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Quem são os Arautos do Evangelho -

Mons. João S. Clá Dias


htt ps://youtu.be/iCnQg7Kjd6k

Fundador: uma nova maneira de seguir


a Jesus Cristo | (Arautos sem segredos,
31 ago 2021)
htt ps://youtu.be/3ogdR9v1G-U

O HÁBITO dos Arautos | (Arautos sem


segredos, 23 nov. 2021)
https://youtu.be/wY-4vxB_KT0

A disciplina pode mudar a sua vida,


como mudou a nossa! | (Arautos sem
segredos, 27 mai 2021)
htt ps://youtu.be/AmiIXfycK-o

htt ps://www.arautos.org/a-verdade-sobre-os-arautos

MENTIRA ou VERDADE? Qual você


escolhe? Arautos do Evangelho -
Arautos sem Segredos
htt ps://youtu.be/FXl9SbYlToI
Dom Beni: Monsenhor João e os
Arautos são um dom de Deus para
a Igreja Nem um minuto para ler

https://youtu.be/rbxKQMSRrK8
por Arautos Véritasem 23 de novembro de 20191 comentárioem Dom Beni: Monsenhor João e os
Arautos são um dom de Deus para a IgrejaNem um minuto para ler
Tendo conhecimento das calúnias que estão sendo veiculadas contra os Arautos do
Evangelho e contra seu fundador, pelos meios de comunicação, Dom Benedito
Beni dos Santos quis deixar consignado, em entrevista publicada por TV Arautos
no dia 18 de novembro de 2019, o seu testemunho como bispo da Igreja Católica e
grande conhecedor desta Instituição e de seu fundador.

Dom Beni está ligado aos Arautos do Evangelho desde 2002, quando foi designado
por Dom Cláudio Hummes para acompanhá-los na organização do seminário de
Filosofia e Teologia, procurando “professores competentes, fiéis ao magistério da
Igreja para lecionar neste seminário”.

A respeito do fundador da Instituição, Dom Beni dá seu testemunho:

“Mons. João Clá é, na realidade, uma pessoa completa, vamos dizer, é


uma dádiva de Deus para a Igreja. Em primeiro lugar, porque ele
ensina através do seu testemunho de vida”.

E acrescenta:

“Os Arautos anunciam o Evangelho não só com a boca, mas com o


testemunho de vida”.

Após discorrer a respeito da espiritualidade da Instituição, Dom Beni mostra como


ela desenvolve uma evangelização atual, de acordo aos ensinamentos do Concílio
Vaticano II. Afirma:

“Os Arautos do Evangelho são um dom para toda a Igreja, porque são
missionários, mas, ao mesmo tempo, são contemplativos, são monges,
realizam missões em diversas partes do Brasil que, sobretudo, têm como
centro Nossa Senhora”.

Dom Beni, entretanto, não foge da realidade: “É claro que todos os movimentos
da Igreja enfrentam problemas”, e conclui:

“Olhando a vida e a atuação dos Arautos do Evangelho, nós podemos


dizer que eles permanecem fiéis ao ensinamento da Igreja, fiéis ao
Evangelho”.
Dom Dimas Lara Barbosa elogia a
participação dos Arautos em
Campo Grande 2 minutos para ler

por Arautos Véritasem 18 de novembro de 20197 comentáriosem Dom Dimas Lara Barbosa elogia a
participação dos Arautos em Campo Grande2 minutos para ler
Reproduzimos abaixo uma notícia do portal digital Campo Grande News, que traz
um elogio de Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande, à atuação
dos Arautos do Evangelho na Igreja. A instituição desenvolve atividades de
apostolado e pastoral desde há anos, nesta arquidiocese, sempre em sintonia com as
instruções diocesanas e o clero local.

Fonte: https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/-sem-queixas-
afirma-dom-dimas-sobre-arautos-do-evangelho

“Sem queixas”, afirma Dom Dimas sobre Arautos do


Evangelho
Integrantes da associação religiosa participam de atividades da igreja com
frequência, afirma arcebispo

Procurado nesta segunda-feira (28) para se manifestar sobre a associação religiosa


Arautos do Evangelho, que mantém unidade em Campo Grande e está sendo alvo
de investigação pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo), o arcebispo Dom
Dimas Lara Barbosa elogiou a participação dos integrantes da entidade na Igreja
Católica. Disse que são sempre solícitos, que participam das reuniões do clero,
ajudam os padres quando são chamados e que tem informações de contribuição
com a Pastoral Carcerária, por exemplo.
Dom Dimas durante missa na sede dos Arautos do Evangelho em Campo Grande.
“Na nossa diocese não tem nenhuma queixa contra os
Arautos”
— Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo
“Eles estão ajudando a Pastoral Carcerária, atendendo em uma das unidades
prisionais”, afirmou Dom Dimas . “Na nossa diocese não tem nenhuma queixa
contra os Arautos que estão aqui em Campo Grande”, respondeu à reportagem.

Dom Dimas já realizou, inclusive, celebrações religionas na “casa” dos Arautos,


como descrito no site da associação, que disponibiliza imagens do bispo durante
missa de Páscoa do ano de 2016.

O Campo Grande News esteve na missa realizada no domingo, na sede do Arautos


do Evangelho, no Bairro Rita Vieira. No local, a opinião mais comum apresentada
por frequentadores é de que a ridigez adotada para quem participa das atividades da
associação é o que mais atrai as pessoas.

Nenhum representante deu declarações. No programa Fantástico, da Rede Globo,


pela segunda edição, foram apresentadas denúncias que fazem parte da
investigação do MPSP, entre elas alienação parental e até castigos físicos.
ATUALIDADE

Dom Irineu afirma não ter nada


contra a história e serviços
prestados pelos Arautos 5 minutos para ler

por Arautos Véritasem 29 de novembro de 20195 comentáriosem Dom Irineu afirma não ter nada
contra a história e serviços prestados pelos Arautos5 minutos para ler
Redação (Quarta-feira, 27-11-2019, Gaudium Press)

O programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, há um mês, transmitiu dois


programas sucessivos, nos dias 20 e 27 de outubro deste ano, veiculando diversas
inverdades contra a Associação Arautos do Evangelho. No último programa,
surpreendeu a inserção de uma carta do bispo de Ituiutaba (MG) Dom Irineu
Andreassa, OFM com data de 25 de outubro. O programa comenta que o prelado
“não recomenda a adesão dos fiéis católicos” aos Arautos e que “agem de má fé,
induzindo as pessoas de boa fé ao engano e à dúvida”. Na realidade, a verdade é
outra.

Comentou o Papa Emérito Bento XVI que a pior


perseguição que possa existir seria aquela que envolvesse os
próprios católicos
No contexto de perseguição religiosa que abate a Igreja nos últimos tempos, uma
das táticas das hostes anti católicas é incitar o ódio entre os próprios fiéis e seus
legítimos pastores. Nesse sentido, comentou o Papa Emérito Bento XVI que a pior
perseguição que possa existir, seria aquela que envolvesse os próprios católicos. E tal
perseguição interna não pode prosperar, é claro, sem a colaboração de agentes
externos.

Precisamente foi esse o embuste empregado pelo programa do Fantástico ao


insinuar que os Arautos do Evangelho estivessem, de uma parte, em oposição aos
Pastores da Igreja, ao mesmo tempo que estes (menciona apenas um na realidade)
estariam em desacordo com a entidade. Pois bem, tal foi o efeito falacioso da
reportagem que até mesmo a revista católica Vida Nueva (da Espanha), entre
outros, veiculou que Dom Irineu Andreassa discordasse da atuação da entidade em
sua Diocese. Com efeito, trata-se de uma absoluta falsidade comprovada pelos
fatos.

A verdade é que os Arautos do Evangelho sempre procuram desempenhar suas


ações evangelizadoras e caritativas em total harmonia com as autoridades
eclesiásticas e civis, recebendo delas milhares de cartas de recomendação por todo o
orbe. O autêntico espírito eclesial pode ser comprovado no próprio episódio em
questão, pois dois membros da Associação se dirigiram respeitosamente ao bispo
local, na Catedral de Ituiutaba, no dia 19/10/2019, para um diálogo fraterno,
atendendo com prontidão às ponderações do prelado.

Uma das últimas cartas contendo elogios à Associação, a contrario sensu, foi
enviada pelo próprio bispo de Ituiutaba, na qual esclarece o imbróglio que
envolveu a sua Diocese e os Arautos do Evangelho. Desse modo, pois, restabelece a
verdade.

“A utilização do referido documento por aquela emissora


está completamente fora do contexto das razões que o
originaram e muito longe de fundamentar as reportagens
transmitidas”
— Dom Irineu Andreassa, bispo diocesano
Na missiva remetida para esta Associação no dia 18 de novembro, Dom Andreassa
esclarece desde logo que a sua carta foi manipulada “de maneira incauta”, de modo
a criar confusão na mente dos fiéis. Eis as suas palavras iniciais:

“Vimos por meio desta, esclarecer que o documento apresentado pela


Rede Globo de televisão no dia 20/10/2019 [na realidade dia 27], não foi
com o nosso conhecimento e não teve a nossa aquiescência, sendo certo
que, a utilização do referido documento por aquela emissora está
completamente fora do contexto das razões que o originaram e muito
longe de fundamentar as reportagens transmitidas, já que de maneira
incauta, tentou vincular injustamente a nossa Diocese com as respectivas
matérias televisivas”.

O prelado franciscano manifestou ainda seu repúdio à maneira como o tema foi


tratado pelo programa do Fantástico:

“Resta consignar que não compactuamos de maneira alguma com a


forma pela qual as referidas reportagens foram exibidas pela Rede
Globo de televisão, pois de maneira feroz e sem pudor algum, disparou
contra a moralidade da Igreja Católica Apostólica Romana e seus fiéis”.

Além de ter colocado os telespectadores em equívoco sobre as ações pastorais dos


Arautos do Evangelho o prelado atestou que “o programa do Fantástico de 27 de
outubro de 2019 fez acreditar que havia uma retaliação aos Arautos do Evangelho,
pelo Bispo de Ituiutaba”.

Em seguida, repelindo o teor das falaciosas acusações contra a Associação,


asseverou:

“Isso sim foi maldoso e descabido, […] desencadeando uma iminente


divisão entre os cristãos. Mais ainda, criaram factoides, como se Bispos
da Igreja não aceitassem os Arautos do Evangelho”.
“Nós repudiamos de maneira veemente essa vinculação
[feita] pela Emissora de TV Rede Globo, […] fazendo
parecer que a Diocese de Ituiutaba e seu Bispo acusam os
Arautos do Evangelho. ISSO NÃO É VERDADE”
— Dom Irineu Andreassa, bispo diocesano
Nessa esteira, Dom Irineu quis ainda ressaltar o quilate do desserviço que a mídia
pode causar à sociedade e à Igreja, promovendo a discórdia entre os seus membros e
seus pastores:

“Por isso, nós repudiamos de maneira veemente essa vinculação [feita]


pela Emissora de TV Rede Globo, […] colocando as palavras do Bispo
fora do contexto, e assim fazendo parecer que a Diocese de Ituiutaba e
seu Bispo acusam os Arautos do Evangelho. ISSO NÃO É VERDADE”
[destaque do original].

Esclarecendo ainda as “palavras fora do contexto”, Dom Irineu demonstrou a sua


consideração para com os Arautos, repudiando mais uma vez a tática
sensacionalista de colocar os católicos uns contra os outros:

“Não temos nada contra a história e serviços prestados por essa


Associação, […] pois as matérias da maneira que foram feitas,
acabaram por colocar muitos cristãos em dúvidas e põe em xeque as
ações e obras da Igreja Católica Apostólica Romana”.

Por fim, o prelado utilizou-se de uma sugestiva passagem dos Atos do Apóstolos
(5,38-39):

“Se esta obra é de homens, não triunfará. Mas se é de Deus, não a


combatais, pois estareis combatendo o próprio Deus” [destaque no
original].

Num contexto em que Igreja é cada vez mais perseguida[1], esta lição dos Atos dos
Apóstolos, sublinhada pelo Bispo de Ituiutaba, não pode ser mais atual…

[1] Cf. Aiuto alla Chiesa che soffre. Perseguitati più che mai. Focus sulla
persecuzione anticristiana trai il 2017 e il 2019. Online: https://acs-italia.org/wp-
content/uploads/ACN-Perseguitati-piu%CC%80-che-mai_ITA_web.pdf

DEPOIMENTOS
Em defesa dos Arautos do
Evangelho 2 minutos para ler

por Arautos Véritasem 14 de novembro de 20197 comentáriosem Em defesa dos Arautos do


Evangelho2 minutos para ler
O Prof. Sampel teve a amabilidade de nos enviar o seguinte artigo, publicado por
iniciativa dele no site da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC) e na Revista
Missões, onde ele escreve semanalmente. Com efeito, ele disse estar
“acompanhando estupefato” ao linchamento midiático do qual os Arautos do
Evangelho têm sido objeto sistemático. Temos muita alegria em reproduzir aqui o
artigo do Prof. Sampel, ao mesmo tempo que lhe agradecemos seu apoio e
amizade.

pelo Prof. Edson Luiz Sampel (*)

Os Arautos do Evangelho, instituição católica fidelíssima ao magistério da Igreja,


vem sofrendo perseguição implacável. Digladiam contra a referida instituição os
invejosos de todos os vernizes. Querem-na em ruínas, porque não toleram o
exuberante crescimento vocacional nas fileiras dos Arautos. Desdenham da
maravilhosa liturgia que os Arautos executam. Além disso, os detratores aderiram
à vaga de protestantizar a Igreja católica e, por conseguinte, aborrecem homilias e
ensinamentos em que se discorre sobre céu, inferno, purgatório, intercessão dos
santos, virgem Maria, hóstia sacrossanta, sucessão petrina, unicidade da Igreja
católica etc.

Anos atrás, a vítima dos algozes do catolicismo era o Opus Dei, prelazia
igualmente observante estrita do magistério da Igreja. Os Arautos do Evangelho
constituem reserva lídima do catolicismo. Hoje em dia, desgraçadamente, em
muitíssimas igrejas católicas, prega-se doutrina tão politicamente correta, a ponto
de o discurso do padre ser bem-recebido em qualquer comunidade evangélica.
Lamentável!

As acusações parecem mesmo de sabor kafkiano. Loucura total! Não há provas


robustas; apenas o ramerrão dos ínvidos! Demais, as reportagens veiculadas
recentemente desconsideraram o código de ética do jornalismo, que manda ouvir
sempre o acusado ou, então, escutaram-no insuficientemente.

O Vaticano interveio, quiçá instado por denúncias descabidas. De qualquer modo,


o decreto que determinou o comissariado de dom Raymundo Damasceno
encontra-se eivado de nulidade, porquanto os Arautos do Evangelho compõem
associação privada de fiéis, e não pública, com a incompetência absoluta do
dicastério interventor, a cargo de dom João Braz de Aviz, consoante reza o cânon
318, §1.º do código canônico. Situação diferente diz respeito às duas entidades,
masculina e feminina, espiritualmente ligadas aos Arautos do Evangelho. Porém,
o decreto, ao que tudo indica, padece de clareza e não declina nenhum fato
concreto grave.

Esperamos que nosso amantíssimo papa Francisco, sempre tão sensível aos
clamores do povo de Deus, dê um basta a esse imbróglio jurídico, ordenando a
cessação de procedimentos tumultuosos, desprovidos de base fática, que sobreposse
angustiam número imenso de cristãos, os quais colhem os mais sazonados frutos
do catolicismo a partir do trabalho indefesso dos Arautos do Evangelho.

(*) Edson Luiz Sampel é Professor da Faculdade de Direito Canônico São Paulo


Apóstolo, da Arquidiocese de São Paulo

REFUTAÇÕES

Reportagem sobre os Arautos do


Evangelho em Campos 6 minutos para ler

por Arautos Véritasem 13 de novembro de 20194 comentáriosem Reportagem sobre os Arautos do


Evangelho em Campos6 minutos para ler
Em 3 de novembro de 2019, o jornal online Terceira Via — portal de notícias de
Campos dos Goytacazes, RJ — publicou um artigo de cinco páginas,
mencionando recentes denúncias de violência, abuso sexual, racismo e maus tratos
supostamente praticados pela Associação Arautos do Evangelho. O noticiário
entrevistou a mãe de um jovem campista que frequentou a Associação por alguns
anos, e transmitiu o parecer de dois eclesiásticos: Dom Roberto Francisco, bispo da
diocese de Campos, e Dom Fernando Rifan, bispo da Administração Apostólica
São João Maria Vianney.

Sob o título “Arautos do Evangelho se defendem — Grupo da Igreja Católica


rebate denúncias de maus tratos e abuso sexual repercutidas na mídia nacional“, a
reportagem também publicou as respostas do Pe. João Carlos Barroso, dos Arautos
do Evangelho, às perguntas feitas pelo jornal acerca da origem de tais acusações,
bem como sobre o modo de proceder da Associação frente à campanha que esta
sofre.

Pelo interesse que estas perguntas suscitam, oferecemos aos nossos leitores esta
entrevista, que foi publicada na íntegra.

A reportagem do Terceira Via procurou os Arautos do Evangelho, em Campos. Por


meio do padre João Carlos Barroso, a assessoria de imprensa da ordem em São
Paulo respondeu algumas perguntas sobre a organização religiosa, e sobre a
repercussão negativa a partir das denúncias veiculadas pelo Fantástico.
Terceira Via: Como a comunidade Arautos do Evangelho reage às denúncias
recentes na mídia?

As notícias veiculadas pela imprensa são oriundas de um


minúsculo grupo de desafetos da entidade, que encontrou
amparo num setor de mídia sensacionalista e parcial
Pe. João Carlos: Antes de tudo, é necessário reiterar que as notícias veiculadas pela
imprensa são oriundas de um minúsculo grupo de desafetos da entidade. Eles
encontraram amparo na mídia sensacionalista para dar vazão às suas ilações, que já
circulavam pela internet há certo tempo. Qualquer pessoa sensata entrevê por trás
desse linchamento midiático uma autêntica perseguição religiosa. O
posicionamento da comunidade pode ser descrito da seguinte forma: de uma parte,
muita tranquilidade, por saber que todas as acusações são completamente falsas ou
manifestamente exageradas. De outra parte, existe o sentimento de
inconformidade pelos ataques injustos, contraditórios e na maioria baseados em
testemunhos anônimos. Pelo desproporcional espaço dedicado aos detratores e pela
manipulação de informações – algumas delas sob segredo de justiça – desconfia-se
da imparcialidade de certos meios de comunicação.

TV: Há quanto tempo os Arautos estão em Campos?

JC: Os Arautos do Evangelho estão em Campos desde a fundação da entidade em


1999.

TV: A ordem religiosa é conhecida pela devoção a Cristo, e também pelo rigor
disciplinar dos meninos, procede?

JC: De fato, a devoção de todo católico se dirige em primeiro lugar a Cristo. Une-
se ainda a essa centralidade, a devoção à sua Mãe, Nossa Senhora, e à cátedra de
Pedro, como pilares da espiritualidade dos Arautos do Evangelho. A disciplina
vigente na entidade segue as imemoriais práticas católicas, em conformidade com
as leis de Deus e dos homens. Ora, todo cristão está chamado à perfeição
evangélica, à qual não é alcançada sem o que hoje se chama de “foco”. Em outras
palavras, as obras materiais e espirituais de valor sempre demandam ordem, força
de vontade e concentração, sempre com o auxílio da graça de Deus.

TV: Para os frequentadores da paróquia no Parque Imperial e para a comunidade,


mudou alguma coisa nestas duas semanas?

Como em todas as perseguições anticatólicas, a presente


campanha serve de fator de afervoramento e crescente
apoio às nossas atividades
JC: Como em todas as perseguições anticatólicas, há grande afervoramento
daqueles que realmente nos conhecem e crescente apoio às nossas atividades. A
comunidade de Campos recebe, como todas as demais, formação permanente
sobre a espiritualidade da Associação. Se a pergunta se refere à recente campanha
midiática, é desnecessário qualquer ulterior esclarecimento, pois qualquer membro
dos Arautos percebe o desatino das acusações.

TV: O que pretende fazer os Arautos do Evangelho após essa projeção negativa na
mídia?

JC: Fazer como prescreveu o Apóstolo Paulo (Rm 12,21), isto é, combater o mal
com o bem. De uma parte, é dever de justiça e caridade informar a realidade dos
fatos e, por outra, fazer o que sempre fizemos: pregar a boa-nova a toda criatura,
pelo exemplo, pela espiritualidade legada por Jesus e pela caridade para com todos,
em especial para com os desvalidos, como os encarcerados e os enfermos.

TV: Em casos de discordâncias de membros da comunidade, como proceder?

JC: Com toda caridade. Cada um é livre para manifestar a sua discordância. Se a
observação é coerente, procede-se prontamente com medidas sanadoras para o
bem das pessoas envolvidas e para o bem comum.

TV: A organização pretende se defender judicialmente contra a emissora que


veiculou a reportagem?

