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FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA-FISMA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

Janaina Gonçalves Nascimento

A LEI DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO


AUTISTA E A PRÁTICA:UM RELATO DE CASO EM UMA ESCOLA REGULAR
DE SANTA MARIA/RS

Santa Maria
2017
Janaina Gonçalves Nascimento

A LEI DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO


AUTISTA E A E A PRATICA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA
REGULAR DE SANTA MARIA/RS

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado


na disciplina de TCC II, do Curso de
Psicologia, da Faculdade Integrada de Santa
Maria – FISMA

Orientadora: Profª Mestre Jessica Jaíne de Oliveira


Co-orientadora Patricia Lucion Roso

Santa Maria
2017
Janaina Gonçalves Nascimento

A LEI DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO


AUTISTA E A E A PRÁTICA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA
REGULAR DE SANTA MARIA/RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Graduação em Psicologia da
Faculdade Integrada de Santa Maria, como
requisito final para a obtenção do grau de
Psicóloga.

Aprovado em 01 de Dezembro de 2017:

___________________________________
Jéssica Jaine Marques de Oliveira (FISMA)
Orientadora

___________________________________
Patricia Lucion Roso(FISMA)
Co-Orientadora

___________________________________
Diego Frichs Antonello (FISMA) Avaliador

___________________________________
Lucas Ludtke (WP) Avaliador

SANTA MARIA

2017
RESUMO

A LEI DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO


AUTISTA E A PRÁTICA:UM RELATO DE CASO EM UMA ESCOLA REGULAR
DE SANTA MARIA/RS

AUTORA: Janaina Gonçalves Nascimento


ORIENTADORA: Jéssica Jaíne Marques de Oliveira

A inclusão escolar e as práticas se apresentam como um novo paradigma social que obriga a
uma organização social flexível e funcional, assente no respeito por si e pelo outro e numa
construção em permanência que faça sentido para cada pessoa que apresenta deficiência,
neste caso especificamente o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sendo assim a lei da
inclusão de pessoas com TEA é hoje um dos assuntos mais importantes e pertinentes quando
nos referimos às práticas inclusivas nas escolas regulares. Este estudo buscará investigar de
que forma está sendo feito este processo, olhando para o mesmo sob a ótica do TEA de
acordo com a lei 12,764/12. Tendo como objetivo geral verificar como se dá as práticas
inclusivas para a pessoa com TEA. Ao final do trabalho percebemos, que a importância da
lei 12,764/12 e para contribuir para a acessibilidade na inclusão escolar e ao direito dos
atendimentos educacional especializado pra pessoa com TEA.

Palavras - chave: Lei da Inclusão de pessoas com TEA; Práticas Inclusivas;


Transtorno Espectro Autista;
ABSTRACT

THE LAW OF INCLUSION OF PEOPLE WITH AUTISTIC SPECTRUM


DISORDERS AND PRACTICE: A CASE STUDY IN A REGULAR SCHOOL OF
SANTA MARIA / RS

AUTHOR: Janaina Gonçalves Nascimento


GUIDELINES: Jéssica Jaíne Marques de Oliveira

That school inclusion and practices are presented as a new social paradigm that obliges a
flexible and functional social organization, based on respect for oneself and the other and on a
permanent construction that makes sense for each person with a disability, in this case
specifically autism spectrum disorder. Thus the law of inclusion of people with ASD is today
one of the most important and relevant issues when we refer to inclusive practices in regular
schools. This study will investigate how this process is being looked at under autism spectrum
disorder, according to the law 12,764 / 12. With the general objective to verify how the
inclusive practices for the person with Autistic Spectrum Disorder are given. At the end of the
work we realize. That the importance of the law and to contribute to the accessibility in school
inclusion and to the right of the specialized educational services for the person with ASD.

Keywords: Law of Inclusion of people with ASD; Inclusive Practices; Autism Spectrum
Disorder;
AGRADECIMENTOS

A consolidação deste trabalho só se fez possível pela compreensão, auxilio e apoio de


algumas pessoas, os quais de alguma forma contribuíram para a conclusão deste estudo, pois
assim agradeço:
-A Deus, pelo fim de mais essa etapa, pelos sonhos que se concretizam, porque dele e
por meio dele e para ele são todas as coisas, por nunca me deixar esquecer mesmo em meio
aos desertos, que sou uma de suas favoritas.
-A minha muitíssimo amada Rosângela Ramos, mais que mãe, aos meus filhos
Matheus Gonçalves e Amanda Hahan, e ao Gerson Nascimento,
-Agradeço minha amiga, companheira Ionara lima e ao Giliarte Trindade, meus
principais incentivadores, sempre me apoiando e buscando compreender minhas ideias e
escolhas, acreditou nos meus devaneios e projetos principalmente quando nem eu mais
acreditava meu abrigo seguro, de onde recebi apoio incondicional nessa empreitada. Os
primeiros a sonhar tudo isso, agradeço por acreditarem sempre no meu potencial.
- Agradeço minhas irmãs e sobrinhos, amigos, agradeço o apoio e afeto.
-Agradeço á meus colegas os quais sou externamente grata
-Agradeço aos Professores Ms. Lucas Lüdkte e ao Professor Dr. Diego Antonello,
Katiusci Machado pelos seus excelentes trabalhos e por impulsionar-me a dar o melhor de
mim.
-Agradeço minha orientadora Profª Ms Jéssica Jaine Marques de Oliveira e a Co-
orientadora Patrícia Lucion Roso, agradeço a condução nos primeiros e essenciais passos da
minha formação. Grata pelo dinamismo, a confiança, o carinho, enfim, por compreender e
incentivar a concretização desse trabalho.
- Um agradecimento especial aos meus queridos amigos e colegas da QUIRON
associação dos Amigos Autista de Santa Maria, de quem a distância e o tempo nunca vai me
separar, pois fazem parte do meu coração! A minha turma de graduação em psicologia, pela
diversão, pelo aprendizado pela convivência que tanto auxiliou no meu amadurecimento.
-Agradeço minhas amigas que durante esses anos de faculdade foram minha segunda
família, dividindo sonhos, sorrisos, lanches e lágrimas. Em especial a Vanessa Teixeira pelo
carinho, cumplicidade e compreensão. Uma brisa em meio a tantas tensões.
-Agradeço aos pacientes e pais que cooperaram com nossa formação acreditando no
nosso trabalho, a minha imensa gratidão, enfim a todo muitíssimo obrigada.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 7
2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 9
2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 9
2.2 Objetivos EspecíficoS ............................................................................................... 9
3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 10
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 11
4.1 Transtornos do Espectro Autista ............................................................................. 11
4.2 Práticas Inclusivas .................................................................................................. 13
4.3 A lei 12.764/12 ....................................................................................................... 14
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 166
5.1 Delineamento .......................................................................................................... 16
5.2 Cenários da Pesquisa .............................................................................................. 16
5.3 Participantes ............................................................................................................ 16
5.4 Instrumentos e Coleta de dados .............................................................................. 16
5.5 Aspectos éticos ....................................................................................................... 17
6 RESULTADOS /DISCUSSÃO ............................................................................... 18
6.1 A Inclusão Escolar .................................................................................................. 18
6.2 preparação conhecimento dos profissionais para trabalhar com pessoas TEA......19
6.3 conhecimento sobre transtorno Espectro Autista a lei 12,764/12 ........................20
6.4 As Dificuldades Encontradas no Trabalho Com Pessoas Com TEA ..................... 22
7 CONSIDERAÇOES FINAIS ................................................................................. 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 26
ANEXO A................................................................................................................................29
ANEXO B .................................................................................................................... 29
ANEXO C ...............................................................................................................................32
ANEXO D .................................................................................................................... 33
APENDICE 1 .............................................................................................................. 34
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1 INTRODUÇÃO

