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ACÚSTICA GRÁFICA

FAUFBA – FACULDADE DE ARQUITETURA DA UFBA


ARQB40_Fundamentos de iluminação artificial e acústica
PROF. Drª. CAROLINA N. VIEIRA
LEI DA REFLEXÃO

IMAGEM ACÚSTICA

REFLEXÃO EM SUPERFÍCIES PLANAS

REFLEXÃO EM SUPERFÍCIES CURVAS

CONTROLE DE ECO

REFORÇO SONORO COM REFLEXÕES ÚTEIS


REFLEXÕES - COMPORTAMENTO DO SOM
Energia incidente (Ei)

Energia transmitida (Et)

Energia dissipada (Ed)


Energia refletida (Er)

Figura 11 – Distribuição da energia acústica ao incidir em uma superfície


Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
LEI DA REFLEXÃO
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Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
IMAGEM ACÚSTICA
Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma
F' Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA;
2011

d
p o n t o d e in c id ê n c ia

F
REFLEXÕES SUCESSIVAS
EM DOIS E TRÊS PLANOS
S1'''
S2"

S1"
P1
S1'

S
P2
P2
P1

S2'

S P3
S1'
S1"

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
PARALELISMO

Fonte texto e figura: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito
Azevedo

Paredes paralelas - ângulo de reflexão igual ao de Ao se quebrar o paralelismo, com uma pequena
incidência sup. Planas – infinitas reflexões - inclinação entre as paredes, tornando-as
interferências acústicas. Neste caso, o som só terá convergentes, faz-se com que as reflexões parem
fim quando toda sua energia for dissipada e/ou em dado momento.
absorvida pelas superfícies.
Sup. Paralelas, polidas e rígidas = Canalização das reflexões múltiplas, chamadas flutter echoes (efeito flauta) ou ecos
palpitantes (https://www.youtube.com/watch?v=KGGNvJGaJ0U).
PARALELISMO – ONDAS ESTACIONÁRIAS

Figura fonte: SOUZA, Léa Cristina de; ALMEIDA, Manuela; BRAGANÇA, Luis; NASCIMENTO, Luiz Renato do.
Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica: ouvindo a Arquitetura
Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo

Na figura 2 observa-se outra maneira de se evitar ou corrigir o paralelismo seria utilizando difusores nas
paredes do recinto.

Conforme Souza e outros (2003, p.115), a propagação de ondas estacionárias pode ser evitada se a largura,
altura e comprimento do ambiente não forem múltiplos entre si, impedindo assim a coincidência de fase das
ondas refletidas.
DIRECIONAMENTO DO SOM

Figura fonte: CARVALHO, Benjamin. Acústica Aplicada à Arquitetura.


Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo

Direcionamento do som através de reflexões úteis em tetos e paredes.


REFLEXÃO EM CURVA COM RAIO
CONHECIDO

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÃO EM CURVA COM RAIO
CONHECIDO Lei da reflexão

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÃO EM CURVA COM RAIO
CONHECIDO Princípio da imagem acústica

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÃO EM CURVA SEM RAIO
CONHECIDO

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÃO EM CURVA SEM RAIO
CONHECIDO Lei da reflexão

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÃO EM CURVA SEM RAIO
CONHECIDO Princípio da imagem acústica

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÃO EM SUPERFÍCIE CURVA

Figura fonte: SOUZA, Léa Cristina de; ALMEIDA, Manuela; BRAGANÇA, Luis; NASCIMENTO, Luiz Renato do.
Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica: ouvindo a Arquitetura

Superfícies côncavas (fig. 5) devem ser utilizadas com extrema cautela por convergirem às ondas sonoras para um
determinado ponto, que em geometria conhecemos como foco.
Em se tratando de acústica é aconselhável evita-lo com a colocação de difusores (fig. 6), isto é, a quebra da
concavidade na superfície.
Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo
REFLEXÃO EM SUPERFÍCIE CURVA CÔNCAVA

Figura fonte: SOUZA, Léa Cristina de; ALMEIDA, Manuela; BRAGANÇA, Luis; NASCIMENTO, Luiz Renato do.
Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica: ouvindo a Arquitetura

Se a fonte estiver deslocada para o exterior dela (figura 9 e 10), a superfície funcionará como um difusor do som.
Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo
REFLEXÃO EM SUPERFÍCIE CURVA CONVEXA

Figura fonte: CARVALHO, Benjamin. Acústica Aplicada à Arquitetura. Biblioteca Técnica Freitas Basto; 1967.

As superfícies convexas possuem como característica a difusão dos raios sonoros, como pode ser observado na
representação do coreto (figura 7) que tem o objetivo de propagar o som emitido em seu interior.

Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo
REFLEXÃO EM SUPERFÍCIE
CONVEXA
Fonte: SOUZA, Maria das Graças
Coelho; ANDRADE, Telma Cortês
Quadro. Acústica Arquitetônica.
LACAM – FAUFBA; 2011

S
FONTE SONORA LOCALIZADA
JUNTO À PAREDE CIRCULAR
Fonte: SOUZA, Maria das Graças
Coelho; ANDRADE, Telma Cortês
Quadro. Acústica Arquitetônica.
LACAM – FAUFBA; 2011

S
FONTE SONORA LOCALIZADA JUNTO À PAREDE
CIRCULAR

Catedral de Brasília - Oscar Niemeyer

https://www.youtube.com/watch?v=HL76BBphfj4
https://www.youtube.com/watch?v=o12N10tnTwI
FONTE SONORA LOCALIZADA EM
UM FOCO DA ELIPSE
Elipse - a soma das distâncias de qualquer um de seus pontos a cada um dos
seus focos F e F’ (pontos fixos) é sempre constante e igual ao seu eixo maior.

