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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO

RELATÓRIO FINAL

(2020– 2021)

MUNDOS DO TRABALHO: CULTURA, PODER E RESISTÊNCIA EM


PERNAMBUCO, SÉCULOS XIX E XX.

REUNIR E TRANSFORMAR: LEVANTAMENTO, CATALOGAÇÃO E INVENTÁRIO DAS FONTES


DOCUMENTAIS DO LICEU INDUSTRIAL DE PERNAMBUCO (1937-1942)

Relatório Final apresentado à Pró-


Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e
Inovação como parte dos requisitos do
Programa de Iniciação Científica do
IFPE, sob orientação do Prof. Ms. Lêda
Cristina Correia da Silva.

Maria Augusta de Morais Araújo


Campus Recife
AGO/2021
Reunir e transformar: Levantamento, catalogação e inventário das fontes
documentais do Liceu Industrial de Pernambuco (1937-1942)

Maria Augusta de Morais Araújo1, Lêda Cristina Correia da Silva2


1
Estudante do Curso de Química Industrial - IFPE, campus Recife; email: mama@discente.ifpe.edu.br
2
Docente/pesquisador do Departamento (ou setor similar do campus) de História – IFPE, campus Recife;
email: ledasilva@recife.ifpe.edu.br

RESUMO
O Liceu Industrial de Pernambuco representa uma das fases de formação do atual Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, especificamente entre os anos de 1937 e 1942,
quando as Escolas de Aprendizes Artífices foram renomeadas e o ensino ali oferecido e sua
organização didática passaram por algumas alterações. A pesquisa teve por objetivo identificar e
inventariar fontes documentais sobre o Liceu Industrial de Pernambuco tomando os jornais como
fonte de pesquisa histórica, sendo selecionados os jornais Diário de Pernambuco, Diário da Manhã
e o Jornal Pequeno. Esses jornais foram acessados a partir de dois portais de periódicos: a
Hemeroteca Digital Brasileira (HDB), da Biblioteca Nacional, e o site do Acervo CEPE (Companhia
Editora de Pernambuco), instituições responsáveis pela digitalização e disponibilização destes
periódicos a partir de um sistema de consulta baseado no local, jornais e datas das publicações. A
análise desse objeto de pesquisa foi construída por meio da identificação, catalogação e análise das
notícias presentes no Jornal Pequeno, no Jornal Diário de Pernambuco e no Jornal Diário da Manhã.
Os documentos consultados revelam mudanças que permearam a Instituição, seu diálogo com o
contexto regional e nacional, assim como sua presença nos campos sociais, econômicos e políticos
da sociedade em um período que corresponde a conturbado contexto político nacional permeado
por ideais fascistas e por instalação de uma ditadura a partir de 1937 sob o comando de Getúlio
Vargas. Os dados revelam, principalmente, a adequação da escola aos movimentos nacionais de
estruturação de um novo projeto educacional em um contexto de industrialização. As fontes
identificadas foram organizadas em catálogo com detalhamento da notícia impressa para consulta
no CHMD.
Palavras–chave: CHMD; Escola de Aprendizes Artífices; Liceu Industrial de Pernambuco; Periódicos

1.INTRODUÇÃO

A trajetória do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco


(IFPE) vem sendo investigada, desde 2019, pelo Centro de História, Memória e
Documentação (CHMD). Nesta pesquisa, que dá prosseguimento à linha de investigação
de 2019/2020 intitulada “Reunir e Transformar: levantamento e catalogação de fontes
sobre o Instituto Federal de Pernambuco ao longo da primeira metade do século XX”,
buscamos identificar na imprensa periódica fontes impressas sobre a instituição para o
período de 1930 a 1942 a partir de 3 jornais pernambucanos em circulação no período:
Diário da Manhã, Jornal Pequeno e Diário de Pernambuco. Inicialmente com recorte
temporal restrito ao período em que a escola foi Liceu Industrial de Pernambuco,
passamos a abranger toda a década de 1931 aproximando-se do recorte trazido por
pesquisa também desenvolvida no CHMD que abarca o período entre 1909 e 1930.
Este período para o qual voltamos, na década de 1930, foi marcado pela introdução
de novos atores sociais, culturais e políticos. Trouxe impactos nos diferentes campos da
sociedade e dentre estes, destacam-se os impactos das alterações políticas - com
destaque para a criação do Ministério da Educação e da Saúde Pública - com alterações
no sistema educacional que se desdobraram em modificações do ensino profissional.
Esse processo atingiu, também, a Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco. Para
além dos documentos oficiais, estas mudanças podem ser observadas ainda a partir da
imprensa.
Assim, tomando a imprensa como fonte, procuramos realizar um levantamento
cujo escopo é tanto contribuir com a ampliação de fontes históricas sobre a escola e a
história do IFPE, como compreender como esta instituição era noticiada e quais
destaques eram dados nas notícias veiculadas nos jornais.
O uso da imprensa como fonte ou objeto de pesquisa tem sido analisado por
vários pesquisadores, principalmente a partir da década de 1970. Analisando o uso da
imprensa como objeto e como fonte de pesquisa histórica, Leite (2015) afirma que a
expansão de pesquisas históricas a partir da imprensa “tem como um dos fatores
principais, a formação, constituição, restauração e preservação de coleções de periódicos
de vários tipos e épocas em bibliotecas, museus, centros de documentação e órgãos de
imprensa”.
Para Cruz e Peixoto (2007), a tomada da imprensa como fonte de pesquisa advém
do caráter dela como constituinte da realidade social. De acordo com estes autores, a
imprensa não confere apenas como um espelho da realidade, mas sim modela formas
de agir e pensar, define papéis sociais e generaliza posições que se pretendem
compartilhar como universais. Destarte, ela não só assimila interesses e projetos de
diferentes forças sociais, como muitas vezes é ela mesma o espaço privilegiado de
articulação desses projetos.
Toledo e Skalinski (2012) destacam que o acesso às versões digitais de diferentes
tipos constitui um instrumento valioso para pesquisadores nas diferentes áreas que
realizam pesquisas históricas. Esta disponibilização de coleções digitalizadas de jornais
em portais como o da Hemeroteca Digital e do Acervo CEPE auxiliam neste inventário de
fontes, especialmente neste contexto de restrições pela pandemia que ainda vivemos.
Em consonância, a presente pesquisa pretende contribuir ao disponibilizar um catálogo
com as notícias presentes nos jornais em análise, assim como incentivar pesquisas que
detenham como fonte periódicos, prática que ainda se encontra em expansão.