O TEA é uma síndrome comportamental que possui características específicas tais


como: dificuldade em desenvolver interações com outras pessoas, distúrbios de linguagem,
resistência á mudanças, assim como dificuldades funcionais que comprometem sua interação
social. A evolução das crianças com TEA depende da formação do profissional e a
subjetividade do sujeito. A partir do último Manual de Diagnostico de Transtorno Mental
(APA, 2014), o Autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno
desintegrativo da infância, Transtorno Global do Desenvolvimento Sem outra Especificação
(TGD-SOE) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em uma única nomenclatura. Transtorno
do Espectro Autista
Os Critérios do diagnóstico envolvem: déficits expressivos na comunicação verbal e
não verbal usada para interação social; falta de reciprocidade social; incapacidade para
desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de
desenvolvimento; padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades
(APA, 2014).
Atualmente, muito tem falado sobre o processo de inclusão escolar. Segundo Paivá
(2013), a inclusão escolar remete à escola questões de estrutura e de funcionamento que
subvertem seus paradigmas e que implicam em um redimensionamento de seu papel, para um
mundo que evolui. A verdadeira inclusão deu um passo importante, mas sua eficácia, só tem
possibilidade de quanto á escola e a sociedade tiver a conscientização social de que a pessoa
deficiente também merece viver em igualdade. No que tange o movimento das práticas
inclusivas nas escolas, por mais que seja ainda muito contestado, pelo caráter ameaçador de
toda e qualquer mudança, especialmente ao meio educacional é irreversível, e ainda, convence
a todos pela sua lógica, pela sua ética de seu posicionamento social. Para tanto essa iniciativa
inclusivas e pedagógicas necessitam ser mais eficazes e apropriadas às deficiências, o que é
imprescindível para a evolução dos alunos. Essas ações o professor só consegue planejar e
desenvolver quando recebe o referencial teórico e a assessoria pedagógica adequada.
Em 2012, foi sancionada a lei n° 12,764, Brasil ,qual foi um marco na luta pelos
direitos dos autistas no Brasil. A presidente que regia nessa data sancionou a lei para instituir
a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA. Essa lei é chamada de “Lei
Berenice Piana”, a qual é homenagem a mãe de um autista, que lutou e articulou pela criação
de tal legislação (BRASIL, 2012). Trouxe para as pessoas com TEA direitos básicos como:
vida digna com integridade física e moral; livre desenvolvimento da personalidade; segurança
8

e lazer; proteção contra qualquer forma de abuso e exploração; acesso a ações e serviço de
saúde; acesso à educação e ensino profissionalizante; dentre outros. Agora os autistas se
favorecem desses direitos, inclusive para cotas de vagas no mercado de trabalho. Atualmente,
com a Lei “Berenice Piana”, a pessoa com TEA é considerada “pessoa com deficiência, para
todos os efeitos legais” (CUNHA, 2011). A partir do que foi exposto, pretendemos aprofundar
nossos conhecimentos sobre a temática apresentada, acreditando que, através desta pesquisa
possamos elucidar alguns caminhos, os quais poderão nortear sobre a lei da inclusão de
pessoas com TEA e a prática, em uma escola regular de Santa Maria/RS.
Assim o presente Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Psicologia tem
como objetivo verificar como se dá a prática inclusiva para pessoas com TEA, a partir da lei
12.764/12, em uma escola estadual do município de Santa Maria,/RS e identificar se há
dificuldades na atuação dos profissionais com as pessoas com TEA, bem como averiguar se as
escolas têm a uma estrutura de adaptação a partir da lei de inclusão de pessoas com TEA. A
inclusão escolar hoje no Brasil é uma ação política, cultural, social e pedagógica que visa
garantir o direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando com
direitos iguais (BRASIL, 2001).
9

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

 Verificar a prática inclusiva para pessoa com TEA, a partir da lei n°12764/12, em uma
escola estadual do município de Santa Maria.

2.2 Objetivos Específicos

 Identificar as dificuldades na atuação dos profissionais em relação as pessoas com TEA.


 Averiguar se as escolas têm a uma estrutura de adaptação a partir da lei n°12.764/12 de
inclusão de pessoas com TEA.
 Questionar se há conhecimento da equipe escolar sobre o TEA e sobre a lei 12.764/12
direcionada a esse público;
 Fomentar a discussão sobre a importância do reconhecimento da lei 12.764/12 no contexto
escolar.
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3 JUSTIFICATIVA

O interesse por pesquisar a temática ocorreu devido às inquietações geradas nas


disciplinas do Curso de Graduação em Psicologia, sobre Educação Inclusiva e Transtorno
do Espectro Autista (TEA). Assim como, ao longo da graduação foram sendo ofertadas
oportunidades de conviver no estágio curricular, o qual a prática foi importante. Outro
aspecto importante que motivou a realização desse estudo foi devido à pesquisadora ter
vivência com a temática. Entende-se que o impacto das famílias ao receber diagnóstico de
autismo é muito devastador emocionalmente.
Percebe-se o aumento na produção de pesquisas sobre TEA nas últimas décadas,
bem como o um número elevado de diagnósticos implicando no aumento dos casos de
autismo (BRASIL, 2008). Novas atualizações em um estudo sobre TEA, os dados mostram
que:

Nos Estados Unidos se estima se a prevalência de uma criança a cada 110


nascimentos, nos dados epidemiológicos atuais indicam uma a cada 68. A principal
referência internacional sobre esse assunto provém do Central for Diseases Control
and Prevention (CDC) (SCHMIDT , pg 18 2016).

