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ABNT/CB-024

2º PROJETO ABNT NBR 17027


SET 2022

Proteção contra incêndio em túneis submersos — Requisitos

APRESENTAÇÃO
1) Este 2º Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Segurança contra Incêndio para
Projeto em Consulta Nacional

Sistemas de Transportes (CE-024:102.003) do Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio


(ABNT/CB-024), nas reuniões de:

02.12.2020 03.02.2021 03.03.2021

07.04.2021 05.05.2021 02.06.2021

04.08.2021 01.09.2021 08.03.2022

09.03.2022 21.03.2022 24.03.2022

18.04.2022 19.04.2022 02.05.2022

11.05.2022 20.05.2022 23.05.2022

a) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Newton Ferraz.

© ABNT 2022
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
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Proteção contra incêndio em túneis submersos — Requisitos

Fire protection to submerged tunnels — Requirements


Projeto em Consulta Nacional

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 17027 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-024),
pela Comissão de Estudo de Segurança contra Incêndio para Sistemas de Transportes (CE-024:102.003).
O 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 10.12.2021 a 10.01.2022.
O 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 17027 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies fire protection and life safety to transit users from fire requirements to submerged
tunnels, exclusive the submerged floating tunnel, and associated systems as well as the fire hazard
analysis and the emergency and security planning.

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Introdução

A técnica de construção de túneis submersos é muito antiga, tendo sido usada pela primeira vez
em 1910, na construção de um túnel submerso ferroviário (Michigan Central Railway Tunnel), com
dois tubos e uma extensão de 2 570 m, sob o rio Detroit, entre as cidades de Detroit - MI (EUA)
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e de Windsor - Ontário (Canadá) [13]. Este túnel foi construído em aço, enquanto que hoje em dia
o material mais usado é o concreto armado revestido com uma película de betume (asfalto) ou de aço,
para minimizar o efeito de infiltrações de água no túnel submerso de elemento único.

O princípio de construção deste tipo de túnel é efetuado em três etapas: a construção de elementos
de concreto armado em doca seca, o seu transporte hidroviário até o local de instalação e a sua
imersão até o leito sólido do curso de água, onde os elementos são conectados entre si.

O primeiro túnel europeu (Maastunnel) [14] foi construído em Roterdã, na Holanda, em concreto com
revestimento em aço, para evitar infiltrações, com extensão de 1 373 m, iniciando a operação em 1942.
Este túnel é do tipo imerso em uma trincheira dragada, com profundidade máxima de 23 m e coberto
com areia nas laterais e na sua base. Sua configuração contempla dois tubos de aproximadamente
7 m de largura, com duas faixas para tráfego de automóveis, e dois tubos menores para ciclistas
e pedestres.  Esses dois tubos menores têm quase 5 m de largura e estão localizados um acima
do outro, sendo acessíveis por escadas rolantes. Este túnel foi restaurado entre 2017 e 2019.

A Figura 1 apresenta o esquema didático com a comparação entre os tipos de túneis submersos [15],
abrangendo o túnel imerso, o túnel submerso escavado em rocha ou solo e o túnel submerso flutuante,
cujas definições são apresentadas em 3.16, 3.17 e 3.18, respectivamente.

Figura 1 – Tipos de túneis submersos

A Figura 2 apresenta um modelo esquemático de túnel submerso do tipo imerso, escavado em rocha
ou solo, com cobertura (cut & cover) [16], referente ao túnel do anel Fehmarn entre a Dinamarca
e a Alemanha, em que se nota uma configuração formada por dois tubos para o sistema metroferroviário
e dois tubos para circulação de veículos automotores, estando entre estes dois tubos viários

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as galerias sobrepostas de serviço e de cabos elétricos. No lado esquerdo da Figura 2 está a galeria
de emergência, com escada caracol, para este modelo.
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Fonte: Femern A/S


Figura 2 – Modelo esquemático 1 de túnel submerso do tipo imerso

A Figura 3 apresenta outro modelo esquemático do túnel submerso do tipo imerso, escavado
em rocha ou solo, com cobertura (cut & cover) [17], com compartilhamento entre as vias rodoviária
e metroferroviária, com a galeria de emergência entre as duas vias rodoviárias.

Fonte: Femern A/S


Figura 3 – Modelo esquemático 2 de túnel submerso do tipo imerso

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Proteção contra incêndio em túneis submersos — Requisitos

1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional

Esta Norma especifica os requisitos para proteção contra incêndio e da vida de usuários em trânsito
em túneis submersos, com exceção do túnel submerso flutuante e seus sistemas associados, bem
como especifica a análise de risco de incêndio e os planos de ação de emergência e de contingência
ou crise.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5101, Iluminação pública – Procedimento

ABNT NBR 5181, Sistemas de iluminação de túneis – Requisitos

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

ABNT NBR 9077, Saídas de emergência em edifícios

ABNT NBR 9442, Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial


de chama pelo método do painel radiante

ABNT NBR 10898, Sistema de iluminação de emergência

ABNT NBR 11742, Porta corta-fogo para saída de emergência

ABNT NBR 13231, Proteção contra incêndio em subestações elétricas

ABNT NBR 13418, Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança – Requisitos de desempenho

ABNT NBR 14276, Brigada de incêndio e emergência – Requisitos e procedimentos

ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento

ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio

ABNT NBR 15486, Segurança no tráfego – Dispositivos de contenção viária – Diretrizes de projeto
e ensaios de impacto

ABNT NBR 15661, Proteção contra incêndio em túneis rodoviários e urbanos

ABNT NBR 15775, Sistemas de segurança contra incêndio em túneis – Ensaios, comissionamento
e inspeções

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ABNT NBR 15981, Sistemas de segurança contra incêndio em túneis – Sistemas de sinalização
e de comunicação de emergência em túneis

ABNT NBR 16484, Segurança contra incêndio para sistemas de transporte sobre trilhos – Requisitos

ABNT NBR 16640, Segurança contra incêndio para sistemas de transporte sobre trilhos – Cálculo
de escape de estações metroferroviárias em situação de emergência
Projeto em Consulta Nacional

ABNT NBR 16736, Proteção contra incêndio em túneis rodoviários e urbanos – Operação de emergência
em túneis rodoviários e urbanos – Requisitos

ABNT NBR 16820, Sistemas de sinalização de emergência – Projeto, requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 16888, Segurança contra incêndio para sistemas ferroviários de transporte de cargas –
Requisitos

ABNT NBR 17240, Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento
e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos

ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas ─ Parte 10-1: Classificação de áreas ─ Atmosferas
explosivas de gás

ABNT NBR ISO/CIE 8995-1, Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior

ISO 1182, Reaction to fire tests for products – Non-combustibility test

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
autoridade
organização, órgão, entidade ou associação responsável por verificar e/ou aprovar a aplicação
dos requisitos de uma norma ou código, ou por aprovar ou certificar equipamentos, componentes,
instalação ou procedimento, emitindo as licenças de construção e/ou de operação e/ou de desativação
da instalação

3.2
centros de controle
centros de controle de operação do sistema ferroviário

3.2.1
centro de controle operacional
CCO
sala com painéis para monitoramento e controle, onde são gerenciados todos os sistemas de operação,
comunicação, movimento de passageiros, atendimento a emergências, detecção, alarmes, controle
de incêndio e outros sistemas

3.2.2
centro de comando de incêndio
centro de comando de emergência
sala ou painéis, monitorados ou não, onde estão sinalizados os sistemas de detecção, alarme,
comunicação e controle de incêndio, e outros sistemas importantes para atender a emergências

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3.3
emergência de incêndio
existência ou ameaça de incêndio, desenvolvimento de fumaça ou fumos, ou qualquer combinação destes

3.4
estrutura simples
tubo do túnel submerso pré-moldado de concreto armado reforçado e impermeabilizado, projetado
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para um único tipo de transporte (rodoviário ou metroferroviário)

3.5
estrutura compartilhada
tubo do túnel submerso pré-moldado de concreto armado reforçado e impermeabilizado, projetado
para mais de um tipo de transporte (rodoviário e metroferroviário)

3.6
galeria de cabos elétricos
estrutura construída em elemento de concreto armado e impermeabilizado, instalada abaixo
da superfície de água e fixada na estrutura do túnel submerso, com área compartimentada, podendo
ou não ser pressurizada, provida de porta corta-fogo (PCF), para a instalação de cabos elétricos

3.7
galeria de emergência
estrutura construída em elementos de concreto armado reforçado e impermeabilizado, instalada
abaixo da superfície de água e apoiada ou fixada no túnel imerso ou submerso escavado em rocha,
pressurizada e provida de porta corta-fogo e à prova de fumaça (PCF), para permitir o escape
de pessoas do túnel singelo, em situações de emergência

3.8
galeria de serviços/emergência
estrutura construída em elemento de concreto armado reforçado e impermeabilizado, instalada abaixo
da superfície de água e fixada na estrutura do túnel submerso, com área compartimentada, podendo
ou não ser pressurizada, provida de porta corta-fogo e à prova de fumaça (PCF), para permitir
a execução de inspeção e de manutenção dos equipamentos instalados no túnel submerso, desde
que a rota de escape seja compartimentada em relação às utilidades instaladas nesta galeria

3.9
interligação de emergência
estrutura construída em elemento de concreto armado reforçado e impermeabilizado, instalada abaixo
da superfície de água e fixada na estrutura do túnel submerso, com área compartimentada, interligando
o túnel à galeria de serviços/emergência, podendo ou não ser pressurizada, provida de porta corta-fogo
e à prova de fumaça (PCF), para ser utilizada no acesso à galeria de serviços/emergência ou entre
dois túneis de tráfego, e como rota de escape em situações de emergência

3.10
perigo (hazard)
condição real ou com potencial de causar danos físicos, materiais ou ambientais

3.11
risco
probabilidade de ocorrência de perigo e suas consequências

3.12
rota de escape
passagem física construída para pessoas, devidamente sinalizada e monitorada, dentro do túnel submerso,
da estação e da via (túnel), que conduz à saída segura em casos de acidente, com ou sem incêndio

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3.13
salas operacionais
áreas ou espaços que não são públicos, utilizados como apoio aos empregados, podendo ter em seu
conjunto salas de equipamentos de ventilação, dependendo da configuração da estação

EXEMPLO Sanitários, vestiários, refeitórios sem preparo de alimentos, salas de reunião e de treinamento
e pequenos escritórios administrativos.
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3.14
salas técnicas
áreas ou espaços que não são públicos, usados para alojar equipamentos eletroeletrônicos
e mecânicos e demais equipamentos necessários ao funcionamento do sistema de transporte

EXEMPLO Salas de transformadores, sala do grupo motogerador (grupo gerador diesel ou GGD), sala
de média tensão, sala de baixa tensão, sala de equipamentos eletrônicos, sala de baterias e salas
de ventilação auxiliar para este conjunto de equipamentos.

