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ABNT/CB-032

PROJETO ABNT NBR 17072


SET 2022

Equipamento de proteção individual — Protetores auditivos — Métodos


para a medição da perda por inserção de protetores auditivos em ruído
contínuo ou impulsivo utilizando procedimentos com dispositivo de ensaio
de microfone de campo na orelha humana ou dispositivo de ensaio acústico
Projeto em Consulta Nacional

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Proteção Auditiva (CE-032.001.001)
do Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual (ABNT/CB-032), com número de
Texto-Base 032:001.001-003, nas reuniões de:

04.06.2020 06.08.2020 03.09.2020

01.10.2020 05.11.2020 02.12.2020

28.01.2021 25.02.2021 25.03.2021

29.04.2021 24.06.2021 29.07.2021

19.08.2021 16.09.2021 28.10.2021

11.11.2021 22.12.2021 03.02.2022

25.08.2022 09.09.2022

a) é baseado na ANSI S12.42:2010;

b) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Eduardo Lima.

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ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
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PROJETO ABNT NBR 17072
SET 2022

Equipamento de proteção individual — Protetores auditivos — Métodos


para a medição da perda por inserção de protetores auditivos em ruído
contínuo ou impulsivo utilizando procedimentos com dispositivo de ensaio
de microfone de campo na orelha humana ou dispositivo de ensaio acústico
Projeto em Consulta Nacional

Personal protective equipments — Hearing protectors — Methods for measuring loss by


inserting hearing protectors in continuous or impulsive noise using procedures with field
microphone test device in human ear or acoustic test device

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 17072 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual
(ABNT/CB-032), pela Comissão de Estudo de Equipamento de Proteção Auditiva (CE-032.001.001).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

A ABNT NBR 17072 é baseada na ANSI S12.42:2010.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 17072 é o seguinte:

Scope
This standard provides methods for the measurement of the insertion loss of hearing protection
devices in specified continuous and impulsive noise environments. The microphone-in-real-ear (MIRE)
method utilizes human test subjects and may be used for hearing protectors that enclose the ears

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and make supra-aural or circumaural contact with the head, whereas the acoustical test fixture (ATF)
method employs an inanimate fixture and can be used for any hearing protection device. The standard
contains information on instrumentation, calibration, and electroacoustic requirements including details
regarding the sound field of test facilities, the acoustical characteristics of ATFs, and subject selection
and training and location of ear-mounted microphones for MIRE testing. Methods for measuring or
determining sound pressure levels in the ear are also specified as well as methods for reporting
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the calculated insertion loss.

This standard establishes uniform instrumentation requirements and procedures for the measurement
of insertion loss at supra-threshold levels of continuous noise using the MIRE method with human
subjects, and at supra-threshold levels with continuous or impulsive noise using the ATF method. These
procedures utilize signals at sound levels representative of applications in which hearing protection
devices are worn. The methods are intended to provide quick, economical, and repeatable objective
(not psychophysical) measurement techniques that can be used as additions or complements to the
real-ear attenuation at threshold (REAT) measurement method specified in ABNT NBR 16076.

This standard is intended for use in design, quality assurance, and verification of compliance with
specifications for hearing protection devices. The MIRE subject selection and fitting procedures
described herein correspond to Method A (trained-subject fit) of ABNT NBR 16076. An inexperienced
subject fit MIRE method, corresponding to Method B of ABNT NBR 16076, is not provided because of
the degree of subject/experimenter interaction required to ensure proper fitting of the MIRE microphones
in the ear.

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Equipamento de proteção individual — Protetores auditivos — Métodos


para a medição da perda por inserção de protetores auditivos em ruído
contínuo ou impulsivo utilizando procedimentos com dispositivo de ensaio
de microfone de campo na orelha humana ou dispositivo de ensaio acústico
Projeto em Consulta Nacional

1 Escopo
Esta Norma estabelece métodos para a medição da perda por inserção de protetores auditivos em
ambientes de ruído contínuo ou impulsivo especificados. O método de microfone na orelha humana
(MOH) utiliza pessoas no ensaio e pode ser utilizado para protetores auditivos que cobrem a orelha
e fazem contato supra-auricular ou circum-auricular com a cabeça, enquanto o método de dispositivo
de ensaio acústico (DEA) emprega um dispositivo inanimado e pode ser utilizado para todos
os tipos de protetores auditivos. Esta Norma contém informações sobre os requisitos eletroacústicos
de instrumentação e calibração e inclui detalhes relativos ao campo sonoro das instalações de
ensaio, as características acústicas dos DEA, a seleção e o treinamento da pessoa e a localização de
microfones instalados na orelha para ensaios MOH. Os métodos para medir ou determinar os níveis
de pressão sonora na orelha também são especificados, bem como os métodos para reportar a perda
por inserção calculada.

Esta Norma estabelece os requisitos de instrumentação e procedimentos para a medição da


perda por inserção em níveis acima dos limiares de ruído contínuo utilizando o método MOH com
pessoas e em níveis acima dos limiares com ruído contínuo ou impulsivo utilizando o método DEA.
Estes procedimentos utilizam sinais em níveis sonoros representativos de aplicações nas quais os
protetores auditivos são utilizados. Os métodos são destinados a prover técnicas de medição objetiva
(não psicofísica) rápidas, econômicas e repetitíveis que podem ser utilizadas como adições ou
complementos a medição de atenuação de ruído com métodos de orelha real (AOHLA) especificado
na ABNT NBR 16076.

Esta Norma é destinada para uso em projeto, controle de qualidade e verificação da conformidade
com as especificações de protetores auditivos. Os procedimentos de seleção de pessoas e colocação
dos protetores auditivos descritos para o método MOH correspondem ao Método A (ensaio com
colocação pelo ouvinte treinado) da ABNT NBR 16076. Um método MOH de colocação dos protetores
auditivos correspondente ao Método B da ABNT NBR 16076 não é aplicável devido ao grau de
interação da pessoa com o experimentador, requerido para assegurar a instalação adequada dos
microfones do método MOH na orelha.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ANSI/ASA S1.11-2004 (R2009), American National Standard Specification for Octave-Band and
Fractional-Octave-Band Analog and Digital Filters

ANSI/ASA S3.25, American National Standard for an Occluded Ear Simulator

ABNT NBR 16076, Equipamentos de proteção individual – Protetores auditivos – Medição de atenuação
de ruído com métodos de orelha real

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A-Weighted Sound Pressure Level When Hearing Protectors are Worn

ASTM D2240-05, Standard Test Method for Rubber Property – Durometer Hardness

IEC 61094-4, Measurement microphones – Part 4: Specifications for working standard microphones
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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
duração A
duração de um som impulsivo desde o momento de seu aumento inicial acentuado na pressão sonora
positiva até o momento quando a pressão sonora se torna negativa

3.2
dispositivo de ensaio acústico
DEA
dispositivo inanimado que se aproxima de determinadas características e dimensões físicas de uma
cabeça humana, pavilhão auditivo e canal auditivo representativos e, utilizado para medir a perda
por inserção de um protetor auditivo

3.3
protetor auditivo ativo
protetor auditivo que contém componentes eletrônicos, incluindo transdutores (ou seja, alto-falantes
e microfones) para aumentar ou diminuir a transmissão do som para dentro do canal auditivo

3.4
capacete com proteção auditiva
dispositivo que geralmente cobre uma parte substancial das orelhas e cabeça, podendo conter conchas
em sua parte interna com função de proteção auditiva

3.5
perda por inserção ativa
PIA
perda por inserção determinada durante uma única colocação de um protetor auditivo que possui
redução de ruído ativo, comparando os níveis de pressão sonora com e sem os componentes eletrônicos
do dispositivo em operação

NOTA Isto é equivalente à diferença aritmética em decibéis entre a perda por inserção total e a perda por
inserção passiva

3.6
protetor auditivo com redução ativa de ruído
RAR
protetor auditivo que reduz a energia acústica utilizando interferência de onda

3.7
atenuação
redução da pressão sonora que um protetor auditivo fornece, utilizando uma combinação de elementos
estruturais, vias acústicas, meios eletrônicos e/ou meios mecânicos

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3.8
condução óssea
transmissão de energia acústica para a cóclea (orelha interno) por meio de outras vias diferentes do
canal auditivo

NOTA A condução óssea inclui condução por tecidos.


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3.9
fone de ouvido de comunicação
dispositivo projetado para comunicação por voz que também pode prover ou ser utilizado para proteção
auditiva

3.10
ruído contínuo
ruído com uma duração superior a 1 s, com um espectro e nível consistentes em relação ao tempo

3.11
protetor auditivo de inserção personalizado
protetor auditivo de inserção que é fabricado em um formato que combina rigorosamente com o canal
auditivo de um indivíduo específico e que também pode incluir partes do pavilhão auricular

3.12
protetor auditivo tipo concha
protetor auditivo geralmente composto por um arco de cabeça e duas conchas com almofadas macias
para vedar contra a cabeça, destinado a se ajustar no pavilhão auricular (supra-auricular) ou nas
laterais da cabeça que cobrem o pavilhão auricular (circum-auricular)

NOTA Os protetores auditivos tipo concha também podem ser mantidos em posição por braços de fixação
montados em um capacete de segurança ou boné.

3.13
protetor auditivo de inserção
protetor auditvio que é inserido no canal auditivo

3.14
protetor auditivo tipo capa de canal
protetor auditivo que se apoia na entrada do canal auditivo, mantido em posição por um arco leve

3.15
ruído de ajuste
ruído utilizado para auxiliar o ouvinte a ajustar a colocação de um protetor auditivo

3.16
protetor auditivo
PA
dispositivo de uso pessoal, também conhecido como equipamento de proteção auditiva, utilizado para
reduzir os efeitos danosos/incômodos do ruído

NOTA Os protetores auditivos também podem assumir a forma de headsets ou protetores auditivos de
inserção de comunicação, capacetes com protetores auditivos, trajes pressurizados e outros sistemas com
recursos de atenuação de ruído.

3.17
capacete de segurança
equipamento usado para proteger a cabeça, constituído essencialmente por casco rígido e suspensão

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3.18
perda por inserção de pico impulsivo
PIPI
redução do nível de pressão sonora de pico de um ruído impulsivo proporcionado por um PA
determinado a partir das medições de redução de ruído corrigidas utilizando a função de transferência
de campo livre para orelha aberto
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3.19
ruído impulsivo
evento acústico caracterizado por um tempo ascendente inferior a 1 ms e uma duração inferior a 1 s
3.20
perda por inserção
PI
diferença aritmética em decibéis entre os níveis de pressão sonora medidos em uma posição fixa
na orelha, medidos em duas condições diferentes (por exemplo, com e sem o PA colocado ou com
RAR ligado e desligado em uma única colocação)
3.21
protetor auditivo com atenuação dependente do nível de pressão sonora
protetor auditivo, também referenciado como sendo um protetor dependente do nível, que é projetado
para apresentar uma mudança na atenuação em função do nível de pressão sonora
3.22
redução de ruído
diferença aritmética em decibéis entre os níveis de pressão sonora medidos simultaneamente dentro
e fora da orelha protegida
3.23
protetor auditivo passivo
protetor auditivo isento de componentes eletrônicos e que depende apenas de seus elementos
estruturais para bloquear ou controlar a transmissão do som ao canal auditivo

3.24
perda por inserção passiva
PIP
perda por inserção determinada pela diferença entre os níveis de pressão sonora com e sem o PA
colocado sobre a cabeça ou DEA, medida para um PA passivo ou ativo com os componentes eletrônicos
desligados

3.25
campo de incidência aleatória
campo sonoro no qual a chegada do som em um determinado ponto é aleatória no tempo e ângulo

3.26
atenuação na orelha humana no limiar de audição
AOHLA
valor médio do limiar fechado de audição menos o valor médio do limiar aberto de audição, em cada
frequência específica, para todos os ensaios realizados sob as mesmas condições

3.27
ponto de referência
posição fixa dentro da sala de ensaio que serve de referência para todas as medições das características
do campo sonoro, na qual fica localizado o ponto médio de uma linha entre os centros das entradas
dos canais auditivos direito e esquerdo da pessoa ou do DEA

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3.28
solicitante
pessoa física ou jurídica que solicita a realização do ensaio de atenuação, fornecendo o produto a ser
ensaiado e suas respectivas instruções de colocação

NOTA Quando um pesquisador ensaia protetores auditivos, porém não para alguma entidade externa
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ao laboratório, o solicitante é considerado o próprio pesquisador.

3.29
atenuação total
AT
atenuação total determinada pela soma da atenuação passiva medida pelo método AOHLA e a perda
por inserção ativa medida pelo método MOH ou DEA para um PA com proteção ativa de ruído

3.30
perda por inserção total
PIT
perda por inserção determinada pela diferença entre os níveis de pressão sonora com e sem o PA
colocado sobre a cabeça ou DEA, medida para um PA ativo com seus componentes eletrônicos ligados

4 Aplicabilidade dos métodos de ensaio


Esta Norma descreve diversos procedimentos que são apropriados para ensaio de diferentes tipos
de PA, dependendo do ambiente de ruído e dos parâmetros de desempenho que estão sendo
avaliados. A Tabela 1 fornece orientações sobre quais procedimentos nesta Norma são apropriados
para combinações específicas do tipo de PA e parâmetros de desempenho.

Esta Norma estabelece como combinar o componente ativo de uma perda por inserção do protetor
auditivo com redução ativa de ruído (RAR) com a atenuação passiva medida utilizando o método
AOHLA para obter um valor de atenuação total apropriado para estimar o nível de pressão sonora
na orelha protegida de acordo com a ABNT NBR 16077. Os únicos dados a serem utilizados para
estimar o componente ativo para o cálculo acima são os derivados do método MOH, exceto no caso
da maioria dos protetor auditivo tipo inserção com redução ativa de ruído (RAR), quando os dados
do DEA podem ser aplicados. O método DEA somente pode ser utilizado para inferir o desempenho
sobre seres humanos em dois casos: estimar a perda por inserção de pico impulsivo efetiva para
todos os tipos de PA e, estimar a perda por inserção ativa para protetores auditivos tipo inserção
moldados e personalizados com redução ativa de ruído.

Os valores da perda por inserção do MOH se aproximam dos valores de atenuação da orelha real,
exceto para sinais de ensaio a 250 Hz ou abaixo, onde os valores AOHLA muitas vezes excedem
aos valores MOH devido ao mascaramento fisiológico do ruído [3]. Uma vez que os programas de
conservação auditiva geralmente utilizam valores de atenuação AOHLA para avaliar a eficácia do
protetor auditivo, a atenuação total dos protetores auditivos ativos é determinada pela combinação
do desempenho AOHLA passivo (em vez do desempenho MOH passivo) com perda por inserção
ativa. As medições do DEA são destinadas a quantificar a perda por inserção ativa de protetores
auditivos tipo concha e inserção com redução ativa de ruído ou com atenuação dependente do nível
de pressão sonora, a perda por inserção de pico impulsivo de todos os protetores auditivos e como
um ensaio repetitivo da atenuação passiva para fins de controle de qualidade e para desenvolvimento
do produto. Os valores da perda por inserção passiva de um DEA não podem ser utilizados como
substitutos dos valores de atenuação AOHLA em um programa de conservação auditiva [8].

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Tabela 1 – Aplicabilidade dos métodos de ensaio em diferentes tipos de protetores auditivos


Ruído contínuo Ruído impulsivo
Tipo de PA MOH DEA DEA
(Seções 5, 7, 8, 9) (Seções 5, 6, 8, 9) (Seções 5, 6, 10, 11)
Protetor auditivo tipo concha passivo Aplicável Aplicável Preferido a
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Protetor auditivo tipo inserção passivo Não aconselhado Aplicável Preferido a


Protetor auditivo tipo concha passivo
com atenuação dependente do nível Aplicável Aplicável
de pressão sonora
Protetor auditivo tipo inserção passivo
com atenuação dependente do nível Não aconselhado Aplicável
de pressão sonora
Preferido
Protetor auditivo tipo concha ativo Aplicável
(somente
com atenuação dependente do nível (somente componentes
componentes
de pressão sonora eletrônicos ligados)
eletrônicos ligados)
Preferido
Protetor auditivo tipo inserção ativo Preferido
(somente componentes
com atenuação dependente do nível Não aconselhado
eletrônicos ligados
de pressão sonora
ou desligados)
Protetor auditivo tipo concha com
Preferido b Aplicável
redução ativa de ruído
Protetor auditivo tipo inserção com
redução ativa de ruído Não aconselhado Preferido b
(não personalizado)
Protetor auditivo tipo inserção com
redução ativa de ruído Preferido c Aplicável
(colocação personalizada profunda)
a Ao escolher entre AOHLA realizada de acordo com a ABNT NBR 16076 e os ensaios desta Norma,
a AOHLA é preferida para todas as medições em ruído contínuo de PA passivos, de PA passivos com atenuação
dependente do nível de pressão sonora em níveis abaixo dos quais sua dependência de nível é operacional e para
produtos eletrônicos desligados. Para PA tipo concha e inserção passivos em ruído impulsivo para níveis de pico de até
170 dB NPS o método AOHLA é inaceitável, embora neste momento não exista um método padronizado de estimativa
de PIPI dos valores AOHLA.
b A AOHLA deve ser utilizada para medir a atenuação passiva e o método de ruído contínuo indicado deve ser utilizado
para medir a perda por inserção ativa. Os dois devem ser combinados conforme descrito em 9.6.3 para determinar a
atenuação total.
c Isto é aplicável somente a protetores auditivos que atendam aos requisitos especificados no Anexo D. A medição da
perda por inserção ativa do MOH deve ser realizada utilizando o microfone sensor no canal de entrada do sistema
RAR. Estes dados devem ser combinados com os dados passivos AOHLA, conforme descrito em 9.6.3, para determinar
a atenuação total.
Preferido = método a ser utilizado para estimar a atenuação do protetor auditivo.
Aplicável = o método pode ser utilizado, porém somente para fins de controle de qualidade ou pesquisa.
Não aconselhado = este método não é recomendado.

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5 Requisitos para amostras de produto e força do arco


5.1 Número requerido de amostras de PA

Um mínimo de cinco amostras do PA submetido à avaliação deve ser utilizado em cada ensaio. Elas
devem ser distribuídas (por exemplo, entre pessoas no caso de um ensaio MOH), de modo a obter
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uma representação proporcional igual das amostras nas medições. Para PA com diferentes tamanhos,
pelo menos uma amostra de cada tamanho deve ser fornecida para o ensaio, embora nem todos os
tamanhos serão necessariamente utilizados, dependendo da população de pessoas. Cada amostra
deve ser marcada com um identificador unívoco a ser associado a todas as medições realizadas
nessa amostra.

Para estimativas da atenuação total de protetores auditivos tipo concha e inserção com redução ativa
de ruído conforme 9.6.3, as mesmas amostras devem ser utilizadas para os ensaios AOHLA e MOH
ou AOHLA e DEA.

5.2 Medição da força do arco

A força do arco deve ser medida antes do ensaio de atenuação em todas as amostras dos protetores
auditivos tipo concha e tipo capa de canal, incluindo protetores auditivos tipo concha acoplados a
capacetes de segurança. Este requisito não se aplica a protetores auditivos tipo concha montados
internamente em capacetes de proteção auditiva, como de pilotos e aviadores. A força do arco deve
ser medida (120 ± 5) s após o protetor auditivo ter sido posicionado no dispositivo de ensaio, e os
valores obtidos devem ser relatados em newtons (N). A temperatura e a umidade relativa do ar nas
quais a força do arco foi medida devem ser relatadas.

A força exercida pelo arco dos protetores auditivos tipo concha deve ser medida em um dispositivo
apropriado, contendo duas placas rígidas e planas, nas quais as almofadas do protetor auditivo são
posicionadas. A distância horizontal entre as superfícies das duas placas onde ocorre o contato das
almofadas deve ser de (145 ± 1) mm, e a distância vertical entre o ponto mais alto da superfície
interna do arco e uma linha imaginária que passa pelos pontos de fixação das conchas no arco deve
ser de (130 ± 1) mm. Estas distâncias correspondem respectivamente à largura e à altura medianas
da cabeça, conforme Anexo B (ver as Figuras C.2 e C.3). O arco do protetor auditivo não pode estar em
contato com qualquer parte do dispositivo de ensaio durante o período de medição. Para alguns tipos
de protetores auditivos, como aqueles cujo arco se situa atrás do pescoço ou sob o queixo, outras
dimensões de altura de cabeça podem ser mais apropriadas. A dimensão utilizada deve ser relatada.
Para os protetores auditivos que possuam ajuste da força do arco, este deve ser regulado para
o ponto médio.

