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CURSO DE FILOSOFIA
SÃO LUIS
2021
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THOMAS HOBBES
THOMAS KUHN
A história da ciência deve incluir, então, teorias que já foram descartadas. Por isso,
não seria possível mais tratar o desenvolvimento científico a partir da noção de “acréscimo”.
A partir da história da física, a área em que tinha maior conhecimento, Kuhn desenvolveu
uma noção de história da ciência que analisa o trabalho científico e contempla o contexto
histórico, social e político dos cientistas que pertenciam à comunidade científica da época.
GIORGIO AMAMBEN
É um filósofo que não se aventura a apontar muitas soluções para os desafios atuais,
nem revela euforia diante das novidades. Ele tem concorrido significativamente para o
desenvolvimento da Filosofia Política atual, principalmente na esfera da meditação bio-
política.
As ideias, porém, que celebrizaram Agamben, são as que se referem ao homo sacer e
à vida nua. A discussão em torno destes pontos se torna ainda mais imprescindível no
momento em que se testemunha acontecimentos como os da Prisão de Guatanamo, onde
pretensos terroristas árabes são martirizados, e o quase extermínio da população palestina
na Faixa de Gaza. Neste estado o homo sacer é apresentado por este filósofo como um ser no
limiar da animalidade, uma criatura desprovida de significado e perfeitamente descartada. Já a
vida nua define esta oscilação entre a existência e a morte, típica da situação destes humanos,
que muito expressam sobre os dias de hoje. Eles não são personagens irreais, embora às vezes
se queira acreditar que eles sejam, mas sim criaturas que traduzem a barbárie contemporânea,
muito bem definida pelos conceitos de Agamben.
HANS JONAS
Hans Jonas introduziu o conceito de ética da responsabilidade. Para ele todos têm
responsabilidade pela qualidade de vida das gerações futuras. Foi ele também que abordou o
conceito de risco e a necessidade de avaliá-lo com responsabilidade.
empreendimento, que é como Jonas caracteriza sua própria posição; nessa fundamentação,
procura legitimar filosoficamente a passagem, desautorizada pela filosofia moderna, do plano
do ser e da existência para o plano do dever-ser.
Tal legitimação tem como propósito oferecer fundamentação à ideia central da ética
de Jonas, qual seja, a ideia de dever e responsabilidade do agente humano relativamente à
natureza e ao futuro das próximas gerações humanas sobre a terra. Os capítulos finais, cinco e
seis, explicitam o que seria uma nova ética fundada no princípio responsabilidade, ao mesmo
tempo em que efetuam a crítica da utopia política e do utopismo latente na onipotência virtual
da moderna tecnologia fundada nas ciências naturais.
A ética de Jonas parte do seguinte pressuposto: o homem é o único ser conhecido que
tem responsabilidade. Somente os humanos podem escolher consciente e deliberadamente
entre alternativas de agir e essa eleição produz consequências. A responsabilidade provém da
liberdade. Ou, em outras palavras, a responsabilidade é o preço da liberdade.
Platão
Platão nasceu em Atenas em428/427 a.c. Sua família pertencia à aristocracia
econômica, intelectual e política da cidade. Recebeu uma educação de acordo com seu status,
marcada sobretudo pela música (entendida como conjunto das disciplinas humanísticas e
literárias) e pela ginástica. Além disso, grande importância deve ter tido para ele o contato
com personagens cultas e influentes com as quais sua família mantinha relações (por
exemplo, Crítias, que era seu parente). É difícil de avaliar o testemunho de Aristóteles,
segundo o qual ele teria sido companheiro do Heracliteu Crátilo. Pelo contrário, é certo que
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seu encontro decisivo foi com Sócrates, com o qual se relacionou até sua morte. A
condenação de Sócrates teve decisiva importância na vida de Platão e marcou o início da sua
verdadeira atividade filosófica.
Platão é um dos pensadores mais importantes do período da filosofia e da
antropologia gregas. Ele fundou seu próprio pensamento metafísico e atribuiu o princípio e a
chave para obter qualquer conhecimento sobre o mundo à questão da "existência" e da
"essência". Inspirado pela teoria da imobilidade de Parmênides, Platão expôs uma teoria
metafísica dualística que dividia o mundo em duas categorias: o mundo das idéias e formas e
o mundo da percepção. O primeiro deve ser escrito em maiúsculas, será a realidade do
conhecimento, é real e só pode ser acessado pela capacidade racional humana. Neste mundo
de idéias, haverá a essência, os conceitos e as idéias fixas das coisas, que essencialmente
descrevem cada existência ou objeto da existência. Por outro lado, o mundo perceptivo será a
realidade que enfrentamos em nossa vida diária básica, adquirida por meio de nossa
experiência perceptual. Essa realidade é ilusória, enganosa e inferior, fazendo com que os
humanos se desviem, porque a aparência das coisas no mundo é inconsistente com a essência.
Para Platão, "todas as virtudes são conhecimento". Segundo ele, uma pessoa virtuosa
conhece o bem e a beleza. A busca pela virtude deve durar a vida toda, portanto, a educação
não pode se limitar aos jovens. A importância da educação para uma ordem política baseada
na justiça é tão importante quanto a afirmação de Platão de que deveria ser tarefa de toda a
sociedade.
Partindo da ideia de que cidadãos bem formados podem consolidar o país e os
melhores deles se tornarão governantes, este filósofo defendeu que toda educação é
responsabilidade do país, princípio que só se difundiu no Ocidente muitos séculos depois.