No tocante à defesa judicial, os advogados da instituição


estão estudando as medidas cabíveis
JC: Sim, é surpreendente e inaudita uma matéria desse teor, de cerca de 25 minutos,
durante dois domingos consecutivos. Com efeito, na primeira transmissão, a TV
Globo veiculou diversas acusações, sem oferecer as respostas oferecidas na
entrevista com os Arautos ou omitindo partes fundamentais. Ao contrário das
infâmias divulgadas, a entidade prega com ênfase a união familiar, a união entre
os povos, sem qualquer espécie de privilégio racial, e a castidade, levada a sério na
instituição. O preconceito religioso se estendeu em revelar dados distorcidos das
bênçãos exorcísticas e dos chamados “capítulos”, confundindo a mente do povo.
Quanto à segunda transmissão, foi lamentável a emissora não dar ouvidos a pessoas
que queriam se exprimir em nome da associação, com a anuência desta. O novo
programa repetiu as truculências e diatribes contra a associação. Chamou a atenção
a divulgação do tapa simbólico da crisma, como se fosse uma agressão, omitindo o
abraço sucessivo e manipulando o volume do som. No tocante à defesa judicial, os
advogados da instituição estão estudando as medidas cabíveis.

TV: Qual a melhor maneira de se resolver esta situação?

JC: É manifestando a verdade. Os Arautos, ao contrário, do que se divulgou,


promovem o bem, onde quer que atuem. Por exemplo, o Fundo Misericórdia de
amparo às pessoas carentes beneficiou, desde 2005, 585 instituições de caridade, em
mais 200 municípios e 106 dioceses no Brasil. No tocante às intenções por trás dessa
desproporcional campanha difamatória, encontra-se um objetivo muito claro, a
saber: minar as bases conservadoras, que defendem os valores da família, da vida
cristã e da paz social, conforme os ensinamentos da Igreja Católica. A instituição
espera o fim dessa campanha antirreligiosa, que no fundo visa alvejar o governo
legitimamente eleito e, por tabela, a todos brasileiros de boa vontade que almejam
o bem da nação. Os Arautos do Evangelho são conscientes das perseguições do
passado e sentem suas metamorfoses no presente. Contudo, esperam um futuro
diferente, pois Jesus prometeu que as portas do inferno jamais prevaleceriam
contra a Igreja.

DEPOIMENTOS

Um arauto rompe o silêncio 11 minutos para ler

por Arautos Véritasem 7 de novembro de 20199 comentáriosem Um arauto rompe o


silêncio11 minutos para ler
Em 2 de outubro de 2019, um membro dos Arautos escreveu uma carta ao
conceituado vaticanista Marco Tosatti para compartilhar com ele algumas
reflexões acerca dos procedimentos canônicos de que estavam sendo objeto os
Arautos do Evangelho. Sem entrar no mérito das apreciações que contém,
julgamos oportuno que esta carta, tendo sido reproduzida já em vários meios, fosse
publicada aqui para ajudar a contextualizar os nossos leitores.

por M. Jiménez (*)

Prezado Dr. Tosatti,

Sou um leigo celibatário, de 67 anos, formado em Direito Canônico. Como


membro da TFP, fui auxiliar de seu fundador, o Prof. Plinio, durante anos. Hoje,
continuo minha jornada nos Arautos do Evangelho. Não tenho nenhum cargo
diretivo na entidade, mas pude acompanhar de perto todo o processo relativo à
Visita Apostólica designada pela Santa Sé, participando, inclusive, da comissão de
especialistas responsáveis de preparar o dossiê de “Resposta às Perguntas Finais”
levantadas pelos visitadores, devido às acusações, sem fundamento, de um grupelho
de ex-membros pouco aficionados ao carisma. Por conseguinte, tenho
conhecimento de causa.

Escrevo o presente relato por iniciativa própria, contrariando, é preciso dizer, a


indicação de manter o silêncio, em vigor entre nós. Assim, depois de uma
profunda reflexão diante de Deus, me sinto no dever de consciência de defender
minha honra pessoal e a de muitas almas que procuram colaborar com o fecundo
apostolado da Associação pelo bem da Igreja.

Há muito tempo venho acompanhando seu trabalho, prezado Dr. Tosatti, e


admiro sua coragem. Por esta razão, creio ser o senhor a pessoa mais indicada para
trazer a lume este meu testemunho, que foi motivado, sobretudo, pela notícia do
Vatican Insider, assinada por Salvatore Cernuzio (28/9/2019): “O Vaticano
comissiona os Arautos do Evangelho, a associação brasileira de estranhos
exorcismos, sob investigação desde 2017”.

Com efeito, diversos órgãos de imprensa mundiais logo deram a notícia do


Comissionamento dos Arautos. Já esperávamos informações sensacionalistas ou
falsas. A surpresa desagradável foi que a reação mais agressiva veio da parte de quem
muitos consideram como o veículo oficioso de certo setor curial fervoroso dos
ventos da ‘misericórdia’.

Qual seria a causa disso? Cui bono? Ou seja, a quem beneficia? Não sabemos, mas
aqui estão alguns indícios.

I) Quanta carência…
Começamos pela palavra inicial do artigo de Cernuzio: “carência”, fazendo
referência àquilo de que os Arautos, supostamente, padecem. Qualquer cristão sabe
que só Deus é isento de qualquer tipo de “carência” (S. Theol., I, q. 4, a. 2, co.). No
entanto, é difícil ver onde e como a Associação tem “carência” de vocações, de
governo ou administrativa. Sobretudo se contemplamos o panorama católico
hodierno, tão cheio de “carência”. Sou honesto em reconhecer que ninguém é
bom juiz em causa própria, mas, por outro lado, não podemos negar a verdade
pública conhecida enquanto tal: o declínio das vocações, os problemas de governo
e administrativos graves que existem em muitos institutos. A Irmã Auxiliar do
Comissário nomeado para os Arautos, por exemplo, é Superiora Geral das Irmãs da
Divina Providência, que hoje conta com 928 religiosas, contra as 1411 que eram em
2005. Mencionamos exatamente a Divina Providência para que a reverenda madre
nos oriente, de maneira a evitar que suceda conosco o mesmo que sucedeu a elas…

Por outra parte, podemos constatar com tristeza uma “carência” no artigo de
Cernuzio e é a de um princípio básico da justiça, tão bem acolhido pelo código
deontológico do jornalismo: “Audiatur et altera pars”. E não é só isso. O Código
de Direito Canônico declara (cân. 1526) “onus probandi incumbit ei qui asserit” –
“o ônus da prova recai sobre aqueles que acusam”. De fato, o juiz tem a obrigação
de interrogar as partes antes de proferir a sentença (cân. 1530) “partes interrogare
semper potest, immo debet”. Cernuzio se autodenominou juiz, mas “carente” de
toda competência jurídica, não aplicou ao caso os princípios próprios da justiça,
pois, ao que me parece não procurou nenhum de meus confrades.

Depois de repetir as supostas “carências” que, entre outras coisas, constam no site
Vatican News como sendo as razões jurídicas, tanto da visita quanto do
comissionamento, Cernuzio tenta exumar uma antiga controvérsia sobre supostos
exorcismos, já amplamente esclarecida a diversos órgãos de imprensa, a diversos
bispos locais e ao próprio Vaticano, no referido dossiê de 572 páginas –
acompanhado de 42 volumes, contendo 75 anexos, totalizando mais de 18 mil
páginas de documentos e publicações –, com as explicações detalhadas sobre estes e
outros eventos. No que diz respeito aos supostos exorcismos, o caso foi considerado
encerrado pela autoridade judicial da Diocese interessada, sem que tenha sido
assinalada qualquer violação das regras canônicas ou litúrgicas. Então, por que
reacender uma controvérsia já arquivada? “Res iudicata pro veritate habetur”: a
sentença jurídica julgada deve ser considerada como uma verdade.
II) “Estranhos exorcismos” ou prática imemorial da
Igreja?
A história dos exorcismos incriminados, basicamente, se tratava de “orações de
libertação”, recomendadas inclusive para leigos e leigas, amplamente difundidas
no orbe católico, como previsto no próprio Ritual Romano: De exorcismis et
supplicationibus quibusdam. No caso em análise, não se tratava de um “exorcismo
solene”, ato de culto público da Igreja, mas apenas de invocações ad libitum contra
os espíritos das trevas, eficazes em tantos casos ex virtute charismatis; como fizeram
tantos católicos ao longo da História, vários deles canonizados, como Santa
Francisca Romana e São Pio de Pietrelcina.

Em uma situação de vexação diabólica é dever de caridade de todo cristão – a


fortiori de um sacerdote – procurar a cura espiritual da alma “carente” de auxílio
sobrenatural. Isso não é senão misericórdia, ou estou errado? A prova da
naturalidade desses fatos emerge dos testemunhos de agradecimento – quero crer
que tenham sido conservados com cuidado em arquivo – enviados aos membros da
instituição, da parte de tantíssimas pessoas beneficiadas. Se os frutos são bons, não
o será também a árvore?

III) Culto a uma espécie de “trindade” ou virtude


ligada à justiça?
Nas páginas de certa imprensa anticatólica brasileira, a quem vem unir-se agora
Vatican Insider, está se tornando comum a mania de confundir a veneração ou o
respeito devotado ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, a Dona Lucilia, sua mãe, e a
Mons. João, com “adoração”.

Como se sabe, a objeção contra qualquer tipo de culto a homens ou mulheres é de


perfil protestante, uma vez que no seio dessas denominações separadas da Igreja
Católica foi eliminado todo tipo de veneração ou respeito a pessoas que o
merecem, considerando tal prática como um gênero de idolatria, em favor do que
eles chamam Cristocentrismo bíblico.

Não é preciso ser teólogo para saber a diferença entre o respeito e a honra devidos
aos superiores (ver S. Theol., II-II, q. 102-103), e o culto de latria reservado somente
a Deus. Até os pagãos homenageavam as pessoas consideradas excelentes entre eles.
De outra parte, não é necessário ser formado em Direito Canônico para perceber a
diferença entre culto público e culto privado. A questão foi claramente elucidada
pelos Arautos em diversas publicações e na própria “Resposta às Perguntas Finais”
da Visita Apostólica, acima referida.

Em síntese, todo fiel pode e deve, em virtude da justiça e do quarto mandamento


do Decálogo, considerar dignas de respeito as pessoas investidas de autoridade ou
virtuosas, como diz o Apóstolo: “Reddite omnibus debita: […] cui timorem
timorem, cui honorem honorem” (Rm 13,7).
Então, devemos levar em conta que não é a canonização que torna uma pessoa
santa, mas é porque alguém é santo que vem a ser canonizado; e, de fato, é a “fama
de santidade” entre o povo de Deus o que leva a iniciar os processos canônicos.
Nesse sentido, a fama de santidade do Prof. Plinio e, sobretudo, de sua mãe,
Lucilia, se estendeu muito além dos círculos dos Arautos do Evangelho. Com
efeito, é enorme a quantidade de depoimentos acerca de graças recebidas, sejam
materiais ou espirituais, da parte de pessoas de todas as condições, países e idade.

IV) Milenarismo ou profetismo?


Também é estranho rotular os Arautos como estregues a uma espécie de “culto
secreto e extravagante feito de teorias milenárias levantadas por causa de Nossa
Senhora de Fátima”. Primeiro, não se pode confundir milenarismo
com profetismo. Com efeito, em 2007, Bento XVI declarou, a respeito da
mensagem de Fátima: “é a mais profética de todas as aparições modernas”.

Naquele mesmo ano, em contrapartida, durante a visita apostólica ao Brasil, o


Pontífice usou a palavra “milenarismo”, numa das poucas vezes no magistério
recente. E com que finalidade? Para se referir à Teologia da Libertação como sendo
um milenarismo fácil, “uma mistura errada entre Igreja e Política”. Porém, como
se sabe, os Arautos não estão mais interessados em discussões políticas. Uma outra
vez o milenarismo foi atribuído por São João Paulo II a movimentos ligados à New
Age, filosofia vazia, de cunho gnóstico, que goza de simpatia no seio de outras
congregações, mas não entre os Arautos, como é evidente.

Finalmente, atribuir aos Arautos o apelativo “milenarista” é uma contradictio in


terminis. Primeiro de tudo, porque eles se encontram nas trilhas do movimento
contrarrevolucionário; segundo, porque foi afirmado pelo Vatican News.
Entretanto, como se sabe, esse movimento é diametralmente oposto à “revolução
de massa”, pretendida como um meio de alcançar o suposto reino mundano,
característica típica dos movimentos milenaristas.

Os Arautos, também, foram considerados por Bento XVI como uma Associação
capaz de frear a expansão das seitas, muitas delas consideradas pelo próprio
Ratzinger, no livro Rapporto sulla Fede, como sendo de caráter milenarista. E isso
é precisamente porque, segundo ele: “A valorização correta de mensagens como a
de Fátima pode ser uma espécie de resposta [ao crescimento das seitas, em
particular aquelas apontadas como milenaristas]”. Concluindo, creio que
Cernuzio está realmente errado: de acordo com o recente magistério da Igreja, os
Arautos e sua devoção à mensagem profética de Fátima são uma realidade oposta
ao milenarismo.

V) Algumas curiosidades para terminar…


É curioso que Cernuzio afirme que já estava em curso uma “investigação
aprofundada envolvendo o Instituto” por ocasião da renúncia do fundador,
quando na realidade a visita nem havia sido anunciada.
É curioso que o comissionamento tenha sido decretado (com um erro básico que
poderia invalidá-lo ao menos parcialmente), apesar de as evidências mostrarem
não haver nenhum fato consistente para justificar tal medida.

É curioso que um jornal, que se supõe tão atualizado, tenha omitido uma
informação bem conhecida pelas autoridades vaticanas, isto é, a parcialidade
evidente de um dos visitadores contra os Arautos. Fato confirmado de acordo com
os documentos que tive diante dos meus olhos.

Enfim, a notícia do Vatican News descreve o fundador dos Arautos como “ex-
membro da associação católica tradicionalista e contrarrevolucionária brasileira
TFP”. Com todo o mundo sabe, o fundador da TFP é o Prof. Plinio Corrêa de
Oliveira, grande líder católico de reputação mundial. Ele mesmo, no longínquo
ano de 1979, desmascarou a intenção de certa ala mais “avançada” da Igreja, num
livro cujo título já revela seu teor profético: “Tribalismo indígena, ideal comuno-
missionário para a Igreja do Século XXI”.

Em suma, me parece altamente simbólico que parte desta facção, herdeira da


teologia da libertação camaleônica – hoje, depois de estranha metamorfose,
transformada numa espécie de eco-teologia –, na iminência do Sínodo da
Amazônia, tenha decretado sacrificar sobre o altar da “mãe terra” uma instituição
que, tanto em sua origem como em sua espiritualidade, tenha uma ligação tão
estreita com o Prof. Plinio.

Além de suas intenções, uma coisa eu sei e creio: as obras de Deus são imortais!

Publicada originalmente em: www.marcotosatti.com

(*) M. Jiménez é Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade São


Tomás de Aquino – Angelicum (Roma).

DEPOIMENTOS

A carta de um arauto advogado


sobre o Comissariado 9 minutos para ler

por Arautos Véritasem 7 de novembro de 20196 comentáriosem A carta de um arauto advogado


sobre o Comissariado9 minutos para ler
Em 2 de outubro de 2019, um membro dos Arautos tinha escrito uma primeira
carta ao conceituado vaticanista Marco Tosatti para compartilhar com ele algumas
reflexões acerca dos procedimentos canônicos de que estavam sendo objeto os
Arautos do Evangelho. Dez dias depois, em 12 de outubro, outro membro dos
Arautos decidiu fazer o mesmo, desta vez para rebater calúnias propagadas por um
jornalista. Novamente, sem entrar no mérito das apreciações que contém,
julgamos oportuno que esta carta, tendo sido reproduzida já em vários meios, fosse
publicada aqui para ajudar a contextualizar os nossos leitores.

por Humberto Goedert (*)

Caro Dr. Tossati:

Antes de mais nada, gostaria de agradecer a amável acolhida e a recente publicação


do testemunho do meu confrade, o que me animou a enviar-lhe o meu. Sou um
leigo celibatário, advogado, brasileiro, de 53 anos, e pertenço aos Arautos desde a
sua fundação. Ademais, durante um mandato fui secretário geral da Associação.

Estou escrevendo porque, infelizmente, continuam a explodir notícias cheias de


invenções fantasiosas a respeito dos “Arautos do Evangelho”, postos contra o
paredão das calúnias. Por este motivo proponho algumas reflexões, que tomo a
liberdade de compartilhar com o senhor e, se forem do seu agrado, com seus
estimados leitores.

Por amor à brevidade vou limitar-me a uma notícia sobre nós: Arautos


comissariados: perguntas aos críticos, do Revmo. Pe. Lorenzo Prezzi, SCJ, postada
no site Settimana News, conhecido dos frequentadores de Stilum Curiae. O
jornalista religioso, no seu doce estilo misericordioso, não teve a gentileza de ouvir
a parte acusada, segundo pude constatar por meio de meus irmãos italianos. O
Pe. Prezzi, como se sabe, respeita com religiosa reverência certas orientações
vaticanas, mas não simpatiza com certos institutos, como os Franciscanos da
Imaculada e outros…

***

1) O primeiro deboche do padre dehoniano é a respeito de nosso hábito,


considerado por ele como um “uniforme curioso”. No seu “imaginário”, segundo
sua própria expressão, o hábito dos Arautos estaria próximo ao traje dos
“mosqueteiros”. De fato, compreende-se que alguém não muito afeito a usar vestes
religiosas (CIC c. 284) ridicularize um hábito reconhecido pela Igreja e pelo
direito próprio (CIC c. 669, §1), o qual, por sinal, tanto atrai a juventude. Talvez
bem mais do que as penas amazônicas, tão em moda…

A esse respeito me vem à mente uma pergunta: se os Arautos são a reedição dos
“mosqueteiros”, quem será hoje o maquiavélico Cardeal de Richelieu? E quem
serão seus malévolos guardas? No fim deixarei uma sugestão de resposta…

2) Em seguida, o Pe. Prezzi “revela” o suposto segredo, ou seja, a instituição da


Sempre Viva, que seria algo à maneira de sociedade secreta, destinada a realizar
uma espécie de culto aos inspiradores da obra. Em relação a esta questão, nada há
de contrário à doutrina da Igreja. Por certo, é preciso lembrar que sobre tal
instituição se tratou amplamente no passado e no presente, na coleção, em cinco
volumes, O dom de sabedoria na mente, vida e obra de Plinio Corrêa de Oliveira,
publicada sem segredos pela Libreria Editrice Vaticana, com mais de 100.000
exemplares impressos de cada volume. Assim, convido o reverendo Padre a
informar-se melhor a nosso respeito antes de atirar suas pedras. Quanto ao mais,
que sentido tem censurar o culto a pessoas falecidas em odor de santidade, quando
hoje assistimos a rituais ancestrais não tipicamente litúrgicos e católicos no
próprio Vaticano?

3) O artigo do Pe. Prezzi persiste no realejo difamatório dos exorcismos. Como já


pensava São Tomás, as acusações servem para esclarecer a verdade. Ei-la, e espero,
de modo definitivo: vale a pena recordar que a maior parte das frases extraídas dos
vídeos estão fora de seu contexto. Ora, no caso em questão, tratar-se-ia de supostas
afirmações do demônio através de uma pessoa possessa. Pois bem, nesses encontros
estavam presentes, na maior parte, clérigos, bem cientes de que o príncipe das
trevas é o pai da mentira. Como é sabido, o crédito às supostas declarações deve ser
dado com extrema prudência, porque muitas vezes Satanás se transfigura em “anjo
de luz” (2Cor 11,14). Ele procura enganar até os santos; tentou fazer suas urdiduras
com Santa Catarina de Bolonha, inclusive mostrando-se a ela com a aparência de
Cristo.

Para analisar essas vexações e outras mais, na época foi constituída uma comissão
de teólogos e canonistas, que acompanhou de perto a questão, bem antes, é preciso
dizer, que o vídeo começasse a circular ilicitamente. As conclusões do estudo (todas
documentadas e entregues à autoridade eclesiástica competente), aplicando as
regras tradicionais de discernimento dos espíritos, foram no sentido de considerar
inverossímeis todas aquelas narrações, as quais, portanto, nunca fizeram parte das
nossas convicções. Se tivéssemos sido consultados antes da explosão midiática, teria
sido evitada a desnecessária confusão na mente do público católico.

Já sobre o milenarismo, proponho que o reverendo sacerdote leia a precedente


carta de meu irmão de hábito. Se Bento XVI afirmava que os partidários da
“Teologia da Libertação” eram os milenaristas de um passado recente, o que dizer
dos sucessores deles, os “ecoteólogos”?

Facta, non verba. O fato evidente para o público católico é que aqueles episódios
— que falavam, entre outras coisas, de uma mudança climática e de um suposto
futuro pontífice — não influenciaram em nada o comportamento dos Arautos,
que continuou a ser o de fazer o bem, com consciência reta e tranquila. Se fosse o
contrário, os Arautos não teriam aceitado a visita apostólica ou o comissariado,
uma vez que ambos constituem decisões que foram, pelo menos, precipitadas e
inexplicáveis. Ou seja, até mesmo em circunstâncias adversas, o amor pela Igreja
prevaleceu entre nós.

