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Belo Horizonte
2015
Guilherme Henrique Soares
Belo Horizonte
2015
Guilherme Henrique Soares
Pública (CESP II 2014) da Academia de Polícia Militar (APM) e da Fundação João Pinheiro
(FJP), como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Segurança Pública.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
___________________________________________________
A definir
___________________________________________________
A definir
aos meus queridos filhos Henrique e Cecília, os quais me tem sido uma
Aos meus pais Paulo Cesar Soares e Sandra Mara Soares, pelos princípios, valores e
graça de Deus, e por terem novamente me acolhido em casa, durante este período de curso.
À professora Simone Cristina Dufloth, por toda a atenção, paciência e profissionalismo com
Ledwan, Maj Alisson, Maj Alan, Maj Ricardo Faria, Maj Christiano, Cap Rigotti, Cap Pescara,
Cap Miguel, Sgt Claudio, Sgt Marcos Ferreira, Sgt Weslei Bento e todos os demais
integrantes desta nobre Unidade, os quais prestaram apoio fundamental para realização
deste trabalho.
Aos amigos de Uberlândia, pelas orações, amizade, companheirismo e por darem todo
Aos amigos do CESP II/2014, pelo companheirismo e apoio, em especial ao Cap Leonardo
Castro, Cap Renata, Cap Lorena e Cap Karla os quais integraram meu grupo de trabalho.
os quais cederam seu precioso tempo e atenção prestando informações que possibilitaram a
This research aims to analyze the quality of the air patrol service provided in support of
ostensible policing in Uberlândia, from the perspective of immediate military police users of
this service, and its service providers, which are part of the effective of the 2nd Air Patrol
Company (2ª CoRpAer). The criteria that underlie the analysis of this service have been
proposed from the literature that deals with the quality service, contextualized according to
the mission, vision and goals of the Military Police of Minas Gerais (PMMG), keeping in view
the aircraft employment doctrine of the Institution. This is an exploratory research,
quantitative and qualitative, based on documentary research, literature and field. In this
sense there were sent questionnaires to two groups of individuals, the first consisting of the
police officers crowded in Uberlândia, which were supported by aircraft of the 2ª CoRpAer in
a police nature missions in the period from June to November 2014 and the second by the
members of the 2nd CoRpAer squares, which in that period were responsible for providing
the service in dispute. Were also conducted semi-structured interviews with Uberlândia
Military Police Unit comanders. It was found that in general, the service provided by the 2ª
CoRpAer under the ostensible policing of Uberlândia is perceived as high quality, however
aspects related to the availability, accessibility, communication and air-ground interaction
and service performance need improvement so that the air patrol service meets the
expectations and needs of its members to the fullest.
Keywords: Police air patrol. Ostensible policing. Quality services. Air resource. Perceived
quality.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CG - Comando-Geral
Cia PM Ind MAT - Companhia de Polícia Militar Independente de Meio Ambiente e Trânsito
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 17
5 METODOLOGIA.................................................................................................. 60
REFERÊNCIAS................................................................................................... 141
1 INTRODUÇÃO
Neste sentido, o presente estudo apresenta como problema a seguinte questão: Como a
qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo, prestado pela 2ª CoRpAer no
policiamento ostensivo, tem sido percebida pelos oficiais e praças usuários e prestadores
deste serviço no município de Uberlândia?
Diante do citado problema, a hipótese que se lança consiste na afirmativa de que, sob a
perspectiva dos Comandantes de Unidade, oficiais e praças lotados em Uberlândia, bem
como na visão dos policiais militares da 2ª CoRpAer, o serviço de radiopatrulhamento aéreo
aplicado ao policiamento ostensivo possui elevado grau de qualidade, entretanto há
carências e necessidades de melhoria em alguns aspectos.
Qualidade, por ser uma palavra de domínio público, apresenta uma série de dificuldades de
conceituação. Conforme Crosby (1979, apud PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 2006,
p. 97) qualidade “é um construto vago e indistinto. Muitas vezes confundida com adjetivos
imprecisos, como bondade, luxo, brilho ou peso.”
Crosby (1979, apud PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 2006, p. 97) define a qualidade
do setor de bens como “conformidade em relação aos requisitos”. Já Gavin (1983 apud
PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 2006, p. 97), nesse mesmo contexto, “mede a
qualidade por meio da contagem da incidência de falhas 'internas' (observadas antes que
um produto deixe a fábrica) e 'externas' (surgidas no campo depois da instalação de uma
unidade).”
A partir da revolução industrial verificou-se uma mudança, que migrou da customização para
a padronização da produção, através das linhas de montagem. A partir do modelo de
administração taylorista, o operário detinha conhecimento de apenas uma parcela do
trabalho, surgindo a figura do inspetor como responsável pela qualidade do que se produzia
(CARVALHO, 2005). Neste contexto, ainda segundo a autora, conceitos de qualidade como
especificação e conformidade foram desenvolvidos no processo de produção, entretanto,
ficaram de lado, o atendimento das necessidades do cliente e a participação do trabalhador
que anteriormente, quando da produção artesanal, estavam presentes.
1 (Plan-do-check-act) Planejar, fazer, checar e agir, criado por Shewhart para direcionar análise e solução de
problemas.
23
popularizado no início do século XXI. Esse último foi além do enfoque estatístico, buscou
priorizar a melhor relação custo-benefício para implementação de projetos, desdobrados
conforme um alinhamento estratégico de qualidade refletindo-se em ganhos financeiros para
a organização que o implementou. (CARVALHO, 2005).
Pari passu ao uso de atributos de qualidade no setor produtivo, também o setor de serviços
se desenvolveu com a premissa da qualidade no atendimento de seus objetivos
institucionais. Contudo, diferenças evidenciam a aplicação desse conceito no setor de
serviços que se configura peculiar para a construção metodológica dos mecanismos de
avaliação e apuração de indicadores capazes de identificar a qualidade nos serviços. A
seção a seguir busca apresentar essas peculiaridades e melhor caracterizar a qualidade nos
serviços, objeto principal da presente monografia.
A percepção de que um serviço foi prestado com qualidade, decorre, conforme nos aponta
Grönroos (2006), de um processo avaliativo em que o consumidor compara as expectativas
que possuía anteriormente ao serviço prestado, com aquilo que realmente foi percebido da
prestação do serviço. Desta comparação, resulta a qualidade de serviço percebida. No
mesmo sentido nos explica Parasuraman, Zeithaml e Berry (2006, p. 98) “a percepção da
qualidade do serviço resulta de uma comparação entre as expectativas do consumidor e a
prestação efetiva do serviço”. Verifica-se, portanto, duas variáveis inerentes à formação da
qualidade em serviços, elencadas por Grönroos (2006, p. 89): “serviço esperado e serviço
percebido”.
A comunicação boca a boca, conforme nos aponta Gianesi e Correa (1996), compreende as
informações que o cliente recebe através de outras pessoas que já usufruíram o serviço de
determinado fornecedor. A experiência anterior é descrita pelos autores como o
conhecimento já adquirido e experimentado, que o cliente possui a respeito de um
fornecedor ou de um serviço. O principal formador das expectativas de um cliente, na visão
de Gianesi e Correa (1996) refere-se às necessidades pessoais do consumidor, que
compõem o conjunto de motivos pelos quais o cliente procura determinado serviço.
Conforme a ocasião, as expectativas podem ser mais ou menos exigentes que as
necessidades, entretanto, conforme os autores, “sempre que possível, o fornecedor de
serviços deverá procurar identificar tanto as expectativas como as necessidades de seus
clientes” (GIANESI; CORREA, 1996, p. 81).
25
Conforme nos explica Gianesi e Correa (1996), tanto as expectativas quanto a própria
percepção do serviço prestado, possuem poder de influência na avaliação da qualidade em
serviços, portanto, é importante que o fornecedor de serviços seja capaz de influenciar
positivamente estas expectativas, conforme descreve Grönroos (2006, p. 89):
Promessas oriundas de atividades tradicionais de marketing, publicidade
influenciam as expectativas dos clientes e tem impacto sobre o serviço
esperado. A tradição, ideologia, a comunicação de boca em boca e a
experiência anterior com um serviço também influenciam as expectativas de
um cliente.
Para Parasuraman, Zeithaml e Berry (2006) tanto a expectativa (serviço esperado), quanto a
percepção (serviço percebido), recebem influências de determinantes da qualidade em
serviços, abordadas no tópico anterior, conforme ilustrado na Figura 2, entretanto, é possível
que a importância dada a cada uma destas características determinantes, seja uma antes
do serviço, e outra, em diferente medida, após a sua finalização.
Caso as expectativas dos clientes mudem e não sejam percebidas pela organização, ocorre
o que Lobos (1993, p. 77) denomina de “lacuna entre os requisitos do cliente e o serviço
propriamente prestado”, e conforme ilustrado na Figura 4, a organização que não se atenta
para esta lacuna, gasta tempo e recursos com algo que não interessa mais ao cliente e por
outro lado, deixa de produzir serviços que são esperados, restando apenas uma parcela de
serviços produzidos e percebidos pelo cliente em que havia real expectativa para tal.
percebido ultrapassar o serviço esperado, o que indicaria uma qualidade ideal, mais do que
satisfatória.
Por intangibilidade, entenda-se que serviços, em sua maioria, não são palpáveis, presta-se
o serviço, ou seja, não há possibilidade de estabelecer especificações visando uniformidade,
sua qualidade envolve o desempenho dos prestadores do serviço. Quanto à
heterogeneidade, o serviço prestado varia conforme o dia, o prestador do serviço e o cliente,
ou seja, dificilmente há possibilidade de garantir uma homogeneidade da qualidade do
serviço quando há pessoas diferentes em ambos os lados (cliente e prestador do serviço).
Por fim, a inseparabilidade deve ser considerada para conceituar qualidade em serviços,
pois na maioria dos casos a produção e o consumo dos serviços ocorrem simultaneamente,
através da interação entre cliente e prestador do serviço. Neste caso, a participação do
cliente afeta diretamente a qualidade do serviço, como por exemplo, a prestação do serviço
de corte de cabelo ou uma consulta médica (PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 2006).
Segundo Paladini (2010, p. 30), o primeiro passo para definir a qualidade em serviços é
“considerar a qualidade como um conjunto de atributos ou elementos que compõem o
produto ou serviço.”
Para que não haja equívocos por parte da organização, na determinação destes atributos,
Paladini (2010) entende ser necessário buscar na sociedade os valores que são atribuídos à
qualidade em serviços. O autor define esses valores como “cultura da qualidade”, que se
retratam em ideias e crenças, conforme as situações.
Alinhado a esse pensamento, tendo-se como referência a sociedade para construção dos
requisitos da qualidade, Lobos (1993, p. 66) conceitua qualidade em serviços como a ação
de “antecipar, atender e exceder continuamente os requisitos e as expectativas dos clientes”.
A definição de qualidade, portanto, à luz de diversos autores, está centrada no consumidor,
e para Paladini (2010), conforme a característica de determinado serviço, alguns atributos
como preço, velocidade de atendimento, segurança, serão mais relevantes que outros,
como flexibilidade, competência e cortesia, por exemplo.