Igualmente avançado, quase previdente, é defender a educação igualitária e a educação
universal para meninos e meninas.
Platão defendeu a ideia de que a alma precede o corpo e pode adquirir conhecimento
antes da reencarnação. Dessa forma, todo aprendizado é apenas um esforço para lembrar um
dos princípios centrais do pensamento do filósofo.
De acordo com o conceito de Platão, a educação visa testar as habilidades dos alunos
de forma que apenas aqueles que estão mais inclinados ao conhecimento possam receber o
treinamento completo para se tornarem governantes. Essa é a finalidade do sistema
educacional planejado pelos filósofos, que promove o abandono dos indivíduos e beneficia a
comunidade. Esse processo deve ser longo, porque Platão acredita que talento e gênio só
surgirão gradualmente.
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Aos 20 anos, os jovens farão um teste para determinar a profissão que devem
exercer. Os que passarem no exame receberão outros dez anos de instrução e treinamento
físico, mental e de caráter. No próximo teste, o reprovado entrará na carreira militar e os que
passarem entrarão na filosofia - neste caso, o objetivo da pesquisa será pensar com clareza e
administrar com sabedoria. Aos 35 anos, ele completará os preparativos para o rei filósofo.
Mas pretendo passar mais 15 anos na sociedade, testar o conhecimento entre as pessoas
comuns e tentar me sustentar. Somente pessoas bem-sucedidas se tornarão governantes ou
"guardiãs do estado"
ARISTÓTELES
Ar ist ót eles nasceu em St agira , no I mpér io da Macedônia, em 384 aC Junt o
co m P lat ão, ele fo i consider ado o filóso fo mais import ant e da Grécia pelas
gerações post er iores. Pouco se sabe so bre sua juvent ude, excet o que fo i morar
em At enas, o que lhe per mit iu encont rar o pensador que mais t arde se t ornou
seu mest re: P lat ão.
Ant es de se tornar professor da inst it uição, Ar ist ót eles est udou na Acade mia
de P lat ão por muit os anos. Durant e est e per íodo, ele est udou profundament e a
pesqu isa de P lat ão sobre a exist ência e a essência das co isas, dia lét ica,
polít ica e pensament o socrát ico. Também est udou ét ica e apro fundou o est udo
das ciências nat urais, área do conhecimento que os pensadores t êm uma cert a
prefer ência - a sua for mação inicia l na juvent ude avançou muit o nest e
aspect o.
Nessa fis io logia po lít ica de Ar ist ót eles, a educação pode ser uma co ndição
necessár ia para a segurança do regime e o desenvo lviment o saudável do país.
É a educação que dá unidade orgânica ao país, deve ocupar desde o iníc io
toda a vida dos cidadãos. Apenas aquele s co m capa cidade legis lat iva devem
cont r ibuir para a educação. Port ant o, a educação não pode ser ignorada, deve
ser deixada para cada cidadão. Est a é a responsabilidade do legis lador e o
único que pode for mular leis e pr incípio s gerais. Só por meio da educação as
pessoas podem desenvo lver o que Ar ist ót eles cons idera a ciência mais
import ant e, just ament e porque seu objet ivo é o bem - est ar co mum, que é a
polít ica. Essa educação será promo vida por meio de uma sér ie de at ividades
pedagógicas coordenadas co m o objet ivo de const ruir uma cidade per feit a e
um cidadão feliz.
Para Ar ist ót eles, é inút il buscar as co isas supremas, como as melhor es idéias.
Saber o que est á ao nosso redor, saber o que est á ao nosso redor, é na verdade
o suficient e para ent ender mo s o conheciment o e g anhar mo s virt ude. Port ant o,
para se pensar na educação de Ar ist ót eles, é preciso conhecer seu
ent endiment o de ét ica e o que ele pensa ser uma boa vida. Para o est agir it a, o
uso da ét ica levar á à felic idade ou fina lidade. Objet ivo: Suas co nquist as no
abraço da sociedade. Port anto, o pensament o educacio nal na visão de
Ar ist ót eles é uma educação que t reina as pessoas para prat icar a virt ude e
aplicar a moralidade na sociedade. A visão de Ar ist ót eles de que o ho mem é
essenc ialment e uma exist ência po lít ica não e nvo lve vida po lít ica (no sent ido
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IMMANUEL K ANT
Alert a par a não sat isfazer os desejo s das cr ianças na educação porque pode
prejudicar as cr ianças, e enfat iza a necessidade de mo st rar a elas que o
cast igo é para melhorá - las, e que o dono deve ser igual a t odos e não
favorecer nenhum a luno, porque quando eles são difer enciados quando
t rat adas, as cr ianças t ornam- se rebeldes.
REFERENCIAS
MONTEIRO, João Paulo. Thomas Hobbes de Malmesbury: vida e obra.São Paulo: Nova
Cultural, 1999.
NEVES, Maria Patrão. Uma ética para a civilização tecnológica. Arquipelago: Revista da
Universidade dos Açores. Série Filosofia, 7/2000.
ZIRBEL, Ilze. “Pensando uma ética aplicável ao campo da técnica: Hans Jonas e a Ética da
Responsabilidade” in Socitec e-prints (Núcleo de Pesquisa, Sociedade, Ciência e Técnica).
Florianópolis : UFSC, Vol. 1, nº 2 – Jul-Dez/ 2005, pp. 3-11.