4) É surpreendente que ainda se queira desenterrar o caso dos Arautos em


Sucumbíos, no Equador, um vicariato apostólico na região amazônica, depois de
quase dez anos, e justamente durante o Sínodo. Tudo providencial. Relembro
brevemente os fatos: o Núncio no Equador pede a Roma a urgente substituição de
Dom Marañón, porque ele e seu clero situavam-se “além da Teologia da
Liberação”. Da Congregação De Propaganda Fidei pedem aos Arautos para assumir
o vicariato. Passados menos de seis meses desde a instalação, verifica-se uma
substancial volta à vida sacramental, depois de 40 anos de abandono pastoral. O
problema não era a falta de sacerdotes, mas sim o fato de que muitos dos que lá
estavam preferiam Marx a Cristo. Pois bem, os setores que hoje clamam pela
abolição do celibato sacerdotal e a favor da ordenação dos viri probati fizeram
pressão, inclusive politicamente, a fim de fazer cessar aquele fecundo apostolado,
numa região tão carente e de maioria indígena. Nossa atuação ali, é preciso dizer,
como em qualquer lugar, nunca foi centrada em temas políticos. Pelo contrário,
permanecendo sempre no âmbito pastoral, foi feito o esforço de chegar a todos
com o pão da Palavra e com o Santo Sacrifício. As pessoas da região agradeciam de
coração nosso labor, como pode ser constatado até hoje.

Os Arautos, portanto, ofereceram sua disponibilidade à Santa Sé, e quando ela


solicitou que se retirassem, o fizeram com presteza e na santa obediência.
Testemunho disso é a carta enviada pelo Prefeito de Propaganda Fidei ao Superior
Geral da época, dada a conhecer ao nosso plenário.

Permita-me um desabafo: o Brasil – tão famoso hoje graças ao Sínodo e também a


certos comissariados! – é a nação do mundo com maior número de católicos,
mesmo tendo caído de 95 para 50 por cento nos últimos 50 anos… Esperamos
soluções para conter a hemorragia. Bento XVI depositava sua confiança em
movimentos missionários, como os Arautos, ajudados pela graça de Deus: “omnia
possum in Eo qui me confortat” (Fl 4,13). Outros depositam sua confiança nos
“xamãs” e na “mãe terra”. E aqui me vem à mente a pergunta profética de Elias
dirigida ao povo de Israel: “Até quando claudicareis dos dois pés? Se o Senhor é
Deus, segui-O, mas se é Baal, segui a Baal!” (1Re 18,21).

***

Aproveito a ocasião para dizer que estão circulando questionamentos entre nossos
amigos sobre as medidas extraordinárias adotadas pela Santa Sé com relação a nós.
O principal deles se refere ao motivo efetivo do comissariado. Alguns irão dizer
que, no fundo, existe a questão dos exorcismos, como muitos órgãos de imprensa
afirmaram de modo temerário. Se assim fosse, por que estariam sendo
comissariadas também as irmãs? E os leigos?

Da minha parte, no que diz respeito ao assunto em questão, confesso que


tampouco entendo o que motivou um comissariado.

Além do mais, fazendo referência às respostas às oito perguntas finais apresentadas


pelos visitadores, que os Arautos mencionam na nota de imprensa publicada por
ocasião do comissariado, muitos querem saber se tanto os visitadores quanto a
Congregação fizeram observações. A resposta é negativa. De fato, lá se encontra
tudo explicado de modo exaustivo em 572 páginas, com mais de 18.000 páginas de
anexos, entre documentos e testemunhos. Contudo, da parte dos canais oficiais,
nem uma palavra… Por quê? Onde está o diálogo?

Depois, nos bons tempos da vida de cúria, antes de comissionar um Instituto, os


superiores eram informados sobre as conclusões da visita. Em nosso caso, nem
sequer isto! Qual o motivo?
Enquanto católico e advogado, espero que os meus confrades não se deixem
martirizar como mansos cordeirinhos… Chegou, pelo contrário, a hora de agir
como leões! De fato, sei que muitos pensam também assim…

Enfim, há poucos dias atrás, um irmão de hábito que trabalha em nosso arquivo
me fez uma confidência muito reveladora… Ele me garantiu ter visto com seus
próprios olhos vários relatórios confidenciais, de 2010 em diante, a respeito das
afirmações pouco prudentes, para dizer pouco, de certa autoridade dicasterial —
teria déficit de continência oral? —, que anunciava aqui, lá e acolá, desde a sua
chegada na Urbe, o próximo “fechamento” dos Arautos; e isto muito antes de que
tivesse chegado ali qualquer “denúncia”. Se de fato for assim, espero que a verdade
venha à luz, e que se manifestem as intenções dos corações. Ficaria claro, então,
que fomos “pré-julgados” e que tanto os vídeos quanto as acusações difamatórias
serviram apenas de pretexto. A sorte já estava decidida: delendi sunt…

Permaneçamos, porém, confiantes: por fim o Coração Imaculado de Maria


triunfará!

Publicada originalmente em: www.marcotosatti.com

(*) Humberto Luís Goedert, brasileiro, é formado em Direito pela Universidade


Federal do Paraná (Brasil).

HISTÓRICO

Qual o intuito do Sr. Andrea


Tornielli ao atacar os Arautos do
Evangelho? Criar um cisma na
Igreja? 6 minutos para ler

por Arautos Véritasem 7 de novembro de 20193 comentáriosem Qual o intuito do Sr. Andrea


Tornielli ao atacar os Arautos do Evangelho? Criar um cisma na Igreja?6 minutos para ler
Em 14 de junho de 2017, Andrea Tornielli publicou no blog Vatican Insider, do
jornal La Stampa, um artigo contra os Arautos do Evangelho. Dois dias depois, em
16 de junho, os Arautos responderam com um manifesto que deu a volta ao
mundo, sendo publicado por vários meios de comunicação. Na intenção de
oferecer, num mesmo lugar, os documentos importantes que sairam a público
desde que os Arautos se tornaram alvo de ataques na mídia, julgamos oportuno
registrar aqui os argumentos oferecidos na ocasião.

por Arautos do Evangelho


Quem lê os artigos e livros do prestigioso vaticanista, Sr. Andrea Tornielli, pode
regozijar-se com a recordação da figura pitoresca de um camaleão. Assim, suas
publicações registram uma arguta capacidade de adaptar-se ao ambiente em que se
encontra, para desenvolver a sua atividade: soube sorrir para João Paulo II, afagar o
pontificado de Bento XVI e, ao mesmo tempo, preteri-lo discretamente, quando já
andava de braços dados com Francisco…

Recentemente, o Sr. Tornielli publicou um artigo polêmico no blog Vatican


Insider, do jornal La Stampa: “Arautos, a doutrina secreta: ‘Correa incentiva a
morte do Papa’”. Considerando a conhecida característica camaleônica do
articulista, duas questões despontam a partir desta publicação: quais são as suas
pretensões? Para que ambiente ele antecipa uma adaptação?

É interessante observar que o autor ressuscita, através do mencionado artigo,


antigas, muito antigas, denúncias contra o Professor Plinio Corrêa de Oliveira,
relativas à veneração que muitos lhe prestavam em vida, bem como à devoção
privada a sua mãe, D. Lucília. Agora, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, fundador
dos Arautos do Evangelho, é alvo dos mesmos ataques. Essas são acusações
obsoletas, todas respondidas e devidamente refutadas conforme os ditames da mais
estrita doutrina católica.

Timeo hominem unius libri. É bem o que os leitores da imprensa católica são
inclinados a concluir nestes momentos, sobre o conhecimento do Sr. Tornielli a
respeito do tema de seu artigo: estudioso de um só livro causa temor. O que não fica
nada bem para um articulista desse porte… Vejamos por que.

Em primeiro lugar, poderíamos sugerir ao Sr. Tornielli voltar um pouco ao


passado da instituição, por ele tão veementemente atacada, e deitar alguma
atenção a uma obra publicada em 1985 – Servitudo ex Caritate – com o parecer do
eminente teólogo Pe. Victorino Rodríguez y Rodríguez, OP. Nesse estudo, nunca
replicado, o assunto da Sagrada Escravidão a Jesus, pelas mãos de Maria, bem como
os vínculos espirituais entre o Prof. Plinio e seus discípulos, que ele menciona em
seu artigo, foram completamente esclarecidos para o passado, para o presente e
para o futuro.

E por que não ler, também, o livro Dona Lucilia, de 1995, com prefácio laudatório
do Pe. Antonio Royo Marín, OP, reeditado em parceria com a Libreria Editrice
Vaticana em 2013, também em língua italiana? Sua leitura teria sido suficiente para
compreender que os fundamentos da devoção a esta grande dama brasileira estão
baseados em sua vida de ilibada virtude e no bimilenar costume da Santa Igreja.
Permita-nos dizer-lhe, Sr. Tornielli, que talvez seja conveniente rever as suas
anotações do tempo de catecismo, pois antes mesmo de alguém ser canonizado,
pede a Santa Madre Igreja que seja reconhecida sua fama de santidade.

E quanto à devoção a Dr. Plinio? Se lhe interessarem dados mais atuais,


convidamos o Sr. Tornielli a fazer um dedicado estudo a uma obra recentíssima, de
2016, publicada em cinco volumes também pela Libreria Editrice Vaticana, com
mais de 100 mil coleções impressas, sob o título O dom de sabedoria na mente,
vida e obra de Plinio Corrêa de Oliveira. Nesse trabalho encontram-se detalhadas
as origens históricas e o embasamento teológico desse tema, tratado de forma tão
tendenciosa em seu artigo.

É verdade que surgiu, entretanto, diante do Sr. Tornielli, uma grande e insólita
novidade: um vídeo privado, divulgado fora do contexto e superado pelo tempo,
pois é velho de um ano e meio. Sendo ele de uso restrito da instituição, foi,
entretanto, obtido de forma ilegal por um homem apaixonado no desafeto à TFP
e aos Arautos – ele mesmo ex-membro da TFP -, casado com uma senhora, ex-
membro da Opus Dei, que ocupam ponderada parte de seu tempo em atacar as
entidades às quais pertenceram. Nesta fonte que o influente Sr. Tornielli foi buscar
sua informação imparcial…

Trata-se do registro de uma reunião de clérigos, reservada, que não implicou em


nenhuma mudança de rumos nos Arautos do Evangelho, seja em seu
relacionamento para com a Sagrada Hierarquia e a sociedade civil, seja na atuação
com a imensa quantidade de aderentes do movimento. O objetivo do encontro
registrado era, simplesmente, intercambiar impressões a respeito de determinados
fenômenos preternaturais, num ambiente de amena e distendida intimidade.
Mãos criminosas, ainda desconhecidas, resolveram divulgar seu conteúdo de forma
malévola e inconsequente para um público que não tem, em sua grande maioria,
conhecimentos teológicos suficientes para fazer a respeito do seu conteúdo um
juízo aprofundado. Não era difícil, assim, criar confusão em suas mentes. Por outro
lado, essas mesmas mãos não se interessaram, naturalmente, em divulgar as
conclusões dessas análises.

Ora, por que o Sr. Tornielli não procurou os Arautos para obter um
esclarecimento? Bem poderíamos dizer: timeo hominem unius factionis, tememos
os homens da meia verdade, os homens parciais, aqueles que não sabem e não
querem ouvir as duas partes.

Estará o Sr. Andrea Tornielli agindo sozinho? Isso não sabemos…

Mas podemos afirmar, analisado o artigo do renomado vaticanista e as


circunstâncias mencionadas, a cega contribuição que ele está oferecendo no
sentido de destruir aquela tão sonhada unidade que os Padres do Concílio Vaticano
II quiseram levar adiante e que concretizaram três grandes homens: São João Paulo
II, Bento XVI e Mons. João Clá. Eis um modo de arruinar a doutrina de um
Concílio Ecumênico, e a dedicada ação de dois papas – um ainda vivo e entre nós –
e de um Fundador, de quem um Prefeito da Congregação para os Religiosos,
Cardeal Franc Rodé, disse ser a Igreja devedora!

Cui prodest? A quem aproveita esta atitude? O mundo católico está certamente
perplexo: desta vez o camaleão apresenta tons tão surreais que, feitas as devidas
ponderações, ainda continua suscitando perguntas acerca de suas variadas novas
colorações:

– A quem representa o Sr. Andrea Tornielli?

– Pretende ele provocar um cisma na Igreja?


– Com que intenções?

Por fim, esclarecidas as inverdades e distorções, fazemos-lhe um convite para


retornar às vias de um jornalismo culto, sério e ético. Os Arautos do Evangelho
consagram a São José, padroeiro da Igreja, a própria defesa, na certeza de não
serem desamparados pelo pai virginal de Jesus e castíssimo esposo de Maria. Sem
prejuízo dos próprios direitos, estão eles dispostos a sempre acolher com
benevolência a retratação dos caluniadores e a perdoa-los sinceramente, pois não
guardam qualquer ressentimento.

ANÁLISES

Por que o Decreto de


Comissariado é inválido? 22 minutos para ler

por Arautos Véritasem 7 de novembro de 20192 comentáriosem Por que o Decreto de Comissariado


é inválido?22 minutos para ler
por Dr. José Manuel Jiménez Aleixandre (*)

A visita que D. Raymundo Damasceno Assis e D. José Aparecido Gonçalves de


Almeida realizaram à Casa Geral da Associação Arautos do Evangelho, a fim de
apresentar o Decreto de presumido comissariado, em 18 de outubro passado,
transcorreu num clima de profunda transparência e sinceridade, como
fundamentos da comunhão eclesial.

Nessa ocasião, o Presidente Geral dos Arautos do Evangelho, Sr. Felipe Lecaros
Concha, com os membros de seu Conselho, e alguns assessores, entre eles um
canonista, mostrou a absoluta invalidez de tal Decreto em relação à Associação
Internacional Privada de Fiéis Arautos do Evangelho em razão de erros
fundamentais nele contidos, que geram graves ilegalidades canônicas e provocam
sua invalidez ou nulidade.

O Decreto de comissariado dos Arautos contém erros


fundamentais que provocam sua invalidez, ou nulidade
A solidez dos argumentos apresentados pelo Presidente Geral foi reconhecida por
D. Damasceno e D. Aparecido, como consta da Ata dessa reunião. Com efeito,
tendo eles manifestado, no início da reunião, que comunicariam o Decreto a todos
os bispos das dioceses onde os Arautos atuam, no fim dela declararam que não
procederiam a comunicação desse Decreto a nenhum bispo, em razão da
consistência dos argumentos de invalidez apresentados.

Mas torna-se aconselhável explicar de modo simples e claro, para não especialistas
no Direito Canônico, o motivo principal da nulidade do Decreto, sua ilegalidade e
a injustiça que ele representa, bem como o atentado à boa fama dos Arautos do
Evangelho no mundo inteiro, originado pela difusão precipitada de tal Decreto
diretamente na Sala de Imprensa do Vaticano, no dia 28 de setembro, com
anterioridade a sua notificação e apresentação aos interessados, o que esteve a cargo
do nomeado Comissário, quem procedeu à leitura íntegra do Decreto nas
respectivas reuniões tidas com os Conselhos das Instituições afetadas, nos dias 16 e
17 de outubro passados. Incompreensível atitude da Santa Sé, ou da Congregação,
ou ainda da Cúria Romana.

Porém, como entre os leitores alguns quererão saber quais leis eclesiásticas foram
violadas em cada caso, são feitas a seguir sumárias referências a elas.

A legalidade nos Estados de Direito e na Igreja


As Leis da Igreja estão compendiadas, não exaustivamente, no Código de Direito
Canônico. O atual em vigor foi promulgado por S. João Paulo II em 1983, tendo
sofrido ligeiras adaptações tanto por Bento XVI como por Francisco.

A necessidade de uma linguagem precisa, a fim de


evitar ilegalidades e injustiças
Em todo Estado de Direito as leis, as normas jurídicas, os decretos, as sentenças
judiciais e tudo quanto tem a ver com a preservação da Justiça devem utilizar uma
linguagem precisa, a fim de evitar confusões e… injustiças!

De modo semelhante, a linguagem médica adequada faz com que as prescrições


não sejam nocivas aos pacientes. Assim, um ortopedista, por exemplo, nunca
determinará ao seu auxiliar para “consertar o osso quebrado”, mas escreverá
“imobilizar o antebraço direito por fratura distal de rádio”, a fim de evitar
consequências não desejadas. Nem todo mundo deve saber o que seja “fratura
distal”, mas o operador de saúde, sim. O que dizer dos “operadores da justiça da
Igreja”?

A Igreja é infinitamente mais do que um Estado de Direito baseado em acordos


humanos. Instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, desde suas origens, ela tem leis
e normas que regulam o comportamento e o relacionamento entre os fiéis, e destes
com a hierarquia eclesiástica, estabelecendo as eventuais intervenções das
autoridades eclesiásticas quando aparecerem atitudes discordantes da Doutrina ou
da Moral ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, e transmitidas pelos Apóstolos.
Lembremos alguns desses ensinamentos:

 “O que Deus uniu não o separe o homem” (Mt 19, 6).


 “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21).
 “Os libertinos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, os ladrões,
gananciosos, beberrões, maldizentes, estelionatários, ninguém desses terá
parte no reino de Deus” (1Cor 6, 9-10).
 “Himeneu e Alexandre, entreguei-os a Satanás, para que aprendam a não
blasfemar” (1Cor 2, 20).
 “Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom
de Deus com dinheiro!”, retrucou São Pedro a Simão Mago (At 8, 20).

São exemplos de normativa que a Igreja mantém, pelo ensinamento de seu Divino
Fundador, e da qual nenhuma normativa da Igreja pode abdicar sem deixar de ser
Ela mesma.

Em outro artigo serão analisadas a ilegalidade e a injustiça do Decreto e o atentado


à boa fama dos Arautos que representou a sua difusão na Sala de Imprensa do
Vaticano.

Vejamos a seguir alguns dos “erros invalidantes” do Decreto em análise.

Erro material invalidante: tenta se “comissariar”


uma associação inexistente
Em primeiro lugar, o Presidente dos Arautos do Evangelho, Sr. Felipe Lecaros
Concha, fez notar que o Decreto visa “comissariar” uma “Associação
internacional pública Arautos do Evangelho”. Ora tal ente não existe, nem na
Igreja Católica, nem na sociedade civil.

O Decreto se dirige a uma associação que não existe: os


Arautos não são uma “Associação pública”, mas
“privada”
Os Arautos do Evangelho são uma “Associação Privada Internacional de Fiéis”.
Assim, existe um fundamental erro que impede juridicamente aceitar a recepção
de tal documento.

O Presidente dos Arautos do Evangelho exemplificou: é como se um oficial de


justiça aparecesse na residência de um “Antônio da Silva” com uma notificação
para “Pedro Rodrigues”. O Sr. Antônio não deveria receber tal notificação judicial,
pois houve um erro de pessoa invalidante.

A diferença fundamental, “genética”, podemos dizer, entre uma “associação


pública” e uma “associação privada”, na legislação da Igreja, está explicada nos
cânones 116, 299 e 301 do Código de Direito Canônico.

Uma inexistente “instituição conhecida como


Arautos do Evangelho”
No Decreto em análise se pretende “comissariar” a “Instituição conhecida
como Arautos do Evangelho”; e ainda se acrescenta, numa total ignorância da
realidade que se presume “comissariar”: “da qual fazem parte a Associação
internacional pública de fiéis de direito pontifício Arautos do Evangelho, a
Sociedade de vida apostólica clerical Virgo Flos Carmeli e a Sociedade de vida
apostólica feminina Regina Virginum”.

Já apontamos acima não existir na Igreja Católica nenhuma “associação


internacional pública” com esse nome.

Vejamos agora:

 a total imprecisão jurídica do termo “instituição”;


 a “problemática situação” de ignorância terminológica do autor do
Decreto, no emprego da expressão “conhecida como”;
 a “carência” de juridicidade ao dizer “dela fazem parte”.

Erro material invalidante: “a instituição… Arautos


do Evangelho”
Afirmar que o Decreto tem como escopo uma “instituição conhecida
como Arautos do Evangelho”, manifesta as problemáticas limitações e carências de
conhecimento jurídico por parte de quem redigiu o Decreto.

O sentido técnico jurídico da palavra “instituição” é inexistente na legislação da


Igreja.

Se nos ativermos ao Código de Direito Canônico, na versão portuguesa do Brasil,


encontramos o termo quatro vezes (cân. 257, 384, 397, 793). Mas na Igreja a língua
oficial, para as leis é o latim. Precisamos ver o que diz o “Código” no seu original
latino nesses quatro cânones.

Em três dessas ocasiões a palavra latina empregada é “institutum, –i” (cc. 257, 397,
793), que deveria ser traduzida com mais precisão por “instituto”, ou seja, segundo
o dicionário Aurélio, “entidade jurídica instituída e regulamentada por um
conjunto orgânico de normas de direito positivo”.

No cân. 384 o termo latino empregado é “institutio, -onis” de diferente significado.


Trata-se de algo realmente não jurídico, mas sociológico, de grupos com ou sem
personalidade jurídica que, no caso, o bispo deve cuidar existam na diocese para
alimentar a vida espiritual e intelectual dos sacerdotes. Tudo indica haver nesse
cânon uma desejada imprecisão jurídica, pois a formação permanente da alma e do
intelecto dos presbíteros não é coadjuvada, em muitíssimos casos, por estruturas
jurídicas, mas por grupos mais ou menos informais. Ora, os “grupos informais” as
“institutiones” não são objeto, nem podem ser, nem de regulamentação legal,
nem, portanto, de comissariado. O termo latino “institutio, -onis” é empregado
nesse mesmo sentido no cân. 777 1º, bem como em outros sentidos do termo
profusamente (formação, ensina, instituído por, etc.).

Uma “família de almas” ou uma “família religiosa” ou qualquer outra expressão


sociológica que possa corresponder ao latim “institutio”, pode servir para designar
um conjunto de batizados que, seguindo as pegadas da vida exemplar de um
Fundador suscitado por Deus, procuram, por diversos caminhos (vida familiar,
vida consagrada, vida sacerdotal…), alcançar a santidade desejada por Nosso Senhor
Jesus Cristo: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48), e
lembrada por S. Pedro: “Como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos,
também vós, em todo o vosso proceder” (1 Pd 1, 15-16).