S F

Espaço com forma elíptica com fonte sonora localizada em um dos foco Elipse - Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS
todo raio emitido por esta fonte será refletido no outro foco. - Fonte: GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS
SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo
Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011

As superfícies elípticas devem ser evitadas, pois ela apresenta dois focos. Devido a sua propriedade comum
e exclusiva, ou seja, a soma das distâncias de qualquer um de seus pontos a cada um dos seus focos F e F’
(pontos fixos) é sempre constante e igual ao seu eixo maior. Sendo assim, o som emitido em um de seus
focos é propagado em todas as direções, mas audível de maneira inteligível apenas no outro foco.
Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo
FONTE SONORA NO FOCO DA
PARÁBOLA

Fonte: SOUZA, Maria das Graças


Coelho; ANDRADE, Telma Cortês
Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM
– FAUFBA; 2011

Figura fonte: CARVALHO, Benjamin. Acústica Aplicada à Arquitetura. Biblioteca Técnica Freitas Basto; 1967.

Devido a sua propriedade, as superfícies parabólicas são amplamente utilizadas dentro da acústica, principalmente em
espaços com palco e plateia como concha acústica. Na superfície parabólica (figura 12), quando a fonte sonora é
colocada sobre seu foco, o som refletirá sobre a superfície e sairá de forma paralela ao eixo da parábola, resultando
em boa audibilidade.
Fonte: INTERFERÊNCIA DAS FORMAS GEOMÉTRICAS NO PROJETO ACÚSTICO DAS EDIFICAÇÕES - Mariane Brito Azevedo
REFLEXÃO EM SUPERFÍCIE PLANA
E SUPERFÍCIE CURVA
Fonte: SOUZA, Maria das Graças
Coelho; ANDRADE, Telma Cortês
Quadro. Acústica Arquitetônica.
LACAM – FAUFBA; 2011
S1'

S S

As superfícies planas tornam-se mais fáceis de serem trabalhadas acusticamente, pode-se observar no primeiro caso
que todos os ouvintes receberiam os raios refletidos do teto distribuídos uniformemente em toda a extensão, enquanto
no segundo caso isso não seria verdadeiro.
PLANTA BAIXA COM TRÊS
SUPERFÍCIES DIFERENTES
Fonte: SOUZA, Maria das Graças
Coelho; ANDRADE, Telma Cortês
Quadro. Acústica Arquitetônica.
REFLEXÃO NO LACAM – FAUFBA; 2011
ÂNGULO RETO

FOCALIZAÇÃO DOS
RAIOS DA SUPER.
S

CÔNCAVA

EFEITO DISPERSIVO DA
SUPERFÍCIE CONVEXA
TETOS CURVOS
Aumento de intensidade em Melhor distribuição dos raios
apenas uma área. sonoros.

H=R

H
S S

R>2H
R

H>2R
S

Tetos curvos Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho;


concentração dos raios sonoros refletidos acima do nível da audição dos ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica
espectadores - efeito místico do som, aspecto sonoro bem característico das músicas Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
litúrgicas, comum nas igrejas católicas tradicionais.

Para trabalhar com as superfícies curvas é importante, conhecer o comportamento do som nestas e os objetivos a
serem alcançados. No caso de auditórios pode-se trabalhar um teto curvo de modo que o raio da curvatura seja duas
vezes maior que o pé direito do ambiente, e assim as reflexões do teto serão semelhantes ao do teto plano.
ESTUDO DAS REFLEXÕES ÚTEIS
S'

ABSORÇÃO REFLEXÃO

Perfil longitudinal
Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
DEFINIÇÃO DOS PLANOS DE
REFLEXÃO
S'''

S''

ABSORÇÃO

REFLEXÃO
S'
ABSORÇÃO

definição de planos de reflexão

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÕES SUCESSIVAS

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011

Persistência timpânica = vibração para mesmo som até 1/15 seg.


Tempo entre som direto e reflexão < 1/15seg = reforço sonoro.
Tempo entre som direto e reflexão > 1/15seg = eco.

O raio que parte de “S”, incide em “M”, reflete no ouvinte “O”, irá causar eco se ouvinte já tiver ouvido outro raio
que partiu de “S” e incidiu em “O” anteriormente, a mais de 1/15 segundos, e ele voltar a ouvir o mesmo som.
Se SM + MO – SO > 22 metros haverá eco.
REFLEXÕES SUCESSIVAS - ECO

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011

O raio que parte de “S” incide em “M” se reflete em “N” e volta para o espectador “O” que
já ouviu o som anteriormente e volta a ouvir depois de passados 1/15 segundos,
resultando na repetição de sons, denominada de eco
REFORÇO SONORO

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFORÇO SONORO

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011
REFLEXÕES ÚTEIS
S1' S2'

S1 S2

O PA LCO O

Fonte: SOUZA, Maria das Graças Coelho; ANDRADE, Telma Cortês Quadro. Acústica Arquitetônica. LACAM – FAUFBA; 2011

Em ambientes de grandes dimensões, os cantos podem provocar ecos se não forem


devidamente tratados com materiais absorventes.

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