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ESTRUTURA DA PERSOLNALIDADE
Três grades sistemas / instâncias: Id Ego e Superego - comportamento produto da interação entres três
sistemas (quase sempre)
Id – sistema original, matriz de onde se originam Ego e Superego (tudo o que é psicológico, herdado, inclui
instintos, em estrito contato com processos corporais dos quais deriva sua energia, a “verdadeira realidade
psíquica” (Freud), porque mundo interno não tem conhecimento da realidade objetiva. Reservatório de energia
e sede dos instintos – Dínamo – fornece energia psicológica: proveniente de processos metabólicos do corpo
para as operações da personalidade.
Não tolera aumentos de energia que são experimentados como tensões desconfortáveis. Quando tensão
aumenta, id funciona tentando descarregar para voltar a nível baixo. Esse princípio de redução de tensão é
o PRINCÍPIO DO PRAZER -> Para atingir objetivo de evitar a dor e obter prazer tem sob seu comando dois
processos: 1. Ações reflexas (reações inatas como respirar, piscar) e 2. Processo primário: processo que tenta
descarregar a tensão formando a imagem de um objeto que vai remover a tensão (pessoa com fome – imagem
de um alimento) – realização de um desejo, como nos sonhos e alucinações dos psicóticos. Como não reduz
tensão, faz-se necessário o desenvolvimento do processo secundário (que diz respeito ao Ego)
Ego – faz translações com o mundo objetivo da realidade (planejamento e ação) – converte imagem do desejo
(processo primário) em uma percepção real, pela localização/ discriminação objetiva (diferencia as coisas da
mente com o mundo externo) obedece ao PRINCÍPIO DA REALIDADE –> Processo secundário: tenta descarregar
a tensão, mas na procura de um objeto apropriado para a satisfação da necessidade. O princípio da realidade
suspende temporariamente o princípio do prazer, mas este é eventualmente atendido quando o objeto
necessário é encontrado e então a tensão em ambos é reduzida. Realiza o teste da realidade – para isso tem
controle sobre as funções cognitivas e intelectuais
Executivo da personalidade – controla o acesso a ação, seleciona características do ambiente e decide que
instintos ira satisfazer e de que maneira. Precisa integrar desejos conflitantes do Id, Superego e mundo externo
Porção organizada do Id – existe para atingir objetivos do Id
Superego – representante interno dos valores tradicionais e ideais da sociedade conforme interpretados para a
criança pelos pais e impostos por sistema de recompensas e punições. Força moral da personalidade (ideal mais
do que real, perfeição e não prazer)
o Ideal do Ego – (subsistema do Superego) tudo o que os pais aprovam e é recompensado, padrões
incorporados pelo mecanismo de introjeção. Enquanto consciência pune, causando o sentimento de
culpa, o ideal do Ego recompensa causando sentimento de orgulho.
o Funções do Superego: 1. Inibir os impulsos do Id (sexual e agressiva, condenada pela sociedade). 2.
Persuadir o Ego a substituir objetivos realistas por objetivos moralistas e 3. Buscar perfeição: Opõe-se
ao Id (também próximo, porque não é racional) e ao Ego (também próximo porque controla impulsos do
Id) – Diferentemente do Ego, não adia a satisfações instintivas, tenta bloqueá-la permanentemente
Maneira geral – Id componente biológico *(obs. de Freud), o Ego componente psicológico e Superego
componente social.
DINAMICA DA PERSONALIDADE
Pensar – gasta energia psíquica (trabalho da Física - energia pode ser transformada de estado, mas nunca se
perde)
INSTINTO: representação psicológica de uma fonte somática interna de excitação (desejo é a representação
psicológica) + necessidade (déficit corporal). Trata-se de um quantum de energia psíquica “medida de exigência
feita a mente para trabalhar”
4 aspectos característicos e 2 tipos
Fonte: condição corporal - necessidade
instintos
Objeto: atividades entre desejo e sua
realização, isto é, todos os comportamento que
acontecem para assegurar a coisa ou a condição
Instintos e derivativos podem necessária - variação de objetos, porque energia
fundir, neutralizar e substituir é deslocável - quando repete muito,
um ao outro comportamento é um derivado instintual
No Id – energia fluida – desvia facilmente porque não discrimina (bebê com fome coloca tudo na boca)
Catexia objetal (escolha objetal) – o investimento (catexia) de energia em uma ação ou imagem que vai
gratificar um instinto. * No Id, não há distinção entre símbolo mental e referente físico.
No Ego – Não tem fonte de energia, toma emprestado do Id – pelo mecanismo da identificação (diz respeito ao
processo secundário onde indivíduo compara uma representação mental com a percepção da realidade física)
Identificação suplanta processo primário – processo secundário mais satisfatório- formam-se as
Catexias do Ego – símbolo represente o referente - rede de interesses, atitudes e preferencias derivadas (ex.:
necessidade básica de fome transformam-se em catexias de colecionar receitas, frequentar restaurantes).