Do carisma fundacional de Mons. João Scognamiglio Clá Dias surgiram


três institutos jurídicos (três “instituta” dir-se-ia em latim) na Igreja Católica: a
Associação privada Arautos do Evangelho, a Sociedade clerical Virgo Flos Carmeli e
a Sociedade feminina Regina Virginum. Cada qual com “normas de direito
positivo” que as distinguem com clareza. Não se circunscreve, no entanto, tal
carisma fundacional a esses três institutos, pois abrange muitas outras instituições
de fato existentes, sem personalidade jurídica eclesiástica.

Já foi explicada em outro artigo a total ausência de personalidade jurídica de uma


“família de almas” ou “família religiosa”. Portanto de uma “institutio”; algo
diferente de um “institutum”, o qual, em certos casos, pode ser objeto de um
comissariado.

Portanto, o emprego inexato de “instituição…Arautos do Evangelho” torna esse


Decreto inválido, evidenciando as carências jurídicas e a problemática situação de
seu redator.

Erro material invalidante: “Instituição conhecida


como…”
Referir-se a uma “Associação Privada Internacional de Fiéis” com a expressão
“instituição conhecida como” manifesta um desconhecimento da realidade que se
pretende abusivamente “comissariar”.

Em português a expressão “instituição conhecida como” é empregada para um


grupo de incertos contornos, mas que goza de certa projeção em alguns ambientes,
se bem que carente de “personalidade jurídica”.

Por exemplo, se alguém escrevesse “a instituição conhecida como PCC, Primeiro


Comando da Capital” para se referir a uma organização criminosa atuante na
cidade de São Paulo, estaria utilizando uma terminologia clara. Mas seria
absolutamente impróprio dizer “a instituição conhecida como CPC, Comando de
Policiamento da Capital”, pois este é um organismo público da Polícia Militar do
Estado de São Paulo absolutamente transparente na sua composição e autonomia
de governo.

O impróprio uso da expressão “conhecida como” indica estar se referindo a um


grupo não jurídico, talvez uma “família de almas”; e mostra mais uma razão da
invalidade do Decreto, por estar querendo tomar como objeto algo impossível de
ser “comissariado”. Mais uma lamentável carência na redação do Decreto, que o
torna inválido por erro material.

Erro material invalidante: “…dela fazem parte…”


Se a expressão “instituição conhecida como” quer se referir (por um erro crasso de
redação) à “Associação Privada Internacional de Fiéis Arautos do Evangelho”, dela
não “faz parte” nenhuma das duas “Sociedades de Vida Apostólica” referidas
(Virgo Flos Carmeli e Regina Virginum).

Exemplifiquemos: não se pode dizer que uma rosa e um lírio “fazem parte” de um
vaso de alabastro no qual foram colocadas para ornar uma imagem de Nossa
Senhora. Uma flor é diferente da outra flor, e nenhuma delas se confunde com a
pedra, que imaginamos artisticamente entalhada. Trata-se de três realidades
materiais diferentes, ainda que ao olhar de uma balbuciante criança possa parecer
constituírem um único objeto. Ignorâncias da mentalidade infantil… não
juridicamente formada. Talvez carências ou problemáticas situações intelectivas…

Se a expressão “instituição conhecida como” tenta se referir à “família de almas”


nascida do carisma fundacional de Mons. João, a qual tem se desenvolvido em
“formas jurídicas autônomas e independente juridicamente”, o Decreto, como
acima apontado, tenta “comissariar” algo “incomissariável”: uma realidade
sociológico-religiosa.

O documento de presumido comissariado se


apresenta como um “Decreto Penal”
No sistema jurídico da Igreja Católica, os Decretos são um dos elementos à
disposição dos governantes para aplicar a “suprema lei da Igreja: a salvação das
almas” (cân. 1752). Estão eles regulados, nas suas generalidades, pelos cânones 48-
58, e nos seus detalhes, segundo o gênero de Decreto, em outras partes do Código,
às quais depois nos referiremos.

Decretos penais são sujeitos a normas processuais que não


foram respeitadas
Um Decreto pode ter várias finalidades (cân. 48) e interessa considerar ser ele um
instrumento utilizado, em certas ocasiões, “para tomar uma decisão”. A este
respeito comenta Sanz que tal decisão pode visar, entre outros objetivos, “dar fim a
uma controvérsia, impor uma pena por via administrativa” (SANZ,
MARIANO, Comentario al Libro I del CIC, in J. L. ACEBAL, Código de Derecho
Canónico – edición bilingüe comentada, Madrid, 2001, 17-119).

Aplica-se ao Decreto em análise, pois ele tenciona “impor uma pena por via
administrativa”.

O que é uma “pena”, na linguagem jurídico-canônica? O que é “impor uma pena


por via administrativa”, segundo as Leis da Igreja?

O que é uma “pena” em linguagem jurídico-


canônica
O cân. 1312 § 2 define a pena como a “privação de um bem espiritual ou temporal”.

Arrieta comenta que “a pena priva de direitos subjetivos os quais fazem parte do
patrimônio jurídico do qual o destinatário [da pena] é titular” (ARRIETA, Juan
Ignacio, et alii. Codice di Diritto Canonico e leggi complementari, Roma, Coletti a
San Pietro, 2004).

Um secretário paroquial legalmente contratado, por exemplo, tem o “direito


subjetivo” de realizar sua função, seu “oficio”; e a privação dessa função, ou seja, a
rescisão do contrato laboral, precisará ater-se às formalidades da lei. O pároco não
pode unilateralmente proibi-lo de entrar na secretaria ou de exercer seu emprego.

O Decreto tenta proibir o exercício do cargo de


Presidente e dos Conselheiros, privando-os de seus
direitos subjetivos
No caso concreto, o Decreto tenta privar o Presidente Geral e seu Conselho de
“todos os direitos e os deveres que o Direito universal da Igreja e o Direito próprio
dos Institutos atribuem”, delegando tais direitos e deveres aos Comissários
nomeados.

A privação dos direitos subjetivos do Presidente e do Conselho de exercerem seus


cargos (seus “ofícios”, em linguagem jurídico canônica) é considerada, pelo cân.
1336 § 1 3º, como uma das “penas expiatórias” claramente tipificadas. Com efeito,
tal “pena” consiste na “proibição de exercer” “um poder, ofício, encargo, direito”.

O Decreto de presumido comissariado visa proibir o exercício dos ofícios de


Presidente Geral e de seu Conselho.

O Decreto de presumido comissariado deve ser


qualificado como um “Decreto Penal”
Que um Decreto de Comissariado deva ser considerado um Decreto Penal pode ser
visto, por exemplo, nos comentário de Aznar Gil (professor, entre outros títulos,
de Direito Penal, na Universidade de Salamanca) a diversos documentos relativos
ao comissariado realizado na União Lumen Dei (Anotaciones sobre el
nombramiento de un Comisario pontificio, in REDC, 167 (2009) 721-739). Aznar
frisa que no caso de Lumen Dei foi aberto um “procedimento penal
administrativo (cân. 1720)”, o qual conclui com “uma pena expiatória atenuada
proibindo exercer qualquer ofício” e cita o cân. 1336 § 1 3º, a que fizemos referência
como devendo ser aplicado ao Decreto em análise que o card. Damasceno tentou
aplicar.

Estamos, pois, diante de um Decreto Penal que se apresenta como conclusão de


um processo administrativo.
Ora se, como vimos, o comissariado é uma “pena” tipificada (proibição de exercer
um ofício), interessa considerar como foi o processo administrativo que levou a
exarar esse Decreto.

O “processo penal administrativo” que levou a exarar


o Decreto de presumido comissariado
A Igreja, na sua santidade e no seu desejo de tutelar os direitos dos mais pobres, dos
mais frágeis, dos mais desamparados, considera que nenhuma pena deve ser
imposta sem a realização prévia de um processo.

Este processo penal poderá ser, a partir de determinado


momento, judicial ou administrativo, no seu desenvolvimento; mas tem sempre
inicio de modo administrativo por uma “investigação prévia” (cân. 1717). Ele teve
lugar, para os Arautos do Evangelho,, com a Visita Apostólica.

Com efeito, o Decreto de D. Braz de Aviz dando início a uma Visita Apostólica, de
23 de junho de 2017, apresentava todos os elementos que o cân. 1717 declara
recomendar a uma  investigação a fim de apurar “os fatos e as circunstâncias, e a
imputabilidade” (cân. 1717) de algum delito. Afirma o Decreto de Visita ser sua
finalidade:

Compreender o real fundamento das problemáticas apontadas, bem como as


causas que as determinaram, e as responsabilidades atribuíveis a cada religioso[1].

O Decreto de Visita emprega os conceitos do cân. 1717 com outros termos: “as
problemáticas” (o cânon diz “os fatos”), “as causas” (o cânon diz “as
circunstâncias”), “as responsabilidades” (o cânon diz “a imputabilidade”).

Essa parte processual – a Visita Apostólica a fim de determinar “os fatos e as


circunstancias e sobre a imputabilidade”, ou “as problemáticas, as causas e as
responsabilidades” – desenvolveu-se por via administrativa, como é de praxe na
Igreja (ver comentário de: ACEBAL, Juan Luis, Comentario al Libro VII cc 1400-
1731 del CIC, in J. L. ACEBAL, Código de Derecho Canónico – edición bilingüe
comentada, Madrid, 2001, 733-884[2]).

Tanto D. Damasceno como D. Aparecido declararam ser a Visita Apostólica a


investigação prévia à exaração do Decreto de presumido comissariado.

Não foi respeitada a normativa do cân. 1718


Completada a Visita Apostólica, ou seja, a “investigação prévia” de que fala o cân.
1717 § 1, o cân. 1718 § 1 explica:

Quando parecerem suficientemente coletados os elementos, o Ordinário decida:

1º se é possível promover processo para irrogar ou declarar a pena;


2º se isso é conveniente, levando-se em conta o cân. 1341;

3º se se deve proceder por via judicial ou, caso a lei não proíba, se se deve proceder
por decreto extrajudicial.

Com efeito, o Decreto de presumido comissariado declara que “o relatório [dos


visitadores] confirmou a existência de situações problemáticas e de grave carência”.
Ou seja, no juízo do card. Braz de Avis as “carências” e “problemáticas situações”
pareceram “suficientemente coletadas”.

Cabia ao Dicastério decidir se promove um processo judicial ou administrativo, para


emendar as “carências” e consertar as supostas “situações problemáticas”, como
dizem os itens 1º e 3º.

Nenhum destes procedimentos foi iniciado (nem administrativo nem judicial),


mas simplesmente foi exarado o Decreto de presumido comissariado.

O incumprimento da normativa do cân. 1718 § 1 1º  3º torna o Decreto inválido.

Não foi respeitada a normativa do cân. 1341


O item 2º do cân. 1718 § 1 contém uma importantíssima observação, declarando a
necessidade de levar em conta o prescrito no cân. 1341, o qual diz:

Só se decida a promover o procedimento judicial ou administrativo para infligir ou


declarar penas, quando vir que nem com a correção fraterna, nem com
a repreensão, nem por outras vias de solicitude pastoral, se pode reparar
suficientemente o escândalo, restabelecer a justiça e corrigir o réu.

Ora, patenteia-se mais uma infração grave no método promovido pelo Cardeal
Braz de Avis: não empregou nenhuma “via de solicitude pastoral”, nem “correção
fraterna” nem “repreensão” para corrigir as presumidas “carências” ou “situações
problemáticas” antes de exarar o Decreto de presumido comissariado.

A violação da normativa do cân. 1341 e do cân. 1718 § 1 2º torna o Decreto de


presumido comissariado inválido.

Decreto “injusto e inválido”


O Decreto em análise quis declarar a pena de “proibição de exercer” os ofícios de
Presidente Geral e Conselheiros Gerais da Associação Arautos do Evangelho,
como foi visto.

Tal Decreto não respeitou a normativa do cân. 1718, nem os cuidados pastorais do
cân. 1341.
Os erros do Decreto não são apenas um problema de
invalidade, mas também de injustiça
A pena não apenas tornou-se inválida, mas também injusta, como bem explica
Cabreros de Anta. O ilustre claretiano, professor em Salamanca, esclarece que para
uma pena ser justa três quesitos são “substanciais”, e a ausência de um qualquer
deles torna a pena “injusta e inválida” (CABREROS DE ANTA, Marcelino.
Comentarios al Código de Derecho Canonico y Legislación Complementaria: cc
1-270, 1552-1924, 1999-2141, in L. MÍGUELES DOMINGUEZ (cur.). Código de
Derecho Canónico y Legislación Complementaria: Texto latino y versión
castellana, Madrid, 1976):

Para que a pena seja justa é requerido: a) que tenha sido imposta por um juiz ou
superior legitimo; b) por uma causa justa e razoável; c) observando, na forma de
impor a pena, as prescrições canônicas. Se faltar algum destes quesitos a pena é
injusta e inválida, pois todos eles são substanciais.

A respeito da ilegitimidade do Card. Braz de Aviz para decretar o comissariado de


uma Associação Privada Internacional de Fiéis, já foi mostrada a sua total
incapacidade. Portanto, essa ilegitimidade do autor do Decreto torna a pena
“injusta e inválida”.

A carência de “causa justa e razoável” é uma razão a mais para tornar o Decreto
“injusto e inválido”.

A ausência de observação da “forma de impor” e das “prescrições canônicas” ficou


patenteada acima, configurando a terceira razão para a “invalidez e injustiça” do
Decreto exarado por D. Braz de Aviz.

Um Decreto “irritum infectumque”


A linguagem jurídico-canônica da Igreja tem vinte séculos, ao longo dos quais
foram sendo cunhadas expressões e termos que qualificam uma situação sem
muitas explicações, ao menos para os conhecedores da terminologia técnica.

Considerando os graves erros contidos no Decreto,


concluímos não ser este apenas ilegítimo: ele simplesmente
não existe
Considera-se, no Direito da Igreja, que uma norma, uma lei, um decreto, um ato
jurídico são “irritus” (do latim, “ausente dos ritos”, ou seja, das formas externas
necessárias para sua validade) quando faltam elementos necessários para sua
liceidade, ainda que, eventualmente o ato seja válido. Por exemplo, a ordenação de
um bispo realizada sem mandato da Sé Apostólica: o presbítero assim sagrado terá
recebido validamente a plenitude do sacerdócio, porém tendo sido ela conferida
ilegitimamente não pode ele exercer com legitimidade nenhuma função episcopal.
Porém, quando há erros substanciais relativos à essência ou à substancia do ato, da
norma, do decreto, ele deve ser considerado “infectus” (do latim “in” + “factus”,
ou seja inexistente).  Por exemplo, se um prelado tentasse conferir a ordenação
sacerdotal a uma mulher, o ato seria absolutamente nulo.

Quando as duas circunstâncias de ilicitude e nulidade existem, o ato ou o


documento é denominado “decretum irritum infectumque”.

Essa é a qualificação jurídico-canônica do Decreto de presumido comissariado


assinado por D. Braz de Aviz, que D. Raimundo Damasceno Assis e D. José
Aparecido Gonçalves de Almeida apresentaram, dia 18 de outubro de 2019, ao
Presidente Geral da Associação Internacional Privada de Fiéis Arautos do
Evangelho, e seu Conselho.

Cabe um recurso contra esse Decreto?


Durante a notificação do Decreto, D. José Aparecido levantou a possibilidade de os
Arautos apresentarem um recurso ao Santo Padre pedindo a reformulação do
Decreto.

O canonista presente fez notar que tal recurso teria sentido se o Decreto fosse
meramente “irritum”, mas, tratando-se de um “Decretum infectum”, não tem
sentido um recurso contra algo nulo e inexistente, ausente de qualquer valor
jurídico.

Fica, por fim, salvaguardado aos Arautos do Evangelho o recurso por atentado à
boa fama, pela injustiça cometida e por outras ilegalidades na exaração desse
Decreto e pela forma de sua divulgação.

(*) José Manuel Jiménez Aleixandre, espanhol, cursou Arquitetura e Jornalismo na


Universidade Complutense de Madrid, e é Doutor em Direito Canônico pela
Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Angelicum) de Roma.

[1] “comprendere la reale fondatezza delle problematiche rese note, nonché le


eventuali cause che le hanno determinate, le responsabilità attribuibili ai singoli
religiosi”.

[2] “El proceso penal canónico se desarrolla en dos fases claramente diferenciadas y


de naturaleza jurídica diversa. La primera fase, la investigación previa, es de
naturaleza estrictamente administrativa, y la segunda, si se llega a ella, puede ser
judicial o administrativa, según que se decida proceder por vía judicial o por
decreto extrajudicial. La investigación previa se inicia cuando llega a conocimiento
del Ordinario la noticia de un posible delito, bien porque se trata de un hecho
notorio, bien por denuncia previa o rumor existente en la comunidad. Entonces el
Ordinario debe investigar los hechos y las circunstancias, de manera especial si el
delito es imputable de manera deliberada al presunto autor” (p. 879).

ANÁLISES

Por que a Associação Arautos não


é comissariável? 22 minutos para ler

por Arautos Véritasem 7 de novembro de 20198 comentáriosem Por que a Associação Arautos não é
comissariável?22 minutos para ler
por Dr. José Manuel Jiménez Aleixandre (*)

O presente artigo se refere à legislação da Igreja, em particular, ao Código de


Direito Canônico, promulgado em 1983 por João Paulo II.

A conotação do termo “comissário”


O termo “comissário” na linguagem corrente no Brasil refere-se habitualmente a
uma autoridade policial, mas também tem outros usos, como na expressão
“comissário de bordo”, ou seja, quem presta serviço aos passageiros durante um
voo.

Na História, o termo tem ressonâncias pouco agradáveis, seja nos “comissários” do


“Comité de Salut Publique” na Revolução Francesa, cumpridores da “lei dos
suspeitos”, condenando sem julgamento; ou nos “comissários do povo” da
Revolução comunista russa, executores de migrações forçadas de multidões para a
Sibéria; ou nos “comissários políticos” da República espanhola na guerra de 1936,
os quais fácil e prontamente enviavam quem deles discordasse para as terríveis
“checas”, onde a pessoa era torturada até a morte sem julgamento!

Já na linguagem jurídico-canônica – quer dizer, a linguagem jurídica da Igreja – o


termo “comissário” tem outro sentido, atualmente.

O que é um “comissariado” na lei da Igreja


atualmente
Nomear um “comissário” (na linguagem jurídica da Igreja, em nossos dias) é
suspender uma pessoa de sua capacidade de governo e colocar outra em seu lugar.

Na linguagem comum do Brasil pode ser assimilado ao funcionário denominado


“interventor”, a pessoa nomeada pelo poder central para substituir um
governador, um prefeito ou outra autoridade, em razão de grave desvio de
conduta.
Assim, podemos dizer que a noção atual de “comissário” na linguagem da Igreja,
corresponde ao conceito que o brasileiro médio tem de “interventor”, no mundo
civil.

Diferença entre entes públicos e entes privados


Mas aquilo que o governo federal pode fazer (e até talvez tenha obrigação de fazê-
lo em certos casos), ou seja, nomear um “interventor” em relação a funcionários
públicos (como governador, prefeito ou outros), não pode ser feito em relação ao
gerente de uma fábrica de, digamos, sabonetes, de propriedade particular. Ou seja,
nomear um “interventor” para essa empresa privada.

A fábrica “Sabonetes Limpe Bem”, dos irmãos Aguiar, por exemplo, foi originada
por livre iniciativa de uma ou várias pessoas, e governa-se segundo os estatutos da
Sociedade civil criada no ato fundacional. A fábrica é um ente privado porque
nascido do livre acordo de particulares.

Os organismos de governo (nacionais, estaduais, municipais) são entes públicos


porque são criados pelo governo legitimamente estabelecido.

Os entes públicos surgem por iniciativa e vontade do


governo; os entes privados, por iniciativa e vontade de
particulares.
Entende-se, pois, a fundamental diferença entre um ente público e um ente
privado. Os primeiros surgem por iniciativa e vontade do governo; os segundos,
por iniciativa e vontade de particulares. Os primeiros, os públicos, podem ser
objeto de intervenção da autoridade pública; os segundos, os privados, não. Eles
poderão ser dissolvidos, fechados, etc., não, porém, “intervencionados”.

No Brasil, como em qualquer país do mundo, existe uma enorme variedade de


entes públicos (em nível federal, estadual e municipal) e outra imensa abundância
de entes privados (sociedades de comércio, associações esportivas, etc.).

Entes públicos e entes privados na Igreja


De modo semelhante, na Igreja existem diversas agrupações com finalidades e
características distintas; até muito mais diferentes do que as existentes entre uma
câmara municipal (ente público) e um clube esportivo (privado).

Além dos organismos de governo da Igreja (as dioceses, com seus bispos, seus
Conselhos de Consultores e Presbiterais, as Conferências episcopais, as paróquias,
etc.), existem sociedades chamadas “públicas”, como são todos os institutos
religiosos (jesuítas, irmãs da caridade, franciscanos, clarissas, carmelitas, salesianos,
etc.), e algumas “associações públicas” de clérigos ou de fiéis. Todos estes entes
“públicos” podem ser “comissariados” pela autoridade de que dependem. Se são de
caráter diocesano, pelo bispo do lugar; se são de caráter internacional, pela Santa
Sé.
Mas também existem “associações privadas de fiéis”, nascidas do livre acordo entre
alguns católicos que desejam se entreajudar para procurar a santidade, própria e de
outros, pela prática de atos de caridade, de piedade, de formação, etc.