Para o ensaio da força do arco em protetores auditivos acoplados a capacetes de segurança, a


suspensão do capacete deve ser retirada e deve-se fazer um furo na parte central superior para que
o capacete possa ser fixado em uma guia presente no dispositivo de medição, de uma maneira que
se assegure a reprodutibilidade desta fixação. As distâncias horizontais e verticais de fixação do
dispositivo de medição devem ser ajustadas para a mesma configuração utilizada nas medições de
protetores auditivos tipo concha com arco.

A força exercida pelos protetores auditivos tipo capa de canal deve ser medida em um dispositivo
apropriado dotado de pavilhão flexível cujas dimensões estão especificadas no Anexo A. A distância
entre os dois pavilhões deve ser de (145 ± 1) mm. O arco do protetor auditivo não pode entrar em
contato com qualquer parte do dispositivo de ensaio durante o período de medição. No caso de
protetores auditivos tipo capa de canal com arco ajustável, o arco deve ser regulado para uma altura
de cabeça de (130 ± 1) mm, conforme Anexo B (ver a Figura C.3), ou para seu ajuste mínimo, se

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este for maior. No caso de protetores auditivos com capas de canal assimétricas, estas devem ser
apropriadamente orientadas para se ajustarem à entrada do canal auditivo no pavilhão utilizado
no ensaio.

5.3 Dispositivos com força do arco ajustável


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A menos que seja descrito de outra forma pelo solicitante, os dispositivos que incluem mecanismos
de ajuste que permitem variar a força do arco devem ser inicialmente ajustados na regulagem de
força mínima antes de serem fornecidos a cada pessoa para o ensaio MOH. Quando os ensaios
forem realizados no DEA, os protetores auditivos devem ser ajustados no ponto médio visualmente
determinado da sua faixa de regulagem.

6 Dispositivo(s) de ensaio acústico – Métodos de ruído contínuo e impulsivo


6.1 Generalidades

Um dispositivo de ensaio acústico (DEA) ou cabeça artificial que atenda aos requisitos desta subseção
podem ser utilizados com os ensaios de ruído contínuo ou ruído impulsivo descritos nesta Norma.
Um DEA pode atender aos requisitos de ambos os métodos. Entretanto, dois DEA com diferentes
instrumentações podem ser requeridas para ensaios de ruído contínuo e ruído impulsivo devido aos
requisitos da faixa dinâmica do método de ruído impulsivo. O DEA deve possuir dois simuladores de
orelhas simétricos que incluem aurículas, pavilhões auriculares e canais auditivos representativos,
com simulador da pele do canal auditivo e a região circum-auricular e dois acopladores instrumentados
do canal auditivo. Todo o DEA deve ser antropometricamente representativo com superfícies
aproximadamente planas ao redor das aurículas e deve ser mantido durante a instalação e o ensaio
a uma temperatura de 37 °C ± 2 °C.

Os dispositivos de ensaio acústico (DEA) ou simuladores de cabeça e tronco (SCT) que incluam
todas as características descritas nesta Norma, como aurícula, simulação da pele circum-auricular
e interauricular, canal auditivo de comprimento adequado, dispositivo de aquecimento, perda por
inserção do dispositivo mínima, simulador de ouvido ocluído e microfones adequados para o ensaio
de ruído de impulso. Além disso, um laboratório pode construir o seu próprio dispositivo.

NOTA O boneco (manequim) especificado na ANSI S3.36 não é destinado para a medição especificada
nesta Norma e não é adequado para essa finalidade. Entretanto, as suas dimensões são apropriadas e
seriam adequadas para um DEA que atenda aos outros requisitos desta Norma.

6.2 Dimensões críticas

O DEA deve ter uma largura do bitrágio maior ou igual a 13 cm e menor ou igual a 18 cm. Ele deve
ter uma altura da cabeça maior ou igual a 12 cm e menor ou igual a 15 cm.

6.3 Perda por inserção do dispositivo

O DEA deve ter uma perda por inserção do dispositivo mínima de 60 dB de 80 Hz a 12,5 kHz quando
medido utilizando um plugue ou tampa de isolamento adequado sem o simulador de pele de 6.7.

NOTA A perda por inserção do dispositivo é o PIP do DEA quando medida com um simulador de um
protetor auditivo próximo do ideal. Este simulador, geralmente se caracteriza por um plugue ou uma tampa
metálicas e usinadas para vedar o canal auditivo. A perda por inserção do dispositivo representa o vazamento
acústico por meio de todos os caminhos do DEA, exceto o canal auditivo.

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6.4 Requisitos do microfone e do pré-amplificador


6.4.1 Sensibilidade e faixa dinâmica do microfone e do pré-amplificador

A sensibilidade e a faixa dinâmica do microfone e do pré-amplificador devem atender aos requisitos da


relação sinal-ruído/ruído de fundo e de manuseio da medição do sinal de pico relativos ao ensaio no
qual devem ser utilizados 8.6.3 e 8.6.4 para ensaios de ruído contínuo e 10.2.3 e 10.2.4 para ensaios
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de ruído impulsivo. Atenção especial deve ser dada para que não ocorra corte de pico nos ensaios
de ruído impulsivo de alto nível.

A sensibilidade de alguns microfones polarizados pode ser reduzida utilizando uma tensão de
polarização mais baixa (por exemplo, 28 V em vez de 200 V) para aumentar efetivamente os níveis
máximos de pressão sonora que podem ser medidos. A resposta à sensibilidade e frequência do
microfone deve ser medida na tensão de polarização utilizada para o ensaio.

Alguns pré-amplificadores terão limitações de taxa de variação, especialmente com cabos longos.
A documentação do fabricante deve ser consultada sobre o efeito do comprimento do cabo, fonte
de alimentação e a resposta ao impulso do pré-amplificador e microfone a uma pressão de pico.

6.4.2 Distorção e linearidade do microfone e do pré-amplificador

O microfone e o pré-amplificador devem demonstrar uma distorção total não superior a 5% em toda
a faixa de níveis de pressão sonora de pico até o nível máximo a ser ensaiado. Para DEA a serem
utilizados em ensaios de ruído contínuo, o nível de pressão sonora de pico é considerado para ser
12 dB acima do nível máximo de pressão sonora r.m.s. (média quadrática) a ser ensaiado. Para DEA
a serem utilizados em ensaios de ruído impulsivo, o requisito para não mais que 5 % de distorção
total deve ser atendido em 170 dB NPS. Se os níveis máximos a serem ensaiados estiverem acima
de 170 dB, os microfones devem demonstrar uma pressão sonora linear na função de entrada e saída
da tensão em ± 2 dB em toda a faixa de níveis de pressão sonora esperada no ensaio ou ter uma
correção calibrada para a função linear requerida.

NOTA Este ensaio pode ser difícil para ser realizado pelo laboratório de ensaio. Entretanto, os principais
fornecedores destes microfones geralmente proveem este tipo de serviço de calibração.

6.4.3 Calibração do microfone

Os microfones devem ter a sensibilidade e a resposta em frequência de 80 Hz a 12,5 kHz calibrada.


Esta calibração deve ser verificada nos 24 meses anteriores ao uso para ensaios de acordo com esta
Norma.

6.5 Acopladores do canal auditivo


Para ensaios de ruído contínuo, os acopladores do canal auditivo devem estar de acordo com o
simulador de ouvido ocluído conforme a ANSI/ASA S3.25. Para ensaios de ruído impulsivo, cada
acoplador deve ser modificado para incorporar um microfone de pressão de 6,35 mm (0,25 pol.) para
atender à faixa dinâmica requerida de 130 dB NPS a 170 dB NPS.

Os acopladores e o DEA devem ser mantidos a uma temperatura de 37 °C ± 2 °C durante o ensaio


devido à influência da temperatura nas características dinâmicas dos materiais utilizados nos protetores
auditivos tipo inserção e concha.

NOTA A substituição do microfone de pressão de 0,50 polegada pelo microfone de pressão de


0,25 polegada no acoplador conforme a ANSI/ASA S3.25 modifica ligeiramente sua frequência ressonante,
porém isto não é importante para os efeitos dos ensaios desta Norma.

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6.6 Extensão do canal auditivo

O comprimento da extensão do canal auditivo (adicionado ao acoplador conforme a ANSI/ASA S3.25)


deve ser de 14 mm ± 1 mm, com um diâmetro interno de 7,5 mm a 8,0 mm, incluindo o simulador
de pele descrito em 6.7. A extensão do canal auditivo deve ser revestida com um material de acordo
com 6.7, possuindo uma espessura de 1,5 mm a 3,0 mm.
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6.7 Simulador de pele

O DEA deve incluir um revestimento resiliente em cada canal auditivo, pavilhões auriculares flexíveis
e bases circum-auriculares flexíveis de diâmetro suficiente que possam acomodar totalmente as
almofadas dos protetores auditivos tipo concha. Os simuladores de pele devem ter uma leitura Shore 00
entre 30 e 60 quando medidas a 37 °C ± 2 °C (de acordo com os requisitos da ASTM D2240). O material
circum-auricular deve ter entre 5 mm e 8 mm de espessura e um diâmetro maior que 120 mm.

Devido ao desgaste que é sofrido por pressão e atrito no simulador de pele do canal auditivo, deve
ser verificado periodicamente quanto à deterioração que possa afetar adversamente as medições da
perda por inserção. Isto pode ser conseguido com o uso de um plugue cilíndrico de plástico transparente
e rígido com 20 mm de comprimento, cujo diâmetro corresponde ao do canal auditivo com um ajuste
com interferência de 0,25 mm e uma marca de referência correspondente a uma profundidade de
inserção padrão de 8 mm a 10 mm. O PIP no DEA do plugue de plástico transparente, inserido na
sua marca de referência, deve ser medido periodicamente de acordo com 9.4.3 e 9.5.5 e comparado
com medições anteriores. Se uma mudança na tendência da perda por inserção for observada de
ensaio para ensaio, ou se o simulador de pele do canal auditivo parecer degradado, ele deve ser substituído.

7 Métodos de ruído contínuo – Pessoas utilizadas no ensaio MOH


7.1 Características anatômicas

As pessoas devem ser selecionadas sem levar em consideração o tamanho e o formato das cabeças,
pavilhões auriculares e canais auditivos, a menos que o solicitante indique que o produto é destinado
ao uso por populações específicas, como crianças. Entretanto, as pessoas devem ser excluídas por
características ou deficiências físicas que afetem adversamente a colocação de protetores auditivos,
como os que podem surgir a partir de defeitos de nascença, cirurgia no sistema auditivo ou adornos
pessoais.

7.2 Inspeção otoscópica

Antes da participação nos ensaios de acordo com esta Norma, uma inspeção otoscópica deve
determinar que as orelhas das pessoas estejam livres das condições que afetariam a colocação do
protetor auditivo ou um plugue utilizado para instalar o microfone MOH, como excesso de cerume,
irritação ou infecção. Este requisito também se aplica a áreas do pavilhão auricular e da cabeça que
estão em contato com o protetor auditivo ensaiado.

7.3 Medição das dimensões da cabeça

Antes da participação nos ensaios MOH que envolvam protetores auditivos tipo concha, a largura
do bitrágio e a altura da cabeça da pessoa submetida ao ensaio devem ser medidas conforme
o Anexo B.

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7.4 Equilíbrio de gênero


Salvo especificamente designado pelo solicitante, a proporção de pessoas do sexo masculino e do
sexo feminino deve estar entre 60/40 e 40/60, inclusive.

7.5 Óculos e joias


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As pessoas não podem utilizar óculos, joias nas orelhas ou outros acessórios que possam afetar
a capacidade do protetor auditivo em proporcionar uma vedação acústica, salvo especificamente
designado pelo solicitante.

7.6 Número de pessoas


Pelo menos dez pessoas devem ser utilizadas para cada ensaio de protetores auditivos tipo concha
ou capacetes com proteção auditiva. Pelo menos vinte pessoas devem ser utilizadas para cada ensaio
de protetores auditivos tipo concha acoplavéis a capacetes de segurança.

7.7 Pessoas para os ensaios MOH de protetores auditivos com RAR


Ao realizar ensaios MOH para permitir uma estimativa da atenuação total (ver 9.6.3), as mesmas
pessoas utilizadas para realizar o ensaio AOHLA da atenuação passiva do protetor auditivo também
devem ser utilizadas para o ensaio MOH. Como tal, as pessoas também devem atender aos requisitos
adicionais de seleção de pessoas descritos na ABNT NBR 16076.

8 Métodos de ruído contínuo – Instalações e instrumentação (MOH e DEA)


8.1 Sinais de ensaio
8.1.1 Largura de banda e uniformidade do sinal de ensaio

O sinal de ensaio no ponto de referência deve ser um ruído aleatório em banda larga em cada banda
de um terço de oitava centrada de 100 Hz a 10.000 Hz e deve diminuir pelo menos 3 dB em 80 Hz
e 12.500 Hz, e pelo menos 12 dB/oitava abaixo de 80 Hz e acima de 12.500 Hz. A diferença entre
os níveís máximo e mínimo das bandas de um terço de oitava não pode exceder 10 dB entre 100 Hz
e 10.000 Hz. Níveis de banda adjacentes de um terço de oitava, exceto para as bandas de um terço
de oitava de 80 Hz e 12.500 Hz não podem diferir em mais de 3 dB, exceto quando o nível total de
pressão sonora exceder 115 dB, nesse caso, a variação deve ser reportada.

As medições descritas em 8.1 devem ser realizadas com um microfone de campo de pressão/incidência
aleatória do Tipo 1 conforme a IEC 61094-4.

O uso de fontes de ruído branco e rosa pseudoaleatórias digitais é restrito a medições de PA passivos.
Alguns analisadores FFT com fontes de ruído branco e rosa pseudoaleatórias digitais geradas
internamente com características estatísticas conhecidas, ou seja, estacionárias de sentido amplo,
podem potencialmente superestimar a perda de inserção com alguns RAR.

Além da medição requerida com um sinal de ensaio aleatório de banda larga, as medições podem
ser realizadas utilizando outros espectros ou fontes de ruído não aleatórias, conforme especificado
pelo solicitante, como gravações em veículos para medir PA que se adaptam às características do
ruído em que eles são utilizados. Ao utilizar gravações, cuidado deve ser tomado para assegurar que
o mesmo intervalo de tempo da gravação seja utilizado para ambas as condições da medição da perda
de inserção. Todos os níveis, espectros ou gravações utilizados devem ser reportados juntamente
com as perdas de inserção associadas.

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8.1.2 Nível de pressão sonora de ensaio

O nível de pressão sonora no ponto de referência em cada banda de um terço de oitava centrada
de 100 Hz a 10.000 Hz deve ser maior ou igual a 85 dB com um nível de pressão sonora total de
105 dB ± 3 dB. Para PA que são exclusivamente passivos, cada banda de um terço de oitava pode ser
ajustada porém não pode ser inferior a 70 dB e o nível total não pode ser inferior a 90 dB. Outros níveis
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de pressão sonora podem ser utilizados conforme especificado pelo solicitante ou, se necessário,
para assegurar que 8.6.3 seja atendido no caso de dispositivos com perda por inserção muito alta.
Outros níveis de pressão sonora também são requeridos para medir a perda por inserção total de PA
dependentes do nível (ver 9.4.6). Os níveis de pressão sonora de banda de um terço de oitava no
ponto de referência devem ser reproduzíveis dentro de ± 0,5 dB.

Durante os ensaios em orelha aberta, o sinal de ensaio pode ser atenuado a um nível mais baixo do
que o especificado acima para reduzir a exposição ao ruído das pessoas utilizadas nos ensaios de
MOH. Se um sinal atenuado for utilizado, as diferenças nos níveis de banda de um terço de oitava
devem ser medidas no ponto de referência durante 30 s, iniciando em 30 s, 120 s e 300 s após o
sinal ser aplicado aos alto-falantes. Os níveis médios artiméticos medidos da banda de um terço de
oitava não podem variar mais de ± 0,5 dB entre estes três intervalos de tempo. As diferenças medidas
(em média nos três intervalos) entre os níveis de banda atenuada e as do nível de ensaio nominal
de 105 dB devem ser adicionadas ao nível em orelha aberta do MOH antes do cálculo da perda por
inserção.

8.2 Características do campo sonoro

8.2.1 Uniformidade

O banco ou cadeira da pessoa devem ser selecionados para minimizar o efeito na uniformidade,
direcionalidade e nível total do campo sonoro no ponto de referência, uma vez que ele e a pessoa
estão no local durante o ensaio. Exceto para remoção da cadeira da pessoa da sala de ensaio,
conforme especificado em 8.2.1 e 8.2.2, todos os dispositivos que estiverem presentes durante
o ensaio (por exemplo, mesas, cadeiras, prateleiras etc.) devem estar no local durante a verificação
das características do campo sonoro.

Com a pessoa e a cadeira da pessoa ausentes, os níveis de pressão sonora em cada banda
de um terço de oitava centrada de 100 Hz a 10.000 Hz medidos utilizando um microfone de
pressão/incidência aleatória do Tipo 1 (IEC 61094-4) em seis posições em relação ao ponto de
referência, ± 15 cm nos eixos frontal-traseiro, cima-baixo e esquerdo-direito devem permanecer dentro
de uma faixa de 5 dB. A diferença entre as posições esquerda-direita não pode exceder 3 dB em cada
banda. A orientação do microfone deve ser mantida a mesma em cada posição.

8.2.2 Direcionalidade

A direcionalidade do campo sonoro deve ser avaliada no ponto de referência para cada banda de
ensaio, com frequências centrais maiores ou iguais a 500 Hz, sem o ouvinte e sua cadeira. As medições
devem ser realizadas com um microfone direcional que exiba, na sua resposta polar de campo livre,
em bandas de ensaio de um terço de oitava, as seguintes características:

 a) no caso de microfone cossenoidal, a medição de incidência de som frontal deve ser pelo menos
10 dB a mais que a incidência de som lateral;

 b) no caso de microfone cardiodal (ou unidirecional), a medição de incidência de som frontal deve
ser pelo menos 10 dB a mais que a incidência de som por trás.

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O campo sonoro deve ser considerado para aproximar um campo de incidência aleatória se, quando
o microfone for girado no ponto de referência em 360 graus em cada um dos três planos perpendiculares
definidos pelos eixos frontal-traseiro, cima-baixo e esquerdo-direito coincidentes com o ponto de
referência, o nível de pressão sonora observado em cada banda de ensaio permanece dentro da
variação permitida na Tabela 2, quando as medições são avaliadas separadamente para cada plano.
Os níveis de pressão sonora também podem ser obtidos por meio da medição em incrementos fixos
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de 15° conforme o microfone é girado em 360 graus em cada plano.

Tabela 2 – Variação permissível na resposta do campo de incidência aleatória para rejeição


de campo livre do microfone correspondente
Rejeição de campo livre do microfone Variação permissível na resposta do campo
de incidência aleatória a
dB dB
> 25 6
20 5
15 4
10 3
< 10 microfone não adequado
a Para microfones cujos valores de rejeição de campo livre se situam entre os valores apresentados na
tabela, a variação permissível deve ser calculada por interpolação linear.

A variação na resposta do microfone conforme o microfone é girado em um campo de incidência


aleatória está relacionada às características direcionais do microfone e ao grau de aleatoriedade do
campo. As variações permissíveis na resposta do campo sonoro devem ser apresentadas em termos
de resposta direcional de campo livre. A primeira coluna da Tabela 2 apresenta os valores máximos
de rejeição de campo livre de microfones direcionais (ou seja, a 90 graus para um microfone cossenoidal
ou a 180º para um microfone cardioide (ou unidirecional)) e a resposta do campo de incidência aleatória
permissível correspondente para os efeitos desta Norma. A rejeição de campo livre do microfone de
banda de um terço de oitava pode ser obtida por medição ou pelo fabricante do microfone.

