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ABNT/CEE-134

PROJETO ABNT NBR ISO 19650-1


AGO 2021

Organização e digitalização de informações sobre edifícios e obras de


engenharia civil, incluindo modelagem de informações de construção (BIM) —
Gerenciamento de informações usando modelagem de informações
de construção
Parte 1: Conceitos e princípios
Projeto em Consulta Nacional

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial da Modelagem de Informação
da Construção (BIM) (ABNT/CEE-134), com número de Texto-Base 134:000.000.010/1, nas
reuniões de:

22.02.2018 22.03.2018 25.04.2018

10.05.2018 17.05.2018 21.06.2018

10.07.2018 19.07.2018 16.08.2018

14.09.2018 17.09.2018 20.09.2018

18.10.2018 22.11.2018 07.02.2019

08.03.2019 13.03.2019 17.04.2019

30.05.2019 15.07.2019 25.09.2019

30.10.2019 27.11.2019 31.03.2020

02.04.2020 18.06.2020

a) é previsto para ser idêntico à ISO 19650-1:2018, que foi elaborada pelo Technical Committee
Buildings and civil engineering works (ISO/TC 59), Subcommittee Organization and
digitization of information about buildings and civil engineering works, including building
information modelling (BIM)(SC 13);

b) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Wemerson Silva.

© ABNT 2021
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

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PROJETO ABNT NBR ISO 19650-1
AGO 2021

Organização e digitalização de informações sobre edifícios e obras de


engenharia civil, incluindo modelagem de informações de construção (BIM) —
Gerenciamento de informações usando modelagem de informações
de construção
Parte 1: Conceitos e princípios
Projeto em Consulta Nacional

Organization and digitization of information about buildings and civil engineering works, including
building information modelling (BIM) — Information management using building information
modelling
Part 1: Concepts and principles

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos internacionais adotados são elaborados conforme as regras da


ABNT Diretiva 3.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR ISO 19650-1 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Modelagem de
Informação da Construção (BIM) (ABNT/CEE-134). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

A ABNT NBR ISO 19650-1 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à
ISO 19650-1:2018, que foi elaborada pelo Technical Committee Buildings and civil engineering works
(ISO/TC 59), Subcommittee Organization and digitization of information about buildings and civil
engineering works, including building information modelling (BIM)(SC 13).

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O Escopo em inglês da ABNT NBR ISO 19650-1 é o seguinte:

Scope
This document outlines the concepts and principles for information management at a stage of maturity
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described as “building information modelling (BIM) according to the ISO 19650 series”.

This document provides recommendations for a framework to manage information including exchanging,
recording, versioning and organizing for all actors.

This document is applicable to the whole life cycle of any built asset, including strategic planning, initial
design, engineering, development, documentation and construction, day-to-day operation, maintenance,
refurbishment, repair and end-of-life.

This document can be adapted to assets or projects of any scale and complexity, so as not to hamper
the flexibility and versatility that characterize the large range of potential procurement strategies and
so as to address the cost of implementing this document.

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Introdução

Este Documento estabelece os conceitos e fundamentos para os processos de negócio em toda a cadeia
da construção civil, dando suporte ao gerenciamento e à produção da informação durante o ciclo de
vida dos ativos construídos (referido como “gestão da informação”), quando se utilizar a modelagem da
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informação da construção (BIM). Estes processos podem entregar resultados benéficos aos negócios
de proprietários e operadores de ativos, clientes, sua cadeia de suprimentos e aqueles envolvidos no
financiamento de empreendimentos. Os benefícios incluem a redução de riscos e a redução de custos,
por meio da criação e do uso de modelos de informação dos ativos e dos empreendimentos. Neste
Documento, as formas verbais “deveria” e “convém que” são usadas para indicar uma recomendação.

Este Documento é voltado para o uso principalmente por:

— aqueles envolvidos nas etapas de licitação, aquisição, concepção, construção e/ou comissionamento
de ativos construídos; e

— aqueles envolvidos na execução de atividades de gestão de ativos, incluindo operação e manutenção.

Este Documento é aplicável a ativos construídos e empreendimentos de construção de todos os tamanhos,


tipologias e níveis de complexidade. Isso inclui grandes propriedades, redes de infraestrutura, construções
individuais, partes de infraestrutura e os projetos ou conjunto de projetos para entregá-los. No entanto,
é recomendado que os conceitos e fundamentos incluídos neste Documento sejam aplicados de forma
proporcional e adequada à escala e complexidade do ativo ou do empreendimento. Esse é o caso principal
quando pequenas e médias empresas são contratadas para a entrega de projetos, construção e/ou
operação de ativos. É tambem importante que os processos de contratação e mobilização das empresas
vencedoras sejam integradas da forma mais abrangente possível com os processos existentes de
contratação e mobilização técnica.

Os conceitos e fundamentos presentes neste Documento são voltados a todos os envolvidos no ciclo
de vida de um ativo construído. Isto inclui, mas não se limita a, o dono ou operador do ativo, o cliente,
o gerente do ativo, uma equipe de projetos, uma equipe de construção, um fabricante de equipamentos,
um especialista técnico, a entidade reguladora, um investidor, uma seguradora e o usuário final.

Os requisitos específicos para a gestão da informação durante a etapa de entrega de ativos


construídos estão estabelecidos na ABNT NBR ISO 19650-2. Estão baseados nos conceitos e
fundamentos deste Documento, no entanto este Documento não inclui obrigatoriedade de aplicação da
ABNT NBR ISO 19650-2 ou de qualquer outra parte da ABNT NBR ISO 19650 a ser publicada no futuro.

Existem diferentes formas com as quais um proprietário/operador ou cliente de ativos construídos


podem responder ao seu contexto nacional. Isto inclui formas de licitação e aquisição. Recomenda-se
que os conceitos e fundamentos para a gestão da informação descritos neste Documento sejam
adotados e aplicados de acordo com as circunstâncias e requisitos específicos das atividades de projeto,
construção, operação e gestão. Convém que os requisitos de informação especifiquem ou guiem como
a gestão da informação será alcançada e que todos os detalhes sejam acordados a tempo dos requisitos
serem atendidos de forma eficiente e efetiva.

A colaboração entre todos os participantes dos empreendimento de construção e da gestão dos ativos
é essencial para que a sua entrega e operação sejam bem-sucedidas e eficientes. Organizações estão
cada vez mais trabalhando em novos arranjos e ambientes colaborativos, de forma a alcançar maiores
padrões de qualidade e alto reuso de conhecimentos e experiências prévias. Um dos resultados deste
ambiente colaborativo é a capacidade de comunicar, reutilizar e compartilhar informações e dados de
forma eficiente, sem perdas, sem contradições e sem má interpretação.

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Trabalhar de forma realmente colaborativa requer entendimento e confiança mútua em toda a equipe
e um elevado nível de padronização nos processos, maior do que tem sido tipicamente adotado até hoje,
para que a informação seja produzida e compartilhada de forma consistente e nos prazos corretos.
Os requisitos de informação podem perpassar por toda a cadeia de fornecedores ao ponto em que
a informação seja produzida de forma mais eficiente e seja em seguida ordenada e agregada da forma
correta, à medida que for sendo repassada adiante. Atualmente são gastos recursos em montantes
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consideráveis para fazer correções na informação não organizada corretamente e treinamento de


profissionais em técnicas de aprovação de informação, coordenando os esforços de toda a cadeia de
fornecedores e resolvendo os problemas relacionados à reprodução das informações. Estes esforços
são considerados desperdícios e podem ser reduzidos se os conceitos e fundamentos nesta Norma
forem adotados.

Para aprimorar futuras edições e revisões da série ABNT NBR ISO 19650, proprietários de ativos públicos,
clientes públicos e entidades são instigados a recolher e compartilhar informações e experiências sobre
a sua implementação e uso.

A série ABNT NBR ISO 19650 pode se beneficiar de um processo formal de gestão de ativos como
o indicado na série ISO 55000. A série ABNT NBR ISO 19650 pode se beneficiar de uma abordagem
sistemática de qualidade na organização, como, por exemplo, indicado na ABNT NBR ISO 9001, apesar
de que a certificação ABNT NBR ISO 9001 não é um requisito da série ABNT NBR ISO 19650. Outras
normas com relação à estruturação da informação e métodos de entrega estão listadas na Bibliografia.

NOTA BRASILEIRA A palavra inglesa “asset” tem uma tradução direta para a língua portuguesa como “ativo”.
Em ambos os idiomas, “ativo” (substantivo) é um bem, ou conjunto de bens, que possui valor e pertence
a uma pessoa ou a uma organização.
De acordo com a ABNT NBR 55000:2014 ativo é um item, algo ou entidade que tem valor real ou potencial
para uma organização. O valor pode variar entre diferentes organizações e suas partes interessadas, e que
pode ser tangível ou intangível, financeiro ou não financeiro.
Já a expressão inglesa “built asset”, em tradução direta, significa o “ativo físico construído”, seja ele linear (por
exemplo, infraestrutura geral, rodovias, linhas de trem, rede elétrica, rede de gás etc.) ou vertical (por exemplo,
edifício residencial, edifício comercial, hotel, biblioteca, museu etc.).
Para fins desta tradução direta da ISO 19650, foi utilizada a expressão “ativo construído”, englobando ativos
construídos verticais (edificações), lineares (infraestrutura) e não desenvolvidos (terreno).

NOTA BRASILEIRA Os acrônimos não foram traduzidos para o equivalente ao termo em português. Essa
decisão foi amplamente debatida no comitê. A manutenção dos acrônimos em inglês facilita o alinhamento de
diferentes economias as boas práticas preconizadas por estas normas além de viabilizar a integração com
a literatura internacional.

NOTA BRASILEIRA Neste texto a palavra “project” foi traduzida como “empreendimento”. Entretanto, quando
associada a uma atividade, entrega, fase ou parte de um termo foi traduzida como “projeto”.

NOTA BRASILEIRA Neste texto o termo “lead appointed party” foi traduzido como “contratada”, e “appointed
party” como “subcontratada”.

NOTA BRASILEIRA Este Documento será complementado posteriormente por uma Prática Recomendada
(PR) ABNT na qual serão detalhados conceitos e processos, assim como sua aplicação à realidade da construção
civil nacional.

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engenharia civil, incluindo modelagem de informações de construção (BIM) —
Gerenciamento de informações usando modelagem de informações
de construção
Parte 1: Conceitos e princípios
Projeto em Consulta Nacional

1 Escopo
Este Documento estabelece os conceitos e fundamentos para a gestão da informação no estágio de
maturidade descrito como “modelagem da informação da construção (BIM), de acordo com a série
ABNT NBR ISO 19650”.

Este Documento fornece recomendações para uma estrutura de gestão da informação, incluindo troca,
registro, versionamento e organização para todos aqueles envolvidos em qualquer ambiente de trabalho.

Este Documento se aplica a todo o ciclo de vida de um ativo construído, incluindo o seu planejamento
estratégico, projeto e construção, operação diária, manutenção, reforma, reparo e final de ciclo de vida.