3.15
sistemas associados
componentes com ligação para a operação do túnel submerso

EXEMPLO CCO, salas técnicas, estações metroferroviárias, vias, plataformas, subestações, pátios,
oficinas mecânicas etc.

3.16
túnel imerso
estrutura construída em elementos de concreto armado e impermeabilizado, ou em outros materiais,
instalada abaixo da superfície de água e apoiada ou fixada no leito escavado no solo do curso de água,
com a superfície do elemento estrutural devidamente protegida, destinada à passagem de veículos
de passageiros e/ou ao transporte de carga, localizada em vias urbanas, estradas e/ou rodovias

3.17
túnel submerso escavado
estrutura pavimentada, construída em elementos de concreto e/ou de aço, impermeabilizada, instalada
abaixo do nível de água e do solo do curso de água, com a superfície escavada em rocha ou solo
e protegida pela estrutura de rocha ou solo, destinada à passagem de veículos de passageiros e/ou
ao transporte de carga, localizada em vias urbanas, estradas e/ou rodovias

3.18
túnel submerso flutuante
estrutura pré-moldada construída em elementos de concreto armado e impermeabilizada, para
instalação abaixo da superfície de água, fixada com tirantes de aço em sapatas de concreto armado,
no leito sólido do curso de água, destinada à passagem de veículos de passageiros e/ou ao transporte
de carga, localizada em vias urbanas, estradas e/ou rodovias

4 Abreviaturas
Para os efeitos deste documento, aplicam-se as seguintes abreviaturas.

Abreviatura Significado

● CCO Centro de controle operacional

● CFTV Circuito fechado de TV

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● MART Metodologia de análise de riscos para túneis

● PAE Plano de ação de resposta à emergência

● PCF Porta corta-fogo e à prova de fumaça

● PCTS Plano de contingência e/ou crise para o túnel submerso


Projeto em Consulta Nacional

● PGR Plano de gerenciamento de riscos

● PMV Painel de mensagem variável

● RWS Rijkwasserstaat

● SCADA Sistema de supervisão, controle e aquisição de dados

● SPCI Sistema de proteção contra incêndio

● SSO Sala de supervisão operacional da estação metroferroviária

● TAV Trem de alta velocidade

● TRRF Tempo requerido de resistência ao fogo

5 Requisitos
5.1 Generalidades
5.1.1 Esta Norma se aplica aos seguintes sistemas:

 a) sistemas de transporte de passageiros por veículos automotores e motocicletas;

 b) sistemas de transporte misto de pessoas e de passageiros por veículos automotores, motocicletas
e bicicletas;

 c) sistemas de transporte de passageiros por veículos metroferroviários e monotrilho.

5.1.2 Esta Norma não se aplica aos seguintes sistemas:

 a) sistema de túnel submerso flutuante;

 b) sistema de transporte de carga;

 c) sistemas de transporte de passageiros em vias compartilhadas com transporte de cargas;

 d) sistemas de TAV;

 e) trens turísticos, de excursão e de transporte de circo.

5.1.3 Esta Norma não impede a utilização de sistemas, métodos ou dispositivos que possuam
qualidade, poder de resistência ao fogo, eficiência, durabilidade e segurança equivalentes ou superiores
aos requisitos.

5.1.4 A Tabela B.1 apresenta um resumo dos requisitos para a instalação dos sistemas de segurança
contra incêndio e eletromecânicos em túneis submersos, considerando a sua extensão, e em estações
do sistema metroferroviário.

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5.2 Projeto

5.2.1 Generalidades

5.2.1.1 O projeto de todas as estruturas de túneis submersos deve assegurar que estas estruturas
sejam impermeabilizadas contra infiltrações de água ou de outros líquidos, e protegidas contra o calor
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resultante de incêndio. O Anexo C apresenta os modelos de infiltração de água.

5.2.1.2 O projeto de túneis submersos compartilhados ou não, em trecho urbano, pode prever,
no túnel mais próximo da galeria de serviços/emergência, uma passarela lateral em toda a extensão
do túnel, no nível da via, para a circulação de pedestres, com corrimão e guarda-corpos, conforme
a ABNT NBR 15661, e para ciclovia, que pode ser sem separação física com a via de pedestres,
sinalizada somente no piso da via, porém com separação física com a via de rodagem. Esta passarela
deve ser projetada no túnel rodoviário.

5.2.1.3 Não é permitida passarela para circulação de pessoas e bicicletas nos túneis metroferroviários.

5.2.1.4 O projeto dos túneis submersos rodoviários e/ou urbanos deve prever uma faixa exclusiva
para a circulação dos veículos de emergência, conforme determinado pela análise de risco.

5.2.1.5 O projeto dos túneis metroferroviários, em túneis compartilhados ou não, deve prever
uma passarela de cada lado da via para escape de pessoas até as portas de emergência. No caso
de túneis compartilhados, as portas de emergência podem ser próximas às paredes do túnel
rodoviário/urbano e no mesmo nível do piso do túnel rodoviário/urbano.

5.2.2 Estudos hidrogeológicos

A realização de investigações e as análises de dados da hidrologia e das condições geológicas


devem ser efetuadas na fase de viabilidade do projeto de túnel submerso em rocha, identificando
todos os tipos de eventos hidrogeológicos que possam interferir na construção do túnel submerso
em rocha, como poços, vertentes, cursos d’água, aquíferos, entre outros. A investigação detalhada
da hidrologia é importante para subsidiar a determinação do traçado do túnel submerso em rocha
e de seus elementos estruturais.

5.2.3 Estrutura do túnel imerso

5.2.3.1 Generalidades

Quando o túnel imerso for construído com elementos de concreto, a descrição do conceito de aplicação
deste modelo está no Anexo A.

5.2.3.2 Estrutura simples

O projeto da estrutura simples do túnel imerso deve atender à ABNT NBR 15661 ou ABNT NBR 16484,
conforme o projeto do túnel submerso.

5.2.3.3 Estrutura compartilhada

5.2.3.3.1 O projeto da estrutura compartilhada do túnel imerso deve atender à ABNT NBR 15661
no túnel rodoviário/urbano e à ABNT NBR 16484 no túnel metroferroviário.

5.2.3.3.2 A estrutura dos túneis do sistema metroferroviário pode ser projetada em desnível
em relação aos túneis de vias rodoviárias e/ou urbanas.

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5.2.3.3.3 A fixação no lastro da via para a estrutura do túnel metroferroviário deve ser reforçada
e com premissas para redução de vibrações, conforme o projeto.

5.2.3.3.4 Os lastros usados nas vias do túnel metroferroviário devem ser de materiais incombustíveis,
atendendo aos requisitos da ISO 1182.

5.2.3.4 Estrutura das galerias de emergência, serviços e cabos elétricos


Projeto em Consulta Nacional

5.2.3.4.1 A estrutura das galerias de emergência, serviços e cabos elétricos deve atender
às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, quando aplicáveis.

5.2.3.4.2 Quando a rota de escape for combinada com a galeria de serviços, esta rota deve ser
compartimentada dos cabos elétricos instalados na galeria de serviços.

5.2.3.4.3 Nos casos de túnel singelo, deve ser obrigatória a construção de uma galeria de emergência
independente do túnel para o escape dos usuários, em situações de incêndio e/ou de acidentes.

5.2.3.5 Estrutura da interligação de emergência

O projeto da estrutura das interligações de emergência deve comportar as portas corta-fogo e à prova
de fumaça (PCF 90), conforme a ABNT NBR 15661, localizadas entre as vias viárias e a galeria
de emergência.

5.2.4 Estrutura do túnel submerso escavado

5.2.4.1 Estrutura simples

O projeto da estrutura simples do túnel submerso escavado deve atender à ABNT NBR 15661
ou ABNT NBR 16484, conforme o projeto do túnel submerso.

5.2.4.2 Estrutura compartilhada

5.2.4.2.1 O projeto da estrutura compartilhada do túnel submerso escavado deve atender


à ABNT NBR 15661 no túnel rodoviário/urbano e à ABNT NBR 16484 no túnel metroferroviário.

5.2.4.2.2 A estrutura do túnel metroferroviário pode ser projetada em desnível em relação à estrutura
do túnel rodoviário/urbano.

5.2.4.2.3 A fixação no lastro da via para a estrutura do sistema metroferroviário deve ser reforçada
e com premissas para redução de vibrações, conforme o projeto.

5.2.4.2.4 O uso de cambotas metálicas com revestimento de concreto reforçado ou de outros


materiais pode ser permitido, desde que atenda ao TRRF de 120 min.

5.2.4.3 Estrutura das galerias de emergência, serviços e cabos elétricos

O projeto das galerias de emergência, serviços e cabos elétricos do túnel submerso em rocha
ou solo deve atender à ABNT NBR 15661 no túnel rodoviário/urbano e à ABNT NBR 16484 no túnel
metroferroviário.

5.2.4.4 Estrutura das interligações de emergência

O projeto da estrutura das interligações de emergência deve comportar as portas corta-fogo e à prova
de fumaça (PCF 90), conforme a ABNT NBR 15661, localizadas entre as vias viárias e a galeria
de emergência.

