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A TÉCNICA

PSICANALÍTICA EM
LACAN
ASPECTOS PRINCIPAIS
Retorno a Freud
Eu – Realidade psíquica x física
RSI
Linguística de Suassure: Significante/significado
Tempo Lógico – mudança da técnica
Estruturalismo de Lévi-Strauss
Novos conceitos: desejo, Outro, outro, objeto a, repetição, transferência (sujeito do
suposto saber), fantasia.
RSI - TÓPICA
REAL
É aquilo que resiste a qualquer simbolização;

Comparece no imaginário como a falta de um saber;

Se inscreve na estrutura, a partir dos efeitos de sua impossibilidade;

O real é aquilo que não pode ser representado nem por palavras, nem por imagens:
ao real, falta representação psíquica.
SIMBÓLICO
Corresponde às relações entre inconsciente e linguagem;

Sua estrutura, é a mesma da linguagem;

A cadeia simbólica determina o homem antes do nascimento e depois de sua morte


(trata-se do campo do Outro, lugar onde se forma o sujeito)
IMAGINÁRIO
Trata-se do eixo do narcisismo (constituição narcísico-identitária);

Busca de pertencimento

Sede de todas as identificações imaginárias: o quanto nos olhamos no espelho,


revela nossa necessidade de reasseguramento da imagem
OBJETO A
objeto (pequeno) a
Termo introduzido por Jacques Lacan*, em 1960, para designar o objeto desejado
pelo sujeito* e que se furta a ele a ponto de ser não representável, ou de se tornar
um “resto” não simbolizável. Nessas condições, ele aparece apenas como uma
“falhaa-ser”, ou então de forma fragmentada, através de quatro objetos parciais
desligados do corpo: o seio, objeto da sucção, as fezes (matéria fecal), objeto da
excreção, e a voz e o olhar, objetos do próprio desejo*.
OUTRO
l. Andere (der); esp. otro; fr. Autre; ing. other
Termo utilizado por Jacques Lacan* para designar um lugar simbólico — o
significante*, a lei, a linguagem, o inconsciente, ou, ainda, Deus — que
determina o sujeito*, ora de maneira externa a ele, ora de maneira intra-
subjetiva em sua relação com o desejo*.
Pode ser simplesmente escrito com maiúscula, opondo-se então a um outro com
letra minúscula, definido como outro imaginário ou lugar da alteridade
especular.
Mas pode também receber a grafia grande Outro ou grande A, opondo-se então
quer ao pequeno outro, quer ao pequeno a, definido como objeto (pequeno) a*.
FANTASIA
Realidade psíquica
Vida imaginária do sujeito e a maneira como este representa para si mesmo sua história
ou a história de suas origens: fala-se então de fantasia originária.
Além da diversidade das fantasias de cada sujeito, Lacan postula a existência de uma
estrutura teórica geral, a fantasia fundamental, cuja “travessia” pelo paciente assinala a
eficácia da análise, materializada num remanejamento das defesas e numa modificação de
sua relação com o gozo
Resposta a pergunta “Que queres?” (Che vuoi?): O matema S◊a exprime a relação genérica
e de forma variável, porém nunca simétrica, entre o sujeito do inconsciente, sujeito barrado,
dividido pelo significante que o constitui, e o objeto (pequeno) a, objeto inapreensível do
desejo, que remete a uma falta, a um vazio do lado do Outro..
GOZO
Inicialmente ligado ao prazer sexual.
o conceito de gozo implica a ideia de uma transgressão da lei: desafio,
submissão ou escárnio.
O gozo, portanto, participa da perversão*, teorizada por Lacan como um
dos componentes estruturais do funcionamento psíquico, distinto das
perversões sexuais.
Posteriormente, o gozo foi repensado por Lacan no âmbito de uma teoria
da identidade sexual, expressa em fórmulas da sexuação* que levaram a
distinguir o gozo fálico do gozo feminino (ou gozo dito suplementar).
AS 4 + 1 CONDIÇÕES DA
ANÁLISE
ANTONIO QUINET
Tratamento de ensaio (Freud) ou entrevistas preliminares (Lacan): função
transferencial, sintomal e diagnóstica
Divã (quando? Transferência; Série significante; Retificação subjetiva)
Tempo da sessão (Tempo lógico: Tempo de ver, tempo de compreender, momento de
concluir)
Dinheiro (capital libidinal)
Ato analítico: passagem de analista a analisante (não necessariamente como
profissão)
Associação livre como regra de ouro da psicanálise
AS FUNÇÕES DAS
ENTREVISTAS PRELIMINARES
Se para Freud eram necessários alguns encontros iniciais no tratamento
psicanalítico a fim de promover um “ensaio”, para Lacan não há entrada em análise
sem as entrevistas preliminares:
EP = A EP # A
Onde se lê: entrevistas preliminares são iguais à análise, implicando que entrevistas
preliminares são diferentes da análise.
Para Lacan o ato psicanalítico parte do analista para transformar o ensaio em
análise, para identificar a passagem da fase do diagnóstico para a análise
propriamente dita (na prática o convite ao divã)
Funções das entrevistas preliminares:
1) Sintomal (sinto-mal)
2) Diagnóstica: neurose e psicose
3) Transferencial: ligar o paciente ao analista

