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Resumo da Antropologia na

Contemporaneidade
INTRODUÇÃO

Inicialmente, Lima Vaz nos apresenta porque todo o período após a morte de
Immanuel Kant, em 1804, pode ser considerado como Filosofia contemporânea,
enfatizando as razões teórica e histórica dessa escolha.
Logo após, é destacado como o debate do chamado "fim da filosofia" é recorrente
na contemporaneidade. Decidimos dar ênfase as reflexões de Heidegger sobre essa
problemática, partindo de sua defesa da relação entre técnica e filosofia.

Idealismo Alemão:

O Idealismo Alemão surgiu de uma conjunção de fatores históricos, como a


Revolução Francesa, o Romantismo, e principalmente a filosofia Kantiana, que
influenciou os pensadores da época que formaram o trio principal da corrente, a
saber Fitche, Schelling e Hegel.

Fitche trabalhou sobre o contexto do princípio originário, buscando na figura


aristotélica da não-contradição formular o seu próprio princípio, o Eu. O Eu seria
algo que se autopõe e se autocria, sendo produto e produtor ao mesmo tempo. O
Eu possui liberdade ilimitada, mas para o justificar, o conceito limitador de não-Eu o
limita, e nesse processo de expansão e limitação que a realidade seria fundada.

Já Schelling trabalhou sobre um ponto não abordado por Fitche, a Natureza. Para o
filósofo, ela não poderia ser um mero palco do Eu, mas deveria ser explicada
usando o mesmo mecanismo de expansão e limitação. Porém, existia um dilema
entre a relação entre a Natureza e o Eu, que foi resolvido pela concepção de que a
arte seria a união entre os frutos do Eu e os da Natureza, pois o mecanismo de
limitação e expansão seria consciente e inconsciente ao mesmo tempo, o que
explicaria a capacidade da arte de sua infinita interpretação, embora esteja presa a
materialidade.

Romantismo:

Foi um movimento artístico e intelectual que surgiu no final século XVIII. É baseado
em: Sentimentos sobre a razão, o espírito critico e tradições nacionais sobre a
antiguidade.

Pré – Romantismo:
Possui uma grande resistência acerca de ilustrações e o mecanicismo newtoniano
junto do empirismo de Locke. A natureza é vista como um sistema de leis e de
caráter matemático, porém neste período a uma grande atitude critica perante este
conhecimento. Sobre a razão há o sentimento de que: o Eu sensível está sobre o
Cogito racional. A passagem para o romantismo de fato tem lugar na Alemanha,
porém, esta é precipitada pelo surgimento da Revolução Francesa. Junto disto há
uma rejeição ao Classicismo e o surgimento da Antropologia Romântica e o “Espirito
do povo”.

•Individualismo Romântico:
É a crença de que o EU leva a um todo orgânico.

•Herder:
Durante o pré – romantismo e o “tempo gaethiano” Herder tenta unir a razão e a
sensibilidade em uma forma de conhecimento discursiva e intuitiva. Herder também
vê o Ser como um Ser de linguagem, onde a linguagem é uma criação do homem e
atesta a condição de ser racional.

•Positivismo:
-Influenciou diretamente o desenvolvimento das ciências humanas.
-Consiste na busca de uma explicação geral a um fenômeno, está sendo com a
crescente especialização e a efetivação das divisões da ciência.

Rousseau:

Rousseau foi um filósofo do século XVIII, sendo influenciado fortemente pelo


Iluminismo, mas sendo um crítico ao movimento iluminista. Foi um filósofo
contratualista, influenciando o romantismo alemão, a Revolução Francesa e o
socialismo de Karl Marx. Rousseau afirma que a ciência e a arte são responsáveis
pela corrupção da sociedade por fomentarem a perfectibilidade, consistindo na
capacidade do ser humano de se aperfeiçoar. Rousseau também se baseia na
instituição da propriedade privada como inauguração da barbárie na sociedade e a
origem das mazelas e desigualdades. As sociedades possuidoras de propriedades
privadas irão usar das leis para ter a garantia legal uma suposta “garantia natural” e
que assegure a posse das propriedades aos seus donos; e também o uso da
coerção para efetivar a garantia das leis. Por isso, para Rousseau, “a sociedade
corrompe o homem”.

Rousseau tece uma crítica à filosofia de Hobbes, indo de encontro à ideia de que “o
homem é o lobo do próprio homem” A partir desse ponto, Rousseau afirma que
Hobbes se equivocou na afirmação do estado de natureza humano como ruim,
argumentando que o filósofo teria analisado as ações humanas dentro da própria
organização enquanto sociedade, ou seja, o homem já participante da sociedade
civil e, portanto, já corrompido, para Rousseau, pois sociedade é corruptora. A partir
daí é determinando o conceito de “bom selvagem”, sendo um estado de natureza do
homem onde este possui a compaixão e a empatia como virtudes inatas.