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5.2.5 Ventilação

5.2.5.1 A potência de incêndio de 30 MW é determinada para o cálculo do sistema de ventilação


contra incêndio de túnel imersos e/ou submersos, escavado em rocha ou solo, de acordo com
a ABNT NBR 15661.

5.2.5.2 Quando a potência de incêndio for superior a 30 MW, o sistema de ventilação deve ser
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corretamente dimensionado pelo projeto, adotando a taxa de liberação de calor adequada ao tipo
de veículo e de carga. A circulação do veículo de carga pelo túnel pode ser permitida, após a análise
de risco específica.

5.2.5.3 A Tabela 1 apresenta os valores experimentais de geração de fumaça relacionados à potência


de incêndio decorrente da queima de veículos no interior de túneis rodoviários [18, 19]1) e de carros
metroferroviários [23].

Tabela 1 – Geração de fumaça em relação à potência de incêndio de veículos rodoviários em túnel


Tempo para
Potência Área de poça Geração Temperatura
Tipo de atingir o pico
de incêndio de combustível de fumaça máxima
veículo térmico
MW m2 m3/s ºC
min
Carro de
5-6 2 20 - 30 400 0 - 54
passeio
Ônibus 20 - 30 8 60 - 80 700 10 - 55
Caminhão 50 - 150 8 60 - 80 1 000 7 - 14
Caminhão-
200 - 300 30 - 100 100 - 300 1 200 - 1 400 —
tanque
Carro de metrô 35 - 53 — — — 5-9
Carro ferroviário 7 - 43 — — — 0 - 53

5.2.5.4 O projeto dos sistemas de ventilação operacional e de emergência, inclusive os dutos, instalados
nos túneis imersos e/ou submersos, escavados em rocha ou solo, com e sem compartilhamento,
na interligação das galerias de emergência, de serviços e de cabos elétricos e nos seus sistemas
associados, deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, após a realização da análise
de riscos específica.

5.2.6 Proteção contra incêndio

O projeto do sistema de proteção contra incêndio (SPCI) do túnel submerso e de seus sistemas
associados deve atender à Seção 8.

5.2.7 Sistemas eletroeletrônicos e mecânicos

O projeto dos sistemas eletroeletrônicos e mecânicos instalados nos túneis imersos e/ou submersos,
escavados em rocha ou solo, e dos seus sistemas associados deve atender ao Anexo B.

1) Os números entre colchetes se referem à Bibliografia.

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5.2.8 Suprimento de energia

5.2.8.1 O suprimento de energia é vital para a operação do túnel submerso e deve ser confiável, com
redundâncias múltiplas e fontes alternativas. A infraestrutura destinada ao suprimento de energia deve
proteger e suportar os incidentes e situações de emergência, conforme a ABNT NBR 15661.

5.2.8.2 O subsistema de energia de tração instalado no túnel submerso para o sistema metroferroviário
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deve atender à ABNT NBR 16484.

5.2.9 Centro de controle operacional (CCO)

5.2.9.1 O CCO deve ser provido de software capaz de receber todas as informações e dados que
permitam a tomada das ações necessárias, automática ou manualmente, por meio da parametrização deste
software de controle de todos os sistemas e subsistemas para segurança operacional e de emergência.

5.2.9.2 Na fase de projeto, deve ser previsto um CCO redundante, conforme análise de risco.

5.2.9.3 Os CCO operacional e de emergência devem atender à ABNT NBR 15981.

5.2.9.4 Os modos operacionais do sistema metroviário estão descritos na ABNT NBR 16639.

5.2.9.5 O CCO deve possuir atuação de acordo com o caso, como centro de tomada de decisões
em situações de emergência.

5.2.10 Iluminação

5.2.10.1 O sistema de iluminação no túnel submerso não compartilhado deve atender


às ABNT NBR 5181, ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, conforme o projeto do túnel submerso.

5.2.10.2 O sistema de iluminação no túnel submerso compartilhado deve atender às ABNT NBR 15661
e ABNT NBR 16484.

5.2.10.3 O sistema de iluminação de emergência do túnel submerso deve atender às ABNT NBR 15661
e ABNT NBR 16484.

5.2.10.4 Os sistemas de iluminação operacional e de emergência nas galerias de emergência, serviço,


cabos elétricos e interligação de emergência devem atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 10898.

5.2.11 Rotas de escape e saídas de emergência

5.2.11.1 Os acessos às saídas de emergência no túnel submerso devem ser mantidos livres
e desimpedidos, de forma que os usuários do túnel não tenham dificuldades para abandoná-lo,
em casos de acidente ou de incêndio.

5.2.11.2 O espaçamento máximo entre as passagens de emergência cruzadas em túneis submersos


com pistas paralelas dos sistemas rodoviário e/ou metroferroviário deve ser a cada 200 m.

5.2.11.3 O pavimento das rotas de escape destinadas às pessoas deve ser construído com materiais
incombustíveis e antiderrapantes.

5.2.11.4 Não é permitida a construção de abrigos de emergência no interior dos túneis submersos.

5.2.11.5 O projeto da rota de escape da estação deve ser dimensionado com base na condição
de emergência requerida pelo abandono do trem e das plataformas, pelas saídas de emergência

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e pelas estações de superfície até o ponto seguro estabelecido pelo operador do serviço de transporte
do túnel submerso.

5.2.11.6 O trajeto comum na rota de escape, a partir do final da plataforma, não pode exceder 25 m
ou o comprimento de um vagão. Considerar a medida de maior comprimento entre os dois casos.

5.2.11.7 As portas de emergência instaladas em saídas de emergência das vias dos túneis submersos
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devem atender ao descrito em 9.2.3.4 e também aos seguintes requisitos:

 a) devem permitir o escape de emergência, desde que a força não exceda 220 N no lado da via;

 b) devem ser projetadas para resistir a pressões positivas e negativas pela passagem dos veículos
motores e trens nas vias e pelo sistema de ventilação.

5.3 Sistemas de segurança contra incêndio

Os requisitos dos sistemas de segurança contra incêndio nos túneis submersos, nas respectivas
galerias e nas estações do sistema metroferroviário, são apresentados na Seção 8.

5.4 Sistemas de sinalização, controle e comunicação

Os requisitos dos sistemas de sinalização, controle e comunicação nos túneis submersos e de emergência
e nas estações do sistema metroferroviário são apresentados na Seção 9.

5.5 Comissionamento do túnel submerso

O comissionamento dos sistemas de segurança contra incêndio em túneis submersos e nas estações
do sistema metroferroviário é apresentado na Seção 10.

5.6 Documentos de segurança

Os documentos de segurança para uso no transporte em túneis submersos e nas estações do sistema
metroferroviário são apresentados na Seção 11.

5.7 Treinamentos técnicos

Os treinamentos técnicos operacionais e de emergência aplicados ao transporte de pessoas em túneis


submersos são apresentados na Seção 12.

5.8 Ensaios, inspeção, manutenção e fiscalização

Os ensaios, a inspeção, a manutenção e a fiscalização dos sistemas de prevenção e de proteção


ao incêndio em túneis submersos e nas estações do sistema metroferroviário são apresentados
nas Seções 13 a 15.

6 Análise e gerenciamento de riscos


6.1 Análise de riscos

6.1.1 As análises de riscos aplicadas ao transporte em túneis submersos e aos sistemas associados
devem ser efetuadas na fase de projeto, como elemento de orientação e concepção, em todos
os túneis, terminais e pátios, e devem ser elaboradas por um organismo funcionalmente independente
do gestor do sistema ferroviário de transporte de cargas. Antes do início da operação do túnel submerso

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e dos sistemas associados, deve ser efetuada a análise de conformidade, para verificar a instalação
dos dispositivos e/ou dos equipamentos de segurança recomendados pela análise de riscos.

6.1.2 A utilização da metodologia de análise de risco para túneis (MART) é apresentada


na ABNT NBR 15661.

6.1.3 A análise de risco deve ser revisada anualmente, de modo que seja comprovada a permanência
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do estado operacional das vias de rodagem e metroferroviária, das estações, das oficinas de manutenção
e do túnel submerso.

6.1.4 Toda vez que houver mudança no sistema de transporte pelo túnel submerso e nos sistemas
associados, a análise de risco deve ser revisada e atualizada.

6.1.5 A elaboração da análise de risco ou de sua revisão é de responsabilidade do gestor do sistema


de transporte do túnel submerso e dos sistemas associados.

6.1.6 A análise de risco para o sistema de transporte no túnel submerso e nos sistemas associados
deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, para veículos metroferroviários.

6.2 Gerenciamento de riscos

6.2.1 O gerenciamento de riscos (GR) apresenta a sistemática de gestão de segurança de operação


em túneis, por meio de um programa que gerencie os riscos contidos nos sistemas de transporte
de pessoas por veículos, identificados pela análise de riscos.

6.2.2 A estrutura do plano de gerenciamento de riscos (PGR) deve conter os seguintes assuntos
e procedimentos:

 a) características do sistema de transporte pelo túnel submerso e dos sistemas associados,
e de seu entorno;

 b) análise de riscos do sistema de transporte pelo túnel submerso e revisões;

 c) procedimentos operacionais;

 d) gerenciamento de modificações;

 e) manutenção e garantia da integridade dos sistemas críticos;

 f) capacitação de recursos humanos;

 g) programa de comunicação de riscos;

 h) investigação de incidentes e de acidentes;

 i) plano de ação de emergência (PAE);

 j) plano de contingência ou crise;

 k) auditoria do PGR.

6.2.3 A elaboração do PGR deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.

6.2.4 A coordenação geral do PGR é de responsabilidade do gestor do sistema de transporte do túnel


submerso e dos sistemas associados, incluindo também a sua implantação, revisões e divulgação.

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7 Planos de ação de emergências e de contingência ou crise


7.1 Plano de ação de emergência
7.1.1 Este plano é de responsabilidade do gestor do sistema de transporte no túnel submerso
e dos sistemas associados, e deve ser elaborado antes do início de operação deste(s) sistema(s),
bem como deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT 16484.
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7.1.2 O plano de resposta a emergências deve ser o mais conciso possível, identificando de forma
clara as funções e as responsabilidades de cada participante da equipe de emergência, bem como
deve apontar a necessidade de treinamento especial e da realização de simulados de emergência.