Tempo de compreender = momento para deixar o paciente falar em associação livre,


entretanto é recomendável perguntar mais para entender: história, estrutura, fantasia e
diagnóstico do paciente. É um momento de cuidado com interpretações, pois ainda não há
transferência estabelecida.
 Verificação se há uma demanda de análise = fator de histericização na produção do sintoma
analítico.
1. A FUNÇÃO SINTOMAL
(SINTO-MAL)
Queixa x Sintoma
Demanda de análise = desvencilhar de um sintoma (como a demanda se particulariza em um
sujeito)
“Se conhecer melhor”, “por causa do filho, marido, mãe” = demanda recalcada (esperar um
pouco para verificar se existe demanda, pois se o sujeito está vindo para a análise talvez seu
engajamento libidinal diga de uma demanda que ainda não foi possível ser dita).

Ex: Lacan: Brasileira vai para Paris entrevista-lo e ele pergunta se ela não quer ficar e fazer análise. Ela volta para o
Brasil, seu casamento acaba e ela decide retornar a França para fazer sua análise.
Ex2: Jovem entra no consultório errado dentro da clínica na qual era atendida a muito tempo.
Ex3: Jovem que já havia finalizado uma análise liga para o consultório do analista para pedir uma supervisão, mas
lhe pede “um horário”. O analista interpreta isso como demanda de análise.
Sintoma:
➢ Demanda endereçada aquela analista
➢ Passa de resposta a questão/ enigma
➢ A que o sintoma está respondendo/ MODO de GOZO do sujeito = O que fez fracassar o recalque em
permitir o retorno do recalcado constituindo o sintoma?
 
Sintoma Significante Implicação do sujeito
(sofrimento) (significado para o sujeito) com seu desejo

“O sintoma, aparece como um significado do Outro - s(A) -, é endereçado pela cadeia de


significantes ao analista, que está no lugar do Outro – (A)- cabendo-lhe transformar esse sintoma
na questão que Lacan denomina “Que queres?” (Che voi?), questão chamada desejo” (QUINET,
2007, p.17).
O analista faz parte da formação do sintoma como sintoma analítico e
completa o sintoma do paciente.
“o Inconsciente só existe na relação” : Discurso da histérica : Histericização
do discurso.

O enigma ($) é dirigido ao analista (S1), que ocupa o lugar de suposto saber,
entretanto, como o saber é impotente para dar conta da verdade do gozo a
manobra é fadada ao insucesso.  
Frustração da demanda
O que se ouve é sempre um discurso, mas nada se tem a responder diante
disso, pois nada se pode compreender do outro. A demanda de resposta
nunca poderia ser atendida, pois não é uma demanda de palavras, o que se
pode fornecer, mas uma demanda de cura, de amor, de saber ...de preencher
o vazio que é impreenchível, nesse lugar é necessário calar, frustrar a
demanda para que ela se dirija para o que importa. “Sua demanda é
intransitiva, não implica nenhum objeto” (LACAN, p.623).
“o analista é aquele que sustenta a demanda, não, como se costuma dizer,
para frustrar o sujeito, mas para que reapareçam os significantes em que sua
frustração está retida” (LACAN, p.624).
2.DIGNÓSTICO DIFERENCIAL
Estrutura clínica Forma de negação Local de retorno fenômeno
Neurose Recalque Simbólico Sintoma
( Verdrängung)

