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670-95 - HP17816664505613
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Sobre o Autor
Meu nome é José Sérgio Marcondes, sou Especialista em
Segurança Empresarial, Gestor, Professor e Consultor Sênior em
Segurança Privada. Ex-sargento Exército Brasileiro, Profissional
de Carreira na Segurança Privada, com mais de 30 anos de
serviços no seguimento da segurança privada.
Sumário
Introdução .................................................................................................................... 9
Capítulo 1 .................................................................................................................. 13
Capítulo 2 .................................................................................................................. 32
Departamentalização .......................................................................................... 40
Capítulo 3 .................................................................................................................. 50
Capítulo 04 ................................................................................................................ 73
Títulos ................................................................................................................ 74
Capítulo 5 .................................................................................................................. 83
Capítulo 6 .................................................................................................................. 99
Introdução
Muitas pessoas tem dúvidas sobre a profissão de gestor de segurança privada,
principalmente no que se refere a formação, área de atuação, atribuições e
responsabilidades do gestor de segurança. Nesse sentido, esse livro busca trazer uma
abordagem geral sobre a profissão de gestor de segurança privada. Ele aborda os
principais conceitos, definições, funções, responsabilidades, habilidades e competências
relacionados a profissão, além de muitos dicas para ter sucesso na carreira de gestor de
segurança privada.
Nesta ocasião foi incumbido aos Governos Estaduais, por meio das suas secretarias de
segurança, aprovar o sistema de segurança de cada instituição financeira e, por meio de
suas polícias, instruir os componentes da vigilância ostensiva.
Por muito tempo, fazia parte dos requisitos para ocupar o cargo de chefe de segurança
das organizações e até dono de empresa de segurança, ter sido oficial ou graduado das
forças armadas ou das policias dos Estados.
ou licenciatura: de dois a três anos. Da mesma forma que os demais cursos superiores,
o curso tecnólogo precisa de diploma de conclusão do Ensino Médio para que o
estudante possa ingressar. Buscando atender ao mercado de trabalho cada vez mais
exigente e competitivo, os centros acadêmicos passaram a formar e qualificar
profissionais como gestor de segurança tendo em vistas as necessidades e exigências
empresariais, com base nas teorias gerais da administração e cultura do mundo
corporativo.
Capítulo 1
De modo geral, podemos dizer que Drucker caracteriza gestão como uma tentativa de
moldar o cenário econômico e planejar, iniciar e executar transformações nesse cenário,
minimizando a distância entre o possível e o desejável. Sendo assim, a função do gestor
ultrapassa os objetivos de setores específicos para atingir os objetivos de cunho geral.
Nesse contexto, o gestor deve estar atento para além da mecanicidade sistematizada
oferecida pela profissão, deve ser uma pessoa de trato humano aguçado, sensível e, de
certa forma sentimental. Capaz de compreender sua equipe, mesmo quando os
problemas extrapolam a fronteira do trabalho.
Espera-se que o gestor planeje, organize, lidere e controle pessoas dentro de uma
organização a fim de se atingir objetivos. Que motivem pessoas e equipes, que sejam
líderes e que identifiquem, reconheçam e promovam mudanças. Que utilizem a
informação para tomar decisões que afetem direta ou indiretamente a eficácia das
operações da organização.
Praticam a gestão todos aqueles que estão diante do desafio de conduzir recursos
financeiros, administrativos ou humanos, sejam próprios ou de terceiros. O papel de
gerir é fundamental para o planejamento, organização, direção e controle das empresas
que desejam destaque no mercado, e essa autoridade se destaca principalmente através
do caráter e da influência que o líder estabelece sob os seus liderados. Hoje, mais do
nunca, é possível o gestor ser uma influência positiva, tanto na vida profissional quanto
na vida pessoal do colaborador, assim como também é possível o gestor transformar
histórias de insucesso em histórias de sucesso (HUNTER, 2004).
Espera-se que o gestor planeje, organize, lidere e controle pessoas e organizações. Que
motivem pessoas e grupos, que sejam líderes e que sintam, reconheçam e promovam
mudanças. Que utilizem a informação para tomar decisões que afetam direta ou
indiretamente a eficácia das operações da organização. Assim, a função do gestor se
relaciona naturalmente com os objetivos da gestão, que são procurar rentabilizar os
recursos de forma a atingir ou superar os resultados planejados. De forma resumida, o
gestor pratica a gestão visando o atingimento de objetivos organizacionais.
O que é Gestão?
Donnelly et al (2000) consideram a gestão como um processo, levado a cabo por um ou
mais indivíduos, de coordenação das atividades de outra pessoa, com o objetivo de
alcançar resultados que não seriam possíveis pela ação isolada de uma pessoa. Teixeira
(1998) afirma que a gestão é um processo onde se consegue obter resultados (bens ou
serviços), através do esforço de outro. Em síntese, a gestão é um processo utilizado por
pessoas de forma a atingir os objetivos delineados nas organizações. Estas pessoas que
utilizam o processo da gestão são denominadas gestores.
Já, o gestor ou gestora é o profissional responsável pela gestão. Ele pode ser um dos
sócios do negócio, como pode ser alguém contratado para essa missão. É o responsável
por planejar, organizar e dirigir, o trabalho de um grupo de indivíduos, monitorando o
trabalho e tomando medidas corretivas quando necessário.
Segundo Oliveira, Perez Jr e Silva (2010, p. 123) a palavra gestão “deriva do latim
gestione e significa gerir, gerência, administração. Onde administrar é planejar,
organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objetivo. ” Percebe-
se diante desse ponto de vista que este termo é a ação que leva a empresa a atingir os
objetivos almejados.
Enquanto que a administração tem seu foco no negócio da empresa como um todo, a
gestão atua a nível departamental, focando na obtenção resultados nas diversas áreas
que sustentam o funcionamento da empresa.
A gestão empresarial implica, acima de tudo, em tomar decisões. Decidir que objetivos
atingir, e qual a sua hierarquia em termos de relevância. Saber qual o caminho a seguir,
isto é, que estratégias e técnicas aplicar, como organizar os recursos humanos,
financeiros, informacionais, e materiais, como dirigir os colaboradores e finalmente,
como analisar se os objetivos estão ou não sendo atingidos de acordo com o planejado.
Para, Guerreiro (1989, p. 229 apud PEREIRA 2001, p. 57) a “gestão eficaz configura-
se com base na garantia da continuidade da empresa, proporcionando-lhe seu
desenvolvimento e otimização de seus resultados, sob quaisquer circunstâncias que
influenciem seu desempenho hoje e no futuro.”
O processo de gestão caracteriza-se como a etapa onde os planos são projetados, com
base nas definições estipuladas no modelo de gestão. Figueiredo e Caggiano (1997)
observam que este processo deverá assegurar que as decisões tomadas pela empresa
promovam o cumprimento da missão e proporcionem a continuidade do
empreendimento. O processo inicia se no planejamento, compreendendo todas as etapas
de execução das atividades, bem como o seu controle, além de servir como ferramenta
para assegurar a realização dos planos traçados.
1. Processo de Planeamento
Os planos de gestão empresarial devem ser definidos em termos precisos, de tal modo
que sirvam de guias claros para os gestores e demais pessoas envolvidas, estabelecendo
a forma a forma como a empresa se irá desenvolver no futuro.
O bom gestor deve entender e saber lidar com os diferentes tipos de planejamentos, uma
vez que eles se inter-relacionam, causando uma dependência mútua. O planejamento
organizacional como uma função administrativa se distribui entre todos os níveis da
empresa. Cada qual dentro de sua área de competência, mas sempre em prol dos
objetivos principais da empresa.
a) Planejamento Estratégico
O planejamento estratégico define a missão, a filosofia/ valores, visão e os objetivos
estratégicos da organização, considerando os fatores externos e internos. É realizado no
âmbito institucional, apresenta um horizonte de tempo de longo prazo e uma
abrangência global. É onde são definidas as estratégias empresariais que serão adotadas
a longo prazo pela organização para atingir seus objetivos institucionais. Permite às
organizações reagirem rapidamente às turbulências do meio ambiente que atuam,
explorarem as oportunidades e desenvolverem novas técnicas de administração. É
responsabilidade da diretoria e abrange toda a organização.
b) Planejamento Tático
De acordo com Oliveira (2006, p.48) “[…] o planejamento tático tem por objetivo
otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto,
trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no
planejamento estratégico[…]”.
Planos de marketing;
Planos de produção;
Planos financeiros;
Planos de recursos humanos;
Planos de Segurança;
Etc.
c) Planejamento Operacional
O planejamento operacional pode ser definido como a materialização prática para a
realização dos objetivos definidos no planejamento estratégico. Nele são estabelecidos
as responsabilidades, os recursos humanos, os recursos financeiros e os recursos
materiais e o cronograma de trabalho. É nesta etapa que a empresa organiza, identifica
e escolhe as alternativas operacionais viáveis à execução das metas estabelecidas no
planejamento estratégico. Estas alternativas operacionais são os recursos, os
procedimentos, os produtos, os prazos e os responsáveis pela a execução do plano.