7.1.3 O plano de resposta a emergências, quando necessário, pode considerar o auxílio operacional
e logístico de outros operadores.

7.2 Plano de contingência ou crise


7.2.1 Deve ser elaborado o plano de contingência ou crise para o túnel submerso (PCTS) e para
os sistemas associados, visando à garantia da segurança física e patrimonial das instalações do túnel
submerso e dos sistemas associados, como, por exemplo, subestação elétrica, estações, oficinas,
pátios e centro de controle operacional, contra atividades ilícitas (furto, roubo, vandalismo, terrorismo etc.)
que possam ocasionar danos aos sistemas operacionais do sistema de transporte pelo túnel submerso.

7.2.2 O plano de contingência ou crise para o túnel submerso (PCTS) e seus sistemas associados
deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.

7.2.3 Este plano é de responsabilidade do gestor do sistema de transporte do túnel submerso


e deve ser elaborado e ensaiado antes do início de operação deste sistema, com especial atenção aos
acessos ao túnel submerso e às estações de passageiros.

8 Sistemas de segurança contra incêndio


8.1 Estrutura do túnel submerso
8.1.1 A proteção de incêndio aplicada à estrutura do túnel submerso com estrutura simples
pré-moldada ou não, e às respectivas emendas (juntas) dos módulos, quando aplicáveis, deve atender
à ABNT NBR 15661 ou ABNT NBR 16484, conforme o projeto.

8.1.2 A proteção de incêndio aplicada à estrutura do túnel submerso com estrutura compartilhada
pré-moldada ou não, e às respectivas emendas dos módulos, quando aplicáveis, deve atender
às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484, respectivamente.

8.1.3 A armadura principal das estruturas do túnel submerso e das galerias deve ser protegida para
não atingir a temperatura de 300 °C.

8.1.4 As paredes de separação entre os tubos do túnel submerso devem ser protegidas por
revestimentos que atendam ao TRRF de 120 min.

8.1.5 As passagens de interligação de emergência entre os túneis submersos paralelos devem ser
protegidas por portas corta-fogo resistentes a 90 min de fogo (PCF 90) e à prova de fumaça, com
fechamento automático tipo antipânico e abertura no sentido do abandono. Estas portas devem ser
sinalizadas e monitoradas pelo CCO contra abertura indevida.

8.1.6 Os vãos de luz das passagens de interligação de emergência entre os túneis submersos
paralelos devem ter largura mínima de 1,10 m e altura mínima de 2,00 m.

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8.1.7 São permitidas portas deslizantes e horizontais nas passagens de cruzamento entre os tubos
dos sistemas rodoviário e metroferroviário.

8.1.8 As estruturas do túnel submerso devem atender à curva RWS de tempo × temperatura
apresentada no Anexo D.

8.1.9 A adoção de proteção passiva é obrigatória para túneis submersos de estrutura de concreto
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armado ou não, e de estruturas metálicas. Assim mesmo, o concreto deve ser aditivado com soluções
de material inerte que evitem a fragmentação ou o lascamento do concreto (spalling), quando exposto
a altas temperaturas decorrentes de um incêndio no interior do túnel.

8.2 Estrutura das galerias de emergência, de serviço e de cabos elétricos,


e da interligação

8.2.1 A proteção de incêndio aplicada nas estruturas das galerias de emergência, de serviço
e de cabos elétricos, e da interligação de emergência, pré-moldada ou não, quando aplicável, e nas
respectivas emendas dos módulos deve atender à ABNT NBR 15661.

8.2.2 As galerias de serviço e de cabos elétricos devem ter toda a sua estrutura protegida por
revestimentos que atendam ao TRRF de 120 min.

8.2.3 As galerias de emergência e de interligação de emergência devem ter toda a sua estrutura
protegida contra incêndio por revestimentos que atendam ao TRRF de 120 min.

8.2.4 Os acessos externos às galerias de serviço e de cabos elétricos devem ser sinalizados
e protegidos por portões com largura mínima de 1,10 m, com dobradiças ou deslizantes, localizados
o mais próximo possível dos emboques dos túneis submersos. Estes portões devem ser sinalizados
e monitorados pelo CCO contra abertura indevida.

8.2.5 Estes acessos externos devem ser protegidos por antecâmaras para assegurar a pressurização
da galeria, providas com uma porta corta-fogo e à prova de fumaça com TRRF de 60 min (PCF 60).

8.2.6 As aberturas para passagem de cabos elétricos, dutos, tubos e bandejas devem ser vedadas
com material resistente ao fogo de TRRF mínimo de 120 min, devendo a sua vedação assegurar
bloqueio à passagem de gases e/ou fumaça.

8.3 Sistemas de segurança nos túneis submersos

8.3.1 Túnel de estrutura simples e galerias

Os sistemas de segurança eletroeletrônicos e mecânicos instalados nos túneis submersos de estrutura


simples e nas galerias de emergência, de serviços e de cabos elétricos, conforme indicado no Anexo B,
devem atender à ABNT NBR 15661 ou ABNT NBR 16484, conforme o projeto.

8.3.2 Túnel de estrutura compartilhada e galerias

Os sistemas de segurança eletroeletrônicos e mecânicos instalados nos túneis submersos de estrutura


compartilhada (rodoviária e metroferroviária) e nas galerias de emergência, de serviços e de cabos
elétricos, conforme indicado no Anexo B, devem atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.

8.3.3 Os elementos construtivos viários, como defensas, no túnel rodoviário/urbano, que possam
reduzir a gravidade de acidentes e a consequente redução da quantidade de incêndios devem atender
à ABNT NBR 15486.

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8.4 Estações do sistema metroferroviário


8.4.1 Generalidades

8.4.1.1 As estações do sistema metroferroviário devem ser de superfície e estar localizadas


externamente aos emboques dos túneis submersos.
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8.4.1.2 No interior do túnel submerso não é permitida a instalação de estações para passageiros.

8.4.1.3 Os sistemas de segurança contra incêndio em estações de passageiros devem atender


à legislação brasileira vigente.

8.4.1.4 As estações do sistema metroferroviário que compõem o sistema do túnel submerso devem
ser protegidas por um sistema SPCI, que atenda à ABNT NBR 16484.

8.4.1.5 As estações também podem ser utilizadas por trabalhadores do sistema metroferroviário
e/ou por pessoas contratadas para serviços de manutenção, limpeza, segurança e inspeção.

8.4.1.6 As estações compartilhadas com o público devem atender à ABNT NBR 16484.

8.4.1.7 O acesso às estações e às saídas de emergência deve atender às ABNT NBR 9050
e ABNT NBR 9077.

8.4.2 Construção e compartimentação

8.4.2.1 Os materiais usados na construção e compartimentação das estações devem ser do tipo
incombustível, garantidos por ensaios de resistência ao fogo, e devem atender à ABNT NBR 14432.

8.4.2.2 Todas as áreas públicas da estação devem ser separadas contra incêndio das ocupações
adjacentes que não sejam parte do sistema ferroviário ou não público por paredes corta-fogo resistentes
a 90 min de fogo.

8.4.2.3 As portas e outras aberturas instaladas nas paredes de separação resistentes ao fogo devem
estar protegidas por conjuntos das portas corta-fogo e fumaça resistentes ao fogo por 90 min.

8.4.2.4 O acabamento de interiores de estações abertas deve atender à ABNT NBR 9442 e ser
incombustível, conforme a ISO 1182.

8.4.3 Iluminação

8.4.3.1 O nível normal de iluminação adotado para estações, plataformas, CCO, salas auxiliares
e demais espaços interiores deve atender à ABNT NBR ISO/CIE 8995-1.

8.4.3.2 A iluminação externa à estação deve atender à ABNT NBR 5101.

8.4.3.3 A iluminação de emergência deve atender às ABNT NBR 10898 e ABNT NBR 16484.

8.4.4 Sistemas de proteção ativa contra incêndio

Os sistemas de proteção ativa contra incêndio das estações devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 16484 e à legislação vigente.

8.4.5 Sistema de detecção e alarme de incêndio

As estações equipadas com sistema de detecção e alarme de incêndio devem ser protegidas por
sistema exclusivo, como especificado na ABNT NBR 17240, e devem atender à ABNT NBR 16484.

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8.4.6 Rotas de escape e saídas de emergência

8.4.6.1 Estações compartilhadas

8.4.6.1.1 O projeto das rotas de escape e das saídas de emergência da estação deve ser dimensionado
com base na condição de emergência requerida pela evacuação do trem, das plataformas e das
estações até o ponto seguro determinado pela análise de riscos, em conjunto com o gestor do sistema
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do túnel submerso.

8.4.6.1.2 O trajeto comum nas rotas de escape, a partir do final da plataforma, não pode exceder 25 m
ou o comprimento de um vagão de passageiros. Deve-se considerar a medida de maior comprimento
entre os dois casos.

8.4.6.1.3 Como meio alternativo de escape, deve-se considerar o seguinte:

 a) devem ser previstas ao menos duas rotas de escape em posições distintas em cada plataforma
da estação;

 b) deve ser permitida a convergência de fluxo de rotas de escape de outras plataformas das estações.

8.4.6.1.4 A capacidade máxima das rotas de escape das plataformas, corredores e rampas deve ser
calculada em 82 pessoas por metro por minuto, e a velocidade máxima das rotas de escape deve ser
calculada em 38 m/min para plataformas, corredores e rampas, e em 61 m/min para áreas com menor
densidade, conforme a ABNT NBR 16640.

8.4.6.1.5 As saídas de emergência da estação, das oficinas e de terminais devem estar em lados opostos.

8.4.6.1.6 As saídas de emergência dos passageiros das estações devem ser protegidas, para evitar
acidentes com o trânsito local próximo a estas saídas de emergência.