Este Documento pode ser adaptado para ativos e empreendimentos dos de qualquer escala e complexidade,
de forma a não ser uma barreira à flexibilidade e à versatilidade que caracterizam o amplo espectro de
estratégias de licitação e aquisição de bens e serviços, e de forma a endereçar questões de custo de
implementação deste Documento.

2 Referências normativas
Não há referências normativas neste Documento.

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

A  ISO e a IEC mantêm bases de dados terminológicas para uso na normalização nos seguintes endereços:

— Plataforma de navegação online da ISO disponível em https://www.iso.org/obp.

— IEC Electropedia disponível em http://www.electropedia.org/.

3.1 Termos gerais

3.1.1
matriz de responsabilidades
tabela que descreve a participação dos responsáveis pelas diversas funções na execução das diversas
tarefas e entregáveis

Nota 1 de entrada: A matriz de responsabilidades pode indicar níveis de responsabilidade, consulta e informação
junto com a indicação da obrigação de completar cada tarefa e item entregável.

[FONTE: Adaptado da ISO 37500:2014, 3.16]

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3.1.2
espaço
limitação e extensão tridimensional estabelecida fisicamente ou implicitamente

[FONTE: ISO 12006-2:2015, 3.1.8]

3.2 Termos relacionados a ativos e empreendimentos


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3.2.1
ator
pessoa, organização ou unidade organizacional envolvida no processo de projeto, construção, operação
e/ou manutenção

Nota 1 de entrada: Unidades organizacionais incluem, mas não se limitam a, departamentos e equipes.

Nota 2 de entrada: No contexto deste Documento, o processo de construção é realizado durante a etapa de
entrega (3.2.11) e a fase operacional (3.2.12).

[FONTE: ISO 29481-1:2016, 3.1]

3.2.2
contrato
instruções acordadas para o fornecimento de informações (3.3.1) relacionadas a obras, bens ou serviços

Nota 1 de entrada: O termo é utilizado mesmo que não exista um contrato formal entre as partes.

3.2.3
contratada
fornecedora de informação (3.3.1) relacionada à entrega de obras, bens ou serviços

Nota 1 de entrada: Recomenda-se que uma contratada seja identificada para cada equipe de entrega (3.2.6),
podendo ser a mesma organização de uma das equipes de tarefa (3.2.7).

Nota 2 de entrada: Este termo é usado mesmo que não exista uma contratação (3.2.2) formal entre as partes.

3.2.4
contratante
receptor da informação (3.3.1) relacionada à entrega de obras, bens e serviços de uma contratada (3.2.3)

Nota 1 de entrada: Em alguns países, a contratante pode se chamar cliente (3.2.5), dono ou funcionário, mas
o termo “contratante” não se limita a essas funções.

Nota 2 de entrada: Este termo é usado mesmo que não exista uma contratação (3.2.2) formal entre as partes.

3.2.5
cliente
ator (3.2.1) responsável por iniciar um empreendimento e aprovar o seu escopo

3.2.6
equipe de entrega
contratada (3.2.3) e sua(s) subcontratada(s)

Nota 1 de entrada: Uma equipe de entrega pode ser de qualquer tamanho, de uma pessoa conduzindo todas as
funções e tarefas necessárias até equipes de tarefa (3.2.7) complexas e altamente subdivididas. O tamanho
e a estrutura de cada equipe de entrega são uma resposta à escala e complexidade das atividades de projeto,
construção, operação e/ou gestão de um ativo (3.2.8) imobiliário.

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Nota 2 de entrada: Diversas equipes de entrega podem ser contratadas simultaneamente ou sequencialmente
para realizar atividades ligadas a um único ativo (3.2.8) construído, como resposta à escala e complexidade
das atividades de projeto, construção, operação e/ou gestão.

Nota 3 de entrada: Uma equipe de entrega pode ser composta por diversas equipes de tarefa (3.2.7) do
conjunto de contratadas (3.2.3) ou de sua(s) subcontratada(s).
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Nota 4 de entrada: Uma equipe de entrega pode ser reunida por uma subcontratada ao invés da contratada (3.2.3).

3.2.7
equipe de tarefa
profissionais reunidos para executar uma ou mais tarefas específicas

3.2.8
ativo
item, coisa, entidade ou objeto que tem potencial de valor ou valor atual para uma organização

[FONTE: ISO 55000:2014, 3.2.1, modificado – Notas de entrada 1, 2 e 3 foram excluídas.]

3.2.9
informação do projeto
informação (3.3.1) produzida por, ou utilizada em, um projeto particular

[FONTE: ISO 6707-2:2017, 3.2.3]

3.2.10
ciclo de vida
a vida útil de um ativo (3.2.8) desde o estabelecimento de seus requisitos até o seu término, incluindo
seu projeto, construção e desenvolvimento, operação, manutenção e descomissionamento

[FONTE: ISO/TS 12911:2012, 3.13, modificada – As palavras “fases e atividades perpassando toda
a vida útil do sistema” foram substituídas por “vida útil do ativo”; NOTAS 1 e 2 foram excluídas.]

3.2.11
fase de entrega
parte do ciclo de vida (3.2.10) em que o ativo (3.2.8) é projetado, construído e comissionado

Nota 1 de entrada: A fase de entrega normalmente reflete uma metodologia de etapas para um empreendimento.

3.2.12
fase operacional
parte do ciclo de vida (3.2.10) durante a qual um ativo (3.2.8) é utilizado, operado e mantido

3.2.13
evento gatilho
evento, capacidade ou situação planejada ou não planejada que acarreta mudanças a um ativo (3.2.8)
ou na sua capacidade durante o seu ciclo de vida (3.2.10) e que resulta na troca de informações (3.2.7)

Nota 1 de entrada: Durante a fase de entrega (3.2.11), eventos gatilho normalmente refletem o fim das várias
fases de um empreendimento.

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3.2.14
ponto chave de decisão
momento durante o ciclo de vida (3.2.10) de um ativo (3.2.8) quando uma decisão crucial é tomada
a respeito da sua viabilidade ou do seu desenvolvimento

Nota 1 de entrada: Durante um empreendimento, pontos chave de decisão normalmente refletem as diversas
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fases de um projeto.

3.3 Termos relacionados à gestão da informação

3.3.1
informação
representação reinterpretável de dados em um formato adequado para comunicação, interpretação
ou processamento

Nota 1 de entrada: Informação pode ser processada por pessoas ou meios automatizados.

[FONTE: IEC 82045-1:2001, 3.1.4, modificada – No termo, e na sua definição, houve a troca da palavra
“dados” para “informação”.]

3.3.2
requisitos de informação
especificação para o quê, quando, como e para quem a informação (3.3.1) deve ser produzida

3.3.3
requisitos de informação da organização
OIR
requisitos de informação (3.3.2) relacionados aos objetivos organizacionais

NOTA BRASILEIRA OIR – Organizational Information Requirement.

3.3.4
requisitos de informação do ativo
AIR
requisitos de informação (3.3.2) relacionados aos objetivos de operação de um ativo (3.2.8)

NOTA BRASILEIRA AIR – Asset Information Requirement.

3.3.5
requisitos de informação de projeto
PIR
requisitos de informação (3.3.2) relacionados aos objetivos de entrega de um ativo (3.2.8)

NOTA BRASILEIRA PIR – Project Information Requirement.

3.3.6
requisitos de troca da informação
EIR
requisitos de informação (3.3.2) relacionados a uma contratação (3.2.2)

NOTA BRASILEIRA EIR – Exchange Information Requirement.

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3.3.7
troca de informação, verbo
ato de satisfazer um requisito de informação (3.3.2) em parte ou na sua totalidade

3.3.8
modelo de informação
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conjunto de contêineres de informação (3.3.12) e não estruturados

3.3.9
modelo de informação do ativo
AIM
modelo de informação (3.3.8) relacionado à fase operacional (3.2.12) de um ativo (3.2.8)

NOTA BRASILEIRA AIM – Asset Information Model.

3.3.10
modelo de informação do projeto
PIM
modelo de informação (3.3.8) relacionado à fase de entrega (3.2.11) de um ativo (3.2.8)

NOTA BRASILEIRA PIM – Project Information Model.

Nota 1 de entrada: Durante a fase de entrega (3.2.11), o modelo de informação do projeto pode ser utilizado
para ilustrar a intenção projetual (às vezes chamado de “modelo de intenção projetual”) ou para ilustrar o ativo
(3.2.8) construído (às vezes chamado de “modelo virtual da construção”).

3.3.11
federação
criação de um modelo da informação (3.3.8) composto a partir de diversos contêineres de informação
(3.3.12)

Nota 1 de entrada: Os diversos contêineres de informação (3.3.12) usados durante a federação podem vir de
diferentes equipes de tarefa (3.2.7).

3.3.12
contêiner de informação
conjunto nomeado de informações persistentes (3.3.1), recuperável de dentro de um arquivo, sistema
ou de uma hierarquia de armazenamento de aplicativo

EXEMPLO Inclui subdiretórios, arquivos digitais (modelos de informação, documentos, tabelas, cronogramas)
ou um subconjunto distinto de informações de um arquivo digital, como capítulos, seções, camada de informações
ou símbolos.

Nota 1 de entrada: Contêiner de informação contém modelos geométricos, tabelas e banco de dados. Contêineres
de informação não estruturados contém documentos, vídeos e gravações de som.

Nota 2 de entrada: Informações persistentes existem por um período de tempo longo o suficiente para terem
de ser gerenciadas, ou seja, excluem-se as informações temporárias como pesquisas em ferramentas de busca
na internet.

Nota 3 de entrada: É recomendado que a identificação, o nome de um contêiner de informação, seja feita de
acordo com uma convenção previamente acordada.

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3.3.13
código de estado
metadados descrevendo a adequação de uso do conteúdo de um contêiner de informação (3.3.12)

3.3.14
modelagem da informação da construção
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BIM
uso de uma representação digital compartilhada de um ativo (3.2.8) construído, para facilitar os processos
de projeto, construção, operação e manutenção a partir de uma base de dados confiável

Nota 1 de entrada: Ativos construídos incluem, mas não se limitam as edificações, pontes, estradas, indústrias etc.

[FONTE: ISO 29481-1:2016, 3.2, modificada – A palavra “objeto” foi substituída por “ativo”; as palavras
“incluindo construções, pontes, estradas, fábricas etc.” foram excluídas; a Nota 1 original foi substituída
por uma nova.]

3.3.15
ambiente comum de dados
CDE
fonte de informação (3.3.1) acordada para qualquer empreendimento ou ativo (3.2.8) cuja função seja
coletar, gerenciar e disseminar cada contêiner de informação (3.3.12) em um processo controlado

NOTA BRASILEIRA CDE – Common Data Environment.

Nota 1 de entrada: O fluxo de trabalho de um CDE descreve os processos que serão utilizados e uma solução
tecnológica que poderá suportá-los

3.3.16
nível de informação necessária
sistema descritivo da extensão e granularidade da informação (3.3.1)

Nota 1 de entrada: Um dos propósitos em se estabelecer o nível de informação a ser entregue é não entregar
informação além do necessário.