Normalmente o planejamento operacional é elaborado pelos níveis operacionais da
empresa, focando basicamente nas atividades do dia-a-dia e corresponde a formalização
das metodologias de desenvolvimento e implementação já estabelecidas, criando as
condições adequadas para sua execução. O planejamento operacional corresponde
ainda a um conjunto de partes do planejamento tático Segundo Maximiano (2004,
p.146) o processo de planejamento operacional compreende as seguintes etapas:
É um plano de curta duração que tem a função de controlar as rotinas de uma unidade
da organização. Os responsáveis pelo planejamento operacional estão inseridos abaixo
do nível tático. Incluem analistas, supervisores, coordenadores etc., que são
responsáveis pela coordenação das rotinas operacionais.
2. Processo de Organização
Componentes da Organização
1. Tarefas - divisão do trabalho, provocando a especialização de atividades e de
funções.
2. Pessoas - Considera-se as habilidades, aptidões, interesses, experiências e prática e
o comportamento de cada pessoa.
3. Departamentos - O trabalho e as pessoas são agrupados em departamentos, que por
sua vez, são dispostos em níveis hierárquicos. A departamentalização é determinada
de acordo com os critérios de melhor atendimento aos objetivos empresariais.
4. Relações - Entre as pessoas e o trabalho, relacionamento entre uma pessoa com
outras situadas em setores diferentes da empresa, relacionamento informal entre os
participantes em situações fora do trabalho, etc.
3. Processo de Direção
4. Processo de Controle
b) Avaliação de Desempenho
Esta etapa é necessária para comparar o que Chiavenato (2000) denomina “desvios ou
variações”. É um passo bastante interpretativo, sendo denominado inclusive por alguns
autores da ciência da administração como “avaliação”. É este, por exemplo, o caso de
Ferreira e Souza (2001, pág. 100). Os autores reconhecem a necessidade de solidez nos
passos anteriores para evitar equívocos interpretativos.
Segundo Chiavenato (2000, pág. 208), “a ação corretiva visa fazer com que aquilo que
é feito seja feito exatamente de acordo com o que se pretendia fazer”. Mas Ferreira e
Souza (2001, pág. 101) têm uma visão mais atual sobre este ponto. Segundo os autores,
“uma decisão fundamental deve ser tomada no caso da ocorrência de divergências entre
os padrões adotados e os resultados alcançados: buscar-se a melhoria dos resultados ou
a revisão dos padrões de desempenho adotados”. Esta ideia de melhoria contínua
também é defendida por Sousa (2001), ao afirmar que “o objetivo da avaliação
institucional é estimular a ação”, mas não somente uma ação reativa. A autora enfatiza
a utilização dos resultados e recomendações inclusive para estimular novos esforços de
planejamento em decorrência de um feedback. É esta a essência de ambos. As principais
correntes teóricas da administração e do campo da avaliação institucional estão cientes
que seus esforços devem gerar ação corretiva, entretanto também reconhecem que neste
processo podem existir deficiências que atrapalham os resultados plenos do controle e
avaliação. É isso o que pensam Ferreira e Souza (2001) a respeito da interpretação do
desempenho verificado, e Bastos Filho (2002) a respeito da inadequação de indicadores
de desempenho na avaliação institucional, conforme exposto a seguir:
Capítulo 2
Para o autor, Etzioni (1989), a base da organização é ser uma unidade social, onde os
objetivos organizacionais têm várias funções, entre elas:
Estrutura Organizacional
Oferecem aos funcionários uma rápida visão geral da empresa como um todo e
mostra-os onde suas funções se encaixam na empresa;
Explica os relacionamentos hierárquicos dentro da organização;
Mostra as relações entre as diferentes áreas da empresa;
Melhora a comunicação;
Auxilia a administração conforme dimensionam a empresa e administram seu
crescimento.
a) Estrutura Formal
b) Divisão do Trabalho
Por mais que busquemos a sinergia nas organizações, a divisão do trabalho é um dos
símbolos para a formalização da estrutura organizacional das empresas. A divisão do
trabalho é o princípio que divide o trabalho entre seus componentes, designando aos
membros de um grupo o que cada um pode realizar. Mesmo que cada pessoa tentasse
realizar sozinho o trabalho todo, ficaria impossibilitado pelo grande número de tarefas
que a operação de uma entidade exige.
c) Burocracia
d) Desenho Organizacional
O denominado tipo de Linha ou linear é considerado um dos modelos mais antigos, pois
já era utilizada pelos exércitos antigos e outras organizações medievais tais como as
religiosas e eclesiásticas (Igreja Católica). Tem a forma piramidal ou verticalizada, na
qual deixam claras as linhas de autoridade, comando, comunicação, ordem e obediência.
Incluem também como características a centralização, as regras e sistemas de punições.
Fazem referência aos departamentos de uma organização que desempenham atividades
mais intimamente relacionadas a sua missão ou propósito.
Entre os fatores, que seriam responsáveis pela dinamicidade dos modelos estruturais,
Hall (2004) indica tamanho, tecnologia, ambiente e escolha estratégica; ressaltando,
entretanto, que as organizações não respondem a esses automaticamente ou
aleatoriamente. Esses fatores combinados com aspectos estruturais como a
complexidade, formalização e centralização, dentro de um específico contexto
histórico-social, definem a estrutura de uma organização.
Vários são os estudos sobre formas organizacionais que nos permitem constatar a
inexistência de uma estrutura organizacional única que se mostre efetiva e funcional
Além disso, é fato que as organizações nem sempre adotam as estruturas com base
somente em suas condições impessoais como: idade/tamanho, sistema técnico e/ou as
características de seu ambiente. Fatores de poder também interferem no delineamento
da estrutura, principalmente a presença de controles externos à organização, as
necessidades pessoais de seus diversos membros e a moda do dia, internalizadas na
cultura onde a organização está inserida (MINTZBERG, 2003).
Departamentalização
Departamentalização Funcional
Diretor
Gerência de
Gerência de Gerência Gerência de
Recursos
Produção Financeira Marketing
Humanos
Figura 8 - Departamentalização Funcional
Vantagens:
Desvantagens:
Assim denominada pela forma como são agrupadas as funções associadas a uma única
linha de produto. É criada para transformar a organização em tamanho menor e tornar
Diretor Geral
Gerência da
Gerência da Gerência da
Divisão
Divisão Têxtil Divisão Química
Farmcêutica
Vantagens:
Desvantagens:
Departamentalização Territorial
Diretor Geral
Filial Centro
Filial Norte Filial Nordeste
Oeste
Este tipo de departamentalização traz como vantagem uma divisão focalizada nas
necessidades específicas da região, como a cultura, tradições, costumes e valores, porém
apresenta como ponto negativo a exigência de um grau considerável de coordenação e
controle da administração em cada região. Chiavenato (2006, p. 119) destaca que esta
forma de departamentalização “é mais indicada para a área de produção (operação) e de
vendas, sendo pouco utilizada pela área financeira, que nem sempre permite
descentralização”.
Diretor
Comercial
Este modelo de departamentalização apresenta como sua maior vantagem ser adaptável
a uma clientela em particular. Como desvantagens têm-se:
Fabricação
Bancos
Departamentalização Matricial
Gerente
Geral
Acessoria Secretaria
Adm Adm
Engenharia Comunicação
Financeira Produção
Projeto 01
Projeto 02
Vantagens:
Desvantagens:
Nível Estratégico
Diretores
Nível Tático
Gerentes
Nível Operacional
Supervisores e
executores
Nível Operacional
Nível Tático
Neste nível é realizado a gestão intermediaria (gestão tática) que se caracteriza pela
motivação de recursos e elaboração de planos e programas específicos relacionados com
departamentos, visa resultados de médio prazo. Trata-se do nível administrativo
gerencial (tático), responsável por articular internamente o nível institucional com o
nível operacional da organização. É composto pelos gerentes, onde as decisões são
tomadas em um grau mais baixo do que as decisões da diretoria.
orientação específica para os gerentes com relação ao que se espera que alcancem.
Idealmente, se cada gerente atinge suas metas, toda a organização cumpre seus
objetivos.
Nível Estratégico
Capítulo 3
Schermerhorn Jr. (1996) em seu livro Administração, define o gestor como: alguém
responsável pelo desempenho do trabalho de uma ou mais pessoas numa organização.
Atuando em posições com uma variedade de títulos (como supervisor, gerente, chefe de
divisão, diretor e outros), Gestores são pessoas a quem outras pessoas se reportam. A
tarefa de todo gestor se vincula a uma responsabilidade principal: ajudar uma
organização a alcançar alto desempenho, otimizando a utilização de todos os seus
recursos, tanto humanos quanto materiais. Isso é conseguido pelo processo de Gerência.
