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INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR

CURSO: ENFERMAGEM
DISCIPLINA: CIÊNCIAS SOCIAIS
PROFESSOR: PENINA CORREA VALE

TAIARA CRISTINA DE SOUSA FERREIRA

TDE II

São luís – MA
2023
TAIARA CRISTINA DE SOUSA FERREIRA

TDE II
Trabalho acadêmico
apresentado à disciplina de
CIÊNCIAS SOCIAIS para
obtenção de nota.

São luís - MA
2023
INTRODUÇÃO
A ciência política é o campo das ciências sociais que estuda as estruturas
que moldam as regras de convívio entre as pessoas em agrupamentos. A
ciência política dedica-se a entender e moldar as noções de Estado, governo e
organização política, e pode estudar também outras instituições que interferem
direta ou indiretamente na organização política, como ONGs, Igreja, empresas
etc. Alguns teóricos restringem o objeto de estudo da ciência política ao
Estado, outros defendem que o seu objeto é mais amplo, sendo o poder, em
geral, aquilo que deve ser estudado por essa área.
Justiça Social mesmo sendo um assunto amplamente discutido, existe ainda
certa confusão sobre o conceito. Como conceito, a justiça social parte do
princípio de que todos os indivíduos de uma sociedade têm direitos e deveres
iguais em todos os aspectos da vida social. Isso quer dizer que todos os
direitos básicos, como a saúde, educação, justiça, trabalho e manifestação
cultural, devem ser garantidos a todos.

COMO TUDO COMEÇOU


Desde a Antiguidade clássica, o ser humano criou mecanismos de poder para
garantir alguma estrutura de organização social. Apesar de ainda não existir
uma ciência política na Grécia ou Roma antigas, textos de legisladores,
governantes e filósofos, como Platão e Aristóteles, demonstram esforços
intelectuais para entender e organizar o meio político.Durante o Renascimento,
o filósofo e teórico político Nicolau Maquiavel desenvolveu estudos sobre o
modo como um governante deve agir, expondo suas teorias no livro O príncipe,
que é uma fonte bibliográfica fundamental para os estudos de ciência política.
No século XVI, o jurista e teórico político francês Jean Bodin deu significativas
contribuições para o entendimento dos mecanismos absolutistas. No século
XVII, notamos a importância das teorias do filósofo e teórico político Thomas
Hobbes, também em defesa das estruturas políticas absolutistas. Ainda no
século XVII, é o filósofo inglês John Locke quem imprime um grande salto nos
estudos de teoria política, defendendo um liberalismo político necessário para
permitir a evolução econômica da sociedade. Esse liberalismo não era c Foi o
filósofo francês Auguste Comte quem postulou a necessidade de uma ciência
humana capaz de estudar rigorosamente a sociedade a fim de estabelecer
mecanismos de progresso social. Com a evolução dos métodos relativos a
essa ciência, que se deram com os estudos do filósofo, sociólogo e economista
alemão Karl Marx e do filósofo e sociólogo francês Émile Durkheim, outros
pensadores começaram a buscar novas delimitações que saíssem do eixo
específico da sociologia e aprofundassem-se em temas semelhantes, mas
específicos de suas áreas.
Essas novas subdivisões eram a antropologia, que surge, pela primeira vez,
dos estudos de teóricos como os ingleses Edward Burnet Tylor e Herbert
Spencer, e a ciência política, termo criado pelo historiador estadunidense
Herbert Baxter Adams, em 1880.
Desde então, a ciência política estabeleceu-se como campo autônomo de
estudo, tendo se fixado primeiro nos Estados Unidos e se desenvolvido
bastante na França e na Alemanha. No Brasil, a ciência política somente
passou a ser sistematicamente estudada e praticada autonomamente, sem
estar formalmente vinculada ao estudo de sociologia, a partir da segunda
metade do século XX.

IMPORTÂNCIA
A ciência política é de extrema importância para o avanço do estudo dos
mecanismos de poder. A atuação de políticos, sejam do poder Executivo,
sejam do poder Legislativo, de juristas e de economistas ou pessoas ligadas ao
grande mercado financeiro está diretamente ligada ao poder. Entender o poder
é necessário para que haja avanço nas instituições políticas e para que se
evitem os abusos de poder perpetrados pelo Estado, por governos ou por
instituições financeiras. Para que os avanços nesse campo sejam efetivos,
existem quatro conceitos básicos:
 Cidade: são as primeiras instituições políticas que agruparam seres
humanos por meio de uma estrutura jurídica bem definida. Com o
nascimento da pólis (cidade-estado), na Grécia Antiga, surge a
preocupação com a política.
 Cidadania: é de extrema importância, enquanto noção, para a ciência
política, e ela existe em qualquer formação política, variando apenas a
abrangência do poder permitido por esse dispositivo. Na aristocracia, a
cidadania é garantida a uma minoria escolhida supostamente por suas
qualidades; na oligarquia, a um grupo maior que o aristocrático,
escolhido pelo poder financeiro. No absolutismo, a cidadania restringe-
se à figura do monarca. Na democracia, ela é distribuída entre todos que
podem participar do sistema político.
 Direitos: (civis e políticos) são objetos de estudos da ciência política em
conjunto com a ciência jurídica (direito).
 Estado: uma das mais importantes noções da ciência política, pois é ela
que tenta entender as formas e estruturas políticas mais notáveis do
tratamento político social.
Todos esses conceitos estão diretamente ligados à noção fundamental da
ciência política de poder.