2.METODOLOGIA
A presente pesquisa teve por objetivo identificar, reunir e inventariar fontes
documentais sobre o Liceu Industrial de Pernambuco. Buscando realizar um
levantamento de fontes documentais, tomamos os jornais como fontes de pesquisa
histórica. Inicialmente nosso recorte temporal abrangia o período de 1937 a 1942,
porém, a pesquisa foi ampliada para o início da década de 1930, contemplando dessa
forma também os anos finais da escola enquanto Escola de Aprendizes Artífices de
Pernambuco1.
Três jornais locais foram selecionados: o jornal Diário de Pernambuco, o Jornal
Pequeno, e o jornal Diário da Manhã.
O uso de fontes impressas e a pesquisa histórica em jornais é algo já consolidado.
Conforme analisa Cruz e Peixoto (2007), jornais não são feitos para serem realizadas
pesquisas. Logo, transformá-los em uma fonte histórica é uma operação de escolha e
seleção que supõe um tratamento metodológico por parte do historiador. Nesse
processo de investigação da história do Campus Recife e, portanto, do IFPE por meio dos
jornais, o procedimento metodológico envolveu uma pesquisa detalhada nos três
jornais, cujas coleções encontram-se disponibilizadas em formato digital. Incluiu a
identificação de informações referentes à escola no período, a sistematização e
organização das informações presentes nos periódicos, e a elaboração de catálogo a
compor o acervo do CHMD. Paralelamente, ocorreu o estudo de bibliografia para

1
O período compreendido entre a implantação da Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco e 1930 foi
pesquisado pela estudante Evelyn do Nascimento Andrade Autran, discente do curso de Saneamento
Ambiental do IFPE - Campus Recife, com a pesquisa Pibic A Escola de Aprendizes Artífices do Recife através do
Diário de Pernambuco (1909-1930).
compreensão do período histórico em destaque.
A pesquisa foi realizada em dois portais de periódicos: a Hemeroteca Digital
Brasileira, da Biblioteca Nacional, e o Acervo CEPE. A Hemeroteca Digital Brasileira (HDB)
é um repositório de jornais, revistas, almanaques, anuários, boletins com acesso livre
pelo site http://bndigital. bn.gov.br/hemeroteca-digital/. Através deste portal são
realizadas as pesquisas no Jornal Pequeno e no Diário de Pernambuco, ao passo que,
através do Acervo CEPE, vem sendo realizada a coleta e catalogação das informações
presentes no jornal Diário da Manhã, cujo acesso se dá por meio do site
http://www.acervocepe.com.br/.
A Hemeroteca Digital permite a pesquisa a partir das ferramentas de busca
“Periódico”, “Local” ou “Período”. No caso do portal Acervo CEPE a busca ocorreu
unicamente por meio da seleção do “Ano” de interesse. Entre palavras-chave utilizadas
na pesquisa foram inseridas: “Escola de Aprendizes Artífices”, “Liceu Industrial de
Pernambuco”, “Lyceu Industrial de Pernambuco” - variação gramatical na denominação
da Instituição perceptível em algumas notícias dos três jornais - assim como foram
realizadas buscas com o nome de diretores da Instituição neste período, como
“Rodolpho Fuchs” e “Manuel Viana de Vasconcellos”.
As imagens abaixam destacam o site e ferramentas de busca para a pesquisa nos
referidos acervos.

Imagem 1 - Ferramenta de busca da Hemeroteca Digital Brasileira

Fonte: A autora.
Imagem 2 - Sistema de Busca Acervo Cepe - Pernambuco

Fonte: A autora.

A sistematização dos dados obtidos conduziu à elaboração de tabelas descritivas


das fontes impressas identificadas destacando-se o nome do jornal, data das
publicações, número de edição, página da notícia, seção, denominação da Instituição no
ano em questão, resumos das notícias originais e um link que remete a cada uma das
publicações originais. Além disso, foram realizados prints de todas as notícias
encontradas e organizados em sequência cronológica.
Em paralelo com este modelo, as notícias foram organizadas em catálogo, com
registro individual para cada uma, organizadas por jornal, cronologicamente. O catálogo,
que conta com a inserção direta da imagem de notícia e informações sobre sua
veiculação no jornal, corresponde documento final produzido para o acervo do CHMD
que servirá de consulta a pesquisadores.