Segundo Boog (1991, p.15), “o termo gerencia não significa apenas o título de cargo ou
posição hierárquica; antes, representa o conjunto de responsáveis por resultados com
pessoas e com inovação”. Para Motta (2001, p.26), “a Gerência é a arte de pensar, de
decidir e de agir; é a arte de fazer acontecer, de obter resultados”.
Segundo Drucker (1998), raramente na história humana uma instituição emergiu tão
depressa quanto a Gerência, ou teve um impacto tão grande, com tanta rapidez. Em
menos de 150 anos, a Gerência transformou o tecido social e econômico dos países
desenvolvidos do mundo. Ela criou uma economia global e estabeleceu novas regras
para os países que iriam participar como iguais daquela economia. E também foi
transformada.
Competências Gerenciais
O gestor é um gerente de incertezas e, como tal, sua função corre o risco permanente da
desestruturação. Desse modo, cada vez mais o desempenho da função gerencial depende
de uma constante análise das diversas situações do dia-a-dia. Sua competência não pode
estar contida nas pré-condições da tarefa; o gestor precisa sempre mobilizar recursos
para resolver as novas situações de trabalho, assumindo uma postura dinâmica,
diagnosticadora, intervindo proativamente e antecipando-se aos acontecimentos. Ele
deve ser eficaz, eficiente e efetivo, ao exercer sua função.
Cabe ao gestor, segundo Mattos (1991), buscar ser eficiente na administração dos meios
materiais, financeiros e humanos; eficaz no alcance dos objetivos setoriais empresariais
e efetivo, estando sintonizado às peculiaridades de sua realidade, de modo a solucionar
e/ou evitar problemas, utilizar-se de oportunidades presentes e preparar-se para
oportunidades ou ameaças futuras. Para isso, é necessário que o gestor tenha
conhecimento específico do próprio trabalho gerenciado; conhecimento e habilidades
sobre o ato de planejar, organizar, controlar, administrar recursos, tempos e conflitos,
desenvolver os recursos humanos, lidar com outras pessoas isoladamente e em grupos
e que tenha conhecimento e habilidades de negociação e conquiste espaços decisórios.
Para que o gestor seja eficaz, eficiente e efetivo, Gramigna (s.d.) sugere que o gerente
mapeie seu campo de domínio de competências, através da Árvore das Competências
Gerenciais, que será descrita a seguir.
Para traçar uma árvore, é necessário compreender cada um dos componentes de uma
Competência, os quais serão especificados a seguir.
a) Atitudes
b) Conhecimento
c) Habilidades
Segundo Robbins (1999, p.3), “no início deste século, um industrial francês chamado
Henri Fayol escreveu que todo os gerentes executam cinco funções gerenciais: eles
planejam, organizam, comandam, coordenam e controlam. Atualmente, estas funções
foram condensadas em quatro: planejamento, organização, liderança e controle.”
Assim como Robbins (1999), Schermerhorn Jr. ( 1996) e Boog (1991), também definem
essas quatro competências como sendo básicas a todos gestores. Para Robbins (1999,
p.3), as competências básicas gerenciais podem ser definidas da seguinte forma:
Chiavenato (2002) salienta que uma pesquisa recente revelou que alguns gestores
excelentes – fazem coisas diferentes da média. Eles se sobressaem dos demais gestores
em quatro aspectos básicos e fundamentais. Essas quatro chaves da função gerencial
podem ser correlacionadas com resultados da empresa, como lucratividade,
produtividade, segurança, retenção e lealdade do cliente.
las ao máximo. Ele é um condutor de talentos. Mesmo com uma equipe média, onde
não haja qualquer grande expoente, o gestor excelente sabe orquestrá-la e integrá-la para
alcançar o máximo dela. Por outro lado, sabe também avaliar os pontos fracos e
incentivar os subordinados a corrigi-los ou ultrapassá-los. Ele é um treinador. Em suma,
o gestor excepcional sabe utilizar plenamente os recursos pessoais de sua equipe, bem
como corrigir suas inadequações e fraquezas. Isso requer alta dose de percepção
humana.
A quarta chave é buscar a adequação correta dos três aspectos acima. Trata-se da
sintonia fina ou de compor o conjunto ótimo. Isso significa criar uma cultura de
excelência e desenvolver na equipe uma mentalidade de sempre se aperfeiçoar e
melhorar continuamente. Saber reunir talentos, definir resultados certos e focar as forças
e competências disponíveis. Essa é a adequação correta.
Gestores excepcionais conseguem fazer essas três coisas juntas, de modo que cada uma
delas promova e impulsione as outras. Eles conseguem criar e promover uma cultura,
onde as pessoas são escolhidas pelo seu talento, motivadas pela tarefa que executam e
incentivadas pelos resultados que alcançam. O papel de cada pessoa decorre de suas
fortalezas e competências pessoais. Assim, as pessoas são avaliadas pelas suas
contribuições tanto à equipe, como ao cliente ou à empresa como um todo.
Para Chiavenato (2002), as quatro chaves da função da gerência requerem alta dose de
coerência. Cada uma delas deve ser visualizada no conjunto, sob o ponto de vista
comportamental e financeiro. As quatro chaves melhoram o desempenho das pessoas
Selecionar
e escolher
talentos
Adequação
Definir os
resultados Foco nas
a serem fortalezas
alcançados
Para Matos (1995), espera-se, hoje, da gerência, um elenco novo de posturas: o gestor é
gerente da empresa, não de um setor exclusivo, como ocorre habitualmente; é o elo vivo
da cadeia de comunicações e um agente de integração e solidariedade grupais. Visa ser
líder, buscar contribuição criativa e a ação grupal consistente e coerente. Não deve ser
autocrata e opressor; desenvolve-se e desenvolve sua equipe, adaptando a organização
às exigências das mudanças e tendo uma postura de educador. Responde aos desafios
da situação, com visão global, voltando aos reclamos do mercado e às exigências da
clientela, procurando sempre melhor satisfazê-la, através da efetividade organizacional.
Mattos (1991, p.12) enfatiza que, “o desempenho da função gerencial exige de seu
ocupante atitudes, conhecimento e habilidades em, pelo menos, quatro dimensões:
técnica, administrativa, psicossocial e política”.
Não ser um especialista estreito e, portanto, ter uma visão larga de negócios;
Delegar ao invés de dar ordens;
Negociar com habilidade, procurando identificar potenciais e superposições de
interesses antagônicos;
Saber ouvir, observar e aprender;
Encorajar a experimentação, estimulando a inovação e a criatividade nas pessoas,
não criando um ambiente onde o risco seja evitado;
Assegurar, aos trabalhadores, recursos e a autoridade para que tomem as decisões
que afetam o seu dia-a-dia;
Gerenciar pessoas e fatores sobre as quais não tem controle ou o tem apenas de
forma parcial;
Capacidade de conviver com o novo e com o inesperado, onde predominam a
ambiguidade e a complexidade;
Habilidade de trabalhar com grupos, inclusive com formações e conhecimentos
diferentes;
Disposição para trabalhar duro, com energia, continuamente.
Habilidade em assuntos de relações entre pessoas.
Segundo Drucker (1998), no mínimo, o trabalho dos gestores na Nova Era (época em
que se vive, desde o final do século passado), deverá gerar recursos para conceber e
executar estratégias; compartilhar e proteger a prosperidade intelectual; administrar a
interface público/privado e proporcionar liderança intelectual e administrativa. Eles
deverão criar uma agenda competitiva e compartilhada para toda a Organização;
concentrar-se em mudar a dinâmica dos setores de mercado, alavancar os recursos da
Organização; criar um sistema flexível, capaz de reestruturar recursos para tratar
oportunidades emergentes e desenvolver uma capacidade global. Para que esses
objetivos se realizem, o gestor da Nova Era deve ter as seguintes características:
Segundo Dias (2001), o gestor deve ter capacidade de Gestão de Equipes; Gestão do
Desempenho; Foco no Potencial Humano; nos Resultados, na Articulação Interna e
Externa e na Mudança; Autodesenvolvimento; Autogestão, Ética e Transparência.
oportunidades para que elas contribuam com ideias e buscando mecanismos para
aperfeiçoar a Política de Recursos Humanos da Organização.
Foco nos resultados: refere-se à capacidade do gestor de maximizar os resultados e
de agir proativamente, identificando tarefas prioritárias; antecipando-se às
necessidades e aos problemas; combatendo erros e desperdícios; coordenando as
atividades de sua unidade, para que tenha impacto positivo na atividade-fim da
Organização e engajando-se nas propostas de melhoria implementadas pela Alta
Administração.