8.3 Ruído de ajuste

Um meio para produzir um ruído de ajuste deve estar disponível no ambiente de ensaio para auxiliar
as pessoas na avaliação da qualidade da colocação de um PA antes do ensaio. O ruído de ajuste deve
ser um ruído aleatório de banda larga apresentado em um nível total de pressão sonora ponderado
A de aproximadamente 85 dB no ponto de referência. Um nível mais alto de ruído de ajuste pode ser
utilizado para dispositivos ou sistemas de atenuação extremamente altos.

8.4 Dispositivo de referência da posição da cabeça

Um dispositivo de posicionamento da cabeça, como um prumo de chumbo no nariz ou na testa da


pessoa, deve ser utilizado para manter a cabeça da pessoa centrada no ponto de referência. Não
é permitida a utilização de encosto de cabeça ou barra para posicionamento. Este dispositivo não
pode transmitir à cabeça quaisquer vibrações que possam afetar as medições, e deve ser pequeno
o suficiente para não interferir na uniformidade sonora da sala, conforme especificado em 8.2.

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8.5 Observação das pessoas

O ambiente de ensaio deve incluir um meio, como uma janela ou sistema de vídeo, para permitir
a observação da pessoa durante o ensaio.

8.6 Instrumentação
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8.6.1 Requisitos de instrumentação

A instrumentação deve medir e analisar os sinais de saída dos microfones para cada banda de um
terço de oitava e deve exibir os resultados. O sistema deve atender aos requisitos mínimos descritos
em 8.6.

8.6.2 Tempo de integração

O tempo de integração para determinar o nível de pressão sonora da saída do microfone deve ter
duração suficiente para estimar o nível médio de pressão sonora de banda de um terço de oitava para
cada banda de ensaio com um intervalo de confiança de 95% de ± 1 dB.

NOTA Normalmente, um tempo médio linear de 20 s a 30 s é suficiente para atender a estes requisitos.

8.6.3 Relação mínima do sinal-ruído

O nível de saída da combinação de microfone e analisador de sinal medido sob o protetor auditivo
(condição ocluída) em cada banda de um terço de oitava com o ruído de ensaio ligado deve ser de
pelo menos 10 dB superior aos níveis de saída do microfone medidos sob o protetor auditivo com
o ruído de ensaio desligado.

8.6.4 Medição do pico do sinal

A capacidade de medição do pico de sinal da cadeia de medição deve ser de pelo menos 12 dB
acima da média quadrática (r.m.s.) do nível máximo total de pressão sonora do ensaio. Isto deve ser
verificado em todas as frequências de ensaio em banda de um terço de oitava, aplicando ao sistema
de medição, incluindo os microfones, uma onda senoidal ao invés do ruído de ensaio. O valor de
pico da onda senoidal deve ser pelo menos 12 dB superior (ou, equivalentemente, ao seu valor r.m.s.
de pelo menos 9 dB superior) ao nível r.m.s. do ruído de ensaio. Deve ser verificado, por meio de
observação visual, a forma de onda temporal (com um osciloscópio) de que nenhum corte do sinal
acústico ocorre conforme medido por meio do microfone MOH ou DEA.

NOTA A verificação deste requisito pode ser alcançada instalando o microfone em um acoplador de
pequeno volume contendo um alto-falante capaz de produzir o nível de pressão sonora de pico necessário
ou, em muitos casos, colocando o microfone no campo próximo do alto-falante.

8.6.5 Analisador de espectro

Um analisador de espectro utilizando filtros digitais de um terço de oitava de acordo com a ANSI S1.11
Tipo 0 deve ser utilizado para medir os níveis de pressão sonora. Os analisadores de espectro nos
quais os níveis de banda de um terço de oitava são calculados como somatórias de um espectro
de transformada rápida de Fourier (FFT) podem induzir erros significativos nas medições quando
o campo sonoro for ruído aleatório e, portanto, não podem ser utilizados. O analisador também deve
ser capaz de armazenar eletronicamente os espectros para cálculos subsequentes sem a necessidade
de transcrição manual. O analisador de espectro preferivelmente deve ser um dispositivo de dois
canais de modo que os níveis nas orelhas esquerda e direita possam ser medidos simultaneamente.

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8.7 Microfones – Método MOH


8.7.1 Generalidades

Os microfones colocados na orelha da pessoa para medições MOH devem atender aos requisitos
de 8.7. No caso de protetores auditivos do tipo inserção moldados e personalizados de inserção
profunda RAR (ver Anexo D), o microfone de medição deve atender aos requisitos de 8.7.2 e 8.7.3.
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8.7.2 Sensibilidade e faixa dinâmica do microfone

A sensibilidade e a faixa dinâmica do microfone devem ser suficientes para atender aos requisitos
da instrumentação descritos em 8.6.3 e 8.6.4.

8.7.3 Distorção do microfone

Os microfones devem demonstrar uma distorção total não superior a 5% quando ensaiados a 1000 Hz
no nível de pressão sonora de pico especificado em 8.6.4.

8.7.4 Tipo e dimensões do microfone

Os microfones de medição devem ser microfones de pressão com dimensões externas não superiores
a 7,3 mm por 7,3 mm por 5 mm (C × L × A) para unidades retangulares e não superior a 9 mm de
diâmetro para unidades circulares.

8.7.5 Fios do microfone

Os fios conectados ao microfone, incluindo o isolamento, devem ter um diâmetro inferior ou igual
a 0,5 mm para minimizar o vazamento de ruído na cavidade do protetor auditivo.

8.7.6 Instalação e posição do microfone

O microfone deve ser instalado em um protetor auditivo do tipo inserção e posicionado na entrada
do canal auditivo da pessoa. Ele deve ser fixado de forma que não mude de posição com a colocação
e recolocação do protetor auditivo. A superfície sensora do microfone deve ser colocada no plano da
abertura do canal auditivo, aproximadamente paralela ao canal auditivo e em direção oposta ao centro
da cabeça da pessoa (mostrado na Figura 1). Ver Anexo C para métodos sugeridos que podem ser
utilizados para instalar o microfone na orelha da pessoa.

Microfone em
miniatura

Protetor auditivo
tipo inserção
inserido

Direção oposta ao
centro da cabeça da
pessoa

Plano da abertura do
canal auditivo

Figura 1 – Posição do microfone MOH na orelha

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Os ensaios de perda por inserção são baseados na diferença relativa entre duas medições ao invés
de dados absolutos. Portanto, o microfone não pode mudar de posição durante a série de ensaios,
porém a posição inicial do microfone na orelha não é crítica.

O protetor auditivo tipo inserção deve ter atenuação suficiente para proteger a pessoa, compatível
com as diretrizes de uso humano em laboratório e regulamentos aplicáveis. Consideração deve ser
dada à atenuação AOHLA Método A provida pelo protetor auditivo tipo inserção conforme modificado
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para acomodar o acessório do microfone, os níveis de pressão sonora do ensaio a serem utilizados,
a duração da exposição ao ruído durante os ensaios e o número de ensaios a serem realizados por
uma pessoa em um dia.

9 Métodos de ruído contínuo – Procedimentos de ensaio e redução de dados


(MOH e DEA)
9.1 Generalidades
Esta Seção descreve os procedimentos para realizar medições da perda por inserção de ruído
contínuo, utilizando pessoas (MOH) ou um DEA, e como reduzir (calcular) e reportar os dados
coletados. Estes métodos podem ser utilizados para caracterizar o desempenho passivo ou ativo
(RAR ou dependente do nível) de um PA. Os métodos MOH e DEA são similares, diferindo somente
no “dispositivo” no qual o PA é colocado e no número de medidas repetidas requeridas. Ambos os
métodos podem ser aplicados a protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção auditiva,
porém somente o método DEA pode ser aplicado a protetores auditivos tipo inserção. A subseção 9.4
descreve as medições requeridas para determinar a perda por inserção e a subseção 9.5 descreve
a(s) sequência(s) a ser(em) utilizada(s) na realização das medições. O solicitante deve especificar
o método (MOH ou DEA) e o tipo de medição (por exemplo, passiva, RAR ou dependente do nível)
a serem realizados para um determinado PA. (Ver Tabela 1 para auxílio na seleção do método de
ensaio). O método MOH é preferido, quando aplicável, porque os dados capturam o desempenho
do PA em pessoas, conforme influenciado pela variabilidade das características físicas da cabeça
humana, bem como pelo comportamento da pessoa treinada na colocação do protetor auditivo.
O método MOH não é definido para ensaios de protetores auditivos tipo inserção devido à dificuldade
e considerações de segurança das pessoas envolvidas na colocação de um microfone no canal
auditivo sob um protetor auditivo tipo inserção, sem afetar adversamente a vedação dos protetores
auditivos tipo inserção ou modificá-los. Em algumas aplicações de controle de qualidade ou de
desenvolvimento de produto para protetores auditivos tipo concha, o método DEA pode ser preferido
em relação ao método MOH, devido a menor variabilidade em relação ao uso de pessoas. Entretanto,
quando os dados forem utilizados para estimar o nível de pressão sonora na orelha protegida para
uma população utilizando um PA ativo em um ambiente de trabalho, somente a combinação de dados
AOHLA e MOH deve ser utilizada para protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção
auditiva e somente a combinação de dados AOHLA e DEA deve ser utilizada para protetores auditivos
tipo inserção (ver 9.6.3).

A única exceção permitida na qual o ensaio MOH pode ser utilizado para protetores auditivos tipo
inserção é no caso de determinados protetores auditivos tipo inserção ativos personalizados de
inserção profunda que atendem aos requisitos estabelecidos no Anexo D. Se for requerida verificação
de desempenho destes protetores auditivos, eles podem ser ensaiados com um procedimento similar
ao MOH utilizando seu microfone interno de erro RAR, conforme descrito no Anexo D.

Para realizar ensaios de ruído contínuo, o número de amostras do produto deve atender o especificado
em 5.1 e os requisitos das instalações e instrumentação na Seção 8 devem ser atendidos. Para
os ensaios DEA, os requisitos aplicáveis na Seção 6 devem ser atendidos e, para os ensaios MOH,
as pessoas devem ser selecionadas conforme especificado na Seção 7.

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9.2 Verificação do nível e espectro do sinal de ensaio

O nível e o espectro do sinal de ensaio no ambiente devem ser medidos sem a pessoa ou o DEA
presentes e devem atender aos requisitos de espectro e nível de 8.1, exceto conforme descrito em 9.4.6
para ensaios de PA dependentes do nível. A conformidade com este requisito deve ser verificada pelo
menos uma vez no início e no final de cada dia de medição.
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9.3 Colocação de PA

9.3.1 Colocação

A Subseção 9.3 descreve como treinar as pessoas de ensaio MOH para colocar um PA de maneira
consistente, a colocação do protetor auditivo para o ensaio real e quando é permitida dispensar
pessoas de um ensaio. A colocação de PA no DEA também é descrita.

NOTA O protocolo de interação da pessoa descrito é o mesmo do Método A (colocação por pessoa
treinada) da ABNT NBR 16076. Isto é destinado a assegurar colocações comparáveis de PA durante os
ensaios AOHLA e MOH.

9.3.2 Treinamento da pessoa antes dos ensaios MOH

O experimentador deve fornecer a cada pessoa instruções e práticas precisas para colocar o
protetor auditivo de acordo com as instruções que são providas com o produto a todos os usuários.
O solicitante pode prover orientações adicionais publicamente disponíveis sobre treinamento e
colocação, incluindo critérios que definem o que compreende uma colocação aceitável. As instruções
não podem ser modificadas pelo próprio conhecimento do experimentador na colocação dos mesmos
protetores auditivos ou similares. Não podem ser utilizados indicadores, marcas ou lubrificantes
(a menos que sejam fornecidos e requisitados pelo solicitante), nem podem ser realizadas modificações
nos protetores auditivos para melhor auxiliar na colocação ou determinação de sua colocação correta.
Quando aplicável, o experimentador deve auxiliar a pessoa a seguir as instruções para selecionar
o protetor auditivo de tamanho apropriado e ajustar os produtos com ajuste variável de força do arco.

Quando for necessário esclarecer (sem acrescentar) as instruções de treinamento e colocação, o


experimentador deve prover explicações, demonstrações e assistência física. O experimentador deve
treinar a pessoa no uso da intensidade relativa (volume) do ruído de ajuste (ver 8.3) para auxilia-la no
processo de colocação e, pode ainda colocar pessoalmente o protetor auditivo na pessoa de ensaio
como parte do processo de instrução. Entretanto, medições da perda por inserção ou atenuação de
ensaio (AOHLA) não podem fazer parte dos procedimentos de dimensionamento ou colocação, a
menos que sejam incluídos com o produto ou no processo de entrega do produto. Não há limitação
quanto à duração do treinamento ou no número de colocações práticas que podem ser tentadas.

Uma vez que o experimentador determinou que a pessoa é capaz de colocar adequadamente o protetor
auditivo e esteja totalmente satisfeito de que a pessoa entende e consegue repetir corretamente
o processo de colocação, a pessoa está pronta para iniciar o ensaio MOH.

As pessoas devem ser instruídas para minimizar o movimento da sua cabeça e mandíbula durante
as medições em orelha aberta e fechada (ocluída).

9.3.3 Condições para a dispensa de pessoas

Após o treinamento, uma pessoa deve ser dispensada se ela não puder obter uma colocação aceitável
com base em qualquer um dos seguintes critérios: 1) a avaliação da pessoa sobre a qualidade da
vedação do protetor auditivo, ouvindo a intensidade do ruído de ajuste; 2) avaliação visual pelo

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experimentador; 3) avaliação tátil pelo experimentador trabalhando em conjunto com a pessoa e


4) orientações específicas para este produto conforme providas antecipadamente pelo solicitante.
As pessoas podem ser dispensadas por doença ou incapacidade física para participar no dia do ensaio.
As pessoas não podem ser reensaiadas ou dispensadas quanto ao valor da perda por inserção obtida
durante o processo de ensaio.
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9.3.4 Colocação durante os ensaios MOH

A pessoa deve inserir ou colocar o protetor auditivo sem o experimentador presente no ambiente de
ensaio. O experimentador deve observar a pessoa durante a colocação e o ensaio do lado de fora do
ambiente. Após o protetor auditivo ter sido colocado, o ruído de ajuste (ver 8.3) deve ser introduzido
e a pessoa deve ser instruída a ajustar a colocação do protetor auditivo de maneira a minimizar
o ruído percebido. Uma vez que a pessoa esteja satisfeita com a colocação, o ruído é desligado e,
após observar o período de espera especificado nos procedimentos em 9.5, o ensaio deve começar.

Não é permitido o ajuste do protetor auditivo durante o ensaio. Entretanto, a pessoa deve ser instruída
a informar o experimentador se, durante o ensaio, uma alteração na colocação do protetor auditivo ou
na posição do(s) microfone(s) MOH for observada. E, se assim for, o ensaio deve ser interrompido. Em
seguida, a pessoa deve recolocar o protetor auditivo e o ensaio deve ser reiniciado a partir do início
do experimento. Se a pessoa reportar um problema pela segunda vez, o ensaio deve ser concluído
sem a recolocação e os dados de atenuação devem ser utilizados nos cálculos especificados em 9.6.

9.3.5 Colocação de PA no DEA

Para PA com arco ajustável, o arco deve ser configurado até seu tamanho maior. Em seguida, o PA
deve ser colocado no dispositivo de ensaio localizado centralmente sobre as superfícies apropriadas e
o arco deve ser ajustado de modo a entrar em contato ligeiramente com a superfície curva na parte
superior do DEA.

A perda por inserção medida pode variar com a firmeza com que alguns PA são colocados no DEA.
Ao colocar um dispositivo com arco, o arco deve ser ajustado de modo que somente uma leve força
seja utilizada para fazer contato com a parte superior do DEA. Um nível mais alto de força nesse ponto
pode resultar em uma aplicação desigual de força contra as laterais do dispositivo para alguns PA; por
exemplo, uma proporção muito maior da força pode estar presente na parte superior do que na parte
inferior do protetor auditivo.

Ao realizar ensaios do DEA de protetores auditivos do tipo inserção, a profundidade de inserção e


a qualidade de vedação obtida devem ser baseadas nas instruções de colocação providas pelo solicitante.

Devem ser tomadas medidas para assegurar a equalização da pressão estática sob os protetores
auditivos tipo concha ou dentro do canal auditivo ao ensaiar protetores auditivos tipo inserção. Isto
pode ser obtido colocando um tubo capilar temporário entre a almofada de vedação e a superfície do
DEA durante a colocação do protetor auditivo tipo concha no dispositivo, ou entre o protetor auditivo
tipo inserção e o canal auditivo. Os tubos devem ser removidos antes do ensaio. Cuidado deve ser
tomado para que o tubo não deforme permanentemente a almofada de vedação ou amasse o protetor
auditivo tipo inserção. No caso de protetor auditivo tipo inserção de espuma que se expandem no
local, o uso de um tubo capilar temporário não é requerido nem recomendado.

Os capacetes com proteção auditiva, PA com arco de nuca e dispositivos que não possuem molas
rígidas de arco (incluindo protetores auditivos tipo inserção) devem ser posicionados no dispositivo
de ensaio de acordo com as instruções do solicitante.

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9.4 Medição da perda por inserção


9.4.1 Generalidades

A medição da perda por inserção de um PA requer primeiramente medir os níveis de ruído de banda
de um terço de oitava com um microfone localizado em um ponto fixo na orelha de uma pessoa ou
DEA em duas condições (por exemplo, orelha aberta e fechada (ocluída), ou orelha fechada com os
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componentes eletrônicos do RAR ligados e desligados) e calcular a diferença aritmética em decibéis


entre os níveis medidos. Esta subseção descreve os níveis e as condições correspondentes que
devem ser medidos para determinar os valores da perda por inserção aplicáveis a diferentes tipos
de PA. Todas as medições descritas devem ser realizadas com a pessoa ou DEA no ambiente de
ensaio, posicionados pelo dispositivo de referência de posição da cabeça (ver 8.4).

Para dispositivos RAR, somente a PIA é requerida para determinar a AT, a medição da PIPI e PIT
é opcional.

9.4.2 Registro de dados de nível de pressão sonora

Todas as medições do nível de pressão sonora devem ser registradas para cada banda de um terço
de oitava de 100 Hz a 10.000 Hz com uma resolução de 0,1 dB. A perda por inserção também deve
ser calculada e reportada com uma resolução de 0,1 dB.

9.4.3 Medição da perda por inserção passiva (PIP)

A perda por inserção de um PA passivo ou a perda por inserção passiva de um RAR ou PA dependente
do nível é a diferença, NA – NF, entre os níveis medidos na condição aberta, NA e na condição fechada,
NF. O NA é medido sem o PA e, o NF é medido com o PA. A medição do NF deve ser iniciada após
o período de espera prescrito em 9.5.2 ou 9.5.5, conforme aplicável. Períodos mais longos podem
ser especificados pelo solicitante. Para RAR ou PA ativos dependentes do nível, a condição fechada
deve ser medida com os componentes eletrônicos desligados ou sem energia (NF,D). Se o dispositivo
for alimentado por bateria, a bateria especificada deve estar instalada no dispositivo.

9.4.4 Medição da perda por inserção ativa (PIA)

A perda por inserção ativa de um RAR é a diferença entre os níveis medidos na condição fechada
com os componentes eletrônicos do PA desligados (NF,D) e ligados (NF,L), NF,D – NF,L. O NF,D e
o NF,L devem ser medidos durante a mesma colocação do RAR na pessoa ou no DEA. O NF,D e
o NF,L devem ser iniciados após os períodos de espera prescritos em 9.5.3 a 9.5.6, conforme aplicável.
O solicitante pode especificar períodos mais longos. O ruído de ensaio deve permanecer ligado durante
o período entre a medição de NF,D e NF,L.

9.4.5 Medição da perda por inserção total (PIT) de RAR

A perda por inserção total de um RAR é a diferença entre os níveis medidos na condição aberta (NA)
e os níveis medidos na condição fechada com os componentes eletrônicos do RAR ligados (NF,L),
NA – NF,L. O NA e o NF,L devem ser medidos conforme descrito em 9.4.3 e 9.4.4, respectivamente.