Imagem 3 - Modelo de catálogo desenvolvido para organização das notícias identificadas


nos periódicos.

Fonte: A autora.
A pesquisa foi possível porque os dois portais de periódicos (BNDigital e Acervo
CEPE) digitalizaram e disponibilizam uma imensa e rica documentação histórica formada
por fontes diversas, democratizando o acesso e permitindo a preservação e difusão do
patrimônio documental. Não apenas em tempos de pandemia, mas especialmente
agora, essa condição foi imprescindível à pesquisa.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 A década de 30 e o ensino profissional no Brasil


Foi em 1930 que teve início um período que se estendeu até o ano de 1945,
conhecido como Era Vargas. Esta foi estabelecida quando Getúlio Vargas escalou à
presidência do País após a revolução de 1930 destituir o presidente Washington Luís,
encerrando, assim, a política café com leite e o domínio das oligarquias regionais. O
período tomado para a pesquisa nos jornais sobre a Escola de Aprendizes Artífices de
Pernambuco e depois Liceu Industrial de Pernambuco é, pois, marcado por golpes e
rupturas políticas. Rupturas que alteraram o quadro político, em 1930, e mesmo o
regime político no país, em 1937, com a instalação de uma ditadura.
Em 03 de novembro de 1930 Vargas assumia a Chefia do Governo Provisório da
nação com apoio civil e militar, encerrado apenas em 1934, quando o próprio Vargas foi
eleito indiretamente pelos constituintes como presidente da República no dia 16 de
julho, um dia após a promulgação da Constituição de 1934 (PANDOLFI, 2020).
Um outro momento de ruptura aconteceu em 1937, quando ainda estava em
iniciado processo eleitoral com lançamentos de candidaturas à Presidência da República.
Em 10 de novembro de 1937 o país, que encontrava-se em estado de guerra e
cerceamento de liberdades, tinha o regime mudado “sob o pretexto da iminência de novo
golpe comunista”: o Congresso Nacional foi cercado por tropas militares e fechado,
partidos políticos abolidos, a ditadura do Estado Novo foi implantada e uma nova
Constituição foi anunciada (CAPELATO, 2020).
Ao analisar a década de 1930, Cunha (2005) afirma que o governo provisório
iniciado em 1930 não tinha propriamente um projeto educacional a ser desenvolvido. A
ausência de um projeto educacional no programa da Aliança Liberal seria resultado da
própria heterogeneidade das forças políticas e sociais que a compunham e que levaram
Vargas ao poder.
Apesar disso, os anos 1930 trouxeram mudanças a estas instituições escolares que
já vinham sendo planejadas e propostas na década anterior pelo Serviço de Remodelação
do Ensino Profissional Técnico. Até 1930 estas Escolas de Aprendizes Artífices estavam
ligadas ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Quando em 1930 Getúlio
Vargas subiu ao poder por força das armas, foi criado o Ministério da Educação e Saúde
Pública e estas escolas passaram a compor este Ministério. Em 1931 foi criada a
Inspetoria do Ensino Profissional Técnico, órgão de controle das EAA que substituiu o
Serviço de Remodelação do Ensino Profissional Técnico, extinto pelo Governo Provisório.
Assumiu o comando deste órgão o engenheiro Francisco Montojos, que seguiu à frente
mesmo após as mudanças durante a década de 1930. Mais tarde, em 1934, este órgão
foi transformado em Superintendência do Ensino Profissional, diretamente ligada ao
ministro (CUNHA, 2000).
Durante esse período ainda se destaca o manifesto dos pioneiros da educação, em
1932, que provocou mudanças no sistema e a inclusão do ensino profissional entre
pautas de deputados (CUNHA, 2000)
Entre os principais argumentos a favor do ensino profissional se destacava a
possibilidade de atuação do sistema como um meio de combater o bacharelismo
reproduzido pelas instituições de nível superior, e a industrialização das escolas
profissionais seria qualificada como “indispensável para que os aprendizes executassem
trabalhos realmente úteis, que incitassem o seu interesse” (CUNHA, 2000).
Ainda segundo o autor, os fatores determinantes para a alteração do sistema das
anteriormente denominadas Escolas de Aprendizes Artífices que se deu antes de 1937,
resultaram mais precisamente, de debates e propostas lançadas durante o final da
década de 1920 e início da década de 1930.
As principais mudanças ocorreram, no entanto, a partir de 1937. Diante da crise
econômica de 1937 houve a intensificação das correntes que defendiam a
industrialização como condição para dissolver o “estrangulamento externo” da
economia (CUNHA, 2000). O Estado assume a industrialização como meta, e essa opção,
possivelmente voltou parte de suas preocupações para a qualificação da força de
trabalho. Refletindo esse contexto, a nova Constituição trazia como dever do Estado
assegurar à educação à infância e juventude, incluindo a educação profissional.
Assim é que na Constituição de 1937 se estabelece que:

Art. 129 - A infância e à juventude, a que faltarem os recursos


necessários à educação em instituições particulares, é dever da
Nação, dos Estados e dos Municípios assegurar, pela fundação
de instituições públicas de ensino em todos os seus graus, a
possibilidade de receber uma educação adequada às suas
faculdades, aptidões e tendências vocacionais.

