurido, eritema (pico em 48h) e
xerodermia;
• Efeitos tardios: lentigos,
fotoenvelhecimento, lesões cutâneas pré-
neoplásicas e neoplásicas (CEC), catarata.
• PUVA  maior evidência de potencial
carcinogênico (principalmente quando faz
uso concomitante de ciclosporina).

UVA1

• É dividida em três faixas de energia:

o Baixa dose: 10-20 J/cm2;

o Dose intermediária: > 20-70J/cm2;
o Alta dose: > 70-130 J/cm2.
• Boa opção para o tratamento de doenças
inflamatórias e autoimunes;
• Pode ser realizado em crianças, gestantes
e pacientes com contraindicação ao uso
de psoralenos;
• A UVA1 tem menos efeitos adversos que a
PUVA (UVA2  eritema e carcinogênese).

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