Neste sentido, Paladini (2010) elenca três conceitos em que a definição de qualidade é
centrada na figura do cliente. Segundo a Organização Européia de Controle de Qualidade
(1972, apud Paladini, 2010, p. 31), “qualidade é a condição necessária de aptidão para o fim
a que se destina.” Conforme exposto por Juran e Gryna (1991, apud, Paladini, 2010, p. 31)
“Qualidade é adequação ao uso”. E por fim, segundo Jenkins (1971, apud Paladini, 2010, p.
31) “Qualidade é o grau de ajuste de um produto à demanda que pretende satisfazer.”
Primeiramente, cabe pontuar que a definição dos atributos determinantes para a qualidade
em serviços, conforme Gianesi e Correa (1996) deve ser orientada para a satisfação do
usuário e irá variar conforme o tipo de serviço a ser prestado. Parasuraman, Zeithaml e
Berry (2006) relatam, contudo, que para a maioria dos tipos de serviços, os critérios
determinantes de qualidade, usados pelos consumidores, são praticamente semelhantes, e
podem ser delimitados dentro de 10 categorias gerais: “Acesso, Comunicação, Competência,
Cortesia, Credibilidade, Confiabilidade, Sensibilidade Segurança, Tangíveis,
Compreensão/conhecimento do cliente” (PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 2006, p.
104). Esses critérios foram obtidos, segundo os autores, através de estudos qualitativos
exploratórios em que foram realizadas entrevistas em grupo focal com consumidores e
entrevistas em profundidade com executivos, dentro de quatro categorias distintas de
serviços: banco de varejo, cartão de crédito, corretagem de valores e reparo e manutenção
de produtos.
Os autores Gianesi e Correa (1996) ao combinarem visões de outros autores sobre critérios
de avaliação do serviço, consolidaram esses critérios em 8 categorias gerais: consistência,
velocidade de atendimento, atendimento/atmosfera, acesso, custo, tangíveis,
credibilidade/segurança, competência e flexibilidade. Observa-se que tais critérios são
apontados, de forma idêntica ou similar, em outros autores citados, tais como Slack 2 e
No que diz respeito ao desempenho do serviço, Lobos (1993) aborda sete dimensões da
qualidade em serviços relacionadas à esse atributo, que servem para formular padrões de
desempenho em serviços. Algumas dimensões podem ser mais imprescindíveis que outras,
conforme a natureza do serviço. São elas: “Validade, disponibilidade, precisão, rapidez,
respeito à norma, solução de problema, confiabilidade, disposição para servir e segurança”
(p.133).
a) Acesso e disponibilidade
3 Zeithaml, V. A., Parasuraman, A., Berry, L. L. Delivering service quality: balancing customer perceptions and
expectations. New York: Free Press, 1990.
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disponibilidade do serviço, ou seja, este tem que estar à disposição fisicamente, acessível,
conforme acordado.
b) Velocidade de Atendimento
c) Comunicação
d) Atendimento do serviço
e) Flexibilidade
Paladini (1995, apud FADEL; REGIS FILHO, 2009) comenta que devido à participação e
relação direta do cliente no processo produtivo, há necessidade de constante renovação,
adaptação e atualização da organização e do processo de prestação de serviços, às
necessidades do consumidor. Cavalho (2005, p. 345) complementa que a flexibilidade é a
“capacidade de alterar o serviço prestado ao cliente.”
f) Competência
g) Segurança e Credibilidade
h) Intangibilidade
i) Confiabilidade
j) Precisão
k) Solução de Problemas
Para que uma organização preste serviços de qualidade, deve-se haver um esforço no
sentido de compreender e conhecer as necessidades do cliente. Parasuraman, Zeithaml e
Berry (2006, p. 104) elencam que este critério compreende: “aprender as necessidades
específicas do cliente, dar atenção individual e reconhecer clientes habituais.” A
sobrevivência de uma organização, portanto, depende de uma aproximação junto à
realidade do consumidor e de um constante aprendizado mediante processos evolutivos no
sentido de identificar e atender às necessidades dos clientes, conforme estas mudam ao
longo do tempo. Entretanto, conhecer as necessidades dos clientes também se refere a
permitir abertura para que os problemas que porventura existirem no processo de prestação
de serviço, possam ser resolvidos.
l) Custo
O custo é critério que determina a qualidade a partir do valor que o cliente paga em moeda
pela prestação do serviço, porém apesar de relevante, não somente o gasto financeiro é
dispendido pelo cliente, mas também o tempo, esforço ou outros desgastes, conforme a
ocasião (GIANESI; CORREA, 1996). Cabe ressaltar que o custo determina a qualidade de
um serviço a partir de uma expectativa formada através de informações relacionadas àquele
serviço, portanto, conforme os autores, quanto menor o conhecimento que o cliente possui a
respeito de um serviço, menor a capacidade de julgamento a respeito de seu custo. Lobos
(1993) comenta que mesmo um serviço apresentando bom desempenho e atendimento, se
este demandar um custo elevado de forma desproporcional, sob a ótica do cliente,
impactará negativamente na satisfação do cliente, bem como na formação da percepção
sobre a qualidade daquele serviço.
m) Desempenho
Quanto ao desempenho, Lobos (1993) o descreve como um dos três fatores da qualidade
de um serviço, o qual relaciona-se com o propósito para o qual determinado serviço existe e
em que medida este produziu resultado conforme esperado. A qualidade de serviço
percebida será, portanto, conforme Grönroos (2006) uma contraposição entre o
desempenho percebido e o desempenho esperado. Swan e Combs (1976, apud Grönroos,
2006) ao estudarem o desempenho como critério da qualidade na produção de bens de
consumo, o subdivide em duas vertentes: o desempenho instrumental e o desempenho
expressivo. Segundo nos aponta Grönroos (2006) estudos indicam que os resultados
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relacionados aos bens de consumo também são de grande proveito para o estudo da
qualidade em serviços.
Para Lobos (1993) é necessário que sejam estabelecidos padrões para o desempenho do
serviço, os quais devem ser medidos regularmente para posteriormente serem comparados
aos anteriores. A estratégia de constante melhoria dos serviços, na visão do autor, depende
do estabelecimento de ferramentas de medição e feedback do desempenho.
O setor público, conforme descreve Estefano (1996, apud FADEL; REGIS FILHO, 2009) é o
que contempla as organizações responsáveis pela maior quantidade de bens e serviços
prestados à sociedade, que por sua vez, necessita que esses serviços sejam rápidos, de
fácil acesso e realizados com qualidade, pois há, conforme o autor, uma relação de
dependência da sociedade para com os organismos públicos, os quais, para manterem a
qualidade de seus serviços, devem constantemente direcionar o foco de sua missão para o
que a sociedade necessita.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), órgão público sob as lentes desta pesquisa, tem
buscado nos últimos anos, regulamentar e estabelecer parâmetros para as diversas
modalidades de serviços previstos em seu portfólio, bem como para as novas soluções em
segurança pública que têm sido implementadas no Estado de Minas Gerais. Para tal, várias
são as Diretrizes, Instruções, Memorandos e outros documentos publicados pela
organização, em suas várias esferas, com intuito de incrementar a qualidade de seus
serviços prestados junto à comunidade mineira.
4 Art. 133 – A defesa social, dever do Estado e direito e responsabilidade de todos, organiza-se de forma
sistêmica visando a: I – garantir a segurança pública, mediante a manutenção da ordem pública, com a
finalidade de proteger o cidadão, a sociedade e os bens públicos e privados, coibindo os ilícitos penais e as
infrações administrativas; II – prestar a defesa civil, por meio de atividades de socorro e assistência, em
casos de calamidade pública, sinistros e outros flagelos; III – promover a integração social, com a finalidade
de prevenir a violência e a criminalidade. […] (MINAS GERAIS, 2014, p. 78).
39
Além de estabelecer critérios táticos e técnicos que visem padronizar o nível de qualidade
das operações policiais militares, a Diretriz 3.02.01/2009 – CG também tem como um de
seus objetivos, alcançar o melhor resultado das intervenções policiais militares, através do
fomento à atuação integrada da PMMG junto aos demais órgãos do Sistema de Defesa
Social. Na perspectiva da PMMG, a qualidade das operações é alcançada, na medida em
que os serviços prestados pela organização atendem às necessidades do cidadão,
principalmente no sentido de reduzir a sensação de insegurança e promover segurança e
proteção de forma objetiva no seio da comunidade (MINAS GERAIS, 2009).
5 É a conjugação de intervenções, executadas por uma tropa ou suas frações constituídas, que exige
planejamento específico (MINAS GERAIS, 2009, p. 11).
40
Para descrever o processo de gestão para resultados da PMMG, com enfoque na qualidade
de seus serviços, é preciso compreender que trata-se de um modelo integrado de gestão,
em que a organização é composta de estruturas interligadas que operam com o fim de
atingir um objetivo organizacional comum. Há, portanto, uma interdependência entre os
diversos setores, bem como da organização com o ambiente externo, de forma que o
desempenho de um componente pode impactar positiva ou negativamente no todo
organizacional (MINAS GERAIS, 2010b). A Figura 5 ilustra a estruturação sistêmica da
PMMG atualmente.
42
Figura 5: Diagrama da visão sistêmica dos processos de prestação de serviços por parte da Polícia
Militar de Minas Gerais.
Fonte: MINAS GERAIS, 2010b, p. 20
O Sistema Integrado de Gestão da PMMG foi, portanto, estruturado sob quatro eixos
(Direção e Comando, Serviços Operacionais, Processos Principais dos Serviços
Operacionais e Processos de Apoio), conforme ilustra a Figura 6, os quais atuam de forma
interdependente e abrangente na estruturação da produção dos serviços da organização,
com o foco na produção da segurança objetiva e subjetiva no seio da comunidade (MINAS
GERAIS, 2010b).
6 Os serviços não podem ser observados ou medidos antes de realizados (MINAS GERAIS, 2010b, p. 23).
7 O serviço é inseparável do prestador de serviço e da maneira como é percebido (MINAS GERAIS, 2010b, p.
23).
8 […] advém da qualidade do serviço prestado, ou seja, o servidor deve se antecipar em relação aos
processos em que existe maior probabilidade de haver erros e, criar medidas corretivas para acertar (MINAS
GERAIS, 2010b, p. 23).
44
Dentre os aspectos referentes à qualidade dos serviços prestados pela PMMG, a Diretriz de
Gestão para Resultados (MINAS GERAIS, 2010b, p. 38) sugere que seja elaborado um
45
Verifica-se, portanto, que as diretrizes da Polícia Militar de Minas Gerais para a qualidade de
seus serviços, estão alicerçadas na busca pelo aumento da sensação de segurança, na
prevenção e redução da criminalidade, na promoção da segurança objetiva e subjetiva e no
atendimento às necessidades do cidadão, tendo-se o município como referência para as
políticas de segurança pública, Neste contexto, é de fundamental importância que o serviço
de radiopatrulhamento aéreo prestado em todo o território mineiro, em apoio ao policiamento
ostensivo, esteja integrado e alinhado a estes aspectos, e contribua para que a missão da
Instituição seja cumprida.
46
Tendo-se como referência as diretrizes orientadas para qualidade dos serviços prestados
pela PMMG, descrever-se-á nesta seção, a origem do serviço de radiopatrulhamento aéreo
da PMMG, os aspectos legais inerentes à atividade policial aérea, o portfólio de serviços do
Btl RpAer e a doutrina de emprego de aeronaves, em que se pode identificar critérios que
determinam a qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo executado pelo Btl RpAer
em apoio ao policiamento ostensivo.