O ensino pré - vocacional e profissional destinado às classes


menos favorecidas é em matéria de educação o primeiro dever
do Estado. Cumpre - lhe dar execução a esse dever, fundando
institutos de ensino profissional e subsidiando - as de iniciativa
dos estados, dos municípios ou associações particulares e
profissionais. É dever das indústrias e dos sindicatos econômicos
criar, na esfera de sua especialidade, escolas de aprendizes
destinadas aos filhos de seus operários ou de seus associados.

Antecedendo à Constituição de 1937, a Lei No 378, de 13 de janeiro de 1937, havia


dado nova organização ao Ministério da Educação e Saúde Pública. A partir desta lei
passou a denominar-se Ministério da Educação e Saúde, exercendo, na esfera federal, a
administração das atividades relativas à educação escolar e à educação extraescolar, à
saúde pública e à assistência médico-social (BRASIL, 1937).
Foi nesse contexto de reformas durante a gestão do ministro Gustavo Capanema
que as Escolas de Aprendizes Artífices passaram à denominação de Liceus Industriais,
consoante ao estabelecido na Lei N. 378, em seu Art. 37: “A Escola Normal de Artes e
Ofícios Wencesláo Braz e as escolas de aprendizes artífices, mantidas pela União, serão
transformadas em lyceus, destinados ao ensino profissional, de todos os ramos e gráos.”
(BRASIL,1937)
Permaneceram sob o nome de Liceus Industriais até 1942, quando houve uma
reorganização do ensino profissional por meio da Lei Orgânica do Ensino Industrial, no
bojo de reformas do ensino via Leis Orgânicas, conhecida como Reforma Capanema.
3.2. Os jornais fonte de pesquisa

Os resultados obtidos durante a pesquisa foram coletados e organizados a partir


dos jornais: Jornal Pequeno, Diário da Manhã e Diário de Pernambuco.
O Jornal Pequeno foi um jornal de grande circulação em Pernambuco durante o
final do século XIX e o século XX, mantendo-se em circulação entre 1898 e 1955. Sua
primeira denominação foi Pequeno Jornal, mas sua tiragem foi interrompida cerca de
um ano depois, em 20 de julho de 1899, quando foram despejados das instalações
iniciais. Após quatro dias do incidente, reiniciou sua produção em novo local.
Acompanhando essa retomada, houve uma mudança no seu nome para Jornal Pequeno
e o reinício da contagem das edições.
O acesso a esse jornal se deu por meio do repositório da BNDigital, a Hemeroteca
Digital da Biblioteca Nacional. O jornal possui algumas seções orientadas a partir da
adequação da notícia, a exemplo da seção de “telegrammas”, seção de esportes e
“Album Elegante”. Apesar da existência dessas divisões, a veiculação dos fatos
relacionados com a Escola de Aprendizes Artífices e do Liceu Industrial de Pernambuco
não era restrita a uma única seção de maneira fixa, ocupando diferentes espaços de
acordo com o contexto, caráter e finalidade da notícia.
Quanto ao jornal Diário da Manhã, este foi fundado em 1927 por Carlos de Lima
Cavalcanti, e teve sua circulação mantida até 1985. Esse periódico marcou a história da
imprensa em Pernambuco na medida que foi considerado, em sua época, um dos mais
modernos veículos impressos do País. No portal Acervo CEPE destaca-se que “sua
fundação coincidiu com os movimentos que antecederam a queda da República Velha e
se tornou uma referência de leitura para as principais lideranças políticas do Nordeste”,
o que reforça o viés dos jornais como constituintes da conjuntura nacional.
Esse Jornal, apesar de não apresentar um número fixo de páginas, possui edições
que apresentam uma variação de páginas inconstante, mas seu produto final sempre se
dispõe entre 4, 8, 10, 12, 16, 30 ou 32 folhas. Assim como o Jornal Pequeno, apresenta
diversas seções, muitas direcionadas para campos diferenciados da sociedade, como as
seções “Vida Cotidiana”, “Vida Administrativa” e “Esportes”. Outrossim, destacam-se, as
seções “Instrucções” e “Telegrammas”, nas quais notícias vinculadas à Instituição
apareciam com certa frequência.
O terceiro jornal fonte de pesquisa, o Diário de Pernambuco, foi publicado pela
primeira vez no dia 7 de novembro de 1825, de acordo com o IBGE. O periódico
idealizado por Antônio José de Miranda Falcão foi vendido em 1935, passando a ser
conduzido pela família do comendador Manuel Figueiroa de Faria. Foi nesse momento
que esse jornal começou a disputar com outros periódicos da corte. Sob nova posse em
1901, o jornal foi envolvido em disputas políticas, levando, inclusive, ao seu
empastelamento.
Após longas negociações o jornal foi incorporado em 1931 aos Diários Associados,
momento em que amplia suas seções e seus serviços de notícias, estabelecendo,
inclusive, parcerias com veículos de informação internacionais.
No ano de 1945, o jornal levantou campanha contra o presidente Getúlio Vargas,
sofrendo um novo empastelamento e tendo decretada a prisão do seu redator-chefe e
de outros jornalistas após o estudante Demócrito de Souza Filho, no dia 03 de março
daquele ano, ser morto na sacada da sede do jornal pela polícia do Estado Novo, que
tentava dissolver manifestação popular concentrada em frente ao edifício. O periódico
voltou a funcionar apenas 40 dias depois, a partir do intermédio do Juiz Luiz Marinho.
Assim como os outros dois jornais citados anteriormente, o jornal Diário de
Pernambuco possui uma série de seções condizentes com cada campo de abordagem,
entre eles pode-se citar “Escola e Instrução”, “Esportes”, “Diário Social”, “Vida Escolar”
e por vezes uma seção denominada “Decretos do Governo Federal”. As notícias
pertinentes ao Liceu Industrial e à Escola de Aprendizes Artífices aparecem em várias
dessas divisões, de acordo com as características de abordagem. Suas edições
apresentam entre 6 e 16 páginas.
A partir da pesquisa nos jornais, pode ser identificado um percentual pequeno de
notícias veiculadas sobre a fase de Liceu Industrial da Instituição (1937 -1942), com
destaque maior no Diário da Manhã. Ao avançar para toda a década e julgando o período
de 1930 -1942, O Jornal Pequeno, o jornal Diário da Manhã e o jornal Diário de
Pernambuco, publicaram, respectivamente, 33, 63 e 60 notícias referentes à Escola de
Aprendizes Artífices ou Liceu Industrial de Pernambuco.
As notícias veiculadas sobre a escola podem ser verificadas a partir da tabela
abaixo:
Imagem 4 – Distribuição de notícias da escola nos jornais