9.4.6 Medição da perda por inserção total (PITNPS) de PA dependentes do nível

A perda por inserção de um PA ativo dependente do nível de pressão sonora é a perda por inserção
total medida em cada um dos quatro níveis de ruído após ajustar qualquer controle de volume presente
no PA para ganho unitário. Entretanto, se o controle de volume for reajustado para um valor nominal
sempre que os componentes eletrônicos do PA estiverem ligados, o ensaio deve ser realizado nesse
ajuste. O ajuste do controle de volume utilizado deve ser reportado.

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O ajuste do controle de volume deve ser realizado primeiramente apresentando o sinal de ensaio
no ponto de referência, sem a pessoa ou DEA presentes, e ajustando-o a um nível total de pressão
sonora ponderado em A de 70 dB ± 1 dB. O nível de pressão sonora ponderado em A do sinal é, em
seguida, medido com o microfone MOH ou DEA na condição aberta. Em seguida, o PA é colocado
pela pessoa (ver 9.3.4) ou colocado no DEA (ver 9.3.5) e o controle de volume é ajustado até que
o mesmo nível de pressão sonora ponderado em A, dentro de ± 1 dB, seja medido sob o PA. Este
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procedimento deve ser realizado separadamente para ambos os lados, esquerdo e direito, do PA, se
houver controles de volume separados. Se houver um único controle de volume comum, a medição
deve ser realizada em ambos os lados e o ajuste de volume encontrado de modo que a média dos
níveis de pressão sonora ponderados em A nas orelhas esquerda e direita ocluídas seja de 70 dB.
O ajuste de volume resultante deve ser anotado ou marcado de outra forma.

Para medir a perda por inserção total dependente do nível de pressão sonora, o nível do sinal de
ensaio no ambiente deve ser ajustado aos níveis totais de pressão sonora de 75 dB, 85 dB, 95 dB e
105 dB (± 1 dB em cada nível) e os níveis de pressão sonora de banda de um terço de oitava devem
ser medidos para aberto (sem o PA) e fechado (com o PA), ativos (com o PA e os componentes
eletrônicos ligados). Os níveis de banda de um terço de oitava NA,75, NA,85, NA,95 e NA,105 devem
ser medidos em sequência antes de a pessoa colocar o PA. Em seguida, os níveis de banda de um
terço de oitava NF,75, NF,85, NF,95 ou NF,105 medidos em sequência com os componentes eletrônicos
ligados. Cada medição em orelhada fechada deve ser iniciada após os períodos de espera prescritos
em 9.5.4 ou 9.5.7, conforme aplicável. O solicitante pode especificar períodos mais longos. A perda
por inserção total resultante dependente do nível de pressão sonora é a diferença entre os níveis
correspondentes de pressão sonora de banda NF e NA (por exemplo, PIT75 = NA,75 – NF,75).

NOTA 1 Não é recomendado medir a perda por inserção dos PA passivos dependentes do nível de pressão
sonora utilizando este procedimento porque a não linearidade acústica na qual eles se baseiam não é eficaz
nos níveis sonoros utilizados no método de ruído contínuo.

NOTA 2 O ensaio nos quatro níveis de ruído especificados pode não prover dados suficientes para
capturar o comportamento de alguns PA dependentes do nível de pressão sonora, como aqueles com uma
função de restauração sonora ou de “conversa direta” projetados para limitar os níveis sonoros acima de
85 dBA. Se for observada uma mudança substancial na PIT entre quaisquer níveis adjacente especificados
acima, o NA e NF devem ser medidos em níveis intermediários, suficientemente espaçados para caracterizar
o desempenho dependente do nível de pressão sonora.

NOTA 3 Dependendo do projeto do PA, o comportamento dependente do nível de pressão sonora pode
ser uma função do espectro de ruído. Embora o ensaio em um espectro rosa seja o requisito mínimo, a
medição de PITNPS em outros espectros caracterizará mais adequadamente o PA submetido ao ensaio.

9.5 Número e sequência de medições

9.5.1 Generalidades

Para os ensaios do método MOH, um protocolo de medidas repetidas é especificado e requer que
sejam realizadas duas medições para cada condição de PA (por exemplo, orelha aberta e fechada,
orelha fechada com componentes eletrônicos ligados e desligados) em cada pessoa para o número
de pessoas estabelecido em 7.6. O PA deve ser retirado e recolocado pela pessoa entre as condições
repetidas em orelha aberta e fechada (ver 9.3.4) e o experimentador deve inspecionar e confirmar
a localização adequada dos microfones MOH depois da retirada do PA após cada ensaio em orelha
fechada. O experimentador também deve confirmar ou monitorar de outra forma o ajuste adequado
de quaisquer controles operáveis pela pessoa, como um botão liga/desliga ou controles de volume
dependentes do nível de pressão sonora.

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Para ensaios do método DEA, um protocolo de medidas repetidas é especificado e requer que sejam
realizadas duas medições para cada condição de PA (por exemplo, orelha aberta e fechada, orelha
fechada com componentes eletrônicos ligados e desligados) para cada amostra de PA. O PA deve
ser retirado e recolocado entre as duas condições repetidas em orelha aberta e fechada (ver 9.3.5).

Medições do nível de pressão sonora em banda de um terço de oitava devem ser realizadas
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e registradas em ambas as orelhas para caracterizar ambos os lados do PA. É preferível que as
medições à esquerda e direita sejam realizadas simultaneamente. As medições em orelha aberta
devem ser sempre realizadas e as medições iniciais e finais em orelha aberta devem ser utilizadas
para avaliar a estabilidade do sistema de medição (deslocamento). Quando a diferença entre os
dois conjuntos de valores em orelha aberta exceder 3 dB em qualquer banda de ensaio, a série de
medições deve ser realizada novamente. Além disso, para os ensaios MOH, medições repetidas em
orelha fechada devem ser comparadas quanto às diferenças extremas que possam indicar falha de
um microfone MOH resultante de um dano. Se isto ocorrer, as medições devem ser repetidas para a(s)
pessoa(s) afetada(s) com um microfone novo ou reparado, posicionado no local, de modo que todos
os pares da condição da perda por inserção sejam medidos com o mesmo microfone. Finalmente,
para ensaios em dispositivos ativos, as medições com componentes eletrônicos desligados e ligados
devem ser comparadas; se a diferença for insignificante para qualquer ensaio, verificar se a unidade
está operando adequadamente.

A subseção seguinte descreve as sequências de etapas para cada tipo de medição definido por esta
norma. As sequências providas presumem medição simultânea dos níveis de pressão sonora da
orelha esquerda e direita. Se um analisador de canal único for utilizado, os dados da orelha esquerda
e direita podem ser medidos em sequência para cada condição da perda por inserção se a pessoa
ou método DEA estiverem instalados com dois microfones, alternando as conexões com o analisador
externo no ambiente de ensaio. Alternativamente, se a pessoa estiver instalada com apenas um único
microfone por vez, a sequência completa deve ser concluída para uma orelha antes de medir o outro lado.

9.5.2 Sequência de medição do PA passivo do MOH para determinar a perda por inserção
passiva (PIP)

Uma das duas sequências de medição mostradas a seguir deve ser utilizada para determinar a PIP
de protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção auditiva de acordo com 9.4.3, utilizando
o método MOH. A sequência deve ser medida uma vez para cada pessoa e pressupõe que a pessoa
tenha sido treinada na colocação do PA (ver 9.3.2) e que o nível do sinal de ensaio foi verificado
(ver 9.2). A amostra de cada PA utilizado pelas pessoas deve ser identificada e registrada.

O nível do sinal de ensaio, durante a medição em orelha aberta, pode ser reduzido para diminuir
o nível de exposição ao ruído das pessoas, desde que o valor dessa redução seja caracterizado e
considerado durante a determinação da perda por inserção, conforme descrito na subseção 8.1.2.

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A pessoa entra no ambiente de ensaio, se senta com a cabeça posicionada no ponto de referência (ver 8.4)
e o microfone MOH é instalado (ver 8.7.6)
Sequência “AFAF” Sequência “FAFA”
 a) medição em orelha aberto, NA;  a) a pessoa coloca o PA (ver 9.3.4);
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 b) a pessoa coloca o PA (ver 9.3.4);  b) período de espera de 120 ± 5 s após o ajuste
final;
 c) período de espera de 120 ± 5 s após o ajuste  c) medição em orelha fechada, NF;
final;
 d) medição em orelha fechada, NF;  d) a pessoa remove o PA. O experimentador
confirma o(s) posicionamento(s) do(s) microfone(s)
e do(s) dispositivo(s) de ajuste do PA;
 e) a pessoa remove o PA. O experimentador  e) medição em orelha aberto, NA;
confirma o(s) posicionamento(s) do(s) microfone(s)
e do(s) dispositivo(s) de ajuste do PA;
Repetir as etapas (a) ‒ (e) acima, medindo os níveis aberto e fechado pela segunda vez;
Revisar os dados quanto à validade conforme 9.5.1 antes de liberar a pessoa.

9.5.3 Sequência de medição MOH em PA com RAR para determinar a perda por inserção ativa
(PIA), perda por inserção total (PIT) e perda por inserção passiva (PIP)

Uma das duas sequências de medição mostradas abaixo deve ser utilizada para determinar a PIA e,
conforme requerido, PIT e PIP de protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção auditiva
com RAR de acordo com 9.4.3 a 9.4.5, utilizando o método MOH. A sequência deve ser medida uma
vez para cada pessoa e pressupõe que a pessoa tenha sido treinada na colocação do PA (ver 9.3.2)
e que o nível do sinal de ensaio foi verificado (ver 9.2). A amostra de cada PA utilizado pelas pessoas
deve ser identificada e registrada.

NOTA Para dispositivos RAR, somente a PIA é requerida para determinar a AT. A medição de PIP e
PIT é opcional, portanto, a medição de NA pode ser omitida.

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A pessoa entra no ambiente de ensaio, se senta com a cabeça posicionada no ponto de referência (ver 8.4)
e o microfone MOH é instalado (ver 8.7.6)
Sequência “AFAF” Sequência “FAFA”
 a) medição em orelha aberta, NA.  a) a pessoa coloca o PA (ver 9.3.4).
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 b) a pessoa coloca o PA (ver 9.3.4).  b) período de espera de 120 ± 5 s após o ajuste
final.
 c) período de espera de (120 ± 5) s após o ajuste  c) medição passiva em orelha fechada, NF,D.
final.
 d) medição passiva em orelha fechada, NF,D.  d) a pessoa liga o RAR.
 e) a pessoa liga o RAR.  e) aguardar 10 s (ou mais se especificado pelo
solicitante), com o ruído de ensaio ligado.
 f) aguardar 10 s (ou mais se especificado pelo  f) medição ativa em orelha fechada, NF,L.
solicitante), com o ruído de ensaio ligado.
 g) medição ativa em orelha fechada, NF,L.  g) a pessoa remove o PA. O experimentador confirma
o(s) posicionamento(s) do(s) microfone(s) e do(s)
dispositivo(s) de ajuste do PA.
 h) a pessoa remove o PA. O experimentador confirma  h) medição em orelha aberta, NA.
o(s) posicionamento(s) do(s) microfone(s) e do(s)
dispositivo(s) de ajuste do PA.
Repetir as etapas (a) ‒ (h) acima, medindo os níveis fechado, fechado/desligado e fechado/ligado pela
segunda vez;
Revisar os dados quanto à validade conforme 9.5.1 antes de liberar a pessoa.

9.5.4 Sequência de medição do PA com atenuação dependente do nível de pressão sonora


pelo método MOH para determinar a perda por inserção total (PITNPS) de PA dependentes do
nível e perda por inserção passiva (PIP)

Uma das duas sequências de medição mostradas abaixo deve ser utilizada para determinar a PITNPS
e PIP de protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção auditiva dependentes do nível
de pressão sonora de acordo com 9.4.3 e 9.4.6, utilizando o método MOH. A sequência deve ser
medida uma vez para cada pessoa e pressupõe que a pessoa tenha sido treinada na colocação do
PA (ver 9.3.2) e que o nível do sinal de ensaio foi verificado (ver 9.2). A amostra de cada PA utilizado
pelas pessoas deve ser identificada e registrada.

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A pessoa entra no ambiente de ensaio, se senta com a cabeça posicionada no ponto de referência (ver 8.4)
e o microfone MOH é instalado (ver 8.7.6)
Sequência “AFAF” Sequência “FAFA”
 a) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  a) a pessoa coloca o PA (ver 9.3.4), os
75 dB. Medição em orelha aberta de NA,75; componentes eletrônicos do PA são desligados.
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Em seguida, os componentes eletrônicos são


ligados pela pessoa;
 b) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  b) período de espera de 120 ± 5 s após o ajuste
85 dB. Medição em orelha aberta de NA,85; final;
 c) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  c) ajustar o nível de ensaio no ambiente para 75 dB.
95 dB. Medição em orelha aberta de NA,95; Aguardar 10 s. Medição em orelha fechada de
NF,75;
 d) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  d) ajustar o nível de ensaio no ambiente para 85 dB.
105 dB. Medição em orelha aberta de NA,105; Aguardar 10 s. Medição em orelha fechada de
NF,85;
 e) a pessoa coloca o PA (ver 9.3.4), os  e) ajustar o nível de ensaio no ambiente para 95 dB.
componentes eletrônicos do PA são desligados. Aguardar 10 s. Medição em orelha fechada de
Em seguida, os componentes eletrônicos são NF,95;
ligados pela pessoa;
 f) período de espera de (120 ± 5) s após o  f) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
ajuste final; 105 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha
fechada de NF,105;
 g) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  g) a pessoa desliga os componentes eletrônicos do
75 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha PA. Medição passiva em orelha fechada NF,D;
fechada de NF,75;
 h) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  h) a pessoa desliga o PA e remove o dispositivo.
85 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha O experimentador confirma o(s) posicionamento(s)
fechada de NF,85; do(s) microfone(s) e do(s) dispositivo(s) de ajuste
do PA;
 i) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  i) ajustar o nível de ensaio no ambiente para 75 dB.
95 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha Medição em orelha aberta de NA,75;
fechada de NF,95;
 j) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  j) ajustar o nível de ensaio no ambiente para 85 dB.
105 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha Medição em orelha aberta de NA,85;
fechada de NF,105;
 k) a pessoa desliga os componentes eletrônicos  k) ajustar o nível de ensaio no ambiente para 95 dB.
do PA. Medição passiva em orelha fechada NF,D; Medição em orelha aberta de NA,95;
 l) a pessoa desliga o PA e remove o  l) ajustar o nível de ensaio no ambiente para 105
dispositivo. O experimentador confirma o(s) dB. Medição em orelha aberta de NA,105;
posicionamento(s) do(s) microfone(s) e do(s)
dispositivo(s) de ajuste do PA;
Repetir as etapas (a) ‒ (l) acima, medindo os níveis aberto e fechado para o sinal de ensaio indicado e
as condições do controle do PA pela segunda vez;
Revisar os dados quanto à validade conforme 9.5.1 antes de liberar a pessoa.

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9.5.5 Sequência de medição do PA passivo pelo método DEA para determinar a perda por
inserção passiva (PIP)

Uma das duas sequências de medição mostradas a seguir deve ser utilizada para determinar a PIP
de protetores auditivos tipo concha, protetores auditivos do tipo inserção e capacetes com proteção
auditiva passivos de acordo com 9.4.3, utilizando o método DEA. A sequência deve ser medida uma
vez para cada amostra de PA e pressupõe que o nível do sinal de ensaio foi verificado (ver 9.2) e que
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o DEA está na posição no ambiente de ensaio.

Sequência “AFAF” Sequência “FAFA”


 a) medição em orelha aberta, NA.  a) colocar o PA no DEA (ver 9.3.5).
 b) colocar o PA no DEA (ver 9.3.5).  b) período de espera de (120 ± 5) s após o
ajuste final.
 c) período de espera de (120 ± 5) s após o ajuste final.  c) medição em orelha fechada, NF.
 d) medição em orelha fechada, NF.  d) remover o PA do DEA.
 e) remover o PA do DEA.  e) medição em orelha aberta, NA.
Repetir as etapas (a) ‒ (e) acima, medindo os níveis aberto e fechado pela segunda vez.
Revisar os dados quanto à validade conforme 9.5.1 antes de concluir o ensaio.

9.5.6 Sequência de medição DEA em PA com RAR para determinar a perda por inserção ativa
(PIA), a perda por inserção total (PIT) e a perda por inserção passiva (PIP)

Uma das duas sequências de medição mostradas abaixo deve ser utilizada para determinar a PIA,
PIT e PIP de protetores auditivos tipo inserção, protetores auditivos tipo concha e capacetes com
proteção auditiva RAR de acordo com 9.4.3 a 9.4.5, utilizando o método DEA. A sequência deve ser
medida uma vez para cada amostra de PA e pressupõe que o nível do sinal de ensaio foi verificado
(ver 9.2) e que o DEA está na posição no ambiente de ensaio.

Sequência “AFAF” Sequência “FAFA”


 a) medição em orelha aberta, NA.  a) colocar o PA no DEA (ver 9.3.5).
 b) colocar o PA no DEA (ver 9.3.5).  b) período de espera de (120 ± 5) s após o
ajuste final.
 c) período de espera de (120 ± 5) s após o ajuste final.  c) medição passiva em orelha fechada, NF,D.
 d) medição passiva em orelha fechada, NF,D.  d) ligar o RAR.
 e) ligar o RAR.  e) aguardar 10 s (ou mais se especificado
pelo solicitante), com o ruído de ensaio ligado.
 f) aguardar 10 s (ou mais se especificado pelo  f) medição ativa em orelha fechada, NF,L.
solicitante), com o ruído de ensaio ligado.
 g) medição ativa em orelha fechada, NF,L.  g) desligar o RAR e remover o PA do DEA.
 h) desligar o RAR e remover o PA do DEA.  h) medição em orelha aberta, NA.
Repetir as etapas (a) ‒ (h) acima, medindo os níveis fechado, fechado/desligado e fechado/ligado pela
segunda vez.
Revisar os dados quanto à validade conforme 9.5.1 antes de concluir o ensaio.

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9.5.7 Sequência de medição do PA com atenuação dependente do nível de pressão sonora


pelo método DEA para determinar a perda por inserção total (PITNPS) de PA dependentes do
nível e perda por inserção passiva (PIP)

Uma das duas sequências de medição mostradas abaixo deve ser utilizada para determinar a PITNPS
e PIP de protetores auditivos tipo inserção, protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção
auditiva dependentes do nível de pressão sonora de acordo com 9.4.3 e 9.4.6, utilizando o método
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DEA. A sequência deve ser medida uma vez para cada amostra de PA e pressupõe que o nível
do sinal de ensaio foi verificado (ver 9.2) e que o método DEA está na posição no ambiente de ensaio.

Sequência “AFAF” Sequência “FAFA”


 a) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  a) instalar o PA no DEA (ver 9.3.5).
75 dB. Medição em orelha aberta de NA,75.
 b) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  b) período de espera de (120 ± 5) s após o ajuste
85 dB. Medição em orelha aberta de NA,85. final.
 c) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  c) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
95 dB. Medição em orelha aberta de NA,95. 75 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha
fechada de NF,75.
 d) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  d) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
105 dB. Medição em orelha aberta de NA,105. 85 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha
fechada de NF,85.
 e) instalar o PA no DEA (ver 9.3.5).  e) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
95 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha
fechada de NF,95.
 f) período de espera de (120 ± 5) s após  f) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
o ajuste final. 105 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha
fechada de NF,105.
 g) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  g) desligar os componentes eletrônicos do PA.
75 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha Medição passiva em orelha fechada NF,D.
fechada de NF,75.
 h) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  h) remover o PA do DEA.
85 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha
fechada de NF,85.
 i) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  i) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
95 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha 75 dB. Medição em orelha aberta de NA,75.
fechada de NF,95.
 j) ajustar o nível de ensaio no ambiente para  j) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
105 dB. Aguardar 10 s. Medição em orelha 85 dB. Medição em orelha aberta de NA,85.
fechada de NF,105.
 k) desligar os componentes eletrônicos do PA.  k) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
Medição passiva em orelha fechada NF,D. 95 dB. Medição em orelha aberta de NA,95.
 l) remover o PA do DEA.  l) ajustar o nível de ensaio no ambiente para
105 dB. Medição em orelha aberta de NA,105.
Repetir as etapas (a) ‒ (l) acima, medindo os níveis aberto e fechado para o sinal de ensaio indicado e
as condições do controle do PA pela segunda vez.
Revisar os dados quanto à validade conforme 9.5.1 antes de concluir o ensaio.

