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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO- Data


HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 01/09/2021
Numero Revisão Folha Data para revalidação
POP-26 0 01/15 01/09/2023
1. AREA: Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Educação Física, Nutrição, Psicologia, Serviço de

Limpeza e Manutenção,

2. DEFINIÇÃO: “Higienização das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as

mãos para prevenir a transmissão de microrganismos. O termo engloba a higiene simples, a higiene

antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, antissepsia cirúrgica das mãos.

3. EXECUTANTE: Todos os profissionais que prestam atendimento nos serviços de saúde

4. OBJETIVOS: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o

suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação dos

agentes infecciosos.

5. INTRODUÇÃO

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), antigamente conhecidas como Infecções

Hospitalares, são importantes eventos adversos aos quais os pacientes estão expostos pois aumentam a

morbimortalidade do paciente, e podem acarretar sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde.

Boa parte destas IRAS podem ser prevenidas com a higienização correta das mãos.

Entretanto, apesar do conhecimento de que a higienização das mãos é uma medida primária no controle

de infecções relacionadas à assistência à saúde, estudos apontam a adesão dos profissionais à prática da

higienização das mãos de forma constante e na rotina diária ainda é baixa (ANVISA, 2014). Para entender

os objetivos das diversas abordagens à higienização das mãos, o conhecimento da microbiota normal da

pele é essencial.

5.1 A microbiota da pele:

Sabe-se que a pele pode servir como reservatório de microrganismos que podem ser transmitidos
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por contato direto, pele com pele, ou indireto, por meio de objetos e superfícies do ambiente e desta forma

causar infecções, sejam elas em ambiente hospitalar ou ambulatorial.

Há basicamente três categorias de microrganismo presente na pele:

5.1.1 Microbiota transitória: São microrganismos (vírus, fungos, bactérias) não patogênicos ou

potencialmente patogênicos que colonizam a camada superficial da pele, sobrevive por curto período de

tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos, com água e sabonete, por meio de

fricção mecânica ou são destruídas pela aplicação de antisséptico. É frequentemente adquirida por

profissionais de saúde durante contato direto com o paciente (colonizados ou infectados), ambiente,

superfícies próximas ao paciente, produtos e equipamentos contaminados. As infecções por estes

patógenos podem ocorrer se invadirem órgãos e tecidos.

5.1.2 Microbiota residente: São microrganismos aderidos às camadas mais profundas da pele, são mais

resistentes à remoção apenas por água e sabonete. São inativados por antissépticos. As bactérias que

compõem esta microbiota são agentes menos prováveis de infecções veiculadas por contato.

5.1.3 Microbiota infecciosa: neste grupo, estão incluídos microrganismos de patogenicidade comprovada

(S. aureus e estreptococos β-hemolíticos; vírus da Hepatite A B, C; vírus da imunodeficiência humana – HIV,

etc.) que podem causar infecções variadas de pele (abcessos, eczemas) ou infecções generalizadas como

hepatites e Aids.
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Figura 01- Exemplos de microrganismos da flora normal humana

Fonte: ANVISA, 2004 p.8

O meio mais eficaz para reduzir os riscos destas infecções constitui a lavagem correta das mãos.

Assim, este procedimento é essencial para qualquer procedimento realizado em serviço de saúde, para

profissionais e pessoal de qualquer área. Portanto não deve ser ignorada ou menosprezada quanto ao

cumprimento de todos os passos para sua execução de forma efetiva e eficiente.


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6. TIPOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS:

6.1 Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida.

6.2 Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente

antisséptico.

6.3 Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: aplicação de preparação alcoólica em

forma de gel, espuma ou líquidos (contendo álcool, na concentração final entre 60% a 80% acrescido de

emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele), sem a necessidade de enxague em água

ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos.