Fonte: A autora

Destaque-se que nesta primeira metade do século XX o jornais é um dos principais


meios de comunicação, por onde passava aspectos da vida social e não apenas política.
Nesse contexto, as questões referentes à educação eram divulgadas por este meio, no
qual as escolas apareciam constantemente não apenas com informações sobre o ensino
nelas ofertados, mas também os sujeitos da instituição escolar alcançavam por vezes o
destaque nesses espaços de comunicação.
3.3. A escola noticiada nos jornais

As notícias vinculadas à Instituição acompanharam parte dos processos que


resultaram nessa alteração de nomenclatura e também parte daqueles concernentes à
organização específica da Escola de Aprendizes Artífices, posterior Liceu Industrial. Nesse
último aspecto, são incluídas mudanças na oferta de oficinas, alterações na direção e no
quadro de funcionários bem como na estrutura do estabelecimento de ensino.
Acompanhando notícias veiculadas nos jornais observamos que em 1931, de
acordo com matéria do jornal Diário de Pernambuco, a Escola de Aprendizes Artífices
contava com os cursos de marcenaria, vimeria, carpintaria, ferraria, fundição, torneio,
mecânico, tipógrafo, ajustador, fotógrafo, modelador e pintor decorador (DIARIO DE
PERNAMBUCO, 19/06/1931, 138, pág 4). Por meio de outra notícia do mesmo jornal
publicada em 16/12/1932 é divulgada a abertura das inscrições para o concurso, na
Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco, para as vagas de mestre das oficinas de
encadernação, pautação e fundição, cursos recentemente criados pelo Ministério da
Educação em substituição ao de sapataria e alfaiataria, que foram extintos por não terem
frequência (DIARIO DE PERNAMBUCO, 16/12/1932, pág 5). São alterações de cursos que
sinalizam mudanças pelas quais a escola passaria nessa década.
Os jornais também registraram a inserção da Escola com os acontecimentos de
cunho nacional e estadual, seja com notícia sobre a participação de funcionário em
“movimento revolucionário em defesa da ditadura militar” (JORNAL PEQUENO,
15/07/1932, p. 3), ou em eventos estaduais, como o de inauguração de escola técnico-
profissional (DIARIO DA MANHÃ, 28/05/1931).
Um dos fatos que propiciou a presença da Escola de Aprendizes Artífices entre as
notícias desses periódicos foi a mudança de sede das dependências do Ginásio
Pernambucano para uma estrutura própria no bairro do Derby em 1933. O Diário da
Manhã ressaltou naquele momento (DIARIO DA MANHÃ, 13/01/1933, p. 8), que antiga
sede já não comportava mais de forma adequada a Instituição, perspectiva também
compartilhada pelo Diário de Pernambuco (DIARIO DE PERNAMBUCO, 13/01/1933, p. 8).
Imagem 5 – Transferência da Imagem 6 – Transferência Escola
Escola de Aprendizes Artífices de Aprendizes Artífices

Fonte: Diário da Manhã Fonte: Diário de Pernambuco

Neste mesmo ano a visita do então presidente Getúlio Vargas e sua comitiva no
dia 05/09/1933 à Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco foi destacada nos
jornais. Acontecia em meio a visitas oficiais do presidente a Pernambuco. A recepção ao
presidente foi feita pelo então diretor da Instituição, Rodolpho Fuchs, funcionários e
alunos da escola. Outra informação contida nesta notícia veiculada pelo Jornal Diário da
Manhã (DIARIO DA MANHÃ, 06/09/1933, p. 1) é de que, já na Escola, Getúlio Vargas
palestrou acerca da necessidade de difundir as escolas técnico - profissionais pelo País.