Foco na articulação interna e externa: relaciona-se à capacidade do gestor de
formar coalizões internas e externas, visando à troca de experiências e à obtenção de
informações e de apoio para suas propostas, por meio de uma comunicação eficaz,
em que demonstre habilidade para sustentar opiniões, expor argumentos e aceitar
posicionamentos divergentes.
Foco na mudança: diz respeito à capacidade do gestor de impulsionar e de liderar a
mudança, reconhecendo oportunidades, ameaças, forças e fraqueza da organização,
compreendendo como a organização interage com o ambiente externo, idealizando
o futuro, assumindo riscos, buscando novas oportunidades para agir, propondo e
incentivando a adoção de novas metodologias de trabalho e estimulando a
criatividade.
Autodesenvolvimento e autogestão: refere-se à capacidade do gestor de
gerenciar a si próprio, assumindo a responsabilidade pelo seu crescimento pessoal
e desenvolvimento profissional; buscando atualização na sua área de atuação;
aprimorando suas competências; solicitando feedback sobre o seu desempenho;
demonstrando disposição para buscar informações em situações inusitadas;
administrando seu tempo adequadamente e engajando-se em ações que
contribuam para o seu bem-estar.
Ética e Transparência: relaciona-se à capacidade do gestor de honrar seu
compromisso com a Organização e a sociedade da qual ele faz parte, fazendo
Senge (1990) apresenta cinco disciplinas importantes para que o gestor possa
desempenhar adequadamente suas habilidades ou competências, dentre as quais se
destaca a disciplina domínio pessoal, que significa ter poder ou autoridade sobre si
próprio, resultando em liberdade para determinar sua visão e propósitos pessoais, bem
como ter influência sobre sua realidade e liberdade para comprometer-se com a
transformação desta realidade em direção à sua visão pessoal. A essência desta
disciplina é aprender a gerar e sustentar a tensão criativa. O autor também enfatiza que
a partir da adoção de uma postura que transmita confiança e credibilidade, legitimada
por uma prática condizente com o discurso, o gestor deve aguçar algumas habilidades
ou competências, elencadas a seguir:
Ouvir: prática de valorizar o outro e aprender com ele, para que as decisões
tomadas reflitam o anseio da equipe.
Conciliar: buscar a comunhão da equipe e atentar para as relações interpessoais
que se estabelecem no trabalho.
Facilitar: criar espaço propício à criatividade e valorizar as contribuições
espontâneas.
Estimular: valorizar tarefas bem executadas, dar exemplos a serem seguidos,
incentivar a superação e o crescimento profissional, acolher as sugestões, ainda
que não venham a ser implantadas.
Refletir: propor questões ao grupo para a busca de alternativas não pensadas e
pontos de vista diferentes.
Instigar: negociar sempre, dentro das possibilidades, a superação de metas e o
aperfeiçoamento do processo produtivo.
Colaborar: disponibilizar-se para a equipe, na busca de alternativas e na
elaboração de planos de ação.
Senge (1999) salienta que os gestores/líderes não têm o papel de conduzir as pessoas
para a mudança, mas, sim, de criar ambientes organizacionais que inspirem, suportem e
alavanquem a imaginação e a iniciativa que existe em todos os níveis.
Drucker (1998, p.75) salienta que “o verdadeiro trabalho do gestor requer que ele ataque
o problema de se elevar sistematicamente a eficácia da empresa – com um plano de
ação, com um método de análise e com o conhecimento dos instrumentos de que ele
necessita”.
É importante salientar, também, que cada vez mais se espera que os gestores, com toda
razão, facilitem produções de alto desempenho, enquanto mantêm a qualidade de vida
no trabalho para os trabalhadores. Schermerhorn Jr. (1996) considera uma vida de
trabalho de alta qualidade aquela que oferece ao indivíduo coisas como: remuneração
adequada e justa por um trabalho bem-executado; condições de trabalho seguras e
saudáveis; oportunidades para aprender e usar novas habilidades; espaço para crescer e
progredir na carreira; proteção dos direitos individuais e orgulho do próprio trabalho e
da organização.
Segundo Shermerhorn Jr. (1996) o gestor também deve lidar com os conflitos nas suas
fases iniciais, identificando possíveis diferenças e preparando planos de ação
adequados; removendo barreiras e concentrando-se nas fontes do conflito. O gestor
eficaz previne uma série de conflitos pelo planejamento e reconhece oportunidades nos
que surgem. Nesses casos, aplica as modalidades de resolução de conflitos mais
adequadas, procurando tirar sempre o máximo proveito da situação, em benefício dos
membros de sua equipe de trabalho e dos objetivos da Organização. Deve agir
procurando minimizar o conflito, o quanto antes possível, a fim de que diminuam seus
efeitos negativos sobre a equipe e a Organização.
Cockerill (1994), apudDias (2001) reforça que os gestores devem promover mudanças
estruturais, a fim de possibilitar que as suas organizações se adaptem às novas
condições. Segundo esse autor, os gestores devem fazer as coisas acontecerem, eles
devem introduzir a mudança. Esta mudança deve favorecer a melhoria do desempenho
organizacional e ter metas definidas. Além disso, é importante que as Competências
Capítulo 04
apenas pode ser utilizado como uma referência da profissão. A ausência de uma
regulamentação para a profissão de gestor de segurança privada acaba prejudicando a
inserção dos formados nos cursos superiores de gestão de segurança privada no mercado
de trabalho, uma vez que, atualmente não existe uma exigência legal que obrigue o
gestor de segurança ter uma formação superior em gestão de segurança privada, o que
permite que qualquer profissional atue na área, independente da sua formação
profissional ser ou não voltada para gestão da segurança privada.
Títulos
Formação e Experiência
o Elaborar orçamento;
o Controlar orçamento;
o Elaborar planilhas de custos;
o Propor desenvolvimento e/ou melhorias de produtos de segurança;
o Definir equipamentos de segurança;
o Selecionar fornecedores;
o Aprovar compras de equipamentos e serviços de segurança;
o Conferir materiais e serviços solicitados;
REALIZAR ANÁLISE DE RISCOS:
o Identificar riscos;
o Identificar vulnerabilidades;
o Classificar riscos;
o Identificar ameaças;
o Identificar impactos;
o Identificar probabilidade de sinistro;
o Identificar ativos a serem protegidos (tangíveis e intangíveis);
o Analisar trajeto;
COORDENAR ATIVIDADES DE INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL:
o Receber informações;
o Selecionar informações;
o Selecionar receptores das informações;
o Analisar informações;
o Propor ações preventivas e corretivas;
o Difundir informações;
o Simular cenários;
PRESTAR CONSULTORIA/ASSESSORIA:
o Identificar necessidades do cliente;
o Emitir parecer de segurança;
o Negociar contrato;
Todos são cursos superiores, tem o mesmo grau acadêmico e são reconhecidos pelo
MEC, porém possuem algumas diferenças entre eles. Primeiramente a duração do curso.
Como já mencionamos, o curso tecnólogo tem duração menor, de dois a três anos.
Enquanto isso, os cursos de bacharelado e licenciatura tem uma duração média de quatro
anos, podendo chegar até seis, como os de Medicina.
generalista e abrange uma formação mais ampla em uma grande área de conhecimento
e o curso de licenciatura tem como objetivo formar professores tanto para o Ensino
Fundamental quanto para o Médio.
A grade curricular também é uma diferença entre os três tipos de curso superior. O curso
tecnólogo tem uma grade mais objetiva, o bacharelado tem algumas disciplinas práticas,
mas sua grande maioria é teórica, enquanto que o de licenciatura tem disciplinas
voltadas para o campo da docência.
Engana-se quem ainda pensa que sucesso depende de sorte. No mercado de trabalho,
principalmente, a maior garantia de uma carreira de sucesso é o aperfeiçoamento
profissional. A dedicação constante à aquisição de conhecimento e ao desenvolvimento
de habilidades confere ao profissional um perfil diferenciado e competitivo.
Autoavaliação constante;
Atualização da prática profissional, conforme as demandas do mercado;
Desenvolvimento de novas competências e habilidades;
Enriquecimento do currículo;
Domínio de conhecimentos específicos;
Melhores oportunidades de trabalho.
Capítulo 5
De acordo com a Lei 7,102, cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio da Polícia
Federal ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e
Distrito Federal, conceder autorizações e fiscalizar as atividades da segurança privada
no Brasil. Atualmente a Portaria 3.233/2012 da Policia Federal disciplina as atividades
de segurança armada ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas
empresas que possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais que nelas
atuam, bem como regula a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos
financeiros.
Segurança Corporativa
A segurança corporativa é responsável por coordenar a segurança geral de uma empresa
em estreita coordenação com a gestão de negócios e todas as funções que se preocupam
com a segurança, proteção, continuidade de negócios e conformidade para salvaguardar
os negócios, interesses, pessoas, lucros e reputação e mitigar riscos. Também é
responsável por organizar e orientar todos os funcionários que fazem parte no sistema
de segurança por meio de suas ações diárias. Além de lidar com áreas de segurança
tradicionais, como elementos físicos, técnicos e humanos de proteção de pessoas e
propriedades, a segurança corporativa incorpora a segurança da informação,
continuidade de negócios e recuperação de desastres ao longo de todo o ciclo de vida
de produtos e processos de negócios para fornecer suporte real para atingir as metas de
negócios.