Na PMMG, a aviação originou-se a partir de 1920, e conforme relata Silva Junior (2005) a
primeira aeronave adquirida pela então Força Pública de Minas Gerais, foi um AVRO 504, o
qual foi utilizado, por pouco tempo, na instrução de seus oficiais, mediante apoio de dois
pilotos da Força Pública Paulista como instrutores. À época o curso de aviação funcionou no
antigo Prado mineiro, onde hoje está instalada a Academia de Polícia Militar de Minas
Gerais.
Em 1951, a PMMG recebeu mediante doação, sua segunda aeronave, um avião PIPER, o
qual, segundo Silva Junior (2005), fora empregado no transporte de médicos, dentistas e
professores os quais atendiam menores que integravam as Escolas Caio Martins nos
municípios de Pirapora, São Romão, São Francisco, Januária, Carinhanha e Urucânia.
Apesar de ser uma atividade não muito correlata ao serviço de segurança pública, Silva
Junior (2005) relata que o emprego do recurso aéreo neste contexto fora importante, pois
devido aos movimentos revolucionários de 1964, a atividade aérea da PMMG foi
responsável por aproximar os Batalhões existentes no interior do Estado ao Comando-Geral
da Instituição.
Apesar de já iniciadas as atividades aéreas da PMMG, Costa Junior (2013) revelou em sua
obra que somente a partir de 1987 o recurso aéreo da Instituição começou a ser
efetivamente empregado em missões de polícia ostensiva, quando por força da Resolução
1.665 do Comando-Geral, de 25 de janeiro de 1987, foi criado o Comando de
Radiopatrulhamento Aéreo (CoRpAer), atualmente denominado Batalhão de
Radiopatrulhamento Aéreo (Btl RpAer) e adquirido o primeiro helicóptero, modelo Bell 206
47
Atrelado ao crescimento obtido pela aviação nos últimos anos verifica-se a necessidade da
existência de ordenamentos jurídicos que possam orientar e regular o exercício da atividade
aérea nas suas diversas esferas de aplicação, pois trata-se de uma atividade revestida de
complexidade e conforme Marques (2006) de nada adianta existir um recurso aéreo se o
seu emprego não ocorrer dentro de parâmetros de segurança e de legitimidade que
permitam o cumprimento de sua atividade.
p.79).
No que diz respeito à legislação aeronáutica, a atividade aérea desempenhada pelas forças
10 “[...] com o advento do Ministério da Defesa, extinguiram-se os Ministérios Militares (Marinha, Exército e
Aeronáutica) e criaram-se os Comandos subordinados àqueles Ministérios” (MARQUES, 2006, p. 109).
50
11 Departamento de Aviação Civil, hoje denominado ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil)
12 Documento destinado a agilizar as decolagens de aeronaves da PMMG em missões policiais ou de defesa
civil, através da redução de informações que o piloto precisa transmitir ao órgão de controle de tráfego aéreo.
13 Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo.
51
14 “Cada piloto em comando que desviar-se de uma regra conforme o parágrafo (b) desta seção deve enviar
um relatório escrito ao DAC (SERAC) descrevendo o desvio e o motivo do desvio.” (BRASIL, 2003)
15 “Exceto como previsto no parágrafo 91.325 deste regulamento, nenhuma pessoa pode utilizar um aeródromo,
a menos que ele seja registrado e aprovado para o tipo de aeronave envolvido e para a operação proposta
(BRASIL, 2003)
16 “Nenhum piloto em comando de uma aeronave pode permitir que passageiros embarquem ou
desembarquem de sua aeronave com o(s) motor(es) da mesma em funcionamento […]” (BRASIL, 2003)
17 Departamento de Controle do Espaço Aéreo
52
Apesar de tratar-se de uma Unidade Especializada, o Btl RpAer possui um vasto campo de
atuação, e conforme menciona a minuta da Diretriz de Emprego de Aeronaves (MINAS
GERAIS, 2013a) para que estes serviços de radiopatrulhamento aéreo outrora mencionados,
sejam de alta qualidade para as tropas terrestres apoiadas bem como para a sociedade,
compete ao Btl RpAer manter a sua infraestrutura em condições de responder prontamente
às demandas surgidas para suas aeronaves e tripulações, a partir de uma política orientada
para o contínuo treinamento e qualificação de seus recursos humanos, e uma atuação
focada na manutenção de suas aeronaves, na atividade de apoio de solo e na segurança de
voo.
Ao aproximar-se dos 28 anos de efetiva operação, o Btl RpAer, desde 1987 tem cooperado,
juntamente às demais Unidades de Execução Operacional da PMMG, no cumprimento da
missão constitucional da instituição, e mediante a utilização da tecnologia presente nas
aeronaves e nos equipamentos que lhe são intrínsecos, tem procurado maximizar as ações
e operações policiais militares decorrentes da criminalidade existente e das demandas por
segurança pública, provenientes dos conflitos sociais da atualidade.
Para que a atividade aérea seja prestada com eficácia, eficiência e efetividade, sendo
percebida pela sociedade e pelo público interno da organização, como um serviço de
qualidade, é necessário que os procedimentos inerentes ao serviço sejam ajustados,
padronizados e replicados aos prestadores do serviço e demais integrantes da organização.
Neste sentido, conforme cita Costa Junior (2013), em julho de 2013 foi encaminhada ao
Estado-Maior da Polícia Militar (EMPM), uma proposta de diretriz de emprego de aeronaves,
elaborada pelo Btl RpAer, com a finalidade de orientar o planejamento, execução e
coordenação e controle do uso das aeronaves da PMMG em todo território mineiro.
a) Rapidez no acionamento
b) Emprego lógico
d) Escalonamento de esforços
f) Conhecimento da missão
i) Coordenação e controle
Além dos pressupostos elencados, Costa Junior (2003, apud COSTA JUNIOR, 2013)
acrescenta outros aspectos inerentes à qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo:
Estruturação adequada da base terrestre, preferencialmente em aeroporto; treinamento
contínuo da tripulação e do corpo técnico; rigorosa manutenção de aeronaves e
equipamentos e estabelecimento de uma cultura voltada para a segurança de voo.
60
5 METODOLOGIA
No caso da presente pesquisa, a situação da vida real ainda desconhecida, bem como o
contexto da presente investigação, referem-se à percepção que os usuários e executores do
serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª CoRpAer possuem a respeito da qualidade deste
serviço, no que diz respeito à sua aplicação ao policiamento ostensivo de Uberlândia.
Como fontes primárias, foram coletadas informações a partir dos principais documentos
elencados que regulam o emprego de aeronaves pela PMMG no policiamento ostensivo:
Diretriz Geral para Emprego Operacional da PMMG (MINAS GERAIS, 2010a), minuta da
Diretriz de emprego de aeronaves da PMMG (MINAS GERAIS, 2013a), e o Manual Técnico-
científico 3.04.07/2013-CG (MINAS GERAIS, 2013b), os quais contém a missão, doutrina de
emprego, o portfólio de serviços e os pressupostos básicos para aplicação do recurso aéreo
no policiamento ostensivo, e que foram descritos nas seções 3 e 4, sob a perspectiva dos
critérios determinantes da qualidade em serviços elencados por Lobos (1993),
Parasuraman, Zeithaml e Berry (2006), Gianesi e Correa (1996), Grônroos (2006) e Costa
Junior (2013), Pimenta (2011), abordados na seção 2, os quais se constituem nas fontes
61
secundárias da pesquisa.
Para a observação direta extensiva, conforme ensina Marconi e Lakatos (2003), utilizou-se
do questionário, como instrumento de coleta de dados. Foram elaborados dois modelos de
questionários, destinados respectivamente para dois grupos de policiais militares
respondentes, sendo o primeiro grupo formado pelos integrantes da 2ª CoRpAer,
excetuando-se o seu Comandante, perfazendo um total de 18 respondentes, conforme
Apêndice C.
21 Banco de dados referentes aos voos realizados pelo Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo da PMMG os
quais são alimentados a partir das informações extraídas dos Diários de Bordo das aeronaves.
63
Para os fins desta pesquisa, delimitou-se o estudo a partir das percepções do grupo de
policiais militares executores do serviço de radiopatrulhamento aéreo pela 2ª CoRpAer, em
comparação com as percepções do grupo de usuários imediatos do serviço, o qual se
compõe dos comandantes das Unidades da PMMG apoiadas pelo serviço de
radiopatrulhamento aéreo em Uberlândia e pelos oficiais e praças, também pertencentes a
estas Unidades, os quais foram diretamente apoiados pelo recurso aéreo em ocorrências
policiais no período de junho a novembro de 2014.
Tendo-se em vista que, conforme Rossi e Slongo (1998) não há uma definição clara de qual
tipo de escala é ideal para todas as pesquisas, e que se deve buscar uma escala que
atenda aos objetivos propostos na pesquisa, optou-se por elaborar uma escala de 5 pontos,
os quais corresponderam a 5 (cinco) níveis possíveis de concordância, os quais foram
numerados de 1 a 5, os quais apresentaram a seguinte legenda: [1] Discordo totalmente; [2]
Discordo; [3] Não concordo, nem discordo; [4] Concordo; [5] Concordo totalmente.
Os questionários foram enviados aos policiais militares pertencentes ao 17º BPM, 32º BPM,
COPOM, 9ª Cia MEsp, 9ª Cia Ind MAT , sendo este universo composto de 48 oficiais e 155
praças, totalizando 203 policiais militares. Destes, somente 68 retornaram os questionários
preenchidos, dos quais 50% é composto de oficiais e 50% composto de praças, o que
representa um percentual de 33,5% do total de questionários enviados. Também foram
expedidos 18 questionários direcionados aos integrantes da 2ª CoRpAer, sendo que 17
foram devidamente preenchidos, o que representa 94,4% do total.
A partir dos dados coletados, e apesar da não totalidade de respostas aos questionários
enviados, foi possível realizar uma análise do serviço de radiopatrulhamento aéreo prestado
pela 2ª CoRpAer aplicado no policiamento ostensivo de Uberlândia, sendo possível
identificar através dos usuários e prestadores deste serviço, quer seja praças em função de
execução, como oficiais em função de coordenação e comando de Unidades, a percepção
destes a respeito da qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo prestado no período
de junho a novembro de 2014, de forma a viabilizar a construção de uma visão geral e
atualizada deste serviço e possibilitar o alcance dos objetivos propostos para esta pesquisa.
a) Acesso
b) Disponibilidade
d) Velocidade de atendimento
e) Desempenho
f) Sensação de segurança
23 Em caso de necessidade de emprego de aeronave fora da RPM de atuação, a alocação ocorrerá mediante
autorização do EMPM e coordenação do CPE” (MINAS GERAIS, 2010, p. 73).
70
Por fim, a 4ª CoRpAer, com sede no município de Juiz de Fora, responde pelo
radiopatrulhamento aéreo na 4ª RPM (Juiz de Fora), 6ª RPM (Lavras), 13ª RPM
(Barbacena), 17ª RPM (Pouso Alegre) e 18ª RPM (Poços de Caldas), compreendendo a
macrorregião da zona da mata e sul de minas. Conforme menciona Costa Junior (2013) o
projeto de desconcentração do Btl RpAer ainda prevê a instalação de bases de
radiopatrulhamento aéreo nos municípios de Governador Valadares e Varginha.