Hegel:

Como, no sistema hegeliano, tout tient à tout, na sua concepção do homem estarão
dialeticamente articulados os momentos da natureza, do espírito individual ou
espírito subjetivo, do espírito na história ou espírito objetivo e, finalmente, do
Absoluto. O sistema hegeliano, em sua extensa densidade, constrói uma dialética
do homem e os diferentes níveis do espirito (geist). É proveitoso mencionar, que em
Hegel, a realidade não é interpretada como substância, oque ocasionaria em um
pensamento dualista, a realidade é espirito (é móvel). O espirito é a representação
da mentalidade da época (zeitgeist). Nessa articulação do homem situado no tempo,
Hegel absorve concepções racionalistas e românticas e outras heranças do período
clássico da filosofia e da filosofia cristã. Nesse sentido esse sistema hegeliano
encerra a modernidade, nessa rememoração (erinnerung) dos grandes estágios do
humanismo ocidental é onde se situa a importância do pensamento hegeliano. A
significação geral da idéia hegeliana do homem pode ser expressa inicialmente pela
sua relação com os diversos níveis da realidade. Trata-se de uma gradação que não
deve ser entendida como uma superposição e sim como um movimento de natureza
dialética que integra cada nível na inteligibilidade do todo ou na estrutura dialética
da idéia do homem como totalidade.

Hegel, traça na realidade diversos níveis do espirito que transformam a própria


realidade em um movimento dialético, níveis que integram a totalidade da realidade.
Embora haja um nivelamento e consequentemente uma gradação, é um movimento
dialético que integra o todo, traçando a mesma operação dialética na ideia do
homem. Na introdução às suas Lições sobre a Filosofia da História, Hegel mostra
que o indivíduo só pode ser considerado indivíduo humano na medida em que
participa do movimento de manifestação do Espírito, que é o movimento constitutivo
da história. Ou seja, o individuo enquanto ser individual só se humaniza na
participação do movimento constitutivo da história. Só por meio desse campo
propriamente cultural (bildung) é que o individuo passa a ser individuo humano, por
partilhar e participar da manifestação do espirito. Ora, é nesse ponto em que Hegel
vai traçar um dos pontos fundamentais da sua dialética, o espirito objetivo (histórico)
é o processo de tradução do espirito subjetivo. A operação que eleva o particular ao
universal. É nesse lugar onde a consciência se forma, é essa passagem que
conduziu ao saber absoluto alcançado pela concepção filosófica moderna. Hegel vê
na história o "progresso na consciência da liberdade", ou o ser histórico do homem
como constitutivamente o seu ser livre, na sua progressiva manifestação.

O campo do espirito objetivo em Hegel constitui a história. Na visão hegeliana,


temos de observar a história para além dos seus fatos empíricos, área da
historiografia, e observá-la como o progresso da consciência da liberdade. Ora, se o
homem está na história, pensemos o ser histórico do homem como o seu ser livre.
Afinal, o que Hegel pretende com essa noção? Em sua filosofia da história, partindo
do pressuposto já levantado, Hegel irá defender que analisar a história é observar o
progresso da consciência da liberdade, isto é, com o passar dos eventos e
manifestações do espirito, o homem está evoluindo sua consciência da liberdade.
Por ultimo, para o Lima Vaz, a ideia do homem, na sua significação mais profunda,
se mostra como momento, subjetivo e objetivo, da dialética do Espírito, que por sua
vez, suprassume o individuo e a história na esfera do Absoluto.

Marx:

Fazendo…

Herbert Spencer:

Spencer é considerado como parte do tripé dos filósofos que defendem a Teoria
Social Clássica: corrente filosófica da segunda metade do século XIX que
estabelece um percurso comum de evolução de todas as sociedades humanas,
sendo influenciado por ideias biologizantes, determinando semelhanças entre uma
estrutura orgânica e uma estrutura social. Para Spencer, ambas as estruturas
possuem sistemas e esses sistemas possuem estruturas e funções.

A teoria da evolução de Spencer determina que os organismos cressem enquanto


se desenvolvem, na medida em que o simples se torna complexo e o homogêneo se
torna heterogêneo. Um feto humano, por exemplo, é pequeno e com estruturas
simples, mas na medida em que cresce, desenvolvem-se estruturas mais
complexas. A mesma lógica é atribuída às organizações sociais. De forma lógica, na
medida em que as sociedades crescem e se tornam mais complexas, elas se
tornam também heterogêneas.
Nesse processo de mudança de uma sociedade homogênea para uma sociedade
heterogênea, Spencer destaca o conceito de diferenciação estrutural, afirmando que
quanto mais diferenciado uma sociedade está, se dá um maior grau de
especialização das estruturas e das funções que cumprem, incidindo num maior
grau de dependência entre as partes do sistema.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após todos os filósofos e teorias expostos durante o artigo, Lima Vaz nos apresente
o homem como ser universal ao longo da filosofia e a sua relação com a natureza e
suas ciências, dando destaque a diversificação das ciências e do próprio homem
nós últimos 2 séculos.
Por fim, é apresentado o lugar ontológico do homem na filosofia contemporânea,
com destaque aos argumentos do homem universal e do homem pluriversal,
especificamente, as teorias propostas por Paul Ricocur e André Jacob

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