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Marc Le Blanc
Hirschi formulou, em sua obra “Causes of delinquency” de 1969, uma teoria do vínculo social
para explicar a conduta delituosa em adolescentes. Ela afirma que a força do vínculo do
indivíduo com a sociedade garante a conformidade aos padrões convencionais de conduta. Em
contrapartida, um vínculo fraco com a sociedade favorece o cometimento de atos de
delinqüência. O vínculo social pode se estabelecer com diversas instituições, mais
particularmente a escola, a família e os pares, no que se refere ao adolescente. Este vínculo
tem quatro fontes: o apego, o empenho, o investimento e as crenças. Além disso, Hirschi
especificou os mecanismos que permitem desenvolver e sustentar cada um destes quatro
componentes do vínculo. Ele consagra, então, o essencial de seu livro para demonstrar a
existência destes mecanismos e para verificar empiricamente o conjunto de sua teoria. Esta
teoria foi ampliada por Gottfredson e Hirschi em 1990 e ela comporta uma nova noção: trata-
se do “auto-controle”.
Ao longo dos últimos vinte anos, esta teoria se tornou a teoria dominante da criminologia dos
adolescentes. A grande maioria das publicações teóricas se refere a ela para apoiá-la, criticá-la
ou para integrar a ela outros elementos (ver Messner, Krohn & Liska, 1989). Além disso,
aproximadamente cinqüenta estudos empíricos confirmam esta teoria (ver a revisão de
Kempf, 1993). Nós replicamos os resultados de Hirschi com uma amostra de adolescentes de
Montreal (Caplan & Le Blanc, 1985). Também, a formalizamos (Le Blanc & Caplan, 1993) e
a elaboramos (Le Blanc & Biron, 1980; Le Blanc, 1983; Le Blanc, 1986; Le Blanc, Ouimet &
Tremblay, 1988; Ouimet & Le Blanc, 1989). Nossa última versão desta teoria (Le Blanc,
1993, 1996a) oferece não somente uma explicação da atividade delituosa, mas, igualmente,
uma versão relativa à passagem ao ato e uma outra relativa ao fenômeno da delinqüência de
forma geral. Além disso, nossos diferentes trabalhos empíricos mostram que esta teoria
explica uma proporção de variância mais elevada do que as teorias concorrentes e que ela se
aplica tanto aos meninos, quanto às meninas, assim como aos adolescentes que atravessaram
esta fase da vida durante cada uma das duas últimas décadas (Le Blanc & Ouimet, 1988; Le
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“La régulation sociale et personnelle de la conduite marginale”. Em : Le Blanc, M. “Manuel sur des
mesures de l’adaptation sociale et personnelle pour les adolescents québécois” – École de psychoéducation –
Groupe de recherche sur les adolescents en difficulté – Université de Montréal, Montréal, 1997: 3-22.
Tradução: Ruth Estêvão. Organização Comunitária Santo Antônio Maria de Claret – Proj: Ações Integradas Pró-
Adolescente em Conflito com a Lei. Ribeirão Preto – 2002.
Revisão em 2012: Marina Rezende Bazon (Curso de Aperfeiçoamento “Fundamentos e metodologias de
avaliação e de intervenção psicossocial em programas socioeducativos para adolescentes em conflito com a Lei”,
Departamento de Psicologia, FFCLRP- USP
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Blanc & al. 1988, 1992; Le Blanc, 1992, 1993, 1996 b). Nossa versão da teoria da regulação
social e psicológica da conduta divergente toma a forma seguinte:
A teoria da regulação social e pessoal aplica-se à atividade divergente dos adolescentes. Por
atividade divergente, é necessário entender, primeiro, as condutas proscritas pelo código
criminal. Em seguida, o termo divergente se refere às condutas que são socialmente
desaprovadas para os adolescentes. Estas condutas são a rebelião familiar e escolar, o
consumo de álcool e psicotrópicos, a promiscuidade sexual, etc.
A regulação da atividade divergente se opera por meio das interações recíprocas entre quatro
componentes: os vínculos que o indivíduo estabelece com a sociedade e seus membros, os
constrangimentos exercidos pelas instituições sociais, o nível de desenvolvimento do
alocentrismo do indivíduo e o grau de exposição às influências e às oportunidades sociais
(anti e/ou pró-sociais). Estas interações recíprocas são moduladas por diversas condições tais
como a idade e o sexo do indivíduo, a capacidade biológica, o status sócio-econômico da
família, etc. Cada um dos componentes do sistema de regulação obedece a uma dinâmica
interna que lhe é própria e ela responde às influências concorrentes e temporais dos outros
componentes. Assim, através do tempo, a força do sistema de regulação se modifica de acordo
com as interações entre estes componentes e seu desenvolvimento, mas a natureza da
regulação muda também, ela passa de exodirigida para autodirigida. A figura 1 ilustra esta
formulação geral da teoria bem como a dinâmica sincrônica e diacrônica entre seus
componentes; ela compreende, então, seis elementos: os vínculos, o alocentrismo, os
constrangimentos, a exposição às influências, as atividades divergentes e as condições sociais
(para uma definição mais elaborada destes componentes ver Le Blanc, 1994 a).