No Brasil por haver uma demanda grande sobre o tema autismo, houve um avanço
na legislação, pois em 2012 tivemos promulgação da Lei Berenice Piana (12.764), que trouxe
uma série de significativos avanços, sendo alguns de ordem pedagógica, como por exemplo, o
direito ao acompanhante especializado e o Atendimento Educacional Especializado utilização
e benefícios desses sujeitos. Assim:

Ainda há um despreparo nas práticas inclusivas para atender um aluno com TEA,
esse sentimento por parte dos professores ocorre quando as expectativas estão
centradas na manutenção de um currículo único, pré-determinado para todos os
alunos. Percebe-se que as escolas ainda não estão adequadas a essa nova legislação,
e há carência das dimensões da perspectiva de aperfeiçoamento na educação
inclusiva. São visíveis no currículo as falhas de conteúdo relacionadas aos serviços
de apoio inseridos na escola, à integração com a família, ao papel dos gestores, à
gestão da sala de aula, etc. (BRASIL, 2012, p.1).

Portanto essa pesquisa se justifica, devido á necessidade de mais estudos na área que
atualmente tem gerado tanta discussão, bem como maior divulgação da lei a fim de auxiliar a
prática desses profissionais no âmbito escolar.
11

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 Transtornos do Espectro Autista

O TEA tem demandado estudos e indagações, permanecendo ainda desconhecido de


grande parte dos educadores. O termo autismo é proveniente da observação de um conjunto
de comportamentos agrupados numa tríade principal; comprometimentos qualitativos na
comunicação, dificuldades na interação social e atividades restrito-repetitivas. Nesse sentido,
pensamos para este trabalho contextualizar essa importância, possibilitar reflexões acerca
sobre lei de inclusão e que forma se da às pratica inclusivas na escola.
Léo Kanner em 1943 fez um estudo, o qual avaliou 11 crianças que atendia em sua
clínica particular. Essas crianças possuíam muitas características em comum, sendo as
principais: a dificuldade em se relacionar com seus pares, os déficits na comunicação e o
engajamento por coisas imutáveis, com comportamentos repetitivos.
Hans Asperger, em 1944 desenvolveu uma tese expondo um conjunto de sinais
semelhantes aos descritos por Kanner, em crianças na idade de três anos. Identificou
semelhanças em vários pontos entre os dois quadros, mas ressaltou que as crianças descritas
em seu estudo apresentavam uma inteligência superior e aptidão para a lógica e abstração,
apesar de interesses excêntricos. O Transtorno de Asperger é considerado por muitos como
autismo de alto funcionamento de habilidades.
As crianças com TEA apresentam dificuldades em entender as regras de convívio
social, a comunicação não verbal, a intencionalidade do outro e o que os outros esperam dela.
Com essas dificuldades funcionais, o impacto na eficiência da comunicação é muito grande,
fazendo com que o desenvolvimento do “cérebro social” se mantenha cada vez mais lento
para exercer as funções necessárias para a interação social, a qual aumenta a complexidade
conforme a faixa etária.
Portanto, houve uma atualização na definição do quadro de Autismo, passando para
transtornos de neurodesenvolvimento, ou seja, os processos de socialização, comunicação e
aprendizado encontram-se prejudicados. Segundo Santos (2008), “os prejuízos nos
mecanismos biológicos estão relacionados à adaptação social levando a emergência de
fenótipos heterogêneos, associados aos quadros de Transtornos Globais do
Desenvolvimento”.
Atualmente o DSM-5, traz a atualização que o TEA é um transtorno do
neurodesenvolvimento, que possui as seguintes características: déficits expressivos na
12

comunicação verbal e não verbal usada para interação social; falta de reciprocidade social;
incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o
estágio de desenvolvimento; padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e
atividades (APA, 2014).
Mas nem todos os autistas têm uma mente prodigiosa, a grande maioria não é assim.
Entretanto, todos têm acentuada dificuldade de interação social. O autismo possui diferentes
níveis de gravidade e está relacionado com outros sintomas que começam na infância. Há
casos severos de alteração comportamental e de autoagressão, mas é absolutamente certo que
o diagnóstico precoce, o tratamento especializado e a educação adequada propiciam maior
independência e melhoram a qualidade de vida em qualquer nível de autismo, tornando a
interação entre escola e família altamente relevante (CUNHA, 2011).
Segundo Paiva (2013), além da dificuldade que a criança já carrega consigo por conta
do transtorno, é na fase escolar que as complicações ficam visíveis, pois será nela que será
exigida do aluno, atenção, compreensão, entrosamento, desenvolvimento e socialização.
Situações que para uma criança com TEA torna-se algo completamente dificultoso, causando
em determinados casos, ainda mais isolamento deste, se o profissional que trabalhar com esta
criança não estiver apto para educar uma criança com TEA.
Porém atualmente, existem diversos recursos, escolas e profissionais especializados
para se trabalhar com o transtorno, são por meio dessas pessoas que a criança será estimulada
todos os dias, proporcionando seu aprendizado e desenvolvimento, com educadores
especializados e escolas específicas a criança tem possibilidade de aprender e até mesmo se
relacionar, de acordo com cada caso.
Sendo assim, podemos relatar que a inclusão significa uma preparação para o aluno
com TEA, para conviver em comunidade, tendo oportunidade de interação harmoniosamente
com crianças que não possuem algum transtorno ou deficiência. Também é importante saber
que a educação especial, nessa perspectiva vem contribuir de forma muito importante para o
processo inclusivo desse público, bem como fornece uma melhor formação para os
profissionais que trabalham no contexto escolar.
A legislação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva foi à política que mais movimentou a inclusão no Brasil, e teve como objetivo
assegurar ao aluno com deficiência, TEA ou altas habilidades, o acesso, a participação e
aprendizagem e não somente a socialização como as escolas trazem muitas vezes em seu
discurso atual (BRASIL, 2008). Assim, podemos refletir sobre a importância do contexto da
inclusão e seus objetivos realizados nas práticas inclusivas.
13

4.2 Práticas Inclusivas

Para o alcance das metas de educação inclusiva toda a “Conferência Mundial de


Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade”, realizada pela UNESCO (1994),
propôs aprofundar a discussão, problematizando as causas da exclusão escolar. A partir desta
reflexão acerca das práticas educacionais que resultam na desigualdade social de diversos
grupos, o documento Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades
Educativas Especiais proclama que as escolas comuns representam o meio mais eficaz para
combater as atitudes discriminatórias, ressaltando que: o princípio fundamental desta Linha
de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher
crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que
trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas,
étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e zonas desfavorecidos ou marginalizados
(BRASIL, 2008).
Ao refletir sobre o aspecto das práticas educativas, inclusivas ou não, é necessário
comentar sobre a importância da formação do professor que atuará com as pessoas com
TEA. Por muito tempo, somente os professores que possuíam um interesse pela Educação
Especial é que se dirigiam para a formação específica e depois, obviamente, faziam escolhas
profissionais que envolviam a Educação Especial. Infelizmente, a demanda da inclusão
chega às escolas antes da preparação do professor e a solução tem sido a capacitação do
profissional em serviço, através dos programas de formação continuada, contrariando as
próprias diretrizes do Ministério da Educação que ressalta sobre os profissionais serem
capacitados antes de receber o próprio aluno (BRASIL, 2008).
As práticas pedagógicas eficazes e apropriadas às deficiências são imprescindíveis
para a evolução dos alunos, e isso o professor só consegue planejar e desenvolver quando
recebe o referencial teórico e a assessoria pedagógica adequada. A prática pedagógica é um
elemento-chave na transformação da escola, estendendo essa possibilidade de transformação
à sociedade (PAIVA, 2013).
Desse modo, tratando-se das pessoas com TEA, a lei n° 12.764/12 que diz a respeito
da inclusão desse público, teve grande impacto na prática escolar para com esses sujeitos,
pois veio para reafirmar direitos e orientar as práticas de ensino para as pessoas com TEA,
com o objetivo de facilitar o processo inclusivo. Sendo assim, podemos observar que
14

