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PSICANALÍTICA EM
LACAN
ASPECTOS PRINCIPAIS
Retorno a Freud
Eu – Realidade psíquica x física
RSI
Linguística de Suassure: Significante/significado
Tempo Lógico – mudança da técnica
Estruturalismo de Lévi-Strauss
Novos conceitos: desejo, Outro, outro, objeto a, repetição, transferência (sujeito do
suposto saber), fantasia.
RSI - TÓPICA
REAL
É aquilo que resiste a qualquer simbolização;
O real é aquilo que não pode ser representado nem por palavras, nem por imagens:
ao real, falta representação psíquica.
SIMBÓLICO
Corresponde às relações entre inconsciente e linguagem;
Busca de pertencimento
Ex: Lacan: Brasileira vai para Paris entrevista-lo e ele pergunta se ela não quer ficar e fazer análise. Ela volta para o
Brasil, seu casamento acaba e ela decide retornar a França para fazer sua análise.
Ex2: Jovem entra no consultório errado dentro da clínica na qual era atendida a muito tempo.
Ex3: Jovem que já havia finalizado uma análise liga para o consultório do analista para pedir uma supervisão, mas
lhe pede “um horário”. O analista interpreta isso como demanda de análise.
Sintoma:
➢ Demanda endereçada aquela analista
➢ Passa de resposta a questão/ enigma
➢ A que o sintoma está respondendo/ MODO de GOZO do sujeito = O que fez fracassar o recalque em
permitir o retorno do recalcado constituindo o sintoma?
Sintoma Significante Implicação do sujeito
(sofrimento) (significado para o sujeito) com seu desejo
O enigma ($) é dirigido ao analista (S1), que ocupa o lugar de suposto saber,
entretanto, como o saber é impotente para dar conta da verdade do gozo a
manobra é fadada ao insucesso.
Frustração da demanda
O que se ouve é sempre um discurso, mas nada se tem a responder diante
disso, pois nada se pode compreender do outro. A demanda de resposta
nunca poderia ser atendida, pois não é uma demanda de palavras, o que se
pode fornecer, mas uma demanda de cura, de amor, de saber ...de preencher
o vazio que é impreenchível, nesse lugar é necessário calar, frustrar a
demanda para que ela se dirija para o que importa. “Sua demanda é
intransitiva, não implica nenhum objeto” (LACAN, p.623).
“o analista é aquele que sustenta a demanda, não, como se costuma dizer,
para frustrar o sujeito, mas para que reapareçam os significantes em que sua
frustração está retida” (LACAN, p.624).
2.DIGNÓSTICO DIFERENCIAL
Estrutura clínica Forma de negação Local de retorno fenômeno
Neurose Recalque Simbólico Sintoma
( Verdrängung)
1. O analista entra na série significante do analisante como Sq, a quem o analisante se remete. Ele é
mais um na série s (S1,S2,S3...).
2. A demanda (de cura do sintoma, de atenção...) é sempre demanda de amor. Ao surgimento do
desejo, sob a forma de questão, o analisante responde com amor. Cabe ao analista fazer surgir
nessa demanda a dimensão do desejo do Outro, levando o sintoma a categoria de enigma.
3. Transferência como repetição
4. Analista no lugar de desejo, do objeto a. O analista “faz de conta” por um tempo para levar
a cabo a análise. Por isso o sujeito saber é suposto, pois o analista sabe de sua ignorância.
MANEJO DA TRANSFERÊNCIA
É aí que se deve buscar o segredo da análise, ela deve ser estudada como uma
situação a dois. “os sentimentos do analista só tem um lugar possível nesse jogo: o
do morto; e que, ao ressucitá-lo, o jogo prossegue sem que se saiba quem o conduz.
Eis por que o analista é menos livre em sua estratégia que em sua tática” (p.595).
https://www.youtube.com/watch?v=v7hJP9uEMVE
POR QUE USAR?