3.3.17
competência
medição da habilidade necessária para se executar uma tarefa

Nota 1 de entrada: No contexto deste Documento, isto se relaciona às habilidades, conhecimento e/ou expertise
para produzir e gerenciar a informação (3.3.1)

[FONTE: ISO 6707-1:2017, 3.7.1.11, modificada – Nota 1 de entrada foi acrescentada.]

3.3.18
capacidade
recursos e condições disponíveis em dado momento para se executar uma tarefa.

Nota 1 de entrada: No contexto deste Documento, isto se relaciona aos meios, recursos e processos para
gerenciar a informação (3.3.1).

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4 Informação de ativos construídos e empreendimentos, perspectivas e trabalho


colaborativo
4.1 Princípios

O modelo de informação do ativo (AIM) e o modelo de informação do projeto (PIM) são repositórios
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estruturados de informação, necessários para se tomar decisões durante o ciclo de vida de um ativo
construído. Isso inclui a concepção, o projeto e a construção de novos ativos, a renovação e adaptação de
ativos existentes e a operação e manutenção de um ativo. Espera-se que a quantidade de informações
contidas nos modelos de informação, e seus diferentes usos possíveis, aumentem durante a fase de
entrega do empreendimento e gestão do ativo.

Modelos de informação do ativo (AIM) e modelos de informação do projeto (PIM) podem incluir informação
estruturada e não estruturada. Exemplos de informação estruturada incluem modelos geométricos,
tabelas e bases de dados. Exemplos de informação não estruturada incluem documentação, vídeos e
áudio. Convém que fontes físicas de informação, como amostras de solos e produtos, sejam geridas
usando os processos de gestão da informação descritos neste Documento, por meio de referências
cruzadas apropriadas, como, por exemplo, código de identificação de amostras.

Muitos empreendimentos envolvem trabalhos executados em ativos existentes, mesmo que o local de
intervenção não tenha sido desenvolvido anteriormente. É recomendado que estes empreendimentos
incluam alguma informação preexistente do ativo que dê suporte ao desenvolvimento dos requisitos
e escopo de projeto e que esteja à disposição das contratadas que trabalharão no empreendimento.

O processo de gestão da informação delineado neste Documento inclui a transferência de informação


relevante entre um modelo de informação do ativo (AIM) e um modelo de informação do projeto (PIM)
no início e no fim de um empreendimento.

As informações de um empreendimento e do ativo têm enorme valor para contratantes, contratadas


e subcontratadas envolvidas em atividades de gestão de ativos ou de empreendimentos, e entrega
de um novo ativo. Isso inclui as atividades em que não exista uma contratação formal. Contratantes,
contratadas e subcontratadas incluem donos de ativo, operadores e gestores de ativo, e todos aqueles
envolvidos nas atividades de projeto e construção de ativos. As informações de um empreendimento
e do ativo também têm grande valor para os formuladores de políticas públicas, órgãos reguladores,
investidores, empresas seguradoras e outros grupos externos.

É recomendado que os conceitos e fundamentos contidos neste Documento sejam aplicados de forma
proporcional e apropriada a escala e a complexidade do ativo ou empreendimento.

4.2 Gestão da informação de acordo com a série ABNT NBR ISO 19650

As recomendações e os requisitos de gestão da informação presentes na série ABNT NBR ISO 19650
estão baseados na premissa de que a contratante, a contratada e as subcontratadas trabalharão juntos
de forma colaborativa e que todos irão participar na implementação da série ABNT NBR ISO 19650.

A gestão da informação pode ser representada como uma sequência de estágios de maturidade, conforme
apresentado na Figura 1 como estágios 1, 2 e 3. Esta figura mostra que o desenvolvimento de padronização,
a tecnologia da informação e as formas sofisticadas de gestão da informação são combinados para
entregar maiores retornos aos negócios. A série ABNT NBR ISO 19650 tem aplicação principalmente
no estágio 2 de maturidade, mas também pode ser aplicada nos estágios 1 e 3.

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O estágio de maturidade 2 é também identificado como “BIM de acordo com a série


ABNT NBR ISO 19650”. Neste estágio, uma combinação de processos de gestão da informação
manuais e automatizados é utilizada para criar um modelo de informação federado. O modelo de
informação inclui todos os contêineres de informação entregues pelas equipes de tarefa relacionadas
a um ativo ou empreendimento.
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Figura 1 – Perspectiva dos estágios de maturidade da gestão da informação analógica e


digital

4.3 Perspectivas da gestão da informação

É recomendado que as diferentes interpretações de gestão da informação sejam reconhecidas pelo


processo de gestão em si e convém que sejam incorporadas no planejamento da seguinte forma:

— na especificação de requisitos de informação;

— no planejamento da entrega da informação; e

— na entrega da informação.

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É recomendado que as diferentes interpretações de gestão da informação sejam estabelecidas caso


a caso, mas as quatro perspectivas descritas na Tabela 1 são recomendadas. Outras visões podem ser
construtivas, dependendo da natureza do ativo ou empreendimento.

Tabela 1 – Perspectivas de gestão da informação


Perspectiva Objetivo Exemplo de entregáveis
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Perspectiva do proprietário Estabelecer e manter Plano de negócios.


de ativos construídos o propósito do ativo ou Justificativa comercial.
do empreendimento. Tomar
Análise do custo do ciclo de vida.
decisões estratégicas
do negócio.
Perspectiva do usuário Identificar as reais Requisitos do projeto.
de ativos construídos necessidades dos usuários e Modelo de informação do ativo (AIM)
se certificar de que a solução
Modelo de informação do projeto (PIM)
dada tenha as características
e capacidades adequadas. Documentação do projeto.

Perspectiva da entrega Planejar e organizar Planos, por exemplo plano


do empreendimento ou o trabalho, mobilizar de execução BIM.
da gestão do ativo os recursos necessários, Organograma organizacional.
coordenar e controlar o
Estabelecimento de papéis e funções
desenvolvimento do trabalho.
no empreendimento.
Perspectiva da sociedade Certificar-se de que Decisões políticas.
os interesses da comunidade Planejamento macro de áreas
estejam sendo considerados do empreendimento.
durante o ciclo de vida
Permissões e concessões
do ativo (planejamento,
de construção.
entrega e operação).
NOTA Os exemplos de entregáveis são aplicáveis sob o ponto de vista de cada perspectiva analisada e não
são um indicativo de responsabilidade ou indicação de quem deve produzir tais entregáveis.

5 Definição dos requisitos de informação e dos modelos de informação resultantes


5.1 Princípios
É recomendado que a contratante compreenda que a informação é necessária aos seus ativos ou
empreendimentos, de forma a possibilitar que a sua organização alcance os seus objetivos com o ativo
e/ou empreendimento. Estes requisitos podem surgir a partir da própria organização ou podem se
originar em grupos externos interessados no ativo e/ou no empreendimento. É recomendado que
a contratante seja capaz de comunicar estes requisitos a outras organizações e/ou indivíduos que
necessitem tomar conhecimento destes como requisito para conduzir os seus trabalhos. Isso se aplica
aos ativos e empreendimentos de todos os tamanhos e complexidades, mas convém que os fundamentos
deste Documento sejam aplicados de forma proporcional. Contratantes com pouca experiência na série
ISO 19650 podem procurar a ajuda de especialistas na condução dessas tarefas.

Subcontratadas, incluindo as contratadas, podem acrescentar seus próprios requisitos de informação


à aqueles requisitos que receberem da contratante. Parte desses requisitos de informação podem ser
repassados diretamente a uma subcontratada, como quando diferentes equipes de entrega trocam
informações entre si que não necessariamente precisam passar pela contratante cliente final.

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É recomendado que a contratante explicite os seus objetivos ao requisitar as entregas de informações,


incluindo os aspectos dos ativos que se pretende gerenciar. Esses objetivos podem incluir:

— registro de ativos: convém que seja viabilizado um registro de ativos para dar suporte a uma
auditoria e investigação precisas, e que inclua tanto os ativos espaciais e físicos como os seus
grupamentos;
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— suporte a questões regulatórias e de responsabilidade e conformidade legal: convém que a


contratante especifique os requisitos de informação necessários para dar suporte às atividades
de manutenção da segurança e salubridade dos usuários do ativo;

— gestão de risco: convém que as informações sejam requeridas ou suprimidas para dar suporte
a gestão de riscos, especialmente para identificar e revisar os riscos aos quais um empreendimento
ou ativo podem ser expostos, como, por exemplo, riscos naturais, eventos climáticos extremos
ou incêndio;

— apoio a questões do negócio: convém que a contratante especifique a informação requerida para dar
suporte à avaliação da justificativa comercial para a propriedade e operação do ativo, e convém
que se inclua o desenvolvimento contínuo dos aspectos que podem causar impactos positivos ou
negativos para o ativo desde as suas primeiras entregas, conforme abaixo:

— gestão de utilização e capacidade: convém fornecer a documentação sobre a capacidade e


utilização do ativo, uma vez que é uma informação requerida para comparar com o seu uso
e nível de utilização atual e gestão de portfólio;

— gestão da segurança e vigilância: deve-se requerer ou suprimir a informação necessária à gestão


da segurança e vigilância do ativo, da vizinhança e adjacências de acordo com os requisitos
de segurança;

— suporte à reforma e modernização: convém que a reforma e modernização de partes do ativo


ou de sua totalidade sejam suportadas com informação detalhada da capacidade, em termos
de áreas, volumes, ocupação, condições ambientais, cargas suportadas;

— Impactos atuais e previstos: convém que a contratante requisite informações relativas aos impactos
de custo de energia, produção de CO2, lixo, consumo de água e outros efeitos ambientais;

— operações: convém que as informações necessárias à operação normal do ativo sejam fornecidas
de modo a permitir que a contratante antecipe os custos de operação;

— manutenção e reparo: convém que informações das tarefas recomendadas de manutenção,


incluindo manutenção preventiva, sejam fornecidas para permitir que a contratante se antecipe
e planeje os gastos e as tarefas de manutenção;

— substituição: convém que as informações das referências ou expectativas de troca de


equipamentos e custos estejam disponíveis a contratante para permitir a antecipação e o
planejamento das substituições; convém que a reciclagem dos ativos físicos seja suportada
com informação detalhada sobre os principais elementos e materiais constituintes; e

— descomissionamento e descarte: convém que as informações de recomendação sobre o


descomissionamento sejam fornecidas para ajudar a contratante a antecipar e planejar os
custos de fim do ciclo de vida do ativo.

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É recomendado que os requisitos de informação associados a fase de entrega de um ativo sejam


explicitados de acordo com as fases do empreendimento que a contratante e a contratada pretendem
utilizar. Convém que os requisitos de informação associados com a fase operacional de um ativo
sejam expressos em termos de eventos gatilho do ciclo de vida do ativo, como, por exemplo, as atividades
planejadas de manutenção, inspeção de equipamentos de incêndio, troca de componentes ou troca
do fornecedor de serviços de gestão de empreendimentos.
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Os diferentes tipos de requisitos de informação são mostrados na Figura 2 e explicados em 5.2 e 5.5.