Gradualmente, como Ego é eficiente em gratificar o instinto, mantém monopólio virtual de reserva de energia
(mas que deixa de existir se não satisfazer instintos do Id), passa a atingir outros propósitos que não só satisfação
dos instintos:
o Parte dessa energia é usada em processos psicológicos: perceber, lembrar, julgar, discriminar, abstrair e
raciocinar
o Parte é usada para impedir Id de agir impulsivamente (anticatexia): quando Id está ameaçador, o ego
erige defesas contra ele (defesas também lidam com pressões do Superego)
No Superego – pelo processo de identificação também se energiza o Superego que ganha acesso ao reservatório
de energia do Id. Acontece que nas primeiras catexias do bebê estão a dos pais como agentes que satisfazem as
necessidades e nas gratificações quando a criança corresponde a vontade dos pais (investe energia no ideal dos
pais e torna-se ideal de ego, também investe nas proibições e estas se tornam sua consciência)
EXCESSO DE ENERGIA
Id – caráter impulsivo e primitivo
Superego – moralista – as anticatexias da consciência – defesas – podem amarrar ego com nós moralistas e
impedir ações ou as catexias do ideal de ego estabelecerem padrões muito elevados e a pessoa se torna
continuamente frustrada, pode ficar depressiva e sentir-se fracassada
Dinâmica- consiste na interação de catexia (forças pulsionais) a anticatexias (forças restritivas) –
conflitos e tensões
ANSIEDADE: causas externas – necessidade de gratificar as necessidades por meio de transações com o
ambiente externo (ambiente pode ser ameaçador, provedor, carente – aumentando ou diminuindo tensão e
oportunidade de obter prazer): ameaça – medo – estimulação excessiva que ego não consegue controlar,
surgindo a ansiedade. Sinal de perigo de aniquilamento do Ego , devendo ele então responder. Tem 3 tipos:
1. Ansiedade de realidade(realidade provoca no Ego): ansiendade real – compromisso, trafego x medo
de perigos reais
2. Ansiedade neurótica (Id provoca no Ego): que instintos escapem ao controle e levem-na a atitudes
pelas quais pode ser punida (medo da punição) que seguira a gratificação.
3. Ansiedade Moral(superego provoca no Ego): medo da consciência, superegos bem-desenvolvidos
(quando pensam em violar código moral, mas tem base real porque um dia foi punido)
**Ansiedade traumática- não pode ser manejada – desamparo infantil (catástrofes, violências)
Quando o Ego não consegue lidar com a ansiedade por métodos racionais, tem de recorrer a métodos
irrealistas: DEFESAS DO EGO
DEFESAS DO EGO – agora, se ansiedade é muito excessiva, Ego toma medidas extremas para aliviar tensão.
MATURIDADE PSICOLÓGICA SIGNIFICARIA:
A estrutura da personalidade:
Personalidade composta por 3 grandes sistemas: Id, Ego e Superego – um atua sobre o outro.
Id: consiste em tudo que é psicologicamente herdado e que está presente no nascimento, inclusive os instintos;
reservatório da energia física; está em relação estreita com os processos corporais; representa o mundo interno da
experiência subjetiva. O Id não tolera energias muito intensas, experimentadas como estados desconfortáveis de
tensão.
Princípio do Prazer: quando o nível de tensão do organismo é elevado (resultado de estimulação externa ou
excitações internas) o Id descarrega essa tensão imediatamente, fazendo com que o organismo retorne a um
nível de conforto constante e de baixa energia.
Para evitar a dor e obter prazer (objetivo), o Id dispõe de 2 processos: ação reflexa e processo primário.
Ações reflexas: descarrega a tensão por meio de ações automáticas e inatas, como espirrar;
Processo primário: descarrega a tensão formando uma imagem mental de um objeto que removerá a tensão –
processo conhecido como Satisfação de desejo (ex: sonho = satisfação de um desejo remove a tensão e é
essencial para a pessoa continuar dormindo/não precisar acordar devido à seu desejo).
Em função da formação dessa imagem mental, ao invés da real realização do desejo, desenvolve-se o Processo
Secundário.
Ego: existe porque as necessidades do organismo requerem transações apropriadas com o mundo objetivo da
realidade. Enquanto o Id só conhece a realidade subjetiva, o Ego consegue distinguir as coisas da mente com as
coisas do mundo exterior.
Princípio da Realidade: impede a descarga da tensão até que seja encontrado o objeto apropriado para a
satisfação da necessidade (suspende temporariamente o Princípio do Prazer);
Processo Secundário: pensamento realista – o ego formula um plano para a satisfação da necessidade e
depois o testa (tem controle sobre todas as funções intelectuais e cognitivas).
O Ego controla as direções da ação, seleciona os aspectos do meio aos quais reagirá e decide quais são os instintos a
serem satisfeitos e de que modo.
Além disso, o Ego procura integrar as exigências, muitas vezes antagônicas, do Id, do Superego e do meio externo.
Entretanto, o Ego tem toda a sua força originada do Id, e sua função é realizar os objetivos do Id.