8.4.6.2 Demais estações

8.4.6.2.1 As saídas de emergência das estações devem estar em lados opostos, atendendo
à ABNT NBR 16484.

8.4.6.2.2 As saídas de emergência devem atender à ABNT NBR 9077, no que não conflitar com
esta Norma.

8.4.7 Mobiliários e acessórios

8.4.7.1 Nas estações, as cadeiras, os bancos etc. devem ser construídos com materiais
incombustíveis, de forma a atender à ABNT NBR 16484.

8.4.7.2 Efetuar estudo de análise de riscos, antes da instalação de mobiliário combustível e seus
acessórios nas estações, para verificar se há inserção e/ou aumento de riscos de incêndio.

8.4.8 Áreas de comercialização

8.4.8.1 As áreas de comercialização nas estações devem atender à ABNT NBR 16484.

8.4.8.2 Não é permitida a instalação de áreas de comercialização nas áreas de plataforma


de embarque e/ou desembarque das estações do sistema metroferroviário.

8.4.8.3 As áreas de comercialização não podem causar interferência nas rotas de escape.

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8.4.9 Salas técnicas, operacionais e de armazenamento de resíduos

8.4.9.1 As salas técnicas e/ou operacionais são espaços auxiliares que devem ser separadas
de outras áreas com diferente ocupação por parede corta-fogo resistente a 120 min de fogo.

8.4.9.2 Não há necessidade de compartimentação entre as salas operacionais.


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8.4.9.3 As salas de armazenamento de resíduos, quando houver, não necessitam de compartimentação


e devem dispor de detectores automáticos de incêndio.

8.4.9.4 Toda área pública deve estar separada de outras áreas não públicas por paredes corta-fogo
resistentes a 90 min de fogo.

8.5 Ventilação normal e de emergência

8.5.1 Túneis submersos e galerias de emergência, de serviço e de cabos elétricos e de interligação

8.5.1.1 Os sistemas de ventilação normal e de emergência dos túneis submersos e das galerias
de emergência, de serviço e de cabos elétricos e de interligação com estrutura simples devem atender
à ABNT NBR 15661.

8.5.1.2 Quando os túneis submersos forem de modo compartilhado com o metroferroviário,


os sistemas de ventilação normal e de emergência devem também atender à ABNT NBR 16484.

8.5.2 Estações

Nas estações abertas ou confinadas, onde a fumaça e o calor não se dispersam naturalmente para
a atmosfera, o sistema de ventilação de emergência deve atender à ABNT NBR 16484.

8.6 Subestações

8.6.1 As subestações devem ser cercadas, bem como devem ter sinalização de segurança
e incêndio e um sistema de supervisão do seu perímetro e interior, com o objetivo de proteção física
da instalação.

8.6.2 O sistema de proteção contra incêndio de subestações deve atender à ABNT NBR 13231.

8.6.3 Todas as subestações devem ser separadas de outras áreas com diferente ocupação por
parede corta-fogo resistente a 120 min de fogo.

8.6.4 As subestações devem estar protegidas por porta corta-fogo resistente por 90 min ao fogo.

8.6.5 Os tanques de óleo combustível com capacidades superiores a 20 m3 devem ser instalados
em bacias de contenção e ter um sistema de proteção contra incêndio por espuma.

8.6.6 O sistema de detecção e alarme de incêndio em subestações deve atender à ABNT NBR 17240.

8.6.7 Não podem ser instalados equipamentos de geração de energia e/ou subestações no interior
do túnel submerso.

8.7 Sistemas elétricos e de cabos

8.7.1 Todos os fios e cabos elétricos instalados em túneis submersos devem ser resistentes
à propagação de fogo, com redução da emissão de fumaça.

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8.7.2 Os fios e cabos que são críticos para a segurança operacional do túnel submerso devem
atender ao TRRF de 120 min ou devem ser passivados para atender ao TRRF de 120 min.

8.7.3 Os sistemas elétricos, de cabos e de bandejas de cabos devem atender às ABNT NBR 5410,
ABNT NBR 13418, ABNT NBR 15200, ABNT NBR 15661, ABNT NBR 15981 e ABNT NBR 16484.

8.8 Centro de controle operacional (CCO)


Projeto em Consulta Nacional

O sistema de detecção, proteção e combate a incêndio instalado no CCO deve atender


à ABNT NBR 15981 e à legislação vigente.

8.9 Central de comando de emergência

A central de comando de emergência, incluindo o sistema de combate a incêndios, deve estar


localizada no CCO.

8.10 Edificações de apoio

O sistema de proteção contra incêndio (SPCI) nas edificações de apoio, quando aplicável, deve
atender à ABNT NBR 16888.

9 Sistemas de sinalização, controle e comunicação


9.1 Generalidades

Todo o sistema de transporte do túnel submerso deve ter um sistema de sinalização, controle
e comunicação de acordo com 9.2 a 9.4.

9.2 Sistema de sinalização

9.2.1 Operacional

A sinalização de segurança operacional a ser utilizada em túneis submersos com transporte


de passageiros deve ser de acordo com a ABNT NBR 15981.

9.2.2 Emergência

A sinalização de segurança de emergência a ser utilizada em túneis submersos com transporte


de passageiros deve ser de acordo com a ABNT NBR 15981.

9.2.3 Sinalização contínua para rota de escape e saída de emergência

9.2.3.1 Em trechos urbanos, a sinalização para rota de escape e saída de emergência deve ser
instalada nos túneis submersos para transporte de passageiros a partir de 250 m de comprimento,
atendendo à ABNT NBR 15981.

9.2.3.2 A sinalização para rota de escape e saída de emergência deve também ser instalada em
estações, oficinas de manutenção e outras edificações do sistema dos túneis submersos, atendendo
às ABNT NBR 15981 e ABNT NBR 16484.

9.2.3.3 As placas de sinalização para rota de escape e saída de emergência devem ser fotoluminescentes
para os túneis rodoviários e urbanos, e retroiluminadas para os túneis metroferroviários, devendo ser
identificadas conforme a ABNT NBR 16820.

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9.2.3.4 Quando utilizadas, as portas de emergências devem estar de acordo com a ABNT NBR 11742,
adequadas conforme o projeto.

9.3 Sistemas de controle

O software (SCADA) a ser instalado no sistema de transporte dos túneis submersos deve controlar
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os sistemas importantes para a segurança operacional e de emergência dos túneis e das outras
instalações deste sistema, e deve atender à ABNT NBR 15981.

A operação dos sistemas eletroeletrônicos em túneis submersos em situações de emergência


e de segurança pública deve atender à ABNT NBR 16736.

9.3.1 Operacional

O sistema de controle de transporte nos túneis submersos deve prever sistema de comunicação
e controle.

9.3.2 Emergência

9.3.2.1 O sistema de controle de emergência deve atender à ABNT NBR 15981.

9.3.2.2 A operação dos sistemas eletroeletrônicos e mecânicos em túneis submersos em situações


de emergência e de segurança pública deve atender à ABNT NBR 16736.

9.4 Sistemas de comunicação

9.4.1 Operacional

O sistema de comunicação operacional deve atender à ABNT NBR 15981.

9.4.2 Emergência

9.4.2.1 O sistema de comunicação de emergência dos túneis submersos deve atender


à ABNT NBR 15981.

9.4.2.2 O sistema de comunicação de emergência dos túneis submersos deve ser redundante
e dualizado, instalado de modo a mitigar o risco de falha simultânea nos dois sistemas.

10 Drenagem
10.1 O sistema de drenagem para os túneis submersos com estruturas simples não compartilhadas
e para as galerias de emergência, de serviços e de cabos elétricos, e para a interligação de emergência
deve atender à ABNT NBR 15661.

10.2 O sistema de drenagem para os túneis submersos com estruturas compartilhadas e para
as galerias de emergência, de serviços e de cabos elétricos, e para a interligação de emergência
deve atender às ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.

10.3 O sistema de drenagem para os túneis submersos e para as galerias de emergência, de serviços
e de cabos elétricos, e para a interligação de emergência deve utilizar juntas e anteparos vedantes
para assegurar a estanqueidade entre os elementos estruturais pré-moldados [22], devendo ser
possível efetuar a manutenção durante a vida útil dos túneis.

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10.4 O sistema de drenagem de água de infiltração deve ser constituído por canaletas laterais
ao longo de todo o túnel, com poços de coleta de água de infiltração, e para água pluvial nas rampas
de acesso e de desemboque, com canaletas gradeadas transversais à via.

10.5 O sistema de drenagem de líquidos derramados na via deve ser separado do sistema
de drenagem de água de infiltração e pluvial, e constituído por canaletas laterais ao longo de todo
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o túnel, localizadas nas bordas da via, conforme a Figura 4. Este sistema de canaletas deve ser
sifonado para evitar a propagação de incêndio de líquido combustível na canaleta, conforme o projeto
de drenagem superficial.

Figura 4 – Modelo de drenagem dos túneis imersos

10.6 A bacia de contenção deve ter a capacidade mínima de 45 m3 e deve ser instalada na parte
externa dos túneis submersos, atendendo à ABNT NBR 15661.

10.7 O ponto de captação e a estação de bombeamento podem estar localizados no ponto mais baixo
do túnel submerso, atendendo ao descrito em 10.8 e 10.9.

10.8 A bacia de contenção deve conter detectores de nível e de gases ou vapores combustíveis.

10.9 A instalação elétrica do sistema de drenagem deve ser classificada como zona 0 e deve atender
à ABNT NBR IEC 60079-10-1.

11 Comissionamento do sistema de segurança contra incêndio


O comissionamento dos sistemas de segurança contra incêndio no transporte pelos túneis submersos
deve seguir as ABNT NBR 15661, ABNT NBR 16484 e ABNT NBR 15775.

12 Documentação de segurança
12.1 A documentação de segurança para atender a esta Norma deve conter o seguinte:

 a) análise de risco (MART);

 b) procedimentos operacionais, de inspeção e de manutenção;

 c) projetos executivos aprovados;

 d) licenças ambientais (quando aplicáveis);

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 e) planos de emergência e de contingência;

 f) licença de segurança contra incêndio, conforme a legislação vigente, para túneis, estações,
oficinas e pátios de manobra.