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9.6 Análise de dados

9.6.1 Generalidades

As perdas por inserção aplicáveis ao PA específico ensaiado devem ser calculadas conforme
estabelecido em 9.4 a partir dos níveis medidos de acordo com os procedimentos descritos em 9.5.
Projeto em Consulta Nacional

A perda de inserção deve ser calculada e reportada separadamente para cada pessoa (ensaios MOH)
e para cada banda de um terço de oitava, cada colocação do PA e cada orelha (esquerda e direita).
Além disso, no caso de ensaios de PA dependentes do nível de pressão sonora, a perda por inserção
total deve ser calculada e reportada para cada nível de ensaio total.

9.6.2 Cálculos de médias e desvios-padrão

Para ambos os métodos MOH e DEA, as perdas por inserção devem ser reportadas como médias
e desvios-padrão, em decibels, pelo menos para cada uma das bandas de um terço de oitava que
possuam frequências centrais de 100 Hz a 10.000 Hz.

Para o método MOH, as perdas por inserção para cada uma das duas medidas repetidas de cada
condição da pessoa/orelha/operação devem ser calculadas pela média e estas médias devem ser
reportadas. O desvio-padrão deve ser calculado a partir destas médias utilizando o número de pessoas
menos um como os graus de liberdade.

Para o método DEA, as perdas por inserção para cada uma das duas medidas repetidas de cada
amostra de PA devem ser calculadas pela média e estas médias devem ser reportadas. Os desvios-padrão
devem ser calculados utilizando o número de amostras menos um como os graus de liberdade.

A média aritmética dos valores da perda por inserção para as orelhas esquerda e direita também deve
ser reportada quando a diferença entre as perdas por inserção da orelha esquerda e direita for inferior
ou igual a 5 dB para cada uma das bandas de um terço de oitava. Quando a diferença entre as perdas
por inserção da orelha esquerda e direita for superior a 5 dB para qualquer banda de um terço de
oitava, as perdas por inserção de cada orelha devem ser reportadas separadamente.

9.6.3 Estimativa de atenuação total (AT) para PA com RAR

A atenuação total (AT) proporcionada por um PA com RAR com seus componentes eletrônicos em
operação deve ser a combinação da atenuação passiva medida utilizando o método AOHLA descrito
na ABNT NBR 16076, com a perda por inserção ativa (PIA), calculada conforme especificado abaixo.
Para protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção auditiva ativos, a PIA deve ser obtida
utilizando o método MOH (ver 9.5.3). Para protetores auditivos tipo inserção ativos, a PIA deve ser
obtida pelo método DEA (ver 9.5.6), exceto no caso de dispositivos de instalação personalizada
que atendem à profundidade de inserção e outros requisitos estabelecidos no Anexo D, e nesse
caso, o MOH PIA (ver 9.5.3) medido no microfone do sistema RAR obtido utilizando o procedimento
estabelecido no Anexo D pode ser utilizado.

Para dispositivos passivos ou para dispositivos ativos (RAR ou dependente do nível de pressão sonora)
com os componentes eletrônicos desligados, a ABNT NBR 16076 especifica o uso de dados AOHLA.
Para dispositivos ativos com os componentes eletrônicos em operação, a AT calculada conforme
especificado nesta Seção deve ser utilizada.

A atenuação total de protetores auditivos tipo concha e capacetes com proteção auditiva ativos pode
ser calculada conforme descrito a seguir:

 a) calcular os valores médios de atenuação AOHLA para as colocações repetidas;

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 b) calcular os valores médios MOH PIA para as colocações repetidas utilizando os mesmos pares
de pessoa/PA utilizados na atenuação AOHLA;

 c) calcular a média dos seis valores MOH PIA (três para cada ouvido) para as bandas de um terço
de oitava nas frequências de oitava AOHLA e adjacentes a elas;
Projeto em Consulta Nacional

 d) calcular a atenuação total adicionando o valor médio de atenuação AOHLA e o valor médio MOH
PIA associado para cada uma das frequências de ensaio de oitava AOHLA.

A Tabela 3 ilustra este cálculo para dois pontos de dados AOHLA (os valores de 500 Hz e 1000 Hz
no exemplo). Cada AT da pessoa deve ser ajustada pelo limite de condução óssea, conforme
estabelecido em 9.6.4.

Tabela 3 – Exemplo de estimativa de AT em 500 Hz e 1000 Hz combinando AOHLA média


com PIA média
400 Hz 500 Hz 630 Hz 800 Hz 1000 Hz 1250 Hz
Atenuação AOHLA 16,4 25,4
Orelha direita PIA 12,3 12,4 12,0 –2,3 –1,1 –3,3
Orelha esquerda PIA 12,4 11,8 11,2 –1,4 –0,8 –1,3
PIA média 12,2 –1,4
AT = AOHLA + PIA média 28,6 24,0

A atenuação total de protetores auditivos tipo inserção ativos é calculada da mesma maneira que
os protetores auditivos tipo concha ativos, conforme especificado acima, exceto que um deve combinar
com cada atenuação passiva AOHLA da pessoa com o DEA PIA determinado para a amostra de
protetores auditivos tipo inserção utilizada pela pessoa durante o ensaio AOHLA. Entretanto, para
determinados protetores auditivos do tipo inserção personalizado de inserção profunda, a PIA deve
ser medida de acordo com o Anexo D.

9.6.4 Aplicação dos limites de condução óssea para cálculo de atenuação total (AT)

Os valores de AT determinados conforme descrito em 9.6.3 devem ser corrigidos pelo uso da Equação
(1) antes do uso nos métodos estabelecidos na ABNT NBR 16077. As correções de condução óssea
são provenientes de [3]. Se o laboratório de ensaio possuir dados conforme a ABNT NBR 16076 que
demonstrem que o dispositivo submetido ao ensaio provê atenuação média na orelha real que exceda
aos valores da Tabela 4, estes valores devem ser utilizados na Equação (1) no lugar dos valores da
Tabela 4.

( )
ATCO − Corrigida = −10 ⋅ log10 10− ATNão corrigida 10 + 10−LCO 10 (1)

Tabela 4 – Estimativa do limite de condução óssea (LCO) para correção da AT


Frequência 125 Hz 250 Hz 500 Hz 1000 Hz 2000 Hz 4000 Hz 8000 Hz
Cabeça não coberta 50 57 61 49 41 50 50
Cabeça envolvida
por capacete com 50 57 61 54 49 60 61
protetor facial

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9.7 Incerteza dos métodos de ruído contínuo

A medição de PI de um PA possui incertezas inerentes associadas a várias fontes, como o microfone,


analisador de espectro, campo sonoro, colocação do PA na cabeça (MOH) ou DEA, etc. A estimativa
da incerteza também é inexata. Poucos dados empíricos estão disponíveis. A incerteza pode ser
estimada conforme descrito no Anexo E.
Projeto em Consulta Nacional

9.8 Informações a serem incluídas no relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve incluir as seguintes informações:

 a) a referência a esta Norma, isto é, ABNT NBR 17072:2022, o tipo de procedimento de ensaio
utilizado (MOH ou DEA), e se o PA foi ensaiado na configuração passiva, RAR ou dependente do
nível de pressão sonora;

 b) o tipo de protetor auditivo e sua marca e modelo ou nome comercial, uma cópia exata das
instruções que acompanharam o produto e que foram utilizadas na execução do ensaio, a
descrição de qualquer envolvimento do representante do solicitante no momento do ensaio e
qualquer orientação específica do solicitante quanto ao ensaio, treinamento adicional ou dispensa
de pessoas;

 c) o número de protetores auditivos ensaiados e a descrição de quaisquer amostras que tenham
sido rejeitadas e seus respectivos motivos;

 d) os valores medidos da perda por inserção passiva e ativa para cada pessoa/DEA, orelha (esquerda
ou direita), a colocação (série), nível do sinal de ensaio (e espectros adicionais do sinal de ensaio,
se solicitado), a condição operacional e banda de um terço de oitava utilizadas no ensaio;

 e) os valores médios e desvio-padrão da perda por inserção (incluindo PIA, PIT, PITNPS e
PIP, conforme aplicável ao protetor auditivo ensaiado) para cada nível do sinal de ensaio
(e espectros/registros adicionais do sinal de ensaio, se solicitado) e banda de um terço de oitava
utilizadas no ensaio;

 f) a atenuação total antes e após o ajuste pelo limite de condução óssea para ensaios simultâneos
aos ensaios AOHLA no mesmo PA e, se utilizados, os limites alternativos de condução óssea;

 g) para ensaios MOH, uma tabela de todas as pessoas (incluindo todas que foram dispensadas
juntamente com a justificativa para a dispensa) especificando a idade e o gênero, largura do
bitrágio e altura da cabeça e o identificador da amostra do PA utilizado correspondente a cada
pessoa;

 h) para ensaios DEA, as marcas comerciais/modelos/especificação, que descrevem ou controlam


o DEA utilizado, incluindo uma descrição dos microfones e acopladores do canal auditivo instalados
e (se aplicável) variante dos pavilhões auditivos utilizados;

 i) para ensaios de protetores auditivos tipo concha, a média e o desvio-padrão da força do arco para
todas as amostras ensaiadas, a posição (sobre a cabeça, sob o queixo ou atrás da cabeça) na
qual a força foi ensaiada, a temperatura ambiente e umidade relativa em que os ensaios foram
realizados;

 j) no caso de produtos que estejam disponíveis em tamanhos distintos, indicar os tamanhos que
foram efetivamente utilizados no ensaio e quantas pessoas utilizaram cada tamanho ou ainda
quantas amostras de cada tamanho foram utilizadas no DEA.

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9.9 Apresentação gráfica dos dados

Quando os dados da perda por inserção são apresentados graficamente, a escala de frequência ao
longa da abscissa deve utilizar intervalos iguais para cada banda de um terço de oitava, e a ordenada
deve ser linear em decibel. A escala de perda por inserção deve ser definida de forma crescente em
direção à parte inferior do gráfico. O intervalo de uma década de frequência, representada no gráfico
Projeto em Consulta Nacional

no eixo das abscissas, deve corresponder ao intervalo de 25 dB a 50 dB de perda por inserção.

10 Métodos de ruído impulsivo – Instalações e instrumentação (DEA)


10.1 Características de impulso

O mecanismo utilizado para gerar impulsos deve ser capaz de prover níveis de pressão sonora de
pico que variam de 130 dB a 134 dB, 148 dB a 152 dB e 166 dB a 170 dB. Os ensaios podem ser
realizados em níveis superiores aos 170 dB requeridos, porém devem ser reportados e identificados
separadamente. A duração-A mínima permissível deve ser superior ou igual a 0,5 ms e a máxima
deve ser inferior ou igual a 2,0 ms. Ver o Anexo F para informações sobre a geração de impulsos que
atendem a estes requisitos.

NOTA A faixa especificada dos níveis de pressão sonora de pico se aproxima das criadas por uma
ampla variedade de fontes de ruído cotidianas, por exemplo, ferramentas pneumáticas, equipamentos de
construção, armas de fogo e fogos de artifício.

10.2 Instrumentação

10.2.1 Taxa de amostragem, resolução, exatidão e duração

O sistema de aquisição de dados deve ser capaz de amostrar simultaneamente a saída do microfone
para ambas as orelhas do DEA e a sonda/microfone de pressão de campo livre com uma taxa mínima
de amostragem de 96.000 amostras por segundo (96 kHz) para cada canal. A resolução do sistema
de aquisição de dados deve ser de no mínimo 16 bits, com preferência para 24 bits. O sistema deve
ter uma exatidão mínima de 14 bits, com preferência para 16 bits.

O início dos registros do sinal do microfone deve ser sincronizado com a ativação (disparo) da fonte
sonora impulsiva para assegurar que o pico de cada forma de onda de impulso registrada inclua o
período de tempo de pelo menos 1,0 ms antes do pico até pelo menos 300 ms após o pico.

10.2.2 Filtros anti-aliasing (suavizadores)

Os filtros anti-aliasing (suavizadores) utilizados durante a aquisição de dados devem ter respostas
de Bessel de sexta ordem (fase mínima na banda passante) com uma frequência de corte de 20 kHz
(–3 dB). Se os filtros anti-aliasing (suavizadores) incorporados nos conversores analógico-digitais do
sistema de aquisição de dados não atenderem a estes requisitos, eles devem ser desviados e um filtro
externo deve ser utilizado.

NOTA Os filtros anti-aliasing (suavizadores) são uma função do hardware antes da amostragem do sinal.
Um sistema de aquisição de dados que utiliza taxas de amostragem superiores a 200 kHz com suavização
de hardware de frequência mais alta correspondente pode ser utilizado somente se a resposta de Bessel
for mantida e os sinais digitalizados forem subsequentemente filtrados em software com um filtro de Bessel
de corte de 20 kHz, conforme definido acima.

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10.2.3 Ruído de fundo

O nível de ruído máximo permissível (r.m.s.1)) do sistema de medição, incluindo o ruído ambiente do
local de ensaio, deve ser de pelo menos 70 dB abaixo do nível de pico do sinal impulsivo a ser medido.

10.2.4 Capacidade de processamento do pico de medição de sinal


Projeto em Consulta Nacional

A capacidade de processamento do sinal de pico do sistema de medição de sinais deve ser de pelo
menos 3 dB acima do máximo de cada faixa do nível de ruído de impulso de pico (ver 10.1) com todos
os estágios de ganho estabelecidos conforme necessário para essa faixa. Isto deve ser verificado
conectando um gerador de sinal de onda senoidal de 1000 Hz diretamente na entrada do sistema de
aquisição de dados. Ajustar a saída do gerador de sinal para um nível r.m.s. equivalente a 137 dB
NPS, 155 dB NPS e 173 dB NPS quando referida na entrada acústica pela sensibilidade do microfone
calibrado. Deve ser determinado por meio de inspeção visual da forma da onda temporal da saída
do sistema de aquisição de dados (por exemplo, utilizando um osciloscópio) de que nenhum corte
ocorra nesta condição.

10.3 Sonda/microfone de pressão de campo livre


10.3.1 Capacidade de pico de NPS

Uma sonda/microfone de pressão de campo livre capaz de medir com exatidão níveis de impulso
de 180 dB, pico NPS deve ser utilizado como microfone externo.

NOTA O microfone de campo livre para a sonda de pressão pode ser um microfone ou transdutor de
pressão que atendam aos requisitos da Seção 10.3.

10.3.2 Calibração do microfone

Os microfones devem ter uma resposta de sensibilidade calibrada de ± 3 dB na faixa de frequência


de 20 Hz a 20 kHz. Esta calibração deve ser verificada nos 24 meses anteriores ao uso para ensaios
de acordo com esta Norma.

10.3.3 Dimensões da sonda

O microfone de medição deve ser instalado em uma sonda de pressão de campo livre, constituída
por um corpo cilíndrico, conforme mostrado na Figura 2, possuindo um comprimento mínimo, d3, de
40,6 cm, um diâmetro máximo, ∅, de 5,1 cm e um cone da ponta, d1, entre 5,1 cm e 10,2 cm. O transdutor
de pressão deve estar nivelado com a lateral do corpo cilíndrico e localizado a uma distância, d2,
da ponta entre 15,2 cm e 20,3 cm. O diâmetro interno do orifício na sonda para instalação do transdutor
de pressão não pode exceder 0,1 mm a mais que o diâmetro externo do corpo do transdutor.
Vista superior

Fluxo do diafragma Propagação da


Vista lateral nivelado com a sonda onda de choque

Figura 2 – Sonda de pressão de campo livre

1) r.m.s. significa root mean square em inglês, na tradução livre valor quadrático médio ou valor eficaz.

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10.4 Posicionamento do DEA e da sonda de pressão de campo livre

Reflexões de impulsos acústicos podem interferir na captura e medição da pressão de pico resultante.
Portanto, o ensaio deve ser realizado em um ambiente de tal forma que a primeira reflexão de qualquer
superfície chegue pelo menos em 5 ms após o pico de impulso ou seja de pelo menos 60 dB abaixo
da pressão sonora de pico. Se realizado ao ar livre, o vento deve ser inferior a 4 m/s.
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Durante as medições de ruído impulsivo, as sondas/microfones de pressão de campo livre devem ser
posicionadas conforme mostrado na Figura 3, equidistantes (r) e na mesma elevação (h) da fonte de
ruído de impulso que o(s) microfone(s) do DEA. O ângulo relativo, ϕ, entre o plano sagital do DEA e
a sonda de pressão deve ser tal que 10 ≤ ϕ ≤ 30 graus. O DEA deve ser orientado diretamente em
frente da fonte impulsiva dentro de ± 3 graus.

NOTA O momento de chegada da onda de choque nos dois microfones do DEA pode ser utilizado para
verificar a orientação do DEA em relação à fonte de ruído impulsivo.

Dispositivo de ensaio
acústico impulsivo Dispositivo de
ensaio acústico
Distância da fonte de impulso
Distância da fonte de impulso
Fonte de impulso
Fonte de impulso

Elemento 10 ≤ φ ≤ 30 graus
Sonda de pressão sensor
de campo livre

Sonda de pressão
de campo livre

Figura 3 – Vista em perspectiva e plana da configuração do DEA, fonte de impulso e sonda


de pressão de campo livre

11 Métodos de ruído impulsivo – Procedimentos de ensaio e redução de dados (DEA)


11.1 Generalidades

O procedimento de redução de ruído de pico impulsivo provê uma estimativa da perda por inserção
para níveis de pico impulsivo resultantes da colocação de um PA em um DEA. As medições requeridas
(as formas de onda temporais a serem amostradas e armazenadas) e a sequência prescrita são
apresentadas em 11.2. Os cálculos a serem realizados a partir destas formas de onda para determinar
a perda por inserção de pico são apresentados em 11.3. A estimativa de incerteza é apresentada
em 11.4 e as informações a serem reportadas são apresentadas em 11.5.

11.2 Medição das formas de onda temporais

Os registros da forma de onda definidos na sequência abaixo proveem os dados necessários para
determinar a perda por inserção de pico impulsivo para um PA. Todos os registros devem estar
de acordo com os requisitos de 10.2 para cada evento impulsivo e, os sinais esquerdo e direito do DEA
e da sonda de pressão de campo livre devem ser registrados simultaneamente.

Todas as medições, exceto o nível de pico impulsivo mais alto, envolvem medições repetidas dos
sinais em orelha aberta do DEA, seguidas por medições repetidas dos sinais em orelha fechada do
DEA para cada amostra de PA e, finalmente, repetindo as medições em orelha aberta. A sequência
descrita nas etapas (c) a (f) abaixo deve ser realizada três vezes (uma para cada uma das três faixas

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de nível de pico) em uma sessão no tempo mais curto possível. O DEA e a sonda de pressão de campo
livre não podem ser movimentados durante esta sequência e, se a temperatura mudar em mais de ± 5 °C
ao longo do tempo decorrido, o ensaio deve ser repetido quando a temperatura estiver mais estável.