• Medidas anti-fraude;
• Investigações;
• Gestão de risco não financeiro;
• Gerenciamento de continuidade de negócios e recuperação de desastres;
• Gerenciamento de crise.
Controle Planejamento
Direção Organização
a) Nível estratégico:
b) Nível tático:
c) Nível Operacional:
Tendo em vista que o gestor não é um cargo e sim uma função. Como empregado de
empresas especializada ou possuidora de serviço orgânico de segurança, o gestor poderá
ocupar os cargos de direção, gerencia ou supervisão na organização.
Diretor de Segurança
Diretor de segurança é um cargo de nível estratégico, ou seja, ele atua na direção das
atividades da segurança. É o principal cargo de segurança numa organização e suas
responsabilidades incluem resolver e tomar decisões importantes, gerenciar os recursos
e operações gerais do departamento de segurança, e atuar como o ponto central de
comunicação entre a segurança e o diretor presidente e/ou conselho de administração.
Gerente de Segurança
Supervisor de Segurança
segurança. Caso essa área do negócio não seja bem administrada, todo o trabalho
estratégico e tático pode acabar desperdiçado.
O termo consultor vem do latim consultor, pode ser traduzido como aquele que dá ou
pede conselho. O consultor de segurança privada atua em uma organização fazendo
diagnósticos e recomendando soluções de segurança, em assuntos relacionados as
atividades da segurança privada.
O trabalho do consultor de segurança é dar suporte aos clientes nas tomadas de decisão
e criar estratégias que possam prever e minimizar as dificuldades e os riscos
identificados.
Levanta informações;
Mapeia vulnerabilidades, ameaças e riscos;
Analisa dados e probabilidades;
Identifica pontos críticos e oportunidades;
Desenvolve soluções de segurança;
Capítulo 6
Carreira Generalista
que conta com conhecimentos e habilidades diversificadas sobre todas elas. Dessa
forma, consegue entender o funcionamento da empresa como um todo, características
que o permitem compreender o relacionamento entre as diversas áreas da empresa, o
que facilita as funções relacionadas a gestão, e esse é, inclusive, um dos motivos para
que colaboradores com esse perfil tenham mais facilidade para assumir cargos de
liderança. Fazem parte desses cargos os coordenadores, superiores, gerentes e diretores
de segurança.
Carreira de Especialista
O profissional especialista tem a chance de não ficar restrito apenas à carreira de gestor.
Ele pode construir o próprio rumo por meio da especialização em conhecimentos
técnicos relacionados à área em que atua. O profissional especialista se destaca por
conter uma série de características marcantes. Uma delas é o foco na inovação, ele
apresenta um grande empenho em criar novos produtos, serviços, métodos e soluções
de segurança. Outro aspecto que diferencia esse profissional é a capacidade de resolver
problemas complexos por meio de soluções criativas que possibilitam engajar a equipe
e melhorar o ambiente organizacional.
Capítulo 7
Fleury & Fleury (2002) salientam que, no campo das relações trabalhistas, o conceito
de Competência foi empregado para avaliar as qualificações necessárias ao posto de
trabalho, definindo Competência como saber agir de maneira responsável, mobilizando,
integrando e transferindo conhecimento, recursos e habilidades, que agreguem valor
econômico à Organização e valor social ao indivíduo “. Segundo Montmollin (1984),
apud Gramigna (s.d.), Competência “é o conjunto de saberes, práticas, comportamentos,
procedimentos e tipos de raciocínio, que se pode acessar em um novo aprendizado”.
Para muitos autores, Competência significa a qualidade que uma pessoa possui e que é
percebida pelos outros. Não adianta, apenas, possuir competências; é necessário que as
outras pessoas reconheçam sua existência. Elas são dinâmicas, mudam, evoluem, são
adquiridas ou perdidas.
Contudo, para Dutra (s.d.), essa forma de encarar a Competência tem se mostrado
pouco instrumental. As pessoas possuem um determinado conjunto de conhecimentos,
habilidades e atitudes, o que não garante que a organização se beneficiará diretamente.
O indivíduo é avaliado e analisado para efeitos de admissão, demissão, promoção,
aumento salarial etc., levando em consideração sua capacidade de entregar-se à
empresa. Ao se olhar as pessoas por sua capacidade de entrega, tem se uma perspectiva
mais adequada para avaliá-las, orientando o desenvolvimento delas e estabelecendo
recompensas. Boog (1991) define Competência como o produto da multiplicação de três
fatores: saber fazer (conjunto de informações, conhecimento e experiências); querer
fazer (motivação, vontade e comprometimento) e poder fazer (ferramentas,
equipamento e local de trabalho adequado). As competências surgem, segundo o autor,
na medida em que esses três fatores são atendidos. Chiavenato (2002) salienta que as
competências básicas – seja na forma de conhecimentos, habilidades, atitudes ou
qualquer outro aspecto pessoal – são as características individuais essenciais para o
desempenho da atividade profissional e que diferenciam enormemente o desempenho
das pessoas. Toda pessoa precisa possuir um conjunto de competências básicas para
desenvolver suas atividades na Organização. A pessoa que possui um elevado perfil de
competências apresenta qualidades requeridas para levar adiante determinadas missões
e alcançar metas e resultados. O importante é adquirir e agregar constantemente novas
competências que sejam fundamentais para o sucesso do negócio da Organização, sob
pena de investir em treinamento sem retorno para as necessidades reais da Organização.
Competências Pessoais
Fleury (2002) cita algumas competências que deveriam ser adotadas pelas pessoas para
se tornarem mais eficazes. São elas: saber agir(saber julgar, escolher, decidir); mobilizar
recursos (criar sinergia e mobilizar recursos e competências); saber comunicar
(compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos); integrar saberes
múltiplos e complexos; saber aprender(trabalhar o conhecimento e a experiência, rever
modelos mentais, saber se desenvolver); saber se engajar e se comprometer (saber
empreender, assumir riscos, comprometer-se); assumir responsabilidades(ser
responsável, assumindo riscos e as consequências de suas ações, sendo por isso
reconhecido) e ter visão estratégica(conhecer e entender o negócio da organização, seu
ambiente, identificando oportunidades e alternativas).
Chiavenato (2002) descreve sete competências pessoais que são exigidas, atualmente,
pelas Organizações, nos novos ambientes de negócio. São elas:
Aprender a aprender;
Comunicação e colaboração;
Raciocínio criativo e resolução de problemas;
Conhecimento tecnológico;
Conhecimento de negócios globais;
Desenvolvimento da liderança e
Autogerenciamento da carreira.
1. Aprender a Aprender
2. Comunicação e Colaboração
Sendo assim, com a adoção de equipes, a eficiência do indivíduo está cada vez mais
vinculada a suas habilidades de comunicação e colaboração com os outros. A
comunicação é uma prioridade estratégica para a organização e é o mais importante
recurso para o trabalho em equipe. O homem é um ser de comunicação por natureza e
serve-se dela para viver, pois é por seu intermédio que ele se relaciona e é reconhecido.
As reuniões diárias, a circulação de informações escritas, o compartilhamento de ideias
e o consenso sobre objetivos e metas são aspectos importantes que não podem ser
menosprezados.
4. Conhecimento Tecnológico
6. Desenvolvimento da Liderança
percebam como um meio de satisfazer suas próprias aspirações pessoais ou atingir seus
objetivos
7. Autogerenciamento da Carreira
O gestor de segurança, para ser bem-sucedido na sua área, deve possuir um conjunto de
competências que envolve, competências técnicas, competências humanas e
competências conceituais.
a) Habilidade Técnica
b) Habilidade Humana
As habilidades humanas são cada vez mais importantes para os tipos e níveis de gestores
e em todos os tipos de organizações. Caracteriza-as como a capacidade fundamental do
gestor para se relacionar e trabalhar com pessoas, quer individualmente, quer em equipe.
Ao contrário das competências técnicas que são orientadas para “coisas” (processos ou
objetos físicos), as competências humanas são orientadas para o trabalho com pessoas.
Estas competências são fundamentais, pois só através delas é possível ao gestor
comunicar, liderar, motivar, entusiasmar e gerar a confiança necessária aos
subordinados. É esperado que um gestor, com estas competências, crie uma atmosfera
de aproximação com os subordinados e que estes se sintam à vontade para expressar as
suas preocupações sem receio de censura ou ridicularização, que sejam encorajados a
participar no planeamento e noutras ações em que se possam sentir integrados.
c) Habilidade Conceitual
Neste sentido, os gestores são aqueles que devem dispor destes conceitos, de modo a ter
uma visão estratégica mais apurada, pois é esta habilidade que fará toda diferença na
gestão da segurança da organização e no alcance de seus objetivos.