A Igreja não tem nenhum poder sobre essas “associações privadas de fiéis”?

O dever das autoridades da Igreja de velar pela moral


e boa doutrina, tanto dos indivíduos como dos entes
públicos e privados
Sobre todas as pessoas, como sobre todos os entes existentes na Igreja, sejam eles
públicos ou privados, os pastores devem, ao mesmo tempo, exercer um papel
de estímulo e de vigilância, no que se refere à prática da moral, à difusão de
doutrinas em conformidade com o ensinamento da Igreja e à obediência à
disciplina eclesiástica. O que é, geralmente, resumido na frase latina “de fide et
moribus”, vigiar a respeito da fé e da moral, tanto das pessoas individuais como
quando agrupadas em entes, sejam estes públicos ou privados.

Os pastores exercem, na Igreja, um papel de estímulo e de


vigilância em matéria de moral, doutrina e disciplina
eclesiástica
Por exemplo, se num seminário diocesano (ente público da Igreja) se dão
frequentemente casos contrários à moral, o bispo diocesano e até a Santa Sé têm a
obrigação de intervir, até mesmo “comissariando” esse seminário. Na História
recente foram registrados, infelizmente, vários casos assim. O mesmo se diga se
num seminário são ensinadas práticas contrárias à Fé, como seria promover não a
liturgia, o Ofício Divino ou a recitação do terço (tudo isto é estabelecido pelo
Direito Canônico), mas cerimônias de umbanda, macumba ou outros tipos de
sincretismo. A autoridade eclesiástica teria a obrigação de “comissariar” quem
promove tais atos contrários à Fé católica e à sagrada liturgia.

Se um instituto religioso (ente público) é causa de escândalos morais internos, ou


promove ensinamentos contrários à doutrina da Igreja (por exemplo, membros
que abandonam o instituto para ingressar na guerrilha, ou que lecionam a favor
do aborto, da eutanásia ou do infanticídio), a Santa Sé pode “comissariar” esse
instituto, substituindo temporariamente os seus superiores por outros nomeados
pelo Vaticano. E até em certos casos deve fazê-lo, para o bem das almas.

Pois o bem das almas, a salvação eterna delas e o conduzi-las para o Céu, é


chamada a suprema lei da Igreja: “a salvação das almas, na Igreja, deve ser sempre a
lei suprema” (cf. CIC, c. 1752). Tirar as pessoas das garras do pecado e do demônio,
e uni-las sempre e cada vez mais a Cristo nosso Redentor, à sua Mãe Santíssima,
para que cheguem a estar com Eles por toda a eternidade!

Em relação aos entes públicos, às vezes o bem das almas exige que tais entes sejam
“comissariados”.
E os entes privados?

A vigilância que a autoridade da Igreja deve ter sobre


a doutrina e a moral das associações privadas
Já com as associações privadas os pastores devem incentivar sua formação por
iniciativa dos fiéis, aprovar aquelas que dão mostras de conduta moral
irrepreensível de seus membros, de ensinamentos em acordo com a doutrina
católica, de promoção entre os fiéis de práticas de piedade, seja pela assistência à
Missa, frequência aos sacramentos, catequese, regularização de situações
matrimoniais, etc., ou por devoções privadas legítimas, como o terço, as novenas, a
adoração ao Santíssimo Sacramento, etc.

Se uma associação promovesse a participação, não em novenas e atos litúrgicos,


mas em cerimônias interconfessionais como candomblé, a autoridade da Igreja
deveria tomar medidas. E, no caso de uma associação pública, talvez “comissariá-
la”; se fosse uma associação privada, não sendo possível “comissariar” e existindo
alguma causa justa, grave e comprovada, poderia negar o reconhecimento
jurídico-canônico. Ou até declarar que ela, enquanto associação, não é mais
reconhecida pela Igreja.

Os Arautos do Evangelho são uma associação privada


de leigos
Os Arautos do Evangelho nasceram, cresceram, e se desenvolveram como um
grupo de fiéis leigos desejosos de “participar ativamente na comunhão e na missão
da Igreja” como leigos, assistindo aos atos de culto, promovendo devoções
privadas, editando e difundindo livros de formação cristã, ajudando os párocos na
evangelização, os católicos na sua vida de família, atraindo os não batizados à fé,
reconduzindo os que se afastaram da prática eclesial à sua reinserção na respectiva
paróquia, etc.

Os Arautos do Evangelho nasceram, cresceram, e se


desenvolveram como um grupo de fiéis leigos, empenhados
em promover “a íntima unidade entre a vida prática e a
fé”
Isso tornou-se público e notório no Brasil como nos inúmeros países onde há
arautos empenhados em promover “a íntima unidade entre a vida prática e a fé”,
como consta na sua finalidade declarada nos Estatutos (cf. art. 2).

A “família religiosa” dos Arautos


De dentro dos Arautos (como tantas vezes sucede com as fundações originadas por
um carisma muito abrangente) surgiram pessoas que queriam levar uma vida
“mais radical”, com a radicalidade evangélica de uma dedicação integral, na
pobreza, na castidade, na obediência. Constituíram, assim, duas associações
públicas na Igreja: a “Sociedade clerical Virgo Flos Carmeli”, e a “Sociedade
feminina Regina Virginum”. Cada uma com suas constituições, seus superiores,
seu ordenamento interno, como de pessoas consagradas (segundo a terminologia
jurídico-canônica), ou como religiosos (segundo o uso popular).

As relações entre os membros da Associação de fiéis Arautos do Evangelho e estes


que – aspirando a uma vida mais perfeita querem seguir a Deus “mais de perto”,
“com coração indiviso” se consagrando só a Deus “na virgindade ou no celibato,
dom da graça divina que o Pai concede a alguns” (cf. Lumen Gentium, 42) –
constituíram sociedades públicas, é como as existentes entre irmãos, todos filhos de
um casal prolífico: cada um constitui sua família independente, mas não rompe
com outro irmão, pois todos têm um pai e uma mãe comuns.

O surgimento, de dentro do carisma dos Arautos do Evangelho, desses grupos de


homens e mulheres que abraçam a vida religiosa, não impede que os milhares –
podemos até dizer milhões – de membros da Associação Arautos do Evangelho
continuem sua vida de batizados que procuram, nas realidades temporais, viver
uma vida em conformidade com os Mandamentos da Lei de Deus e os
ensinamentos da Igreja Católica.

Para designar tanto os membros da Associação Arautos do Evangelho, como os


integrantes da “Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli”, e as
irmãs da “Sociedade Feminina de Vida Apostólica Regina Virginum”, alguns têm
empregado a expressão “família religiosa dos Arautos”. Ela tem um significado
sociológico, não jurídico. Mais ou menos como quando os papas falam da “família
carmelitana”, para se referir aos diversos institutos surgidos de um mesmo carisma:
a devoção a Nossa Senhora do Carmo. Entre eles há diferenças, e em certos séculos
até divisões, quase “irreconciliáveis”, como entre “calçados” e “descalços”, irmãs
missionárias e freiras de clausura, ordens terceiras, etc. Porém, os papas às vezes
referem-se a todos eles como os integrantes da “família religiosa carmelitana”. No
entanto, ao se tratar de assuntos jurídicos (como poderia ser um comissariado de
alguns desses entes públicos) seria indispensável precisar se o comissariado penaliza
a Ordem Masculina dos Carmelitas Descalços ou a Ordem Carmelita da Antiga
Observância, se visa um determinado convento de clausura (pois cada um deles é
juridicamente independente, constituindo um ente público singular e autônomo),
ou as Carmelitas Missionárias. Cada um tem constituições e governos próprios, se
bem que todos surgiram de um mesmo carisma fundacional: a devoção a Nossa
Senhora do Carmo, que alguns fazem remontar ao profeta Santo Elias e suas
façanhas contra a idolatria no Monte Carmelo (cfr. 1Rs 18).

A Associação Arautos não pode ser “comissariada”


Vemos como, em conformidade com a legislação da Igreja, a Associação Privada
Internacional de Fiéis Arautos do Evangelho está, do mesmo modo como todos os
batizados, sujeita à vigilância dos pastores no que diz à doutrina e aos bons
costumes (“de fide et moribus”); mas, em se tratando de um ente privado, não pode
ser objeto de um “comissariado”, como equivocadamente queria o Decreto em
caso.
A Associação Arautos do Evangelho está sujeita
à vigilância dos pastores no que diz à doutrina e aos bons
costumes, mas não pode ser objeto de um comissariado
Com efeito, o comissariado previsto pelo cânon 318 diz respeito exclusivamente às
sociedades ou associações públicas.

Do mesmo modo como a hipotética Fábrica de Sabonetes, inventada acima para


exemplificar, não poderia ser objeto de intervenção federal; poderia até ser fechada
se forem provadas judicialmente ilegalidades, mas seria preciso apresentar as provas
que justificassem esta ingerência na vida do ente privado. Se não houver provas (e se
não foram apresentadas devem ser consideradas inexistentes), o fechamento da
Fábrica de Sabonetes constituirá uma ilegalidade e uma injustiça, um atentado
contra a livre iniciativa de todo cidadão e de todo brasileiro honesto que procura
colaborar no esforço comum de levar adiante o progresso deste imenso Brasil.

Encontro de D. Damasceno com o Presidente da


Associação Arautos do Evangelho
Quando o Card. D. Raymundo Damasceno Assis esteve na sede central da
Associação Privada de Fiéis Arautos do Evangelho (em data de 18 de outubro
passado), a fim de apresentar o Decreto do pretenso Comissariado, foi recebido
pelo Presidente Geral, Sr. Felipe Lecaros Concha, juntamente com o seu Conselho
Dirigente. O cardeal vinha acompanhado por D. José Aparecido Gonçalves de
Almeida, Bispo Auxiliar de Brasília e doutor em Direito Canônico, citado no dito
Decreto como “auxiliar” de D. Damasceno.

No discurso, o Sr. Felipe Lecaros deixou claro que “comissariar uma Associação
Privada infringiria o direito sacro e inviolável dos fiéis de associarem-se na Igreja
com seus próprios estatutos e suas próprias autoridades”.

Falta de competência jurídica em quem emitiu o


Decreto de comissariado
Além do mais, o Presidente da Associação Arautos do Evangelho fez notar que
assim como cada ente privado, na sociedade civil, depende organicamente de uma
autoridade – por exemplo, o comércio de uma cidade será regulado por normas
municipais, enquanto a habilitação e o trânsito rodoviário pelo DETRAN e o
DENATRAN, ou se se tratar de aviação a competência recai na ANAC –, assim
também os Arautos do Evangelho, sendo uma “associação privada internacional
de fiéis”, dependem organicamente do Dicastério para os Leigos, a Família e a
Vida. No entanto, o Decreto trazido pelo Card. Damasceno provém da
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida
Apostólica, ou seja, o que na linguagem comum chamam-se “os religiosos”.
Patenteia-se, pois, uma “falta de competência” para qualquer tipo de intervenção
numa associação privada de fiéis.
O Decreto diz ter existido um “acordo” entre esses dois órgãos do governo da
Igreja; porém, para ter valor jurídico não basta um “acordo” cujos termos são
desconhecidos (nem sequer há o número de protocolo do tal documento de
“acordo”), mas torna-se necessária uma “delegação formal”, a qual não aparece em
nenhum lugar, o que levanta a suspeita de não ter existido, visto não ser este o
único erro no texto do Decreto.

Alguns dos erros de atribuição, no Decreto que


tentava “comissariar” os Arautos
Houve erros fundamentais de atribuição:

1. De quem ditou o Decreto (a Congregação para os Religiosos), que não pode


emanar decretos para uma associação privada;
2. Na qualificação dos Arautos do Evangelho como “associação pública”,
quando se trata de uma “associação privada” (com alvar e surpreendente
ignorância da realidade que se quer “comissariar”);
3. No desejo de impor uma penalidade inaplicável, ou seja, “comissariar” uma
associação privada (como seria inaplicável querer tirar a carteira de
habilitação a um rapaz de seis anos, incapaz de a ter).

Damasceno e D. Aparecido concordaram com a


existência de erros relevantes no Decreto
Esses erros foram reconhecidos tanto pelo card. D.
Raymundo Damasceno Assis, quanto pelo canonista que o
acompanhava, D. José Aparecido Gonçalves de Almeida
Esses erros foram reconhecidos tanto pelo card. D. Raymundo Damasceno Assis,
quanto pelo canonista que o acompanhava, D. José Aparecido Gonçalves de
Almeida, tendo ambos declarado se tratar de questão relevante, a qual seria levada
por eles à Santa Sé, como será narrado mais adiante.

Damasceno e D. Aparecido declaram não saber quais


são as acusações que levaram a emitir esse Decreto de
“comissariado”
Além disso, reiteraram os dois prelados – presumidos comissários dos Arautos –
não conhecerem nenhuma outra informação acusatória, além das generalidades
que constam no texto do Decreto, no tocante às “problemáticas” e “carências” a
serem corrigidas nos Arautos.

Isso gera uma verdadeira situação de impossibilidade de realização de sua função de


comissários. Com efeito, como pode um médico ajudar um paciente, do qual
desconhece a doença?
Afirmaram, ademais, não terem tido acesso nem ao Informe Final dos Visitadores,
nem ao dossiê de “Respostas às Últimas Perguntas” (572 páginas de texto, com
mais 18.000 páginas de documentos e depoimentos) proporcionado pelos Arautos.

Todos esses elementos indicam não apenas a incompetência em quem emitiu o


Decreto de presumido comissariado, mas a incapacidade dos presumidos
comissários de exercer a função de modo eficaz e válido, por ignorância dos fatos
sobre os quais pretendiam interferir “para ajudar”, como declarou D. Damasceno.

A doutrina jurídica da Igreja, a respeito da


impossibilidade de comissariar associações privadas
de fiéis
Na conversa com os dois Prelados, o Presidente da Associação Arautos do
Evangelho, Sr. Felipe Lecaros, leu também opinião de insignes comentaristas da
Lei Canônica, como o bispo canonista, especialista em associações de fiéis, D. Lluis
Martinez Sistach, o qual afirma que:

“Somente para as associações públicas se prevê que a autoridade


eclesiástica competente, em circunstâncias especiais e quando o exijam
graves razões, possa designar um comissário que em seu nome guie
temporalmente a associação. No caso das associações privadas, dado que
a autoridade eclesiástica não intervém na designação do presidente, não
existem razões para que intervenha em sua destituição e nomeação de
um comissário” (cf. Ius Canonicum, v. 26, n. 51, 1986, p.173).

Isso tem sido reconhecido até pela justiça civil de países que assinaram Concordata
com a Santa Sé, como Portugal. Um Acórdão no Tribunal de Relação de Coimbra,
Portugal, de 17 de maio de 2011, por votação unânime, decidiu:

“As associações privadas de fiéis estão sujeitas à vigilância das


autoridades eclesiásticas competentes, porém não pode a autoridade
eclesiástica competente, a coberto desse dever de vigilância, designar
comissários que representem a Associação”.

Testemunho mais significativo é dado pelo próprio Dicastério para os Leigos, a


Família e a Vida na tentativa de comissariado da Associação privada de fiéis Palavra
Viva, por parte da Arquidiocese de Diamantina (MG). Tal tentativa foi declarada
injusta e ilícita pela Santa Sé, em 15 de março de 2016, nos seguintes termos:

“No tangente à legitimidade das medidas, a nomeação de um comissário


(cân. 318) é indicada no direito entre as medidas previstas apenas para
as associações públicas de fiéis (cân. 312-320) e, portanto, não podem ser
aplicadas a uma associação privada de fiéis. Portanto, a nomeação de
um comissário neste caso não é legítima” (cf. Decreto 264/16/S-61/B-169,
15/3/2016).
Este processo contencioso-penal, entre a Arquidiocese de Diamantina e a
Associação privada Palavra Viva, estendeu-se por vários anos, sendo precisas
diversas intervenções do governo central da Igreja, sempre a favor da liberdade da
associação, e condenando a tentativa injusta do arcebispo. O Pontifício Conselho
para os Leigos – recentemente substituído em suas atribuições pelo Dicastério para
os Leigos, a Família e a Vida – reafirmou ser essa interpretação da Lei da Igreja: “A
nomeação de um comissário neste caso [de uma associação privada de fiéis] não é
legítima”, diz ainda o Decreto.

Isso foi ratificado por Decretos do mesmo organismo vaticano de 23/3/2016 e


25/4/2016, e pelo Decreto do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, de
18/10/2016 (070/16/S-61/B-169), o qual, além do mais, condena o arcebispo, que
intentou interferir na legítima vida cristã dessa associação privada de fiéis, ao
ressarcimento de danos por um valor de 64.270 euros, mais 5.000 euros pelos atos
ilegítimos contra eles perpetrados por parte da autoridade eclesiástica, e outros
valores que omitimos por brevidade.

A respeito exatamente do presumido comissariado dos Arautos, o professor


Eduardo Baura, da Universidade do Opus Dei, em Roma, declarou que o
comissariado de uma associação de fiéis “não está previsto, em razão da autonomia
de que gozam”. O que há, como ressaltado acima, é a obrigação de “vigiar” e,
acrescenta o professor da Opus Dei, “chegando o caso, dissolver a associação, se for
necessário” (cf. Vida Nueva, 26/10/2019).

Haverá alguém que, unilateralmente, sem provas, sem julgamento, sem


possibilidade de defesa, com base em acusações caluniosas tiradas da internet,
algumas anônimas, outras de pessoas que não estão em comunhão com a Igreja
Católica, dê ordem de “dissolver os Arautos do Evangelho”? A quem beneficiaria
essa dissolução arbitrária?

Damasceno e D. Aparecido concordaram com o


posicionamento dos Arautos
Deve-se destacar que as razões apresentadas pelo Presidente Felipe Lecaros foram
levadas em consideração pelos ilustres visitantes.

Em 18 de outubro de 2019, o bispo canonista D. Aparecido, enviou uma mensagem


a um dos Arautos do Evangelho atestando:

“Quanto à situação da associação Arautos, vou preparar uma carta


[para a Santa Sé] para explicar que há de fato uma objeção plausível: a
que se refere à natureza jurídica da Associação e ao tipo de intervenção
possível por parte da autoridade competente. A questão da natureza
privada da associação, esta sim é a objeção real e relevante sobre o
tema”.

Mais além dos argumentos jurídicos, comissariar fiéis


leigos se revela ridículo
Ao concluir este artigo, cumpre ainda notar que o Decreto em apreço – além dos
atropelos já mencionados – viola também os cânones 50 e 51, porque não está
suficientemente motivado em “razões graves” (cf. CIC, c. 318), e a Associação não
foi ouvida previamente. Por estes e outros motivos, o tal Decreto é absolutamente
inválido ou, tecnicamente, “infectus” (do latim, “não feito”), isto é, inexistente.
Mas isto é matéria para outro artigo.

Os Arautos do Evangelho são hoje constituídos por homens


e mulheres de todas as idades e condições, profissões e
estados de vida; a própria idéia de comissariá-los resulta
esdrúxula
Isto posto, a impossibilidade de comissariar os Arautos não releva apenas do
direito… mas até do bom senso.

Uma recente reportagem da conhecida agência Gaudium Press cita um


comentário deveras expressivo, que ajuda a compreender o quanto a própria idéia
de comissariar uma associação privada de fiéis resulta esdrúxula. Com efeito, como
já foi dito acima, os Arautos do Evangelho se desenvolveram como um grupo de
fiéis leigos, e são hoje constituídos por homens e mulheres de todas as idades e
condições, profissões e estados de vida, casados e solteiros.

Ora, segundo a mencionada reportagem, uma senhora entrevistada – depois de


manifestar estranheza pelo fato do Vaticano estar tratando, de igual modo, leigos
e religiosos – diz ter-se perguntado, junto com outros casais que também fazem
parte dos Arautos, como ficariam suas famílias se, por absurdo, elas fossem todas
comissariadas. E concluiu, não sem certo sentido de humor: “Em tom de
brincadeira, eu perguntei ao meu marido se, da próxima vez que quisermos trocar
de carro, vamos precisar do OK do Comissário. Mas meu marido nem ligou; ele
riu, e deu de ombros”…

O “inexistente” Decreto teve efeitos muito reais, e


fortemente negativos; forneceu a um setor da mídia –
preconceituoso, fortemente ideologizado e de cunho anti-
religioso – matéria para iniciar uma campanha de
calúnias e difamação
Infelizmente, o “inexistente” Decreto teve efeitos muito reais, e fortemente
negativos, tenham sido estes intencionais ou não. Com efeito, ele foi dado à
publicidade pela Sala de Imprensa da Santa Sé, antes mesmo de ter sido
comunicado aos interessados, e forneceu a um setor da mídia – preconceituoso,
fortemente ideologizado e de cunho anti-religioso – matéria para iniciar uma
campanha de calúnias e difamação que, até a data de hoje, ainda continua seus
esforços para perdurar contra toda evidência. Para resguardar e defender a sua
fama, a Associação Arautos do Evangelho não teve outra solução senão iniciar uma
série de ações legais contra os seus detratores.
Diante desses fatos, força é de constatar a perplexidade de milhares de pessoas que,
no mundo inteiro, não conseguem explicar-se a razão de tantas singularidades
neste processo. A perplexidade gerou descontentamento, e o descontentamento,
indignação. Em que degenerará esta indignação, a nível mundial, a continuarem
as coisas como estão? Só o futuro dirá.