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percepção adequada de suas expectativas, tendo como conseqüência que ela favorecerá a
assimilação/identificação afetiva a estas pessoas.
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O constrangimento é formal quando ele refere-se a uma reação apreendida ou real da parte
dos organismos do sistema de justiça ou de outras instituições, por exemplo, a escola; trata-se,
então, das sanções sofridas ou da percepção do risco de ser sancionado. O constrangimento é
informal quando se trata da reação de pessoas com quem o indivíduo mantém relações
interpessoais de natureza íntima, como aquelas dos membros da família ou de seus amigos.
Esse se manifesta, então, sob a forma do estabelecimento de regras de conduta, da vigilância e
da aplicação de sanções, da reprovação às punições físicas; a adesão às normas é igualmente
uma forma de constrangimento informal. O constrangimento é externo se ele refere-se a
condutas iniciadas por pessoas do meio do indivíduo. Trata-se simultaneamente de sanções
formais e informais. Finalmente, o constrangimento é interno ou interiorizado na medida em
que o indivíduo fez sua as normas de conduta promulgadas pela escola, pelos pais e pela
sociedade em geral. Trata-se aqui da adesão às normas, o que Hirschi denominou como
“crenças”, e da percepção do risco de uma sanção formal.
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A atividade divergente é, então, regulada pelas forças e contra-forças implicadas pelo nível
de desenvolvimento pessoal atingido, a solidez dos vínculos construídos com a sociedade e
seus membros, o poder dos constrangimentos sociais exercidos e o grau de exposição às
influências e oportunidades antisociais disponíveis. Todavia, ela não é indiferenciada e ela
obedece a uma dinâmica interna específica. Blumstein, Cohen, Roth e Visher (1986)
demonstraram que as explicações da participação e da repetição da atividade delituosa não são
sinônimas. De sua parte, Le Blanc e Frechétte (1989) mostram que o desenvolvimento da
atividade delituosa, do aparecimento à extinção, realiza-se por intermédio de três mecanismos
complementares, a saber: a ativação, o agravamento e a desistência. Em conseqüência, como
indica a figura 1, a atividade divergente tende a se perpetuar ela mesma e, isto, seguindo
mecanismos precisos em razão da aceleração, da diversificação e da estabilização.
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Condições Vínculos
- apego
Influencias e
- investimento oportunidades
Sociais - empenho / antissociais
engajamento
Atividades
Divergentes /
Delituosa
Capacidade Consntragimen
Alocentrismo tos /entraves
Biológica
A figura 1, como as figuras 2 a 7, apresentam caixas superpostas para cada uma das
noções da teoria. Estas caixas representam a dimensão tempo, isto é, o desenvolvimento dos
vínculos sociais, do alocentrismo e de sua atividade divergente. Cada conjunto de caixas
indica a dinâmica interna do alocentrismo, do vínculo, etc., enquanto que as flechas que unem
as caixas se referem às relações recíprocas ou causais entre os componentes da teoria. Trata-
se, então, de correlações em um momento preciso e através do tempo.
A regulação da atividade divergente realiza-se não somente por uma mecânica geral que
transcende as instituições responsáveis da socialização, aquelas que acabamos de descrever,
mas ela opera da mesma forma no nível de cada delas. Assim, no que se refere às instituições
mais relevantes para os adolescentes, as normas sociais, a família, os pares, a escola e as
atividades de rotina, a regulação da conduta divergente pode ser representada pelas teorias de
meio alcance. Nós as apresentaremos sob os títulos de regulação familiar, regulação escolar,
regulação colateral, regulação pela rotina e regulação normativa.
Estas formas de regulação da conduta divergente interagem para produzir um nível específico
de conduta não apropriada da parte de um adolescente.