inclusão escolar caminha com os passos lentos, mas que as escolas estão sempre procurando
se adequar a legislação vigente. Também estão buscando capacitação para esclarecer
diversas dúvidas juntamente com o apoio da educação especial, o qual dentro do contexto
escolar que se faz muito importante para uma melhor construção no processo inclusivo para
pessoas com TEA. Atualmente, as escolas estão buscando se adequar a legislação vigente
sendo que ela vem para capacitar esclarecer e apoiar os educadores e a demanda que todas as
escolas apresentam nesse contexto (BRASIL, 2001).

4.3 A lei n°12.764/12

Uma dificuldade que se tinha aos longo dos ano foi reparada e melhorada com a “Lei
Berenice Piana”, pois agora o autista é considerado “pessoa com deficiência”, para todos os
efeitos legais (PAIVA, 2013). No dia 27 de Dezembro de 2012 tivemos a promulgação da
lei n° 12.764/12, assim as pessoas com TEA passaram a usufruir de seus direitos, inclusive
para cota de vagas no mercado de trabalho.
Atualmente, as escolas estão tentando se adequar a legislação vigente, buscando
capacitar, esclarecer e apoiar os professores proporcionando uma reformulação, tanto em
termos pedagógicos, como de infraestrutura. Acredita-se que a inclusão, enquanto mudança
de perspectiva educacional é necessária para pensarmos nas diferenças enquanto parâmetro
que nos distingue uns dos outros e o que nos constitui como sujeitos, e não como limite para
falarmos da deficiência. A partir desta lei, fica claro o direito de todo autista a uma escola
regular, pública ou privada. A inclusão escolar remete as escolas a questões de estrutura e de
funcionamento que escolas e seus paradigmas e que implicam em um redimensionamento
de seu papel, para um mundo que evolui (BRASIL, 2013). O movimento da inclusão, por
mais difícil e ameaçador que seja, remete às diversas mudanças tanto na sociedade, quanto
no meio educacional, é algo irreversível devido a sua imposição e lógica já estabelecida na
posição social (PAIVA, 2013).
Desse modo, essa lei veio a contribuir para a prática inclusiva de pessoas com TEA e
cabe ao estado promover a realização do que a própria lei traz como direito dessas pessoas.
Entretanto, sabemos que muitas barreiras terão que ser enfrentadas, pois o processo
inclusivo depende não somente do que a lei diz em seu papel, mas sim das barreiras
atitudinais que vivenciamos todos os dias. Faz-se importante estudar e conhecer um pouco
mais sobre esse processo. Para isso, é essencial se especializar para receber o aluno. O
desenvolvimento da criança depende muito do comprometimento do professor e , para isso,
15

é necessário que o profissional elabore novas metodologias de trabalhos pedagógicos. Para


que se possa contribuir a partir da literatura para com as práticas inclusivas de pessoas TEA,
e preciso que as necessidades decorrentes, no cotidiano escolar demandam estratégias
articuladas com experiências diárias para que promovam aprendizado e possam ser
reconhecidas pelo aluno (BELIZARIAO; CUNHA, 2011).
16

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 Delineamento

O presente projeto propõe uma pesquisa de campo, de caráter exploratório qualitativo


e tem por objetivo compreender como se dá as percepções dos profissionais da educação
acerca da lei da inclusão de pessoas com TEA numa escola regular. O Delineamento utilizado
para pesquisa foi um estudo de caso, em uma escola regular o município de Santa Maria-Rio
Grande do Sul (RS).

“[..] o estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas


ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento,
tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados”
(GIL, 2002, p. 54).

Para revisão bibliográfica foi realizada uma busca eletrônica e manual, de artigos,
teses, dissertações, revistas, livros e monografias que abordem sobre a temática em pauta.

5.2 Cenários da Pesquisa

A pesquisa foi realizada em uma Instituição Estadual de Ensino da cidade de Santa


Maria – RS, que possui atendimento educacional especializado para alunos públicos da
Educação Especial, escolhida por conveniência.

5.3 Participantes

Foram convidados a participar deste estudo três profissionais: um professor regente de


classe regular, uma educadora especial e um monitor de classe, de ambos os sexos. Os
participantes foram escolhidos de forma aleatória e, como critério, deviam trabalhar
diretamente com pessoas com TEA dentro do contexto escolar.

5.4 Instrumentos e Coleta de Dados

Foi aplicado como instrumento de coleta de dados um questionário que envolveu


questões com a abordagem na temática. Foram desenvolvidas 10 (dez) questões de caráter
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qualitativo voltadas para verificar o conhecimento sobre as práticas inclusivas de crianças


TEA; a preparação o conhecimentos dos profissionais para o trabalho com as pessoas com
TEA; o entendimento sobre o TEA; o conhecimento da lei 12.764/12; as dificuldades
encontradas no trabalho com esse público.

5.5 Aspectos Éticos

Essa pesquisa segue as orientações e os critérios éticos estabelecidos pela resolução


n°016/2000 do Conselho Federal de Psicologia e n° 510/2016 do Conselho Nacional de
Saúde. Os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1), Termos de
Confidencialidade (Anexo 2), Termo de Autorização Institucional (anexo 3) e Questionário
(Apêndice 1), encontram-se ao final deste trabalho. Cada profissional recebeu esclarecimentos
acerca da pesquisa e, depois de aceitar participar, assinaram os termos solicitados pela
pesquisadora. Esse projeto de pesquisa será arquivado, e será localizada no 5°andar da
policlínica provedor prédio Wilson Aita, na Avenida Presidente Vargas, n° 2355, centro,
Santa Maria – RS, que pertence à Faculdade Integrada de Santa Maria – FISMA, telefone (55)
3026 9612.
18

6 RESULTADOS /DISCUSSÃO

Os resultados foram analisados a partir dos questionários respondidos pela equipe de


profissionais, entre eles educadora especial, monitora, e professor regente. Delimitamos as
seguintes categorias para trazer a discussão com resultados: o conhecimento das práticas
inclusivas; a preparação e conhecimentos dos profissionais para trabalhar com pessoas com
TEA; características da pessoa com TEA e conhecimento da lei n°12.764/12.
Abaixo a tabela com as respostas do questionário aplicado aos profissionais (as
questões encontram-se no apêndice 1):