(*) José Manuel Jiménez Aleixandre, espanhol, cursou Arquitetura e Jornalismo na


Universidade Complutense de Madrid, e é Doutor em Direito Canônico pela
Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Angelicum) de Roma.

Do DNA do Fantástico, nunca se


excluem agressividade e
falsificação 3 minutos para ler

por Arautos Véritasem 15 de novembro de 201919 comentáriosem Do DNA do Fantástico, nunca se


excluem agressividade e falsificação3 minutos para ler
O Revmo. Pe. Olavo nos fez chegar um depoimento valioso, que temos o prazer de
reproduzir abaixo. Esse sacerdote é um grande amigo dos Arautos, de longa data;
um amigo das horas duras, de todos os tempos, e os Arautos lhe são especialmente
gratos pelo seu desvelo incansável, pois não media esforços para atender às
necessidades de cada um. Em seu depoimento, o Pe. Olavo – enquanto exprime sua
solidariedade com os Arautos do Evangelho – lembra fatos que viveu em primeira
pessoa, os quais significam, para ele, que a “agressividade e falsificação” não são um
recurso recente por parte do programa “Fantástico”. Os parênteses provêm do
próprio texto original.

pelo Pe. José Olavo Pires Trindade

Estava celebrando (assistindo) o matrimônio de dois casais quando, justo na hora


da troca de consentimento, irrompem inopinadamente pela igreja repórteres e
cinegrafistas com toda a parafernália de filmadoras e gravadoras, mais parecendo
assaltantes armados, a ponto de provocarem exclamações assustadas dos assistentes
(ahhhh!). Isto ocorreu pelos dias 14 ou 15 de agosto do ano 1978. A TV  Globo deve
ter em seus arquivos os dados exatos.
Com toda pressa aproximam-se do sacerdote, separam o primeiro casal (que estava
respondendo o “SIM”) com as mãos e introduzem o microfone próximo à minha
boca, com perguntas, cometendo o crime de “turbação de culto” segundo o
Código Penal. Chamei então um grupo de homens que estavam assistindo à
cerimônia para retirarem esses “moleques” da igreja, para poder continuar a
cerimônia. Vieram homens, rapazes, senhoras, moças, movidos por grande
indignação e ira e puseram jornalistas e ajudantes a correr para um carro e sumir.
No tumulto, quebrou-se uma filmadora de grande valor.

Outro crime da Globo: não deixaram de filmar esse grupo de umas vinte pessoas
com as mãos levantadas contra eles e increpando-os, mas apresentaram essa cena
no Fantástico como se fosse um motim contra o pároco de Santo Antonio de
Miracema, não contra eles. De nada valeram os desmentidos e carta que enviei ao
diretor da rede, Roberto Marinho.

Desde o início, a característica moral do Fantástico, assim


como a de certas correntes esquerdistas do Brasil, é
agressividade e falsificação
Vê-se por aí que, desde o início, a característica moral do Fantástico, assim como a
de certas correntes esquerdistas do Brasil, é agressividade e falsificação.

Toda essa farsa ruidosa tinha como intuito último atingir os precursores dos
Arautos (TFP), como se viu explicitamente no programa Fantástico seguinte. Não
havia razão suficiente para tumultuarem uma tão pequena cidade como Miracema,
menos ainda uma pequena capela de um distrito dela.

*     *     *

Anos depois, um dos que arquitetaram essa farsa – diretor do Fantástico – foi
acometido de um mal súbito (ficando meio paralisado). Por meio de pessoa amiga
dele quis reconciliar-se comigo, inclusive desejando estar comigo, mas queria que
essa pessoa amiga estivesse presente, porque estava com muita vergonha (do que
fizera). Por agravar a sua doença, não pôde realizar esse desiderato, mas trocou
correspondência comigo, inclusive enviando livros religiosos. Dedicou-se depois a
fazer pesquisas sobre vidas de santos, aliás, as que li, bem objetivas e inéditas.

In Iesu et Maria

Pe. José Olavo Pires Trindade.

A sequência que o Comissariado


não seguiu… 22 minutos para ler
por Arautos Véritasem 16 de novembro de 201931 comentáriosem A sequência que o
Comissariado não seguiu…22 minutos para ler
por Dr. José Manuel Jiménez Aleixandre (*)

Houve uma “Visita Apostólica”… que nada


encontrou
Como foi já amplamente divulgado, os “Arautos do Evangelho” foram objeto de
uma “Visita Apostólica”, promulgada por um Decreto de D. Braz de Aviz, datado
de junho de 2017. Este Decreto tinha sido predeterminado três anos antes, em
2014, como pode-se notar pelo seu próprio número de Protocolo.

Segundo declararam repetidas vezes os “visitadores”, eles nada encontraram que


desabonasse a vida, o comportamento, o governo, a administração, a pastoral
vocacional, a formação, especialmente dos mais jovens… Nem algo que fosse
oposto à doutrina da Igreja, nem à Moral ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo,
nem contra as leis eclesiásticas.

Para empregar a expressão usual: “Nada encontraram contra a Fé ou os Costumes


da Igreja”, o que em latim é dito com a simples locução “de fide et moribus”.

Mas por que se iniciou dita “Visita Apostólica”?

Os “visitadores” declararam ignorar as acusações que


pesavam contra os Arautos que teriam levado a
decretar a “Visita Apostólica”
Causa perplexidade (para dizer o mínimo) que os visitadores tenham declarado
repetidas vezes nada saber a respeito das “suspeitas” que levaram D. Braz de Aviz a
decretar a “Visita Apostólica”.

Os visitadores declararam repetidas vezes nada saber a


respeito das “suspeitas” que levaram D. Braz de Aviz a
decretar a “Visita Apostólica”
O Decreto de Visita apenas dava como escusa para determinar tal “visita”, o fato de
terem chegado à Congregação presidida por D. Braz de Aviz “informações
preocupantes” (não especificadas) sobre:

 O estilo de governo
 O estilo de vida dos membros
 A pastoral vocacional
 A formação, especialmente das novas e jovens vocações
 As fontes de financiamento
 A administração
 A gestão das obras e atividades de apostolado

Uma sequência a mais genérica possível, como pode-se perceber. No fundo, abarca,
diga-se de passagem toda a atividade da instituição…

Tais “suspeitas”, baseadas em “informações preocupantes”, pediriam, para cada uma


delas, uma justificativa independente e verossímil.

Se um Delegado de Polícia recebesse “preocupantes informações” a respeito de


uma pessoa, suspeita de “maltrato de menores”, “roubo de carros”, “desvio de
verbas do governo”, “tráfico de drogas”, “violência racial”… cada uma delas pode
constituir um delito autônomo – ou um crime – que precisa, de modo
independente, indícios graves para a autoridade abrir uma investigação, enviando
talvez uma radiopatrulha para apurar as atuações do suposto delinquente.

“Indícios graves” de assuntos tão díspares, como “violência racial”, “roubo de


carros” ou “tráfico de drogas”, pedem provas totalmente diferentes. E o
denunciante tem obrigação de apresentar motivos críveis para cada um deles.
“Onus probandi incumbit ei qui asserit” diz o cân. 1526 § 1 do Código de Direito
Canônico: “O ônus da prova incumbe a quem afirma”. É a Lei da Igreja, é a lei de
qualquer grupo humano civilizado.

Se o denunciante não apresenta fatos ou indícios graves, o delegado quiçá enviará o


denunciante para um posto de saúde, e talvez recomendará seu encaminhamento
para uma avaliação psiquiátrica, por amalgamar tanta coisa sem nenhum
fundamento verossímil num único suspeito. Se é que o delegado não suspeita que
tantas acusações sem provas não sejam um grave indício (de si punível) de um
ciúme ou inveja, de desejo de vingança, de um ódio escondido, uma retaliação por
algum fato inócuo que o denunciado fez ao desequilibrado denunciante. Não é
impossível que o acusador deva ser inculpado por “crime de ódio”.

Se D. Braz de Aviz (o denunciante) afirma (no Decreto de Visita de 2017 e preparado


desde 2014) ter “informações preocupantes”, deve apresentar as “provas” de tão
díspares matérias ou ao menos uma para cada suposto delito. É a Lei da Igreja
acima lembrada: “Onus probandi incumbit ei qui asserit – O ônus da prova cabe a
quem afirma”.

Mas parece ser tão ingente a ausência de provas, ou melhor diríamos, tão
insignificantes as “informações preocupantes”, que o Cardeal nem sequer as quis
comunicar àqueles mesmos que ele incumbiu de tirar a limpo a certeza dos desvios
supostos: os “visitadores”. Talvez pelo irrisório valor probatório das “preocupantes
informações”.

Por que esconder quais eram as “preocupantes


informações” aos próprios encarregados de descobrir a
veracidade, ou a falsidade, das “informações”?
Por que esconder quais eram as “preocupantes informações” aos próprios
encarregados de descobrir a veracidade, ou a falsidade, das “informações”?

É como se o delegado enviasse a radiopatrulha avisando: “Procurem Fulano, que


parece estar fazendo algo errado…” O que é este “algo errado” genérico? Roubo?
Violência racial? Sonegação de impostos?

Os “visitadores” viram-se impedidos, desde o início, de realizar satisfatoriamente a


incumbência que lhes fora dada, de “compreender o real fundamento das
problemáticas”, bem como “as eventuais causas”. E mais ainda: apurar “a
responsabilidade atribuível aos religiosos individualmente”. Como enfatiza
o Decreto de Visita.

Já chamamos a atenção a respeito do absoluto erro jurídico de chamar “religiosos”


a membros de duas “sociedades de vida apostólica” ou de uma “associação privada
de leigos”. São as “carências” dos Decretos de D. Braz de Aviz, estas, sim,
realmente “preocupantes”; e não se trata, neste caso, de simples “informações”,
mas de fatos comprovados pela simples leitura do texto do Decreto. Como se diz na
linguagem jurídica da Igreja: “ex actis et probatis” – pelos documentos e pelas
provas apresentadas (cf. cân. 1606, 1608).

Por que D. Braz de Aviz não comunicou nem aos “visitadores” nem aos “visitados”
os “indícios graves” e as “informações preocupantes”? Elas realmente existem?
Têm alguma verossimilhança? Ou são invenções surgidas de algum outro motivo?
Haverá inveja ou ódio? Devemos suspeitar que exista um “crime de ódio”?

Um “processo de visita” no qual os suspeitos não


puderam saber de que eram acusados
Mais ainda, os “visitados” – ou seja, os “suspeitos” da saraivada de possíveis delitos
inseridos por D. Braz de Aviz no Decreto de Visita – não foram notificados de quais
fossem as “preocupantes informações”, a fim de auxiliar os “visitadores” a
“compreender o real fundamento das problemáticas”.

Quais eram as “problemáticas”? Porque imaginar que existem, nas duas sociedades
de vida apostólica, problemas de “financiamento” ou de “administração”? Algum
indício grave foi constatado? De onde surge a mirabolante suspeita de que há
desvios na “pastoral vocacional” ou na “formação das novas e jovens vocações”?

Isto, que poderia se aplicar a uma sociedade de vida apostólica, ou seja, um grupo
de consagrados, como pode ser referido a uma associação privada de fiéis? Pode-se
falar de “pastoral vocacional” numa confraria do terço, a qual frequentemente é
juridicamente reconhecida como associação privada de fiéis?

Aos Arautos do Evangelho, conhecidos mundialmente por


sua gentileza e bom trato, foi negado saber de que eram
suspeitados: por quê?
Os visitados não puderam saber de quais atos ilícitos eram suspeitados por D. Braz
de Aviz. Por quê?

Os Arautos do Evangelho atuam em 78 países, sua colaboração com a pastoral


diocesana e paroquial é reconhecida por milhares de testemunhos escritos, desde
Cardeais da Santa Igreja a freiras ou simples catequistas de capelas de zonas rurais
ou economicamente desfavorecidas; e isto na Espanha, Itália ou Portugal, no
Canadá, em todas as Américas, na República dos Camarões e Moçambique, na
África, nas favelas do Brasil ou nos territórios amazônicos…

Tal cooperação com as estruturas de governo da Igreja foi uma vez mais
manifestada na atenção extrema de que foram objeto os “visitadores” ao longo dos
meses de viagens, inquéritos, perguntas, etc., a todos quantos quiseram e a respeito
de tudo quanto quiseram.

A estes católicos, conhecidos mundialmente por sua gentileza e bom trato, foi
negado saber de que eram suspeitados! Por quê?

Processo de “visita” pior do que a inquisição


promovida pelo Bispo Cauchon contra Santa Joana
d’Arc: o réu não é acusado de nada
Um canonista, membro dos Arautos do Evangelho, fez notar a um dos
“visitadores” – canonista também, D. Sérgio de Deus – que o processo movido por
D. Braz de Aviz contra os Arautos se apresentava, juridicamente, pior do que o
promovido pelo Bispo Pierre Cauchon (em colaboração com o Cardeal Henry
Beaufort) contra Santa Joana d’Arc. Processo este que culminou com a injusta
condenação à fogueira da Virgem de Lorena, a qual foi realmente sentenciada
como “relapsa, excomungada e herege”. E levada para a Praça do Mercado Velho,
em Rouen, na França, onde foi queimada viva, a 30 de maio de 1431, tendo-lhe sido
colocado um cartaz com os dizeres: “herege, relapsa, apóstata e idólatra”.

Porém, a Virgem de Lorena foi, nos albores do iníquo processo, informada das 70
falsas acusações que contra ela inventara o Bispo Cauchon e seus auxiliares
(26/3/1431). Sua defesa ilibada de nada serviu e inventaram outro libelo de acusação,
com 12 novas suspeitas. Estas não foram comunicadas à prisioneira, uma vez que as
primeiras tinham sido rebatidas.

Santa Joana d’Arc foi injustamente sentenciada num


processo que se tornou o exemplo paradigmático do abuso
de poder na Igreja
E foi com base nesse novo “libelo de 12 acusações” que se preparou sua sentença de
morte, a qual foi injustamente executada na presença do Bispo Pierre Cauchon, do
Cardeal Henry Beaufort, dos inquisidores, dos frades dominicanos violadores do
segredo de Confissão, dos juízes e dos comparsas deste infame atentado contra a
inocência, abusando do poder da Santa Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Contra os Arautos, contudo, nenhuma acusação foi apresentada, mas apenas vagas
“informações preocupantes” não comunicadas. Alguém estará querendo, como
Cauchon ou Beaufort, levar os Arautos “à fogueira”? Ou, como se diz em Roma,
“al Campo dei Fiori”, isto é, à praça onde eram realizadas as execuções dos
condenados à morte por forca, decapitação ou fogo? Por quê?

Na conversa entre o canonista arauto e o canonista visitador, este concordou com a


semelhança entre os dois processos.

O mesmo fato foi repetido durante o ato no qual D. Raymundo Damasceno e D.


José Aparecido (ele também canonista) tentaram notificar do Decreto de
presumido comissariado aos Arautos. O canonista arauto, presente, repetiu a
comparação, dirigindo-se ao canonista comissário, D. José Aparecido. O qual
apenas respondeu com o silêncio…

Por que o silêncio?

No fim da Visita os “visitadores” ainda pediram para


responder a “Oito Perguntas” tiradas da internet e de
pessoas de fora da Igreja
Depois de 12 meses de “Visita”, esgotados os interrogatórios e as perquisições nas
casas dos arautos, os “visitadores” pediram para responder por escrito às “Oito
Últimas Perguntas”.

A origem destas “perguntas-acusações” contra a ortodoxia e a moral dos Arautos


tinha como fonte principal, segundo declararam os próprios “visitadores”, um
sombrio professor secundário de nome Orlando Fedeli, falecido em certa ruptura
de comunhão com a Igreja Católica, o qual tem sido denominado por
comentaristas católicos como “o Lutero do Brasil”. Para Fedeli e seus sequazes,
nem os últimos Papas foram Papas, nem o Concílio Vaticano II é ortodoxo, nem a
CNBB é católica… Nem os Arautos do Evangelho o são! Isto é tão público, que eles
o proclamam com impudência no seu site.

Como pode ser que os “visitadores”, carentes de motivos de inculpação contra os


Arautos, tenham ido pegar como denunciante uma pessoa que faleceu fora da
comunhão eclesial e, talvez, tão pouco equilibrada quanto o denunciante
imaginado acima?

Diante de tão abstrusas inculpações, docentes do Seminário dos Arautos,


professores e professoras universitários elaboraram um esclarecimento de 572
páginas.

“Respostas às Perguntas Finais dos Visitadores” e as


18.000 páginas de documentos e testemunhos
anexadas
As “Respostas às Perguntas Finais dos Visitadores”, mostrando a inanidade de tais
suspeitas “fedelianas”, podem ser consideradas, num procedimento de investigação
prévia a um processo penal (que é como se configuram tanto a “Visita” como
o presumido Comissariado), como a alegação de defesa do inculpado, no fim da
“fase instrutória”.

Com efeito, o procedimento “ad inquirendum et referendum – visando investigar


e referir”, como é qualificada a “Visita Apostólica” no Decreto de
Comissariado (21/9/2019) – deve ter como parte importante avaliar seriamente esta
defesa dos Arautos contra as infundadas “preocupantes informações”. “Respostas”
estas que desmontam as vazias e injustas “Últimas Perguntas dos Visitadores”, bem
como quaisquer outras acusações que circulam em internet ou alhures contra este
movimento fundado pelo carisma evangelizador de Mons. João Scognamiglio Clá
Dias.

Nada disso parece que tenha sido feito.

No ato da tentativa de notificação do Decreto de Comissariado, D. Damasceno e


D. Aparecido declararam não ter tomado conhecimento dessas “Respostas”.

Às “Oito Últimas Perguntas” dos “visitadores”, os Arautos


responderam com um estudo de 572 páginas, acompanhado
de 72 anexos contendo mais de 18.000 páginas de
testemunhos e documentos
Por que eles ignoravam a defesa dos Arautos?

Mais uma semelhança com o falso processo inquisitorial contra Santa Joana d’Arc.
O Bispo Cauchon apresentou os 70 pontos de acusação, que ela refutou em quatro
horas de defesa, como consta nas atas e foi recordado acima. O que fez, então, o
Bispo Cauchon? Mandou preparar outros pontos de acusação diferentes (desta vez
apenas 12), como também comentamos acima, e a enviou para julgamento, sem
dar à Virgem de Lorena a possibilidade de tomar conhecimento ou mostrar a
vacuidade das novas acusações.

Às 572 páginas das “Respostas às Últimas Perguntas dos Visitadores” foram


anexadas mais de 18.000 páginas de testemunhos e documentos. Em nada foi
mostrado uma vírgula ou um ponto de erro doutrinário. Desvio das realidades dos
fatos ou ocultamento de algum acontecimento?

Por que ignorar estas alegações dos Arautos? Apenas para se assemelhar ao processo


do Bispo Cauchon e do Cardeal Beaufort?

O “Informe Final” da Visita Apostólica não foi


comunicado aos acusados
Os “visitadores” elaboraram, no fim de seu trabalho, um “Informe Final”, como
era requerido no Decreto de Visita e eles próprios declararam que o fariam.
O Decreto de Comissariado refere-se a esse informe com a expressão “o relatório
conclusivo do trabalho realizado”.

Tal relatório teria confirmado “a existência de situações problemáticas e de grave


carência”, segundo o Decreto de Comissariado. No entanto o Decreto não aponta
nenhuma carência ou problema em concreto, e limita-se a repetir a saraivada
acima elencada no Decreto de Visita, sem especificar nada.

Entretanto, tal Informe Final não foi levado ao conhecimento dos visitados.

Por quê?

Os Arautos foram impedidos de se defender das


imputações
Esse ocultamento de um documento importantíssimo no processo penal impediu os
acusados de se defenderem.

Ora, a Lei da Igreja lembra:

“Antes de lavrar um decreto singular, a autoridade recolha as


informações e provas necessárias, e, na medida do possível, ouça aqueles
cujos direitos possam ser lesados” (cân. 50).

A tentativa de comissariado dos Arautos procurou coarctar


seu direito ao livre autogoverno, sem ouví-los nem lhes dar
a oportunidade de se defender
Os membros da Associação Privada de Fiéis Arautos do Evangelho foram objeto de
uma grave lesão pelo Decreto de Comissariado, pois houve uma tentativa de
coarctar seu direito ao livre autogoverno, como associação privada de fiéis.
Todavia, eles não foram ouvidos antes da emissão do Decreto de Comissariado para
se defenderem de eventuais acusações contidas no Informe Final.

Ou é que o Informe Final era de tal modo favorável aos Arautos que quiseram
manter em segredo?

Mais uma semelhança com o iníquo processo inquisitorial contra Santa Joana
d’Arc.

Por que tanto segredo com relação ao Informe Final?

Quem tira vantagem: a justiça ou a injustiça?


Aparecem notícias na imprensa dizendo ter
conhecimento das acusações contra os Arautos e o
desejo de destruir a Instituição
Apesar desse segredo mantido por D. Braz de Aviz com relação aos acusados, que
diriam respeito às inculpações contra os Arautos, diversos órgãos de imprensa
declararam ter tido acesso a tais inculpações infundadas.