71
24 Para maiores informações sobre radiopatrulhamento na PMMG, sugere-se a leitura de Marques (2006),
Costa Junior (2003), Costa Junior (2013), Silva (2010), Oliveira (2012), Pimenta (2011), Silva Junior (2005).
72
Conforme relata Silva (2010) quando da instalação do GRAer em Uberlândia, não houve
uma formalização de diretrizes e orientações que abrangessem o emprego da aeronave,
seu acionamento, bem como a subordinação operacional e administrativa dos seus recursos
humanos, tendo ocorrido apenas uma ordem verbal emitida pelo então Chefe do Estado-
Maior da PMMG aos comandantes de RPM, o que segundo relata Costa Junior (2003),
gerou divergências no alto escalão da Instituição, pois na visão do Comandante da 9ª RPM,
a aeronave deveria atender apenas a sua Região. Posteriormente definiu-se que a aeronave
também atenderia a 5ª RPM e 10ª RPM, entretanto o Comandante da 9ª RPM entendia ser
a autoridade responsável por decidir quanto ao emprego operacional da aeronave nestas
Regiões, divergindo do entendimento do Chefe do Estado-Maior da PMMG, que entendia
que as decisões quanto ao emprego operacional fora da 9ª RPM deveriam concentrar-se no
Estado-Maior, em Belo Horizonte.
Sob esta nova perspectiva de gestão e inserida no contexto da política de “polícia para
resultados” que se originou em 2003 na administração Pública mineira, no ano de 2005, por
força da Resolução 3.827, de 31 de agosto de 2005, foi extinto o Grupamento de
Radiopatrulhamento Aéreo, pertencente à 2ª Cia MEsp, e criou-se a 2ª Companhia de
Radiopatrulhamento Aéreo, pertencente ao Btl RpAer.
25 Segundo relata Silva (2010) quando da primeira instalação em 1999, o GRAer utilizava-se de outras
dependências no interior da área da cedida pela UNEDI, além do hangar, para exercer suas atividades,
porém quando da instalação da 2ª CoRpAer em 2005, tais dependências já estavam sendo utilizadas pela
atual 9ª Cia MEsp, restando apenas o hangar e suas adjacências como espaço físico da base aérea.
26 Linha imaginária que forma-se pela trajetória entre a aeronave e o solo, observada durante os
procedimentos de decolagem e aproximação para pouso de aeronaves (Costa Junior, 2013).
75
As fases mais críticas do voo são as operações de pouso e decolagem, pois exigem mais
potência da aeronave. Circunstâncias em que as condições de temperatura e umidade são
desfavoráveis ao voo e há necessidade de que a aeronave decole com o tanque de
combustível cheio e tripulação completa, são dificultadoras ou praticamente inviabilizadoras
para a operação, devido à ausência de uma rampa ideal para estes procedimentos, o que
impacta negativamente na capacidade operacional e consequentemente na qualidade do
serviço de radiopatrulhamento aéreo prestado aos seus usuários.
Tendo-se em vista as condições inadequadas para a atividade aérea a partir da atual sede
da 2ª CoRpAer, foram adotadas medidas pela Instituição, conforme menciona Costa Júnior
(2013), no sentido de sanar o problema e instalar a unidade aérea em local apropriado. Foi
assinado em 20 de setembro de 2013, o Termo de Cessão de Uso de Área nº
06.2013.038.0001, o qual foi publicado no Diário Oficial da União em 04 de outubro de 2013,
para que a PMMG construa a nova base da 2ª CoRpAer no aeroporto Tenente Coronel
Aviador César Bombonato, em Uberlândia.
76
O projeto para a nova base a ser construída no aeroporto de Uberlândia prevê a construção
de um heliporto e um hangar em dois pavimentos, com aproximadamente 1300m² de área
total construída em terreno de 3.200m², permitindo a hangaragem de até 4 aeronaves
modelo AS 350 B2, além de prever em sua estrutura, vestiários, sala de instrução, salas
para acondicionamento de equipamentos de manutenção aeronáutica e de suprimentos de
apoio de solo e outras dependências necessárias ao exercício da atividade aérea policial.
Entretanto, atualmente a 2ª CoRpAer, instalada na Rua Afonso Egydio de Souza, 269, bairro
Distrito Industrial, em Uberlândia/MG, possui estrutura física bastante limitada, conforme
menciona Silva (2010), que não atende às necessidades de acomodação e exercício das
diversas atividades atinentes ao serviço de radiopatrulhamento aéreo. As dimensões do
hangar comportam até 3 helicópteros modelo As 350 B2, contudo, conforme ilustra a planta
baixa da 2ª CoRpAer contida na Figura 11, há somente uma sala de aproximadamente 40m²
utilizada para toda a equipe de serviço se acomodar e realizar as atividades de briefing27,
monitoramento da rede de rádio, planejamento de operações e sobrevoos, reuniões,
recepção de pessoas e outras atividades administrativas. Há em suas adjacências um
banheiro, uma pequena cozinha, e ao lado um vestiário com aproximadamente 30 m² para
acomodação de armários para todos os integrantes da Companhia.
27 Reunião dos policiais militares de serviço, ocorrida no início do turno, quando são compartilhadas
informações de interesse do serviço e são transmitidas ordens, instruções, orientações a serem adotadas
para o respectivo dia de serviço.
77
Cabe ressaltar que a equipe de serviço no dia, após o término de sua jornada, permanece
de sobreaviso até 00h, caso exista alguma demanda extraordinária que exija acionamento
do recurso aéreo após o término da jornada de serviço. Após 00h a equipe de serviço do dia
seguinte entra em regime de sobreaviso, cumpre a jornada de trabalho conforme escala e
prossegue em sobreaviso até o término do dia.
28 Local de operação de aeronaves, fora da sede da Unidade ou da Companhia desconcentrada, onde são
feitos os procedimentos de reabastecimento de combustível e demais materiais especiais necessários.
79
operacionais de voo, conforme ilustra a Figura 12. O restante da equipe, ou seja, técnicos
de apoio de solo e mecânico operacional de voo, permanecem na base até o retorno da
aeronave.
Comandante de Aeronave 2
Total 20
Neste diapasão e a partir do princípio doutrinário de que “tudo que pretende subir e pairar no
ar deve partir de uma boa base terrestre”, o serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª
CoRpAer possui como estrutura básica para seu funcionamento, o hangar e suas
dependências, mencionados anteriormente, os quais permitem abrigo e proteção da
aeronave, viaturas e demais equipamentos inerentes à atividade aérea.
Além da estrutura física, para que o serviço aeropolicial da PMMG seja executado em sua
plenitude e consiga atender toda à sua macrorregião de responsabilidade com efetividade, é
necessária a existência de uma estrutura de abastecimento para as aeronaves. Conforme
descreve o Manual Técnico-científico 3.04.07/2013-CG (MINAS GERAIS, 2013b), esta
81
A UAA da 2ª CoRpAer trata-se de um caminhão IVECO com capacidade para 2.500 litros de
querosene de aviação, conduzida e operada pelo pessoal técnico de apoio de solo, e
equipada com compartimento para transporte de equipamentos, e está configurada para
realizar o abastecimento de aeronaves tanto na base como nas localidades em que a
guarnição aérea for empregada.
Além da UAA, a 2ª CoRpAer possui uma viatura marca/modelo GM S-10, ano 2005, prefixo
10881, utilizada para deslocamento de militares e transporte de equipamentos e um
pequeno trator marca Agrale, utilizado pelos técnicos de apoio de solo para realizar a
movimentação da aeronave entre o hangar e o heliponto.
A Unidade Aérea da PMMG dispõe de aeronaves de asa fixa e de asas rotativas para o
cumprimento de sua missão institucional as quais integram a esquadrilha Pégasus. As
aeronaves de asa fixa são os aviões os quais, em virtude de suas características de voo,
possibilitam rapidez e segurança no transporte de pessoas e equipamentos em operações
policiais militares. O Btl RpAer possui atualmente um avião modelo King Air C-90, bimotor,
pressurizado, com capacidade para 6(seis) passageiros e operado por tripulação policial
83
militar e pilotos civis contratados os quais realizam a gestão de seu emprego na 1ª CoRpAer
em Belo Horizonte (MINAS GERAIS, 2013,b).
29 Componente instalado na parte inferior da aeronave onde pode-se acoplar cargas externas.
30 Equipamento que, acoplado ao gancho de carga da aeronave, possibilita transporte de até 540 litros de água
para combate a incêndios.
31 Recipiente com capacidade para 11.000 litros de água, utilizado para operações de combate a incêndio com
bambi bucket.
32 Equipamento acoplado ao gancho de carga da aeronave e utilizado para salvamento em ambiente aquático.
33 Equipamento acoplado ao gancho de carga da aeronave e utilizado para salvamento de pessoas em locais
de difícil acesso.
34 Sistema composto por motor, cabo de aço e engate, que suportado por um braço giratório fixado no lado
esquerdo da aeronave, possibilita o içamento de pessoas até o limite de 136Kg (MINAS GERAIS, 2013b).
84
O farol de busca, modelo Holofote SX-16 Nightsun, conforme ilustra a Figura 16, possui
capacidade de iluminação de 30 milhões de velas, e pode ser acoplado na parte inferior da
aeronave. Durante o voo é operado por um dos tripulantes operacionais através de um
joystick de fácil manuseio, e é empregado principalmente para auxiliar nas operações
envolvendo busca e localização de cidadãos infratores no período noturno (MINAS GERAIS,
2013b).
O imageador termal nos modelos 230HD e 380HD, atualmente disponível apenas para a 1ª
CoRpAer, e conforme Figura 17, é um equipamento que utiliza-se de um sistema de lentes
infra-vermelhas e termais que possibilitam à guarnição aérea localizar e identificar pessoas
em locais de escuridão. O modelo HD380 ainda possui a capacidade de captar e transmitir
imagens em tempo real para Centros de coordenação e controle, como ocorrido durante o
evento Copa do Mundo de futebol no ano de 2014 (MINAS GERAIS, 2013b).
85
Os óculos de visão noturna (OVN), conforme Figura 18, permitem a produção de imagens
em locais onde o nível de luz é praticamente inexistente, tornando-se uma ferramenta
importante para as guarnições aéreas no combate à criminalidade e seu uso, conforme
salienta Oliveira (2014), proporciona um ganho na segurança de voo durante as operações.
Além das situações mencionadas, compete ao Btl RpAer, conforme afirma a DGEOp
(MINAS GERAIS, 2010, p. 72), a responsabilidade pelo emprego de aeronaves em
“ocorrências de alta complexidade35, salvamento, socorro e calamidades em apoio às outras
UEOp”. Nestas naturezas enquadram-se as ocorrências envolvendo tomada de reféns,
rebelião em estabelecimentos prisionais, sequestro de pessoas, assalto a estabelecimentos
bancários, atos terroristas, ameaça com artefato explosivo, sequestro de aeronaves, captura
de fugitivos, enchentes, inundações, incêndios, acidentes de grande vulto e outras (MINAS
GERAIS, 2013a).
