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APRESENTAÇÃO
1) Este 2º Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Segurança contra Incêndio para
Projeto em Consulta Nacional
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
© ABNT 2022
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 17027 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-024),
pela Comissão de Estudo de Segurança contra Incêndio para Sistemas de Transportes (CE-024:102.003).
O 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 10.12.2021 a 10.01.2022.
O 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
Scope
This Standard specifies fire protection and life safety to transit users from fire requirements to submerged
tunnels, exclusive the submerged floating tunnel, and associated systems as well as the fire hazard
analysis and the emergency and security planning.
Introdução
A técnica de construção de túneis submersos é muito antiga, tendo sido usada pela primeira vez
em 1910, na construção de um túnel submerso ferroviário (Michigan Central Railway Tunnel), com
dois tubos e uma extensão de 2 570 m, sob o rio Detroit, entre as cidades de Detroit - MI (EUA)
Projeto em Consulta Nacional
e de Windsor - Ontário (Canadá) [13]. Este túnel foi construído em aço, enquanto que hoje em dia
o material mais usado é o concreto armado revestido com uma película de betume (asfalto) ou de aço,
para minimizar o efeito de infiltrações de água no túnel submerso de elemento único.
O princípio de construção deste tipo de túnel é efetuado em três etapas: a construção de elementos
de concreto armado em doca seca, o seu transporte hidroviário até o local de instalação e a sua
imersão até o leito sólido do curso de água, onde os elementos são conectados entre si.
O primeiro túnel europeu (Maastunnel) [14] foi construído em Roterdã, na Holanda, em concreto com
revestimento em aço, para evitar infiltrações, com extensão de 1 373 m, iniciando a operação em 1942.
Este túnel é do tipo imerso em uma trincheira dragada, com profundidade máxima de 23 m e coberto
com areia nas laterais e na sua base. Sua configuração contempla dois tubos de aproximadamente
7 m de largura, com duas faixas para tráfego de automóveis, e dois tubos menores para ciclistas
e pedestres. Esses dois tubos menores têm quase 5 m de largura e estão localizados um acima
do outro, sendo acessíveis por escadas rolantes. Este túnel foi restaurado entre 2017 e 2019.
A Figura 1 apresenta o esquema didático com a comparação entre os tipos de túneis submersos [15],
abrangendo o túnel imerso, o túnel submerso escavado em rocha ou solo e o túnel submerso flutuante,
cujas definições são apresentadas em 3.16, 3.17 e 3.18, respectivamente.
A Figura 2 apresenta um modelo esquemático de túnel submerso do tipo imerso, escavado em rocha
ou solo, com cobertura (cut & cover) [16], referente ao túnel do anel Fehmarn entre a Dinamarca
e a Alemanha, em que se nota uma configuração formada por dois tubos para o sistema metroferroviário
e dois tubos para circulação de veículos automotores, estando entre estes dois tubos viários
as galerias sobrepostas de serviço e de cabos elétricos. No lado esquerdo da Figura 2 está a galeria
de emergência, com escada caracol, para este modelo.
Projeto em Consulta Nacional
A Figura 3 apresenta outro modelo esquemático do túnel submerso do tipo imerso, escavado
em rocha ou solo, com cobertura (cut & cover) [17], com compartilhamento entre as vias rodoviária
e metroferroviária, com a galeria de emergência entre as duas vias rodoviárias.
1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional
Esta Norma especifica os requisitos para proteção contra incêndio e da vida de usuários em trânsito
em túneis submersos, com exceção do túnel submerso flutuante e seus sistemas associados, bem
como especifica a análise de risco de incêndio e os planos de ação de emergência e de contingência
ou crise.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 13418, Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança – Requisitos de desempenho
ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento
ABNT NBR 15486, Segurança no tráfego – Dispositivos de contenção viária – Diretrizes de projeto
e ensaios de impacto
ABNT NBR 15775, Sistemas de segurança contra incêndio em túneis – Ensaios, comissionamento
e inspeções
ABNT NBR 15981, Sistemas de segurança contra incêndio em túneis – Sistemas de sinalização
e de comunicação de emergência em túneis
ABNT NBR 16484, Segurança contra incêndio para sistemas de transporte sobre trilhos – Requisitos
ABNT NBR 16640, Segurança contra incêndio para sistemas de transporte sobre trilhos – Cálculo
de escape de estações metroferroviárias em situação de emergência
Projeto em Consulta Nacional
ABNT NBR 16736, Proteção contra incêndio em túneis rodoviários e urbanos – Operação de emergência
em túneis rodoviários e urbanos – Requisitos
ABNT NBR 16820, Sistemas de sinalização de emergência – Projeto, requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 16888, Segurança contra incêndio para sistemas ferroviários de transporte de cargas –
Requisitos
ABNT NBR 17240, Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento
e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos
ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas ─ Parte 10-1: Classificação de áreas ─ Atmosferas
explosivas de gás
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
autoridade
organização, órgão, entidade ou associação responsável por verificar e/ou aprovar a aplicação
dos requisitos de uma norma ou código, ou por aprovar ou certificar equipamentos, componentes,
instalação ou procedimento, emitindo as licenças de construção e/ou de operação e/ou de desativação
da instalação
3.2
centros de controle
centros de controle de operação do sistema ferroviário
3.2.1
centro de controle operacional
CCO
sala com painéis para monitoramento e controle, onde são gerenciados todos os sistemas de operação,
comunicação, movimento de passageiros, atendimento a emergências, detecção, alarmes, controle
de incêndio e outros sistemas
3.2.2
centro de comando de incêndio
centro de comando de emergência
sala ou painéis, monitorados ou não, onde estão sinalizados os sistemas de detecção, alarme,
comunicação e controle de incêndio, e outros sistemas importantes para atender a emergências
3.3
emergência de incêndio
existência ou ameaça de incêndio, desenvolvimento de fumaça ou fumos, ou qualquer combinação destes
3.4