Questões

Profissionais
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Sim Sim Sim Sim Em Em Em Sim Sim Sim


Educadora especial
partes partes partes

Sim Sim Sim Sim Em Sim Em Sim Sim Não


Monitora
partes partes

Professor Regente Sim Sim Sim Em Sim Não Em Sim Sim Sim
partes partes

6.1 A Inclusão Escolar

Ao tocar no aspecto das práticas educativas e inclusivas ou não, é necessário


comentar a importância da formação do professor que atuará com pessoas com TEA. Até
recentemente somente os professores que possuíam um interesse pela Educação Especial
se dirigiam para a formação específica e depois, obviamente faziam escolhas
profissionais que envolviam com as questões inclusivas. Infelizmente, a demanda da
inclusão chega às escolas antes da preparação do professor e a solução tem sido a
capacitação do profissional em serviço, através dos programas de formação continuada,
contrariando as próprias diretrizes do MEC - Ministério da Educação (BRASIL, 2001).
19

Quanto ao preparo dos profissionais, Adamúz (2003) ao comentar a análise sobre a


alternativa de um modelo de ementa da disciplina específica de Educação Especial na
formação destes profissionais, explana que:

A sugestão da inserção da disciplina nos cursos de formação de professores e a


ementa com o objetivo de nortear o trabalho dos educadores poderão desmistificar
crenças e mitos em relação às pessoas especiais e contribuir para a diminuição do
preconceito e o conhecimento real de suas potencialidades (2003, p. 22).

A autora alude ainda que para os professores que já atuam no ensino regular, isto
pode ser feito por meio de cursos de capacitação, grupos de estudos e outras pesquisas que
propiciem a este professor a reflexão e reinterpretação de sua prática pedagógica. Para
mudar este quadro, é preciso uma adequada articulação entre o setor público e o privado,
reestruturação do plano político pedagógico curricular autônomo das escolas, além da
introdução de uma disciplina específica de Educação Especial no curso de formação de
professores considerando que o direito à educação inclusiva não atende ao que preceitua o
postulado constitucional e que o poder público negligencia a prestação de seus deveres
estatais, é fundamental analisar então, por quais motivos o direito dos alunos com TEA em
aprender e conviver juntamente aos demais alunos dentro de um mesmo espaço escolar
continua sendo obstruído (ADAMUZ, 2003).
Os participantes da pesquisa responderam as questões e observa-se que conhecem um
pouco da inclusão escolar e do direito garantido pela lein°12.764, e Conhecem o público alvo
da inclusão escolar, nas escolas regulares e, sendo que todos obtiveram as mesmas respostas,
nas questões relacionadas à lei e a inclusão. Por isso que se entende por inclusão a garantia, a
todas as pessoas, do acesso contínuo a vida em sociedade, mas que ainda as escolas sofrem
com grandes dificuldades de implantar uma inclusão adequada conforme o que lei n°12.764
afirma.

6.2 A Preparação e Conhecimentos dos Profissionais para Trabalhar com Pessoas com TEA

Devido ao tema TEA ser muito falado atualmente, percebe-se que talvez os próprios
participantes da pesquisa ache necessário através de suas respostas mostrar que tem
conhecimento do transtorno do espectro autista e da inclusão escolar. Contudo, percebe-se
que formação de professores, ainda não está adequada a demanda que chega às escolas
regulares (PAIVA, 2013).
20

Apesar dos avanços obtidos nas décadas anteriores, a inclusão ainda apresenta
graves problemas educacionais, Antigamente não se falava em transtorno espectro autista,
com o passar do tempo alguns ganhos vêm sendo percebido. Esses profissionais da
educação sentem dificuldades sobre conhecimento das práticas inclusivas e sobre a forma de
trabalhar com esse público. Sabe-se também, que as escolas ainda não tem preparação
adequada pra atender a demanda do contexto da deficiência. Fica claro que há muita
oposição na interação social com essas pessoas por não ter também espaço adequado, sala
de recurso para melhor atender esse público (BRASIL, 2008).
A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(PNEPEEI) de 2008 contribuiu para pessoas com TEA, pois estes foram nomeados público da
educação especial, valorizando atendimentos dentro das modalidades especiais. Se tratando –
se de autismo, primeiramente deve-se compreender a educação especial como uma
modalidade de ensino. Um sistema de educação caracterizado por um público-alvo que
necessita de um olhar diferenciado, pois a escola, ao receber os alunos da educação especial,
vai precisar reorganizá-la para que todos os alunos, principalmente os autistas, tenham
sucesso em seu desenvolvimento social, afetivo e cognitivo (BRASIL, 2008).
Cuida-se em relatar aqui que não se está a criticar o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) feito pelas escolas regulares, muito pelo contrário, o AEE dado por elas
é muito útil, válido e benéfico ao adequado desenvolvimento dos potenciais e das habilidades
dos alunos com TEA. Todavia, este trabalho deve ser no sentido de fornecer apoio e
complemento para que o aluno com TEA frequente o ensino regular em classe comum. Assim
Mantoan alerta que a inclusão é como muitos a apregoam ‘um caminho sem volta. ’ Assim,
para que esta luta angarie forças suficientes a impulsionar projetos de mudanças nas políticas
públicas de educação, é imperioso que ela seja homogênea (MANTOAN , 2006, p. 61).
Outro ponto importante é a proibição de qualquer escola recusar uma pessoa com
autismo. Para esses casos, a lei n°12.764/12 prevê o direito de toda pessoas com TEA estar
matriculada nas escolas regulares públicas ou privadas. Fato este que se torna muito
importante, pois muitas crianças tinham sua vaga negada, nos mostrando o despreparo das
escolas para receber estes alunos e proporcionar um contexto inclusivo.

6.3 Conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista e a Lei n°12,764/12

A partir da análise dos questionários, percebe-se que todas profissionais apresentam


conhecimento sobre transtorno do espectro autista, Já nas questões sobre as características
21

tiveram percepção diferenciada. A monitora em sua resposta, pontuou risos inapropriados,


