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Geopoesia multiétnica: educação e enfronteiramento na Comunidade Quilombola

Kalunga de Goiás e do Tocantins

Este trabalho busca aproximar uma geopoesia multiétnica das questões da educação do
literário – ofertada nas escolas da Comunidade Quilombola Kalunga. Nos estados de
Goiás e Tocantins, os registros escolares nem sempre movimentam vocalidades,
corporalidade e identidades do centroeste-norte. Nossa proposta surge, pois, da
observação dos currículos, bem como de pesquisas realizadas com professores de
Língua Portuguesa que atuam numa territorialidade que abarca a literatura de campo.
Nesse sentido, diante do fenômeno de aculturação literária promovido pelo currículo
escolar, apontamos para uma produção literária, filosófica e pensamental, a qual surge
de narrativas plurais e diversificadas. Pensada a partir da ideia do “Corredor da
geopoesia” no cerrado (e não do corredor da miséria), concentrando no município de
Monte Alegre de Goiás, esta proposta objetiva fomentar o diálogo com o trabalho
realizado nas Escolas da região Quilombola Kalunga, com vistas a refletir sobre a
formação continuada dos professores que atuam nas unidades escolares que atendem as
populações e infâncias de bases quilombola. Nesse sentido, a geopoesia apresenta-se
como ferramenta basilar para pensar-sentir esses processos multiétnicos e as formas de
buscar o empoderamento pela consciência das fronteiras (enfronteiramentos) espaciais,
territoriais, discursivas e educacionais.
Palavras-chave: Geopoesia; ensino de literatura; Kalunga.

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