6.4 Antissepsia Cirúrgica ou Preparo Pré-operatório das Mãos: Procedimento realizado pela equipe cirúrgica,

para eliminar a microbiota transitória e reduzir a microbiota residente das mãos antes de cirúrgicas ou

procedimentos invasivos.

5.2 5 momentos para realizar a lavagem das mãos

Figura 02- 5 momentos para lavagem das mãos

Fonte: Anvisa, 2013 p.3.


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7. INDICAÇÃOS PARA OS DIVERSOS TIPOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Quadro 1- Técnicas de higienização das mãos
1. Higienização Simples das mãos
 Produtos: Água e sabonete líquido
 Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade
e as células mortas.
 Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
 Indicações: a) quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais; b)
ao iniciar e terminar o turno de trabalho. c)Antes e após ir ao banheiro; d)Antes e depois das refeições; e)Antes de preparo de
alimentos; f)Antes de preparo e manipulação de medicamentos; g)Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado
por C. difficile; h) Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico.
2. Higienização antisséptica das mãos:
 Produtos: água, sabonete líquido com antisséptico (álcool, clorexidina, iodo/iodóforos e triclosan)
 Finalidade: promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio
de um antisséptico.
 Duração do procedimento: A higienização antisséptica das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos.
 Indicações: a) nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos
multirresistentes; b) nos casos de surtos.
3. Fricção de antisséptico nas mãos
 Produto: Álcool gel
 Finalidade: Aplicar preparação de base alcoólica para fricção em todas as superfícies das mãos para reduzir ou inibir o
crescimento de microrganismos sem a necessidade de uma fonte exógena de água e que não exige enxague ou secagem com
toalhas ou outros dispositivos.
 Duração do procedimento: 20 a 30 segundos
 Indicações: a) Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas; b)Antes de contato com o paciente ;c) Após contato com
o paciente ; d)Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos ; e) Antes de calçar luvas para
inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico; f)Após risco de exposição a fluidos corporais; g)Ao
mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente; h) Após contato com objetos
inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente; i)Antes e após remoção de luvas.
4. Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.
 Produtos: em ordem decrescentes os agentes mais ativos: a) Álcool 60-95% sozinho ou combinado com clorexidina (0,5 a
1%); b) Gluconato de Clorexidina c) Iodóforos (PVPI) d) Triclosan; e) Sabão simples.
 Finalidade: eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na
pele do profissional.
 Duração do procedimento: De (3) três a (5) cinco minutos para a primeira cirurgia e de dois a três minutos para as cirurgias
subsequentes.
 Indicações: a) Preparo das mãos dos profissionais no pré-operatório de procedimentos cirúrgicos; b) Antes da realização
de procedimentos invasivos (e.g., inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de
diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros).

Fonte: BRASIL, 2014 p. 56-65.


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8. Características dos insumos para higienização das mãos