preferência pela solidão, comportamento estereotipado. Já, a Professora regente em suas
questões marcou insistência em repetição, resistência a mudanças de rotina e que ele vive em
seu mundo. A educadora especial mencionou a dificuldade de relacionamento com outras
pessoas; insistências em repetição; dificuldade de se comunicar Percebe-se que há diferenças
entre as respostas, fica claro que os profissionais tem dificuldade de reconhecer algumas
características básicas sobre a pessoa TEA, sendo que as principais características, a partir
do último DSM V envolvem: déficits expressivos na comunicação verbal e não verbal usada
para interação social; falta de reciprocidade social; incapacidade para desenvolver e manter
relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento; padrões restritos
e repetitivos de comportamento, interesses e atividades (APA, 2014).
Analisando uma das respostas do questionário, a qual profissional marcou que o
autista vive em seu mundo isolado, sabemos que esse é um estereótipo criado em relação
às pessoas com TEA, devido a terem dificuldade de interagir, porém não possuem um
mundo isolado, pois de acordo com o estímulo conseguimos interagir com os mesmos.
Ainda, a inclusão escolar remete a escola questões de estrutura e de funcionamento
que subvertem seus paradigmas e que implicam em um redimensionamento de seu papel, para
um mundo que evolui. A respeito das questões relacionadas ao conhecimento da LEI
n°12.764/12 duas das participantes da pesquisa responderam que conhecem a lei e uma diz
que não, nos mostrando certa discordância. Na questão número cinco que envolve a
preparação para a inclusão de uma pessoa com TEA, duas participantes marcaram “em
partes” e uma marcou que sim, novamente trazendo a divergência de opiniões no âmbito da
preparação, prática tão importante para esse contexto em discussão. Na medida em que a
orientação inclusiva implica um ensino adaptado às diferenças e às necessidades individuais,
os educadores precisam estar habilitados para atuar de forma competente junto aos alunos
inseridos nos vários níveis de ensino.
No entanto, autores como Goffredo (1992) e Manzini (1999) têm alertado para o fato
de que a implantação da educação inclusiva tem encontrado limites e dificuldades, em virtude
da falta de formação dos professores das classes regulares para atender às necessidades
educativas especiais, além de infraestrutura adequada e condições materiais para o trabalho
pedagógico junto a crianças com deficiência. O que se tem colocado em discussão,
principalmente, é a ausência de formação especializada dos educadores para trabalhar com
essa clientela, e isso certamente se constitui em um sério problema na implantação de
políticas públicas desse teor. Diante desse quadro, torna-se importante que os professores
22

sejam instrumentalizados a fim de atender às peculiaridades apresentadas pelos alunos. Aqui,


tendo-se em vista a capacitação docente, a participação das universidades e dos centros
formadores parece ser relevante:

“As universidades, além de proporcionar cursos de aperfeiçoamento e de pós-


graduação, devem envolver-se em pesquisas sobre o ensino aos portadores de
necessidades especiais, desenvolvendo instrumentos e recursos que facilitem a vida
dessas pessoas” (GOTTI,1988,pg.365-372).

Atualmente, as escolas estão tentando se adequar a legislação vigente, buscando


capacitar, esclarecer e apoiar os professores. A promulgação da lei n° 12.764/12 vem para
assegurar as pessoas com TEA, proporcionando uma reformulação, tanto em termos
pedagógicos, como de infraestrutura. Acredita-se que a inclusão, enquanto mudança de
perspectiva educacional é necessária para pensarmos nas diferenças enquanto parâmetro que
nos distingue uns dos outros e o que nos constitui como sujeitos, e não como limite para
falarmos da deficiência. A partir desta lei, fica claro o direito de todo autista a uma escola
regular, pública ou privada. A inclusão escolar remete a escolas a questões de estrutura e de
funcionamento que escolas e seus paradigmas e que implicam em um redimensionamento de
seu papel, para um mundo que evolui (BRASIL, 2013).

“o movimento inclusivo, nas escolas, por mais que seja ainda muito contestado,
pelo caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente ao meio
educacional, é irreversível e convence a todos pela sua lógica, pela ética de seu
posicionamento social“(PAIVA, 2013, p. 26).

6.4 As Dificuldades Encontradas no Trabalho com Pessoas com TEA

Ao se analisar as dificuldades mencionadas pelos entrevistados, pôde-se perceber que


muitas delas não são exclusividades do ensino aos alunos com necessidades especiais, mas
problemas existentes há várias décadas na estrutura educacional do país, o que foi confirmado
nos estudos de Castro (1997) e Jusevicius (2002). Nesse sentido, a inclusão desse alunado em
classes comuns gera novas circunstâncias e desafios, que tendem a somar-se com as
dificuldades já existentes do sistema atual, e, por conseguinte, ratifica a ideia de que
profundas modificações devem ser realizadas a fim de melhorar a qualidade da educação, seja
para educandos sem ,seja com algum tipo de deficiência.
Como tantos anos de experiência poderiam ser problematizados a estas respostas os
professores construíram na medida em que possam pensar sobre seus “modos de fazer”,
23

refletir sobre suas práticas à luz dos marcos conceituais da educação inclusiva ainda com
dificuldades. Fragmentos da fala de duas educadoras ilustram esta afirmação.
Ao analisar as resposta da questão 6, que envolve as dificuldades encontradas no
trabalho com TEA, percebemos que houve uma diferença nas três respostas, sendo um “sim”,
um “não” e um “em partes”, nos mostrando que os profissionais divergem neste ponto, não
conseguindo ter uma linearidade em suas percepções no que refere-se às dificuldades.
Podemos inferir que pode acontecer uma falta de comunicação, pois se um não possui
dificuldades, o mesmo poderia auxiliar os outros profissionais, melhorando o contexto
inclusivo.
24

7 CONSIDERAÇOES FINAIS

O Brasil hoje possui uma avançada legislação, seguindo uma atmosfera global de
inclusão dos autistas. A Lei Berenice Piana trouxe uma série de significativos avanços, sendo
alguns de ordem pedagógica e outros sobre direito de ser inclusivo, como o direito ao
acompanhante especializado para pessoas com TEA. A inclusão hoje tem progredido de certo
modo, pois tem se observado a importância de se educar e dar a verdadeira oportunidade
para todos mesmo com suas diferenças , considerando que a pessoa com deficiência tem a
mesma necessidade básica , tem que ter e os direitos iguais sendo essa minha percepção , o
que inclui não é somente o aspecto de sobrevivência mas assim de conviver sem ser excluído.
Percebe – sei que ainda há escolas de ensino regulares, juntamente com a sociedade, que
excluem aqueles que estão fora dos padrões e das expectativas determinadas na educação.
Assim, o educador que estiver em sala de aula com pessoas que tenham deficiência seja ela
TEA, deverá aos poucos se romper com esta visão, não rotulando seus alunos, não se
baseando em apenas um diagnóstico e sim no que está sendo observado, aplicando avaliações
contínuas e não somente em determinados momentos.
A política de inclusão da pessoa com deficiência apresenta um desenvolvimento nas
suas atividades educacionais e na responsabilidade da criação de espaços para essa inclusão
e adaptados, mas de uma forma lenta, os currículo teriam que ser flexível para as práticas
exclusivas. para se avançar nessa direção será necessário criar um ambiente que possibilite
identificar, analisar, divulgar e fazer trocas de experiências educacionais inclusivas, para
atender a todos com qualidade dentro do seu processo de formação, respeitando a
individualidade de cada um. A escola que tem é um lugar que possibilita partilhar
experiências e que se encontra em constante movimento, por isso precisamos mudar
juntamente com a escola em desenvolvimento.
Ultimamente TEA também é um assunto atual o qual vem sendo muito falado na
perspectiva da inclusão escolar. Sabe-se que mostra dificuldade para essa ingressar nessas
modalidades. Para ter uma inclusão de forma correta. e para acontecer algumas mudanças na
inclusão escolar a lei n°12.764 foi sancionada em 2012 para trazer oportunidades para essas
pessoas com TEA . Assim, com um melhor conhecimento, talvez seja possível contribuir
para o contexto de ter uma melhor inclusão escolar. Por isso, se faz necessário mais
pesquisas nessa temática, trazendo mais conhecimento sobre a lei n°12.764 para que além
de divulgado seja mais bem utilizada nas práticas dos profissionais da educação. E
importância do trabalho nesse contexto juntamente com toda equipe escolar E com as
25

