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Análise crítica da introdução do trabalho: “O estudo do caminho dos primeiros sinais do

transtorno do espectro do autismo (TEA) percebidos pelos pais até a realização do


diagnóstico”

 Há sinais de pertinência, atualização e abrangência?

A introdução nos encaminha para um estudo qualitativo cuja metodologia aplicada é de


caracteristica transversal, já que a autora busca na literatura sobre o tema (diagnóstico e
tempo de diagnóstico do TEA), pontos em comum entre as variáveis observadas nos outros
estudos.

Logo na introdução, fica claro a justificativa cientifica e social que o artigo em questão busca
atingir;

“...a avaliação da trajetória das famílias e o entendimento dos motivos


para uma demora no diagnóstico e consequentemente um atraso no
início do tratamento, poderemos contribuir para o planejamento de
programas de saúde pública de identificação precoce dos casos de TEA,
e a diminuição de seus custos. Isto pode acarretar em benefícios
diretos para crianças com TEA e suas famílias..”(BANDINI, SABRINA,
2017).

Logo em seguida, a autora também expõe sua hipótese; “ quanto mais precocemente for
identificado o TEA e iniciada a intervenção, maior a chance de sucesso em minimizar os
prejuízos e aumentar a qualidade de vida dessas crianças e suas famílias, com intervenção num
período crítico do desenvolvimento.” (BANDINI, SABRINA, 2017).

Com o objetivo de analisar os diversos pontos que levam ao diagnóstico, a tese baseia-se numa
enorme revisão sistemática para, então, levantar as questões consideradas importantes. O
foco nas revisões na literatura nos mostrou a atualização da sua tese além da sua abrangência,
podemos exemplificar com um trecho do item das revisões;

“Com o constante aumento da prevalência de TEA nas últimas


décadas, tem se intensificado pesquisas que exploram fatores
associados à idade de diagnóstico de TEA, e examinam o papel do nível
socioeconômico e de educação das famílias e suas relações com a
idade em que as crianças recebem diagnóstico” (BANDINI, SABRINA,
2017).

Enfatizando o ponto da abrangência e da atualização, ela discorre bastante sobre a trajetória


da epidemiologia dos casos ao e diferenças dos diagnósticos nos países em desenvolvimento e
os desenvolvidos, trazendo para sua tese a discussão científica (estado da arte);

“Há uma lacuna persistente na idade de diagnóstico entre os


níveis socioeconômicos. Em geral, latinos e negros são diagnosticados mais
tardiamente (4)

A pertinência da sua tese, ao nosso ver, é devido ao embasamento decorrente na literatura


clássica para explicar os fenômenos das diferentes síndromes citadas e se a tese conversa com
a realidade local do artigo; ela usa referencias nacionais básicas do CID-10 e também DSM –
4ªedição.

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