INSUMO CARACTERÍSTICAS
1. Água A água utilizada em serviços de saúde deve ser livre de contaminantes químicos e biológicos, obedecendo
aos dispositivos da Portaria nº 518/GM, de 25 de março de 2004, que estabelece os procedimentos
relativos ao controle e à vigilância da qualidade deste insumo.
2. Sabonete Nos serviços de saúde, recomendam-se o uso de sabão líquido, tipo refil, devido ao menor risco de
líquido comum contaminação do produto. Não tem atividade antimicrobiana. Retiram a sujeira, várias substâncias
orgânicas e a flora transitória frouxamente aderida à pele, mas, em geral, não removem os patógenos das
mãos da equipe de saúde hospitalar. Podem causar secura e irritação da pele. Ocasionalmente podem
sofrer contaminação (colonizando as mãos da equipe).
3. Sabonete Sabonetes líquidos que possuem em sua formulação agentes antissépticos (Álcoois, Clorexidina,
associado com Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan.). São capazes de reduzir o número de agentes da microbiota
antissépticos transitória e residente.
4. Álcool etílico Produtos à base de álcool são mais eficazes para a lavagem das mãos e para antissepsia das equipes de
a 70%, glicerina saúde do que outros sabões antimicrobianos, inclusive aqueles com PVPI e clorexidina. Também são
do ou na forma eficazes na lavagem pré-operatória das mãos da equipe cirúrgica.  Estudos recentes comprovam a
de gel eficácia do álcool etílico, em mãos sujas com matéria orgânica
5. Clorexidina Ação inferior ao álcool 70%. Mas também bactericida, fungicida, viruscida (principalmente aqueles com
envelope (HSV, HIV, CMV, influenza). Apresenta efeito residual; raras reações alérgicas.
Tem boa atividade contra bactérias Gram positivos, sendo um pouco menos ativa contra bactérias de
Gram-negativos e fungos e tendo ação mínima contra micobactérias. Também não é esporicida.
6. Iodóforos Utilizado geralmente na forma de PVPI degermante ou tópico (10%) tem ação bactericida contra bactérias
de Gram-positivos e Gram-negativos, micobactérias, vírus e fungos, não sendo esporicida nas
concentrações normalmente utilizadas. A duração do seu efeito residual não está bem estabelecida,
variando de 30-60 minutos a 6 horas em diferentes estudos. A presença de substâncias orgânicas (sangue,
escarro) reduz substancialmente sua atividade antimicrobiana.
7. Triclosan Tem, em geral, atividade bacteriostática de amplo espectro (contra bactérias Gram-positivos e negativos)
micobactérias e Cândida spp. Tem ação residual e não é afetado por matéria orgânica.
8. Papel Toalha Deve ser suave, possuir boa propriedade de secagem, ser esteticamente aceitável e não liberar partículas.
Font Fonte: BRASIL, 2014 p. 56-65.

9. MATERIAIS

 Água corrente

 Sabonete líquido OU Sabonete associado com antisséptico OU Preparação alcoólica

 Papel toalha
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7. A TÉCNICA

7.1 HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS E HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS

1. Retirar relógios, joias e anéis das mãos e 2. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando

braços (sob tais objetos acumulam-se encostar-se a pia

bactérias que não são removidas mesmo com Figura 04- Molhando as mãos

a lavagem das mãos)

Figura 03- Adornos não compatíveis com higiene das


mãos

Fonte: Google imagens/ adornos não

Fonte: BRASIL, 2014 p.60

3. Aplicar na palma da mão quantidade 4. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-

suficiente de sabonete líquido OU sabonete as entre si.

associado a antissépticos, em quantidade

suficiente para cobrir todas as superfícies das Figura 06- Ensaboando as palmas das mãos

mãos (cerca de 3-5 ml)

Figura 05- Aplicando sabonete líquido nas mãos

Fonte: BRASIL, 2014 p.60

Fonte: BRASIL, 2014 p.60


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5. Esfregar a palma da mão direita contra o 6. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços


dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos interdigitais.
e vice-versa. Figura 08- Friccionando espaços interdigitais
Figura 07- Esfregando as palmas das mãos

Fonte: BRASIL, 2014 p.60

Fonte: BRASIL, 2014 p.60

7. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão 8. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da

com a palma da mão oposta, segurando os palma da mão esquerda, utilizando-se movimento

dedos, com movimento de vai-e-vem e vice- circular e vice-versa.

versa Figura 10- Esfregando o dorso dos dedos

Figura 09- Esfregando o dorso dos dedos

Fonte: BRASIL, 2014 p.61

Fonte: BRASIL, 2014 p.61


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9. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão 10. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da
esquerda contra a palma da mão direita, fechada palma da mão direita, utilizando movimento
em concha, fazendo movimento circular e vice- circular e vice-versa.
versa.
Figura 12- Esfregando os punhos
Figura 11- Friccionando as polpas digitais