Por exemplo, a revista Vida Nueva, de Madrid – cujo viés ideológico é bem


conhecido –, publicou duas reportagens assinadas por seu correspondente em
Roma, Dario Menor (de 19 e 26/10/2019), o qual, repetidas vezes, afirma saber por
“fontes vaticanas” das acusações que originaram a tentativa de Comissariado:
“presumidos delitos, pecados e irregularidades”, “motivos mais do que suficientes”,
“alienação parental”, “abusos de poder”, “desvios eclesiológicos”… Algo também
vago, mas diferente do que consta nos Decretos de D. Braz de Aviz.

Como o correspondente de Vida Nueva pôde ter informação


daquilo que nem os Arautos, nem os “visitadores” – e
talvez nem os presumidos comissários – conhecem?
Como o correspondente de Vida Nueva pôde ter informação daquilo que nem os
Arautos, nem os “visitadores” – e talvez nem os presumidos comissários –
conhecem? Estará este correspondente dizendo a verdade?

Ele afirma que, segundo seus informantes “na Santa Sé, há plena convicção” de
que acabarão por “tomar as rédeas dos Arautos do Evangelho”. O anônimo
informante teria dito: “vamos continuar adiante com a intervenção”. E ainda:
“baseamo-nos em informações reais e não em especulações”.

Onde estão as “informações reais”? Elas foram mostradas a alguém? Aos membros
dos Arautos não; aos “visitadores” também não; aos comissários, tudo indica que
também não. Apenas as conhecem (pelo que se deduz das notícias) o anônimo
informante e os jornalistas, como o de Vida Nueva, e a quem ele tenha querido
comunicar. Certamente também D. Braz de Aviz.

Por que não escancarar esse segredo a fim de que, como declara o anônimo
informante, seja feito tudo “sem juízos nem condenações prévias, mas a partir da
verdade”?

Já foi mostrado que o Decreto de Visita foi protocolado (ou seja, redigido) três anos
antes de esta ter seu início; e em data pouco posterior, também em 2014, antes
mesmo do começo da “Visita Apostólica”, foi protocolado (quer dizer, escrito)
o Decreto de Comissariado. Isto é agir “sem condenações prévias, mas a partir da
verdade”?

O Cardeal Braz de Aviz deveria dar uma explicação clara, “a partir da verdade” de
todas estas estranhas (para dizer pouco!) manobras de ocultamento dos motivos,
dos procedimentos, das filtrações à imprensa… tudo tão semelhante às manobras
do Bispo Pierre Cauchon, em 1431, em contubérnio com o Cardeal Beaufort.

Ausência de diálogo fraterno entre os acusadores e os


acusados
Já foi mostrada a violação da normativa que consta no cân. 1341. Este cânon declara
a necessidade de procurar corrigir os eventuais “delitos, pecados e irregularidades”
(para empregar a expressão do anônimo informante da revista Vida Nueva) por
meio da “correção fraterna”, da “repreensão” ou de “outros meios da solicitude
pastoral”.

Contrariamente à caridade e à lei, ouve uma total


ausência de diálogo fraterno entre os acusadores e os
acusados
É a aplicação jurídica do ensinamento de Nosso Senhor:

“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir,
terás ganho o teu irmão Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou
duas pessoas, de modo que toda a questão seja decidida sob a palavra de
duas ou três testemunhas.  Se ele não te der ouvido, dize-o à Igreja. Se
nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou
um publicano” (Mt 18, 15-17).

Resumidamente São Lucas também alude a esta fundamental Lei Divina, ensinada
pelo Mestre de Nazareth:

“Se teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se arrepender, perdoa-lhe”


(Lc 17, 3).

E São Paulo o lembra repetidas vezes. Por exemplo, aos Gálatas ele escreve:

“No caso de alguém ser surpreendido numa falta, vós que sois espirituais,
corrigi-o, em espírito de mansidão” (Gal 6, 1).

Nada disso foi feito por D. Braz de Aviz em relação aos Arautos do Evangelho:
nem seguir os conselhos da Escritura, nem respeitar a normativa canônica.

Houve uma total ausência de diálogo fraterno entre os acusadores e os acusados.

O injusto e inválido Decreto de presumido


Comissariado foi dado à imprensa antes mesmo de
ser notificado aos interessados, sem possibilidade de
defesa
Causa estupor que, tendo sido entregue na Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica o Informe Final dos “visitadores”, e
tendo sido também recebido nesse dicastério as “Respostas às Últimas Perguntas”,
com os 42 volumes de anexos, sem mediar nenhuma chamada à emenda dos
“delitos, pecados e irregularidades” que o anônimo informante da Santa Sé diz
existirem nas duas sociedades de vida apostólica e na associação privada de fiéis,
um Decreto de Comissariado é exarado e dado a público na Sala de Imprensa da
Santa Sé, sem possibilidade de os assim indiciados se defenderem.

Constata-se, em todo esse processo, uma “preocupante


situação” de “grave carência” por desrespeito aos
ensinamentos do Divino Redentor e da legislação canônica,
por parte de D. Braz de Aviz
Em linguagem jurídico-canônica, este direito de defesa é chamado “ius
defensionis”. Atualmente está declarado no cân. 221:

1. Aos fiéis compete o direito de reivindicar legitimamente os direitos de que


gozam na Igreja, e de os defender no foro eclesiástico competente segundo
as normas do direito.
2. Se forem chamados a juízo pela autoridade competente, os fiéis têm ainda o
direito de serem julgados com observância das normas do direito, aplicadas
com equidade.
3. Os fiéis têm o direito de não serem punidos com penas canônicas senão
segundo as normas da lei.

O direito de uma associação privada de fiéis a se autogovernar consta no cân. 321:

“Os fiéis dirigem e governam as associações privadas, segundo as


prescrições dos estatutos.”

Por tanto trata-se da defesa legítima de um direito (cf. cân. 221 § 1).

Nesse processo administrativo promovido por D. Braz de Aviz não foram


respeitadas as “normas do direito” (cân. 221 § 2), em relação aos fiéis integrantes dos
Arautos do Evangelho. A punição da tentativa de comissariado não foi aplicada
“segundo as normas da lei” (cân. 221 § 3).

Constata-se, em todo esse processo, uma “preocupante situação” de “grave


carência” por desrespeito aos ensinamentos do Divino Redentor e da legislação
canônica, por parte de D. Braz de Aviz.

À guisa de conclusão: carência de diálogo por parte


de D. Braz de Aviz
Os “visitadores” não comunicaram absolutamente nenhuma observação de
deficiência com relação ao governo, à vida, aos costumes, ao comportamento, à
doutrina e à moral da Instituição. Unicamente pediram esclarecimentos a respeito
de alguns questionamentos levantados por um pequeno grupo de desafetos
enfurecidos, que se têm desdobrado em difamar e caluniar os Arautos do
Evangelho, entre eles os diversos grupelhos surgidos por metástases internas dos
discípulos do falecido professor secundário Fedeli. Estes esclarecimentos foram
apresentados, na ocasião, nas “Respostas às Últimas Perguntas” de mais de 500
páginas, acompanhadas por 72 anexos, como já dissemos.

Constatamos uma lamentável falta de diálogo nestas


medidas tomadas contra os Arautos do Evangelho, cuja
conduta sempre se caracterizou pela inteira comunhão
eclesial… e agora carece de reciprocidade
Sempre houve, por parte dos Arautos, uma abertura ao diálogo com todas as
autoridades legítimas, tanto da Igreja como da sociedade civil, como é patente e
testemunhado em inúmeros documentos e testemunhas. Esse diálogo, no caso da
“Visita Apostólica” e do presumido Comissariado, não foi recíproco. Nem sequer
foi observado um mínimo de legalidade em todo esse processo penal
administrativo que tentou culminar com um comissariado.

Até no injusto julgamento de Nosso Senhor houve um certo simulacro de


procedimento jurídico por parte dos escribas e fariseus. Mas o atual modelo
instaurado por D. Braz de Aviz prescinde de fatos, provas ou argumentos.

É evidente a falta de transparência na manipulação das informações por parte da


Santa Sé, divulgando à imprensa dados que foram mantidos ocultos às próprias
entidades interessadas.

Além das “filtrações” acima referidas à revista espanhola Vida Nueva, o semanário


brasileiro Veja (10/10/2019) afirma ter tido acesso, com exclusividade, ao
“depoimento de um ex-membro dos Arautos do Evangelho que consta nos autos da
investigação promovida pela Santa Sé”. Não se compreende que a imprensa tenha
acesso a um material por sua natureza reservado e do qual nem sequer os
“visitadores”, os comissários ou os acusados tiveram conhecimento.

A notícia do comissariado foi dada a conhecer à imprensa internacional de forma


intempestiva e inoportuna, pelo Serviço de Imprensa da própria Santa Sé, antes que
o comissário a notificasse oficialmente aos interessados, o que permitiu ser
utilizada de forma inescrupulosa pela imprensa sensacionalista, lesionando assim
ilegitimamente a boa fama da Sociedade e de seus membros, o que a ninguém é
lícito fazer (cf. cân. 220).

Tudo patenteia uma lamentável falta de diálogo nestas medidas tomadas contra os
Arautos do Evangelho, cuja conduta de seus membros (leigos da associação privada
de fiéis, sacerdotes ou consagradas das sociedades da vida apostólica) sempre se
caracterizou pela inteira comunhão eclesial.
(*) José Manuel Jiménez Aleixandre, espanhol, cursou Arquitetura e Jornalismo na
Universidade Complutense de Madrid, e é Doutor em Direito Canônico pela
Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Angelicum) de Roma.

Resposta a acusações de agência de


notícias brasiliense 3 minutos para ler

por Arautos Véritasem 18 de novembro de 20193 comentáriosem Resposta a acusações de agência


de notícias brasiliense3 minutos para ler
por João Paulo Bueno

Em declaração intitulada “Perseguição Religiosa à Igreja


Católica no Brasil?”, associação católica afirma ter sido
alvo de discriminação religiosa e qualifica as afirmações
como parciais, ofensivas e caluniosas.
O Departamento de Imprensa dos Arautos do Evangelho publicou no dia 28 de
agosto de 2019, um extenso relatório com o título “Perseguição à Igreja Católica
no Brasil?”, no qual desmonta as falaciosas afirmações contidas numa reportagem
intitulada “Os segredos dos Arautos: o que escondem as muralhas de castelos
habitados por grupo católico ultraconservador”, publicada no dia 23 de Agosto de
2019 pelo portal noticioso Metrópoles.

A matéria de Metrópoles, acompanhada de um vídeo, baseia-se em entrevistas de


ex-integrantes e familiares ligados aos Arautos do Evangelho, e aponta ao longo
do texto supostas práticas irregulares desta associação contra as leis civis e
eclesiásticas, tais como: alienação parental, lavagem cerebral, assédio sexual,
estupro, violência física e psicológica, bullying, violação e controle de
correspondência que crianças a partir de 7 anos poderiam estar sofrendo dentro da
instituição. Visa ainda explicar a “misteriosa” rotina dos jovens do setor feminino
e masculino, aponta denúncias junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP)
— do qual afirma ter tido acesso a matérias que correm em segredo de justiça —,
apresenta ilações a respeito do ocorrido com a falecida Ir. Lívia Natsue, bem como
veicula calúnias no tocante a coleta e administração de recursos financeiros da
associação, entre outras acusações.

Os Arautos do Evangelho manifestaram seu descontentamento pela parcialidade


veiculada na reportagem, e ressalta as supostas irregularidades cometidas pela
agência noticiosa:
“É incompreensível tanta parcialidade, que fere os princípios mais
básicos do jornalismo (…). Estamos claramente em presença de uma
tentativa de perseguição religiosa, de violação dos direitos constitucionais
de liberdade de religião, consciência e culto e, talvez, de uma associação
ilícita para delinquir, perpetrando crimes de injúria, difamação e
denunciação caluniosa, tipificadas especificamente pela lei brasileira”.

Solicitado pelos Arautos do Evangelho para que publicasse um relatório-resposta


em sua página na Internet, o portal Metrópoles não se pronunciou.

Para nossos leitores, sempre interessados em conhecer as verdades expostas na


íntegra, publicaremos aos poucos a matéria preparada pelo Departamento de
Imprensa da instituição.

Resposta a Metrópoles – 2 de 11:


castelo de cartas 7 minutos para ler

II. Capítulos da reportagem


Antes de tudo, é absolutamente falso afirmar que esta “associação privada de
‘padres’ (na realidade: de fiéis) de direito pontifício” realize qualquer tipo de
“ritual secreto”, base para o título da matéria. Ademais, é calunioso afirmar que
abusa física e psicologicamente das pessoas. Pelo contrário, a entidade se rege por
estatutos aprovados pela Santa Sé, pelas leis civis e eclesiásticas, guiados pelos mais
genuínos princípios da Igreja e da Moral católica, e se baseia no direito à liberdade
religiosa, de consciência e de culto, conforme o ordenamento jurídico
constitucional do país.

1. Castelo de cartas
a) Internato: instituição reconhecida há séculos por países
avançados
Os autores deixam entender que o regime de internato nos Arautos do Evangelho
seria algo irregular. Assim, as crianças estariam nas residências da instituição
“reclusas” e isoladas do “mundo externo”. Mais uma vez se torna explícito o
objetivo de denegrir, ao mencionar um presumido regime de “confinamento” ou
de “reclusão”. Como se sabe, só animais se confinam e só presidiários ficam
reclusos.

Ora, o regime de internato ou semi-internato para menores é algo não apenas


normal, mas de reconhecida eficácia para a formação acadêmica, humana, social e
ética (além de religiosa em certos casos). Esse sistema é comum na Inglaterra,
Estados Unidos, Canadá e Suíça. Algumas das melhores e mais prestigiosas escolas
do mundo, como a Wycombe Abbey School para meninas e a Eton College, para
meninos, ambas no Reino Unido, seguem esse sistema seguro e válido, cuja origem
remonta às escolas públicas medievais dirigidas por monges. Destas últimas saíram
nada menos que vinte primeiros-ministros britânicos.  Por que então rechaçar dito
regime a priori?

Na realidade, fica clara a intenção de fazer da matéria um instrumento para


induzir o leitor à ideia equívoca de que os Arautos isolariam as pessoas da
sociedade, através de um mirabolante processo de “lavagem cerebral”. Voltaremos
a esse assunto.

b) As leis e regras existem para todos


Há várias críticas quanto às regras internas seguidas nos Colégios Arautos do
Evangelho. Até os milenares toques de sinos são ridicularizados… e a existência de
horários – pasmem! – para acordar, fazer orações e dormir, para se alimentar, serve
de matéria para difamar. A reportagem, no entanto, finge ignorar que em
qualquer escola ou ambiente de trabalho que se preze – mesmo jornalístico –
costuma haver um regime adequado de horários. Mesmo a legislação humana
obriga a reservar um horário específico para o almoço, por exemplo (CLT, art. 71).
Isso se aplica ainda mais, é evidente, para um regime de inspiração religiosa. Já São
Bento no séc. VI prescrevia as horas para as refeições em sua regra (cap. XLI). Será
que ele estava equivocado? A duração mais que milenar de sua Ordem prova o
contrário.

A Igreja sempre teve “normas de comportamento” diferentes das do paganismo.


Por isso, exortava São Paulo: “Se vivemos pelo Espírito, pelo Espírito pautemos
também a nossa conduta” (Gl 5,25). Mas esse modo de agir espiritual desagrada aos
totalitários da vontade alheia, em afronta direta ao exercício da liberdade
individual, prevista pela lei dos homens.

Seja como for, qualquer organismo ou governo se rege (ou ao menos deveria) por
determinadas normas. Por exemplo, é mister recordar que a Federação Nacional
dos Jornalistas tem um Código de Ética, onde insta que “a divulgação da
informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação […]” (art. 2, I).
Além disso, não se permite “usar o jornalismo para incitar a violência, a
intolerância, o arbítrio e o crime” (art. 7, V). Pena que nem todos os veículos de
imprensa sigam essas salutares prescrições…

As demais descrições acerca do “Ordo de Costumes” são distorcidas da realidade e


têm claramente o intuito de zombar das mais fidedignas crenças religiosas e da
própria liberdade de consciência. A conclusão dos autores é ainda mais
surpreendente: “Os adeptos conferem hierarquias às partes do corpo”. É verdade, os
Arautos não creem que a cabeça tenha o mesmo valor que os pés, por exemplo.
Afinal, a cabeça serve para pensar…

Por último, a disciplina e as boas maneiras conforme apresentam são


insistentemente achincalhadas. Mas, convenhamos, qualquer fisioterapeuta
competente recomenda “caminhar com a cabeça e os ombros erguidos”, qualquer
hospital decente de hoje prescreve lavar as mãos metodicamente para proteger a
saúde, e qualquer pensão dos arrabaldes das metrópoles contemporâneas dita
normas para a manutenção da ordem. Aliás, seriam também eles
“ultraconservadores” por exigir o mínimo de civilidade de seus hóspedes?

No plano religioso, nada de mais falso afirmar que se é obrigado a frequentar “ao
menos uma missa diariamente”. Basta conhecer um pouco da vida quotidiana dos
Arautos do Evangelho para se constatar a inverdade dessa afirmação. Trata-se de
liberdade de culto, prevista por lei, que nenhum poder humano é capaz de impedir.
E a lei foi feita para todos cumprirem.

c) Uma acusação manca e (parcialmente) surda


Outra falsidade evidente diz respeito às chamadas “penalidades”. O Portal
Metrópoles cita como exemplo a punição de ficar “horas de joelho” (sic) ou dias em
completo silêncio. Se os Arautos passassem “horas de joelho” (um só?) por certo
teriam graves problemas de locomoção. As fotos apresentadas provam, aliás, o
contrário. Quanto ao pretenso silêncio penitencial imposto, bem que os repórteres
poderiam ter feito um teste em tentar entrevistar algum Arauto nas suas sub-
reptícias visitas. Pena que só ouviu os caluniadores…

d) O bumerangue sempre retorna


Em seguida, a reportagem “acusa” de que nos Arautos os “órgãos sexuais são tabus.
Nunca devem aparecer em conversas”. E segue o texto: “A todos é recomendado
que não observem qualquer corpo nu, nem o próprio, muito menos os dos
colegas”. Parece mentira, mas isso foi descrito despudoradamente pela reportagem.

Pois bem, seria aqui uma insinuação dos autores em promover a injúria ou a ofensa
por meio de palavras de baixo calão? Teria a reportagem se precipitado, incitando
indiretamente à pornografia infantil (ECA, 241, in toto)? Ou ainda, pretendem eles
obrigar uma instituição de inspiração católica “facilitar ou induzir o acesso à
criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de
com ela praticar ato libidinoso” (ECA, 241-D, I)? Seria uma apologia a esses crimes
que a reportagem estaria sugerindo aos leitores? Essa acusação é um bumerangue:
volta-se para os próprios acusadores. Como já alertava Jesus: “Ai de quem
escandalizar um desses pequeninos!” (Mt 18,6).

Vale observar, por fim, que os Arautos cumprem estritamente o Estatuto da


Criança e do Adolescente no tratamento de menores de idade, além de ter um
protocolo específico para a sua proteção, vigente em todas as suas casas e também
nos Colégios Arautos do Evangelho. A proposta pedagógica dessas instituições de
ensino seguem, ademais, os Parâmetros Curriculares Nacionais propostos pelo
Ministério da Educação. Qualquer acusação em sentido contrário é mera ilação,
que precisa ser provada.

Pois bem, esse capítulo fala tanto de castelos. Na realidade, o único autêntico que é
encontrado na reportagem é um castelo de cartas, cheio de coringas falsos… Com
um sopro se esvai.
Resposta a Metrópoles – 3 de 11:
“lavagem cerebral” ou conversão?
7 minutos para ler

2. “Lavagem cerebral” ou conversão?


Recordemos que a própria reportagem descreve na Introdução que: “os Arautos do
Evangelho constituem desde 2001 uma associação privada de padres (na realidade:
de fiéis) de direito pontifício, ou seja, fiéis que ostentam um estatuto aprovado pelo
Vaticano, reconhecidos, portanto, pela Igreja Católica”. Mais adiante, porém, no
(longo) segundo capítulo, os autores censuram os Arautos por serem uma “seita”.
Amnésia ou má-fé? Vejamos.

Sendo uma Associação Privada de Fiéis de Direito Pontifício, como podem os


Arautos ser acusados de “seita”? Um completo nonsense.

Uma pessoa sensata logo percebe o animus diffamandi dos relatos sobre esta suposta
“seita”. De qualquer modo, tratar-se-ia de uma “seita” muito peculiar, pois a
reportagem está recheada de fotos de uma romaria multitudinária recente a
Aparecida! Será que o site Metrópoles reputa que os milhões de brasileiros que lá se
congregam pertencem também a uma “seita”? Será mais um descaso contra uma
imemorial e legítima fé popular? Não custa recordar que “escarnecer de alguém
publicamente, por motivo de crença ou função religiosa” é crime pela legislação
federal (Código Penal, art. 208). Voltaremos ao assunto das seitas. Por enquanto,
será abordado o tema da “lavagem cerebral”.

a) Um mito midiático antirreligioso


Nessa altura, a reportagem apela para o sentimentalismo de narrações claramente
construídas, salpicadas de sensacionalismo midiático. Como sempre, quando falta
a razão, só resta a emoção. As expressões aqui passam a ser “lavagem cerebral”,
“filme de terror”, “robôs” e “reprogramação” mental para se referir a uma espécie
de distanciamento dos membros em relação ao mundo, em clima de beligerância
contra ele.