Perversão Desmentido Simbólico Fetiche


(Verleugnung)

Psicose Foraclusão Real Alucinação


(Verwerfung)
NEUROSE
Neurose: sintoma é a organização simbólica do sujeito – fantasia
Posição do sujeito em relação ao Outro
Posição do sujeito em relação ao Objeto
Como o sujeito GOZA:
Fantasia ($ <> a) – Posição do sujeito em relação ao objeto.
NEUROSE: HISTERIA
FALTA: Outro do desejo marcado pela falta e pela impotência em alcançar o gozo,
por isso ele/a se queixa. Outro tem o lugar dominante e ele/a fica como objeto. “não
fui eu, foi o outro”. Reivindicação ao outro a quem ela não deve nada, o Outro é
quem lhe deve.
PAI: Histérica desmascara o senhor mas está sempre a procura de um novo mestre.
Estimula o desejo do outro e dele se furta como objeto – é o que confere a marca da
insatisfação a seu desejo.

SEXO: Questão: Sou homem ou sou mulher?


NEUROSE: OBSESSIVO
FALTA: Outro goza (pai da orda primitiva) – outro a quem nada falta e, portanto,
não deve desejar = O obsessivo anula o desejo do outro.
PAI: Outro comanda, legifera e vigia. Significantes: pai e morte. (paternidade,
trabalho, dinheiro, justiça e legalidade). Temas implícitos: lei e dívida simbólica
SEXO: Desejo marcado pela impossibilidade, anula o seu desejo e tenta preencher
todas as lacunas com significantes para barrar o gozo: sintomas de duvidar, calcular,
contar, repetir. Outro=mestre, Obsessivo = escravo.

Questão: Estou vivo ou estou morto?


PERVERSÃO:
SADISMO, MASOQUISMO,
FETICHISMO
FALTA: denegação, não há
PAI: Lei é para os outros, não para mim. O corpo do outro serve ao meu prazer.
SEXO: Comandado pelo desejo. Brilho no nariz.

Questão: Estou vivo ou estou morto?


PSICOSE
ESQUIZOFRENIA, MANIA,
PARANÓIA
Sintomas: distúrbios de linguagem; vozes alucinadas; intuições delirantes; ecos de
pensamento; pensamentos impostos , automatismo mental (que são ideias que não
podem ser dialetizáveis, certezas delirantes).

Psicose estabilizada ou ordinária: não há sintoma elementar (alucinação) entretanto


existem três classes de sintomas que devem ser observados
Sintomas relacionados a linguagem: estranhamento diante de uma linguagem dando a
impressão de solidez, pouca dialetização, falta de entendimento de ironias, metáforas,
piadas, tudo é ou não é, obediência a regras de forma quase alienada);
Sintomas relacionados ao laço social: dificuldades ou relações pouco usuais com o
outro.
Sintomas relacionados ao corpo: contenção do desmembramento do corpo (não há
simbolização do corpo próprio).
DIREÇÃO DO TRATAMENTO
NA PSICOSE
Secretariado do alienado: não é uma análise, na medida em que não vai fazer a
“desconstrução”/ o corte/ a cisão da fala do analisante para se chegar a
fantasia simbólica à qual o sujeito responde.
No tratamento do psicótico o analista irá fazer a construção de redes de apoio, laços
familiares, de trabalho, afetivos que garantam a estabilização do sintoma para que o
paciente viva da melhor maneira possível.
O analista não vai ocupar a posição de Outro (convocando o simbólico e fazendo
interpretações), não vai se colocar na posição de alguém que sabe mais do que o
paciente para não se transformar em um perseguidor.
Na análise com um psicótico quem é o sujeito do suposto saber é o paciente, ele faz
as interpretações e o analista as recolhe e ajuda o paciente a dar contorno ao que
sente não deixando que o delírio o impossibilite de viver bem.
TRANFERÊNCIA = SSS
– SUJEITO SUPOSTO SABER
Transferência é função do analisante, cabe ao analista saber usá-la. Interpretar na transferência e não a
transferência.
SSS: aquele que é constituído pelo analisante na figura de seu analista.