estrutura simples
tubo do túnel submerso pré-moldado de concreto armado reforçado e impermeabilizado, projetado
Projeto em Consulta Nacional
3.5
estrutura compartilhada
tubo do túnel submerso pré-moldado de concreto armado reforçado e impermeabilizado, projetado
para mais de um tipo de transporte (rodoviário e metroferroviário)
3.6
galeria de cabos elétricos
estrutura construída em elemento de concreto armado e impermeabilizado, instalada abaixo
da superfície de água e fixada na estrutura do túnel submerso, com área compartimentada, podendo
ou não ser pressurizada, provida de porta corta-fogo (PCF), para a instalação de cabos elétricos
3.7
galeria de emergência
estrutura construída em elementos de concreto armado reforçado e impermeabilizado, instalada
abaixo da superfície de água e apoiada ou fixada no túnel imerso ou submerso escavado em rocha,
pressurizada e provida de porta corta-fogo e à prova de fumaça (PCF), para permitir o escape
de pessoas do túnel singelo, em situações de emergência
3.8
galeria de serviços/emergência
estrutura construída em elemento de concreto armado reforçado e impermeabilizado, instalada abaixo
da superfície de água e fixada na estrutura do túnel submerso, com área compartimentada, podendo
ou não ser pressurizada, provida de porta corta-fogo e à prova de fumaça (PCF), para permitir
a execução de inspeção e de manutenção dos equipamentos instalados no túnel submerso, desde
que a rota de escape seja compartimentada em relação às utilidades instaladas nesta galeria
3.9
interligação de emergência
estrutura construída em elemento de concreto armado reforçado e impermeabilizado, instalada abaixo
da superfície de água e fixada na estrutura do túnel submerso, com área compartimentada, interligando
o túnel à galeria de serviços/emergência, podendo ou não ser pressurizada, provida de porta corta-fogo
e à prova de fumaça (PCF), para ser utilizada no acesso à galeria de serviços/emergência ou entre
dois túneis de tráfego, e como rota de escape em situações de emergência
3.10
perigo (hazard)
condição real ou com potencial de causar danos físicos, materiais ou ambientais
3.11
risco
probabilidade de ocorrência de perigo e suas consequências
3.12
rota de escape
passagem física construída para pessoas, devidamente sinalizada e monitorada, dentro do túnel submerso,
da estação e da via (túnel), que conduz à saída segura em casos de acidente, com ou sem incêndio
3.13
salas operacionais
áreas ou espaços que não são públicos, utilizados como apoio aos empregados, podendo ter em seu
conjunto salas de equipamentos de ventilação, dependendo da configuração da estação
EXEMPLO Sanitários, vestiários, refeitórios sem preparo de alimentos, salas de reunião e de treinamento
e pequenos escritórios administrativos.
Projeto em Consulta Nacional
3.14
salas técnicas
áreas ou espaços que não são públicos, usados para alojar equipamentos eletroeletrônicos
e mecânicos e demais equipamentos necessários ao funcionamento do sistema de transporte
EXEMPLO Salas de transformadores, sala do grupo motogerador (grupo gerador diesel ou GGD), sala
de média tensão, sala de baixa tensão, sala de equipamentos eletrônicos, sala de baterias e salas
de ventilação auxiliar para este conjunto de equipamentos.
3.15
sistemas associados
componentes com ligação para a operação do túnel submerso
EXEMPLO CCO, salas técnicas, estações metroferroviárias, vias, plataformas, subestações, pátios,
oficinas mecânicas etc.
3.16
túnel imerso
estrutura construída em elementos de concreto armado e impermeabilizado, ou em outros materiais,
instalada abaixo da superfície de água e apoiada ou fixada no leito escavado no solo do curso de água,
com a superfície do elemento estrutural devidamente protegida, destinada à passagem de veículos
de passageiros e/ou ao transporte de carga, localizada em vias urbanas, estradas e/ou rodovias
3.17
túnel submerso escavado
estrutura pavimentada, construída em elementos de concreto e/ou de aço, impermeabilizada, instalada
abaixo do nível de água e do solo do curso de água, com a superfície escavada em rocha ou solo
e protegida pela estrutura de rocha ou solo, destinada à passagem de veículos de passageiros e/ou
ao transporte de carga, localizada em vias urbanas, estradas e/ou rodovias
3.18
túnel submerso flutuante
estrutura pré-moldada construída em elementos de concreto armado e impermeabilizada, para
instalação abaixo da superfície de água, fixada com tirantes de aço em sapatas de concreto armado,
no leito sólido do curso de água, destinada à passagem de veículos de passageiros e/ou ao transporte
de carga, localizada em vias urbanas, estradas e/ou rodovias
4 Abreviaturas
Para os efeitos deste documento, aplicam-se as seguintes abreviaturas.
Abreviatura Significado
● RWS Rijkwasserstaat
5 Requisitos
5.1 Generalidades
5.1.1 Esta Norma se aplica aos seguintes sistemas:
b) sistemas de transporte misto de pessoas e de passageiros por veículos automotores, motocicletas
e bicicletas;
5.1.3 Esta Norma não impede a utilização de sistemas, métodos ou dispositivos que possuam
qualidade, poder de resistência ao fogo, eficiência, durabilidade e segurança equivalentes ou superiores
aos requisitos.
5.1.4 A Tabela B.1 apresenta um resumo dos requisitos para a instalação dos sistemas de segurança
contra incêndio e eletromecânicos em túneis submersos, considerando a sua extensão, e em estações
do sistema metroferroviário.
5.2 Projeto
5.2.1 Generalidades
5.2.1.1 O projeto de todas as estruturas de túneis submersos deve assegurar que estas estruturas
sejam impermeabilizadas contra infiltrações de água ou de outros líquidos, e protegidas contra o calor
Projeto em Consulta Nacional
5.2.1.2 O projeto de túneis submersos compartilhados ou não, em trecho urbano, pode prever,
no túnel mais próximo da galeria de serviços/emergência, uma passarela lateral em toda a extensão
do túnel, no nível da via, para a circulação de pedestres, com corrimão e guarda-corpos, conforme
a ABNT NBR 15661, e para ciclovia, que pode ser sem separação física com a via de pedestres,
sinalizada somente no piso da via, porém com separação física com a via de rodagem. Esta passarela
deve ser projetada no túnel rodoviário.
5.2.1.3 Não é permitida passarela para circulação de pessoas e bicicletas nos túneis metroferroviários.
5.2.1.4 O projeto dos túneis submersos rodoviários e/ou urbanos deve prever uma faixa exclusiva
para a circulação dos veículos de emergência, conforme determinado pela análise de risco.