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Na medida em que as condições estruturais não são adversas e que os modelos parentais
divergentes estão ausentes, o investimento na vida da família floresce e o apego entre o
adolescente e seus pais se desenvolve; assim, os vínculos sociais constituem uma outra
barreira que põe diques à atividade divergente. O investimento na vida familiar é de três
ordens: aquele dos pais que lhe consagra tempo, aquele do adolescente que participa das
tarefas e das atividades e aquela do adolescente que compartilha seu tempo com outros
membros de sua família; a primeira destas formas de investimento reforça as duas outras. O
apego aos pais se constrói, por sua parte, com a ajuda da comunicação mútua; esta permite
uma percepção justa das expectativas dos pais e daí resulta uma assimilação/identificação
afetiva entre o adolescente e seus pais.
Se todos estes aspectos da vida familiar são adequados, segue-se que o adolescente é mais
receptivo aos constrangimentos que os pais lhe impõem. Os constrangimentos constituem a
última barreira contra a atividade divergente. Estes constrangimentos tomam a forma de
regulamentos que os pais promulgam. Se o adolescente considera que eles são legítimos,
então a supervisão é mais suportável e as sanções são aceitas mais facilmente, pois elas fazem
sentido.
A desordem do sistema familiar, no nível das condições estruturais, dos modelos divergentes,
dos vínculos sociais, dos constrangimentos, ou de dois ou de vários destes componentes,
manifesta-se, primeiro, pela rebelião na família, que por sua vez suporta a atividade
divergente. Este modelo está validado empiricamente para os adolescentes e ele se aplica para
os adolescentes do meio dos anos 1970 e do meio dos anos 1980 (Le Blanc e Ouimet, 1988;
Le Blanc, 1992; Le Blanc. McDuff & Kaspy, 1996).
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Figura 2
Le Blanc, Vallières e McDuff (1992) mostram que a regulação escolar da atividade divergente
repousa sobre três mecanismos complementares. Trata-se do desempenho escolar (atrasos e
resultados), os vínculos com a escola (investimento, empenho e apego) e o nível de
constrangimentos escolares (internos e externos). Além disso, ela se dá em três condições que
determinam diretamente o desempenho e os vínculos com a escola. Estas condições quando
desfavoráveis são três: o atraso escolar, uma fraca escolaridade dos pais e o estresse
psicológico que a experiência escolar ocasiona. Estas três condições particulares não
favorecem o desenvolvimento máximo do desempenho e dos vínculos psicossociais com a
escola.
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O vínculo com a escola. O investimento na vida escolar manifesta-se por uma mecânica onde
o tempo consagrado aos estudos, associado ao sentimento de fazer seu possível, reforçam a
implicação (engajamento) nas atividades para-escolares. O nível do investimento é suportado
pelo desempenho e o apego aos professores e, em contrapartida, ele suporta o empenho
face à educação e diminui a necessidade de constrangimentos externos na escola (por parte
dos agentes escolares). Por sua parte, o apego aos professores, tal qual o observado no tocante
ao mecanismo geral do apego às pessoas, articula-se em torno de três elementos: a
comunicação com os professores e os pais sobre a experiência escolar, a percepção de que há
ajuda disponível no que concerne às matérias escolares e a assimilação/identificação afetiva
com o professor. Este último componente (identificação) é o resultado dos dois outros,
enquanto a comunicação permite ao adolescente perceber as fontes de ajuda e de se identificar
a um professor. A força do apego reforça por sua parte o empenho/engajamento escolar e ele
limita, igualmente, a necessidade e a utilidade dos constrangimentos externos. O
empenho/engajamento face à educação é um mecanismo chave da regulação escolar. Seu
nível influencia diretamente os constrangimentos impostos para si (INTERNOS) e pelas
autoridades escolares (EXTERNOS). Este empenho é construído como o mecanismo geral do
empenho. Uma boa percepção de sua competência favorece uma atitude positiva face à
escola; esta permite ao adolescente sustentar expectativas elevadas em termos de duração dos
estudos e, finalmente, o nível das aspirações determina a importância do sucesso escolar pelo
adolescente. Os constrangimentos internos são a última defesa contra a desadaptação escolar e
a atividade divergente; esse é constituído pelo sentimento de legitimidade das normas,
enquanto que os constrangimentos externos, as sanções, ampliam a desadaptação escolar e a
atividade divergente.
As relações entre as sanções e a desadaptação escolar são complexas. Esta última
justifica as primeiras e essas têm por conseqüência ampliar a desadaptação. Mais que
todas as outras dimensões da experiência escolar, a rebelião escolar e as sanções
constituem os suportes principais da atividade divergente.
A figura 3 assinala igualmente que a ausência de uma regulação escolar adequada tem por
primeira conseqüência o aparecimento das condutas divergentes na escola que, elas, em
contrapartida, precedem e acompanham a atividade delituosa.