Gestão é uma função que dentro da segurança privada pode envolver os cargos de:
coordenação, supervisão, gerencia e diretoria. Neste contexto, a combinação apropriada
dessas habilidades (técnicas, humanas e conceituais) variará à medida que o gestor for
crescendo nesses cargos. A medida que sobre na hierarquia de uma organização, o
gestor tem cada vez menos necessidades de habilidades técnicas e cada vez mais
necessidade de habilidades conceituais.
Enquanto a ênfase nas habilidades técnicas e conceitual varia em função dos diferentes
níveis de gestão, a habilidade humana permanece igual para todos.
ao grande acesso a informação que possuem. Como pontua Ram Charan (2012, p. 38)
“os gestores que se limitam a dar ordens, que engavetam informações e tomam decisões
unilaterais não obterão o melhor desempenho de seu pessoal”. Os gestores que
antigamente faziam análises e controles através de dados formatados em planilhas já
não terão mais a mesma eficiência. É preciso que o colaborador entenda o porquê de
realizar determinada tarefa, o que o solicitante espera e qual seria a melhor forma de
realiza-la. Isto é de uma complexidade que um líder precisa estar atento, para transmitir
com clareza suas expectativas e anseios.
Janete Knapik (2012) conclui que a educação corporativa vem atender a essas mudanças
com um processo continuo de aprendizagem, desenvolvendo os conhecimentos e as
habilidades que trazem vantagens competitivas nos negócios, ou seja, treinamento e
desenvolvimento, um processo de mudanças em tempos de mudanças, e que o líder deve
proporcionar a sua equipe se ponderar crescimento e resultados positivos.
É necessário frisar que um mesmo individuo ora persegue objetivos que atendem
determinada necessidade, ora busca satisfazer outras. Tudo depende de sua carência
naquele momento. Complementarmente, deve-se entender que duas pessoas não
perseguem necessariamente um mesmo objetivo num mesmo momento. O importante,
ao se procurar diagnosticar determinado tipo de comportamento motivacional, é
procurar descobrir que necessidades estão em jogo, e isso explica muito do como e do
por que as pessoas entram em ação.
Charles Manz e Henry Sins (1996, p.40) pontuam que “não é surpreendente que muitas
histórias de esforços de equipes bem-sucedidos tenham ocorrido em empresas ou setores
ameaçados, onde trabalhadores e gerência foram forçados a enfrentar e descartar a
desconfiança tradicional em favor das equipes”. Isto explica o fator confiança como
grande aliado a gestão, pois, se permite uma empresa sair do insucesso a um case de
admiração, também permite alavancar e maximizar as potencialidades dos
colaboradores para contribuir com os resultados das empresas.
Segundo Manz e Sins (1996, p.35), as funções do líder podem ser interpretadas de
maneira sintética em algumas atitudes que o meio espera, como:
Tentar fazer com que a equipe resolva os problemas por conta própria;
Ajudar a equipe a solucionar conflitos dentro do grupo;
Dizer as pessoas (equipes e indivíduos) quando fazem alguma coisa bem;
Dizer a verdade mesmo quando for desagradável ou dolorosa;
Estimular os membros da equipe a discutir abertamente os problemas;
Solicitar uma solução para um problema em vez de propor (ou dizer) uma
solução. As pessoas promovem o que elas criam;
Estimular as equipes a definir metas de desempenho;
Alguns líderes ainda não se sentem confortável para deliberar a sua equipe a capacidade
de autogerenciamento, por se tratar de uma segurança ou baixa habilidade de avaliação
dos liderados. A questão da segurança diz respeito ao pensamento de que se não
disseminar o conhecimento as empresas estarão mais vinculadas a determinados
empregados, por saberem da importância das atividades desenvolvidas por este, o que
atualmente não faz jus, pois com as tecnologias e o mercado de mão -de-obra cada vez
com maiores ofertas, é possível que a qualquer momento a organização mude qualquer
peça em pleno funcionamento. Este medo de não se desprender das atividades, de modo
geral, é um caminho para o insucesso da organização, pois quanto mais pessoas terem a
consciência de tudo que envolve o ambiente, maiores são as chances de eficácia no
desenvolvimento e promoção de melhorias.
O líder deve permitir que sua equipe seja autônoma e não dependente dele, pois é
imprescindível que viabilize a criatividade em seu ambiente de trabalho, o que tem sido
cada vez mais necessária as organizações. Alberto Sugo (et al, 2006, p. 234) destaca
alguns fatores que motivam a necessidade de ações criativas: a atual tecnologia de
informações, indutora de inovações; o fato de estarmos na era do conhecimento,
valorizando a criatividade; as empresas têm sido impulsionadas a reinventar; a
existência de talentos alocados na criatividade; a valorização do senso estético em todas
as áreas empresariais; a prioridade em atender às exigências do consumidor; a
globalização sendo enfrentada com a concorrência de ideias criativas; e o gerenciamento
de pessoas passou de controlador para facilitador da criatividade.
Como citou o autor anteriormente, o líder deve ser um recurso para sua equipe, um
facilitador e promovedor de soluções em conjunto com seus liderados, pois dizer o que
fazer e como fazer já não é mais suficiente no ambiente de trabalho competitivo. A
mentalidade da liderança deve ser de gerar o sucesso para outras pessoas, sabendo do
ganho mutuo que sucederá para ambos. Peter Drucker (2000, p. 204) cita que:
Minha saúde depende da sua saúde. Meu sucesso depende do seu sucesso. Então, devo
comprometer-me a ajudar você a ser bem-sucedido tanto quanto a mim mesmo.
“Uma vez que o relacionamento interpessoal está bem estruturado, ele próprio se torna
uma ferramenta poderosa para o desempenho das tarefas. Tudo funciona bem na equipe
quando os relacionamentos estão maduros e estáveis” (MARINHO; et al; 2006, p. 61).
O autor revela o grande segredo de como o gestor líder exerce sua influência no meio
ambiente de trabalho, através dos relacionamentos. Nenhuma ferramenta mais
tecnológica pode resultar em resultados além do esperado como as pessoas. Uma
máquina fará aquilo que lhe é programada, mas uma pessoa tem a perspicácia de
incrementar e aprimorar aquilo que lhe é pedido.
A capacidade do líder e dos liderados em lidar com as emoções são determinantes para
estabelecer um clima de cooperação, baseado na confiança entre os membros e que
consequentemente gera o desempenho eficaz. Uma equipe que possui sinergia contagia
de dentro para fora e assim também são as pessoas. Se estão perto de outras pessoas
com energias otimistas tendem a se influenciar por esta e gerar a sinergia necessária
para o máximo desempenho dentro do ambiente de trabalho.
Em complemento, o autor Alberto Sugo (et al, 2006, p.66) cita que “inteligência
emocional coletiva é o que separa as equipes de alto desempenho das equipes medíocres,
uma vez que o desempenho profissional da equipe é diretamente proporcional a
habilidade do líder e da equipe de lidar com o clima emocional e os relacionamentos
interpessoais da equipe”.
A essência das melhorias está na motivação para o trabalho e isto passa pela
compreensão do que move as pessoas, que se compreendido contribuirá para máximo
benefício de ambas as partes, gestor, colaborador e empresa. Para isso o estudo da
inteligência emocional propõe a avaliação de alguns itens que compõe as competências
necessárias para liderar com inteligência. São elas autoconsciência, autogestão,
consciência social e relacionamento.
Segundo Sugo (et al, 2006, p. 68) estas são características que permite m que o líder
exerça seu papel e influencie sua equipe de maneira assertiva. A autoconsciência
envolve a parte emocional, que é a capacidade de reconhecer como os próprios
sentimentos afetam o desempenho; a parte de auto avaliação, que é a capacidade de
conhecer as próprias limitações, bem como os pontos fortes, com a disposição para
aceitar as críticas e abertura para novos aprendizados e por fim a autoconfiança –
conhecimento e confiança nas próprias habilidades.
A penúltima competência, que diz respeito à consciência social, trata de quesitos como
a empatia – sensibilidade para se sintonizar com os variados sinais emocionais,
percebendo emoções não expressas em pessoas ou grupos, isto ajuda a lidar com pessoas
Para finalizar as competências da inteligência emocional que permitem aos líderes sua
máxima atuação nas empresas, há a competência de relacionamento. Diz respeito a
fatores que envolvem a atitude individual do líder e fatores externos inseridos no
ambiente, como: inspiração – capacidade de mover pessoas e contagiá-las com seu
senso de visão e de missão e que geralmente esses líderes dão o exemplo; influência –
capacidade de se comunicar, persuadir e envolver pessoas ou grupos, atraindo -os a
seguir uma determinada direção ou compromisso; Desenvolvimento de outras pessoas
– interesse genuíno de cultivar as habilidades de outras pessoas, compreendendo seus
pontos fortes e fracos e desenvolvendo seu potencial.