Para as demandas que exigem atuação imediata da guarnição aérea, nos limites da Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), atendidas pela 1ª CoRpAer, a solicitação das
frações policiais em solo deve ser direcionada o mais rápido possível ao Centro Integrado
de Comunicações Operacionais (CiCOp), contendo todas as informações necessárias ao
voo, as quais devem ser rapidamente repassadas à equipe de serviço no Btl RpAer/1ª
CoRpAer. Na Unidade Aérea a solicitação passa pelo crivo avaliativo do comandante de
aeronave do respectivo turno de serviço, o qual observará se a demanda cumpre os
pressupostos básicos para emprego de aeronaves e se o sobrevoo é tecnicamente viável e
possível de ser realizado. A guarnição aérea de serviço, ao realizar acompanhamento e
monitoramento da rede de rádio, poderá engajar-se de iniciativa na ocorrência, devendo
comunicar ao CiCOp sua decisão (MINAS GERAIS, 2013a).
35 Todo fato de origem humana ou natural que, alterando a ordem pública, supere a capacidade de resposta
dos esforços ordinários de polícia, exigindo intervenção de forças policiais através de estruturação de ações
e operações especiais, ou mesmo típicas de bombeiro militar e defesa civil, com o objetivo de proteger e/ou
socorrer o cidadão (MINAS GERAIS, 2013a).
87
O emprego dos helicópteros da PMMG deve ter em vista, além dos protocolos de
acionamento, dos pressupostos básicos e as naturezas de ocorrências que o justificam, a
obediência a limitações de cunho operacional, normativa e meteorológicas inerentes a cada
operação. Conforme prescreve a minuta de diretriz para emprego de aeronaves (MINAS
GERAIS, 2013a) as limitações operacionais referem-se à capacidade operacional da
guarnição aérea em atender com qualidade às necessidades e demandas relativas à
operação, tendo em vista o gerenciamento do risco a esta inerente, o qual deve ser
consequência de um constante julgamento por parte de comandante de aeronave. As
limitações normativas, dizem respeito a todo arcabouço legal institucional e aeronáutico que
regula o emprego de aeronaves em eventos de defesa social, o qual deve ser cumprido
visando o emprego seguro e eficiente do recurso aéreo. Por fim, as limitações
meteorológicas, são aquelas decorrentes das condições climáticas, as quais impactam na
segurança do voo e geram risco à operação, tais como chuvas, nevoeiros, ventos fortes,
dentre outras.
Verifica-se a partir da Tabela 2, que apesar do somatório de horas voadas em 2014 (76,6
horas de voo) ter representado um aumento de aproximadamente 35% com relação ao total
de horas voadas em 2013 (56,7 horas de voo), este mesmo percentual de crescimento não
é observado para os voos de natureza policial, o qual apresentou aumento de apenas 4,5%
com relação ao ano de 2013, podendo-se constatar que o quantitativo de horas voadas e
missões realizadas referentes ao meio ambiente foram as que mais impactaram no aumento
das horas totais voadas pela 2ª CoRpAer no período de junho a novembro de 2014 em toda
macrorregião do triângulo mineiro e noroeste. Por outro lado, observa-se, conforme Tabela 4,
que no que diz respeito à quantidade de horas voadas em apoio ao policiamento ostensivo
de Uberlândia, nos meses de junho e novembro de 2014, houve um crescimento de
aproximadamente 15% com relação ao mesmo período do ano anterior.
Conforme banco dados do Btl RpAer, através do Sistema Pégasus, dentre as missões
policiais realizadas em Uberlândia no período de junho a novembro de 2014, estas
subdividem-se em missões de cerco e bloqueio e operações, as quais são
pormenorizadamente descritas conforme exposto na Tabela 4.
92
Conforme descrito na Tabela 5 e também ilustrado pelo Gráfico 2, verifica-se que os meses
de julho e agosto de 2014, nos quais houve uma redução da disponibilidade da aeronave,
também registraram menor produtividade da 2ª CoRpAer tanto no que se refere à
quantidade de horas voadas pela aeronave como também no quantitativo de prisões, armas
apreendidas e veículos recuperados.
Observa-se que a quantidade de crimes violentos registrados nos meses de junho e julho de
2014 em Uberlândia, apresentaram tendência de queda, entretanto, no mês de agosto, em
que a 2ª CoRpAer apresentou um percentual de disponibilidade da aeronave de apenas
32,26% e há registro de apenas uma hora de voo em apoio ao policiamento ostensivo no
município, é o mês em que houve o maior crescimento da quantidade de crimes violentos
registrados de todo o semestre em análise, o qual representou um aumento de 13,3% com
relação ao mês de julho.
Por fim, cabe ressaltar que os fatores que contribuíram para redução da criminalidade
violenta em Uberlândia no ano de 2014, mormente no período de junho a novembro, não
podem ser associados simplesmente ao aumento da disponibilidade da aeronave ou da
quantidade de horas voadas, mas sim por um conjunto de ações desenvolvidas por todo o
aparato de segurança pública disponível no município, sendo a 2ª CoRpAer apenas um
elemento dentro desta estrutura formada também por outras Instituições como Polícia Civil,
Corpo de Bombeiros Militar, Ministério Público, Poder Judiciário e outros órgãos.
A partir da literatura exposta nas seções anteriores, buscou-se verificar junto aos policiais
militares usuários do serviço de radiopatrulhamento aéreo em Uberlândia, bem como junto
aos prestadores deste serviço, qual a percepção destes a respeito da disponibilidade do
recurso aéreo para apoiar o policiamento ostensivo, bem como qual o grau de facilidade
para acessá-lo.
37 Conforme detalhado no cabeçalho do questionário, a designação “PÉGASUS” refere-se ao nome pelo qual
são chamadas as aeronaves da PMMG/Btl RpAer, compreendendo o conjunto formado pelo helicóptero e
sua respectiva tripulação, quando empregados em missões policiais.
97
Observa-se também que há um percentual pequeno de respostas em que houve uma total
concordância ou discordância com relação à afirmativa e, por outro lado, há um percentual
médio de 29,5% de todos os respondentes que se posicionaram neutros em relação ao
critério de disponibilidade, o que demonstra a existência de certa incerteza no que diz
respeito à percepção da qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª CoRpAer,
sob a perspectiva de sua disponibilidade.
98
De acordo com os dados da Tabela 6, durante 85% dos dias do ano de 2014, um
helicóptero do Btl RpAer esteve disponível para emprego pela 2ª CoRpAer, porém apesar
desta base ter a responsabilidade de apoiar o policiamento ostensivo de toda a
macrorregião do triângulo mineiro e noroeste do Estado, Uberlândia tem demandado a
maior fatia da disponibilidade do recurso aéreo, tendo a guarnição aérea operado e
pernoitado fora de Uberlândia em apenas 7% dos dias do período. Entretanto, verifica-se
que, apesar da elevada disponibilidade em Uberlândia, o recurso aéreo foi empregado em
apenas 24% dos dias do ano de 2014, o que pode representar um dos fatores que
contribuíram para a formação da percepção dos 47% dos usuários do serviço de
radiopatrulhamento aéreo que discordaram ou discordaram totalmente de que a aeronave
da 2ª CoRpAer está sempre disponível para emprego em ocorrências policiais no município
de Uberlândia.
Contudo, esta percepção ficou mais evidente quando observadas as respostas dos usuários
do serviço, sendo que do total destes respondentes, 88% concordam ou concordam
totalmente que é necessário existir uma guarnição aérea em condições de emprego no
período noturno em Uberlândia. Já sob o ponto de vista dos respondentes que integram a 2ª
CoRpAer, este percentual foi de 63%, sendo que os que discordam da afirmativa
representam 32% do universo de prestadores do serviço, enquanto que a discordância por
parte dos usuários é praticamente nula.
Há uma percepção positiva dos comandantes quanto à disponibilidade dos policiais militares
integrantes da 2ª CoRpAer, no que se refere ao empenho destes durante os turnos de
serviço e nos sobrevoos, com o propósito de contribuírem para o êxito das intervenções
policiais. Destacou-se a disposição e disponibilidade destes policiais em serem acionados
de sobreaviso em casa, mesmo após uma jornada de trabalho já cumprida, e prontamente
100
Por outro lado, verificou-se, a partir das entrevistas realizadas, percepções negativas quanto
à disponibilidade do recurso aéreo, algumas semelhantes às relatadas nos questionários
pelos oficiais e praças, entretanto, acrescentam-se outras percepções, inerentes à função
de comando, as quais relacionam-se principalmente aos seguintes aspectos: Em muitas
ocasiões a Unidade apoiada pela 2ª CoRpAer tem que realizar o planejamento de
operações com base na disponibilidade do recurso aéreo e não de acordo com a
necessidade vigente. Ao responder a questão 4 do roteiro de entrevista, em que pergunta-se
qual o aspecto negativo mais latente relacionado à prestação do serviço de
radiopatrulhamento aéreo pela 2ª CoRpAer, o Entrevistado 1, mencionou:
O aspecto negativo é a falta de espaço do comandante de Unidade
demandar coisas diretamente ao CoRpAer, até em razão de dificuldades de
recursos, horas de voo, combustível. Nem sempre a gente pode fazer um
planejamento conforme nossa necessidade, assim tem que saber se a
aeronave tem hora de voo disponível. Você trabalha não em razão da
necessidade, mas em razão da disponibilidade da aeronave.
Outro aspecto reportado pelos Entrevistados 1 e 5, bem como observado nos comentários e
sugestões presentes nos questionários, é a necessidade de ampliar a disponibilidade do
recurso aéreo para realização de operações preventivas, atuação em outras operações
programadas e implementação de turnos de serviço na 2ª CoRpAer que permitam o
emprego da aeronave no período noturno, no qual há a maior concentração das demandas
em que há necessidade do apoio aeropolicial, o que corrobora com a percepção dos
policiais demonstrada nas respostas à questão 3, conforme representado pelo Gráfico 4.
sugeriu, caso possível, que estas sejam procedidas nos períodos em que os índices
criminais previstos forem mais favoráveis, e sua consequente indisponibilização ocorra nos
períodos em que a demanda for menor.
Há uma expectativa latente da tropa, percebida nos questionários e nas falas da maioria dos
entrevistados, referente à disponibilidade do recurso aéreo nas 24 horas do dia, a qual não
tem sido atendida, o que gera, portanto, um impacto negativo na percepção da qualidade do
serviço. Conforme relata o entrevistado 6, mesmo havendo uma disposição da equipe da 2ª
CoRpAer em atender a um acionamento no período noturno, após encerramento do turno de
serviço, nem sempre o emprego decorrente destes acionamentos tem atendido as
expectativas da tropa, devido ao lapso temporal decorrente do acionamento, deslocamento
do pessoal até a base, realização de procedimentos para a decolagem e posterior chegada
ao local da ocorrência.
da 2ª CoRpAer está de serviço não são de difícil acesso, pois 63% discordaram ou
discordaram totalmente da afirmativa proposta. Por outro lado, a percepção da maioria dos
policiais militares apoiados pelo serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª CoRpAer, é de
que há dificuldade para acessar estas informações, pois esta foi a opinião de 48% do
público usuário do serviço. Neste sentido, foi sugerido no questionário, por um dos policiais
militares usuários do serviço de radiopatrulhamento aéreo, que a escala mensal de serviço
da 2ª CoRpAer, seja compartilhada com as Companhias de Polícia Militar em Uberlândia.