Fonte: BRASIL, 2014 p.61


Fonte: BRASIL, 2014 p.61

11. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de


12. Secar as mãos com papel toalha descartável,
sabonete. Evitar contato direto das mãos
iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos.
ensaboadas com a torneira.
No caso de torneiras com contato manual para
fechamento, sempre utilize papel toalha para
Figura 13- Enxaguando as mãos
fechá-la

Figura 14- Enxugando as mãos

Fonte: BRASIL, 2014 p.61


Fonte: BRASIL, 2014 p.61
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Quadro 2- CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS UTILIZADOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
PRODUTOS
Agentes antissépticos
Sabonete líquido Álcool etílico Gluconato de Iodóforos Triclosan
CARACTERÍSTICAS
comum Álcool gel clorexidina tópico
• Início da ação Imediata 15 segundos 15 segundos Intermediário (1 a 2 Intermediária
efetiva minutos
 Mecanismo de Solubilização da Desnaturação Ruptura da parede Penetram a parede Inibição ou morte
ação matéria orgânica celular com celular e celular dos bacteriana.
favorecendo a retirada consequente consequente morte microrganismos,
mecânica morte celular celular. levando a morte.
 Espectro de ação A redução de bactérias Excelente: Excelente contra os Boa contra Boa contra bactérias
transitórias é Bactericida, microrganismos bactérias Gram Gram positiva, e vírus,
dependente do tempo fungicida, G.positivos, boa positivas e Gram regular contra Bact.
utilizado: 1 minuto é viruscida contra G. negativos, negativas, regular Gram Neg. Fraca
cerca de 3 vezes mais fungos e vírus, contra fungos, contra micobactérias
eficiente que 15 ou 30 pouca contra o micobactérias e e sem ação contra
segundos bacilo Tuberculose vírus. fungos

 Concentração _____ 70% Solução Solução aquosa Sabonete líquido com


degermante 2 ou 10%, com 1% de concentração de 0,5%
4%; solução iodo livre.
alcoólica a 0,5% e
solução aquosa a
2,0%, 0,2% e
0,12%.
• Efeito residual Nenhum Nenhum Excelente 6 a 8 Regular (2 a 4 Semelhante
horas horas). clorexidina
• Vantagens: . Baixo custo . Rápida ação, Baixa toxicidade, • não mancham É minimamente
. Acessível em muitos amplo espectro e absorção e tecidos, causam afetada por matéria
locais de saúde ou baixo custo. irritabilidade, menor irritabilidade orgânica
domicilio . São mais efetivos atividade não é na pele e
que os sabonetes afetada na presença toxicidade que o
comuns ou de matéria orgânica. iodo
associados a É uma boa
antissépticos alternativa para
. A adição de pacientes e
antissépticos pode profissionais
resultar em alérgicos ao iodo.
atividade residual
 Desvantagens . Sabonetes não . Causa . Não utilizar no . Alergia, Anvisa está
associado a ressecamento da globo ocular, ouvido queimaduras e estudando possível
antissépticos possuem pele em uso médio, cérebro, irritações; proibição no Brasil
maior risco de repetido, meninges e inativação na
contaminação inativação do irrigação de presença de
bacteriana reservatório antisséptico na cavidades. matéria orgânica;
caso seja completado presença de decomposição pela
Sem esvaziamento e matéria orgânica, exposição à luz e
limpeza e secagem volátil e ou calor. Pode
prévia (acho que falta inflamável. causar
algum sentido nesta hipotireoidismo em
frase). recém-nascidos
Indicações: . Remover os . Situações que a higienização das mãos . Antissepsia . Situações que a
microrganismos que exige utilização de antissépticos: cirúrgica ou higienização das
colonizam as cuidados aos pacientes portadores de preparo pré- mãos exige utilização
Camadas superficiais microrganismos multirresistentes, operatório de mãos de sabonete
da pele, suor, situações de surtos; Preparo pré- das equipes associado a
oleosidade e as células operatório de mãos das equipes cirúrgicas cirúrgicas antissépticos.
mortas. .
Fonte: BRASIL, 2014.
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7.2 FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM ÁLCOOL GEL)

1. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente 2. Friccionar as palmas das mãos entre si.
do produto para cobrir todas as superfícies das
mãos (cerca de 3-5 ml). Figura 16- Friccionando as palmas das mãos

Figura 15- Aplicando Álcool gel

Fonte: BRASIL, 2014 p.64

Fonte: BRASIL, 2014 p.64

3.Friccionar a palma da mão direita contra o dorso 4. Friccionar a palma das mãos entre si com os

da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice- dedos entrelaçados.

versa.
Figura 18- Friccionando as palmas das mãos
entre si
Figura 17- Friccionando a palma das mãos contra
dorso

Fonte: BRASIL, 2014 p.64

Fonte: BRASIL, 2014 p.64


5. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta,
segurando os dedos e vice-versa
Figura 19- Friccionando o dorso dos dedos

Fonte: BRASIL, 2014 p.64


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6. Friccionar o polegar direito, com o auxílio da 7. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão
palma da mão esquerda, utilizando-se esquerda contra a palma da mão direita, fazendo
movimento circular e vice-versa.
um movimento circular e vice-versa.
Figura 20- Friccionando os polegares
Figura 21- Friccionando as polpas digitais

Fonte: BRASIL, 2014 p.64 Fonte: BRASIL, 2014 p.64

8. Friccionar os punhos com movimentos 9. Friccionar até secar. Não utilizar papel toalha
circulares.

Figura 22- Friccionando os punhos Figura 23- Friccionando as mãos até secar

Fonte: BRASIL, 2014 p.64


Fonte: BRASIL, 2014 p.64
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7.3 Antissepsia Cirúrgica ou Preparo Pré-operatório das Mãos

1. Coloque aproximadamente 5 ml (3 doses) de 2. Mergulhe as pontas dos dedos da mão direita no


PBA na palma da sua mão esquerda, usando o produto, friccionando-as para descontaminar
cotovelo do outro braço para operar o embaixo das unhas (5 segundos).
dispensador

Figura 25- Friccionando as palmas das mãos


Figura 24- Aplicando PBA

3. Espalhe o produto no antebraço direito até o cotovelo. Assegure-se de que todas as


superfícies sejam cobertas pelo produto. Utilize movimentos circulares no antebraço até que o
produto evapore completamente (10-15 segundos).

Figura 25-29- Espalhando o álcool gel

Fonte: BRASIL, 2017. Técnica para Antissepsia Cirúrgica das Mãos com Produto à Base de Álcool (cartaz)
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4. Agora, repita os passos 1 a 7 para a mão e antebraço esquerdo

Figura 30-32- Repetindo todos os passos para antebraço esquerdo

5. Aplique aproximadamente 5ml (3 doses) do PBA 6. Cubra com PBA todas as superfícies das
na palma da mão esquerda como ilustrado, e mãos até o punho, friccionando palma contra
esfregue ambas as mãos ao mesmo tempo até o palma, em movimentos rotativos.
punho (20-30 segundos).

Figura 33- Aplicando o PBA Figura 34- Fazendo movimentos rotativos

Fonte: BRASIL, 2017. Técnica para Antissepsia Cirúrgica das Mãos com Produto à Base de Álcool (cartaz)
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7. Friccione o produto no dorso da mão esquerda,


8. Friccione uma palma contra a outra com os
incluindo o punho, movimentando a palma da mão
dedos entrelaçados.
direita no dorso esquerdo com movimentos de vai
e vem e vice-versa).

Figura 35- Aplicando o PBA


Figura 36- Friccionando as palmas das mãos

9. Friccione o dorso dos dedos 10.Friccione o polegar da mão 11. Quando as mãos estiverem
mantendo-os dentro da palma esquerda com movimentos de secas, o avental cirúrgico/
rotação da palma da mão direita capote poderá ser vestido e as
da outra mão, em movimentos
luvas cirúrgicas estéreis poderão
de vai e vem. enlaçada e vice-versa.
ser calçadas.