5.2.1.5 O projeto dos túneis metroferroviários, em túneis compartilhados ou não, deve prever
uma passarela de cada lado da via para escape de pessoas até as portas de emergência. No caso
de túneis compartilhados, as portas de emergência podem ser próximas às paredes do túnel
rodoviário/urbano e no mesmo nível do piso do túnel rodoviário/urbano.
5.2.3.1 Generalidades
Quando o túnel imerso for construído com elementos de concreto, a descrição do conceito de aplicação
deste modelo está no Anexo A.
O projeto da estrutura simples do túnel imerso deve atender à ABNT NBR 15661 ou ABNT NBR 16484,
conforme o projeto do túnel submerso.
5.2.3.3.1 O projeto da estrutura compartilhada do túnel imerso deve atender à ABNT NBR 15661
no túnel rodoviário/urbano e à ABNT NBR 16484 no túnel metroferroviário.
5.2.3.3.2 A estrutura dos túneis do sistema metroferroviário pode ser projetada em desnível
em relação aos túneis de vias rodoviárias e/ou urbanas.
5.2.3.3.3 A fixação no lastro da via para a estrutura do túnel metroferroviário deve ser reforçada
e com premissas para redução de vibrações, conforme o projeto.
5.2.3.3.4 Os lastros usados nas vias do túnel metroferroviário devem ser de materiais incombustíveis,
atendendo aos requisitos da ISO 1182.
5.2.3.4.1 A estrutura das galerias de emergência, serviços e cabos elétricos deve atender
às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, quando aplicáveis.
5.2.3.4.2 Quando a rota de escape for combinada com a galeria de serviços, esta rota deve ser
compartimentada dos cabos elétricos instalados na galeria de serviços.
5.2.3.4.3 Nos casos de túnel singelo, deve ser obrigatória a construção de uma galeria de emergência
independente do túnel para o escape dos usuários, em situações de incêndio e/ou de acidentes.
O projeto da estrutura das interligações de emergência deve comportar as portas corta-fogo e à prova
de fumaça (PCF 90), conforme a ABNT NBR 15661, localizadas entre as vias viárias e a galeria
de emergência.
O projeto da estrutura simples do túnel submerso escavado deve atender à ABNT NBR 15661
ou ABNT NBR 16484, conforme o projeto do túnel submerso.
5.2.4.2.2 A estrutura do túnel metroferroviário pode ser projetada em desnível em relação à estrutura
do túnel rodoviário/urbano.
5.2.4.2.3 A fixação no lastro da via para a estrutura do sistema metroferroviário deve ser reforçada
e com premissas para redução de vibrações, conforme o projeto.
O projeto das galerias de emergência, serviços e cabos elétricos do túnel submerso em rocha
ou solo deve atender à ABNT NBR 15661 no túnel rodoviário/urbano e à ABNT NBR 16484 no túnel
metroferroviário.
O projeto da estrutura das interligações de emergência deve comportar as portas corta-fogo e à prova
de fumaça (PCF 90), conforme a ABNT NBR 15661, localizadas entre as vias viárias e a galeria
de emergência.
5.2.5 Ventilação
5.2.5.2 Quando a potência de incêndio for superior a 30 MW, o sistema de ventilação deve ser
Projeto em Consulta Nacional
corretamente dimensionado pelo projeto, adotando a taxa de liberação de calor adequada ao tipo
de veículo e de carga. A circulação do veículo de carga pelo túnel pode ser permitida, após a análise
de risco específica.
5.2.5.4 O projeto dos sistemas de ventilação operacional e de emergência, inclusive os dutos, instalados
nos túneis imersos e/ou submersos, escavados em rocha ou solo, com e sem compartilhamento,
na interligação das galerias de emergência, de serviços e de cabos elétricos e nos seus sistemas
associados, deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, após a realização da análise
de riscos específica.
O projeto do sistema de proteção contra incêndio (SPCI) do túnel submerso e de seus sistemas
associados deve atender à Seção 8.
O projeto dos sistemas eletroeletrônicos e mecânicos instalados nos túneis imersos e/ou submersos,
escavados em rocha ou solo, e dos seus sistemas associados deve atender ao Anexo B.
5.2.8.1 O suprimento de energia é vital para a operação do túnel submerso e deve ser confiável, com
redundâncias múltiplas e fontes alternativas. A infraestrutura destinada ao suprimento de energia deve
proteger e suportar os incidentes e situações de emergência, conforme a ABNT NBR 15661.
5.2.8.2 O subsistema de energia de tração instalado no túnel submerso para o sistema metroferroviário
Projeto em Consulta Nacional
5.2.9.1 O CCO deve ser provido de software capaz de receber todas as informações e dados que
permitam a tomada das ações necessárias, automática ou manualmente, por meio da parametrização deste
software de controle de todos os sistemas e subsistemas para segurança operacional e de emergência.
5.2.9.2 Na fase de projeto, deve ser previsto um CCO redundante, conforme análise de risco.
5.2.9.4 Os modos operacionais do sistema metroviário estão descritos na ABNT NBR 16639.
5.2.9.5 O CCO deve possuir atuação de acordo com o caso, como centro de tomada de decisões
em situações de emergência.
5.2.10 Iluminação
5.2.10.2 O sistema de iluminação no túnel submerso compartilhado deve atender às ABNT NBR 15661
e ABNT NBR 16484.
5.2.10.3 O sistema de iluminação de emergência do túnel submerso deve atender às ABNT NBR 15661
e ABNT NBR 16484.
5.2.11.1 Os acessos às saídas de emergência no túnel submerso devem ser mantidos livres
e desimpedidos, de forma que os usuários do túnel não tenham dificuldades para abandoná-lo,
em casos de acidente ou de incêndio.
5.2.11.3 O pavimento das rotas de escape destinadas às pessoas deve ser construído com materiais
incombustíveis e antiderrapantes.
5.2.11.4 Não é permitida a construção de abrigos de emergência no interior dos túneis submersos.
5.2.11.5 O projeto da rota de escape da estação deve ser dimensionado com base na condição
de emergência requerida pelo abandono do trem e das plataformas, pelas saídas de emergência
e pelas estações de superfície até o ponto seguro estabelecido pelo operador do serviço de transporte
do túnel submerso.