pessoas com TEA. Buscou-se aqui expor um conjunto de inquietações sobre a as práticas
inclusivas e o direito da inclusão escolar de pessoas com TEA , assim como motivar
reflexões, sempre com uma proposta de leitura ampliada neste contexto destas importantes
adaptações do meio escolar.
26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMUZ, R, C. Inserção de um aluno deficiente em classe comum: uma reflexão sobre

a prática pedagógica. Londrina, 2003.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico

de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução 16/ 2000.

_____ lei n° 12.764, de 27 de dezembro Institui a política nacional de PROTEÇÃO DOS

Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. 2012

______ Ministério da Educação. A Conferência Nacional da Educação Básica e a

Construção do Sistema Nacional Articulado de Educação 2008.

______ Ministério da Educação. Lei nº 10.172, de 09 de janeiro. MEC/SEESP Aprova o

Plano Nacional de Educação e dá outras providências 2001. A

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais

para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001. B

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEPEEI). Brasília: 2008. A

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília. MEC/ SEESP, 2008.B

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de

educação especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

______ Ministério da Saúde. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com

Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Brasília: MS, 2013.


27

CASTRO, M. Inclusão escolar: das intenções à prática. Um estudo da implantação da

proposta de ensino especial na rede municipal de Natal, RN. Tese de Doutorado Não-

Publicada, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Campinas,

1997.

CUNHA, E. Autismo e Inclusão. Psicopedagogia e Práticas Educativas na Escola e na

Família. 3 ed. Rio de Janeiro. Wak editora, 2011.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA UNESCO: Sobre Princípios e Práticas em Educação

Especial. Conferência Mundial de Educação Especial: s/ ed. Junho de 1994.

GIL, A, C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. Ed. Atlas SA, 2002.

GOFFREDO, V. Integração ou segregação? O discurso e a prática das escolas públicas

da rede oficial do município do Rio de Janeiro. Integração, 4(10), 118-127, 1992.

GOTTI, M. O. Integração e inclusão: nova perspectiva sobre a prática da educação

especial. Em M. Marquenzine (Org.), Perspectivas multidisciplinares em educação

especial (pp.365-372). Londrina: Ed. UEL, 1998.

JUSEVICIUS, V. C. Inclusão escolar e alunos com necessidades educativas especiais: fala


de professores. Dissertação de Mestrado Não-Publicada, Programa de Pós-Graduação em
Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2002.

KANNER, L. Distúrbios Autistas de Contato Afetivo. Criança Nervosa. N°. 2, p. 217-250.


1943.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2006.
MANZINI, E. F. Quais as expectativas com relação à inclusão escolar do ponto de vista

do educador? Temas sobre desenvolvimento, 7(42), 52-54, 1999.

PAIVA, J. Revista Autismo e Vida. Maio de 2013; Ano 4; Nº 3.pag 25.


28

SANTOS, A.M.T. Autismo: Desafio da Alfabetização e no Convívio escolar. São Paulo:

CRDA, 2008.

SCHMIDT, C. NUNES, D. R. de P.; PEREIRA, D. M.; OLIVEIRA, V. F, NUEMBERG, A.

H.; KUBASKI, C. Inclusão escolar e autismo: uma análise da percepção docente e

práticas pedagógicas. Psicologia: Teoria e Prática. 18, p.222–235,2016.


29

ANEXO A

TERMO DE CONFIDENCIALIDADE

Título do projeto: A lei da inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista


e a Prática: um estudo de caso em uma escolas regular de Santa Maria/RS.
Pesquisador responsável: Prof. Orientadora Msª Jéssica Jaíne Marques de Oliveira
Acadêmica Pesquisadora: Janaina Gonçalves do Nascimento.
Instituição: Faculdade Integrada de Santa Maria
Telefone: 055 30259725
Os pesquisadores do presente projeto se comprometem a preservar a privacidade dos
participantes desta pesquisa, cujos dados serão coletados por meio de um questionário
semiestruturado. Na Escola Estadual de Educação Olavo Bilac- Santa Maria, Endereço Rua
Conde de Porto Alegre, 655-Centro CEP: 97.015-11 - Telefone: (55) 3223-0407. Informam
ainda que estas informações serão utilizadas, única e exclusivamente para a execução do
presente projeto.
As informações somente poderão ser divulgadas de forma anônima e serão mantidas
na FISMA, Rua Presidente Vargas, no prédio Wilson Aita- Santa Maria- RS, por um período
de cinco anos, sob a responsabilidade da coordenação do curso de psicologia. Após esse
período, os dados serão destruídos.
Este projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM
em ..../..../...... e recebeu o número Caae.......................................

___________________________________________
Pesquisador responsável

Santa Maria, 2017


30

ANEXO B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do projeto: A lei da inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista


e a Prática: um estudo de caso em uma escolas regular de Santa Maria/RS.
Pesquisador responsável: Profª. Orientadora Msª Jéssica Jaíne Marques de Oliveira
Acadêmica Pesquisadora: Janaina Gonçalves do Nascimento
Instituição: Faculdade Integrada de Santa Maria.
Telefone e endereço: 055 30259725, Rua Presidente Vargas, no prédio Wilson Aita -
Santa Maria - RS
Local de coleta dos dados: Escola Estadual de Educação Olavo Bilac