FIGURA 3
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No que se refere à criminalidade adulta, Le Blanc & al. (1993) mostram que o baixo
desempenho escolar é, entre as variáveis escolares, aquela que prediz melhor a atividade
criminosa oficial ou auto revelada, entre 18 e 30 anos.
Os constrangimentos impostos pelas autoridades escolares ampliam a delinqüência dos
adolescentes se elas obtêm o apoio de um fraco desempenho e vínculos mantidos com a
escola, mas eles não servem para predizer a criminalidade adulta.
Notemos, no plano do prognóstico, que o desempenho escolar e o apego aos pais são os
fatores os mais eficazes para predizer a criminalidade adulta (Le Blanc, 1993).
A regulação colateral refere-se à maneira como o mundo dos pares age para limitar ou
aumentar a atividade divergente. Desde Sutherland, os pares estão inscritos em posição
privilegiada na agenda dos fatores etiológicos relacionados à delinquência. Todavia, os
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criminólogos propuseram uma visão simplista do mundo dos pares, pois eles se referem quase
que exclusivamente aos pares infratores/delinqüentes em suas teorias e em suas pesquisas
empíricas. A adolescência, sendo o período em que as relações com os pares ocupam um
lugar especial na socialização do indivíduo, requer a proposição de um modelo complexo da
regulação colateral (ver Cloutier, 1985; Sebald, 1984). Seis componentes das relações com os
pares decorrem da teoria geral da regulação. Estes são: a amplitude da rede de pares, o apego
aos pares, o investimento de tempo com os pares, o empenho em relação à convivência
adolescente, a aceitação dos amigos pelos pais e a afiliação a pares divergentes.
É postulado que a amplitude da rede de pares e a aceitação dos amigos pelos pais
constituem os contextos nos quais o apego, o investimento e o empenho podem florescer
(vínculos). O apego aos pares se constrói sobre a base da comunicação mútua e da confiança e
estas aqui favorecem a assimilação/identificação afetiva aos amigos. O investimento é o
tempo consagrado para discutir e fazer atividades com seus amigos. O empenho em relação à
convivência adolescente permite apreciar a importância dada aos amigos pelo indivíduo. Ele
constitui uma atitude que dá preponderância aos valores veiculados pelos pares de preferência
aos dos pais e das pessoas em posição de autoridade. Ele (o empenho) elabora-se na medida
em que o adolescente é leal a seus amigos, mais que aos adultos, que ele é sensível à pressão e
à coerção que eles exercem e que ele assume uma certa liderança entre eles.
O investimento na convivência é fonte de apego aos pares e de empenho em relação aos
pares; apego e empenho/engajamento se alimentam um ao outro.
Não é tanto o vínculo com os pares que prima mas o tipo de pares com os quais o adolescente
se filia. A figura 4 ilustra a regulação colateral.
FIGURA 4
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A figura 5 esquematiza a ideia de que estes tipos de atividades não têm todos a mesma relação
com a atividade divergente e que elas se ordenam em seqüência umas em relação às outras.
Assim, o tempo compartilhado com os adultos favorece atividades sociais, culturais e
participantes, limitando a possibilidade de tempo ocioso. A natureza da ocupação dos tempos
livres limita o tempo que pode ser dedicado ao oscio (à vadiagem) e pode encorajar o trabalho
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complementar aos estudos. O adolescente que pratica uma religião não terá tendência a
procurar modelos divergentes/agressivos nas mídias.
Por outro lado, o adolescente que trabalha e cujas atividades sociais e de participação são
muito numerosas mostra uma probabilidade mais elevada de freqüentar ambientes divergentes
(bares, lan houses, por exemplo) e, assim, aumentar sua atividade divergente, isto,
principalmente, se ele é receptivo aos modelos agressivos das mídias. O dinheiro de bolso que
dispõe o adolescente é também um fator que condiciona a participação, particularmente no
que se refere às atividades sociais e culturais e a freqüência aos ambientes divergentes.
FIGURA 5
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FIGURA 6
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A adaptação pessoal que resulta daí define o nível de harmonia psíquica entre a pessoa e seu
meio. Ela implica o desenvolvimento de uma mentalidade que assimila as exigências da vida
social e o estabelecimento de relações íntimas com outros seres humanos.
A adaptação pessoal pode ser abordada segundo dois caminhos: de uma parte, o eixo
interpessoal e, de outra parte, o eixo intrapessoal. Retardos acumulados e específicos sobre
estes dois eixos produzem uma adaptação pessoal marcadamente egocêntrica. Uma adaptação
pessoal marcadamente egocêntrica sustenta condutas divergentes.
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FIGURA 7
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