5.2.11.6 O trajeto comum na rota de escape, a partir do final da plataforma, não pode exceder 25 m
ou o comprimento de um vagão. Considerar a medida de maior comprimento entre os dois casos.
5.2.11.7 As portas de emergência instaladas em saídas de emergência das vias dos túneis submersos
Projeto em Consulta Nacional
a) devem permitir o escape de emergência, desde que a força não exceda 220 N no lado da via;
b) devem ser projetadas para resistir a pressões positivas e negativas pela passagem dos veículos
motores e trens nas vias e pelo sistema de ventilação.
Os requisitos dos sistemas de segurança contra incêndio nos túneis submersos, nas respectivas
galerias e nas estações do sistema metroferroviário, são apresentados na Seção 8.
Os requisitos dos sistemas de sinalização, controle e comunicação nos túneis submersos e de emergência
e nas estações do sistema metroferroviário são apresentados na Seção 9.
O comissionamento dos sistemas de segurança contra incêndio em túneis submersos e nas estações
do sistema metroferroviário é apresentado na Seção 10.
Os documentos de segurança para uso no transporte em túneis submersos e nas estações do sistema
metroferroviário são apresentados na Seção 11.
6.1.1 As análises de riscos aplicadas ao transporte em túneis submersos e aos sistemas associados
devem ser efetuadas na fase de projeto, como elemento de orientação e concepção, em todos
os túneis, terminais e pátios, e devem ser elaboradas por um organismo funcionalmente independente
do gestor do sistema ferroviário de transporte de cargas. Antes do início da operação do túnel submerso
e dos sistemas associados, deve ser efetuada a análise de conformidade, para verificar a instalação
dos dispositivos e/ou dos equipamentos de segurança recomendados pela análise de riscos.
6.1.3 A análise de risco deve ser revisada anualmente, de modo que seja comprovada a permanência
Projeto em Consulta Nacional
do estado operacional das vias de rodagem e metroferroviária, das estações, das oficinas de manutenção
e do túnel submerso.
6.1.4 Toda vez que houver mudança no sistema de transporte pelo túnel submerso e nos sistemas
associados, a análise de risco deve ser revisada e atualizada.
6.1.6 A análise de risco para o sistema de transporte no túnel submerso e nos sistemas associados
deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, para veículos metroferroviários.
6.2.2 A estrutura do plano de gerenciamento de riscos (PGR) deve conter os seguintes assuntos
e procedimentos:
a) características do sistema de transporte pelo túnel submerso e dos sistemas associados,
e de seu entorno;
6.2.3 A elaboração do PGR deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.
7.1.2 O plano de resposta a emergências deve ser o mais conciso possível, identificando de forma
clara as funções e as responsabilidades de cada participante da equipe de emergência, bem como
deve apontar a necessidade de treinamento especial e da realização de simulados de emergência.
7.1.3 O plano de resposta a emergências, quando necessário, pode considerar o auxílio operacional
e logístico de outros operadores.
7.2.2 O plano de contingência ou crise para o túnel submerso (PCTS) e seus sistemas associados
deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.
8.1.2 A proteção de incêndio aplicada à estrutura do túnel submerso com estrutura compartilhada
pré-moldada ou não, e às respectivas emendas dos módulos, quando aplicáveis, deve atender
às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, respectivamente.
8.1.3 A armadura principal das estruturas do túnel submerso e das galerias deve ser protegida para
não atingir a temperatura de 300 °C.
8.1.4 As paredes de separação entre os tubos do túnel submerso devem ser protegidas por
revestimentos que atendam ao TRRF de 120 min.
8.1.5 As passagens de interligação de emergência entre os túneis submersos paralelos devem ser
protegidas por portas corta-fogo resistentes a 90 min de fogo (PCF 90) e à prova de fumaça, com
fechamento automático tipo antipânico e abertura no sentido do abandono. Estas portas devem ser
sinalizadas e monitoradas pelo CCO contra abertura indevida.
8.1.6 Os vãos de luz das passagens de interligação de emergência entre os túneis submersos
paralelos devem ter largura mínima de 1,10 m e altura mínima de 2,00 m.
8.1.7 São permitidas portas deslizantes e horizontais nas passagens de cruzamento entre os tubos
dos sistemas rodoviário e metroferroviário.
8.1.8 As estruturas do túnel submerso devem atender à curva RWS de tempo × temperatura
apresentada no Anexo D.
8.1.9 A adoção de proteção passiva é obrigatória para túneis submersos de estrutura de concreto
Projeto em Consulta Nacional
armado ou não, e de estruturas metálicas. Assim mesmo, o concreto deve ser aditivado com soluções
de material inerte que evitem a fragmentação ou o lascamento do concreto (spalling), quando exposto
a altas temperaturas decorrentes de um incêndio no interior do túnel.
8.2.1 A proteção de incêndio aplicada nas estruturas das galerias de emergência, de serviço
e de cabos elétricos, e da interligação de emergência, pré-moldada ou não, quando aplicável, e nas
respectivas emendas dos módulos deve atender à ABNT NBR 15661.
8.2.2 As galerias de serviço e de cabos elétricos devem ter toda a sua estrutura protegida por
revestimentos que atendam ao TRRF de 120 min.
8.2.3 As galerias de emergência e de interligação de emergência devem ter toda a sua estrutura
protegida contra incêndio por revestimentos que atendam ao TRRF de 120 min.
8.2.4 Os acessos externos às galerias de serviço e de cabos elétricos devem ser sinalizados
e protegidos por portões com largura mínima de 1,10 m, com dobradiças ou deslizantes, localizados
o mais próximo possível dos emboques dos túneis submersos. Estes portões devem ser sinalizados
e monitorados pelo CCO contra abertura indevida.
8.2.5 Estes acessos externos devem ser protegidos por antecâmaras para assegurar a pressurização
da galeria, providas com uma porta corta-fogo e à prova de fumaça com TRRF de 60 min (PCF 60).
8.2.6 As aberturas para passagem de cabos elétricos, dutos, tubos e bandejas devem ser vedadas
com material resistente ao fogo de TRRF mínimo de 120 min, devendo a sua vedação assegurar
bloqueio à passagem de gases e/ou fumaça.