NOTA Nesta Figura, a palavra “delimita” significa “provê todas informações para”; “contribui” significa
“provê parte das informações para”; “especifica” significa “determina conteúdo, estrutura e metodologia”.

Figura 2 – Hierarquia dos requisitos de informação

5.2 Requisitos de informação da organização (OIR)

Os requisitos de informação da organização (OIR) detalham a informação necessária para responder


a tomadas de decisão estratégicas de alto nível da contratante. Estes requisitos podem surgir por uma
variedade de razões, incluindo:

— operação estratégica do negócio;

— gestão estratégica de ativos;

— planejamento de portfólio de ativos;

— compromissos regulatórios; ou

— formulação de políticas.

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Os requisitos de informação da organização (OIR) podem existir por variadas razões além da gestão
do ativo, como, por exemplo, emissão anual de relatórios de contabilidade. Este tipo de requisitos de
informação da organização (OIR) não é considerado neste Documento.

5.3 Requisitos de informação do ativo (AIR)


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Os requisitos de informação do ativo (AIR) estabelecem os aspectos comerciais, gerenciais e técnicos


da produção de informação de um ativo. Os aspectos gerenciais e comerciais incluem os formatos de
informação, métodos de produção e procedimentos a serem implementados pela equipe de entrega.

Os aspectos técnicos dos requisitos de informação do ativo (AIR) detalham os conjuntos de informação
necessários para que se possa responder os requisitos de informação da organização (OIR). É
recomendado que estes requisitos sejam expressos de forma que possam ser incorporados nas tarefas
de gestão do ativo e possam dar suporte na tomada de decisões da organização.

É recomendado que um conjunto de requisitos de informação do ativo (AIR) sejam preparados em


resposta a cada gatilho que ocorrer durante a fase de operação do ativo, levando-se em consideração
os requisitos de segurança, quando apropriado.

Quando existir uma cadeia de suprimentos, os requisitos de informação do ativo (AIR) recebidos por
uma contratada podem ser subdivididos e repassados a qualquer uma de suas subcontratadas. Os
requisitos de informação do ativo (AIR) recebidos pela contratada podem ser ampliados com os seus
próprios requisitos de informação.

Uma estratégia de gestão de ativos construídos pode conter diversas tarefas e contratos. Convém que
os requisitos de informação do ativo (AIR) formem um único conjunto de requisitos coerente e coordenado,
suficiente para endereçar todas as questões dos requisitos de informação da organização (OIR) relativas
aos ativos.

5.4 Requisitos de informação do projeto (PIR)

Os requisitos de informação do projeto (PIR) detalham as informações necessárias para se dar resposta
e/ou informar a tomada de decisões estratégicas de um ativo a ser construído. Os requisitos de
informação do projeto (PIR) são gerados tanto a partir dos processos de gestão de projeto quanto dos
processos de gestão do ativo.

É recomendado que um conjunto de requisitos de informação seja preparado para cada ponto-chave
de decisão que a contratante deva tomar durante o empreendimento.

Clientes de empreendimentos repetitivos podem desenvolver um conjunto de requisitos de informação


genérico que possa ser adotado, com ou sem correções e anexos, em todos os seus empreendimentos.

5.5 Requisitos de troca da informação (EIR)

Os requisitos de troca da informação (EIR) detalham os aspectos gerenciais, comerciais e técnicos


da produção de informação do projeto. Os aspectos gerenciais e comerciais incluem os formatos de
informação, métodos de produção e procedimentos a serem implementados pela equipe de entrega.

É recomendado que os aspectos técnicos dos requisitos de troca da informação (EIR) sejam capazes
de detalhar as informações necessárias para que se possa responder ao requisitos de informação do
projeto (PIR). Convém que estes requisitos sejam expressos de forma que possam ser incorporados
em tarefas relacionadas a um projeto. Convém que os requisitos de troca da informação (EIR) se
alinhem com eventos gatilho que representem a finalização de algumas, ou todas as, fases do projeto.

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É recomendado que os requisitos de troca da informação (EIR) sejam apresentados sempre que novas
tarefas ou projetos estiverem sendo discutidos ou implementados. Em particular, os requisitos de troca
da informação (EIR) recebidos por uma contratada podem ser subdivididos e repassados para qualquer
uma de suas próprias subcontratadas, e em diante na cadeia de suprimentos. Os requisitos de troca
da informação (EIR) recebidos pelas subcontratadas, incluindo a contratada, podem ser ampliados com
requisitos de troca da informação próprios. Parte do EIR pode ser passado adiante pela cadeia de
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subcontratadas, particularmente quando existir necessidade de troca de informações entre as equipes


de entrega, para a condução do trabalho internamente, e esta troca de informações não necessita ser
comunicada a contratante.

Durante o decorrer de um projeto, podem existir diferentes tarefas a serem executadas. Convém que
os requisitos de troca da informação (EIR) de todas estas tarefas formem um único, coerente e coordenado
conjunto de requisitos de informação, que seja suficiente para atender a todos os requisitos de informação
do projeto (PIR).

5.6 Modelo de informação do ativo (AIM)

O modelo de informações do ativo (AIM) dá suporte à estratégia diária de gestão do ativo construído
estabelecida pela contratante. Ele também pode fornecer informações ao início de um processo de
projeto. Por exemplo, o modelo de informações do ativo (AIM) pode conter informações de registros
de equipamentos, custos de manutenção cumulativa, registros de datas de manutenção e instalação,
informações de propriedade e outros detalhes que a contratante considera valiosos e deseja que
sejam geridos de forma sistemática.

5.7 Modelo de informação do projeto (PIM)

O modelo de informação do projeto (PIM) dá suporte à entrega do projeto e contribui com o modelo
de informações do ativo (AIM) no suporte das atividades de gestão do ativo. É recomendado que
o modelo de informação do projeto (PIM) também seja armazenado de forma a prover um arquivamento
de longo prazo para propósitos de auditoria do projeto. Por exemplo, o modelo de informação do
projeto (PIM) pode conter detalhes de geometria do projeto, localização de equipamentos, requisitos de
desempenho projetados, métodos construtivos, tabelas, custos e detalhamento de sistemas instalados,
componentes e equipamentos, incluindo requisitos de manutenção estas informações incluem o que
for projetado e também construído de fato.

6 Ciclo de entrega da informação


6.1 Princípios

A especificação e a entrega de informações de empreendimentos e ativos seguem quatro princípios


que se sobrepõem, cada um sendo objeto de mais detalhamento neste Documento:

1) Informação é necessária para a tomada de decisões durante todo o ciclo de vida de um ativo,
incluindo, quando houver, a intenção de construir, modificar, ampliar ou descomissionar um ativo.
Tudo isso faz parte de um sistema geral de gestão de ativos.

2) Informação é especificada e requerida de forma progressiva pelos conjuntos de requisitos estabelecidos


pela contratante, e a entrega da informação é planejada e progressivamente entregue pelas equipes
de entrega. Além disso, algumas informações de referência podem ser fornecidas pela contratante
para um ou mais contratantes.

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3) No caso em que a equipe de entrega seja composta por mais de um grupo, convém que a informação
seja repassada para o grupo mais relevante ou para o ponto em que esteja mais facilmente disponível
e acessível para todos.

4) O compartilhamento da informação envolve o compartilhamento e a coordenação da informação


por meio de um ambiente comum de dados (CDE) usando padrões abertos sempre que possível e
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usando processos de operação claramente estabelecidos para permitir um processo consistente


com todos os grupos envolvidos.

É recomendado que estes fundamentos sejam aplicados de forma proporcional ao contexto da gestão
do ativo ou desenvolvimento do empreendimento.

6.2 Alinhamento com o ciclo de vida do ativo

O modelo de informação do ativo (AIM) e o modelo de informação do projeto (PIM) são produzidos no
decorrer do ciclo de vida da informação. Esses modelos de informação são utilizados durante o ciclo de
vida de um ativo para dar suporte à tomada de decisões relacionadas ao ativo e ao empreendimento.

A Figura 3 ilustra o ciclo de vida do ativo para as fases operacionais e de entrega (círculo verde) e
algumas atividades de gestão da informação (pontos A a C). Além desses três pontos apresentados
na Figura 3, é recomendado que a verificação da intenção projetual seja executada no decorrer da
revisão do desempenho do ativo na fase operacional. O momento correto vai depender de quando e
com que frequência são realizados os ensaios de aferição de desempenho. Se a verificação falhar,
então ações remediativas podem ser requeridas. Durante a fase operacional, eventos gatilho podem
requerer uma resposta da gestão da informação, resultando em uma ou mais trocas de informação.

A Figura 3 também ilustra que a série ABNT NBR ISO 19650 se aplica no contexto do sistema de gestão
de ativos, assim como a ABNT NBR ISO 55000, ou uma estrutura de gestão de empreendimento,
como a ABNT NBR ISO 21500, e também se inclui no contexto da gestão da organização, como a
ABNT NBR ISO 9001. Outras normas, como a ISO 8000 (Qualidade de dados), a ISO/IEC 27000 (Gestão
da segurança da informação) e a ABNT NBR ISO 31000 (Gestão de risco) são também relevantes mas
omitidas da figura por clareza.

Os princípios-chave abaixo (conforme detalhados na ABNT NBR ISO 55000) são importantes para
a gestão da informação de ativo, conforme detalhado na série ABNT NBR ISO 19650:

— a contratante especificamente associa a gestão de ativos aos seus objetivos de negócio por meio
de políticas, estratégias e planos de gestão de ativos;

— informações de ativos adequadas e oportunas são um dos requisitos fundamentais para uma gestão
de ativos bem-sucedida; e

— liderança e governança com relação à gestão da informação de ativos vêm da alta gestão do
proprietário/operador do ativo.

Os seguintes princípios-chave abaixo (conforme detalhados na ABNT NBR ISO 9001) são importantes
para a gestão da informação de ativo, conforme detalhado na série ABNT NBR ISO 19650:

— há foco no cliente (aquele que vai receber ou usar o ativo ou a informação do empreendimento);

— um ciclo de Planejar-Executar-Checar-Agir é usado (para desenvolver e prover informação de


empreendimento ou do ativo);

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— o engajamento das pessoas e incentivo a atitudes e comportamentos adequados é fundamental


para a entrega de resultados consistentes; e

— há um foco no compartilhamento de lições aprendidas e no processo de melhoria contínua.