Imagem 7 – Visita de Getúlio Vargas

Fonte: Diário da Manhã

Esse discurso não se expressa como um fato isolado. Na realidade, ele faz parte
do processo de criação de uma estrutura educacional própria, voltada, primordialmente,
ao movimento de industrialização que crescia no Brasil durante a década de 30. Essas
propostas, como citadas anteriormente, tiveram início justamente entre o final da
década de 1920 e os primeiros anos de 1930, ganhando força em 1937, o que culminou
na alteração da dinâmica dessas Escolas.
A escola que teve sua construção finalizada apenas em 1935 teve sua inauguração
aos 18 de maio daquele ano e convite endereçado aos jornais, sendo divulgado nos três
jornais pesquisados. O evento foi destacado especialmente pelo Diario da Manhã, em
matéria intitulada Prédios públicos federaes na qual se enaltece ainda a “Revolução”
(DIARIO DA MANHÃ, 21/05/1935, p. 3) e pelo Diario de Pernambuco. Neste último, foi
matéria sob o título Inaugurou-se o novo prédio da escola de Aprendizes Artífices (DIARIO
DE PERNAMBUCO, 19/05/1935, p. 12) dando destaque às autoridades presentes e à
estrutura do prédio. Entre as autoridades o jornal destacava o governador de
Pernambuco, Carlos de Lima Cavalcanti, e Francisco Montojos, então Superintendente
do Ensino Industrial. Sobre o edifício noticiou que

O prédio onde ficou instalada hontem a Escola de Aprendizes Artífices,


perto da Faculdade de Medicina, é um confortável edifício de
arquitetura moderna.
[...] A decoração é sóbria e moderna. No hall veem-se allegorias, fino
mobiliário e mosaicos. Em frente a cada escada apresentam-se
interessantes pinturas vitrais, todas ellas do pintor Henrique Mozer.
(DIARIO DE PERNAMBUCO)

As mudanças na instituição continuaram a partir daí quanto a organização do


ensino. Na edição 3145 do Diário da Manhã foi anunciada a mudança de nomenclatura
das, até então, Escola de Aprendizes Artífices - sob a óptica da lei número 378 - para
“Liceus Industriais”. De acordo com as informações contidas no periódico, a mudança
não seria restrita apenas à denominação, dando, na realidade, “uma nova feição ao
Ensino Industrial”. (DIÁRIO DA MANHÃ, 07/10/1937, p. 12).

Imagem 8 - Notícia sobre reforma no ensino

Fonte: Diário da Manhã


Ainda de acordo com o veículo, a reforma iria atingir, principalmente, a
organização didática e profissional, tendo em vista a adição de cursos preparatórios para
formação dos mestres e contramestres. Esse momento coincide com a criação ainda de
escolas técnico-profissionais pelo governo estadual.
Já como Liceu Industrial, em 1938, a escola retomou com os cursos noturnos.
Voltado a operários, o curso ofereceria além da alfabetização, o ensino de Desenho e a
aprendizagem profissional nos ofícios ensinados na escola. Sua divulgação e informações
sobre a matrícula foi feita tanto no Diario da Manhã como no Diario de Pernambuco.

Imagem 9 - Notícia de curso no Diário de Pernambuco (21/01/1938)

Fonte: Diário de Pernambuco

Cabe observar que este momento coincide com a ampliação do debate em torno
do ensino técnico-profissional, nomenclatura adotada na época para o ensino oferecido
nas Escolas de Aprendizes Artífices depois Liceus industriais. O alargamento do debate
inclui o interesse do governo na ampliação da oferta, afirmando ser este um objetivo
para a formação de quadros profissionais à indústria. Matéria veiculada pelo jornal Diário
da Manhã no dia 27/03/1938 apontava para esta direção, de que o governo federal
objetivava a construção de novos prédios para as Escolas de Aprendizes Artífices, além
de visar a construção de um Lyceu Industrial Modelo em cada Estado.
Nesse contexto de mudanças que permearam a Instituição e a própria educação
a nível nacional e estadual há ampla participação de Rodolpho Fuchs, um dos diretores
da Escola na década de 1930. Engenheiro, foi Inspetor das Escolas de Aprendizes Artífices
do Norte e tornou-se diretor da Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco. À época
de sua chegada à Pernambuco foi apresentado pelo Jornal Pequeno como um homem
confiável no Ministério da Agricultura, homem fino na sociedade e que possui um largo
círculo de relações em Recife participaria intensamente do debate nacional e local em
torno do ensino profissional (JORNAL PEQUENO, 31/07/1930, p. 3).
Até o ano de 1938 os jornais continuaram a se referir a Fuchs como diretor da
Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco, embora neste ano já ocupasse outras
funções locais e na esfera federal. Sob sua direção ocorreu a transferência e inauguração
do novo prédio da escola no Derby. Posteriormente, em 1936, assumiu o cargo de diretor
da Escola Techinca Profissonal Masculina do Estado de Pernambuco, passando também
a ser superintendente deste ensino no estado.
Como citado anteriormente, a divulgação de concurso para cargos de professor,
contra mestre e adjunto de professor aparecem nos jornais com alguma frequência. A
prática de concurso como meio de contratação prevaleceu por este período e a
veiculação desses informes foi comum em ambas as fases da Instituição, como Escola de
Aprendizes Artífices de Pernambuco, ou Liceu Industrial de Pernambuco. Em paralelo,
também eram constantemente veiculadas notícias sobre abertura das matrículas para
novos alunos. Tais matérias sobre matrículas, vagas ou inscrições para a Instituição
apareciam geralmente na seção “Instrucções”, e podem ser observados nos recortes
abaixo:

Imagem 10 – Concurso para o Lyceu Industrial Imagem 11 - Concurso para o Lyceu

Fonte: Jornal Pequeno Fonte: Diario da Manhã.