Para qualquer ensaio, se o evento impulsivo acústico de campo livre estiver fora da faixa especificada,
o ensaio deve ser repetido e os dados de um ensaio inaceitável devem ser descartados.
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As medições das formas de ondas temporais são realizadas para:

 a) verificar, utilizando impulsos de ensaio, se o equipamento está posicionado de forma a minimizar
reflexões, conforme especificado em 10.4;

 b) ajustar a fonte de ruído impulsivo para a primeira das três faixas de nível de pico, conforme
especificado em 10.1 (NPS de pico de 130 dB a 134 dB);

 c) registrar três conjuntos de formas de onda da sonda de campo livre e em orelha aberta do DEA
para três ensaios de calibração da fonte impulsiva. Verificar se o pico de cada impulso na sonda
de campo livre está na faixa especificada. Designar estas formas de onda temporais de pressão
PCL-cal,n,p(t) para o sinal de campo livre e PAberto-Esquerda,n,p(t) e PAberto-Direita,n,p(t) para os sinais
de ATF em orelha aberta esquerda e direita, onde n indexa os ensaios de calibração (1 a 3),
p significa a faixa de pico de impulso (nominalmente 132) e t é o índice de tempo para as amostras
da forma de onda;

 d) colocar uma amostra de PA no DEA de acordo com 9.3.5. Registrar um conjunto de formas de
onda de campo livre em orelha fechada do DEA para um único evento impulsivo. Verificar se o
pico do impulso na sonda de campo livre está na faixa especificada. Remover o PA, recolocá-lo
e repetir, registrando as formas de onda e verificando o nível de pico novamente. Designar
estas formas de onda temporais de pressão PCA-ensaio,k,m,p(t) para o sinal de campo livre e
PFechado-Esquerda,k,m,p(t) e PFechado-Direita,k,m,p(t), onde k significa a amostra de PA (1 a 5),
m significa a colocação repetida (1 ou 2) e p e t são como na etapa (c);

 e) repetir a etapa (d) para cada amostra de PA, registrando e armazenando as formas de onda
identificadas pelo número de amostra k e número de repetição m;

 f) registrar três conjuntos adicionais de formas de onda de calibração em orelha aberta, como na
etapa (c). Verificar se o pico do impulso na sonda de campo livre está na faixa especificada.
Designar valores de 4 a 6 ao número do ensaio de calibração n para estes conjuntos;

 g) ajustar a fonte de impulso para a próxima faixa do nível de pico mais alto especificado em 10.1 e
repetir as etapas (c) a (f), designando as formas de onda registradas com p = 150 (nível de pico
nominal);

 h) ajustar a fonte de impulso novamente para a faixa do nível de pico mais alto especificado em
10.1 e repetir as etapas (d) e (e), designando as formas de onda registradas com p = 168 (nível
de pico nominal);

 i) repetir o processo com quaisquer faixas de pressão adicional especificadas pelo solicitante, com
valores apropriados para p designando as formas de onda registradas. Se qualquer uma destas
faixas exceder ao nível de pico de 155 dB NPS, não realizar as medições em orelha aberta.

NOTA As medições em orelha aberta e de campo livre correspondentes não são capturadas nas etapas (h)
e (i), para os níveis de pico impulsivo mais altos, devido aos níveis resultantes no simulador de orelha
poderem exceder a faixa dinâmica de um microfone de 6,35 mm (0,25 polegada).

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11.3 Cálculo da perda por inserção de pico impulsivo


A partir das formas de onda de calibração em orelha aberta, para a faixa de nível de pico impulsivo
médio, os seguintes cálculos são utilizados para determinar uma função de transferência no domínio
da frequência com valor complexo (real e imaginário). O cálculo deve ser utilizado para estimar a
forma de onda impulsiva, equivalente em orelha aberta, das formas de onda da sonda de pressão
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de campo livre medidas simultaneamente durante cada ensaio em orelha fechada. Isto é necessário
devido à variabilidade dos altos níveis de sinais de pressão produzidos por fontes impulsivas entre
os ensaios. A comparação das pressões de pico impulsivo em orelha fechada com as pressões de
pico impulsivo equivalentes em orelha aberta estimadas, utilizando esta função de transferência de
calibração, produz um valor de redução de pico impulsivo que é, com efeito, uma perda por inserção,
embora a medição real seja da redução de ruído.

NOTA Ver o Anexo G para um exemplo de código de programação em MATLAB®2) que implementa
os cálculos descritos a seguir.

 a) qualquer deslocamento da corrente contínua dos microfones ou do sistema de medição da forma
de onda deve ser ajustado de modo que a influência da corrente contínua nas medições seja igual
ou inferior ao ruído de fundo do sistema. Isto pode ser conseguido subtraindo o valor médio de
cada forma de onda;

 b) calcular a Transformada de Fourier distinta, Ƒ, de todas as formas de onda de calibração


em orelha aberta e de campo livre para a faixa de nível de pico impulsivo médio:
Ƒ (PCL-cal,n,150), Ƒ (PAberto-Esquerda,n,150) e Ƒ (PAberto-Direita,n,150). Estes são indexados pela
frequência angular, ω, em vez do tempo, t, bem como pelo número da amostra de impulso, n;

 c) calcular as funções de transferência de calibração para cada orelha utilizando as Equações (2)
e (3), calculando a média, através da amostra de impulso, n, as partes reais e imaginárias da razão
complexa das Transformadas de Fourier distintas em orelha aberta até a forma de onda de campo
livre. O cálculo combina as formas de onda de calibração registradas antes e após a medição
das formas de onda em orelha fechada. O resultado é indexado pela frequência angular, ω;

HCL-Esquerda(ω) = (1/6) ∑n = 1:6 [Ƒ (PAberto-Esquerda,n,150)/Ƒ (PCL-cal,n,150)] (2)

HCL-Direita(ω) = (1/6) ∑n = 1:6 [Ƒ (PAberto-Direita,n,150)/Ƒ (PCL-cal,n,150)] (3)

 d) utilizar as Equações (4) e (5) para estimar cada forma de onda em orelha aberta do DPA a partir
da forma de onda de campo livre correspondente utilizando as funções de transferência de
calibração determinadas nas Equações (2) e (3). Ƒ –1 indica a transformada de Fourier discreta
inversa. O pico impulsivo é o máximo, sobre o tempo, t, do valor absoluto da forma de onda.
A diferença entre o pico impulsivo estimado em orelha aberta, calculado nas Equações (6)
e (7), e o nível de pico impulsivo real em orelha aberta medido deve ser inferior a 3 dB. Este
requisito deve ser atendido para cada uma das formas de onda em orelha aberta utilizadas para
calcular as funções de transferência HCL, bem como para todas as formas de onda em orelha
aberta medidas em faixas de nível de pico impulsivo mais baixas. Se este limite for excedido,
as medições descritas em 11.2 e as etapas de calibração descritas em 11.3 a) a 11.3 c) devem
ser repetidas nas faixas que não atenderem ao critério de 3 dB.

PVerificar-Aberto-Esquerda,n,p(t) = Ƒ–1 [HFF-Esquerda(ω) × Ƒ (PFF-cal,n,p)] (4)

2) MATLAB® é exemplo de software adequado comercialmente disponível. Esta informação é dada para
facilitar aos usuários desta Norma e não constituí um endosso por parte da ABNT ao software citado.

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PVerificar-Aberto-Direita,n,p(t) = Ƒ–1 [HFF-Direita(ω) × Ƒ (PFF-cal,n,p)] (5)

20 log10{maxt [abs(PVerificar-Esquerda,n,p)]/maxt [abs(PAberto-Esquerda,n,p)]} < 3 dB


para todo n e p (6)

20 log10{maxt [abs(PVerificar-Direita,n,p)]/maxt [abs(PAberto-Direita,n,p)]} < 3 dB


Projeto em Consulta Nacional

para todo n e p (7)

 e) para cada forma de onda registrada em orelha fechada, estimar uma forma de onda equivalente
em orelha aberta utilizando as funções correspondentes de forma de onda de campo livre e de
transferência de calibração, Equações (8) e (9).

PEstimado-Aberto-Esquerda,k,m,p(t) = Ƒ–1 [HFF-Esquerda(ω) × Ƒ (PCL-ensaio,k,m,p)] (8)

PEstimado-Aberto-Direita,k,m,p(t) = Ƒ–1 [HFF-Direita(ω) × Ƒ (PCL-ensaio,k,m,p)] (9)

 f) encontrar o pico impulsivo de todas as formas de onda em orelha fechada e em orelha aberta
estimadas e calcular a razão em decibéis das formas de onda correspondentes para obter PIPI
para cada amostra de PA, k, medida repetida, m e faixa de sinal impulsivo, p, utilizando as
Equações (10) e (11).

PIPIEsquerda,k,m,p = 20 log10{maxt [abs(PEstimado-Aberto-Esquerda,k,m,p)]/maxt [abs(PFechado-Esquerda,k,m,p)]} (10)

PIPIDireita,k,m,p = 20 log10{maxt [abs(PEstimado-Aberto-Direita,k,m,p)]/maxt [abs(PFechado-Direita,k,m,p)]} (11)

 g) os valores de PIPI calculados devem ser estimados pela média através da orelha do DPA, amostra
de PA, k, e medida repetida, m, para produzir três valores PIPIp, um para cada nível de pico
de sinal impulsivo, p.

11.4 Incerteza do método de ruído impulsivo

A medição de PIPI de um PA possui incertezas inerentes associadas a várias fontes, como o microfone
ou o transdutor de pressão para o campo livre, o microfone ou o transdutor para o DPA, a instalação
do PA no DEA etc. A estimativa da incerteza também é inexata. Atualmente poucos dados empíricos
estão disponíveis. A incerteza pode ser estimada conforme descrito no Anexo H.

11.5 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve incluir as seguintes informações:

 a) a referência a esta Norma, isto é, ABNT NBR 17072:2022;

 b) o tipo de protetor auditivo e sua marca comercial/nome do produto, uma cópia das instruções
exatas que acompanharam o produto e foram utilizadas no protocolo do ensaio, qualquer
envolvimento do representante do solicitante no momento do ensaio e qualquer orientação
específica do solicitante para colocação do PA no DEA;

 c) o número de amostras ensaiadas do protetor auditivo, o número de amostras que foram rejeitadas
e o(s) motivo(s);

 d) todos os valores individuais de PIPI calculados, um para cada amostra de PA, k, medida repetida,
m, e faixa de nível de pico de sinal impulsivo, p, bem como a média de PIPp para cada faixa de
pico impulsivo;

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 e) os gráficos de cada forma de onda em orelha fechada (PFechado-Esquerda,k,m,p e


PFechado-Direita,k,m,p), em orelha aberta estimada (PEst-Open-Left,k,m,p e PEst-Open-Right,k,m,p) e
de sonda de campo livre (PCL-ensaio,k,m,p) registrada ou calculada durante o ensaio. Estes sinais
também devem ser providos em formato eletrônico, quando possível;

 f) um gráfico do espectro do impulso típico, medido utilizando a sonda de pressão de campo livre,
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para cada uma das faixas de nível de sinal de pico impulsivo;

 g) a marca comercial/modelo/especificação que descrevem ou controlam o DEA utilizado, incluindo


uma descrição dos microfones e acopladores do canal auditivo instalados, incluindo os números
de série e a data de calibração mais recente de acordo com 6.4.3 e (se aplicável) variações
dos pavilhões auriculares utilizados;

 h) uma descrição de todos os instrumentos e equipamentos, por modelo, utilizados na cadeia de
aquisição de dados e de processamento de sinal, incluindo a taxa de amostragem e, a resposta
e frequência de corte dos filtros anti-aliasing (suavizadores);

 i) para ensaios de protetores auditivo tipo concha, a média e o desvio-padrão da força do arco para
todas as amostras ensaiadas, a posição (sobre a cabeça, sob o queixo ou atrás da cabeça) na
qual a força foi ensaiada e a temperatura e umidade relativa em que os ensaios foram realizados;

 j) para ensaios de produtos com diferentes tamanhos, uma indicação dos tamanhos ensaiados e
como as amostras de cada tamanho foram ensaiadas.

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Anexo A
(normativo)

Procedimento para medição de força de arco de protetor auditivo


do tipo capa de canal
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A força de arco para este tipo de protetor auditivo deve ser medida com a separação entre as capas
de canal equivalentes àquelas observadas entre as entradas externas dos canais auditivos de uma
cabeça humana de tamanho médio, que corresponde àquela utilizada para medição da força de
arco de protetores auditivos do tipo concha, ou seja, (145 ± 1) mm. Neste caso, a dimensão de
(145 ± 1) mm é medida como uma largura do bitrágio utilizando o pavilhão auricular e a base de
plástico descritos a seguir. Visto que as capas de canal se apoiam na concha e não nas regiões
circumaurais, faz se necessário o uso de pavilhões flexíveis, como descrito na Figura A.1 e na Tabela A.1,
o pavilhão deve ter uma dureza na faixa entre 30 (unidade) a 60 (unidade) “Shore 00”.

NOTA 1 A Figura A.1 e a Tabela A.1 foram retiradas da ANSI S3.36:2012.

NOTA 2 O laboratório pode produzir seu próprio pavilhão flexível, atendendo aos requisitos mostrados na
Figura A.1 e Tabela A.1, ou pode adquirir um modelo comercial.

A Figura A.2. mostra uma base plástica rígida, apropriada para assentar o pavilhão em sistemas
típicos de medição de força de arco. A base inclui uma cavidade, localizada em seu centro, permitindo
que as capas de canal penetrem através do canal auditivo do pavilhão flexível, que é raso.

Tabela A.1 – Dimensões do pavilhão para medição da força do arco de protetores auditivos
do tipo capa de canal
Descrição Dimensão
Comprimento da orelha 66 mm
Comprimento da orelha acima do “tragus” 30 mm
Largura da orelha 37 mm
Protusão da orelha 23 mm
Ângulo de protusão da orelha 160°
Inclinação vertical, vista frontal 10°
Inclinação vertical, vista lateral 6°
Comprimento de concha 28 mm
Comprimento de concha abaixo do “tragus” 20 mm
Largura de concha, do “tragus” ao hélice 23 mm
Profundidade de concha 15 mm

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Inclinação vertical

Largura Comprimento
da do pavilhão auditivo
orelha acima do
tragus Saliência
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Ângulo da saliência

Comprimento
Comprimento do pavilhão da orelha Profundidade do pavilhão auditivo
auditivo da concha
DA CONCHA

Comprimento do pavilhão
Largura do auditivo abaixo do tragus
pavilhão auditivo

Legenda

1 anti-hélice
2 hélice
3 concha

Figura A.1 – Definições das dimensões do adaptador do pavilhão auricular para protetores
auditivos tipo capa de canal

NOTA Todas as dimensões são apresentadas em milímetros. Material de placa de policarbonato, com
arredondamento de todos os cantos vivos e bordas. Tolerância de ± 0,127 mm.

Figura A.2 – Base rígida adequada ao adaptador do pavilhão auditivo

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Anexo B
(normativo)

Procedimento para a medição das dimensões da cabeça


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As dimensões da cabeça que devem ser medidas são a largura do “bitrágio”, que é a largura da
cabeça, medida da direita para a esquerda (comumente chamada de largura da cabeça), e a altura
da cabeça, que é a distância do “trágio” até o topo da cabeça, conforme ilustrado nas Figuras B.1
e B.2. O “trágio” (ver a Figura B.2) é o ponto superior da junção do “tragus” da orelha com a cabeça,
ou seja, é a depressão situada logo acima do “tragus”. A largura do “bitrágio” é geralmente medida
com um paquímetro, e a altura da cabeça com um esquadro e uma régua.

Figura B.1 – Largura do “bitrágio”

Figura B.2 – Altura da cabeça

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Anexo C
(informativo)

Métodos para instalação de microfones MOH na orelha


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Os seguintes métodos foram utilizados para instalar pequenos microfones de eletreto na orelha para
uso em ensaios MOH. Todos os métodos reduzem a atenuação que o protetor auditivo tipo inserção
não modificado é capaz de fornecer. Isto deve ser considerado na determinação da exposição dos
sujeitos de ensaio ao ruído, conforme observado em 8.7.6.

 a) um pequeno microfone cilíndrico ou retangular pode ser unido a um suporte curto (por exemplo,
linha de pesca de monofilamento ou uma seção de fio isolado com um diâmetro externo de
aproximadamente 0,8 mm). O suporte pode ser inserido em um orifício perfurado ou em um
tubo inserido axialmente através de um protetor auditivo tipo inserção de espuma moldável.
O microfone é inserido no orifício ou tubo, antes de roletar e comprimir o tampão para inserção
no canal auditivo.

Figura C.1 – Microfone cilíndrico instalado em prisioneiro inserido no protetor auditivo tipo
inserção de espuma mostrado antes e após a inserção no canal auditivo
 b) os microfones de formato cilíndrico podem ser unidos no centro de um protetor auditivo tipo
inserção flangeado pré-moldado. Se o protetor auditivo tipo inserção tiver uma haste para facilitar
a inserção e extração, a haste deve ser aparada antes de ligar o microfone no local. O uso de
protetores auditivos tipo inserção dimensionados para crianças possui o diâmetro externo menor,
facilitando o ajuste do protetor auditivo e microfone de forma mais profunda no canal auditivo de
pessoas de adultas. Porém, reduzem potencialmente a atenuação provida pelo protetor auditivo
tipo inserção e a proteção da pessoa na presença de sinais de ensaio de nível elevado. Os fios do
microfone e a ligação entre o microfone e o protetor auditivo tipo inserção devem ter resistência
suficiente para suportar a uma força necessária para puxar livremente o protetor auditivo da
orelha. Entretanto, para alguns materiais utilizados em protetores auditivos tipo inserção, é difícil
conseguir uma ligação suficientemente forte. Uma solução é utilizar um protetor auditivo tipo
inserção flangeado pré-moldado com um canal de seção transversal circular através do protetor
auditivo. Isto permite que o microfone seja conectado a um suporte de plástico, que é inserido
através do canal para vedá-lo.

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O suporte pode ser conectado no canal do protetor auditivo tipo inserção (com uma área superficial
maior que o contato do microfone ao protetor auditivo para obter uma ligação mais forte) ou
inserindo através do protetor auditivo tipo inserção e estendido na ponta para impedir que ele
recue através do protetor auditivo. Os conjuntos mostrados na Figura C.2 foram construídos
desta maneira.
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Figura C.2 – Microfone cilíndrico conectado no protetor auditivo tipo inserção pré-moldado
mostrado antes e após a inserção no canal auditivo
 c) microfones cilíndricos de pequeno diâmetro podem ser instalados com adesivo em um orifício
perfurado no centro de um protetor auditivo tipo inserção de espuma moldável. O uso de
um diâmetro menor (tamanho pediátrico) pode ser mais eficaz do que os métodos (a) ou (b)
colocando o microfone mais profundamente no canal auditivo, embora com menos proteção
para a pessoa contra o ruído de ensaio. Isto pode ser desejável ao ensaiar sistemas RAR
supra auriculares de modo que seja assegurada a separação entre o protetor auditivo tipo
inserção e o microfone de erro do sistema de resposta do RAR. Pinças ou um pequeno nó de
linha de pesca inseridos na extremidade do microfone do conjunto protetor auditivo tipo inserção
e microfone podem ser utilizados para facilitar a extração.

Figura C.3 – Microfone cilíndrico inserido no centro de um protetor auditivo tipo inserção
de espuma antes e após a inserção no canal auditivo

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Anexo D
(normativo)

Procedimento para medição do MOH PIA de protetores auditivos tipo


inserção RAR personalizados de inserção profunda
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Este Anexo descreve os procedimentos que devem ser seguidos para verificar a conformidade com
os requisitos e recomendações desta Norma no caso de tal verificação ser requerida. Se a verificação
da conformidade não for requerida, os procedimentos descritos neste Anexo são providos somente
para fins informativos e todo o Anexo deve ser considerado informativo ao invés de normativo.

Os protetores auditivos tipo inserção RAR personalizados de inserção profunda apresentam dificuldades
experimentais na medição da PIA. Diferentemente dos protetores auditivos tipo concha é difícil colocar
com exatidão um microfone sob um protetor auditivo tipo inserção para uma medição MOH sem afetar
o desempenho. A colocação de protetores auditivo personalizados em um DEA também é difícil.