12.2 O gestor ou operador do sistema de transporte pelos túneis submersos e dos sistemas associados
deve reunir e manter permanentemente atualizada a documentação de segurança para cada parte
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do sistema, bem como deve enviar uma cópia desta documentação aos órgãos competentes
responsáveis pelo licenciamento operacional.

12.3 A documentação de segurança deve descrever os perigos e riscos da operação, as medidas


de prevenção e de salvaguarda necessárias para garantir a segurança das pessoas e do patrimônio,
a configuração da estrutura e do seu entorno, a natureza do tráfego e a capacidade de intervenção
dos serviços de emergência.

13 Treinamentos técnicos
13.1 Generalidades
13.1.1 A capacitação de recursos humanos para o sistema de transporte pelos túneis submersos
é de fundamental importância para o programa de gerenciamento de riscos (PGR) e visa garantir
que os colaboradores sejam plenamente capacitados para desempenhar suas funções e estejam
permanentemente atualizados para o desenvolvimento de suas atividades com conhecimento técnico
e de forma segura.

13.1.2 Os treinamentos devem ser especificados e realizados antes da entrada em operação


do sistema de transporte pelos túneis submersos.

13.1.3 O gestor ou operador do sistema de transporte pelos túneis submersos deve ser responsável
por escolher a equipe operacional para atuar no CCO e no atendimento a emergências, assim como
pelos respectivos treinamentos operacionais e de emergências.

13.1.4 Os tipos de treinamentos técnicos a serem aplicados ao pessoal técnico-administrativo


do sistema de transporte pelos túneis submersos são os descritos em 13.2 a 13.7.

13.2 Treinamento de integração


Esse treinamento é fornecido aos novos colaboradores do sistema de transporte pelos túneis
submersos para apresentar a empresa, suas unidades de negócios e seus programas de saúde,
segurança do trabalho e emergências.

13.3 Treinamento contínuo


Todos os funcionários do sistema de transporte pelos túneis submersos devem, periodicamente,
receber treinamentos técnicos, conforme a sua função e atuação no sistema, em atendimento
à legislação vigente.

13.4 Treinamentos operacionais e de emergência


13.4.1 Os treinamentos operacionais e de emergência para o sistema de transporte pelos túneis
submersos devem ser aplicados aos operadores do CCO, aos colaboradores operacionais
e às brigadas de emergência de incêndio.

13.4.2 O treinamento operacional deve se estender para as demais equipes de apoio de emergência.

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13.5 Treinamento para visitantes e empresas prestadoras de serviço

13.5.1 Os visitantes das instalações do sistema de transporte dos túneis submersos, se não estiverem
acompanhados por um responsável treinado, devem receber treinamento sobre os programas
de saúde, segurança do trabalho e emergências.

13.5.2 Os técnicos de empresas prestadoras de serviço ao sistema de transporte pelos túneis


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submersos, com acesso a vias, estações, pátios e oficinas, devem receber treinamento sobre
os programas de saúde, segurança do trabalho e emergências, atendendo à legislação vigente.

13.6 Treinamento das brigadas de emergência de incêndio

A formação e o treinamento das brigadas de emergência de incêndio devem atender à ABNT NBR 14276.

13.7 Simulados

13.7.1 A programação e a periodicidade de simulados de emergência devem ser especificadas pelo


gestor do sistema, atendendo à legislação vigente e à análise de risco.

13.7.2 O gestor do sistema e dos serviços de emergência, em colaboração com os órgãos competentes,
deve organizar exercícios periódicos simulados, destinados ao pessoal de operação do sistema,
à comunidade local e aos serviços de emergência.

13.7.3 Esses simulados devem:

 a) corresponder aos cenários de acidente determinados pela análise de riscos do sistema;

 b) produzir resultados e avaliações;

 c) evitar danos às instalações e à infraestrutura do sistema.

NOTA Os simulados podem ser parcialmente realizados por simulação em mesa ou em computador,
para resultados complementares.

13.7.4 Os participantes dos simulados devem avaliar conjuntamente esses exercícios, redigindo
o relatório e, se necessário, apresentando propostas para a melhoria da segurança do sistema ferroviário.

13.7.5 Os registros escritos e as gravações telefônicas e de rádio efetuadas no simulado devem ser
mantidos no CCO por um período mínimo de cinco anos.

14 Ensaios
14.1 Os ensaios dos sistemas de prevenção, proteção e combate a incêndio a serem instalados
no sistema de transporte pelos túneis submersos devem ser realizados por empresas habilitadas
nestes sistemas, e os resultados devem ser apresentados ao gestor do sistema.

14.2 Para os túneis submersos e as estações metroferroviárias, os procedimentos de ensaios


dos sistemas de prevenção, proteção e combate a incêndio devem ser realizados conforme
a ABNT NBR 15775.

14.3 Todos os equipamentos utilizados nestas medições devem possuir documentos de calibração
e ter classe de exatidão que assegure a incerteza de medição e o número de algarismos declarados
nos resultados apresentados.

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14.4 Os relatórios gerados por estes serviços de ensaio devem permanecer arquivados
na concessionária gestora ou operadora do sistema de transporte pelos túneis submersos e dos
sistemas associados, pelo prazo mínimo de dez anos.

15 Inspeção e manutenção
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15.1 Inspeção

15.1.1 A inspeção da estrutura dos túneis submersos, de vias permanentes do sistema metroferroviário
e do sistema de segurança contra incêndio instalado em materiais rodantes, estações, oficinas
mecânicas e pátios deve atender à ABNT NBR 15775.

15.1.2 O plano de inspeção da operação de todos os sistemas instalados e das condições estruturais,
assim como a sua periodicidade, devem ser determinados de acordo com os procedimentos fornecidos
pelo fabricante do respectivo sistema.

15.2 Manutenção

15.2.1 A manutenção das estruturas dos túneis imersos pode ser classificada nas seguintes categorias:

 a) manutenção das estruturas, como fundações, estrutura dos tubos e das conexões;

 b) manutenção das juntas Gina e Ômega (Figura A.2);

 c) manutenção operacional, como instalações eletromecânicas, asfalto da via, pintura interna
do túnel e sistemas de detecção e proteção contra incêndio;

 d) manutenção do sistema de drenagem do túnel submerso.

15.2.2 Os modelos de manutenção dos sistemas de segurança contra incêndio e sistema de transporte
dos túneis submersos e dos sistemas associados, a sua periodicidade e o registro devem ser descritos
no plano de manutenção do sistema estabelecido pelo gestor do sistema de transporte pelos túneis
submersos, conforme as ABNT NBR 15661 e ABNT NBR 16484.

15.2.3 Os procedimentos de manutenção devem ser elaborados pelos fabricantes da estrutura e dos
sistemas instalados nos túneis submersos e nos sistemas associados, e entregues ao gestor dos
túneis submersos, antes do início de operação dos sistemas.

15.2.4 A manutenção dos equipamentos inclui a atualização do software e do hardware dos sistemas.

15.2.5 A responsabilidade pelo planejamento e pela coordenação dos serviços de manutenção das
estruturas dos sistemas de segurança contra incêndio instalado no sistema de transporte pelos túneis
submersos e dos sistemas associados é da empresa operadora ou gestora da operação dos túneis
submersos.

15.3 Relatórios de inspeção e de manutenção

Os relatórios gerados por estes serviços devem permanecer arquivados na concessionária gestora
ou operadora do sistema de transporte pelos túneis submersos e dos sistemas associados pelo prazo
mínimo de dez anos.

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16 Fiscalização do sistema de segurança contra incêndio


Se for verificado que um túnel submerso, via permanente, pátios do sistema metroferroviário, estação,
oficina de manutenção ou veículo usado no sistema metroferroviário não cumpre o disposto nesta
Norma, o gestor do sistema de transporte pelo túnel submerso e dos sistemas associados deve adotar
as medidas pertinentes para aumentar a segurança e informar este fato aos órgãos competentes
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responsáveis pelo licenciamento ou ao órgão competente da região onde está instalado este sistema
de transporte pelo túnel submerso.

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Anexo A
(informativo)

Estrutura do túnel imerso no modelo de elementos de concreto


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A.1 Generalidades
A estrutura do túnel imerso é composta por três etapas de construção, dois emboques de superfície,
rampas de acesso ao túnel submerso e elementos do túnel imerso, como modelo [14] apresentado
na Figura A.1.

Figura A.1 – Modelo de elemento para túnel imerso


A.2 Os emboques são estruturas rígidas, com fundações profundas, para resistir a uma eventual
movimentação de solo. Os elementos do túnel imerso são pré-fabricados de concreto protendido,
construídos em doca seca, impermeabilizados e transportados flutuando na água, por embarcações,
até o local de sua instalação, em vala construída no leito arenoso do curso de água, pelo método
de corte e cobertura indicado na Figura 2.

A.3 Um elemento é constituído por alguns segmentos do mesmo material do elemento. Estes
segmentos são unidos por juntas de expansão, e a ligação entre os elementos do túnel é realizada
por juntas de imersão, conforme modelos apresentados na Figura A.2 [20]. Estas juntas são do tipo
selo Gina, ou simplesmente juntas Gina, e devem ser compostas por elastômero específico para esta
função, resistentes ao fogo e à infiltração de água. Após a consolidação dos elementos, normalmente
após um período de quatro semanas [20], deve ser instalado, dentro da vala, o selo tipo Ômega
nas juntas tipo selo Gina, para minimizar as possíveis infiltrações de água no túnel. A ligação entre
os elementos mantém a flexibilidade do conjunto do túnel imerso. A junta Gina é necessária durante
a construção, enquanto a junta Ômega fornece a camada impermeável durante a vida útil do túnel
de 100 anos ou mais. A infiltração de água somente ocorre quando ambas as juntas apresentam falhas,
como mostra a árvore de falhas apresentada na Figura C.3. A Figura A.3 apresenta os componentes
da junta de imersão [20].

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a) Junta Gina b) Junta Ômega

Figura A.2 – Modelos de juntas Gina e Ômega

Figura A.3 – Componentes das juntas de imersão


A Tabela A.1 apresenta as funções de cada componente da junta de imersão.