1. O analista entra na série significante do analisante como Sq, a quem o analisante se remete. Ele é
mais um na série s (S1,S2,S3...).
2. A demanda (de cura do sintoma, de atenção...) é sempre demanda de amor. Ao surgimento do
desejo, sob a forma de questão, o analisante responde com amor. Cabe ao analista fazer surgir
nessa demanda a dimensão do desejo do Outro, levando o sintoma a categoria de enigma.
3. Transferência como repetição
4. Analista no lugar de desejo, do objeto a. O analista “faz de conta” por um tempo para levar
a cabo a análise. Por isso o sujeito saber é suposto, pois o analista sabe de sua ignorância.
MANEJO DA TRANSFERÊNCIA
É aí que se deve buscar o segredo da análise, ela deve ser estudada como uma
situação a dois. “os sentimentos do analista só tem um lugar possível nesse jogo: o
do morto; e que, ao ressucitá-lo, o jogo prossegue sem que se saiba quem o conduz.
Eis por que o analista é menos livre em sua estratégia que em sua tática” (p.595).

Segundo Lacan “é como proveniente do Outro da transferência que a fala do


analista continua a ser ouvida” (p.597), e não se aproveitando do lugar que o
paciente o coloca na transferência, o que só provocaria resistência. É preciso
reinventar a análise, “tratando a transferência como uma forma particular da
resistência” (p.598).
RETIFICAÇÃO SUBJETIVA
Sintoma: caindo doente o Homem dos Ratos evita de casar = não escolhe na vida real entre a dama que
ama e a vontade do pai.
Introduz a ética = ética do desejo como resposta a patologia do ato. “qual é a sua participação na
desordem da qual você se queixa?”.
“Trata-se de introduzir o sujeito em sua responsabilidade na escolha de sua neurose e em sua submissão
ao desejo como desejo do Outro. A retificação subjetiva aponta para que lá onde o sujeito não pensa,
ele escolhe; lá onde pensa, é determinado, introduzindo o sujeito na dimensão do Outro” (QUINET,
2007, p. 34).
Obsessivo: retificação da causalidade = sua impossibilidade de agir é causada a sua modalidade de
sustentação do desejo como impossível.
Histérica: Implicação do sujeito na sua reivindicação/demanda ao Outro. Fazendo-a mudar da posição
de vítima sacrificada a posição de agente da intriga e que sustenta seu desejo na insatisfação.
 
A transferência é a segurança do analista, e a relação com o real, o terreno em que
se decide o combate. Pela transferência o analista pode traduzir a posição do
paciente diante do Outro, onde este estaria imerso na sua relação com a ordem
simbólica que o preexiste e segundo a qual ele está estruturado. O analista localiza
o sujeito no Real mesmo que isso o precipite no sintoma. Seria mostrar como o
sujeito goza com o sintoma, como ele corrobora para seu sofrimento e está bem
adaptado a este. Seria o processo hegeliano de inversão da posição da bela alma
quanto à realidade que ela denuncia. Freud acaba não obtendo sucesso ao enunciar
para suas pacientes o seu gozo no sintoma, como no caso Dora. Lacan defende que
é por que aí justamente estaria o princípio de seu poder, não servir-se do que sabe
como sugestão e atuar na transferência. Essa atuação precisa levar em conta o mito
individual do sujeito neurótico para sua aplicação, caso contrário é inócua (Lacan,
1958)
O USO DO DIVÃ
O USO DO DIVÃ
O divã como símbolo da Psicanálise: ponto de partida
As psicoterapias de inspiração psicanalítica: poltrona/divã
Alguns analistas invertem a posição do divã: qual o limite das adaptações
O divã é condição para a análise