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Legenda

A Início da fase de entrega – entrega de informação relevante do modelo de informação do ativo (AIM) e do
modelo de informação do projeto (PIM)
B desenvolvimento progressivo do modelo de intenção projetual para um modelo de construção virtual (ver
3.3.10, Nota 1)
C fim da fase de entrega – transferência de informações relevantes do modelo de informação do projeto (PIM)
para o modelo de informação do ativo (AIM)

Figura 3 – Ciclo de vida genérico da gestão de informações de empreendimento e do ativo

6.3 Definindo os requisitos da informação e planejando a sua entrega

6.3.1 Princípios gerais

É recomendado que todas as informações de empreendimento e do ativo que são fornecidas durante
o ciclo de vida de um ativo sejam especificadas pela contratante por meio de um conjunto de requisitos
de informação. Convém que os requisitos de informação aplicáveis sejam emitidos para cada licitante
como parte do processo de contratação. Isso também se aplica quando uma instrução de trabalho
for emitida de uma parte de uma organização para outra parte da mesma organização. Convém que
uma resposta para cada requisito seja preparada pelos licitantes e revista pela contratante antes da
contratação, como forma de avaliação da escolha da contratada. A resposta ao requisito de informação

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é então gerenciada e desenvolvida por cada contratada e incluída no seu planejamento de gestão do
ativo ou planejamento de entrega do empreendimento. A informação é administrada por cada contratada
e suas subcontratadas e aceita pela contratante que especificou os requisitos. Processos de revisão
garantem a retificação da informação, quando necessário. O processo genérico está ilustrado na Figura 4.

É recomendado que uma avaliação de riscos para a entrega de informações de projeto ou de ativo
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seja incluída na avaliação de risco geral do ativo ou do empreendimento, de forma que a natureza dos
riscos de entrega das informações, suas consequências e probabilidades de ocorrerem sejam entendidas,
comunicadas e gerenciadas. Convém que os conceitos e fundamentos neste Documento sejam levados
em consideração na avaliação de riscos da entrega de informação.

Requisitos de informação são estabelecidos para atender a questões que precisem ser respondidas
para se tomar decisões relacionadas ao ativo em diferentes pontos de sua concepção, construção e
operação. Planos de entrega da informação são criados toda vez que uma contratada é escolhida
para conduzir tarefas de gestão de ativo ou empreendimento. Isso inclui contratações paralelas e
subcontratações feitas pela contratante com relação ao projeto, construção, operação ou qualquer outro
serviço, e as contratações paralelas e subcontratações feitas junto à cadeia de fornecedores para
o empreendimento, como, por exemplo, nas equipes de obra.

Figura 4 – Especificação genérica e planejamento para entrega de informação

A Figura 5 ilustra a hierarquia do processo de gestão da informação e como se aplica aos diferentes
níveis de detalhes em um projeto. É recomendado que uma hierarquia similar de processos se aplique
a cada um das tarefas que ocorrem durante a gestão de um ativo.

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Figura 5 – Hierarquia de processos relacionados ao empreendimento e à contratação

O conjunto de informações requeridas e a entrega destas possuem algumas características importantes,


que são explicadas em 6.3.2 e 6.3.5, e ilustradas para uma rota de contratação específica.

Demais fundamentos com relação a papéis e funções na gestão da informação, trabalho colaborativo
e avaliação de capacidade da contratada são estabelecidos nas Seções 7, 8 e 9. Demais fundamentos
com relação ao planejamento da entrega da informação são estabelecidos na Seção 10. Demais
fundamentos com relação ao desenvolvimento e entrega da informação são estabelecidos nas Seções 11
e 12.

6.3.2 Equipe de entrega fornece a informação para a tomada de decisões do operador/proprietário


do ativo ou cliente

A Figura 6 ilustra uma importante decisão a ser tomada pela contratante. Esta decisão é tomada em um
ponto chave de decisão, representado pelo diamante, quando um conjunto de requisitos de informação
é estabelecido e compartilhado nas diversas equipes de entrega (contratadas e subcontratadas, conforme
adequado). A informação é fornecida por meio de processos de entrega de informações, representados
pelo círculo.

É recomendado que a contratante estabeleça as ocasiões ou momentos em que deverá tomar uma
decisão chave, e defina qual informação necessita da equipe de entrega para tomar esta decisão.
Convém que qualquer alteração significativa nos requisitos de informação seja discutida e acordada
entre a contratante e a contratada , e que ambos possam fazer esta consulta.

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Figura 6 – Relação entre decisões-chave e informação fornecida pela contratada

6.3.3 Verificação e validação da informação no início e no fim das fases de empreendimento

A Figura 7 mostra a troca de informações que ocorre entre o fim da fase de entrega de um empreendimento
e o início da próxima fase de entrega do mesmo empreendimento.

O círculo representa a troca de informações. As setas verticais representam o fluxo dos requisitos de
informação e das informações entregáveis entre a contratante e a contratada. As setas circulares à
esquerda das setas verticais representam a entrega de informação pela contratada , a checagem e
validação desta informação pela contratante contra os requisitos e qualquer interação que seja necessária
para completar a troca de informações (por exemplo, quando informação requerida estiver faltando
ou não for fornecida na qualidade necessária). A seta circular à direita das setas verticais representa
a provisão de informação a partir da contratante para a contratada, a checagem desta informação contra
quaisquer requisitos para o início da próxima fase do empreendimento e qualquer interação necessária
para completar a troca de informações.

Durante a validação e nos métodos de verificação das informações, é vital que os processos de aprovação
sejam documentados e acordados entre as partes antes que se inicie o processo de troca de informações.

É particularmente importante que uma segunda checagem da informação, no início de uma fase do
empreendimento, seja feita toda vez que houver uma troca de contratadas entre fases, com atenção
particular à usabilidade da informação recebida. É recomendado que a segunda checagem seja executada

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também quando houver uma demora no início de uma fase do empreendimento. Podem ocorrer situações
nas quais essa segunda checagem não seja necessária, por exemplo, quando o mesma contratada
entregar fases subsequentes do empreendimento e nenhum atraso nas entregas ocorrer.

É recomendado que a informação também seja checada toda vez que houver uma troca de contratadas
durante uma fase do empreendimento. Convém que, nessas circunstâncias, qualquer limitação no uso
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da informação de contratadas prévias seja levada em consideração.

Figura 7 – Verificação da informação antes e depois de uma troca

6.3.4 A informação é concebida a partir de toda a cadeia de suprimentos

A Figura 8 ilustra como a informação, entregue em um ponto de troca de informações estabelecido,


é coletada a partir de extensos grupos de entrega do empreendimento à esquerda e de construção
à direita. Para a modalidade de contratação ilustrada, as linhas horizontais pontilhadas representam níveis
de contratação. Cada contratada pode delegar toda ou parte da entrega de suas tarefas de entrega
de informações, conforme os requisitos de informação da contratante, e pode acrescentar requisitos
próprios. O papel de cada contratada ao atender os requisitos de informação do ativo (AIR) ou os requisitos
de informação do projeto (PIR) conforme apropriado, deve ser estabelecido no planejamento de entrega.
A informação é coletada por cada contratada a partir de sua equipe de entrega e entregue a contratante,
com checagem e possível reentrega, conforme estabelecido na Figura 7.

É recomendado que, se novos grupos entrarem na equipe de entrega, o planejamento de entrega seja
atualizado para incluir e confirmar a informação que este novo grupo irá contribuir para a futura troca
de informações.

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Figura 8 – Exemplo de informação sendo entregue por todas as equipes de entrega

6.3.5 Sumário da entrega de informações a partir de equipes de entrega do empreendimento


e de gestão de ativo

A Figura 9 ilustra a sequência de requisitos e a entrega de informação para um tipo específico de


contratação. É possível usar diferentes modalidades de contratação, estágios do empreendimento,
pontos-chave de decisão e diferentes formas de troca daquelas ilustradas nesta figura. Um exemplo
é o fornecimento de informação de progresso a partir da contratada responsável pela construção. No
entanto, convém que as questões principais explicadas em 6.3.2, 6.3.3 e 6.3.4 sejam aplicadas em
todas as formas de contratação para a entrega do empreendimento e gestão de ativos.

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NOTA Em certas situações, a troca de informações pode ocorrer também entre as contratadas e suas
subcontratadas. Para simplificação, essas trocas não foram ilustradas.

Figura 9 – Exemplo de entrega de informações por meio da troca de informações dando


suporte à tomada de decisões da contratante

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7 Papéis e funções na gestão das informações de ativos e empreendimentos


7.1 Princípios

Clareza no estabelecimento das funções, responsabilidades, autoridades e escopos relacionados


a qualquer tarefa são aspectos essenciais para uma gestão efetiva da informação. É recomendado
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que as funções e os papéis sejam incluídos nos contratos por meio de tabelas específicas de serviço
ou de descrições de obrigações gerais.

É recomendado que este Documento identifique os tipos de funções na gestão da informação a serem
levadas em consideração e suas respectivas responsabilidades, e convém que seja lido em conjunto
com outros documentos contratuais. É recomendado que as funções na gestão da informação,
responsabilidade e autoridade sejam alocadas a grupos com base nas suas capacidades e condições
técnicas de executá-las. Em pequenos negócios ou empreendimentos, múltiplas funções podem ser
executadas pelo mesmo indivíduo ou grupo.

Não é indicado que as funções na gestão da informação se refiram às responsabilidades de projeto. No


entanto, para ativos e empreendimentos de menor complexidade, as funções de gestão da informação
podem ser conduzidas juntamente com outras funções, como gestão de ativo, gestão de projeto, gestão
de equipe ou gestão de obra.

É importante não confundir papéis e funções com títulos de cargos ou outras designações profissionais.

Em gestão de ativos ou atividades de entrega de empreendimentos, ambos complexos, é possível se


estabelecer uma função específica de gestor de facilitação de informação ou gestor de processo de
informação que dê suporte às equipes de tarefas e entrega na colaboração. Isso permite maior foco
nos diferentes aspectos de gestão da informação, permitindo uma implementação mais eficiente do
processo de gestão da informação.

7.2 Papéis e funções na gestão da informação de ativos

É recomendado que a complexidade da gestão da informação de ativos reflita a escala e a complexidade


do ativo ou do portfólio de ativos sendo gerenciados. É importante que a função de gestão da informação
do ativo seja preenchida durante todo o ciclo de vida do ativo. No entanto, devido à natureza de longo
prazo da gestão de ativos, é praticamente certo que esta função será preenchida por uma sucessão de
organizações e/ou indivíduos. Desta forma, é importante que um plano de sucessão seja corretamente
endereçado no processo de gestão da informação de um ativo.

Com relação aos ativos, a gestão da informação pode ser incumbida a um ou mais indivíduos da força de
trabalho de uma contratada. Este papel e função envolvem a liderança na validação de informações
fornecidas por cada empresa contratada para executar um serviço e a autorização para inclusão de
informações no modelo de informações do ativo (AIM). É recomendado que este papel e função sejam
preenchidos a partir do início da gestão do ativo.

É recomendado que, ao final de qualquer empreendimento, as informações-chave a serem entregues


incluam a informação necessária à operação e manutenção do ativo. Desta forma, convém que a gestão
da informação de ativos seja envolvida em todos os estágios da entrega dos empreendimentos, conforme
estabelecido na Tabela 1.