Além de notícias referentes à organização didática da escola e a relação


extramuros, muitas notícias veiculadas expressam as relações entre a Escola e seus
alunos com a sociedade, na medida em que os jornais, naquela época, davam conta de
uma vida social local. Tais interações são expressas, especialmente, na participação de
alunos da Instituição em projetos fora das escolas e na exposição regular ao público dos
artefatos produzidos pelos estudantes da instituição, prática iniciada ainda durante a
fase de Escola de Aprendizes Artífices e que continuou sendo realizada durante o período
de Liceu Industrial. Esse evento configura-se como uma “oportunidade para verificar o
progresso do ensino profissional”, além de promover os sentimentos “morais e
religiosos”, assim como estimular o "espírito da iniciativa e a solidariedade” (DIÁRIO DA
MANHÃ, 01/12/1937, p. 4). Estas exposições revelavam habilidades dos estudantes,
como Jorge Rodrigues Filho, apresentado como “um desenhista completo” e dando-se
destaque aos trabalhos por ele realizados (JORNAL PEQUENO, 19/02/1936, p.1).
O reconhecimento da escola e da formação por ela oferecida no estado de
Pernambuco era ressaltado pelas produções que eram solicitadas aos alunos da Escola
de Aprendizes Artífices, com prestação de serviços e recebimento de encomendas de
produtos também na década de 1930. A partir das oficinas da escola e de sua tipografia
alunos foram responsáveis por vários serviços, entre eles pela produção da placa de
formatura do grupo de formandos do Ginásio de Pernambuco em 1936 (DIÁRIO DE
PERNAMBUCO, 22/11/1936, p.6), e pela produção da placa de formatura dos alunos de
Medicina da Faculdade de Medicina de Pernambuco, em 1936 (DIÁRIO DA MANHÃ,
12/12/1936, p. 2).
Outras notícias tratavam do cotidiano escolar, mostrando a escola principalmente
até 1938. Após 1939 notícias referentes à escola passam a escassear nos jornais
pesquisados como indicado na Imagem 4, que apresenta um quadro quantitativo de
informações coletadas nos jornais considerando o período pesquisado. Três anos depois
as reformas no ensino introduziram para o ensino profissional novas diretrizes e o Liceu
Industrial de Pernambuco, antiga Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco que,
com suas escolas-irmãs dos demais estados formavam uma rede federal de educação
profissional passariam a nova configuração.

4. CONCLUSÃO

As pesquisas em jornais disponibilizados virtualmente permitiram a percepção de


uma ligação entre as Escolas de Aprendizes Artífices e o Liceu Industrial com os processos
históricos, políticos, econômicos e sociais que permeavam o País durante a década de
1930 e os primeiros anos da década de 1940, especialmente no que tange ao processo
de estruturação de uma nova dinâmica educacional e industrial.
Nos jornais, a passagem entre Escola de Aprendizes Artífices e Liceu Industrial é
apresentada como uma modificação mais ampla do que algo concernente apenas à
nomenclatura, modificando a organização do ensino profissional e da didática do
estabelecimento.
Ademais, essa pesquisa possibilitou a compressão da participação dessas
Instituições no contexto local, além de ter revelado figuras importantes na formação de
uma base educacional regional.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº. 378 de 13 de janeiro de 1937. Dá nova organização ao Ministério da
Educação e Saúde Pública. Rio de Janeiro: Diário Oficial da União, 15 jan. 1937. p.1210,
coluna 1. Coleção de Leis do Brasil. Disponível em:
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1930-1939/lei-378-13-janeiro-1937-
398059-veto-75139-pl.html> Acesso em: Acesso em: 18 jan. 2020.

Capelato, Maria Helena. O Estado Novo: o que trouxe de novo? In: FERREIRA, Jorge;
DELGADO, Lucilia de Almeida N. (org.). O tempo do nacional-estatismo. Rio de Janeiro:
Volume 2, Civilização Brasileira, 2020.

CRUZ, Heloisa de Faria; PEIXOTO, Maria do Rosário da Cunha. Na Oficina do historiador:


Conversas sobre história e imprensa. Projeto História, São Paulo, n.35, p. 253-270, dez.
2007.

CUNHA, Luiz Antônio. A política educacional e a formação da força de trabalho industrial


na era de Vargas, In: A Revolução de 30, Seminário Internacional, Rio de Janeiro/Brasília,
Fundação Getúlio Vargas - CPDOC/Universidade de Brasília. 1983.

_______. O ensino de ofícios nos primórdios da industrialização. São Paulo: Editora


UNESP, Brasília, DF: Flacso, 2000.

_______. O ensino profissional na irradiação do industrialismo. 2. ed. São Paulo: Editora


UNESP; Brasília, DF: FLACSO, 2005.
JUNIOR, Oriomar Skalinski; TOLEDO, Cézar de Alencar Arnaut de. A imprensa periódica como
fonte para a história da educação: teoria e método. Revista HISTEDBR On-line, Campinas,
SP, v. 12, n. 48, p. 255–268, 2013. DOI: 10.20396/rho.v12i48.8640020.

LEITE, Carlos Henrique Ferreira. Teoria, metodologias e Possibilidades: Os jornais como


fonte de objeto e pesquisa histórica. ESCRITAS Vol. 7 n.1 (2015) ISSN 2238-7188 p. 3-17.

PANDOLFI, Dulce Chaves. Os anos 1930: As incertezas do regime. In: FERREIRA, Jorge;
DELGADO, Lucilia de Almeida N. (org.). O tempo do nacional-estatismo. Rio de Janeiro:
Volume 2, Civilização Brasileira, 2020.