A partir das respostas obtidas, verificou-se que 81% dos respondentes, pertencentes à 2ª
CoRpAer, discordam totalmente de que é difícil para a tropa de serviço em Uberlândia
acionar a aeronave da 2ª CoRpAer para ocorrências policiais, contudo, sob a perspectiva da
própria tropa apoiada, as opiniões foram mais heterogêneas e se equilibraram entre
concordância e discordância em relação à afirmativa, o que dificultou extrair alguma
conclusão a respeito. Diante desta circunstância, decidiu-se por analisar as respostas dadas
pelos usuários à questão 16, mediante a comparação entre as percepções do grupo de
oficiais, composto por capitães, 1º Tenentes e 2º Tenentes, com as percepções extraídas do
grupo de praças, composto por 1º, 2º e 3º Sargentos, Cabos e Soldados de 1ª Classe,
conforme exposto no Gráfico 6.
104
Verifica-se dos dados apresentados no Gráfico 6, que há uma razoável indiferença nos
posicionamentos à questão, principalmente pelos oficiais, que não concordaram nem
discordaram em 32,4% de seu universo. Entretanto, a partir desta abordagem é possível
distinguir que as praças percebem ser mais difícil conseguir o apoio da aeronave em
ocorrências policiais do que os oficiais.
Provavelmente esta percepção possa ser explicada devido ao fato de que na maioria das
intervenções em que há necessidade de emprego do helicóptero da 2ª CoRpAer, há a
presença de um oficial à frente da tropa no local da ocorrência, sendo este quem avalia a
necessidade do emprego da aeronave e solicita seu acionamento. Diferentemente das
praças, que apesar de serem apoiadas pela aeronave nas atividades de cerco, bloqueio,
38 Coordenação e controle refere-se às “atividades realizadas pelos níveis estratégico, tático e operacional da
PMMG, com o objetivo de permitir aos comandos, em todos os escalões, avaliar, orientar, colher subsídios
para o aperfeiçoamento, identificar e corrigir desvios, verificar o desenvolvimento de atividades relacionadas
a recursos humanos, emprego operacional, inteligência, logística e comunicação organizacional” (MINAS
GERAIS, 2010, p. 41).
105
busca, captura em matas e outras circunstâncias, estas não participam muito do processo
de acionamento do recurso aéreo, o qual geralmente fica sob o crivo do oficial de serviço no
turno.
Entretanto, verifica-se uma percepção negativa, por parte da maioria dos comandantes, no
que diz respeito à facilidade de acesso ao recurso aéreo quando da necessidade de
empregá-lo em operações de caráter preventivo, em apoio ao policiamento de grandes
eventos, e outras demandas em que o apoio aéreo é de fundamental importância para as
Unidades. Nestas circunstâncias, o acesso e a disponibilidade do recurso aéreo é dificultado
devido à burocracia exigida para tal, pois as demandas devem ser encaminhadas ao CPE
em Belo Horizonte, via Comando da 9ª RPM, inexistindo autonomia por parte do comando
da 2ª CoRpAer para deliberar sobre o emprego da aeronave no patrulhamento preventivo e
demais demandas não emergenciais das Unidades apoiadas.
106
A comunicação é elencada por Parasuraman, Zeithaml e Berry (2006) como um dos fatores
determinantes da qualidade de um serviço, a qual compreende a capacidade do prestador
do serviço em ouvir as demandas dos usuários e informá-los de maneira clara e inteligível a
respeito dos aspectos inerentes à prestação do serviço.
ou palestra, enquanto que o restante dos 54% não receberam formalmente nenhum tipo de
informação a respeito das limitações e peculiaridades do emprego de aeronaves no
policiamento ostensivo no período mencionado. Por outro lado, 82% dos respondentes
pertencentes à 2ª CoRpAer informaram que ministraram instrução ou palestra aos policiais
militares lotados em Uberlândia nos últimos dois anos.
39 Para maiores informações a respeito da proposta de criação da disciplina de “Policiamento ostensivo aéreo”,
nos cursos de formação da PMMG, sugere-se consultar Silva(2008).
110
Nesta perspectiva, foi acostada aos questionários a questão 8, a respeito da qual solicitou-
se aos respondentes posicionarem-se em nível de concordância diante da seguinte
afirmativa: “No local de ocorrência policial, a interação entre guarnições em solo e o
PÉGASUS é ruim.” O Gráfico 8 apresenta o comparativo entre as percepções dos militares
apoiados e dos integrantes da 2ª CoRpAer sobre a respectiva questão.
Neste mesmo diapasão, extrai-se dos relatos dos entrevistados 2 e 5 a percepção de que as
comunicações e interações estabelecidas entre as frações policiais em solo e a aeronave
durante as intervenções policiais é excelente, rápida e fluente, desde as comunicações de
acionamento da guarnição aérea, até a troca de informações ocorridas no local de
ocorrência.
Este aspecto positivo pode ser confirmado ao observar-se o Gráfico 9, o qual apresenta os
dados das respostas à questão 12 do questionário (ver Apêndices C e D), no qual é
constatado que a maioria dos respondentes discordaram totalmente de que a aeronave
PÉGASUS passa poucas orientações às guarnições em solo para o posicionamento em
ações de cerco/bloqueio.
Por outro lado, conforme dados do Gráfico 8, do ponto de vista dos policiais militares que
integram a 2ª CoRpAer, verifica-se uma maior dispersão e variação da percepção da
qualidade no que diz respeito à interação ar-solo, pois, apesar de haver 47% destes
respondentes que discordam ou discordam totalmente de que estas interações sejam ruins,
há um percentual de 24% de concordância com a afirmativa e 29% que mantiveram-se em
posição de neutralidade quanto ao tema.
Conclui-se, portanto, que do ponto de vista principalmente dos policiais militares usuários do
recurso aéreo, a interação entre a aeronave PÉGASUS e as equipes em solo, nos locais de
ocorrência é de elevada qualidade, porém para aqueles que prestam o serviço de
radiopatrulhamento aéreo, as falhas no sistema de comunicação tem interferido
negativamente na qualidade do serviço prestado.
Por outro lado, cabe ressaltar duas percepções negativas a respeito deste critério: Conforme
relato do entrevistado 1, diante da necessidade de emprego do recurso aéreo em operações
programadas e eventos de grande vulto que exigem planejamento prévio, a velocidade de
atendimento é demorada, tendo ocorrido situações em que demandou-se o recurso aéreo e
a autorização de seu emprego não chegou em tempo oportuno, perdendo-se o princípio da
oportunidade. A segunda observação, conforme menciona o entrevistado 6: “diz respeito ao
tempo de espera para a aeronave deslocar ao local de ocorrência quando do período
noturno, ou quando não há equipe de prontidão no CoRpAer, havendo necessidade de
acionamento da equipe de sobreaviso em casa.” Nesta situação, o referido entrevistado
destaca que este tempo de espera não tem atendido às expectativas das frações policiais
terrestres, que necessitam da pronta resposta do apoio aéreo nos locais de intervenção.
40 Forma peculiar pela qual determinado infrator atua (MINAS GERAIS, 2013b).
118
com o FLIR41, bem como, se possível, fornecer óculos de visão noturna para os tripulantes”;
b) “Instalação de câmera termográfica no Pégasus para otimizar o atendimento na medida
em que reduz custo, uma vez que menos horas de voo são gastas”; c) “Eu vejo que seria
interessante que aeronave tenha equipamentos que possibilitem uma maior eficiência no
patrulhamento aéreo, com transmissão de imagens em tempo real, instrumentos para voos
noturnos.” d) Uma das dificuldades presentes na prestação do serviço de
radiopatrulhamento aéreo é a inexistência de equipamentos para operar noturno, como FLIR
e OVN42”; e) “Sabe-se do grande esforço em atender à noite, em mal tempo, correndo até
risco para atender as demandas, mas a falta de equipamentos mostra a fragilidade da
capacidade de atendimento, principalmente à noite.”
Uma das dimensões da qualidade em serviços, elencada por Lobos (1993, p.149) é a
“disposição para servir”, que compreende a atitude, o interesse e a própria disposição do
prestador de determinado serviço em atender às necessidades de seu cliente ou usuário.
Neste contexto, buscou-se identificar a atitude e o interesse dos membros da guarnição
aérea em prestar o apoio às frações policiais em solo, mediante a percepção dos
respondentes aos questionários, se o recurso aéreo tem permanecido o tempo necessário
nos locais onde é demandado.
41 Imageador Termal da marca FLIR: Equipamento que possibilita gravar e transmitir imagens em tempo real,
bem como identificar fontes de calor em locais de escuridão através de lentes infra-vermelhas e termais
(MINAS GERAIS, 2013b).
42 Óculos de Visão Noturna: instrumentos que produzem imagens em ambientes com baixo nível de
luminosidade (MINAS GERAIS, 2013b).
120
Com intuito de identificar esta percepção, solicitou-se aos respondentes dos questionários
posicionarem-se conforme o seu nível de concordância em relação à afirmativa contida na
questão 10 (Ver Apêndices C e D), conforme descrito: “O PÉGASUS permanece no local de
ocorrência até o encerramento de todas as diligências em que o apoio do helicóptero é
necessário.” O Gráfico 13 apresenta o comparativo entre as percepções dos usuários e dos
integrantes da 2ª CoRpAer.
A partir das respostas condensadas e expostas no Gráfico 13, pode-se constatar que a
percepção majoritária de ambos públicos respondentes, é de que o apoio aéreo prestado
pela 2ª CoRpAer tem permanecido e apoiado o policiamento ostensivo o tempo suficiente
nos locais em que há demanda. A mesma percepção pode ser obtida pelos relatos dos
entrevistados 1, 2, 3 e 4, os quais mencionam o apoio aéreo prestado pela 2ª CoRpAer
como de fundamental importância para o êxito das ocorrências. Na visão destes, a aeronave
PÉGASUS tem dado todo o suporte e segurança ao trabalho desenvolvido pelas frações em
solo, mediante a permanência no local das diligências durante o tempo necessário, sendo
também constatada uma boa interlocução entre as equipes, caso seja oportuno efetuar
saídas estratégicas da aeronave, para mudar a situação da ocorrência.
Conforme demonstrado pelo Gráfico 14, pode-se constatar uma percepção favorável da
competência das tripulações da 2ª CoRpAer no que diz respeito ao conhecimento que estas
possuem e demonstram ter sobre a criminalidade em Uberlândia. Esta percepção é
ratificada através dos relatos dos entrevistados 1, 2, 4, 5 e 7, os quais destacam a
qualificação profissional dos integrantes da 2ª CoRpAer, a capacidade produtiva da
aeronave nos locais de atuação e o respaldo que a aeronave proporciona às frações
terrestres, culminando em respostas positivas para o policiamento ostensivo e no
atendimento às necessidades das Unidades de Polícia Militar apoiadas.
Cabe ressaltar, porém, que conforme mencionado pelo entrevistado 4, o helicóptero é uma
ferramenta empregada no policiamento ostensivo com o propósito de potencializar o
atendimento das ocorrências pelas frações terrestres, e não deve ser visto ou empregado,
como muitos policiais militares ainda acreditam, como um recurso que por si só, solucionará
os problemas para os quais foi demando.
Conforme conceitua a Diretriz para qualidade das operações da PMMG (MINAS GERAIS,
2009), eficácia está relacionada ao alcance dos resultados propostos, sendo que maior será
a eficácia na medida em que os resultados obtidos se aproximarem dos objetivos almejados.