A JUSTIÇA E OS VALORES DE UMA SOCIEDADE


De um ponto de vista legalista e institucional, a justiça segue o caminho das
leis, uma vez que são elas que delimitam o alcance de nossas ações na
sociedade civil. Todavia, como bem sabemos, as leis consideradas “justas”
podem tornar-se “injustas” diante das constantes mudanças históricas de cada
sociedade. Os infames casos de “legítima defesa da honra”, em que maridos
que assassinaram suas esposas alegaram que o fizeram em defesa de sua
própria honra e tiveram suas penas reduzidas ou foram completamente
irresponsabilizados, como os casos que são retratados no artigo 'Legítima
Defesa da Honra', Ilegítima impunidade de assassinos, Um estudo crítico da
legislação e jurisprudência da América Latina”, das autoras Silvia Pimentel,
Valéria Pandjiarjian e Juliana Belloque, são provas de que mesmo as leis
podem ser injustas.
Portanto, ao tratarmos do conceito de justiça, devemos tomar o cuidado de
observar que esse é um conceito normativo, ou seja, refere-se às normas e
regras instituídas. Hans Kelsen (1881-1973), filósofo jurista austríaco,
apresenta a ideia de justiça como algo além da apreensão cognitiva, isto é,
algo além de nossas capacidades sensoriais, pois se trata de um julgamento
de valor completamente dependente de nossa constituição moral. Isso quer
dizer que o conceito de justiça depende da moral e dos valores existentes em
uma sociedade, diferentemente de noções como “igualdade” ou “liberdade”,
que, embora sejam objetos abstratos e conceitos teóricos, podem ser
verificados de forma empírica dentro de um dado contexto. Portanto, a justiça
não é um objeto concreto, mas sim uma construção pela qual todos nós somos
responsáveis.

AÇÕES QUE BUSCAM RELACIONAR A JUSTIÇA SOCIAL


A justiça social parte do preceito de que, para que se alcance um ponto em que
a convivência social torne-se “justa”, é necessário que se estabeleça certa
compensação para aqueles que começaram a vida social em desvantagem. É
desse princípio que partem ações como a instituição de um salário-mínimo, o
seguro-desemprego, cotas raciais e as demais ações de seguridade social.
As cotas raciais, por exemplo, estão entre as ações mais recentes que buscam
a justiça social. A ação fundamenta-se na constatação de que a grande maioria
da população carente e em situação de pobreza é composta por negros e
pardos. Em contrapartida, as escalas mais elevadas na hierarquia
socioeconômica são majoritariamente compostas por pessoas que se
identificam como brancas. Os dados do IBGE de 2010 mostraram que a taxa
de analfabetismo entre as pessoas que se identificavam como brancas era de
5,9%, enquanto, entre a população de pessoas que se identificavam como
negras, era de 14,4% e, entre os que se identificavam como pardos, de 13%.
As ações que buscam facilitar a inserção da população em situação mais
carente ou que possui o acesso à educação prejudicado são necessárias em
virtude da desigualdade educacional e econômica que vitimiza o sujeito
também em sua posição social, fato que torna cada vez mais rígida a escala
social em que vivemos.A desigualdade social é o principal problema que as
ações de justiça social buscam solucionar. É fato que, embora nossa
sociedade seja constituída, em sua maioria, por pessoas que se declarem
negras ou pardas, assim como demonstrado pelo Censo do IBGE de 2010, as
médias salariais são menores entre as populações autodeclaradas como
negras em comparação à população autodeclarada como branca.
Muito embora o problema do racismo ainda persista, é preciso perceber que
existem avanços, ainda que tímidos, em aspectos importantes do problema. A
criminalização do racismo e os programas de inclusão social para pessoas de
baixa renda, por exemplo, são todas ações de justiça social que nos ajudam a
crescer como sociedade justa e democrática."

A DIFERENÇA ENTRE SOCIOLOGIA POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA É


QUE A SOCIOLOGIA POLÍTICA:

 Analisa as relações sociais, econômicas e culturais que influenciam o


comportamento político.
 Estuda como a política se relaciona com outros aspectos da sociedade,
como classe, gênero e cultura.
 Aborda questões políticas a partir de uma perspectiva mais ampla,
enfatizando as conexões entre política e sociedade.

Por outro lado, a Ciência Política:


 Se concentra no estudo das instituições políticas, processos políticos e
sistemas de governo.
 Examina a teoria política, a tomada de decisões, os partidos políticos e a
análise de políticas públicas.
 Foca mais nas estruturas e funcionamento dos sistemas políticos.
A Sociologia Política explora as dimensões sociais da política, considerando
como fatores como classe social, cultura, identidade e estrutura social
influenciam a política. Ela busca entender como as relações sociais moldam o
comportamento político e as ideias políticas.
Por outro lado, a Ciência Política concentra-se nas instituições políticas, nos
processos de governo e nas teorias políticas. Ela examina o funcionamento
prático dos sistemas políticos e como as decisões políticas são tomadas.
Embora ambas as disciplinas tenham sobreposições e compartilhem algumas
áreas de estudo, como o Estado e o poder, a diferença fundamental reside no
enfoque: a Sociologia Política aborda questões políticas a partir de uma
perspectiva sociológica mais ampla, enquanto a Ciência Política se concentra
nos aspectos práticos e teóricos da política.
REFERENCIAS:
https://www.scielo.br/j/rbcpol/a/FrJF9gDgWfNy5MYPgKcSjgL/
https://www.politize.com.br/justica-social-o-que-e/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/justica-social.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/ciencia-politica.htm

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