8.3.3 Os elementos construtivos viários, como defensas, no túnel rodoviário/urbano, que possam
reduzir a gravidade de acidentes e a consequente redução da quantidade de incêndios devem atender
à ABNT NBR 15486.
8.4.1.2 No interior do túnel submerso não é permitida a instalação de estações para passageiros.
8.4.1.4 As estações do sistema metroferroviário que compõem o sistema do túnel submerso devem
ser protegidas por um sistema SPCI, que atenda à ABNT NBR 16484.
8.4.1.5 As estações também podem ser utilizadas por trabalhadores do sistema metroferroviário
e/ou por pessoas contratadas para serviços de manutenção, limpeza, segurança e inspeção.
8.4.1.6 As estações compartilhadas com o público devem atender à ABNT NBR 16484.
8.4.1.7 O acesso às estações e às saídas de emergência deve atender às ABNT NBR 9050
e ABNT NBR 9077.
8.4.2.1 Os materiais usados na construção e compartimentação das estações devem ser do tipo
incombustível, garantidos por ensaios de resistência ao fogo, e devem atender à ABNT NBR 14432.
8.4.2.2 Todas as áreas públicas da estação devem ser separadas contra incêndio das ocupações
adjacentes que não sejam parte do sistema ferroviário ou não público por paredes corta-fogo resistentes
a 90 min de fogo.
8.4.2.3 As portas e outras aberturas instaladas nas paredes de separação resistentes ao fogo devem
estar protegidas por conjuntos das portas corta-fogo e fumaça resistentes ao fogo por 90 min.
8.4.2.4 O acabamento de interiores de estações abertas deve atender à ABNT NBR 9442 e ser
incombustível, conforme a ISO 1182.
8.4.3 Iluminação
8.4.3.1 O nível normal de iluminação adotado para estações, plataformas, CCO, salas auxiliares
e demais espaços interiores deve atender à ABNT NBR ISO/CIE 8995-1.
8.4.3.3 A iluminação de emergência deve atender às ABNT NBR 10898 e ABNT NBR 16484.
Os sistemas de proteção ativa contra incêndio das estações devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 16484 e à legislação vigente.
As estações equipadas com sistema de detecção e alarme de incêndio devem ser protegidas por
sistema exclusivo, como especificado na ABNT NBR 17240, e devem atender à ABNT NBR 16484.
8.4.6.1.1 O projeto das rotas de escape e das saídas de emergência da estação deve ser dimensionado
com base na condição de emergência requerida pela evacuação do trem, das plataformas e das
estações até o ponto seguro determinado pela análise de riscos, em conjunto com o gestor do sistema
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do túnel submerso.
8.4.6.1.2 O trajeto comum nas rotas de escape, a partir do final da plataforma, não pode exceder 25 m
ou o comprimento de um vagão de passageiros. Deve-se considerar a medida de maior comprimento
entre os dois casos.
a) devem ser previstas ao menos duas rotas de escape em posições distintas em cada plataforma
da estação;
b) deve ser permitida a convergência de fluxo de rotas de escape de outras plataformas das estações.
8.4.6.1.4 A capacidade máxima das rotas de escape das plataformas, corredores e rampas deve ser
calculada em 82 pessoas por metro por minuto, e a velocidade máxima das rotas de escape deve ser
calculada em 38 m/min para plataformas, corredores e rampas, e em 61 m/min para áreas com menor
densidade, conforme a ABNT NBR 16640.
8.4.6.1.5 As saídas de emergência da estação, das oficinas e de terminais devem estar em lados opostos.
8.4.6.1.6 As saídas de emergência dos passageiros das estações devem ser protegidas, para evitar
acidentes com o trânsito local próximo a estas saídas de emergência.
8.4.6.2.1 As saídas de emergência das estações devem estar em lados opostos, atendendo
à ABNT NBR 16484.
8.4.6.2.2 As saídas de emergência devem atender à ABNT NBR 9077, no que não conflitar com
esta Norma.
8.4.7.1 Nas estações, as cadeiras, os bancos etc. devem ser construídos com materiais
incombustíveis, de forma a atender à ABNT NBR 16484.
8.4.7.2 Efetuar estudo de análise de riscos, antes da instalação de mobiliário combustível e seus
acessórios nas estações, para verificar se há inserção e/ou aumento de riscos de incêndio.
8.4.8.1 As áreas de comercialização nas estações devem atender à ABNT NBR 16484.
8.4.8.3 As áreas de comercialização não podem causar interferência nas rotas de escape.
8.4.9.1 As salas técnicas e/ou operacionais são espaços auxiliares que devem ser separadas
de outras áreas com diferente ocupação por parede corta-fogo resistente a 120 min de fogo.
8.4.9.4 Toda área pública deve estar separada de outras áreas não públicas por paredes corta-fogo
resistentes a 90 min de fogo.
8.5.1.1 Os sistemas de ventilação normal e de emergência dos túneis submersos e das galerias
de emergência, de serviço e de cabos elétricos e de interligação com estrutura simples devem atender
à ABNT NBR 15661.
8.5.2 Estações
Nas estações abertas ou confinadas, onde a fumaça e o calor não se dispersam naturalmente para
a atmosfera, o sistema de ventilação de emergência deve atender à ABNT NBR 16484.
8.6 Subestações
8.6.1 As subestações devem ser cercadas, bem como devem ter sinalização de segurança
e incêndio e um sistema de supervisão do seu perímetro e interior, com o objetivo de proteção física
da instalação.
8.6.2 O sistema de proteção contra incêndio de subestações deve atender à ABNT NBR 13231.
8.6.3 Todas as subestações devem ser separadas de outras áreas com diferente ocupação por
parede corta-fogo resistente a 120 min de fogo.
8.6.4 As subestações devem estar protegidas por porta corta-fogo resistente por 90 min ao fogo.
8.6.5 Os tanques de óleo combustível com capacidades superiores a 20 m3 devem ser instalados
em bacias de contenção e ter um sistema de proteção contra incêndio por espuma.
8.6.6 O sistema de detecção e alarme de incêndio em subestações deve atender à ABNT NBR 17240.
8.6.7 Não podem ser instalados equipamentos de geração de energia e/ou subestações no interior
do túnel submerso.
