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A cultura dos anticoncepcionais

“Que a procriação dos filhos seja a razão do matrimônio o Apóstolo o testemunha


nestes termos: eu quero que as jovens se casem. E, como se lhe dissessem: mas
por quê?, logo acrescenta: para procriarem filhos, para serem mães de família”
S. Agostinho. De bono conj. cap. XXIV, n. 32

A doutrina tradicional da Igreja sempre ensinou que os filhos são o maior dos
bens do matrimônio, como atesta o papa Pio XI na encíclica Casti Connubii: “
Itaque primum inter matrimonii bona locum tenet PROLES”. O Vaticano II,
porém, com a Gaudium et spes inverteu a hierarquia dos fins do matrimônio,
destronando a criação da prole e coroando o amor entre os esposos como o fim
principal desse sacramento. Para a nova igreja conciliar, idealizada pela
maçonaria1, o “ Crescei e multiplicai-vos” das sagradas escrituras virou
obsoleto. Não é de se espantar que o papa Francisco, em 2015, tenha insultado
as mulheres tradicionalistas que têm muitos filhos chamando-as de coelhas.
Graças ao nosso bom Deus, as famílias que frequentam a missa de sempre em
todo o mundo, inclusive no Brasil, são numerosas, fazem a vontade de Deus
povoando a Igreja com muitos filhos, apesar de sofrerem frequentemente
comentários maldosos e serem motivo de piada até mesmo entre os familiares.
Enquanto isso, o uso de anticoncepcional e outros métodos contraceptivos entre
os casais católicos liberais é muito comum : “Quantos filhos Deus quiser
mandar ? De jeito nenhum, que loucura. Queremos um filho, talvez dois… e
um cachorro, claro”.
O uso do anticoncepcional para fins contraceptivos é claramente pecaminoso
e prejudicial para toda a família. “O uso de contraceptivos na vida conjugal
abre as portas da família cristã, que deve ser um santuário, para todo tipo de
imoralidade e relaxamento.”2 Aqui cabe a distinção do uso da droga em vista a
dois fins, a saber: contracepção e terapia. Digo isso pois ela é amplamente
receitada por alguns médicos para pacientes com determinadas condições de
saúde, apesar de ter muitos efeitos colaterais e sua eficácia ser questionada por
muitos médicos sérios, o que será tratado mais adiante. Assim, uma jovem
católica solteira que tenha endometriose e que faça uso desse tipo de
medicamento não estará em pecado. Por outro lado, o uso dele dentro da vida
conjugal é pecado, mesmo que o fim desse uso seja o tratamento de tal ou tal

1
A influência da Maçonaria no Concílio Vaticano II é bem documentada. Mons. Bugnini, o principal
articulador da reforma litúrgica, era maçom.
2
Pe. João Batista. Francisco, a moral familiar e a vida morta dos tradicionalistas. Disponível em :
http://santamariadasvitorias.org/francisco-a-moral-familiar-e-a-vida-morta-dos-tradicionalistas/
doença e não o impedimento de uma gravidez, apesar do malabarismo mental
feito por teólogos modernistas para negar esse fato.3
A cultura dos anticoncepcionais não é nova, mas remonta à década de 50.
Margaret Sanger, sob o lema “No Gods, no masters4”, mãe do movimento de
controle de natalidade nos EUA, abriu sua primeira clínica de controle de
natalidade em 1916 e em 1921 fundou a American Birth Control League, que
em 1942 virou a Planned Parenthood, conhecida hoje por ser uma das maiores
clínicas de aborto, que financia essa agenda em todo o mundo. Seus anseios em
libertar as mulheres das amarras sociais e a influência da ativista anarquista
judia Emma Goldman a levaram a se filiar ao médico judeu Gregory Goodwin
Pincus para o desenvolvimento de uma pílula anticoncepcional. Com o
financiamento de Katharine McCormick, uma rica judia, que doou milhares de
dólares anualmente para o empreendimento, nasceu a primeira pílula
anticoncepcional. A partir de 1956, Pincus começou uma série de experimentos
em mulheres do Haiti e do Porto Rico5. Em 1960, o Food and Drug
Administration(FDA), a Anvisa dos EUA que ficou popular no mundo todo
durante a recente plandemia, aprovou a pílula hormonal intitulada Enovid.
A pílula anticoncepcional surgiu como símbolo da síntese entre dois objetivos
das elites globalistas: o controle populacional e a liberação sexual. A nova
invenção foi aclamada pelos liberais, já doutrinados pelas propagandas
antinatalistas empreendidas pelo país com dinheiro dos Rockefeller desde o fim
da Segunda Guerra Mundial até mesmo dentro de meios católicos como a
University of Notre Dame (Indiana, EUA), em que um padre da Congregação
da Santa Cruz fez conferências secretas pregando o malthusianismo de 1962 a
19656.
O anticoncepcional nasce, portanto, do desejo maçom de reduzir a natalidade
da cristandade, de destruir e diminuir o número de famílias católicas, que são
obstáculos para a implementação do governo globalista, enquanto o grupo
desses iluminados que encabeçam esse plano satânico continuam com suas
tradições fortes, suas famílias numerosas, e seus quipás na cabeça. “O essencial
é isolar o homem da sua família, fazê-lo perder os costumes. Ele está disposto,