Para dar base aos conceitos, segundo Arilda Godoy (et al, 2008, p.176), “a remuneração
é considerada um tópico de grande interesse das organizações, pois é o maior
componente de custo operacional, impacta no sucesso das estratégias do negócio e
constitui-se em uma ferramenta motivacional poderosa”. A remuneração é uma
ferramenta que esclarece a relação de parceria para o colaborador e deve ser medida de
forma equitativa e justa dentro da equipe, sempre com a avaliação de competência
versus recompensa.Também é um fator de motivação para a maior produtividade e
assim Arilda Godoy(et al , 2008, p. 178) corrobora:
É fato que a produtividade das pessoas somente aumenta e se mantém quando elas
também têm interesse em produzir mais e a remuneração variável está por trás do
aumento da produtividade das pessoas. Este tipo de remuneração, quando bem
estruturado e praticado, permite a empresa extrair o máximo de colaboração de seus
funcionários, pois os tornam parceiros do negócio e também possibilita flexibilidade
nas negociações e ajustes sempre que necessários, seja nos cargos, na área ou no
departamento.
Chiavenato (2009, p.310) conclui que “em geral, o parceiro somente recebe mais
dinheiro se a empresa tiver os ganhos de produtividade, [...], ela é autofinanciada com
o aumento da produtividade e com a redução de custos”. Para a empresa este tipo de
incentivo é duplamente benéfico, por aperfeiçoar os resultados e ser pago somente com
a contrapartida do ganho, o que exime o pagamento se não houver os resultados
desejados.
Capítulo 8
com estruturas densas de cargos e salários. Para o funcionário, o sucesso era avaliado
pelas promoções conquistadas nos vários patamares hierárquicos com correspondente
aumento de remuneração. Nesse cenário, a organização era responsável pelo plano de
carreira dos seus colaboradores (DUMON e HOLLARD, 2007).
Os anos 1980, 1990 até 2000, os mais turbulentos da era industrial pelas demissões em
massa, fusões, grandes aquisições, a globalização e a chegada de novas tecnologias,
acabaram modelando novas relações entre as empresas e seus colaboradores (DUMON
e HOLLARD, 2007). O ambiente econômico em contínua transformação, vem
impactando continuamente o foco da empresa, dos projetos, da atuação dos
funcionários, gerando maior dificuldade para os profissionais identificarem o que fazer
e como fazer para progredirem dentro das organizações.
Stephen Robbins (2005) sugere 12 fatores para estruturar a carreira e que podem
contribuir para aumentar a empregabilidade do profissional. Optei por mencionar este
2) Conhecer a si mesmo: Conhecer os pontos fortes e pontos fracos e agir em cima dos
gaps identificados. Saber do que se é capaz e de onde se precisa maior qualificação, seja
técnica seja atitudinal.
8) Manter uma rede de contatos ou networking: Cultivar boas relações com outros do
mesmo setor onde se atua ou se quer atuar, e que podem colaborar na conquista dos
objetivos profissionais.
9) Documentar as realizações: Há mais valor no que foi feito e alcançado do que nos
títulos e cargos. A realização é a marca do profissional, formando uma reputação e
definindo seu estilo de trabalho.
10) Gerenciar a reputação: Procurar formas para divulgar as suas realizações, para ser
conhecido e ampliar o mercado de atuação.
11) Considerar a si mesmo como um produto: Desenvolver uma identidade ligada àquilo
que realizou. É a marca individual ou estilo naquilo que se faz.
Marketing pessoal
Algumas pessoas associam o marketing pessoal, com vestimenta, postura ou até mesmo
o modo correto de se falar. No entanto marketing pessoal vai além disso, é fundamental
que ocorra uma interação com outras pessoas, para que se alcance a ascensão
profissional e a conquista de sonhos e metas (RAMALHO, 2008).
Inicialmente, o marketing pessoal passa a ser uma forma de abordagem, pois estimula a
expectativa do ambiente, reflete valores perseguidos do consumismo, mas, em
determinado momento, transcende com a mensagem da importância dos elementos
Humanos e da alma que passam a ser parte intrínseca da imagem (RIZZO, 2011).
Kotler (2003, p. 91) diz que: O marketing pessoal é uma nova disciplina que utiliza os
conceitos e instrumentos do marketing em benefício da carreira e das vivencias pessoais
dos indivíduos, valorizando o ser humano em todos os seus atributos, características e
complexa estrutura.
No contexto de marketing pessoal, o produto é uma pessoa, nesse caso “você”, ou seja,
em vez de vendermos um objeto, vendemos a nós próprios (RITOSSA, 2009). Para
Rizzo (2011, p. 54) o marketing pessoal consiste numa ferramenta para ser aplicada com
o objetivo de colocar o produto pessoa em evidência, torna-lo mais competitivo e,
sobretudo, permitir que, de maneira estratégica, ele transite pelos diversos ambientes
transmitindo a imagem da satisfação, do conhecimento, da organização, da criatividade,
da integração, entre as pessoas, com elegância, comportamento e argumentação
apropriados.
Devido a isso, partimos de uma autoanálise e uma contínua melhoria de nossas atitudes,
habilidades e competências, até chegarmos à comunicação disso para o mundo exterior,
lembrando que o exterior nunca pode ser mais importante do que o interior (PERSONA,
2005). Ramalho (2008) destaca que a forma com que você se expressa diz muito a seu
respeito, esclarecendo que o segredo do marketing pessoal consiste em criar empatia,
fazendo com que o outro se sinta confortável em sua presença, tornando-o receptivo a
sua mensagem.
Todas as pessoas que encontramos nos ambientes em que interagimos, são considerados
clientes, sendo fundamental segmentar e definir o público ao qual queremos influenciar,
para que se possa desenvolver uma estratégia de marketing pessoal efetiva (RITOSSA,
2009).
O autor Mário Persona (2005), afirma que “a marca que você deixa para as pessoas é
uma questão estrutural do marketing pessoal que começa no caráter, passa pelo
comportamento e atitude até chegar à reputação”. É imprescindível que o profissional
de qualquer setor organizacional, se ajuste de forma estratégica, de maneira a ser
encarado como um produto a ser vendido e, portanto, apresentado a mesma velocidade
de inovações e mudanças necessárias para o acompanhamento de eventos do atual
ambiente (RIZZO, 2011).
O autor Bordin (2013) enumera etapas para valorizar a imagem pessoal e profissional,
para orientar sobre o que fazer, como fazer, além do que não fazer para que os objetivos
possam ser alcançados, transformando as oportunidades em conquistas, fazendo com
que o trabalho seja uma fonte de prazer e satisfação.
1) AUTOCONHECIMENTO
Segundo Ciletti (2013), ter autoconhecimento significa entender os vários fatores que
modelam sua personalidade. É necessário descobrir quais são os próprios limites e
potencialidades que possui, pois ao conhecermos nossas vantagens e desvantagens,
facilitamos o processo de escolha de um trabalho que melhor se ajuste ao perfil pessoal,
facilitando a reinvenção do próprio trabalho atual, de modo a utilizarmos
primordialmente nossas forças pessoais, colocando-nos em vantagem para realização de
nossos objetivos e crescimento na carreira (RITOSSA, 2009).
Ciletti (2013) afirma que buscar se conhecer faz parte do amadurecimento do ser
humano em se conhecer. Quem não acredita em si mesmo dificilmente conseguirá
vender uma imagem positiva (RAMALHO, 2008).
2) PLANEJANDO O SUCESSO
A autora Ritossa (2009) preceitua que ter objetivos é proporcionar sentido a cada dia
vivenciado, assim alcança-los é concretizar os próprios sonhos. Ela ainda define
objetivos como sonhos com datas fixas e predeterminadas. Os objetivos possuem o foco
principal, são abrangentes, enquanto as metas são diversas etapas a serem percorridas
para se cumprir os objetivos. “Você é o que você sonha. São seus objetivos de vida que
o definem como pessoa” (RAMALHO, 2008).
Além disso, de acordo com Clebsch e Candeloro (2001) para se planejar é necessário
aprender a organizar e administrar o seu próprio tempo.
3) INVESTIMENTO EM SAÚDE
O maior patrimônio do ser humano é boa saúde física, mental e emocional. Estes três
são considerados como pré-requisito indispensável para qualquer objetivo almejado
(BORDIN, 2013).
Segundo Chiavenato (2004) a saúde é um estado físico, mental e social de bem estar, ou
seja, conforme o autor, saúde é a ausência de doenças e os riscos à saúde podem ser
físicos e biológicos, tóxicos e químicos, bem como condições estressantes de trabalho.