Tabela A.1 – Funções dos componentes da junta de imersão


Localização Componente Função
Junta Gina Camada impermeável durante a construção
Detalhe utilizado
Junta Ômega Camada impermeável durante o uso do túnel
em qualquer túnel
imerso Elemento estrutural resistente que transfere as
Moldura de concreto
cargas da junta para a fundação do túnel
Arranque ou peça de Elemento estrutural resistente para ancorar e
concreto armado impedir o recalque (assentamento) diferencial dos
(dowel) elementos do túnel

Detalhe que Concreto adicional para impedir a flutuação dos


Lastro de concreto
depende do tipo de elementos do túnel
túnel imerso Enchimento de Proteção da junta Ômega, com concreto adicional,
concreto para impedir a flutuação dos elementos do túnel
Proteção contra Camada de proteção da junta Ômega contra
incêndio incêndio no interior do túnel

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A.4 Para que os elementos não flutuem, deve ser aplicado um lastro de concreto e, sobre ele,
deve ser aplicada uma camada de asfalto para impermeabilização da via. Os detalhes esquemáticos
da estrutura das juntas de imersão referentes ao piso e ao teto do túnel imerso são apresentados
na Figura A.4 [20].
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a) Detalhe da junta da via b) Detalhe da junta do teto

Figura A.4 – Modelos do detalhe das juntas de imersão da via e do teto do túnel imerso

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Anexo B
(normativo)

Requisitos para instalação de sistemas de segurança em túneis submersos


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B.1 Os requisitos para instalação de sistemas de segurança em túneis submersos do sistema


metroferroviário são apresentados na Tabela B.1.

Tabela B.1 – Requisitos para instalação de sistemas de segurança em túneis submersos


e estações do sistema metroferroviário (continua)
Comprimento do túnel submerso
Categoria do m
Tipo de equipamento Observações
equipamento > 305
> 3 001 ≤ 305 Estações
≤ 3 000
Suprimento de energia ● ● ● ●  
Energia elétrica
Energia de emergência ● ● ● ●
Iluminação permanente ● ● ● ●  
Iluminação
Iluminação de emergência ● ● ● ●
Alto-falantes ☼ ☼ o ● Conforme a ABNT NBR 15981
Comunicação
Circuito de TV (CFTV) ● ● ☼ ● Conforme a ABNT NBR 15981
Centro de controle CCO ● ● ● ●
Controle do tráfego
DAI ● ● ● -
Não necessária em túneis
Ventilação normal ● ● ● ●
submersos menores que 60 m
Ventilação
Não necessária em túneis
Ventilação de emergência ● ● ● ●
submersos menores que 60 m

Detecção de Detecção de incêndio ● ● ● ● Nas áreas técnicas e operacionais


incêndio Alarme manual ou automático ● ● ● ●
Extintores ☼ ☼ ☼ ●
Hidrantes ● ● ● ● Nos túneis submersos, a cada 60 m
As bombas da estação podem
Bombas de incêndio ☼ o o ●
suprir os túneis
Nos túneis submersos, no CCO e
Sistema automático de supressão ● ● ● ● nas áreas de armazenamento ou
depósito
Controle de O reservatório de incêndio da
incêndio Suprimento de água ☼ o o ● estação pode suprir os túneis
submersos
Obrigatório em todas as saídas e
Portas corta-fogo e fumaça (PCF) ● ● ● ●
passagens de emergência
Sinalização de rota de escape e Lógica positiva nos túneis a cada
● ● ● ●
saída de emergência 30 m
Plano de ação de emergência ● ● ● ● Na SSO e no CCO
Brigada de emergência ● ● ● ● Nas estações metroferróviárias

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Tabela B.1 (conclusão)

Comprimento do túnel submerso


Categoria do m
Tipo de equipamento Observações
equipamento > 305
> 3 001 ≤ 305 Estações
≤ 3 000
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Obrigatório em todas as saídas e


Portas corta-fogo e fumaça (PCF) ● ● ● ●
passagens de emergência

Controle de Sinalização de rota de escape e Lógica positiva nos túneis a cada


● ● ● ●
incêndio saída de emergência 30 m
Plano de ação de emergência ● ● ● ● Na SSO e no CCO
Brigada de emergência ● ● ● ● Nas estações metroferróviárias
Bacias de contenção com no
mínimo 45 m3
Coleta sifonada no túnel submerso,
Drenagem Sistema de coleta de líquidos ● ● ● ☼
conforme o projeto
Instalações elétricas classificadas
como zona 0
Passarela de emergência para
● ● ● - Em túneis submersos
pedestres
Saídas de emergência ● ● ● ● A cada 200 m em túneis submersos
Passagens de emergência entre Em túneis submersos paralelos, a
Medidas estruturais ● ● ● -
túneis submersos cada 200 m, com TRRF de 120 min
Resistência estrutural ao incêndio ● ● ● ☼ TRRF de 120 min
Túnel de emergência e
● ● ● - TRRF de 120 min
interligação
Na fase do projeto básico
Análise de riscos
  ● ● ● ● Análise de conformidade na fase
(MART)
“as built”
Elaboração antes do
Plano de
comissionamento do túnel
gerenciamento de ● ● ☼ ☼
submerso. Simulados periódicos
riscos (PGR)
programados
Elaboração antes do
Plano de
comissionamento do túnel
emergência,   ● ● ● ●
submerso. Simulados periódicos
inclusive simulados
programados
Plano de Elaboração antes do
contingência e/ou   ● ● ● ● comissionamento do túnel
crise submerso
Legenda

● Obrigatório

☼ Recomendado

○ Opcional

B.2 Os requisitos para instalação de sistemas de segurança em túneis submersos dos sistemas
rodoviário e/ou urbano são apresentados na Tabela B.2.

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Tabela B.2 – Requisitos para instalação de sistemas de segurança em túneis submersos dos
sistemas rodoviário e/ou urbano (continua)
Comprimento do túnel
Categoria do Tipo de m
Observações
equipamento equipamento > 1 001 > 500
> 3 001 Até 500
≤ 3 000 ≤ 1 000
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Suprimento de energia ● ● ● ☼
Energia elétrica
Energia de emergência ● ● ● ○
Iluminação permanente ● ● ● ☼
Iluminação A cada 100 m e 1,1 m a 1,5 m
Iluminação de emergência ● ● ● ☼
acima do nível da passarela
Ventilação normal ● ● ☼ ○
Ventilação
Ventilação de emergência ● ● ● ○
Telefone de emergência ● ● ● ☼
Emissoras de rádio ● ☼ ☼ ○
Alto-falantes ● ● ☼ ☼

Comunicação Circuito de TV Somente para túneis com mais de


● ● ☼ ○
(CFTV) 1 000 m

A cada 500 m no interior do


Painéis de mensagens variáveis
● ● ☼ ○ túnel urbano e 1 000 m no túnel
(PMV)
rodoviário
Equipamentos para fechamento Somente para túneis com mais de
● ● ☼ ○
do túnel 1 000 m
Equipamento para parar o veículo
☼ ☼ ○ ○
no interior do túnel
Controle do
Equipamento para controle da
tráfego Controle de altura no emboque e
altura do veículo e/ou balizadores ● ● ☼ ○
balizadores a cada 400 m
de faixa/limite de velocidade
Centro de controle operacional
● ● ● ☼
(CCO)
Detecção automática de incidente
● ● ● ○ No mínimo a cada 100 m
(DAI)
Detecção de incêndio ● ● ● ☼
Detecção de Alarme manual ● ● ● ●
incidente e incêndio
Alarme automático ● ● ● ○
Detecção de fumaça ● ● ● ☼
Detecção de CO/NOx ● ● ☼ ○
Extintores ● ● ● ☼ No mínimo a cada 30 m
Hidrantes ● ● ● ☼ No mínimo a cada 60 m
Bombas de incêndio ● ● ● ○
Sistema automático de supressão ● ☼ ☼ ○
Suprimento de água ● ● ● ○
Controle de
incêndio Portas corta-fogo e fumaça (PCF) ● ● ● ○
Sinalização de rota de escape e
● ● ● ☼
de saída de emergência
Plano de ação de emergência ● ● ● ☼ Documento no CCO
Brigada de emergência no
● ● ● ○
emboque

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Tabela B.2 (conclusão)


Comprimento do túnel
Categoria do Tipo de m
Observações
equipamento equipamento > 1 001 > 500
> 3 001 Até 500
≤ 3 000 ≤ 1 000
Bacias de contenção externa ao
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túnel submerso, com mínimo de


45 m3
Drenagem ● ● ● ☼ Caixas sifonadas, conforme o
projeto, no mínimo a cada 200 m
Instalações elétricas classificadas
como zona 0
Na fase do projeto básico
Análise de riscos
● ● ● ☼ Análise de conformidade na fase
(MART)
“as built”
Planos de ação Elaboração antes do
de emergência, comissionamento do túnel
● ● ● ☼
simulados e planos submerso. Simulados periódicos
de contingência programados
Plano de Elaboração antes do
gerenciamento de ● ● ● ☼ comissionamento do túnel
riscos (PGR) submerso
Resistência das estruturas, juntas
Resistência ● ● ● ○ TRRF de 120 min
e equipamentos contra incêndio

Passarela de emergência para Somente para túneis


● ● ● ☼
pedestres urbanos
Saídas de emergência ● ● ● ☼ No mínimo a cada 200 m
Passagem para serviços de No mínimo a cada 1 500 m
● ● ☼ ○
emergência para túneis paralelos
Medidas estruturais Galeria de emergência ● ● ☼ ○
No mínimo a cada
Baias de emergência ● ● ☼ ○
1 000 m
Pista de emergência, exclusiva
● ● ☼ ○
para veículos de emergência
Abrigos de emergência -- -- -- -- Proibido
Legenda

● Obrigatório

☼ Recomendado

○ Opcional

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Anexo C
(informativo)

Modelos de infiltração em túneis imersos


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C.1 Mecanismo de infiltração de água


Os mecanismos de infiltração pelas juntas Gina para túneis imersos podem ser classificados em duas
categorias, conforme estudado pelo Centro de Conhecimento Holandês para Construção Subterrânea
e Uso Subterrâneo do Espaço (COB, sigla em holandês)  [21]. Estes modelos de mecanismos são
apresentados nas Figuras C.1 e C.2.

a) Rachaduras na estrutura do concreto b) Desvio das juntas


Figura C.1 – Mecanismos de infiltração fora da junta Gina

a) Infiltração pela junta Ômega b) Corrosão na fixação da junta Ômega


Figura C.2 – Mecanismos de infiltração pela falha das juntas Gina e Ômega

A Figura C.1 a) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água por rachaduras no concreto,
devido às diferenças no cisalhamento vertical, nas forças excêntricas ou em uma combinação
de ambas. Como consequência da rachadura, pode haver um desvio por fora das juntas Gina e Ômega.

