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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO


LINHA: PROCESSOS PSICOLÓGICOS EM CONTEXTOS EDUCACIONAIS
Disciplina: Tópicos em PPCE II- Processo grupal e participação comunitária
Bloco II- Participação Comunitária
Professora Maria de Fátima Quintal de Freitas
Doutorando: Dênis Wellinton Viana
Data da aula: 11 de abril de 2023.

FOLHA SÍNTESE DO TEXTO-BASE 07:


PRILLELTENSKY, Isaac. Prólogo- Validez psicopolítica: el próximo reto para la psicología
comunitária. In.: Montero, Maritza. Introducción a la Psicología Comunitaria: Desarrollo,
conceptos y procesos. Buenos Aires: Paidós, 2004.

1. O autor elabora o prefácio do livro de Maritza Montero e desenvolve o conceito de


validade psicopolítica como um passo a ser dado pela Psicologia Comunitária.
2. Defende que para que uma sociedade seja boa é necessário que sejam
garantidos bem-estar e justiça.
3. O bem-estar é alcançado quando as necessidades pessoais, relacionais e
coletivas são minimamente atendidas.
4. Não há como falar em bem-estar psicológico (ligado às necessidades pessoais e
relacionais), sem um olhar sobre as liberdades que se dão no âmbito coletivo.
5. Citando Sen (1999) o autor indica 5 liberdades para a busca do desenvolvimento
humano: política, oportunidade econômica, oportunidade social, garantia de
transparência e proteção em termos de seguridade.
6. Para o autor, citando Miller (1999), a justiça é a distribuição equitativa de cargas,
recursos e poderes na sociedade.
7. Miller (1999) indica 3 tipos de sociedade conforme a distribuição de cargas e
recursos: comunidade solidária: princípio da necessidade, ex.: família.; associação
instrumental: princípio do mérito, ex.: relações de trabalho; e a cidadania: princípio
da igualdade, ex.: cidade ou nação.
8. A justiça social é a busca de um alcance mínimo e em constante tensão criativa
das necessidades, do mérito e da igualdade.
9. Habituação, ideologização e familiarização interferem na necessidade de mudar
paradigmas e aspectos como poder e privilégio são tomados como “dados”.
10. Cada eixo do bem-estar apresenta um correlato ligado à justiça. No nível
pessoal: status socioecômico; no nível relacional: poder e no nível coletivo: poder
político.
11. Nem só uma intervenção psicológica e nem só uma intervenção política são
suficientes para alcançar os balanceamentos entre bem-estar, justiça e poder.
12. Por validade psicopolítica se entende a “consciência do papel que envolve o
poder no bem-estar, na opressão e na justiça nos domínios pessoais, relacionais e
coletivos” (p. 13) Envolve validade epistêmica e validade de transformação.
13. A validade epistêmica é relacionada ao reconhecimento do papel do poder nas
dinâmicas políticas e psicológicas.
14. A validade de transformação refere-se ao potencial de nossas ações
promoverem mudanças e reduzir as injustiças. Há dois riscos envolvidos: a
perpetuação do status quo e a imposição de limites à prática comunitária.
17. O desafio é alcançar um lugar mediano que permita a melhoria do bem-estar de
todos e a diminuição dos efeitos da opressão para os que mais sofrem.

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