8.7.1 Todos os fios e cabos elétricos instalados em túneis submersos devem ser resistentes
à propagação de fogo, com redução da emissão de fumaça.
8.7.2 Os fios e cabos que são críticos para a segurança operacional do túnel submerso devem
atender ao TRRF de 120 min ou devem ser passivados para atender ao TRRF de 120 min.
8.7.3 Os sistemas elétricos, de cabos e de bandejas de cabos devem atender às ABNT NBR 5410,
ABNT NBR 13418, ABNT NBR 15200, ABNT NBR 15661, ABNT NBR 15981 e ABNT NBR 16484.
O sistema de proteção contra incêndio (SPCI) nas edificações de apoio, quando aplicável, deve
atender à ABNT NBR 16888.
Todo o sistema de transporte do túnel submerso deve ter um sistema de sinalização, controle
e comunicação de acordo com 9.2 a 9.4.
9.2.1 Operacional
9.2.2 Emergência
9.2.3.1 Em trechos urbanos, a sinalização para rota de escape e saída de emergência deve ser
instalada nos túneis submersos para transporte de passageiros a partir de 250 m de comprimento,
atendendo à ABNT NBR 15981.
9.2.3.2 A sinalização para rota de escape e saída de emergência deve também ser instalada em
estações, oficinas de manutenção e outras edificações do sistema dos túneis submersos, atendendo
às ABNT NBR 15981 e ABNT NBR 16484.
9.2.3.3 As placas de sinalização para rota de escape e saída de emergência devem ser fotoluminescentes
para os túneis rodoviários e urbanos, e retroiluminadas para os túneis metroferroviários, devendo ser
identificadas conforme a ABNT NBR 16820.
9.2.3.4 Quando utilizadas, as portas de emergências devem estar de acordo com a ABNT NBR 11742,
adequadas conforme o projeto.
O software (SCADA) a ser instalado no sistema de transporte dos túneis submersos deve controlar
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os sistemas importantes para a segurança operacional e de emergência dos túneis e das outras
instalações deste sistema, e deve atender à ABNT NBR 15981.
9.3.1 Operacional
O sistema de controle de transporte nos túneis submersos deve prever sistema de comunicação
e controle.
9.3.2 Emergência
9.4.1 Operacional
9.4.2 Emergência
9.4.2.2 O sistema de comunicação de emergência dos túneis submersos deve ser redundante
e dualizado, instalado de modo a mitigar o risco de falha simultânea nos dois sistemas.
10 Drenagem
10.1 O sistema de drenagem para os túneis submersos com estruturas simples não compartilhadas
e para as galerias de emergência, de serviços e de cabos elétricos, e para a interligação de emergência
deve atender à ABNT NBR 15661.
10.2 O sistema de drenagem para os túneis submersos com estruturas compartilhadas e para
as galerias de emergência, de serviços e de cabos elétricos, e para a interligação de emergência
deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.
10.3 O sistema de drenagem para os túneis submersos e para as galerias de emergência, de serviços
e de cabos elétricos, e para a interligação de emergência deve utilizar juntas e anteparos vedantes
para assegurar a estanqueidade entre os elementos estruturais pré-moldados [22], devendo ser
possível efetuar a manutenção durante a vida útil dos túneis.
10.4 O sistema de drenagem de água de infiltração deve ser constituído por canaletas laterais
ao longo de todo o túnel, com poços de coleta de água de infiltração, e para água pluvial nas rampas
de acesso e de desemboque, com canaletas gradeadas transversais à via.
10.5 O sistema de drenagem de líquidos derramados na via deve ser separado do sistema
de drenagem de água de infiltração e pluvial, e constituído por canaletas laterais ao longo de todo
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o túnel, localizadas nas bordas da via, conforme a Figura 4. Este sistema de canaletas deve ser
sifonado para evitar a propagação de incêndio de líquido combustível na canaleta, conforme o projeto
de drenagem superficial.
10.6 A bacia de contenção deve ter a capacidade mínima de 45 m3 e deve ser instalada na parte
externa dos túneis submersos, atendendo à ABNT NBR 15661.
10.7 O ponto de captação e a estação de bombeamento podem estar localizados no ponto mais baixo
do túnel submerso, atendendo ao descrito em 10.8 e 10.9.
10.8 A bacia de contenção deve conter detectores de nível e de gases ou vapores combustíveis.
10.9 A instalação elétrica do sistema de drenagem deve ser classificada como zona 0 e deve atender
à ABNT NBR IEC 60079-10-1.
12 Documentação de segurança
12.1 A documentação de segurança para atender a esta Norma deve conter o seguinte:
f) licença de segurança contra incêndio, conforme a legislação vigente, para túneis, estações,
oficinas e pátios de manobra.
12.2 O gestor ou operador do sistema de transporte pelos túneis submersos e dos sistemas associados
deve reunir e manter permanentemente atualizada a documentação de segurança para cada parte
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do sistema, bem como deve enviar uma cópia desta documentação aos órgãos competentes
responsáveis pelo licenciamento operacional.
13 Treinamentos técnicos
13.1 Generalidades
13.1.1 A capacitação de recursos humanos para o sistema de transporte pelos túneis submersos
é de fundamental importância para o programa de gerenciamento de riscos (PGR) e visa garantir
que os colaboradores sejam plenamente capacitados para desempenhar suas funções e estejam
permanentemente atualizados para o desenvolvimento de suas atividades com conhecimento técnico
e de forma segura.
13.1.3 O gestor ou operador do sistema de transporte pelos túneis submersos deve ser responsável
por escolher a equipe operacional para atuar no CCO e no atendimento a emergências, assim como
pelos respectivos treinamentos operacionais e de emergências.
13.4.2 O treinamento operacional deve se estender para as demais equipes de apoio de emergência.
13.5.1 Os visitantes das instalações do sistema de transporte dos túneis submersos, se não estiverem
acompanhados por um responsável treinado, devem receber treinamento sobre os programas
de saúde, segurança do trabalho e emergências.
submersos, com acesso a vias, estações, pátios e oficinas, devem receber treinamento sobre
os programas de saúde, segurança do trabalho e emergências, atendendo à legislação vigente.