https://www.youtube.com/watch?v=v7hJP9uEMVE
POR QUE USAR?
Esquema L

“O Esquema L ilustra que a relação que o sujeito mantém consigo mesmo é mediada
por uma linha de ficção (a’ – a), em outras palavras, a relação que o sujeito dividido ($)
mantém com a imagem que faz de si mesmo, Eu (Moi), está na dependência do outro
(a) seu semelhante. A relação que o sujeito dividido ($) estabelece com o Outro,
tesouro dos significantes, está interposta também pelo eixo imaginário (a’ – a),
estabelecendo o que Lacan chamou de "muro da linguagem". Ou seja, quando um
sujeito comunica-se com um outro sujeito, a comunicação é sempre mediada pelo
imaginário” (2014).
MURO DA LINGUAGEM
O muro da linguagem demonstra, portanto, a obstrução que impede a comunicação direta
entre dois sujeitos.

“É a partir da ordem definida pelo muro da linguagem que o imaginário toma sua falsa
realidade, que é, contudo, uma realidade verificada. O eu, tal como o entendemos, o outro, o
semelhante, estes imaginários todos, são objetos. É verdade que eles não são homogêneos as
luas - e, a cada instante, corremos o risco de esquecer isto. Porém são, efetivamente, objetos
por serem assim denominados num sistema organizado que é o do muro da linguagem.
Quando o sujeito fala com seus semelhantes, fala na linguagem comum, que considera os eus
imaginários como coisas não unicamente ex-sistentes, porém reais. Por não poder saber o
que se acha no campo em que o dialogo concreto se dá, ele lida com um certo número de
personagens, a', a. Na medida em que o sujeito os põe em relação com sua própria imagem,
aqueles com quem fala são também aqueles com que quemse identifica”. (LACAN, 1954-
1955, pp. 307-308)
ESTÁDIO DO ESPELHO
O Estádio do espelho é o momento no qual o Infans se constitui enquanto imagem especular.
Trata-se de um momento extremamente alienante de constituição dialética e criação do eu ideal
imaginário no lugar do corpo despedaçado. A identificação com o semelhante, imago do Outro, é
o momento final do estádio do espelho. Esse é o momento no qual o sujeito é invadido pelo
Desejo do outro. "Esse momento que decisivamente faz todo o saber humano bascular para a
mediatização pelo desejo do outro, constituir seus objetos numa equivalência abstrata pela
concorrência de outrem, o que faz do eu esse aparelho para o qualquer impulso dos instintos
será um perigo, ainda que corresponda a uma maturação natural – passando desde então a
própria normalização dessa maturação a depender, no homem, de uma intermediação cultural,
tal como se vê, no que tange ao objeto sexual, no complexo de ‘Édipo'" (LACAN, 1949, pp. 101-
102).
RECONHECIMENTO – “VOCÊ É
MINHA MULHER”
"[...] esse mais além da palavra de onde provém esta mensagem implícita é o Outro,
que contribui assim para subordinar a linguagem humana a uma forma de
comunicação onde a nossa mensagem vem do Outro sob uma forma invertida".
(DOR, 1990, p. 159),
DIALÉTICA DO SENHOR E DO
ESCRAVO
HEGEL
O senhor arrisca a vida para se fazer reconhecer como senhor por
outro homem, e o escravo trabalha para o senhor cedendo uma
parte da sua produção. O senhor domina o escravo e este último
domina a natureza através do trabalho e do saber (DUNKER,
2011). Assim, o senhor só é senhor se o escravo o reconhecer
como tal, e o escravo sempre precisa estar submetido a um
senhor para ser escravo.
COMO USAR?
Corte no olhar
“fazer emergir o discurso do Outro” (p.40)
Projeção – fantasia
Transferência
Vergonha: satisfação/barreira
Nojo
Negação
QUANDO USAR?
Cada análise é uma análise
Diagnóstico
Entrevistas preliminares x análise
Com quem não usar
BIBLIOGRAFIA
QUINET, Antônio. As 4 + 1 condições de análise. Rio de Janeiro: Zahar.
Freud, S. O início do tratamento.
Novas observações sobre a técnica da psicanálise: I. Início do tratamento. (1913)
A questão das primeiras comunicações – A dinâmica da transferência. (1913)
A direção do tratamento e os princípios de seu poder (Lacan)

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