A eficácia em serviços, apesar de não ser mencionada explicitamente pela literatura, como
um dos critérios determinantes da qualidade em serviços, pode ser inserida no âmbito do
123
desempenho instrumental, descrito por Grönroos (2006, p. 90), como “o resultado técnico de
processo de produção de serviços [...]”, ou seja, é o resultado, traduzido em um serviço
prestado, que é entregue ao cliente ao final do processo.
A partir dos dados do Gráfico 15, pode-se compreender que, à exceção de uma minoria não
superior a 15% dos respondentes, ambos universos pesquisados possuem a percepção de
que quando foi empregado o apoio aéreo nas ocorrências policiais, este atingiu os
124
Um dos conceitos inerentes à qualidade em serviços, elencado pela Diretriz que regula a
qualidade das operações no âmbito da PMMG (MINAS GERAIS, 2009, p. 13) é o da
efetividade. Conforme a citada Diretriz, efetividade é “realizar a coisa certa para transformar
a situação existente. É a capacidade de produzir um efeito.” No contexto da segurança
pública, um determinado serviço é efetivo na medida em que ele provoca um impacto
positivo na segurança pública de determinada localidade e na percepção que a sociedade
possui a respeito da segurança, ou seja, este serviço é efetivo quando promove sensação
de segurança.
Conforme dados expostos pelo Gráfico 16, confirma-se de maneira praticamente unânime,
em ambos públicos questionados, a afirmativa de que a aeronave oferece mais segurança
às frações em solo durante sua atuação.
Neste sentido, cabem destacar dos comentários tecidos no questionário, pelos policiais
militares pertencentes ao grupo dos usuários do serviço de radiopatrulhamento aéreo, as
seguintes observações: a) “[…] a presença do Pégasus é muito importante e passa a
sensação de que estamos resguardados quanto a alguma emboscada, bem como é a
garantia de sucesso na ocorrência, pois o marginal não tem pra onde se esconder [...]”; b)
“O emprego da aeronave é indispensável em uma cidade do tamanho de Uberlândia. A
presença do Pégasus, além de dar maior segurança as guarnições de solo, tem poder muito
grande de desestimular a ação criminosa.”
que a aeronave tem contribuído para uma atuação segura das frações policias em solo,
conforme os seguintes trechos relatados: a) Entrevistado 1: “Sem dúvida a qualidade do
apoio aéreo é fundamental, todas as vezes em que foi demando o apoio do CoRpAer, nós
tivemos êxito. [...] o CoRpAer deu todo o suporte aos policiais em solo.”; b) Entrevistado 3:
“Quando em apoio às atividades em campo, a aeronave potencializa em muito a visão do
ambiente, gera segurança real aos policiais militares e também subjetiva à tropa. Fortalece a
tropa gerando segurança.” c) Entrevistado 5: “com o emprego da aeronave, os policiais
militares ficam mais seguros nas intervenções de maior gravidade, em que há cerco,
perseguição, troca de tiros, meliantes armados.” d) Entrevistado 6: “Quando a aeronave está
atuando em alguma intervenção policial, aumenta a segurança da operação e a expectativa
de que a atuação das frações policiais no local serão exitosas aumenta.” e) Entrevistado 6:
“[…] os serviços prestados pela 2ª CoRpAer, na 9ª RPM são de altíssima qualidade, com
reflexos importantes e indispensáveis, tanto para nós Policiais Militares no teatro de
operações, que sentimos mais segurança e apoio incondicional, bem como para o aspecto
preventivo e desestimulador do infrator [...]”.
Conforme mencionado, para que a visão seja alcançada no futuro, é necessário que a
missão da organização seja cumprida. A missão, conforme explicado no Plano Estratégico
2012-2015 (MINAS GERAIS, 2012), é a descrição formal da razão de existir de uma
organização. Assim sendo, compete à missão responder a seguinte pergunta: Para que a
organização existe? Dentro do contexto de construção da Identidade Organizacional43 da
43 Identidade Organizacional ocorre quando a organização se faz presente na mente das pessoas que dela
fazem parte (CASTELLS; GERHARDT, 2000, apud MINAS GERAIS, 2012, p. 18).
128
Apesar de uma ligeira dispersão nas opiniões dos policiais militares usuários do serviço,
verifica-se que a opinião majoritária, em ambos universos pesquisados, é de total
concordância com a afirmativa apresentada. Verifica-se portanto, a partir das percepções
obtidas, que há um alinhamento do serviço de radiopatrulhamento aéreo prestado pela 2ª
CoRpAer, com o que a Instituição almeja como visão organizacional.
Ainda pode-se extrair das falas dos entrevistados as seguintes percepções: a) O sobrevoo
130
Por outro lado, é necessário pontuar algumas observações, extraídas dos instrumentos de
coleta de dados, as quais indicam a percepção de que o sobrevoo da aeronave pode
provocar efeitos negativos na sensação de segurança e consequentemente na construção
de um ambiente seguro em determinada localidade.
44 Conforme estabelece a DGEOp (MINAS GERAIS, 2010), dentro da estrutura operacional das Companhias
de Missões Especiais, está previsto o Grupo de Policiamento Ostensivo com Cães, também conhecido por
“Canil”. Atualmente o Canil da 9ª Cia MEsp está sediado nas dependências do Parque do Sabiá, em
Uberlândia, e trata-se de uma fração que procura estar próxima da sociedade, sendo que rotineiramente
realiza apresentações de adestramento dos cães em eventos, escolas e nas próprias dependências do
quartel.
131
8 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Tendo-se esta questão como referência, estabeleceu-se como primeiro objetivo específico,
descrever quais os principais critérios determinantes da qualidade do serviço de
radiopatrulhamento aéreo aplicados no policiamento ostensivo. Os critérios descritos por
Parasuraman, Zeithaml e Berry (2006), Grönroos (2006), Gianesi e Correa (1996) e Lobos
(1993) elencados na seção 2, foram contextualizados nas seções 3 e 4, conforme a missão,
visão e objetivos da Instituição, previstos no Plano Estratégico 2012-2015 (MINAS GERAIS,
2012), e de acordo com os pressupostos básicos para emprego de aeronaves, presentes na
minuta da Diretriz de emprego de aeronaves (MINAS GERAIS, 2013a) e Manual Técnico-
profissional 3.04.07/2013 (MINAS GERAIS, 2013b).
Ainda neste aspecto, cabe destacar que os comandantes entrevistados também entendem,
em sua maioria, ser fácil acionar a aeronave quando de demandas emergenciais resultantes
de ocorrências policiais, entretanto, esta mesma facilidade de acionamento não é percebida
quando da necessidade de empregar a aeronave em operações preventivas e em eventos
de grande vulto e operações programadas, para os quais o acesso ao recurso aéreo é
dificultado devido a entraves burocráticos e inexistência de autonomia por parte da 2ª
CoRpAer, para deliberar sobre o emprego da aeronave nestas circunstâncias.
percepção destes, que em parte recebem informações sobre os motivos da não realização
do sobrevoo e em parte não recebem, o que divergiu dos resultados colhidos junto aos
integrantes da 2ª CoRpAer, os quais em sua maioria, entendem que os motivos da não
realização do sobrevoo são transmitidos aos usuários.
Verificou-se a partir das respostas aos questionários e entrevistas, que o conhecimento que
os usuários possuem a respeito do emprego e limitações da aeronave em ocorrências
policiais, ainda é, de maneira geral, limitado e escasso, sendo constatado que 54% dos
usuários respondentes ao questionário não haviam recebido, nos últimos dois anos,
qualquer tipo de instrução sobre o emprego de aeronaves em ocorrências policiais. Esta
carência de informações a respeito das peculiaridades do apoio aéreo impacta
negativamente na capacidade produtiva do recurso aéreo, pois a aeronave, por não ser um
fim em si mesma, necessita da interação com as demais frações em solo para cumprir sua
missão.
No que diz respeito à interação ar-solo durante as ocorrências policiais, sob a perspectiva
da tropa apoiada pelo recurso aéreo, este aspecto é percebido de forma muito positiva e
tem agregado qualidade ao serviço de radiopatrulhamento aéreo desenvolvido pela 2ª
CoRpAer em Uberlândia, na medida em que estas comunicações são percebidas pelos
usuários como rápidas e fluentes, desde o acionamento da aeronave até o seu emprego no
local de ocorrência. Por outro lado, a percepção dos integrantes da 2ª CoRpAer, prestadores
do serviço, é de que esta interação é deficiente devido a falhas no sistema de comunicação,
as quais interferem negativamente na qualidade do serviço prestado.
Contudo, cabe observar que sob a perspectiva dos usuários, a velocidade de atendimento
ainda pode ser aprimorada, no que diz respeito às demandas que carecem de planejamento
prévio, como por exemplo, o emprego de aeronave em operações preventivas e em eventos,
136
para as quais, tem sido percebida uma demora na confirmação do emprego da aeronave, o
que em algumas ocasiões, tem acarretado na perda do princípio da oportunidade. Outro
aspecto negativo é o tempo de espera para chegada da aeronave no local de ocorrência,
quando de seu acionamento em período noturno, o qual tem sido percebido como demorado,
haja vista a necessidade de acionar os militares de sobreaviso em casa.
Quanto à eficácia do recurso aéreo diante dos resultados esperados, pôde-se verificar que
para a grande maioria dos indivíduos pesquisados, o emprego da aeronave alcançou os
objetivos esperados nas diversas intervenções em que atuou no período de junho a
novembro de 2014, sendo o emprego da aeronave considerado por mais de 75% de ambos
grupos pesquisados, como indispensável para o sucesso das ações e operações para as
quais fora acionado.
Diante dos resultados e conclusões obtidos a partir da análise dos critérios determinantes da
qualidade, elencados para o serviço de radiopatrulhamento aéreo prestado pela 2ª CoRpAer,
apresentam-se, para cada critério analisado, as seguintes sugestões:
Sugere-se que as escalas mensais da 2ª CoRpAer, bem como suas atualizações, sejam
rotineiramente compartilhadas com os Batalhões e Companhias de Polícia Militar com
responsabilidade territorial e de recobrimento na cidade de Uberlândia.
d) Velocidade de atendimento
e) Desempenho
Com o fulcro de otimizar o emprego do recurso aéreo nas ocorrências policiais noturnas, e
proporcionar maior eficiência ao sobrevoo, principalmente quando de missões relacionadas
a rastreamento de indivíduos homiziados em matas, sugere-se a aquisição e
operacionalização de equipamentos como imageador termal e óculos de visão noturna para
as guarnições aéreas da 2ª CoRpAer.
f) Sensação de segurança
Mesmo com os objetivos propostos tendo sido alcançados, a presente pesquisa trata-se de
uma pequena contribuição, para a qual não se pretendeu esgotar o tema proposto, mas sim
trazer um panorama sobre a qualidade do serviço prestado pela 2ª CoRpaer no município de
Uberlândia e contribuir para que futuros estudos possam somar-se a este, no sentido de
aprimorar o desempenho do radiopatrulhamento aéreo no cumprimento da missão para a
qual esta Unidade aérea foi destinada.
141
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serviços públicos de saúde: estudo de caso. Revista de Administração Pública, Rio de
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ROTONDARO, Roberto Gilioli; CARVALHO, Marly Monteiro de. Qualidade em serviços. In:
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teoria e casos. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. cap. 11, p. 332-355.