A formação e o treinamento das brigadas de emergência de incêndio devem atender à ABNT NBR 14276.
13.7 Simulados
13.7.2 O gestor do sistema e dos serviços de emergência, em colaboração com os órgãos competentes,
deve organizar exercícios periódicos simulados, destinados ao pessoal de operação do sistema,
à comunidade local e aos serviços de emergência.
a) corresponder aos cenários de acidente determinados pela análise de riscos do sistema;
NOTA Os simulados podem ser parcialmente realizados por simulação em mesa ou em computador,
para resultados complementares.
13.7.4 Os participantes dos simulados devem avaliar conjuntamente esses exercícios, redigindo
o relatório e, se necessário, apresentando propostas para a melhoria da segurança do sistema ferroviário.
13.7.5 Os registros escritos e as gravações telefônicas e de rádio efetuadas no simulado devem ser
mantidos no CCO por um período mínimo de cinco anos.
14 Ensaios
14.1 Os ensaios dos sistemas de prevenção, proteção e combate a incêndio a serem instalados
no sistema de transporte pelos túneis submersos devem ser realizados por empresas habilitadas
nestes sistemas, e os resultados devem ser apresentados ao gestor do sistema.
14.3 Todos os equipamentos utilizados nestas medições devem possuir documentos de calibração
e ter classe de exatidão que assegure a incerteza de medição e o número de algarismos declarados
nos resultados apresentados.
14.4 Os relatórios gerados por estes serviços de ensaio devem permanecer arquivados
na concessionária gestora ou operadora do sistema de transporte pelos túneis submersos e dos
sistemas associados, pelo prazo mínimo de dez anos.
15 Inspeção e manutenção
Projeto em Consulta Nacional
15.1 Inspeção
15.1.1 A inspeção da estrutura dos túneis submersos, de vias permanentes do sistema metroferroviário
e do sistema de segurança contra incêndio instalado em materiais rodantes, estações, oficinas
mecânicas e pátios deve atender à ABNT NBR 15775.
15.1.2 O plano de inspeção da operação de todos os sistemas instalados e das condições estruturais,
assim como a sua periodicidade, devem ser determinados de acordo com os procedimentos fornecidos
pelo fabricante do respectivo sistema.
15.2 Manutenção
15.2.1 A manutenção das estruturas dos túneis imersos pode ser classificada nas seguintes categorias:
a) manutenção das estruturas, como fundações, estrutura dos tubos e das conexões;
c) manutenção operacional, como instalações eletromecânicas, asfalto da via, pintura interna
do túnel e sistemas de detecção e proteção contra incêndio;
15.2.2 Os modelos de manutenção dos sistemas de segurança contra incêndio e sistema de transporte
dos túneis submersos e dos sistemas associados, a sua periodicidade e o registro devem ser descritos
no plano de manutenção do sistema estabelecido pelo gestor do sistema de transporte pelos túneis
submersos, conforme as ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.
15.2.3 Os procedimentos de manutenção devem ser elaborados pelos fabricantes da estrutura e dos
sistemas instalados nos túneis submersos e nos sistemas associados, e entregues ao gestor dos
túneis submersos, antes do início de operação dos sistemas.
15.2.4 A manutenção dos equipamentos inclui a atualização do software e do hardware dos sistemas.
15.2.5 A responsabilidade pelo planejamento e pela coordenação dos serviços de manutenção das
estruturas dos sistemas de segurança contra incêndio instalado no sistema de transporte pelos túneis
submersos e dos sistemas associados é da empresa operadora ou gestora da operação dos túneis
submersos.
Os relatórios gerados por estes serviços devem permanecer arquivados na concessionária gestora
ou operadora do sistema de transporte pelos túneis submersos e dos sistemas associados pelo prazo
mínimo de dez anos.
responsáveis pelo licenciamento ou ao órgão competente da região onde está instalado este sistema
de transporte pelo túnel submerso.
Anexo A
(informativo)
A.1 Generalidades
A estrutura do túnel imerso é composta por três etapas de construção, dois emboques de superfície,
rampas de acesso ao túnel submerso e elementos do túnel imerso, como modelo [14] apresentado
na Figura A.1.
A.3 Um elemento é constituído por alguns segmentos do mesmo material do elemento. Estes
segmentos são unidos por juntas de expansão, e a ligação entre os elementos do túnel é realizada
por juntas de imersão, conforme modelos apresentados na Figura A.2 [20]. Estas juntas são do tipo
selo Gina, ou simplesmente juntas Gina, e devem ser compostas por elastômero específico para esta
função, resistentes ao fogo e à infiltração de água. Após a consolidação dos elementos, normalmente
após um período de quatro semanas [20], deve ser instalado, dentro da vala, o selo tipo Ômega
nas juntas tipo selo Gina, para minimizar as possíveis infiltrações de água no túnel. A ligação entre
os elementos mantém a flexibilidade do conjunto do túnel imerso. A junta Gina é necessária durante
a construção, enquanto a junta Ômega fornece a camada impermeável durante a vida útil do túnel
de 100 anos ou mais. A infiltração de água somente ocorre quando ambas as juntas apresentam falhas,
como mostra a árvore de falhas apresentada na Figura C.3. A Figura A.3 apresenta os componentes
da junta de imersão [20].
A.4 Para que os elementos não flutuem, deve ser aplicado um lastro de concreto e, sobre ele,
deve ser aplicada uma camada de asfalto para impermeabilização da via. Os detalhes esquemáticos
da estrutura das juntas de imersão referentes ao piso e ao teto do túnel imerso são apresentados
na Figura A.4 [20].
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Figura A.4 – Modelos do detalhe das juntas de imersão da via e do teto do túnel imerso
Anexo B
(normativo)
● Obrigatório
☼ Recomendado
○ Opcional
B.2 Os requisitos para instalação de sistemas de segurança em túneis submersos dos sistemas
rodoviário e/ou urbano são apresentados na Tabela B.2.