5.1.JORNAIS

5.1.1. Diário da Manhã

Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco. Diário da Manhã. Recife, 13 de jan. de


1933, p. 8. n. 1735 Disponível em:
<http://200.238.101.22/docreader/docreader.aspx?bib=DM1933>. Acesso em: 14 de
maio de 2021.

Predios Publicos Federaes. Diário da Manhã. Recife, 21 de maio de 1935, p. 3. n. 2429.


Disponível em: <http://200.238.101.22/docreader/docreader.aspx?bib=DM1935>.
Acesso em: 16 de maio de 2021.

Instrução. Diário da Manhã. Recife, 12 de dez. de 1936, p. 2. n. 2897. Disponível em:


<http://200.238.101.22/docreader/docreader.aspx?bib=DM1936>. Acesso em 20 de
maio de 2021

Lyceu Industrial de Pernambuco. Diário da Manhã. Recife, 7 de outubro de 1937, p. 12.


n. 3145. Disponível em: <
http://200.238.101.22/docreader/docreader.aspx?bib=DM1937>. Acesso em: 21 de
maio de 2021.

No Liceu Industrial de Pernambuco. Diário da Manhã. Recife, 1 de dez. de 1937, p. 4. n.


3188 . Disponível em:
<http://200.238.101.22/docreader/docreader.aspx?bib=DM1937>. Acesso em: 21 de
maio de 2021
Curso Nocturno de Aperfeiçoamento para Operarios. Diário da Manhã. Recife, 21 de jan.
de 1938, p. 10. n. 3229. Disponível em:
<http://200.238.101.22/docreader/docreader.aspx?bib=DM1938>. Acesso em: 22 de
maio de 2021.

O governo federal prossegue na realização de um grandioso programma de ensino


profissional. Diário da Manhã. Recife, 27 de mar. de 1938, p. 3. n. 3285. Disponível em:
< http://200.238.101.22/docreader/docreader.aspx?bib=DM1938>. Acesso em: 22 de
maio de 2021.

5.1.2. Diário de Pernambuco

Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco. Diário de Pernambuco. Recife, 13 de jan.


de 1933, p. 8. n. 00010. Disponível em:
<http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=029033_11&pasta=ano%2019
3&pesq=%22acaba%20de%20transferir%20a%20sua%20sede%22&pagfis=7952>.
Acesso em: 12 de jun. de 2021.

Na Escola de Aprendizes Artífices e na casa do Estudante pobre. Jornal Diário de


Pernambuco. Recife, 6 de set. de 1933, p. 1. n. 00203. Disponível em:
<https://drive.google.com/file/d/1-RAzHaC7S9p41LCHIlMlAIUiyjd2X6p-/view>. Acesso
em: 12 de jun. de 2021.

Educação e Instrucção. Diário de Pernambuco. Recife, 22 de nov. de 1936, p. 6. n. 0013B.


Disponível em:
<http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=029033_11&pasta=ano%2019
3&pesq=%22inaugurou%20hontem%20o%20quadro%20de%20formatura,%22&pagfis=
22040>. Acesso em: 13 de jun. de 2021.

Lyceu Industrial. Diário de Pernambuco. 26 de jan. de 1938, p. 6. n. 0021A. Disponível


em:
<http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=029033_11&pasta=ano%2019
3&pesq=%22acaba%20de%20transferir%20a%20sua%20sede%22&pagfis=27614>.
Acesso em: 15 de jun. de 2021.

Escola de Aprendizes Artífices. Diário de Pernambuco. Recife, 10 de nov. de 1938, p.1.


n. 0003B. Disponível em:
<http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=029033_11&pasta=ano%2019
3&pesq=%22acaba%20de%20transferir%20a%20sua%20sede%22&pagfis=31121>.
Acesso em: 15 de jun. de 2021.

5.1.3. Jornal Pequeno

Engenheiro Rodolpho Fuchs. Jornal Pequeno. Recife, 31 de jul. de 1930, p. 3. n. 00171.


Disponível em:
<http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=800643&pasta=ano%20193&p
esq=%22Engenheiro%20Rodolpho%20Fuchs%22&pagfis=47643>. Acesso em: 2 de dez.
de 2020.

Uma Revelação de Artista. Jornal Pequeno. Recife, 19 de fev. de 1936, p. 1. n. 00041.


Disponível em: <
http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=800643&pasta=ano%20193&pe
sq=%22Engenheiro%20Rodolpho%20Fuchs%22&pagfis=57171>. Acesso em: 10 de dez.
de 2020.

Concurso para o Lyceu Industrial de Pernambuco. Jornal Pequeno. Recife, 19 de ago. de


1939, p. 4. n. 00189. Disponível em:
<https://drive.google.com/file/d/10b1lSeG987uGme0R4O4itpM5iNTkHG-2/view>.
Acesso em: 13 de dez. de 2020.

PARECER DO ORIENTADOR(A)
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DO(A) ESTUDANTE
Eu, Lêda Cristina Correia da Silva, como orientadora da bolsista Maria Augusta de
Morais Araújo, declaro que a mesma vem desempenhando as suas atividades com
bastante dedicação, avançando na pesquisa. Atendeu até o momento todas as
obrigações e alcançou os resultados esperados de acordo com o Cronograma.

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