Desta forma, uma pessoa saudável possui maior resistência a doença, melhor capacidade
de concentração, raciocínio e poder de argumentação (BORDIN, 2013).
4) CAPRICHE NO VISUAL
“O objetivo é causar uma boa impressão. Ao valorizar o seu visual cria-se uma pré-
disposição favorável para vender-se” (BORDIN, 2013). O primeiro julgamento que
fazemos de uma pessoa quando a conhecemos, é feito a partir da análise de sua
embalagem, ou seja, de sua aparência (BORDIN, 2013).
A imagem que construímos de nós mesmos é a imagem que a empresa percebe, devendo
necessariamente ser adequada ao ambiente e a nossa personalidade (RITOSSA, 2009).
essenciais como mãos e unhas bem cuidadas, cabelos lavados, possuir uma postura ereta
e uma ótima higiene bucal etc (CLEBSCH e CANDELORO, 2001).
Segundo Ramalho (2008) não há como fugir da regra: “Antes de vender o seu produto,
você tem que vender a sua imagem e seu negócio”.
A primeira dica para os profissionais é ser ético. É necessário alcançar o lado emocional
das pessoas, sendo o comportamento tão importante quanto o conhecimento. (BORDIN,
2013). Ética é o conjunto de valores morais que guiam o comportamento, pois seus
valores são as coisas mais importantes, influenciando escolhas e comportamento
(CILETTI, 2013).
Seja sempre uma versão de primeira classe de si mesmo, em vez de uma versão de
segunda classe de outra pessoa (JUDY GARLAND apud CLEBSCH E CANDELORO,
2001).
Clebsch e Candeloro (2001) chamam a atenção para a Lei do Bumerangue, que diz
respeito que “tudo que se dá para a natureza Bordin (2013) ela lhe dará de volta”.
7) ENRIQUEÇA O CURRÍCULO
O currículo atualizado e esteticamente impecável faz com que se tenha mais valor e
mais chances no mercado (BORDIN, 2013). Conforme Ritossa (2009), o currículo bem
elaborado faz a apresentação pessoal de maneira eficaz e faz diferença entre ser ou não
chamado para uma entrevista. A elaboração de um currículo deve ser planejada com
muito critério, objetividade e bom senso.
Criar a missão da marca não é tão fácil quanto parece, é difícil resumir, em uma única
afirmação, porque sua marca deve existir, especialmente se você deseja que ela seja, ao
mesmo tempo, inovadora e impactante (KOTLER, KARTAJAYA e SETIAWAN,
2010).
De acordo com Blanco (2010) “a marca é como um capital precioso. Para constituí-la e
nutri-la é um exercício sofisticado, constitui um aspecto intangível, visceral, emotivo,
pessoal e cultural complexo de construir”. Entre as dicas dadas pelo autor Bordin (2013)
estão aprender a conversar, dar preferência em falar pessoalmente, não aceitar trabalhar
de graça e sempre utilizar a primeira pessoa do plural para falar.
O mercado precisa saber quem você é, o que você tem a oferecer, quais são os
benefícios, atributos e diferenciais de sua marca para que pessoas e empresas possam
contatá-lo (BORDIN, 2013).
O grande desafio é criar uma identidade clara e distinta, que seja adequada, que cause
impacto nos clientes, que se diferencie das outras, construindo uma vantagem
competitiva e um valioso ativo estratégico (BLANCO, 2010). Ao construir uma imagem
consistente para sua marca, ser diferente, com valor no mercado e impulsionar sua
carreira, deve-se investir em tempo e os esforços terão de ser estrategicamente voltados
para o máximo de otimização (BENDER, 2009).
Portanto de acordo com Blanco (2010) para conseguir sucesso profissional num mundo
dinâmico e complexo, é preciso investir tanto na construção da própria marca quanto na
sua apresentação ao mundo exterior.
Posicionar a nossa marca pessoal é, portanto, criar o rótulo que vai ficar na mente das
pessoas que fazem parte do nosso público-alvo (RITOSSA, 2009).
Segundo Ritossa (2009) sucesso é um conceito relativo, pois cada um tem sua própria
definição sobre o que é triunfar na vida pessoal e profissional. De acordo com Laurindo
(2001) o padrão de sucesso tem como objetivo transmitir e desenvolver em você as
técnicas necessárias para uma negociação com resultados.
Ritossa (2009) destaca algumas atitudes que devem ser evitadas para um relacionamento
diário no ambiente de trabalho. São elas:
Não ouvir os colegas -Todos devem ser ouvidos, mesmo aqueles com menos
experiência para estimular a participação e a receptividade do grupo a novas
ideias e soluções.
Não respeitar a diversidade - Apesar de toda e qualquer diferença que exista entre
indivíduos, é essencial que se tenha respeito e um tratamento justo entre as
pessoas.
Apontar o erro do outro - Ao invés de criticar o erro de um colega e aumentar o
problema, é melhor ajuda-lo a solucioná-lo.
Irritar-se com a equipe - Cada um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de
trabalho, isso não significa que a qualidade da atividade é melhor ou pior que a
sua.
Ramalho (2008) sugere que se você sabe o que deve ser mudado para melhorar, então
invista em no seu marketing pessoal e que crie um ambiente de confiança e cooperação
ao seu redor.
A definição de sucesso tem significados diferentes para cada um, de forma geral, cada
indivíduo tem a sua definição e visão de sucesso. Dentro desse contexto, o sucesso
profissional está relacionado aquilo que o profissional estabelece como objetivo
profissional, e busca atingir para sua satisfação profissional e pessoal.
Para Pontes (2008) a carreira profissional é uma decisão pessoal do indivíduo sobre a
escolha da sua própria trajetória, cabendo à organização encorajar e proporcionar os
caminhos para o seu desenvolvimento.
Para você ter sucesso profissional é preciso que você exerça atratividade aos olhos do
empregador; ser pontual, fiel e dedicado, não garante mais crescimento ou estabilidade
no emprego, você tem que ser alguém diferenciado, tem que se destacar em meio aos
demais empregados, e gerar desejo na empresa de tê-lo como parte do seu time de
colaboradores e possivelmente gestores. Para isso, você precisa investir tempo e
dinheiro em si próprio. Investir na própria carreira é ter a capacidade de reciclar-se
sempre, desenvolver novas competências para atender às características do exigente
mercado, sendo atrativo para o mesmo.
Para atingir o sucesso profissional que você almeja, é importante, antes de qualquer
coisa, definir onde você quer chegar, ou seja, o que você quer da sua profissão, que tipo
de carreira quer ter e onde quer chegar em relação a sua escolha. Em outras palavras,
você deve fazer um Plano de Carreira. A conquista do sucesso profissional está
relacionada a resposta das três questões a seguir:
O que eu quero?
Como estou em relação ao que eu quero? e
O que eu preciso fazer para conseguir o que eu quero?
Neste contexto, é essencial realizar uma autoavaliação para determinar quais são os seus
interesses profissionais, aptidões e, em especial, objetivos de vida profissional. A partir
disso, fica mais fácil selecionar uma profissão ou carreira capaz de motivá-lo a crescer
e se aperfeiçoar e que lhe proporcione grandes realizações e conquistas profissionais.
7. Construa uma rede de contatos - Uma outra dica de como obter sucesso
profissional é construir uma rede de contatos com os seus colegas, professores, e
conhecidos da sua área de atuação. Para isso, você pode aproveitar cursos,
conferências, palestras, congressos, seminários, workshops, cursos, treinamentos
etc, para estabelecer sua rede de contatos. O importante não é a quantidade e sim
qualidade das pessoas que fazerem parte da sua rede. Não confunda grupos de
redes sociais como rede de contato. Muitos dos grupos de rede sociais são inúteis
e consomem sua atenção e tempo, sem retorno positivo algum.
8. Tenha um Mentor para servir como inspiração - Mentor é aquele que dá
exemplos, suporte e encorajamento para que a outra pessoa gerencie seu próprio
aprendizado. Um mentor pode ser um professor, um chefe, um colega, um avô,
um poeta, um filósofo, um escritor, um profissional bem-sucedido com potencial
de inspirar você na sua busca do sucesso profissional. São pessoas que, direta ou
indiretamente, nos passam visões, sonhos, ideais, princípios, valores, atitudes,
conhecimentos e sabedoria. Os mentores são aqueles nos quais nos espelhamos,
que se transformam nos nossos modelos de comportamento e cujas expectativas
(reais ou supostas) tentamos atender ao longo da nossa vida, mesmo que não
estejam mais conosco. Grandes líderes, em geral, tiveram grandes mentores.
Alguns exemplos: O mentor de Alexandre, o Grande, foi Aristóteles, o de Martin
Luther King foi Gandhi, o de Jim Collins foi Peter Drucker, e assim por diante.
Publicações do Autor
Planejamento Organizacional
Profissão Vigilante
Profissão Porteiro
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