Tabela B.2 – Requisitos para instalação de sistemas de segurança em túneis submersos dos
sistemas rodoviário e/ou urbano (continua)
Comprimento do túnel
Categoria do Tipo de m
Observações
equipamento equipamento > 1 001 > 500
> 3 001 Até 500
≤ 3 000 ≤ 1 000
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Suprimento de energia ● ● ● ☼
Energia elétrica
Energia de emergência ● ● ● ○
Iluminação permanente ● ● ● ☼
Iluminação A cada 100 m e 1,1 m a 1,5 m
Iluminação de emergência ● ● ● ☼
acima do nível da passarela
Ventilação normal ● ● ☼ ○
Ventilação
Ventilação de emergência ● ● ● ○
Telefone de emergência ● ● ● ☼
Emissoras de rádio ● ☼ ☼ ○
Alto-falantes ● ● ☼ ☼
● Obrigatório
☼ Recomendado
○ Opcional
Anexo C
(informativo)
A Figura C.1 a) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água por rachaduras no concreto,
devido às diferenças no cisalhamento vertical, nas forças excêntricas ou em uma combinação
de ambas. Como consequência da rachadura, pode haver um desvio por fora das juntas Gina e Ômega.
A Figura C.1 b) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água por uma soltura atrás
da placa de aço do concreto de fixação da junta Gina, criando um desvio por fora das juntas Gina e Ômega.
A Figura C.2 a) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água pela falha da junta Gina
e o vazamento pela junta Ômega, devido à falta de pressão desta junta na placa de aço de fixação,
com danos à junta Ômega.
A Figura C.2 b) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água pela falha da junta Gina
e a corrosão na estrutura de fixação da junta Ômega, devido à falta de pressão da junta Gina na placa
de aço de fixação, com danos à junta Ômega por deterioração provocada pela corrosão. A água pode
se infiltrar por ambas as camadas destas juntas.
A técnica de árvore de falhas da MART pode ser aplicada ao modelo de mecanismo de infiltração
de água pelas juntas Gina e Ômega, como mostra a Figura C.3.
C.3.1.1 O deslocamento da junta Gina pode resultar do aumento da pressão do solo ou pode
acontecer quando ocorrer o relaxamento do material. Na ocorrência deste evento, a junta Ômega
recebe um esforço adicional que, com o tempo, pode provocar a sua falha.
C.3.1.2 Quando há falta de pressão na junta Gina, pode ocorrer uma combinação de relaxamento
ou de alargamento da junta Gina, resultando em perda de pressão, que pode resultar em infiltração.
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C.3.1.3 A perda de contato da junta Gina com o elemento do túnel pode resultar na infiltração
de água pela junta. Isto pode ocorrer pelos movimentos dos elementos do túnel nas direções y e z.
C.3.1.4 A infiltração de água pela junta Gina pode ocorrer por rachadura ou por defeito no material
da junta. É possível que um efeito de uma forte compressão na junta Gina por um período longo
de tempo provoque o seu alongamento e a perda da sua característica de impermeabilização.
Deslocamento Rachadura
da junta Falta de Perda de ou defeito
pressão contato da na junta
na junta junta com o
elemento
do túnel
C.3.2.1 O deslocamento vertical da junta Gina devido ao aumento da pressão do solo ou da água,
ou ao relaxamento do material pode provocar uma força adicional na junta Ômega.
C.3.2.3 A perda de contato do flange da junta Ômega devido ao movimento em todas as direções
(x, y e z) dos elementos do túnel imerso pode resultar no aumento de força no flange. Este cenário
pode provocar a falta de compressão na estrutura de fixação ou um relaxamento da junta Ômega, com
possível falha na sua impermeabilização, devido à corrosão.
C.3.2.4 Quando houver movimentos em todas as direções (x, y e z) no interior da junta Ômega,
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Deslocamento Trinca ou
Falta de Perda de
da junta Gina defeito na
pressão na contato do
por pressão do junta
estrutura de flange da junta
solo ou da água Ômega
fixação da por corrosão
junta
C.3.2.6 As juntas Gina e Ômega têm normalmente uma durabilidade superior a 100 anos, se não
forem expostas aos raios ultravioleta e ao ozônio [20].
Anexo D
(informativo)
Curva RWS
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A curva de incêndio RWS é uma da curva padronizada de tempo-temperatura, que foi inicialmente
desenvolvida durante os ensaios realizados pelo Ministério dos Transportes da Holanda (Rijkswaterstaat,
RWS), em cooperação com a Organização Holandesa para Pesquisa Científica Aplicada (TNO),
no final dos anos 1970 [24], e que foi comprovada pelos ensaios de incêndio em escala real realizados
no túnel Runehamar, na Noruega, em 2003.
Bibliografia
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Projeto em Consulta Nacional
[2] ABNT NBR 13248, Cabos de potência e condutores isolados sem cobertura, não halogenados
e com baixa emissão de fumaça, para tensões até 1 kV – Requisitos de desempenho
[5] ABNT NBR ISO 14001, Sistema de gestão ambiental - Requisitos com orientações para o uso
[6] ASTM E162-16, Test method for surface flammability of materials using a radiant heat energy
source
[8] Portaria nº 3214, Aprova as Normas Regulamentadoras - NR, relativas à Segurança e Medicina
do Trabalho, 08 de junho de 1978 (DOU 06/07/78)
[12] Norma Regulamentadora NR-23, Proteção contra incêndios, Portaria nº 3214/1978 do Ministério
do Trabalho e Emprego
[13] Norma Regulamentadora NR-33, Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados,
Portaria nº 202/2006 do Ministério do Trabalho e Emprego
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[17] Ader, Tõnu, What´s SFT? or Ankurtunnel, FinEst Link Final Conference, Feb., 7th, 2018, Finland
[18] Reynolds, P., Fehmarn costs adjusted as awards awaited, Tunnel Talk, 08/01/2015, UK
[19] The structural engineer, World´s longest immersed road and rail tunnel also features remarkable
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[20] Ingason, H., Design fires in tunnels, Safe & Reliable Tunnel, 2006, Sweden
[21] Ingason, H., Design fires in tunnels, Conf. Proceed. of Asianflam 95, p. 777-86, 15-16
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[22] van Montfort, R., Insufficiency of immersion joints in existing immersed tunnels. Case study
Projeto em Consulta Nacional
on functioning of Gina-seal and Ômega-seal in the Kil Tunnel. MSc. thesis, February 2018, Delft,
The Netherlands
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[25] Ingason, H. et al., The Metro Project, final rept., 2012, Suécia
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