3
Sidney Silveira explica em seu texto “Argumentos em favor do uso do preservativo — por um
teólogo do Opus Dei” o motivo de a camisinha ser pecaminosa dentro do matrimônio, explicação que
cabe também ao nosso exemplo da pílula anticoncepcional. Disponível em:
http://contraimpugnantes.blogspot.com/2010/11/argumentos-em-favor-do-uso-do.html
4
Sem deuses, sem mestres
5
Os experimentos são documentados, podemos achá-los facilmente na internet. Uma pequena
biografia do doutor Pincus, que ficou conhecido como pai da pílula anticoncepcional, está disponível
em https://lemelson.mit.edu/resources/gregory-pincus.
6
Michael E. Jones. Libido Dominandi
pela inclinação do seu caráter, a fugir das preocupações do lar, a correr atrás
dos prazeres fáceis e das alegrias proibidas.”7
A cultura dos anticoncepcionais já dura décadas, e atualmente tem-se várias
opções dessas drogas disponíveis no mercado. Em meio a distorção dos
conceitos na novilíngua e a linguagem vaga da New Age, o antinatalismo
promovido pelo incentivo do uso de anticoncepcional e de abortos mudou de
nome, agora é chamado de “saúde reprodutiva”, “direito reprodutivo” ou
“paternidade responsável”. Sendo uma questão de direitos de saúde da mulher,
os postos de saúde públicos são obrigados a distribuir e a oferecer
gratuitamente vários métodos contraceptivos às pacientes e promover palestras
para a “conscientização” das mulheres sobre seus “direitos”, o que o SUS
chama de “Educação em saúde”.8
Toda essa agenda é forçada goela abaixo dos alunos de medicina, nós somos
treinados para darmos uma atenção especial nesse tópico durante a consulta
clínica, de modo que uma paciente que chega no consultório com queixa de dor
no ouvido escutará do médico “A senhora utiliza algum método contraceptivo?
Deseja ter filhos? Saiba que existe tal e tal método, se quiser pode vir na nossa
palestra tal dia para saber mais sobre as possibilidades e escolher o melhor
método para você”. O que poderíamos esperar uma vez que os patrocinadores
dos estudos clínicos e os investidores das grandes universidades são os donos
da big pharma9 ?
Outros grandes atores que promovem essa agenda antinatural da sexualidade a
nível internacional são a Organização Mundial da Saúde (OMS)10, a
Organização das Nações Unidas (ONU) e a Unesco. Os comitês da ONU citam
sagrados 29 mandamentos do “Princípios de Yogyakarta”, que postula que
Estados devem fornecer acesso adequado à atenção médica no que se refere à
saúde reprodutiva. A Carta da Terra, documento usado pela a Unesco, cuja
redação teve a participação do nosso ilustríssimo Leonardo Boff, propaga as
mesmas ideias, mas mescladas a um discurso ambientalista de desenvolvimento
sustentável, sendo imperativo moral dos Estados fomentar a família pequena, já

7
“Carta do judeu designado na seita pelo nome de Piccolo-Tigre”. Mons.Delassus. A conjuração
anticristã.
8
Medidas para o planejamento familiar ampliadas durante o governo Lula em 2007
9
A Fundação Rockefeller mudou o currículo médico das universidades e criou escolas médicas no
mundo todo, inclusive no Brasil no início do século XX. “Eles estavam criando de uma forma
incrivelmente ágil, praticamente da noite para o dia, uma rede mundial de atuação em saúde, graças
a um enorme aporte de verbas. Então os médicos, doutores e agentes de saúde pública da
Fundação Rockefeller concebiam o projeto como um todo, num contexto global e não apenas
internacional ou entre países”. Steven Palmer, autor do livro “Gênese da Saúde Global: a Fundação
Rockefeller no Caribe e na América Latina”
10
Patrocinada pela Fundação Bill e Melinda Gates, Fundação Rockefeller, pelas indústrias
farmacêuticas, Rotary Internacional, Banco Mundial, ONU e pelos governos de vários países.
que uma família grande traria consequências para toda a sociedade
internacional.11 Quanto amor pela Mãe Terra!
O Brasil não fica para trás, temos várias ONGs feministas, grupos políticos e
candidatos que promovem a liberdade sexual patrocinados pela Open Society
Foundations, do George Soros. Além disso, o país deve colocar em prática as
recomendações do Relatório Luz para cumprir os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, a mesma agenda que em
sua propaganda oficial explicava sobre o futuro perfeito que eles querem
alcançar: “You will own nothing and be happy”, você não terá nada e será feliz.
Ao que podemos acrescentar : você não terá nada… inclusive filhos.
Eis a tal “ liberdade” das mulheres, controladas pela ditadura mundial. Eis a
liberdade de terem seus casamentos destruídos, das crianças não terem uma
família estável para crescer, de destruir os países pela queda progressiva do
número populacional. Eis a cultura dos anticoncepcionais da sociedade
anticristã.

11
Mons. Sanahuja expõem todos esses documentos das organizações internacionais a serviço da
Nova ordem Mundial em seu livro “Poder global e religião universal”

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