7.3 Funções na gestão da informação do empreendimento

É recomendado que a complexidade dos papéis e funções na gestão da informação do empreendimento


seja um reflexo da escala e da complexidade do empreendimento ou do portfólio de projetos sendo

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gerenciados. É importante que as funções estejam alocadas durante o ciclo de vida do empreendimento,
mas a sequência de contratos e seus escopos devem refletir a forma de contratação adotada.

A gestão da informação do empreendimento envolve a liderança para o estabelecimento dos padrões


de informação, dos métodos de produção e procedimentos, e do ambiente comum de dados (CDE)
do projeto.
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A contratante dá a responsabilidade pela entrega da informação às contratadas conforme apropriado. É


recomendado que a alocação destas responsabilidades seja específica a cada projeto e documentada
no material de contratação/licitação.

7.4 Funções de gestão da informação nas equipes de tarefas

Quando as equipes de entrega estiverem subdivididas em equipes de tarefas específicas, será necessário
alocar uma função de gestão da informação a cada equipe. A gestão da informação ao nível das equipes
de tarefas deve se deter tanto com a informação associada à tarefa em si quanto com os requisitos de
coordenação da informação em várias tarefas e equipes de tarefas.

8 Competência e capacidade das equipes de entrega


8.1 Princípios

É recomendado que a contratante avalie a competência e a capacidade de equipes de entrega postulantes


a participar das atividades de projeto ou gestão de ativos, certificando-se de que atendam aos requisitos
de informação estipulados. Esta análise pode ser feita pela contratante, pelas próprias equipes de
entrega postulantes a fornecer os serviços ou por um grupo independente. É recomendado que o escopo
da análise seja disponibilizado a todas as equipes de entrega postulantes. Esta análise pode ser feita em
mais de uma fase, mas convém que, quando for utilizada, por exemplo, uma fase de pré-qualificação,
ela seja finalizada antes do contrato ser assinado.

Competência se refere a ser capaz de realizar determinada atividade, por exemplo, por ter a experiência,
habilidade ou recursos técnicos necessários. Capacidade se refere a ser capaz de completar dada tarefa
ou atividade no tempo estipulado.

Quando uma nova tarefa ou compromisso é acertado em uma estrutura de parceria comercial ou
contrato de longo tempo, pode-se reduzir o escopo da avaliação de competência e condições técnicas
a apenas os novos aspectos relevantes. Por exemplo, em um arranjo comercial, a experiência da equipe
de entrega e o seu acesso a tecnologias de informação não precisam ser avaliados para cada novo
empreendimento, a menos que os requisitos sejam significativamente diferentes dos anteriores. Em um
contrato de manutenção de ativos, a competência da equipe de entrega precisa ser reavaliada apenas
em intervalos predefinidos durante o contrato, ao invés de a cada atividade de manutenção.

8.2 Extensão da análise de competência e capacidade

É recomendado que a análise da competência e capacidade de equipes de entrega postulantes a atender


determinado contrato inclua no mínimo os seguintes itens:

— o compromisso de cumprir os requisitos deste Documento e os requisitos de informação;

— a habilidade da equipe de entrega licitante de trabalhar de forma colaborativa e sua experiência


de trabalho colaborativo utilizando contêineres de informação;

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— experiência e acesso às tecnologias de informação especificada ou previstas nos requisitos de


informação, ou proposta pela equipe de entrega; e

— a quantidade e experiência de cada profissional, corretamente provido de tecnologia de informação


adequada, na equipe de entrega proponente que irá executar as tarefas propostas.
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9 Trabalho colaborativo baseado em contêineres de informação


É recomendado que a produção colaborativa de informação seja estabelecida em termos gerais de
informação estruturada, para permitir que os princípios fundamentais da colaboração baseada em
contêineres de informação sejam alcançados. Esses princípios fundamentais são os seguintes:

 a) autores produzem informação, sujeita a acordos de propriedade intelectual, que eles controlam
apenas disponibilizando informação aprovada por outrem, quando requisitada por força de
referenciamento, federação ou troca direta de informação;

 b) fornecimento de requisitos de informação claramente estabelecidos em nível macro, por grupos
de interesse associados ao empreendimento ou ativo e em detalhamento por parte da contratante;

 c) avaliação da abordagem técnica proposta; competência e capacidades técnicas de cada equipe
de entrega anteriormente à contratação pela contratante contra o conjunto de requisitos;

 d) fornecimento de um ambiente comum de dados (CDE) para gerenciar e armazenar a informação
compartilhada acessível, de forma apropriada e segura a todos os indivíduos e grupos que precisem
produzir, usar e manter as informações pertinentes;

 e) modelos de informação a serem desenvolvidos usando tecnologias da informação capazes de


cumprir os requisitos deste Documento;

 f) processos relacionados à segurança da informação devem ser colocados em prática durante
todo o ciclo de vida do ativo, para endereçar questões como acessos não autorizados, perda e
corrupção de dados, degradação de informações e obsolescência.

10 Planejamento da entrega da informação


10.1 Princípios

O planejamento da entrega da informação é responsabilidade de cada contratada e suas subcontratadas.


É recomendado que os planos sejam formulados em resposta aos requisitos de informação estabelecidos
pela contratante e reflitam o escopo das tarefas a serem executadas no ciclo de vida do ativo. Convém
que em cada plano de entrega de informação conste o seguinte:

— como a informação vai atender aos requisitos estabelecidos nos requisitos de informação do ativo
(AIR) ou nos requisitos de informação de projeto (PIR);

— quando a informação será entregue, inicialmente com relação às fases do empreendimento ou


marcos de gestão do ativo e depois com relação às datas propriamente ditas;

— como a informação será entregue;

— como a informação será coordenada com informação proveniente de outros grupos de contratadas;

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— qual informação será entregue;

— quem será o responsável pela entrega da informação; e

— quem será o receptor da informação.

É recomendado que ao menos a parte do planejamento da entrega de informações seja conduzida pela
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contratada ou subcontratadas antes da contratação ser formalizada, uma vez que este planejamento
preliminar faz parte do material a ser analisado pela contratante na avaliação dos proponentes a participar
do empreendimento e/ou gestão do ativo. Convém que um planejamento mais detalhado seja requerido
após a contratação como parte da fase de mobilização. Convém que os planejamentos extras sejam
feitos no caso em que alterações sejam feitas nos requisitos de informação ou nas equipes de entrega.

É recomendado que a equipe de entrega revise a solução apresentada de gestão da informação antes
de qualquer projeto técnico, construção ou atividade de gestão de ativos ser feito. Convém que isso
inclua o seguinte:

— as condições de contratação e retificações tenham sido preparadas e acordadas;

— os processos de gestão da informação estejam prontos;

— o plano de entrega da informação leve em consideração a capacidade da equipe de entrega;

— a equipe de entrega tenha as habilidades e competências necessárias; e

— a tecnologia da informação adotada suporte e permita a gestão da informação de acordo com a série
ABNT NBR ISO 19650.

Convém que seja considerada uma previsão de tempo para treinamento com relação às habilidades
e competências técnicas.

É recomendado que a informação seja entregue por meio de métodos de troca de informação
preestabelecidos. A troca de informação pode ocorrer entre a contratante e a contratada , assim como
entre a contratada e suas subcontratadas.

É recomendado que a entrega da informação de acordo com os requisitos de informação seja um dos
critérios para completar um projeto ou atividade de gestão de ativos. Convém que cada contêiner de
informação seja relacionado diretamente a um ou mais requisitos de informação preestabelecidos.

10.2 Planejamento temporal da entrega de informações

É recomendado que um plano de entrega de informações seja estabelecido para todo o empreendimento
ou para um ciclo de curto ou médio prazo da gestão de um ativo, de acordo com o cronograma e contrato
entre as partes. Em situações complexas, isso pode ser gerado ao se combinarem os planos de entrega
para cada projeto ou tarefa de gestão de ativo.

É recomendado que os prazos de entrega de cada informação entregável sejam incluídos em cada
plano de entrega de informações, com referência ao cronograma de projeto ou gestão de ativo, quando
estes forem conhecidos.

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10.3 Matriz de responsabilidades


É recomendado que a matriz de responsabilidades seja criada como parte integrante do planejamento
do processo de entrega das informações tendo um ou mais níveis de detalhamento. Uma matriz de
responsabilidades deve identificar:

— papéis e funções da gestão da informação; e


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— tarefas de projeto e/ou gestão do ativo, ou as informações entregáveis, conforme apropriado.

Convém que o conteúdo de uma matriz de responsabilidades mostre o detalhamento adequado aos eixos.

10.4 Estabelecimento da estratégia de federação e de divisão do trabalho em diversos


contêineres de informação
O objetivo de um estabelecimento da estratégia de federação e divisão do trabalho em diversos
contêineres de informação é ajudar a planejar a produção da informação pelas diversas equipes de
tarefas ao nível apropriado de informação requerida, conforme descrito em 11.2.

É recomendo que a estratégia de federação seja desenvolvida durante as atividades de planejamento.


Convém explicar como se pretende dividir o modelo de informação em um ou mais conjuntos de
contêineres de informação. A alocação pode ser feita visualizando-se o modelo de informação por variadas
perspectivas, como funcional, espacial ou geométrica. O conceito de alocação funcional é suportado
por um filtro de visualização semântico. O filtro de visualização geométrico é comumente usado durante
a fase de entrega.

É recomendado que a estratégia de federação seja desenvolvida em uma ou mais divisões do trabalho
em diversos contêineres de informação durante o seu planejamento detalhado, para explicar em mais
detalhes como os contêineres de informação se inter-relacionam. A estratégia de federação e a divisão
do trabalho em diversos contêineres de informação detalham a metodologia para administrar as interfaces
associadas com o ativo durante a sua fase de entrega ou fase de operação. É recomendado que diferentes
arranjos dos contêineres de informação sejam estabelecidos para diferentes objetivos, como, por exemplo,
compatibilização funcional, coordenação espacial ou interfaces geométricas. Convém que isto seja
proporcional à complexidade do ativo ou empreendimento. Explicações e exemplos de diferentes aplicações
da federação e divisão do trabalho em diversos contêineres de informação são dados no Anexo A.

É recomendado que a estratégia de federação e a divisão do trabalho em diversos contêineres de


informação sejam atualizadas quando novas equipes de tarefas forem inseridas no empreendimento.
Atualizações também podem ser necessárias à medida que a natureza do trabalho sendo conduzido se
alterar, especialmente quando das mudanças de gestão de ativo para gestão e entrega do empreendimento
e vice-versa.

É recomendado que, na divisão do trabalho em diversos contêineres de informação, cada um dos


pacotes esteja referenciado a uma equipe de tarefas pela qual se responsabilizará. Quando a estratégia
de federação e divisão do trabalho em diversos contêineres de informação estabelecer apenas um
único conjunto de contêineres de informação, convém que cada equipe de tarefas seja alocada a um
ou mais contêineres de informação deste conjunto único e que cada contêiner de informação seja
alocado a apenas uma única equipe de tarefas.