A Figura C.1 b) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água por uma soltura atrás
da placa de aço do concreto de fixação da junta Gina, criando um desvio por fora das juntas Gina e Ômega.

A Figura C.2 a) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água pela falha da junta Gina
e o vazamento pela junta Ômega, devido à falta de pressão desta junta na placa de aço de fixação,
com danos à junta Ômega.

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A Figura C.2 b) apresenta o modelo de mecanismo de infiltração de água pela falha da junta Gina
e a corrosão na estrutura de fixação da junta Ômega, devido à falta de pressão da junta Gina na placa
de aço de fixação, com danos à junta Ômega por deterioração provocada pela corrosão. A água pode
se infiltrar por ambas as camadas destas juntas.

C.2 Modos de falhas das juntas Gina e Ômega


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A técnica de árvore de falhas da MART pode ser aplicada ao modelo de mecanismo de infiltração
de água pelas juntas Gina e Ômega, como mostra a Figura C.3.

Infiltração de água pelas


juntas

Infiltração por fora Infiltração pelas


das juntas juntas

Rachadura Concreto solto Falha da junta Falha


Falha da junta
da junta
na atrás da placa Gina ÔmegaÔmega
estrutura de fixação de
aço

Figura C.3 – Árvore de falhas do mecanismo de infiltração de água

C.3 Causas de falhas das juntas Gina e Ômega

C.3.1 Modos de falha da junta Gina


A junta Gina é considerada impermeável quando não apresentar defeitos no material e quando
for instalada corretamente entre os dois elementos do túnel imerso. Entretanto, para a construção
da árvore de falhas da junta Gina, foram considerados os seguintes modos de falha da junta Gina,
como mostrado na Figura C.4:

 a) deslocamento da junta;

 b) falta de pressão;

 c) perda de contato com o elemento do túnel;

 d) rachadura ou defeito no material da junta.

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C.3.1.1 O deslocamento da junta Gina pode resultar do aumento da pressão do solo ou pode
acontecer quando ocorrer o relaxamento do material. Na ocorrência deste evento, a junta Ômega
recebe um esforço adicional que, com o tempo, pode provocar a sua falha.

C.3.1.2 Quando há falta de pressão na junta Gina, pode ocorrer uma combinação de relaxamento
ou de alargamento da junta Gina, resultando em perda de pressão, que pode resultar em infiltração.
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C.3.1.3 A perda de contato da junta Gina com o elemento do túnel pode resultar na infiltração
de água pela junta. Isto pode ocorrer pelos movimentos dos elementos do túnel nas direções y e z.

C.3.1.4 A infiltração de água pela junta Gina pode ocorrer por rachadura ou por defeito no material
da junta. É possível que um efeito de uma forte compressão na junta Gina por um período longo
de tempo provoque o seu alongamento e a perda da sua característica de impermeabilização.

Infiltração de água pela


falha da junta Gina

Deslocamento Rachadura
da junta Falta de Perda de ou defeito
pressão contato da na junta
na junta junta com o
elemento
do túnel

Figura C.4 – Árvore de falhas de infiltração de água pela junta Gina

C.3.2 Modos de falha da junta Ômega


A junta Ômega é considerada impermeável quando não apresentar defeitos no material e quando
for instalada corretamente entre os dois elementos do túnel imerso. Entretanto, para a construção
da árvore de falhas da junta Ômega, foram considerados os seguintes modos de falha da junta Ômega,
como mostrado na Figura C.5:

 a) deslocamento vertical da junta Gina;

 b) falta de pressão na estrutura de fixação;

 c) perda de contato do flange da junta Ômega;

 d) trinca ou defeito no material da junta.

C.3.2.1 O deslocamento vertical da junta Gina devido ao aumento da pressão do solo ou da água,
ou ao relaxamento do material pode provocar uma força adicional na junta Ômega.

C.3.2.2 A falta de compressão suficiente no flange da estrutura de fixação da junta Ômega


ou o relaxamento pode resultar em corrosão da estrutura de fixação.

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C.3.2.3 A perda de contato do flange da junta Ômega devido ao movimento em todas as direções
(x, y e z) dos elementos do túnel imerso pode resultar no aumento de força no flange. Este cenário
pode provocar a falta de compressão na estrutura de fixação ou um relaxamento da junta Ômega, com
possível falha na sua impermeabilização, devido à corrosão.

C.3.2.4 Quando houver movimentos em todas as direções (x, y e z) no interior da junta Ômega,
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pode ocorrer sua deformação, resultando em trincas e perda de impermeabilização.

Infiltração de água pela


junta Ômega

Deslocamento Trinca ou
Falta de Perda de
da junta Gina defeito na
pressão na contato do
por pressão do junta
estrutura de flange da junta
solo ou da água Ômega
fixação da por corrosão
junta

Figura C.5 – Árvore de falhas de infiltração de água pela junta Ômega


C.3.2.5 Dependendo das características do túnel imerso, pode ser necessária a instalação de uma
segunda junta Ômega, próximo da existente, para assegurar a impermeabilidade da junta [21].

C.3.2.6 As juntas Gina e Ômega têm normalmente uma durabilidade superior a 100 anos, se não
forem expostas aos raios ultravioleta e ao ozônio [20].

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Anexo D
(informativo)

Curva RWS
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A curva de incêndio RWS é uma da curva padronizada de tempo-temperatura, que foi inicialmente
desenvolvida durante os ensaios realizados pelo Ministério dos Transportes da Holanda (Rijkswaterstaat,
RWS), em cooperação com a Organização Holandesa para Pesquisa Científica Aplicada (TNO),
no final dos anos 1970 [24], e que foi comprovada pelos ensaios de incêndio em escala real realizados
no túnel Runehamar, na Noruega, em 2003.

Figura D.1 – Curva RWS de tempo × temperatura

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR 10897, Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos – Requisitos
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[2]  ABNT NBR 13248, Cabos de potência e condutores isolados sem cobertura, não halogenados
e com baixa emissão de fumaça, para tensões até 1 kV – Requisitos de desempenho

[3]  ABNT NBR 16626, Classificação da reação ao fogo de produtos de construção

[4]  ABNT NBR ISO 9001, Sistemas de gestão de qualidade ─ Requisitos

[5]  ABNT NBR ISO 14001, Sistema de gestão ambiental - Requisitos com orientações para o uso

[6]  ASTM E162-16, Test method for surface flammability of materials using a radiant heat energy
source

[7]  ISO 45001, Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho

[8]  Portaria nº 3214, Aprova as Normas Regulamentadoras - NR, relativas à Segurança e Medicina
do Trabalho, 08 de junho de 1978 (DOU 06/07/78)

[9]  Norma Regulamentadora NR-10, Segurança em instalações e serviços em eletricidade, Portaria


nº 3214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego

[10]  Norma Regulamentadora NR-12, Segurança do trabalho em máquinas e equipamentos, Portaria


nº 3214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego

[11]  Norma Regulamentadora NR-20, Inflamáveis e combustíveis, Portaria nº 3214/1978 do Ministério


do Trabalho e Emprego

[12]  Norma Regulamentadora NR-23, Proteção contra incêndios, Portaria nº 3214/1978 do Ministério
do Trabalho e Emprego

[13]  Norma Regulamentadora NR-33, Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados,
Portaria nº 202/2006 do Ministério do Trabalho e Emprego

[14]  Decreto Estadual n° 63.911, de 10/12/2018 – Regulamento de Segurança contra Incêndios –


Estado de São Paulo, 2018

[15]  Ford, C.H., Immersed Tunneling Techniques 2, 1997, USA.

[16]  van Oorsouw, R. S, Behaviour of segment joints in immersed tunnels under seismic loading, MSc.
thesis, June 2010, Delft, The Netherlands

[17]  Ader, Tõnu, What´s SFT? or Ankurtunnel, FinEst Link Final Conference, Feb., 7th, 2018, Finland

[18]  Reynolds, P., Fehmarn costs adjusted as awards awaited, Tunnel Talk, 08/01/2015, UK

[19]  The structural engineer, World´s longest immersed road and rail tunnel also features remarkable
design solutions, The Int. Information Center for Structural Engineers, 29/08/2017, London, UK

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[20]  Ingason, H., Design fires in tunnels, Safe & Reliable Tunnel, 2006, Sweden

[21]  Ingason, H., Design fires in tunnels, Conf. Proceed. of Asianflam 95, p. 777-86, 15-16
March 1995, Hong Kong, China

[22]  van Montfort, R., Insufficiency of immersion joints in existing immersed tunnels. Case study
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on functioning of Gina-seal and Ômega-seal in the Kil Tunnel. MSc. thesis, February 2018, Delft,
The Netherlands

[23]  Berkhout, B., et al., Instandhouding zinkvoegen, Committee Rijkswaterstaat en Coentunnel


Construction (COB, 2014), Delft, The Netherlands

[24]  Lunniss, R. e J. Baber, Immersed tunnels, Boca Raton, Fl., CRC Press, 2010, USA

[25]  Ingason, H. et al., The Metro Project, final rept., 2012, Suécia

[26]  Efectis-R0695, Fire Testing Procedure for Concrete Tunnel Linings, 2008, N.1.2.10, Publicações
da FEMA, Bleiswijk, The Netherlands

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