Figura 39- Mãos limpas


Figura 37- Friccionando os Figura 38- Friccionando os
dorsos dos dedos polegares

Fonte: BRASIL, 2017. Técnica para Antissepsia Cirúrgica das Mãos com Produto à Base de Álcool (cartaz)
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GLOSSÁRIO

1. Antissepsia cirúrgica das mãos ou preparo pré-operatório das mãos: Procedimento realizado
pela equipe cirúrgica, para eliminar a microbiota transitória e reduzir a microbiota residente das mãos.
2. Antisséptico degermante: Sabonete contendo um agente antisséptico em usa formulação; se

destina à degermação da pele das mãos (e.g., clorexidina degermante a 4%; PVPI a 10%).

3. Efeito residual ou persistente: É definido como efeito antimicrobiano prolongado ou estendido que

previne ou inibe a proliferação ou sobrevida de microrganismos após aplicação do produto.

4. Fricção antisséptica das mãos: Aplicar preparação de base alcoólica para fricção em todas as

superfícies das mãos para reduzir o número de microrganismos presentes.

5. Higienização antisséptica das mãos: Higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente

antisséptico.

6. Higienização das mãos: Termo genérico aplicável à higienização simples das mãos, higienização

antisséptica das mãos, fricção antisséptica das mãos com preparações alcoólicas e antissepsia

cirúrgica das mãos ou preparo pré-operatório de mãos.

7. Higienização simples ou básica das mãos: Higienizar as mãos com água e sabonete comum (não

associado a antisséptico).

8. Mãos visivelmente sujas: Mãos que mostram sujidade visível ou que estejam visivelmente

contaminadas por sangue e ou outros fluidos/excreções corporais.

9. Preparação alcoólica para as mãos: Preparação contendo álcool, preferencialmente a 70%, sob a

forma gel ou solução, com emolientes, destinada à aplicação nas mãos para reduzir o número de

microrganismos viáveis.

10. Sabonete associado a antisséptico: Sabonete contendo um agente antisséptico em sua

formulação.

11. Sabonete não associado a antisséptico (sabonete comum): Sabonete que não contém um agente

antisséptico em sua formulação.

12. Serviço de Saúde: Estabelecimento destinado ao desenvolvimento de ações de atenção à saúde da

população, em regime de internação ou não, incluindo atenção realizada em consultórios e

domicílios.
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REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Agência nacional de vigilância sanitária- ANVISA. Técnica para Antissepsia


Cirúrgica das Mãos com Produto à Base de Álcool (cartaz). Criado em 20.03.2017.
Disponível em:
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/tecnica-para-
antissepsia-cirurgica-das-maos-com-produto-a-base-de-alcool>. Acesso em: 19 jun. 2019.

2. BRASIL. Agência nacional de vigilância sanitária – ANVISA. Segurança do paciente


higienização das mãos. 2014. 100 p. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf>. Acesso 12/06/2019

3. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Protocolo para a


prática de HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS em serviços de saúde. Fiocruz 09/07/2013.
Disponível em:<
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/higienizacao-
das-maos>. Acesso em: 12 jun. 2019.

4. BRASIL. Agência nacional de vigilância sanitária – ANVISA Manual de Microbiologia Clínica


para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde. Edição Comemorativa para o IX
Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. 381 p. 2004.
Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_microbiologia_completo.pdf>. Acesso em:
12 jun. 2019.

5. CUNHA, E. R. et al. Eficácia de três métodos de degermação das mãos utilizando gluconato de
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2019.

6. LONDRINA. Secretaria Municipal de Saúde de Londrina. Procedimento operacional padrão


para os trabalhadores de serviço de limpeza. 46p. Disponível em:
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