Esquema L
“O Esquema L ilustra que a relação que o sujeito mantém consigo mesmo é mediada
por uma linha de ficção (a’ – a), em outras palavras, a relação que o sujeito dividido ($)
mantém com a imagem que faz de si mesmo, Eu (Moi), está na dependência do outro
(a) seu semelhante. A relação que o sujeito dividido ($) estabelece com o Outro,
tesouro dos significantes, está interposta também pelo eixo imaginário (a’ – a),
estabelecendo o que Lacan chamou de "muro da linguagem". Ou seja, quando um
sujeito comunica-se com um outro sujeito, a comunicação é sempre mediada pelo
imaginário” (2014).
MURO DA LINGUAGEM
O muro da linguagem demonstra, portanto, a obstrução que impede a comunicação direta
entre dois sujeitos.
“É a partir da ordem definida pelo muro da linguagem que o imaginário toma sua falsa
realidade, que é, contudo, uma realidade verificada. O eu, tal como o entendemos, o outro, o
semelhante, estes imaginários todos, são objetos. É verdade que eles não são homogêneos as
luas - e, a cada instante, corremos o risco de esquecer isto. Porém são, efetivamente, objetos
por serem assim denominados num sistema organizado que é o do muro da linguagem.
Quando o sujeito fala com seus semelhantes, fala na linguagem comum, que considera os eus
imaginários como coisas não unicamente ex-sistentes, porém reais. Por não poder saber o
que se acha no campo em que o dialogo concreto se dá, ele lida com um certo número de
personagens, a', a. Na medida em que o sujeito os põe em relação com sua própria imagem,
aqueles com quem fala são também aqueles com que quemse identifica”. (LACAN, 1954-
1955, pp. 307-308)
ESTÁDIO DO ESPELHO
O Estádio do espelho é o momento no qual o Infans se constitui enquanto imagem especular.
Trata-se de um momento extremamente alienante de constituição dialética e criação do eu ideal
imaginário no lugar do corpo despedaçado. A identificação com o semelhante, imago do Outro, é
o momento final do estádio do espelho. Esse é o momento no qual o sujeito é invadido pelo
Desejo do outro. "Esse momento que decisivamente faz todo o saber humano bascular para a
mediatização pelo desejo do outro, constituir seus objetos numa equivalência abstrata pela
concorrência de outrem, o que faz do eu esse aparelho para o qualquer impulso dos instintos
será um perigo, ainda que corresponda a uma maturação natural – passando desde então a
própria normalização dessa maturação a depender, no homem, de uma intermediação cultural,
tal como se vê, no que tange ao objeto sexual, no complexo de ‘Édipo'" (LACAN, 1949, pp. 101-
102).
RECONHECIMENTO – “VOCÊ É
MINHA MULHER”
"[...] esse mais além da palavra de onde provém esta mensagem implícita é o Outro,
que contribui assim para subordinar a linguagem humana a uma forma de
comunicação onde a nossa mensagem vem do Outro sob uma forma invertida".
(DOR, 1990, p. 159),
DIALÉTICA DO SENHOR E DO
ESCRAVO
HEGEL
O senhor arrisca a vida para se fazer reconhecer como senhor por
outro homem, e o escravo trabalha para o senhor cedendo uma
parte da sua produção. O senhor domina o escravo e este último
domina a natureza através do trabalho e do saber (DUNKER,
2011). Assim, o senhor só é senhor se o escravo o reconhecer
como tal, e o escravo sempre precisa estar submetido a um
senhor para ser escravo.
COMO USAR?
Corte no olhar
“fazer emergir o discurso do Outro” (p.40)
Projeção – fantasia
Transferência
Vergonha: satisfação/barreira
Nojo
Negação
QUANDO USAR?
Cada análise é uma análise
Diagnóstico
Entrevistas preliminares x análise
Com quem não usar
BIBLIOGRAFIA
QUINET, Antônio. As 4 + 1 condições de análise. Rio de Janeiro: Zahar.
Freud, S. O início do tratamento.
Novas observações sobre a técnica da psicanálise: I. Início do tratamento. (1913)
A questão das primeiras comunicações – A dinâmica da transferência. (1913)
A direção do tratamento e os princípios de seu poder (Lacan)