Este procedimento MOH é aplicável somente a protetores auditivos tipo inserção personalizados RAR
de inserção profunda que atendam aos seguintes requisitos:

 a) o volume médio retido para as vinte pessoas (quarenta orelhas), ou seja, o volume entre a extremidade
distal do protetor auditivo tipo inserção (em relação ao plano medial) e a membrana timpânica
(tímpano), deve ser inferior ou igual a 0,7 cm3;

 b) o volume máximo retido para qualquer pessoa, em qualquer orelha, não pode ser superior a 1,0 cm3.
Volumes retidos superiores a 1,0 cm3 devem ser um motivo para excluir a pessoa ou refazer
o protetor auditivo tipo inserção. O número de pessoas excluídas deve ser reportado;

 c) cada protetor auditivo tipo inserção personalizado RAR deve ter um microfone instalado próximo
da sua extremidade distal. A saída deste microfone deve estar disponível em todas as unidades
confeccionadas para os usuários, ou seja, os protetores auditivos tipo inserção conforme ensaiados
não podem ser modificados de forma alguma para fins de ensaio. O sinal do microfone deve estar
disponível quando o RAR estiver desligado e ligado.

O requisito de volume retido deve ser verificado medindo ambas as orelhas de todas as pessoas.
Cada pessoa deve ter um protetor auditivo tipo inserção especial personalizado fabricado da mesma
impressão ou dos mesmos dados de impressão como o protetor auditivo tipo inserção ativo submetido
ao ensaio. Este protetor auditivo tipo inserção especial deve ser equipado com dois pequenos tubos
capilares de comprimento e diâmetro interno conhecidos. O protetor auditivo tipo inserção deve ser
colocado na orelha da pessoa. Uma seringa de 3,0 cm3 deve ser preenchida com álcool e conectada
a um dos dois tubos capilares. A seringa deve ser utilizada para preencher o volume retido até que
o segundo tubo capilar seja preenchido. O volume retido é calculado como o volume inicial de álcool
na seringa de 3,0 cm3 menos o volume final de álcool na seringa, menos o volume interno dos dois
tubos capilares (πr2 × comprimento). O volume retido deve ser reportado para ambas as orelhas em
todas as pessoas.

Uma vez que o volume retido tenha sido verificado, a PIA do protetor auditivo tipo inserção personalizado
RAR de inserção profunda pode ser medida utilizando o microfone instalado juntamente com os
procedimentos descritos em 9.4.4 e 9.5.3 e a atenuação calculada conforme descrito em 9.6.

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Anexo E
(informativo)

Incerteza dos métodos de ensaio de ruído contínuo


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E.1 Incerteza do MOH


As equações, incluindo as incertezas, para o cálculo do PIP e PIA do MOH são as seguintes:

PIP = LAberto – LFechado + δMIC/PREAMP + δCAMPO ACÚSTICO + δANALISADOR (E.1)

PIA = (LFechado-Desligado – LFechado-Ligado) + δMIC/PREAMP + δ CAMPO ACÚSTICO + δANALISADOR (E.2)

sendo

LAberto é a medição em orelha aberta, incluindo a incerteza;

LFechado é a medição em orelha fechada, incluindo a incerteza devida


à colocação do PA e ao posicionamento do microfone MOH;

(L Fechado-Desligado – LFechado-Ligado) é a diferença entre as condições desligadas e ligadas


para a mesma colocação do dispositivo, que inclui uma
incerteza devido à colocação do PA, à atenuação ativa e
ao posicionamento do microfone MOH;

δMIC/PREAMP é um termo de erro resultante das incertezas na resposta do


nível e da frequência devida à não linearidade da combinação
de microfone/pré-amplificador;

δCAMPO ACÚSTICO é um termo de erro resultante da incerteza no campo sonoro;

δANALISADOR é um termo de erro resultante das incertezas nos níveis


medidos pelo analisador de espectro ou sistema de análise.

Uma função de distribuição de probabilidade está associada a cada uma das fontes de incerteza. Para
dados distribuídos normalmente, a melhor estimativa de cada fonte é o valor médio. O desvio-padrão
de cada uma das fontes é uma estimativa da incerteza-padrão associada a essa fonte. Além disso,
os valores médios dos δ-termos são assumidos como zero, porém, na prática, eles podem ser diferentes
de zero e, portanto, aumentam o erro geral ao introduzir uma influência na medição da perda por inserção.

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Tabela E.1 – Balanço de incerteza para a determinação do PIP e PIA do MOH


Incerteza- Distribuição Coeficiente de Contribuição
Estimativa padrão de sensibilidade da incerteza
Quantidade ui probabilidade ci ci × ui
dB dB dB
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LAberto LAberto 1,0 Normal 1 1,0

LFechado LFechado 1,5 Normal 1 1,5

(LFechado-Desligado –
LFech − Desl − LFech − Lig 1,0 Normal 1 1,0
LFechado-Ligado)
δMIC/PREAMP 0 0,1 Normal 1 0,1
δCAMPO ACÚSTICO 0 1,0 Normal 1 1,0
δANALISADOR 0 0,2 Normal 1 0,2
NOTA Os valores dos termos de incerteza são estimativas baseadas na experiência de vários laboratórios dos Estados
Unidos, porém não foram verificados por pesquisas.

A incerteza-padrão combinada, u, é calculada utilizando a Equação (E.3):

u= ∑ ( c i ui ) 2 (E.3)
i

Portanto, para a medição do PIP do MOH, a incerteza-padrão combinada, u, é calculada para ser
de 2,1 dB, e a incerteza padrão combinada do PIA do MOH é calculada para ser de 1,4 dB.

A incerteza expandida, U, é especificada pelo ABNT ISO/IEC Guia 98-3, de modo que o intervalo
[PI – U, PI + U] abranja 95% da população de valores de PI. Um fator de cobertura, k, é utilizado
para esta finalidade, de modo que U = k × u. Para um nível de confiança de aproximadamente 95%
para parâmetros normalmente distribuídos, o fator de cobertura, k, possui um valor de 2. Portanto,
a incerteza expandida para medições do PIP do MOH é de 4,2 dB e para medições do PIA do MOH
é de 2,8 dB.

E.2 Incerteza do DEA


As equações, incluindo as incertezas, para o cálculo do PIP e PIA do DEA são as seguintes:

PIP = LAberto – LFechado + δMIC/PREAMP + δCAMPO ACÚSTICO + δANALISADOR + δDEA (E.4)

PIA = (LFechado-Desligado – LFechado-Ligado) + δMIC/PREAMP + δ CAMPO ACÚSTICO + δANALISADOR + δATF (E.5)

sendo

LAberto é a medição em orelha aberta, incluindo a incerteza;

LFechado é a medição em orelha fechada, incluindo a incerteza devido


à colocação do PA no DEA;

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(L Fechado-Desligado – LFechado-Ligado) é a diferença entre as condições desligadas e ligadas


para a mesma colocação do dispositivo, que inclui uma
incerteza devido à colocação do PA, à atenuação ativa e
ao posicionamento do PA no DEA;

δMIC/PREAMP é um termo de erro resultante das incertezas na resposta do


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nível e da frequência devido à não linearidade da combinação


de microfone/pré-amplificador;

δCAMPO ACÚSTICO é um termo de erro resultante da incerteza no campo


sonoro;

δANALISADOR é um termo de erro resultante das incertezas nos níveis


medidos pelo analisador de espectro ou sistema de análise;

δDEA é uma quantidade de entrada devido às incertezas na


construção e no desempenho acústico do DEA.

Uma função de distribuição de probabilidade está associada a cada uma das fontes de incerteza.
A melhor estimativa de cada fonte é o valor médio. O desvio-padrão de cada uma das fontes é
uma estimativa da incerteza-padrão associada a esta fonte. Além disso, os valores médios dos δ-termos
são presumidos como zero, porém, na prática, eles podem ser diferentes de zero e, portanto, aumentam
o erro total ao introduzir uma influência na medição da perda por inserção.

Tabela E.2 – Balanço de incerteza para a determinação do PIP e PIA do DEA


Incerteza- Coeficiente de Contribuição
Distribuição de
Estimativa padrão sensibilidade da incerteza
Fonte probabilidade
ui ci ui × ci
dB dB dB

LAberto LAberto 0,7 Normal 1 0,7

LFechado LFechado 1,0 Normal 1 1,0

(LFechado-Desligado –
LFech − Desl − LFech − Lig 0,7 Normal 1 0,7
LFechado-Ligado)
δMIC/PREAMP 0 0,1 Normal 1 0,1
δCAMPO ACÚSTICO 0 1,0 Normal 1 1,0
δANALISADOR 0 0,2 Normal 1 0,2
δATF 0 0,5 Normal 1 0,5
NOTA Os valores dos termos de incerteza são estimativas baseadas na experiência de vários laboratórios dos Estados
Unidos, porém não foram verificados por pesquisas.

A incerteza-padrão combinada, u, é calculada utilizando a Equação (E.3).

Portanto, para a medição do PIP do DEA, a incerteza-padrão combinada, u, é calculada para ser
de 1,7 dB, e a incerteza padrão combinada do PIA do DEA é calculada para ser de 1,3 dB.

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A incerteza expandida, U, é especificada pelo ABNT ISO/IEC Guia 98-3, de modo que o intervalo
[PI – U, PI + U] abranja 95% da população de valores de PI. Um fator de cobertura, k, é utilizado
para esta finalidade, de modo que U = k × u. Para um nível de confiança de aproximadamente 95%
para parâmetros normalmente distribuídos, o fator de cobertura, k, possui um valor de 2. Portanto,
a incerteza expandida para medições do PIP do DEA é de 3,4 dB e para medições do PIA do DEA
é de 2,7 dB.
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Anexo F
(informativo)

Procedimento para geração de ruído impulsivo


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F.1 Introdução
Qualquer um dos diversos métodos pode ser utilizado para gerar ruídos impulsivos que atendam
aos requisitos em 10.1 desta Norma. Geralmente, os requisitos se enquadram em duas categorias:
o nível de pico do ruído impulsivo e a duração-A.

O posicionamento da altura da fonte de ruído e do DEA de no máximo 0,5 m do solo minimiza a


probabilidade de uma segunda onda de choque devido à reflexão do solo. Cuidado deve ser tomado
para evitar a reflexão da onda de choque de outras superfícies, como paredes e compartimentos de
equipamentos de medição.

A seleção do procedimento para geração do ruído impulsivo deve ser inicialmente determinada pela
duração-A e pela facilidade de operação da fonte de ruído. Normalmente, fontes como geradores
de centelha e pistolas de largada possuem durações-A que são mais curtas do que a duração mínima
de 0,5 ms requerida na subseção 10.1 e, portanto, são inadequadas para uso nesta Norma.

Esta Norma requer três faixas de nível de pressão sonora de pico, 130 dB a 134 dB, 148 dB a 152 dB e
166 dB a 170 dB. O ajuste do nível de pico para uma determinada fonte de ruído pode ser conseguido
variando a distância entre a fonte e o DEA. Normalmente, a distância inicial é determinada para o
nível alto, condição de 166 dB a 170 dB, e deve ser de no mínimo 2 m. Supondo que a fonte atende
ao requisito de nível de pico de 166 dB a 170 dB a 2 m, o aumento da distância entre a fonte e o DEA
de 2 m para 16 m deve resultar em aproximadamente o nível de pico de 148 dB a 152 dB. A distância
de separação pode ser aumentada para a condição final a 128 m para obter o nível de pico de 130 dB
a 134 dB. Entretanto, as limitações de espaço podem requerer uma fonte alternativa menos intensa
em cada um dos níveis. As Tabelas G.1 e G.2 proveem exemplos que funcionam bem em um ambiente
externo.

Duas técnicas para geração de ruído impulsivo são descritas. Os detalhes específicos precisam ser
determinados pelo experimentador.

F.2 Tubo de impacto


Os tubos de impacto têm a vantagem de que o nível e a duração do pico podem variar sem modificação
do sistema básico. O tubo de impacto é um cilindro metálico com uma extremidade permanentemente
fechada e a outra vedada por uma membrana como papel, folha de alumínio ou PET biorientado.
O tubo é montado próximo ao DEA. O cilindro é carregado com ar pressurizado e a membrana é
rompida. Isto pode ser iniciado por uma pequena perfuração na membrana. A rápida expansão do
ar pressurizado gera um ruído impulsivo. O nível de pico gerado é afetado pela pressão de pico da
carga. Portanto, a membrana deve ser suficientemente forte para conter a carga, porém também deve
romper rapidamente quando perfurada. Algumas tentativas e erros são típicos na determinação da
espessura, número de camadas e materiais a serem utilizados na membrana em relação a um nível
de pico desejado de ruído impulsivo. A duração-A é afetada pelo volume do cilindro. Uma dimensão

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da amostra para um tubo de impacto que pode gerar os níveis requeridos por esta Norma é de 1,5 m
de comprimento e 25 cm de diâmetro. Um compressor de ar é normalmente utilizado para pressurizar
o tubo de impacto. O compressor deve ser capaz de fornecer ar até 100 kPa.

Cuidado extremo deve ser tomado no projeto e operação de um tubo de impacto. O projeto do tubo
de impacto deve ser elaborado por um engenheiro profissional. A operação de um tubo de impacto
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resulta em pedaços em alta velocidade da membrana escapando rapidamente da extremidade aberta


do tubo. Os procedimentos operacionais devem ser revisados e aprovados por especialistas em
segurança independentes.

F.3 Descarga explosiva


Detonadores e explosivos plásticos foram utilizados com sucesso para ensaios com DEA. Os
detonadores funcionam melhor para os impulsos de nível mais baixo e descarga explosiva funciona
melhor para os impulsos de nível mais alto. Pode ser utilizada uma combinação dos dois.

Os detonadores são disponíveis em diversos tipos, porém detonadores elétricos são provavelmente
mais fáceis de utilizar com o objetivo de gerar ruídos impulsivos. Como qualquer explosivo, os
detonadores devem ser manipulados e operados somente por um especialista treinado e com
experiência em seu uso. O nível de pico do ruído impulsivo pode ser afetado pelo tipo de detonador.
Tentativa e erro são requeridos para selecionar detonadores para um determinado espaço disponível
e o nível de pico e duração-A desejados. Experiências anteriores demonstraram que é possível
utilizar somente detonadores. Detonadores de alta energia (alguns com um impulsionador) podem
ser utilizados próximos ao DEA para o nível de pico alto (166 dB a 170 dB) e detonadores de baixa
energia para ruídos impulsivos de nível mais baixo (148 dB a 152 dB e 130 dB a 134 dB).

Uma pequena quantidade de explosivo plástico C-4 (300 g ou menos) pode gerar ruído impulsivo
de nível de pico alto. Aproximadamente 35 g de C-4 podem efetuar um impulso de pico de 170 dB
a uma distância de aproximadamente 6,5 m da fonte ao DEA. O C-4 é constituído por explosivos,
aglutinantes de plástico, plastificantes e produtos químicos de marcação para auxiliar a detectar
o explosivo e identificar sua fonte. O explosivo no C-4 é o RDX, que representa aproximadamente
91% do C-4 em peso. O C-4 é muito estável e deve ser explodido utilizando um detonador. Como em
qualquer outro explosivo, o C-4 e os detonadores devem ser manipulados e operados somente por
um especialista treinado e com experiência em seu uso. Tentativa e erro são requeridos para selecionar
a quantidade de C-4 e a distância de separação para um determinado espaço disponível e o nível
de pico e duração-A desejados.

Os detonadores e as quantidades de explosivos sugeridas são mostrados a seguir nas


Tabelas F.1 e F.2.

Tabela F.1 – Distâncias sugeridas nas quais os dispositivos de detonação Reynolds RP83
gerarão impulsos de níveis de pico especificados com durações-A adequadas
Lpico Distância
130 dB 42 m
140 dB 21 m
150 dB 8m
160 dB 2,8 m

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Tabela F.2 – Massa sugerida de explosivo e distâncias nas quais uma carga de C-4 RDX
gerará impulsos de níveis de pico especificados com durações-A adequadas
Lpico Massa de explosivo Distância
130 dB 7g 200 m
140 dB 7g 65 m
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150 dB 7g 26 m
160 dB 17 g 11,6 m
170 dB 35 g 6,5 m

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Anexo G
(informativo)

Exemplo de código de programação em MATLAB® para


cálculo da perda por inserção de pico impulsivo
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O MATLAB ®3) é um pacote de software de processamento de sinais e análise de dados amplamente


utilizado. Este Anexo contém um roteiro em MATLAB que implementa os cálculos da perda por inserção
de pico impulsivo de 11.3. Somente funções básicas do MATLAB são utilizadas e nenhuma caixa de
ferramentas adicional é requerida. Os comentários explicam o que ocorre em cada seção do roteiro,
referindo-se às equações em 11.3.

O roteiro começa com definições de parâmetro que devem ser alteradas para corresponder às
características do sistema de medição utilizado. Ele presume que cada impulso registrado é salvo
em um arquivo de dados em MATLAB separado (extensão .mat) em uma matriz com as linhas
correspondentes às amostras da forma de onda (tempo) e as colunas correspondentes aos diferentes
sinais registrados. O nome da matriz é especificado pelo parâmetro Impulse_variable, com as colunas
correspondentes às diferentes formas de onda que estão sendo especificadas pelos parâmetros
ATFleft_column, ATFright_column e FF_column. A matriz salva pode alternativamente possuir formas
de onda ao longo das colunas com diferentes formas de onda ao longo das linhas e o roteiro irá
transpô-las para a organização de dados desejada. Parâmetros também são providos para
a configuração de valores de calibração para os microfones do DEA e da sonda de campo livre.
O roteiro utiliza uma caixa de diálogo para solicitar ao experimentador que selecione os arquivos
de dados para a calibração de campo livre para orelha aberta e para os impulsos de medição do PA
de cada faixa do nível de pico. O título da caixa de diálogo especifica quais arquivos são necessários
em cada etapa. Além disso, o roteiro presume que cada forma de onda salva seja mais longa do que
a requerida atualmente para a análise e, conforme requerido (ver 10.2.1), que a ativação da fonte
sonora impulsiva seja sincronizada para ocorrer após um intervalo de pré-disparo. Esta sincronização
assegura que os impulsos estejam aproximadamente alinhados no tempo. O parâmetro Nstart define
a primeira amostra a ser utilizada e FFTlength o número de amostras utilizadas na análise. Os valores
registrados correspondem a uma taxa de amostragem de 100.000 Hz e a um intervalo de pré-disparo
de 0,1 s (10.000 amostras). Os valores registrados de Nstart e FFTlength correspondem à análise
de formas de onda que são de 0,328 s de comprimento iniciando em 0,01 s antes do tempo nominal
do impulso.

O roteiro do programa gera todos os resultados na janela de comando do MATLAB.

% Define parâmetros descrevendo as medições e os dados salvos.


% Estes valores precisam ser alterados com base nas informações do sistema de medição utilizado.
%
ATFleft_cal = 0.001; % Saída da orelha esquerda do DEA correspondente a 1 Pa
ATFright_cal = 0.001; % Saída da orelha direita do DEA correspondente a 1 Pa
ATFleft_column = 1; % Coluna da matriz de dados correspondente à forma de onda da orelha esquerda
do DEA

3) MATLAB® é exemplo de software adequado comercialmente disponível. Esta informação é dada para
facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da ABNT ao software citado.

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ATFright_column = 2; % Coluna da matriz de dados correspondente à forma de onda da orelha direita


do DEA
FF_probe_cal = 0.001; % Saída da sonda de campo livre correspondente a 1 Pa
FF_column = 3; % Coluna da matriz de dados correspondente à forma de onda da sonda de
campo livre
Impulse_variable = ‘an_impulse’; % Nome da matriz da forma de onda de impulso salva em cada arquivo de dados
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FFTlength = 32768; % Potência de 2 de modo que FFTlength * sample_rate > 0,3 s


Nstart = 9000; % Amostra para o início da análise, pelo menos 1 ms antes do impulso
Nstop = Nstart + FFTlength-1; % Amostra final utilizada na análise
P0dBSPL = 20e-6; % Pressão de referência do NPS de 0 dB

% Obtém interativamente nomes de arquivos de forma de onda para análise.