É recomendado que o estabelecimento da estratégia de federação e a divisão do trabalho em diversos


contêineres de informação sejam atividades estratégicas relacionadas ao empreendimento ou ativo,
e sejam acordados de forma colaborativa. Convém que estas definições sejam de responsabilidade e
geridas por papéis e funções (profissionais) que entendam a estratégia de entrega do empreendimento
e gestão de ativos.

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É recomendado que a estratégia de federação e a divisão do trabalho em diversos contêineres de


informação sejam comunicadas a todas as organizações e grupos envolvidos no empreendimento ou
atividades de gestão do ativo. É de extrema ajuda a apresentação de ilustrações e descrições detalhadas
que sejam preparadas e enviadas a todos. Convém que as implicações de segurança de se comunicar
a estratégia de federação e a divisão do trabalho em diversos contêineres de informação sejam levadas
em conta sempre, o que pode restringir a sua comunicação.
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11 Gerenciando a produção colaborativa da informação


11.1 Princípios

É recomendado que a solução e o fluxo de trabalho de um ambiente comum de dados (CDE) sejam
implementados para permitir que a informação seja acessada por aqueles que necessitam dela
para executar suas tarefas e funções. A solução pode ser implementada de diversas maneiras e
utilizando-se uma vasta gama de tecnologias diferentes. No “fluxo de trabalho BIM de acordo com
a série ABNT NBR ISO 19650”, a solução e o fluxo de trabalho com um ambiente comum de dados
(CDE) permitem o desenvolvimento de um modelo da informação federado. Isso inclui modelos de
informação de diferentes contratadas, equipes de entrega e equipes de tarefa. Convém que sejam levadas
em consideração a segurança e a qualidade da informação e, quando apropriado, convém integrar estes
conceitos na definição ou nas propostas técnicas de um ambiente comum de dados (CDE). Conceitos
e fundamentos mais detalhados sobre o ambiente comum de dados (CDE) são encontrados na Seção 12.

É recomendado que questões no modelo de informação sejam evitadas durante a produção da


informação ou ao invés de detectá-las após a entrega da informação. Questões podem envolver
problemas espaciais, como, por exemplo, elementos estruturais e de instalações ocupando os mesmos
espaços, ou questões funcionais, como, por exemplo, materiais de proteção ao fogo incompatíveis com
requisitos de informação de resistência ao fogo de uma parede. As questões de coordenação espacial
podem ser de diferentes tipos, como, por exemplo, conflitos “duros”, quando dois ou mais objetos
estão ocupando o mesmo espaço; “suaves”, quando um equipamento ocupa o espaço necessário à
operação de outro equipamento; ou “temporais”, quando dois ou mais objetos ocupam o mesmo espaço,
mas somente em um determinado momento temporal. Este princípio reforça os requisitos para uma
estratégia de federação (ver 10.4).

É recomendado que objetos com informações genéricas sejam usados antes do produto final ser
selecionado ou fabricado, indicando o espaço necessário para a sua instalação, conexão, manutenção
e substituição assim que possível pelo objeto com as informações específicas.

Convém que todos os direitos com relação às informações sejam controlados por acordos feitos entre
os grupos pertinentes.

11.2 Nível de informação necessária

É recomendado que o nível de informação necessária para cada entregável seja determinado de acordo
com o seu propósito de uso. Convém que isto inclua uma definição adequada de qualidade, quantidade
e granularidade da informação. Este conceito é referido como o nível de informação necessário e pode
variar de entregável para entregável.

Um conjunto de formas de avaliação existe para determinar os níveis necessários de informação.


Por exemplo, duas métricas complementares, mas independentes, podem definir uma o conteúdo
geométrico e outra o conteúdo alfanumérico (dados) necessários em termos de qualidade, quantidade
e granularidade. É recomendado que, uma vez que tais métricas tenham sido estabelecidas, elas sejam

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usadas para determinar os níveis de informação necessários em todo o ciclo de vida do empreendimento
ou do ativo. Convém que tudo isto esteja descrito de forma clara nos requisitos de informação da
organização (OIR), requisitos de informação do projeto (PIR), requisitos de informação do ativo (AIR)
ou requisitos de troca de informação (EIR).

É recomendado que os níveis de informações necessárias sejam determinados pela quantidade mínima
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de informação necessária para se responder a cada requisito aplicável do projeto ou do ativo, incluindo
as informações necessárias pela contratada ou subcontratadas que participam do projeto, mas nada
além disso. Qualquer coisa além desse mínimo é considerado desperdício. É recomendado que as
contratadas considerem o risco que a importação automática de informações dos objetos nos modelos
de informação podem induzir a um maior nível de informação que o requerido.

A relevância de uma entrega de informação nem sempre está relacionada à sua granularidade. O nível
de informação necessária é, no entanto, altamente relacionado à estratégia de federação (ver 10.4).

Convém que a granularidade da informação alfanumérica (dados) seja considerada no mínimo tão
importante quanto a informação geométrica.

11.3 Qualidade da informação

É recomendado que a informação gerenciada pelo ambiente comum de dados (CDE) seja entendida
por todos os grupos envolvidos no empreendimento ou gestão do ativo. Convém que as seguintes
definições sejam acordadas para dar suporte a isso:

— formatos de produção da informação;

— formatos de entrega da informação;

— estrutura dos modelos de informação;

— formas de estruturação e classificação da informação; e

— nomes de atributos de metadados, por exemplo, as propriedades de elementos construtivos e


informações entregáveis.

É recomendado que a classificação adotada dos objetos esteja de acordo com os princípios da
ABNT NBR ISO 12006-2. Convém que as informações dos objetos estejam de acordo com a
ISO 12006-3, para poder dar suporte à troca de objetos.

Convém que a checagem automatizada da informação no ambiente comum de dados (CDE) seja levada
em consideração.

12 Solução e fluxo de trabalho com um ambiente comum de dados (CDE)


12.1 Princípios

É recomendado que um ambiente comum de dados (CDE) seja utilizado para administrar a informação
durante a gestão do ativo, desenvolvimento e entrega do empreendimento. Durante a fase de entrega,
a solução de ambiente comum de dados (CDE) e o fluxo de trabalho sustentam os processos da
gestão da informação, conforme especificado na ISO 19650-2:2018, 5.6 e 5.7.

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É recomendado que, ao final do empreendimento, os contêineres de informação necessários para


a gestão do ativo sejam transferidos do modelo de informação do projeto (PIM) para o modelo de
informação do ativo (AIM). Convém que qualquer contêiner de informação remanescente, incluindo aqueles
com estado definido como “arquivado”, seja mantido como apenas leitura para o caso de disputas ou
para colaborar com o exercício de lições aprendidas. Convém que o prazo de retenção dos contêineres
de informação do empreendimento seja definido nos requisitos de troca da informação (EIR).
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É recomendado que a revisão mais atual de cada contêiner de informação seja um dos três estados
seguintes:

— em andamento (ver 12.2);

— compartilhado (ver 12.4); ou

— publicado (ver 12.6).

Contêineres de informação podem existir nesses três estados, dependendo do seu estágio de
desenvolvimento.

É recomendado que também exista um estado chamado “arquivado” (ver 12.7), o qual possibilite
a rastreabilidade de todas as informações nele presente e uma forma de auditar o seu desenvolvimento.

Estes estados são ilustrados de forma conceitual na Figura 10. A Figura 10 propositalmente não
ilustra as complexidades do fluxo de trabalho com um ambiente comum de dados (CDE), envolvendo
múltiplas interações com os contêineres de informação, múltiplas revisões, aprovações, autorizações
e registros de controle em qualquer um de seus estados.

Convém que a transição de um estado para outro esteja sujeita ao processo de aprovação e autorização
(ver 12.3 e 12.5).

Convém que cada contêiner de informação administrado por meio do ambiente comum de dados (CDE)
contenha metadados, incluindo:

1) um código indicativo de revisão, de acordo com o padrão aceito, como, por exemplo, a IEC 82045-1; e

2) um código indicativo de estado, identificando o uso permitido daquela informação.

Metadados são indicados inicialmente pelo seu autor e depois são ajustados pelo processo de aprovação
e autorização. Usar um contêiner de informação para qualquer coisa além do seu uso indicado pelo
código de estado é de inteiro risco de quem o fizer.

O ambiente comum de dados (CDE) pode incluir tanto as capacidades de banco de dados para
gerenciar a informação dos contêineres de informação, seus atributos e metadados, como também
a capacidade de transmissão que permita a emissão de notas de atualização aos diversos membros
e a capacidade de realizar uma auditoria do uso da informação.

O modelo de informação completo geralmente não é depositado no mesmo local, especialmente em


empreendimentos ou na gestão de ativos muito complexos e grandes, ou com equipes altamente dispersas
geograficamente. O trabalho colaborativo, baseado na troca de contêineres de informação, permite
que o fluxo de trabalho de um ambiente comum de dados (CDE) seja distribuído por vários sistemas
de tecnologia da informação dispersos.

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As vantagens de adotar uma solução e um fluxo de trabalho com ambiente comum de dados (CDE)
incluem:

— a responsabilidade por cada contêiner de informação permanece sendo da organização que


o produziu, e apesar de ele poder ser compartilhado e reutilizado diversas vezes e por grupos
distintos, apenas a organização que o criou pode alterar o seu conteúdo;
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— contêineres de informação compartilhados reduzem o tempo e o custo de coordenação da


informação; e

— é possível realizar uma auditoria completa da produção da informação que esteja disponível para
uso durante e após a atividade de entrega do projeto e gestão do ativo.

Figura 10 – Conceito de um ambiente comum de dados (CDE)

12.2 O estado trabalho em andamento

O estado trabalho em andamento é utilizado para designar a informação em desenvolvimento pelo


seu criador ou equipe de tarefas. Não é indicado que um contêiner de informação neste estado esteja
visível ou acessível a qualquer outra equipe de tarefas. Isto é particularmente importante para a solução
do ambiente comum de dados (CDE) a ser implementada em um sistema compartilhado, como, por
exemplo, um servidor compartilhado ou portal na internet.

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12.3 A transição checar/revisar/aprovar

A transição checar/revisar/aprovar compara o pacote de informações estruturado com o planejamento


de entrega de informações e padrões, métodos e procedimentos acordados para a criação de dados e
informação. É recomendado que a transição checar/revisar/aprovar seja feito pela equipe que originou
o pacote de informações estruturado.
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12.4 O estado compartilhado

O propósito do estado compartilhado é permitir o desenvolvimento construtivo e colaborativo dos


modelos de informação de uma equipe de entrega.

É recomendado que os contêineres de informação no estado compartilhado seja consultado por todos
aqueles que necessitarem ter acesso a estas informações (incluindo aqueles de outras equipes de
entrega), para o propósito de coordenação de suas próprias informações, estando sujeito a todas as
restrições de segurança aplicáveis. É recomendado que um contêiner de informação neste estado
esteja visível e acessível a todos com permissão de acesso, porém não é indicado que seja possível
editar o seu conteúdo. Caso haja necessidade de edição, o contêiner de informação deverá retornar
ao estado de trabalho em andamento para correções e reemissão pelo seu autor.