Superego: representante interno dos valores e ideais tradicionais da sociedade; representa mais o ideal que o real e
tende mais à perfeição que ao prazer. Sua principal função é: inibir os impulsos do Id (principalmente os de natureza
sexual e agressiva).
A dinâmica da personalidade:
Instinto: representação psicológica de uma fonte de excitação; quantidade de energia psíquica – o Id é o
reservatório dessa energia. Ele tem 4 aspectos característicos:
Instintos de vida: objetivo de fazer com que o indivíduo e a espécie sobrevivam; a forma d energia pela
qual esses instintos realizam sua tarefa é chamada de Libido.
Cada um desses desejos tem sua fonte em determinada região do corpo (zonas erógenas – região
extremamente sensível à excitação; quando manipulada de certo modo, remove a excitação e produz
sensações agradáveis);
Instintos de morte: toda pessoa tem, inconscientemente, o desejo de morrer (“todos os processos
vivos tendem a retornar à estabilidade do mundo inorgânico”). O impulso agressivo é um derivativo
dos instintos de morte
- A libido é a energia aproveitável para os instintos de vida; a libido é móvel (pode se fixar em diferentes
objetos);
- A catexia é o processo pelo qual a energia libidinal disponível é vinculada na representação mental de um
objeto ou pessoa.
Ansiedade: tem a principal função de advertir a pessoa do perigo iminente, e motiva a pessoa a fazer
alguma coisa. Pode ser de 3 tipos:
Para Freud, a personalidade evolui em resposta a 4 fontes principais de tensão: processos de crescimento
fisiológico, frustrações, conflitos e perigos.
A identificação e o deslocamento são 2 métodos pelos quais o indivíduo aprende a vencer suas frustrações,
conflitos e ansiedades.
Identificação: método pelo qual a pessoa assume os papeis de outra, incorporando-os à sua
personalidade. Ela aprende a reduzir a tensão modelando seu comportamento de acordo com o
comportamento de outra pessoa – toma por modelo pessoas que parecem mais capazes de satisfazer seus
desejos.
Os pais são as figuras de identificação mais importantes – eles parecem onipotentes às crianças.
Deslocamento: quando o objeto de escolha original de um instinto se torna inacessível, graças a
obstáculos, o instinto se volta para outro objeto, exceto quando há a interferência da repressão.
Os mecanismos de defesa do Ego: medidas extremas para aliviar a tensão (aumento de tensão ou
desprazer = ansiedade). Esses mecanismos distorcem a realidade e operam inconscientemente.
Regressão: uma pessoa traumatizada procura retornar a um estágio anterior. O caminho da regressão é
determinado pelas primeiras fixações – a pessoa tende a regredir ao estágio no qual se havia fixado
anteriormente.
Estágios do desenvolvimento: criança passa por estágios diferentes; cada estágio é definido em termos de
modos de reação de determinada zona do corpo.
Oral (1 ano): fonte de prazer produzida pela boca (como comer). Durante esse período surgem
sentimentos de dependência – o estágio ocorre ao mesmo tempo em que a criança é quase totalmente
dependente da mãe (alimenta e protege);
Anal (2 anos): ao aprender a expulsar suas fezes, a criança tem sua primeira experiência decisiva com o
controle externo de um impulso instintivo. O método educativo e a maneira pela qual a mãe encara a
eliminação das fezes podem produzir efeitos prolongados na criança;
Fálico (3 a 5 anos): sensações sexuais e de agressividade associadas ao funcionamento dos órgãos
genitais. Os prazeres da masturbação e da vida de fantasia da criança preparam esse estágio para o
aparecimento do complexo de Édipo (catexia – energia na representação mental – sexual por um dos
pais do sexo oposto, e anti-catexia pelo outro);
Complexo de Édipo: alternância das ações de amor e ódio em relação aos pais. Ambos os sexos
amam a mãe, porque ela satisfaz suas necessidades básicas. Tal sentimento persiste no menino e
muda na menina.
Menino: imagina que seu rival (pai) vai castigá-lo através da castração (por ser os órgãos genitais a
fonte dos desejos). Esse medo leva o menino a reprimir o desejo sexual em relação à mãe e a
hostilidade em relação ao pai; essa situação leva o menino a identificar-se com o pai. A repressão com
complexo de édipo permite que o superego atinja o ponto final de seu desenvolvimento.
Menina: troca o seu objeto de amor original (mãe) por um novo objeto (pai). A menina descobre que
não possui o mesmo órgão sexual que o menino e atribui à mãe a culpa pela sua condição, o que
enfraquece sua catexia pela mãe. Ela transfere seu amor ao pai porque ele possui o órgão valorizado;
contudo, seu amor pelo pai, bem como por outros homens, aparece mesclado de um sentimento de
inveja, porque eles possuem aquilo que ela deseja. O complexo da menina não é tão fortemente
reprimido como no menino – constitui a diferença entre os sexos.
Genital: o amor por si mesmo (narcisismo) é canalizado para escolhas objetais; surge a atração sexual,
socialização, interesse profissional, etc. A principal função biológica do estado genital é a reprodução.
Conceito de sujeito