% Deve haver seis arquivos de calibração para cada, porém a faixa mais alta do nível de pico e dez arquivos de ensaio
% (cinco amostras de PA vezes duas medidas repetidas).
%
disp(‘SELECT SETS OF FILES AS SPECIFIED IN TITLE OF DIALOG BOX.’)
disp(‘Use control/shift to select multiple files.’)
[CalFiles132 CalPath132] = uigetfile(‘*.mat’,...
‘Contrl/shift-select ALL OPEN-EAR CALIBRATION files, 132-dB PEAK range’, ‘Multiselect’, ‘On’);
if isnumeric(CalFiles132)&&CalFiles132==0; disp(‘File selection canceled’); return; end
[TestFiles132 TestPath132] = uigetfile(‘*.mat’, ...
‘Contrl/shift-select ALL CLOSED-EAR HPD TEST files, 132-dB PEAK range’, ‘Multiselect’, ‘On’);
if isnumeric(TestFiles132)&&TestFiles132==0; disp(‘File selection canceled’); return; end
[CalFiles150 CalPath150] = uigetfile(‘*.mat’, ...
‘Contrl/shift-select ALL OPEN-EAR CALIBRATION files, 150-dB PEAK range’, ‘Multiselect’, ‘On’);
if isnumeric(CalFiles150)&&CalFiles150==0; disp(‘File selection canceled’); return; end
[TestFiles150 TestPath150] = uigetfile(‘*.mat’, ...
‘Contrl/shift-select ALL CLOSED-EAR HPD TEST files, 150-dB PEAK range’, ‘Multiselect’, ‘On’);
if isnumeric(TestFiles150)&&TestFiles150==0; disp(‘File selection canceled’); return; end
[TestFiles168 TestPath168] = uigetfile(‘*.mat’, ...
‘Contrl/shift-select ALL CLOSED-EAR HPD TEST files, 168-dB PEAK range’, ‘Multiselect’, ‘On’);
if isnumeric(TestFiles168)&&TestFiles168==0; disp(‘File selection canceled’); return; end

% Lê arquivos e insere dados em variáveis que contêm amostras de pa com medidas repetidas
% Aplica fator de calibração e subtrair a média de cada forma de onda para remover CC (11.3a).
%
current_directory = pwd; % Salvar diretório atual
clear P*132 P*150 P*168 % Deletar quaisquer variáveis de dados já existentes

% Lê e analisa os arquivos de calibração do impulso de pico nominal de 132-dB.


cd(CalPath132) % Altera para o diretório onde os arquivos de calibração da faixa de pico de 132-dB
são encontrados
for n = 1:length(CalFiles132)
impulse = getfield(load(CalFiles132{n},Impulse_variable),Impulse_variable);

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[nRows nCols] = size(impulse);


if (nCols > nRows), impulse = impulse’; end; % Transpor os dados, se necessário
PffCal_132(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,FF_column) / FF_probe_cal;
PopenLeft_132(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFleft_column) / ATFleft_cal;
PopenRight_132(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFright_column) / ATFright_cal;
Projeto em Consulta Nacional

end
PffCal_132 = PffCal_132 - repmat(mean(PffCal_132),FFTlength,1); % CC = média entre linhas (amostras)
PopenLeft_132 = PopenLeft_132 - repmat(mean(PopenLeft_132),FFTlength,1);
PopenRight_132 = PopenRight_132 - repmat(mean(PopenRight_132),FFTlength,1);

% Lê e analisa os arquivos de medições do impulso de pico nominal de 132-dB do PA


cd(TestPath132) % Altera para o diretório onde os arquivos de ensaio do PA na faixa de pico de 132-dB
são encontrados
for n = 1:length(TestFiles132)
impulse = getfield(load(TestFiles132{n},Impulse_variable),Impulse_variable);
[nRows nCols] = size(impulse);
if (nCols > nRows), impulse = impulse’; end; % Transpor os dados, se necessário
PffTest_132(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,FF_column) / FF_probe_cal;
PclosedLeft_132(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFleft_column) / ATFleft_cal;
PclosedRight_132(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFright_column) / ATFright_cal;
end
PffTest_132 = PffTest_132 - repmat(mean(PffTest_132),FFTlength,1); % CC = média entre linhas (amostras)
PclosedLeft_132 = PclosedLeft_132 - repmat(mean(PclosedLeft_132),FFTlength,1);
PclosedRight_132 = PclosedRight_132 - repmat(mean(PclosedRight_132),FFTlength,1);

% Lê e analisa os arquivos de calibração do impulso de pico nominal de 150-dB.


cd(CalPath150) % Altera para o diretório onde os arquivos de calibração da faixa de pico de 150-dB
são encontrados
for n = 1:length(CalFiles150)
impulse = getfield(load(CalFiles150{n},Impulse_variable),Impulse_variable);
[nRows nCols] = size(impulse);
if (nCols > nRows), impulse = impulse’; end; % Transpor os dados, se necessário
PffCal_150(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,FF_column) / FF_probe_cal;
PopenLeft_150(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFleft_column) / ATFleft_cal;
PopenRight_150(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFright_column) / ATFright_cal;
end
PffCal_150 = PffCal_150 - repmat(mean(PffCal_150),FFTlength,1); % CC = média entre linhas (amostras)
PopenLeft_150 = PopenLeft_150 - repmat(mean(PopenLeft_150),FFTlength,1);
PopenRight_150 = PopenRight_150 - repmat(mean(PopenRight_150),FFTlength,1);

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% Lê e analisa os arquivos de medições do impulso de pico nominal de 150-dB do PA


cd(TestPath150) % Altera para o diretório onde os arquivos de ensaio do PA na faixa de pico de 150-dB
são encontrados
for n = 1:length(TestFiles150)
impulse = getfield(load(TestFiles150{n},Impulse_variable),Impulse_variable);
Projeto em Consulta Nacional

[nRows nCols] = size(impulse);


if (nCols > nRows), impulse = impulse’; end; % Transpor os dados, se necessário
PffTest_150(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,FF_column) / FF_probe_cal;
PclosedLeft_150(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFleft_column) / ATFleft_cal;
PclosedRight_150(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFright_column) / ATFright_cal;
end
PffTest_150 = PffTest_150 - repmat(mean(PffTest_150),FFTlength,1); % CC = média entre linhas (amostras)
PclosedLeft_150 = PclosedLeft_150 - repmat(mean(PclosedLeft_150),FFTlength,1);
PclosedRight_150 = PclosedRight_150 - repmat(mean(PclosedRight_150),FFTlength,1);

% Lê e analisa os arquivos de medições do impulso de pico nominal de 168-dB do PA


cd(TestPath168) % Altera para o diretório onde os arquivos de ensaio do PA na faixa de pico de 168-dB
são encontrados
for n = 1:length(TestFiles168)
impulse = getfield(load(TestFiles168{n},Impulse_variable),Impulse_variable);
[nRows nCols] = size(impulse);
if (nCols > nRows), impulse = impulse’; end; % Transpor os dados, se necessário
PffTest_168(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,FF_column) / FF_probe_cal;
PclosedLeft_168(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFleft_column) / ATFleft_cal;
PclosedRight_168(:,n) = impulse(Nstart:Nstop,ATFright_column) / ATFright_cal;
end
PffTest_168 = PffTest_168 - repmat(mean(PffTest_168),FFTlength,1); % CC = média entre linhas (amostras)
PclosedLeft_168 = PclosedLeft_168 - repmat(mean(PclosedLeft_168),FFTlength,1);
PclosedRight_168 = PclosedRight_168 - repmat(mean(PclosedRight_168),FFTlength,1);

cd(current_directory); % Retorna ao diretório inicial

% Lista para comandar a janela de níveis de pico em sonda de campo livre


%
disp(‘Free-field probe peak levels, 132-dB range, calibration impulses:’)
Peaks = 20*log10(max(abs(PffCal_132))/P0dBSPL);
disp([char(CalFiles132’),repmat(‘ = ‘,length(CalFiles132),1),num2str(Peaks’)])

disp(‘Free-field probe peak levels, 132-dB range, HPD test impulses:’)


Peaks = 20*log10(max(abs(PffTest_132))/P0dBSPL);
disp([char(TestFiles132’),repmat(‘ = ‘,length(TestFiles132),1),num2str(Peaks’)])

disp(‘Free-field probe peak levels, 150-dB range, calibration impulses:’)


Peaks = 20*log10(max(abs(PffCal_150))/P0dBSPL);
disp([char(CalFiles150’),repmat(‘ = ‘,length(CalFiles150),1),num2str(Peaks’)])

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disp(‘Free-field probe peak levels, 150-dB range, HPD test impulses:’)


Peaks = 20*log10(max(abs(PffTest_150))/P0dBSPL);
disp([char(TestFiles150’),repmat(‘ = ‘,length(TestFiles150),1),num2str(Peaks’)])

disp(‘Free-field probe peak levels, 168-dB range, HPD test impulses:’)


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Peaks = 20*log10(max(abs(PffTest_168))/P0dBSPL);
disp([char(TestFiles168’),repmat(‘ = ‘,length(TestFiles168),1),num2str(Peaks’)])

% Calcula funções de transferência de calibração dos dados na faixa de pico dE 150-dB (11.3c)
%
HffLeft = fft(PopenLeft_150) ./ fft(PffCal_150); % Equação 2: calcula a razão de FFTs para cada impulso
HffLeft = mean(HffLeft,2); % Em seguida encontra média complexa entre colunas (impulsos)
HffLeft(1) = 0; % Ajusta o 1º elemento (possível NaN) para que a orelha aberta tenha
CC zero
HffRight = fft(PopenRight_150) ./ fft(PffCal_150); % Equação 3: repete o descrito acima para a orelha direita.
HffRight = mean(HffRight,2);
HffRight(1) = 0;

% Lista erro na estimativa da função de transferência de cada pico em orelha aberto.


% Este roteiro de exemplo precisaria ser modificado se qualquer valor exceder ao limite apresentado em 11.3d.
%
% Dados da faixa de 132 dB
PverifyOpenLeft_132 = ifft( repmat(HffLeft,1,size(PffCal_132,2)) .* fft(PffCal_132)); % Equação 4
PverifyOpenRight_132 = ifft( repmat(HffRight,1,size(PffCal_132,2)) .* fft(PffCal_132)); % Equação 5
ErrorHffLeft = 20*log10(max(abs(PverifyOpenLeft_132))./max(abs(PopenLeft_132))); % Equação 6
ErrorHffRight = 20*log10(max(abs(PverifyOpenRight_132))./max(abs(PopenRight_132))); % Equação 7
disp(‘ERROR IN ESTIMATING OPEN-EAR PEAK, estimated/measured (dB), 132-dB range, left/right:’)
disp([char(CalFiles132’),repmat(‘ = ‘,length(CalFiles132),1),num2str([ErrorHffLeft;ErrorHffRight]’)])

% Dados da faixa de 150 dB


PverifyOpenLeft_150 = ifft( repmat(HffLeft,1,size(PffCal_150,2)) .* fft(PffCal_150)); % Equação 4
PverifyOpenRight_150 = ifft( repmat(HffRight,1,size(PffCal_150,2)) .* fft(PffCal_150)); % Equação 5
ErrorHffLeft = 20*log10(max(abs(PverifyOpenLeft_150))./max(abs(PopenLeft_150))); % Equação 6
ErrorHffRight = 20*log10(max(abs(PverifyOpenRight_150))./max(abs(PopenRight_150))); % Equação 7
disp(‘ERROR IN ESTIMATING OPEN-EAR PEAK, estimated/measured (dB), 150-dB range, left/right:’)
disp([char(CalFiles150’),repmat(‘ = ‘,length(CalFiles150),1),num2str([ErrorHffLeft;ErrorHffRight]’)])

% Estima a forma de onda em orelha aberta de cada forma de onda de campo livre
% do ensaio de pa e em seguida calcula o pipi. Lista o pipi médio, em seguida os valores individuais
% para cada pa, orelha e medida repetida, indicados por nome do arquivo
%
disp(‘IMPULSE PEAK INSERTION LOSS, average & value for each HPD sample, ear & repeated measure (dB)’)

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% Dados da faixa de 132-dB


PestOpenLeft_132 = ifft( repmat(HffLeft,1,size(PffTest_132,2)) .* fft(PffTest_132)); % Equação 8
PestOpenRight_132 = ifft( repmat(HffRight,1,size(PffTest_132,2)) .* fft(PffTest_132)); % Equação 9
IPILleft_132 = 20*log10(max(abs(PestOpenLeft_132))./max(abs(PclosedLeft_132))); % Equação 10
IPILright_132 = 20*log10(max(abs(PestOpenRight_132))./max(abs(PclosedRight_132))); % Equação 11
Projeto em Consulta Nacional

IPILaverage_132 = mean( [IPILleft_132, IPILright_132]); % 11.3g


disp([‘ 132-dB impulse peak range, mean IPIL = ‘,num2str(IPILaverage_132)])
disp([char(TestFiles132’),repmat(‘, left/right = ‘,length(TestFiles132),1),num2str([IPILleft_132;IPILright_132]’)])

% Dados da faixa de 150-dB


PestOpenLeft_150 = ifft( repmat(HffLeft,1,size(PffTest_150,2)) .* fft(PffTest_150)); % Equação 8
PestOpenRight_150 = ifft( repmat(HffRight,1,size(PffTest_150,2)) .* fft(PffTest_150)); % Equação 9
IPILleft_150 = 20*log10(max(abs(PestOpenLeft_150))./max(abs(PclosedLeft_150))); % Equação 10
IPILright_150 = 20*log10(max(abs(PestOpenRight_150))./max(abs(PclosedRight_150))); % Equação 11
IPILaverage_150 = mean( [IPILleft_150, IPILright_150]); % 11.3g
disp([‘ 150-dB impulse peak range, mean IPIL = ‘,num2str(IPILaverage_150)])
disp([char(TestFiles150’),repmat(‘, left/right = ‘,length(TestFiles150),1),num2str([IPILleft_150;IPILright_150]’)])

% Dados da faixa de 168-dB


PestOpenLeft_168 = ifft( repmat(HffLeft,1,size(PffTest_168,2)) .* fft(PffTest_168)); % Equação 8
PestOpenRight_168 = ifft( repmat(HffRight,1,size(PffTest_168,2)) .* fft(PffTest_168)); % Equação 9
IPILleft_168 = 20*log10(max(abs(PestOpenLeft_168))./max(abs(PclosedLeft_168))); % Equação 10
IPILright_168 = 20*log10(max(abs(PestOpenRight_168))./max(abs(PclosedRight_168))); % Equação 11
IPILaverage_168 = mean( [IPILleft_168, IPILright_168]); % 11.3g
disp([‘ 168-dB impulse peak range, mean IPIL = ‘,num2str(IPILaverage_168)])
disp([char(TestFiles168’),repmat(‘, left/right = ‘,length(TestFiles168),1),num2str([IPILleft_168;IPILright_168]’)])

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Anexo H
(informativo)

Incerteza de medição do método de ruído impulsivo


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A equação, incluindo as incertezas, para o cálculo do PIPI do DEA é a seguinte:


maxt [abs ( P Est − Aberto )]
PIPI = 20 log10   + δMIC CL + δCAMPO ACÚSTICO + δ ANALISADOR + δMIC DEA + δDEA (H.1)
 maxt [abs ( P Fechado )] 

sendo

maxt [abs(PEst-Aberto)] é o valor máximo do valor absoluto da forma de onda temporal de pressão
de campo livre após ser transformado em uma resposta equivalente ao
dispositivo de ensaio acústico não ocluído (orelha aberta), incluindo as
incertezas;

maxt [abs(PFechado)] é o valor máximo do valor absoluto da forma de onda temporal de pressão
ocluída (orelha aberta) medido do dispositivo de ensaio acústico, incluindo
as incertezas;

δMIC CL é um termo de erro resultante das incertezas na resposta do nível e da


frequência devido à não linearidade da combinação do microfone de
campo livre, transdutor de pressão e pré-amplificador;

δCAMPO ACÚSTICO é um termo de erro resultante da incerteza no campo sonoro, incluindo a


repetibilidade da fonte e o processo de calibração da função de transferência;

δANALISADOR é um termo de erro devido às incertezas nos níveis medidos pelo sistema
de medição e análise;

δMIC DEA é um termo de erro resultante das incertezas na resposta do nível e da


frequência devido à não linearidade da combinação do microfone e do
pré-amplificador do DEA em ruído impulsivo de nível elevado;

δDEA é um termo de erro devido às incertezas na construção e no desempenho


acústico do DEA.

Uma função de distribuição de probabilidade está associada a cada uma das fontes de incerteza.
A melhor estimativa de cada fonte é o valor médio. O desvio-padrão de cada uma das fontes é uma
estimativa da incerteza-padrão associada a esta fonte. Além disso, os valores médios dos δ-termos são
presumidos como zero, porém, na prática, eles podem ser diferentes de zero e, portanto, aumentam
o erro total ao introduzir uma influência na medição da perda por inserção. A Tabela H.1 apresenta
os cálculos do balanço de incerteza para determinação do PIPI do DEA.

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Tabela H.1 – Balanço de incerteza para a determinação do PIPI do DEA


Estimativa Incerteza- Distribuição de Coeficiente de Contribuição
padrão probabilidade sensibilidade da incerteza
Fonte ui ci ui × ci
dB dB dB
Projeto em Consulta Nacional

PEst-Aberto P Est − Aberto 1,0 Normal 1 1,0

PFechado P Fechado 1,0 Normal 1 1,0

δMIC CL 0 0,3 Normal 1 0,3


δCAMPO ACÚSTICO 0 0,2 Normal 1 0,2
δANALISADOR 0 0,5 Normal 1 0,5
δMIC DEA 0 0,3 Normal 1 0,3
δDEA 0 0,3 Normal 1 0,3
NOTA Os valores dos termos de incerteza são estimativas baseadas na experiência de vários laboratórios
dos Estados Unidos, porém não foram verificados por pesquisa.

A incerteza-padrão combinada, u, é calculada utilizando a Equação (H.2):

u= ∑ ( c i ui ) 2 (H.2)
i

Portanto, para a medição do PIPI do DEA, a incerteza-padrão combinada, u, é calculada para ser
de 1,6 dB.

A incerteza expandida, U, é especificada pelo ABNT ISO/IEC Guia 98-3, de modo que o intervalo
[PI – U, PI + U] abranja 95% da população de valores de PI. Um fator de cobertura, k, é utilizado
para esta finalidade, de modo que U = k × u. Para um nível de confiança de aproximadamente 95%
para parâmetros normalmente distribuídos, o fator de cobertura, k, possui um valor de 2. Portanto,
a incerteza expandida para medições de do PIPI do DEA é de 3,2 dB.

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Bibliografia

[1]  ANSI S3.36-1985 (R2006), American National Standard Specification for a Manikin for Simulated
insitu Airborne Acoustic Measurements.
Projeto em Consulta Nacional

[2]  ANSI/ASA S12.68-2007, American National Standard Methods of Estimating Effective

[3]  Berger, E. H. and Kerivan, J. E. (1983). “Influence of Physiological Noise and the Occlusion Effect
on the Measurement of Real-Ear Attenuation at Threshold,” J. Acoust. Soc. Am. 74(1), 81-94.

[4]  Berger, E. H., Kieper, R. W., and Gauger, D. (2003). “Hearing Protection: Surpassing the Limits to
Attenuation Imposed by the Bone-Conduction Pathways,” J. Acoust. Soc. Am. 114(4), 1955-1967.

[5]  Department of Defense (1990). “Physical ear noise attenuation testing,” MIL-STD-912, p. 6.

[6]  ABNT ISO/IEC Guia 98-3, Incerteza de medição – Parte 3: Guia para a expressão de incerteza
de medição (GUM:1995)

[7]  ISO 4869-1, Acoustics – Hearing protectors – Part 1: Subjective method for the measurement of
sound attenuation ISO 4869-3, Acoustics – Hearing protectors – Part 3: Measurement of insertion
loss of ear-muff type protectors using an acoustic test fixture

[8]  Nixon, C. W., McKinley, R. L., and Steuver, J. W. (1992). “Performance of Active
Noise Reduction Headsets,” in Noise Induced Hearing Loss, edited by A. L. Dancer,
D. Henderson, R. J. Salvi, and R. P. Hamernik, Mosby-Yearbook Inc., St. Louis, MO, 389-400.

[9]  Saunders, W. R., Vaudrey, M. A., Goldstein, A. L., and Baumann, W. T. (2004). “Increased Active
Noise Reduction Bandwidth for Improved Noise Attenuation Effectiveness at the Tympanic
Membrane”, Active 04 Conference, Williamsburg, VA.

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