O estado compartilhado é também utilizado por contêineres de informação que tenham sido aprovados
para uso da contratante, estando, portanto, prontos para passar pelo processo de autorização. Um
segundo tipo de estado compartilhado, chamado de compartilhado com o cliente, pode ser usado neste
caso.

12.5 A transição revisar/autorizar

A transição revisar/autorizar compara todos os contêineres de informação em uma troca de informações,


para checar a sua coordenação, totalidade e acurácia, com os requisitos relevantes de informação.
Se os contêineres de informação atenderem a estes requisitos de informação, então seu estado é
alterado para publicado. Convém que os contêineres de informação que não atendam aos requisitos
de informação retornem ao estado de trabalho em andamento, para adequação e submissão.

A autorização separa a informação (que fica no estado publicado) que pode ser utilizada no próximo
estágio de desenvolvimento do projeto executivo ou construção, ou no estágio de gestão do ativo,
daquela informação que ainda pode estar sujeita à alteração (no estado trabalho em andamento ou
compartilhado).

12.6 O estado publicado

O estado publicado é utilizado para designar a informação que foi autorizada para uso, como, por exemplo,
na construção de um novo empreendimento ou na gestão de um ativo.

O modelo de informação do projeto (PIM) ao final do ciclo do empreendimento, ou o modelo de


informação do ativo (AIM) durante a estágio de gestão do ativo, contém apenas dados e informações
com o estado publicado ou estado arquivado.

12.7 O estado arquivado

O estado arquivado é usado para manter um histórico completo de todos os contêineres de informação
que foram compartilhados e publicados durante o processo de gestão da informação, assim como
permitir uma auditoria das suas trajetórias de desenvolvimento. Um contêiner de informação referenciado

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no estado arquivado, que tenha estado previamente no estado publicado, representa informação que
potencialmente foi utilizada para desenvolvimento de tarefas de detalhamento de projeto, construção
ou gestão de ativo.

13 Sumário da “modelagem da informação da construção (BIM) de acordo com


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a série ABNT NBR ISO 19650”


A gestão da informação é uma tarefa distinta da produção e da entrega da informação, mas
extremamente ligada a elas. É recomendado que a gestão da informação seja realizada durante o ciclo
de vida completo de um ativo. Convém que as funções de gestão da informação sejam atribuídas
às organizações mais adequadas (contratante, subcontratadas e contratadas ), e não necessariamente
requer a contratação de novas organizações.

A quantidade de informação gerenciada costuma aumentar durante a fase de entrega e também na


fase de operação. Convém, no entanto, que apenas a informação pertinente seja disponibilizada ou
transferida entre a fase operacional e a fase de entrega, e vice-versa.

O processo de gestão da informação é iniciado toda vez que um contrato para o estágio de entrega
ou de operação seja realizado, independente se a respectiva contratação é formal ou informal.
O processo de gestão da informação envolve a preparação dos requisitos de informação, revisão das
propostas de trabalho dos licitantes, planejamento inicial e detalhado definindo quando e como a informação
será entregue, e revisão das informações entregues em conformidade com os requisitos de informação
antes que elas sejam integradas aos sistemas operacionais. Convém que o processo de gestão da
informação seja aplicado de uma forma proporcional à escala e à complexidade das atividades de cada
projeto, construção e gestão do ativo.

Requisitos de informação são compartilhados em cascata com as subcontratadas mais relevante dentro
da equipe de entrega. Os entregáveis de informação são agrupadas pela contratada antes da entrega
a contratante, por meio de um processo de trocas de informação. Processos de trocas de informação
também são utilizados entre contratadas e suas subcontratadas quando autorizado pela contratante.

O fluxo de trabalho de um ambiente comum de dados (CDE) é utilizado para dar suporte à produção
colaborativa, gestão, compartilhamento e troca de todas as informações durante as fases operacionais
e de entrega.

Modelos de informação contendo entregáveis com informações federadas são produzidos como resultado
do fluxo de trabalho em um ambiente comum de dados (CDE), ao atender as perspectivas de todas
as partes interessadas.

No processo de gestão da informação, o número e a descrição da subdivisão do ciclo de vida do


ativo (retângulos preenchidos), os pontos de troca de informações (círculos preenchidos) e os pontos
de decisão das equipes de entrega, convém que os grupos de interesse ou contratante (losango)
reflitam a prática local, os requisitos das partes interessadas e da contratante, e quaisquer acordos ou
requisitos específicos para a entrega do empreendimento ou a gestão do ativo.

Estes conceitos e princípios estão sumarizados na Figura 11.

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Figura 11 – Visão geral e ilustrada do processo de gestão da informação (continua)

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Figura 11 (conclusão)

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Anexo A
(informativo)

Ilustrações de estratégias de federação e de divisão do trabalho em


diversos contêineres de informação
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A.1 Informações gerais


Estratégias de federação e de divisão do trabalho em diversos contêineres de informação são conceitos
importantes na gestão de modelos de informação federados, em um fluxo de trabalho definido como
modelagem da informação “BIM de acordo com a série ABNT NBR ISO 19650”.

É recomendado que a federação e a divisão do trabalho em diversos contêineres de informação sejam


usadas para:

— permitir que diferentes equipes de tarefa trabalhem em diferentes partes do modelo de informação
simultaneamente, sem incorrer em problemas de coordenação, como, por exemplo, conflitos
geométricos ou incompatibilidades funcionais;

— dar suporte à segurança da informação;

— facilitar a transmissão de informação ao reduzir o tamanho individual dos contêineres de informação


individualmente.

A federação e a divisão do trabalho em diversos contêineres de informação podem também ajudar


a definir escopos de trabalho para as equipes de tarefa.

A.2 Trabalho simultâneo


É recomendado que uma estratégia de federação para permitir o trabalho simultâneo precise definir
as limitações espaciais em que cada equipe de tarefas vai locar os seus respectivos sistemas,
componentes e elementos construtivos pelos quais ela seja responsável.

Para um ativo que seja de caráter principalmente linear, como uma linha de trem passando por um
túnel, a estratégia de federação pode ser definida por um corte transversal do túnel. Isto é ilustrado na
Figura A.1 e, neste caso, a estratégia é ligada a diferentes tipos de sistemas a serem acomodados
dentro do túnel.

Para um ativo que seja de caráter principalmente vertical, como uma edificação, a estratégia de federação
pode ser definida por meio de uma série de espaços interconectados. Isto é ilustrado na Figura A.2.
Uma divisão do trabalho em diversos contêineres de informação é ilustrada na Figura A.3. Ambas
figuras estão ligadas a diferentes disciplinas de projeto.

A.3 Segurança da informação


É recomendado que uma estratégia de federação ou divisão do trabalho em diversos contêineres de
informação que possa dar suporte à segurança da informação separe os contêineres de informação
ou as diversas divisões espaciais do ativo, de acordo com as permissões de acesso à informação.

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Para um ativo relacionado à justiça criminal, como, por exemplo, prisões, diferentes níveis de restrições
podem ser implementados nas informações gerais do sítio (como localização, rotas de acesso por
veículos etc.), nas informações gerais de projeto e construção (como plantas baixas, espaços adjacentes,
sistemas de aquecimento ou ventilação mecânica etc.) e nas informações específicas de segurança
(como detalhes das celas e das alas de prisioneiros, sistemas de vigilância, processos de evacuação
ou contenção de revoltas etc.). Isto é ilustrado na Figura A.4.
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A.4 Transmissão da informação


É recomendado que uma estratégia de federação para dar suporte à transmissão dos contêineres
de informação dentro de uma equipe de entrega ou para a contratante leve em consideração o tamanho
máximo de arquivos possível de ser feito upload e download, que é praticável na estrutura de tecnologia
da informação adotada, como por exemplo, 250 Mb. Convém que os modelos de informação se atenham
a este limite e sejam subdivididos, caso ultrapassem o limite de 250 Mb, de forma que nenhum contêiner
de informação ultrapasse o limite estabelecido.

Legenda
1 linha elétrica superior (catenária) 7 sistema de drenagem
2 sistema elétrico 8 sistema de comunicação
3 trem 9 sistema de sinalização
4 sistema hidráulico 10 sinalização
5 envelope cinético (gabarito dinâmico) 11 estrutura do túnel
6 trilhos (sistema rodante) 12 rota de emergência

Figura A.1 – Ilustração de uma estratégia de federação espacial baseada no corte transversal
de um projeto de túnel

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ABNT/CEE-134
PROJETO ABNT NBR ISO 19650-1
AGO 2021
Projeto em Consulta Nacional

Legenda

amarelo arquitetura
azul estrutura
verde elétrica
vermelho hidráulica
roxo mecânica

Figura A.2 – Ilustração de uma estratégia de federação espacial por disciplina em um projeto
de edificação

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ABNT/CEE-134
PROJETO ABNT NBR ISO 19650-1
AGO 2021
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Figura A.3 – Ilustração da estratégia de divisão do trabalho em diversos contêineres


de informação, permitindo trabalho simultâneo

Figura A.4 – Ilustração da estratégia de divisão do trabalho em diversos contêineres


de informação, permitindo a segurança da informação

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ABNT/CEE-134
PROJETO ABNT NBR ISO 19650-1
AGO 2021

Bibliografia

[1]  ISO 6707-1:2017, Buildings and civil engineering works – Vocabulary – Part1: General terms
Projeto em Consulta Nacional

[2]  ISO 6707-2:2017, Buildings and civil engineering works – Vocabulary – Part1: Contract and
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[3]  ISO 8000, Data quality

[4]  ISO 9001, Quality management systems – Requirements

NOTA BRASILEIRA Está em vigor a ABNT NBR ISO 9001.

[5]  ISO 12006-2:2015, Building construction – Organization of information about construction works –
Part 3: Framework for classification

[6]  ISO 12006-3, Building construction – Organization of information about construction works – Part 3:
Framework for object-oriented information

[7]  ISO/TS 12911:2012, Framework for building information modelling (BIM) guidance

[8]  ISO 16739, Industry Foundation Classes (IFC) for data sharing in the construction and facility
management industries

[9]  ISO 19650-2, Organization of information about construction works – Information management
using building information modelling – Part 2: Delivery phase of assets

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[10]  ISO 21500, Guidance on project management

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[11]  ISO 22263, Organization of information about construction works – Framework for management
of project information

[12]  ISO/IEC/IEEE 24756, Systems and software engineering – Vocabulary

[13]  ISO/IEC 27000, Information technology – Security techniques – Information security management
systems – Overview and vocabulary

[14]  ISO 29481-1:2016, Building information models – Information delivery manual – Part 1: Methodology
and format

[15]  ISO 31000, Risk management – Guidelines

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ABNT/CEE-134
PROJETO ABNT NBR ISO 19650-1
AGO 2021

[16]  ISO 37500:2014, Guidance on outsourcing

[17]  ISO 55000:2014, Asset management – Overview, principles and terminology

NOTA BRASILEIRA Está em vigor a ABNT NBR ISO 55000.


Projeto em Consulta Nacional

[18]  IEC 82045-1, Document management – Part 1: Principles and methods

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