Eu, Jéssica Jaíne Marques de Oliveira, responsável pela pesquisa, “A lei da inclusão
de Pessoas com Trantorno do Espectro Autista e a Prática: um estudo de caso em uma escola
regular de Santa Maria/ RS.” E convidamos a participar como voluntario desse nosso estudo.
Esta pesquisa tem como objetivo verificar como se da à prática inclusiva para pessoa
com transtorno do espectro autista, a partir do conhecimento da legislação 12.764/12, que diz
a respeito à inclusão desse público o propósito e facilitar o processo inclusivo, devido ao
número expressivo de pessoas com TEA nas escolas. Para sua realização será feito o seguinte:
aplicação do instrumento da coleta de dados através de questionário de pergunta. Sua
participação constará de responder ao questionário semiestruturado.
Caso aconteça algum risco, como por exemplo, algum constrangimento durante a
aplicação da pesquisa os participantes serão encaminhados para a Clínica-Escola Maiêutica da
FISMA. Os benefícios esperados são possibilitar um espaço para discussão sobre os métodos
utilizados com pessoas transtorno espectro autistas, a fim de auxiliar no processo de
inclusão.
Durante todo o período da pesquisa você terá a possibilidade de tirar qualquer
dúvida ou pedir qualquer outro esclarecimento. Para isso, entre em contato com um dos
pesquisadores ou com o Conselho de Ética em Pesquisa.
Você tem garantida a possibilidade de não aceitar participar ou de retirar sua
permissão a qualquer momento, sem nenhum tipo de prejuízo pela sua decisão. As
31

informações desta pesquisa serão confidenciais e poderão divulgadas, apenas, em eventos ou


publicações, sem a identificação dos voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo,
sendo assegurado o sigilo sobre sua participação.
Os gastos necessários para a sua participação na pesquisa serão assumidos pelos
pesquisadores. Fica, também, garantida indenização em casos de danos comprovadamente
decorrentes da participação na pesquisa.
Autorização
Eu, _______________________________________________________após a leitura
ou a escuta da leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o
pesquisador responsável, para esclarecer todas as minhas dúvidas, estou suficientemente
informado, ficando claro para que minha participação é voluntária e que posso retirar este
consentimento a qualquer momento sem penalidades ou perda de qualquer benefício. Estou
ciente também dos objetivos da pesquisa, dos procedimentos aos quais serei submetido, dos
possíveis danos ou riscos deles provenientes e da garantia de confidencialidade, bem como de
esclarecimentos sempre que desejar. Diante do exposto e de espontânea vontade, expresso
minha concordância em participar deste estudo.

_____________________
Assinatura do voluntário

________________________________________

Assinatura do responsável pela obtenção do TCLE

Santa Maria, RS.


2017
32

ANEXO C

TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL

Eu, Janaína Strenzel, abaixo assinado, responsável pela Clínica Escola Maiêutica da
Faculdade Integrada de Santa Maria, autorizo a realização do estudo de pesquisa A lei da
Inclusão de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista e a prática : um estudo de caso em
uma escola regular de Santa Maria/RS . Conduzido pelos pesquisadores Jéssica Jaíne
Marques de Oliveira e Janaina Gonçalves do Nascimento, fui informado pelo responsável do
estudo, sobre as características e objetivos da pesquisa bem como das atividades que serão
realizadas na instituição a qual represento.

Esta instituição está ciente de suas responsabilidades como instituição co-participante


do presente projeto de pesquisa e de seu compromisso no resguardo da segurança e bem-estar
dos sujeitos de pesquisa nela recrutados, dispondo de infraestrutura necessária para a garantia
de tal segurança e bem-estar.

_________________________________________

Janaína Strenzel

Santa Maria /Outubro de 2017


33

ANEXO D

AUTORIZAÇÃO CLINICA ESCOLA MAIÊUTICA

FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA/ FISMA

CURSO DE GRADUAÇAO EM PSICOLOGIA

Projeto de pesquisa: A lei da inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro


Autista e a Prática: um estudo de caso em uma escolas regular de Santa Maria/RS .
Pesquisador responsável: Prof. Orientadora Msª Jéssica Jaíne Marques Oliveira
Pesquisador: Janaina Gonçalves do Nascimento
Instituição: Faculdade Integrada de Santa Maria
Telefone e endereço: 055 30259725, Rua Presidente Vargas, no prédio Wilson Aita-
Santa Maria- RS
Local de coleta dos dados: Escola Estadual de Educação Olavo Bilac
Eu..........................................................................CPF.....................................................
................................. e ..........................................docente do curso de Psicologia da
Faculdade Integrada de Santa Maria – FISMA me comprometo em prestar atendimento
psicológico aos participantes da pesquisa intitulada: A lei da inclusão de pessoas com
Transtorno do Espectro Autista e a Prática: um estudo de caso em uma escolas regular de
Santa Maria/RS .
a mobilização subjetiva no trabalho de autoria da acadêmica Janaina Gonçalves do
Nascimento, caso surja algum sentimento que causa desconforto durante aplicação dos
instrumentos previsto nas pesquisas. Para tanto, os participantes da pesquisa que
necessitarem de auxilio psicológico serão atendidos na Clinica–Escola Maiêutica de
psicologia, localizada no 5°andar da policlínica provedor prédio Wilson Aita, na avenida
Presidente Vargas, n° 2355, Centro, Santa Maria- RS, pertence a Faculdade Integrada de
Santa Saria – FISMA, telefone (55) 3026 9612.

Profª. Co-orientadora Patricia Lucion Roso _______________________________

Acad. de Graduação de Psicologia________________________________________


Janaina Gonçalves do Nascimento________________________________________
Santa Maria/RS 2017
34

APENDICE 1

Questionário

Em caso de você sentir desconfortável durante a entrevista você terá garantida a


possibilidade de não aceitar participar ou de retirar sua permissão a qualquer momento, sem
nenhum tipo de prejuízo pela sua decisão. As informações desta pesquisa serão confidenciais
e poderão divulgadas, apenas, em eventos ou publicações, sem a identificação dos
voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo, sendo assegurado o sigilo sobre sua
participação.

1. A inclusão é um direito garantido pela lei?


( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

2. Você conhece o publico alvo da inclusão escolar, nas escolas regulares?


( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

3.Você já teve contato com pessoas do transtorno do espectro autista?

( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

4. Você conhece as principais características de uma pessoa com transtorno autista? Dentre as
características abaixo, marque as três principais que você acha que a pessoa com TEA
apresenta?

( ) Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;


( ) Riso inapropriado;
( ) Pouco ou nenhum contato visual;
( ) Aparente insensibilidade à dor;
( ) Preferência pela solidão; modos arredios;
( ) Rotação de objetos;
( ) Inapropriada fixação em objetos (apalpá-los insistentemente, mordê-los);
( ) Perceptível iteratividade ou extrema inatividade;
35

( ) Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;


( ) Insistência em repetição, resistência em mudança de rotina.
( ) Dificuldade em se comunicar;
( ) Comportamentos estereotipados;
( ) Não fala;
( ) Déficit sensorial;
( ) Vive no seu mundo;

5. Você se sente preparado (a) para uma inclusão de uma pessoa com Transtorno do Espectro
Autista?

( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

6. Você sente dificuldades e desafios na escola para o trabalho com a inclusão escolar?

( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

7. No seu ponto de vista, a escola se encontra preparada para receber uma pessoa com TEA?

( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

8. A escola tem atendimentos em sala de recursos para essas pessoas com TEA?

( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

9. Você sabia que existe uma lei para a inclusão de pessoas com TEA?

( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.
36

10. Você conhece os direitos que a pessoa com TEA possui a partir da lei 12.764/2012 ?

( ) Sim.
( ) Em partes.
( ) Não.

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