Contextualização: A missão do Btl RpAer e suas CoRpAer, prevista nas Diretrizes da PMMG,
é de executar o radiopatrulhamento aéreo rotineiro nas cidades onde há base e em todo o
estado mediante operações programadas. No que tange ao policiamento ostensivo, sua
missão é apoiar as ações e operações preventivas e repressivas nas diversas
circunstâncias (de polícia ostensiva geral, de trânsito urbano e rodoviário ou de meio
ambiente, defesa civil, bem como as operações de controle de distúrbios civis, de
policiamento em grandes eventos e o atendimento às ocorrências de alta complexidade em
todo o território mineiro).
Verifica-se que o primeiro cliente da Unidade Aérea da PMMG é formado pelos próprios
policiais militares enquanto desenvolvem suas ações nas diversas esferas de policiamento.
1- Neste contexto, qual a percepção que o senhor tem sobre a qualidade do serviço de
radiopatrulhamento aéreo prestado pela 2ª CoRpAer e aplicado ao policiamento ostensivo
(ocorrências policiais/operações) no município de Uberlândia de uma forma geral?
8- Com base na vossa experiência profissional, o que o senhor sugere para melhoria da
qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª CoRpAer aplicado ao policiamento
ostensivo?(ocorrências policiais)
147
Contextualização: A missão do Btl RpAer e suas CoRpAer, prevista nas Diretrizes da PMMG,
é de executar o radiopatrulhamento aéreo rotineiro nas cidades onde há base e em todo o
estado mediante operações programadas. No que tange ao policiamento ostensivo, sua
missão é apoiar as ações e operações preventivas e repressivas nas diversas
circunstâncias (de polícia ostensiva geral, de trânsito urbano e rodoviário ou de meio
ambiente, defesa civil, bem como as operações de controle de distúrbios civis, de
policiamento em grandes eventos e o atendimento às ocorrências de alta complexidade em
todo o território mineiro).
Verifica-se que o primeiro cliente da Unidade Aérea da PMMG é formado pelos próprios
policiais militares enquanto desenvolvem suas ações nas diversas esferas de policiamento.
1- Neste contexto, qual a percepção que o senhor tem sobre a qualidade do serviço de
radiopatrulhamento aéreo prestado pela 2ª CoRpAer em ocorrências policiais no município
de Uberlândia de uma forma geral?
d) integração (comunicação)
e) desempenho (permanência, segurança, competência)
7- Com base na vossa experiência profissional, o que o senhor sugere para melhoria da
qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª CoRpAer em ocorrências policiais?
149
Não há respostas certas ou erradas, solicita-se, entretanto, que o entrevistado seja bastante
sincero ao responder o questionário, pois através destas informações o pesquisador poderá
identificar pontos positivos e negativos do serviço atual e propor alternativas e sugestões
para que seja prestado um serviço de radiopatrulhamento aéreo de melhor qualidade tanto
para a sociedade como para a tropa.
1- Posto/Graduação atual:
( ) Cap PM
( ) 1º Sgt PM
( ) 2º Sgt PM
( ) 3º Sgt PM
( ) Comandante de aeronaves
( ) Comandante de Operações Aéreas
( ) Tripulante Operacional de Voo
( ) Técnico de Apoio de Solo
( ) Mecânico Operacional de Voo
( ) Sim
( ) Não
151
Com base na experiência que possui como policial militar prestador do serviço de
radiopatrulhamento áereo pela 2ª CoRpAer no município de Uberlândia, marque a
alternativa que melhor descreve sua opinião com relação às afirmativas abaixo:
Qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª CoRpAer
Marque entre as cinco colunas da direita a nota que melhor representa sua concordância em
relação as afirmativas abaixo conforme a seguinte legenda:
[1] Discordo Totalmente; [2] Discordo; [3] Não concordo, nem discordo; [4] Concordo; [5] Concordo
Totalmente
1- O PÉGASUS da 2ª CoRpAer está sempre disponível quando da 1 2 3 4 5
necessidade de seu emprego em ocorrências policiais.
2- Informação sobre os horários em que a equipe do PÉGASUS está de 1 2 3 4 5
serviço é de difícil acesso à tropa.
3- É necessário que no período noturno exista uma equipe do PÉGASUS 1 2 3 4 5
em condições de emprego.
4- Caso o PÉGASUS não possa apoiar determinada ocorrência, não são 1 2 3 4 5
repassadas informações do motivo ao solicitante.
5- O tempo entre o acionamento pelos policiais e a confirmação de 1 2 3 4 5
emprego do PÉGASUS na ocorrência, pelo COPOM ou outra fonte, é
demorado.
6- Os policiais militares da guarnição de Uberlândia, possuem informações 1 2 3 4 5
a respeito das limitações que o PÉGASUS possui para atuar em
ocorrências policiais.
7- O PÉGASUS chega rapidamente aos locais de ocorrência, após 1 2 3 4 5
confirmado seu acionamento.
8- No local de ocorrência policial a interação entre as guarnições em solo 1 2 3 4 5
e o PÉGASUS é ruim.
9- No período noturno o “Farol de Busca” do PÉGASUS não atende as 1 2 3 4 5
necessidades dos policiais militares na sua atuação em solo.
10- O PÉGASUS permanece no local de ocorrência até o encerramento 1 2 3 4 5
de todas as diligências em que o apoio do helicóptero é necessário.
11- A presença do PÉGASUS no local de ocorrência oferece mais 1 2 3 4 5
segurança para as guarnições em solo atuarem.
12- Em ocorrências policiais envolvendo cerco e bloqueio a autor/veículo 1 2 3 4 5
em fuga, o PÉGASUS passa pouca orientação para posicionamento das
guarnições na realização do cerco.
13-.A atuação do PÉGASUS tem contribuído para construção de um 1 2 3 4 5
ambiente seguro em Uberlândia.
14- O PÉGASUS é um recurso necessário para promoção da segurança 1 2 3 4 5
pública em Uberlândia.
15- A tripulação do PÉGASUS demonstra ter bastante conhecimento da 1 2 3 4 5
criminalidade e do modus operandi dos infratores de Uberlândia.
16- É difícil para tropa de serviço em Uberlândia, conseguir acionar o 1 2 3 4 5
PÉGASUS para apoio em ocorrências policiais.
17- O PÉGASUS foi eficaz em relação ao objetivo para o qual foi 1 2 3 4 5
acionado, alcançando o resultado esperado.
18- O PÉGASUS poderia ter apoiado outras ocorrências policiais em 1 2 3 4 5
Uberlândia nos últimos 6 meses.
19- O apoio do PÉGASUS foi indispensável para o sucesso da ocorrência 1 2 3 4 5
para a qual fora acionado.
20- O sobrevoo do PÉGASUS gera um impacto positivo na sensação de 1 2 3 4 5
segurança junto a comunidade.
152
Gostaria de fazer alguma sugestão para melhoria da qualidade do serviço prestado pela 2ª
CoRpAer?
Deixe aqui sua opinião:
153
Não há respostas certas ou erradas, solicita-se, entretanto, que o entrevistado seja bastante
sincero ao responder o questionário, pois através destas informações o pesquisador poderá
identificar pontos positivos e negativos do serviço atual e propor alternativas e sugestões
para que seja prestado um serviço de radiopatrulhamento aéreo de melhor qualidade tanto
para a sociedade como para a tropa.
( ) 17º BPM ( ) 32º BPM ( ) 9ª Cia Mesp ( ) 9ª Cia Ind MAT ( ) COPOM
3- Posto/Graduação atual?
( ) Supervisor
( ) CPU
( ) ROTAM Comando/Comando Tático
( ) CPCia
( ) Comandante de guarnição
( ) Motorista de VP
( ) Patrulheiro
( ) Motociclista
( ) POG
( ) Ciclo patrulha
( ) Despachante
( ) Outra _______________
( ) Sim
( ) Não
155
Com base na experiência que possui como policial militar atuando em conjunto com o
PÉGASUS em ocorrência policial, marque a alternativa que melhor descreve sua opinião
com relação às afirmativas abaixo:
Qualidade do serviço de radiopatrulhamento aéreo da 2ª CoRpAer
Marque entre as cinco colunas da direita a nota que melhor representa sua concordância em
relação as afirmativas abaixo conforme a seguinte legenda:
[1] Discordo Totalmente; [2] Discordo; [3] Não concordo, nem discordo; [4] Concordo; [5] Concordo
Totalmente
1- O PÉGASUS da 2ª CoRpAer está sempre disponível quando da 1 2 3 4 5
necessidade de seu emprego em ocorrências policiais.
2- Informação sobre os horários em que a equipe do PÉGASUS está de 1 2 3 4 5
serviço é de difícil acesso.
3- É necessário que no período noturno exista uma equipe do PÉGASUS 1 2 3 4 5
em condições de emprego.
4- Caso o PÉGASUS não possa apoiar determinada ocorrência, não 1 2 3 4 5
recebo informações do motivo.
5- O tempo entre o acionamento pelos policiais e a confirmação de 1 2 3 4 5
emprego do PÉGASUS na ocorrência, pelo COPOM ou outra fonte, é
demorado.
6- Recebi dos policiais militares da 2ª CoRpAer informações a respeito 1 2 3 4 5
das limitações que o PÉGASUS possui para atuar em ocorrências
policiais.
7- O PÉGASUS chega rapidamente aos locais de ocorrência, após 1 2 3 4 5
confirmado seu acionamento.
8- No local de ocorrência policial a interação entre as guarnições em solo 1 2 3 4 5
e o PÉGASUS é ruim.
9- No período noturno o “Farol de Busca” do PÉGASUS não atende as 1 2 3 4 5
necessidades dos policiais militares na sua atuação em solo.
10- O PÉGASUS permanece no local de ocorrência até o encerramento 1 2 3 4 5
de todas as diligências em que o apoio do helicóptero é necessário.
11- A presença do PÉGASUS no local de ocorrência oferece mais 1 2 3 4 5
segurança para as guarnições em solo atuarem.
12- Em ocorrências policiais envolvendo cerco e bloqueio a autor/veículo 1 2 3 4 5
em fuga, o PÉGASUS passa pouca orientação para posicionamento das
guarnições na realização do cerco.
13-.A atuação do PÉGASUS tem contribuído para construção de um 1 2 3 4 5
ambiente seguro em Uberlândia.
14- O PÉGASUS é um recurso necessário para promoção da segurança 1 2 3 4 5
pública em Uberlândia.
15- A tripulação do PÉGASUS demonstra ter bastante conhecimento da 1 2 3 4 5
criminalidade e do modus operandi dos infratores de Uberlândia.
16- É difícil conseguir acionar o PÉGASUS para apoio em ocorrências 1 2 3 4 5
policiais.
17- O PÉGASUS foi eficaz em relação ao objetivo para o qual foi 1 2 3 4 5
acionado, alcançando o resultado esperado.
18- O PÉGASUS poderia ter apoiado outras ocorrências policiais nas 1 2 3 4 5
quais participei nos últimos 6 meses.
19- O apoio do PÉGASUS foi indispensável para o sucesso da ocorrência 1 2 3 4 5
para a qual fora acionado.
20- O sobrevoo do PÉGASUS gera um impacto positivo na sensação de 1 2 3 4 5
segurança junto a comunidade.
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Gostaria de fazer alguma sugestão para melhoria da qualidade do serviço prestado pela 2ª
CoRpAer?
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