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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Faculdade de Direito – Fundamentos do Direito Público


São Paulo, 19 de junho 2023
Prof.ª Dr.ª Helga Klug Doin Vieira
Felipe Kachani Bisker– DIR – MH1

A sociedade: Origem, Evolução e Elementos


Pietro de Jesús Lora ALARCÓN

O autor inicia o capítulo explicando a ideia de que o homem é um ser social, e que o
ser humano não tem condições de satisfazer suas necessidades de maneira isolada.
Segundamente, afirma que existe um “elo” comunitário, que une as pessoas e indica que
somos seres naturais com carências e necessidades a fazer.

Segundo Tonnies, “a comunidade consiste em uma identidade substancial de


vontades, assinaladas umas às outras, nem sempre conscientes disso, pela mesma origem e
destinos. Já na sociedade a individualidade de interesses não permite a satisfação dos
interesses de todos os homens”.

Afirma que a sociedade humana pode ser analisada por dois pontos, sendo um a
mecanicista que expressa que a sociedade é a soma de indivíduos agrupados pela pressão
externa de forças físicas, portanto, as leis que regem a vida e conservação dos indivíduos são
suficientes para explicar a vida e conservação do agregado social. Já a outra perspectiva é a
organicista, que informa que a sociedade é um organismo composto de uma multidão de
unidades humanas, que em conjunto constitui uma realidade supra-individual. Em conclusão,
implica que a sociedade se apresenta como um conjunto de relações entre indivíduos da
espécie humana.

Nesta sociedade, também surgem divergências, oposições e interesses contrapostos


entre os indivíduos. Neste aspecto, surgem as manifestações, que em sua caracterização
existem 3 possibilidades concretas: a cooperação (unificam esforços), a agressão (interesses
são contrapostos) e a neutralidade (ser humano seria alheio à sorte dos seus semelhantes).

Melucci afirma que, “se o tecido social está composto por uma rede de relações
diferenciadas e por uma pluralidade de interesses, a conquista da unidade só pode ser o
resultado de intercâmbios, de comunicações e mediações”.

Seguido disso, explica que o poder determinante na sociedade é o poder do Estado, e


este é fruto de uma organização política, da construção de uma institucionalidade
governamental e de um processo de auto-regulação normativa das atividades diversas de seus
membros, considerados pessoas e cidadãos, orientadas à conquista de metas previamente
definidas.
Um dos grandes focos do capítulo seria a evolução da sociedade. Afirma que, “Do
ponto de vista político e jurídico, na última etapa do século XX, a corrente neoliberal, com
um projeto de cunho econômico-político e social-cultural, emergiu com grande força… A
imposição deste modelo foi paralela à sustentação teórica da denominada globalização”. E
assim, segue dizendo que o Direito que acompanha as transformações sociais da
contemporaneidade recebeu o impacto da globalização e do neoliberalismo, especialmente
nos terrenos constitucional e administrativo.

Conclusão:
No capítulo, o autor discute a natureza social do ser humano e a importância da comunidade
na satisfação das necessidades humanas.
A sociedade pode ser analisada sob duas perspectivas: a mecanicista, e a organicista. Em
ambos os casos, a sociedade é vista como um conjunto de relações entre indivíduos.
Na sociedade, surgem divergências, oposições e interesses contrapostos entre os indivíduos, o
que leva a três possibilidades de manifestações: cooperação, agressão e neutralidade.
O poder determinante na sociedade é o poder do Estado, resultado de uma organização
política e institucionalidade governamental.
O capítulo também aborda a evolução da sociedade, mencionando a ascensão do
neoliberalismo e da globalização no final do século XX. Essas transformações impactam o
Direito, especialmente nos aspectos constitucional e administrativo.

Bibliografia:
ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora, Ciência Política, Estado e Direito Público, Cap.III “A
sociedade: Origem, Evolução e Elementos”

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