A obsoleta acusação de “lavagem cerebral”, já bastante desgastada, foi e continua


sendo amplamente refutada por destacadas obras científicas. Como se sabe, a
expressão brainwashing teve origem nos Estados Unidos, na década de 1950. Alguns
jornalistas da época, ignaros da psicologia humana, empregavam o termo para
denotar como alguns prisioneiros de guerra americanos sofreriam “lavagem
cerebral” mediante tortura, por parte de comunistas chineses. Partiam da falsa
premissa de que a mentalidade humana, numa visão extremamente materialista,
agiria como uma roupa colocada numa máquina de lavar, cujo processo final
conduziria a uma completa limpeza da forma anterior. Em seguida, a utilização da
expressão foi largamente manipulada por organizações “anticulto” como massa de
manobra para promover a perseguição religiosa. Mais tarde, foi ainda misturada
com histórias romanceadas por filmes hollywoodianos e pela mídia sensacionalista
(em particular, a yellow press norte-americana).

O conceito, porém, não tem nenhum rigor científico, antes, pelo contrário, está
recheado de incoerências. Trata-se uma teoria pseudocientífica, manifestamente
ideológica, antirreligiosa, sendo rechaçada por especialistas da American
Psychological Association (APA), entre outras associações correlatas. Inúmeros
autores provaram que a entrada em qualquer movimento religioso ocorre apenas
por fatores socioculturais e psicológicos naturais. Não existe na mente humana,
portanto, uma espécie de “caixa preta”, que substituiria a liberdade por intermédio
de manipulações, como num passe de mágica.

Por fim, reitere-se que tal tese continua a ser desmentida por inúmeros artigos
acadêmicos e estudiosos sérios dos mais diversos campos do saber (Sobre isso, cf. o
recente verbete com farta bibliografia oposta à tese da lavagem cerebral:
Richardson, J. F. Brainwashing and Mental Health. In: Friedman, Howard S.
(ed.) Encyclopedia of Mental Health. 2ª. ed. Amsterdam et al.; Elsevier; Academic
Press, 2016, p. 210-215). Assim, antes de denunciar os Arautos de “lavagem
cerebral”, os querelantes poderiam ser ao menos um pouco diligentes em buscar
o status quaestionis da expressão e a sua aplicação na atualidade.

Todavia, neste caso, bastaria aplicar o bom senso: se a “lavagem cerebral” fosse tão
eficaz, as maiores denominações religiosas estariam baseadas nela… o que é
manifestamente falso. Será que, por detrás da reportagem, encontram-se razões
ideológicas de cunho antirreligioso, insufladas por grupos ocultos, confortáveis
sob os véus do anonimato? Ora, nesse diapasão, uma pergunta logo emerge: renasce
em pleno século XXI uma perseguição religiosa no Brasil, a Terra de Santa Cruz?
Voltaremos a esse assunto.

b) Direitos humanos para todos


Outro argumento recorrente no texto é que ninguém se tornaria religioso(a) na
adolescência. De fato, conforme já apontava São Tomás de Aquino, somente com
a maioridade se ratifica qualquer indício anterior de vocação profissional ou
semelhante. Mas a consciência a respeito da forma de vida definitiva se alcança
com o pleno uso da razão, ou seja, quando o sujeito tem completa responsabilidade
por seus atos (capax doli), o que se dá em geral bem antes da maioridade.

Por isso, nada impede que menores já se dediquem a diferentes ofícios, quaisquer
que sejam. Como ensinou o mestre Cassiodoro (Variae, 1, 24): “O que não se
aprende na juventude será ignorado na maturidade”. A educação e sua consequente
aplicação para determinada profissão não nasce apenas, portanto, quando se
completam 18 anos. Por exemplo, quem tem dotes musicais, tanto melhor que
aprenda e desenvolva o quanto antes tais apetências; quem tem habilidades
esportivas, tanto melhor que as exercite desde jovem; quem tem vocação religiosa,
“tanto mais deve-se habituar desde a infância” com ela (São Tomás de
Aquino, Contra retrahentes, cap. 3). É claro que cada um vai deliberar acerca das
importantes decisões de sua vida quando alcançar a maioridade. Por isso, esta é
requerida para emitir os votos religiosos, para o matrimônio ou para a vida
consagrada. No entanto, nenhuma lei impede que menores namorem
honestamente ou que ingressem como noviços em ordens religiosas. Afinal, o
direito à liberdade se aplica também às crianças e adolescentes, inclusive no
tocante à “crença ou culto religioso” (ECA, art. 16, III). Os direitos humanos
nascem com o homem, não quando um grupo de indivíduos quiser decidir:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”
(Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. 1). De resto, nem o Homem-
Deus desprezou os legítimos anseios das crianças: “Deixai vir a Mim os pequeninos
e não os impeçais, pois deles é o Reino dos Céus” (Mt 19,14).

De qualquer maneira, todas as atividades realizadas por menores na instituição são


desejadas e autorizadas expressamente pelos pais ou representantes legais. Tal
autorização pode ser revogada em qualquer momento por eles, o que é acatado
escrupulosamente pelos Arautos.

c) Ninguém é obrigado a ser religioso, mas todos são


obrigados a respeitar a fé alheia
Vale ainda recordar o antigo ditado de Hesíodo: “O pensamento mau está na
cabeça daquele que o pensa”. O que chamam de “lavagem cerebral” é para a
tradição cristã – e para os dicionários – o que sempre se chamou de “conversão”.
Afinal, a radical mudança de vida de São Paulo, de Santo Agostinho, de Santa
Benedita da Cruz (Edith Stein) e de tantos outros, não ocorreu por uma “lavagem
cerebral”…, mas sim pela ação da graça de Deus na alma. E esta age mesmo que os
inimigos da Igreja se oponham. Será que São João Batista também pregava a
“lavagem cerebral” ao clamar: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1, 15)?
Para uma mentalidade antirreligiosa, a resposta só pode ser afirmativa; mas não
para quem tem fé. A única lavagem desejada pelos cristãos é aquela proclamada
pelo santo rei Davi no Salmo 50,4: “Lavai-me totalmente de minha falta, e
purificai-me de meu pecado”.

É óbvio que ninguém é obrigado a seguir crenças religiosas, mas pede-se ao menos
que elas sejam respeitadas por todos, como prevê, aliás, a nossa Carta Magna.

Resposta a Metrópoles – 4 de 11:


morte misteriosa ou vilipêndio à
paz dos mortos? 2 minutos para ler

3. Morte misteriosa ou vilipêndio à paz dos mortos?


Ensinou o ilustre autor romano Terêncio (séc. II a.C.): “Fallacia alia aliam
trudit”, que em outras palavras significa: “Uma mentira gera outras mentiras”. É o
que acontece no caso da dita “morte misteriosa”. Assim:
– Por que o Portal Metrópoles não teve o cuidado de procurar o pai da jovem
falecida, o Dr. Pedro Uchida, que ainda no tempo de sua menoridade tinha a
guarda legal de sua filha e que acompanhou de perto sua formação e sua vocação?

– Por que o Portal Metrópoles não teve o cuidado de procurar o pai da Ir. Lívia,
para se informar a respeito de todas as diligências que foram feitas por ocasião do
acidente?

– Por que o Portal Metrópoles não teve o mínimo de imparcialidade em verificar a


conclusão do laudo pericial deste acidente, assim como a investigação policial já
definitivamente encerrada?

Assim, com a mesma diligência que usa para fomentar maledicências, teria
encontrado o que de fato ocorreu: nada mais do que um acidente. Aventar outras
hipóteses a respeito do assunto são meras ilações, além de vilipêndio e desrespeito à
paz dos mortos.

Encontra-se disponibilizado um vídeo no Youtube (https://youtu.be/kQ_aUaC-


K5E)  em que o pai da Ir. Lívia, Dr. Pedro Uchida, serenamente, dá a verdadeira
versão dos fatos.

Resposta a Metrópoles – 5 de 11: um


crime impossível de suposto
estupro 2 minutos para ler

4. Um crime impossível de suposto estupro:


Agradecemos ao Portal Metrópoles por confirmar a
inocência e a integridade dos Arautos do Evangelho.
Durante a referida Visita Vaticana aos Arautos do Evangelho, que teve início em
2017 e que durou um pouco mais de um ano, foram percorridas todas as Casas nos
vários países onde estão presentes. Foi entrevistada a quase totalidade dos
moradores, incluindo até mesmo Cooperadores dos Arautos do Evangelho, além
de ter havido reuniões com ex-membros, familiares de membros e familiares de
ex-membros das Instituições, que puderam dar o seu testemunho aos Visitadores
do Vaticano.

Das visitas realizadas, segundo relataram os próprios Visitadores do Vaticano em


reuniões com os Moderadores maiores das três Instituições (Superiores e Presidente
Geral), nada foi encontrado contra a Moral ou mesmo contra a sã doutrina, ou
seja, nenhum caso de pedofilia ou algo que se assemelhasse.
O Jornal Metrópoles afirma que, ao longo de algumas semanas, “esteve em quatro
capitais que mantêm sedes dos Arautos”, e “visitou castelos (sic!), entrevistou ex-
integrantes e familiares ligados aos devotos.”

E o que encontrou contra a Moral ou os bons costumes?

Uma grave e falsa acusação feita por um denunciante anônimo!

Analisemos parte do vídeo apresentado pelo Metrópoles…

Segundo a declaração da suposta vítima, os crimes teriam ocorrido em torno do


ano da morte do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira (1995). Ora, naquele período a
fundação dos Arautos sequer tinha ocorrido. Trata-se, pois, por analogia do
direito, de um “crime” simplesmente impossível de acontecer (Código Penal, art.
17), seja pela inexistência do sujeito, seja pela incapacidade de praticá-lo mesmo que
existisse, pois se trata de uma pessoa jurídica.

Portanto, mesmo que o testemunho lançado no vídeo da matéria do Metrópoles


seja real – o que é discutível, já que não informa a identidade do acusador nem a do
acusado – a atitude do Portal em atribuir tão grave crime a algum membro da
Associação Arautos do Evangelho, inexistente antes do ano 2000, é
completamente tendenciosa, caluniosa e difamatória.

Resta-nos agradecer ao Portal Metrópoles por ter confirmado o resultado da visita


Vaticana: nada foi encontrado contra a Moral ou mesmo contra a sã doutrina, ou
seja, nenhum caso de pedofilia ou algo que se assemelhasse!

Resposta a Metrópoles – 6 de 11:


adorarás o Senhor teu Deus 2 minutos para ler

5. Adorarás o Senhor teu Deus


a) Uma lição do Catecismo para crianças
É absolutamente falso que “o sentimento que os arautos demonstram pelo líder
Clá Dias é de adoração”. Como se aprende pelo Catecismo para crianças e pela
própria Bíblia Sagrada, o culto de adoração é prestado apenas a Deus. Quanto a
Mons. João, ele é apenas muito estimado dentro da Igreja e nos mais diferentes
meios sociais, por ser fundador de uma instituição de fama mundial, por ser
Protonotário Apostólico de Sua Santidade e Cônego Honorário de Santa Maria
Maior (Roma). É também doutor em Teologia e Direito Canônico, além de ter
formação em Direito Civil, Psicologia e Filosofia. Recebeu uma das maiores
distinções concedidas pela Santa Sé, a medalha Pro Ecclesia et Pontifice. Escreveu
ainda inúmeras obras com difusão mundial, entre as quais algumas publicadas pela
editora do Vaticano e traduzidas em várias línguas. Foi outorgado ainda com
inúmeras condecorações no âmbito civil, militar e religioso. Embora tenha uma
biografia prestigiosa e uma conduta exemplar isso não implica obviamente no
culto de adoração, reservado, como se esclareceu, tão somente a Deus.

b) Um pouco mais de respeito


Ademais, é irreal que Mons. João exerça “liderança absoluta” sobre os Arautos.
Nunca o fez, pois o seu governo sempre se caracterizou pelo diálogo e pelo espírito
fraterno, procurando antes de tudo a harmonia entre os membros. Com efeito, em
junho de 2017 apresentou ele sua renúncia ao cargo de Presidente Geral dos
Arautos do Evangelho devido à avançada idade (como, aliás, aponta a
reportagem). Sua decisão não tem qualquer relação com a visita apostólica iniciada
naquele ano. Sem embargo, como é natural, Mons. João continua inspirando a
Obra saída de suas mãos, sobretudo pelo exemplo de vida cristã, espírito sacrificado
e por seus escritos de sabedoria imperecível.

Quanto aos ensinamentos bíblicos sobre a matéria, já ensinava o Levítico (19,32) a


distinguir uma pessoa dignificada pela idade e o temor que se deve a Deus:
“Levantar-te-ás diante de uma cabeça encanecida, honrarás a pessoa do ancião e
temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor”.

Resposta a Metrópoles – 7 de 11:


buscai o dinheiro Nem um minuto para ler

6. Cherchez l’argent… – buscai o dinheiro…


Nenhuma calúnia ficaria completa sem envolver o dinheiro. Pois bem, o artigo
afirma que há queixas sobre os Arautos no site “Reclame aqui”. Ora, o mesmo se
pode dizer do site Metrópoles… ou de inúmeras outras instituições.

A reportagem quer dar a entender que, na realidade, existiriam operações


financeiras fraudulentas. Mas aqui se aplica o ditado: “A fraude se casa com o
fraudador”. Ou seja, será que os acusadores anônimos buscam de fato a verdade, o
bem comum e o da Igreja, ou tentam fraudar fatos para forçar indenizações?
Qualquer leitor de bom senso saberá responder a essa pergunta. Para quem ainda
tem dúvidas, basta recordar a frase de Plutarco: “Toda guerra tem interesses
pecuniários”. Os detratores, porém, esqueceram-se de que Jesus Cristo prometeu a
indestrutibilidade à Igreja (Mt 16,18-19); já o referido veículo de notícias, com
tantas inverdades, quanto durará?

De todos os modos, ante as divagações apresentadas pela reportagem, é mister


esclarecer que todos os recursos financeiros da Associação provém de doações
legítimas, devidamente contabilizadas e auditadas por empresa externa de alto
prestígio internacional. Levantar suspeitas a esse respeito seria como querer
imputar o mesmo crime a praticamente todas as instituições sérias do planeta. Um
verdadeiro nonsense.

Resposta a Metrópoles – 8 de 11:


continua a discriminação
religiosa 2 minutos para ler

7. Continua a discriminação religiosa


“Quem lança uma pedra no ar a vê recair sobre sua cabeça”, diz o sábio autor do
Eclesiástico (27,28). E é de fato o que ocorre com a reportagem. Neste capítulo, os
contornos de calúnia, difamação e discriminação religiosa (lei 7.716/89) se tornam
ainda mais evidentes.

Sem amarras, os autores logo criticam a “excentricidade” das roupas. Depois


passam a inventar “rituais secretos” e “cenas chocantes” denunciadas ao Ministério
Público de São Paulo (MPSP). O que a reportagem se exime de comentar é que as
acusações foram respondidas por provas documentais e cabais pela instituição,
apresentadas de modo minucioso e de acordo com a legislação vigente. Acrescente-
se a isso que a reportagem afirma que teve acesso a informações da representação
protocolada ao MPSP que corre em segredo de justiça (o que foi requerido pelos
próprios denunciantes). Ora, uma vez revelados tais dados sigilosos, manifesta-se a
confissão de culpa da ilicitude da reportagem. Além disso, recolhe um trecho da
peça manifestamente difamatório e injurioso ao apresentar Mons. João como um
“ditador disfarçado e manipulador”, “que agride física e psicologicamente crianças
e jovens”. Ora, qual o fundamento apresentado? Nenhum. Acusações deste teor
podem ser próprias aos antros sombrios da Internet, não de um idôneo veículo de
informação que pretende “prestar serviço à sociedade do Distrito Federal e do
país”, conforme enunciado no Expediente de Metrópoles.

Quanto à questão dos exorcismos, bastaria que o veículo verificasse as amplas


respostas dos Arautos do Evangelho nesse âmbito. Além disso, cumpre recordar
que a autoridade competente para avaliar este tema é a eclesiástica. Ora, a Igreja
analisou o caso e não encontrou nenhum delito. Insistir no julgamento de atos
religiosos de modo anticlerical só pode configurar em flagrante desrespeito à fé
alheia.
Resposta a Metrópoles – 9 de 11:
“seita”, slogan antirreligioso 4 minutos para
ler

8. “Seita”: slogan antirreligioso
A reportagem termina sem conclusão, deixando a entender que os Arautos do
Evangelho seriam uma “seita destrutiva”. Trata-se de mais uma fantasmagoria
sem qualquer fundamento.

a) Um veículo moderno, mas ultrapassado


Como se sabe, o termo “seita”, de raiz latina, teve originalmente o significado de
“seguimento” ou “separação”. São Paulo e os livros do Novo Testamento
empregam o termo correlativo hairesis (do qual derivou “heresia”). Quando a
Igreja logrou, após séculos de evangelização, o abandono dos costumes bárbaros e
degradantes do paganismo, os estados cristãos passaram a considerar determinados
grupos religiosos separados da fé como representantes de certo perigo para a
sociedade. Tais dissidentes eram qualificados de “seitas”, como o foram os cátaros,
os albigenses, os protestantes nascidos das pregações de Lutero, Calvino ou
Zwinglio, e outros. Nos atuais estados laicos, separados da Igreja, tal noção de
“seita” seria inaplicável em qualquer legislação democrática. A própria Igreja
Católica, após o Concílio Vaticano II, já não utiliza o termo para indicar quem
dela está separado.

Não obstante isso, o Portal, que se gaba de moderno, insiste na terminologia pré-
conciliar para combater um grupo – ora, vejam – reputado como
“ultraconservador”.  Para isso, cita três “especialistas” antisseitas (um americano,
um espanhol e um brasileiro), que insistem em utilizar o termo “seita” e o já
decrépito conceito pseudocientífico de “lavagem cerebral” (com a expressão de
“controle mental”).

b) Dize-me com quem andas…


O “especialista” americano Rick Alan Ross, citado pela reportagem, já teve de
responder em juízo, sofrendo condenação, sob acusação de “prisão ilegal” contra
aqueles que ele julgava dever “liberar” do que considerava “seitas”, em base a
desconhecidos critérios de definição.

Além disso, num dos vídeos coligados, outro “especialista” é um egresso da TFP,
“presidente da Associação Cultural Montfort”, grupo religioso em franca oposição
à Hierarquia Católica, fundado pelo falecido Orlando Fedeli. Este último foi
denominado “o Lutero do Brasil”, pela ruptura com as autoridades da Igreja (papa,
bispos, sacerdotes, etc.), incitando ódio contra inúmeros movimentos eclesiásticos,
considerados monocraticamente por seu grupo como “hereges”.
Eis os membros do mais recente tribunal da inquisição, que se julga com o poder
de definir ex cathedra quem deve ser acusado e atirado na fogueira.

c) Uma típica tática persecutória


O chamado “movimento antisseitas” conseguiu na França, em 1998, o que
consideraram uma vitória: a criação de uma “missão interministerial” de luta
contra as seitas. Após cinco anos de labuta, porém, dita missão foi obrigada a
declarar seu fracasso, e, abolida em 2002, constatar que um Estado de direito laico
não tem competência para definir o que seja uma “religião” ou uma “seita”.
Recorrendo a um patente nominalismo, inventaram então o conceito de “desvios
sectários” – tão vazio de conteúdo quanto o de “lavagem cerebral” – para designar
os grupos que, segundo esses apaixonados “antissectários”, não agem conforme as
regras de espiritualidade que julgam universais.

Por fim, como esclarecimento, a Associação Privada Internacional de Fiéis


Arautos do Evangelho é uma Associação de Direito Pontifício cujos estatutos
foram aprovados pelo Papa São João Paulo II no dia 22 de fevereiro de 2001. A
Associação tem a finalidade de ser “instrumento de santidade na Igreja Católica,
para que seus membros participem ativa, consciente e responsavelmente na missão
salvífica da Igreja através do apostolado, atuando em prol da evangelização, da
santificação e da animação cristã das realidades temporais” (art. 1). Qualquer
acusação, portanto, que destoe flagrantemente desses termos e ofenda a honra da
instituição e de seus membros deve ser provada, sob pena de difamação.

Resposta a Metrópoles – 10 de 11:


observações gerais 6 minutos para ler

III. Observações gerais


Para descortinar o que está por detrás da reportagem, convém fazer algumas breves
observações gerais sobre o artigo.

1. Nas muitas palavras não falta ofensa


Antes de tudo, a extensão do libelo de acusações é sem dúvida desproporcional.
Conta com mais de 6.500 palavras, o que corresponde a mais de treze páginas de
uma revista convencional (com ilustrações). Pois bem, nasce logo uma
interrogação: para que tanta carga de ódio? Será que é para mascarar a má-fé? Há
muito tempo já dizia Eurípedes: “A verdade fala uma linguagem sem desvios”. Ou
seja, quando se multiplicam as palavras de modo inútil, desconfia-se da veracidade
e da honestidade do assunto. Nesse sentido, esta resposta procurou poupar o leitor
de explicações desnecessárias. Afinal, o que é evidente não necessita de
demonstração. De resto, é inútil discutir com quem nega os princípios mais
fundamentais da lógica.
A linguagem da reportagem é, como já foi dito, extremamente repetitiva e cheia
de chavões e slogans, com o indiscutível intuito de criar sensacionalismo. Com
toda a razão alertava o sábio: “Nas muitas palavras não falta ofensa; quem retém os
lábios é prudente” (Pr 10,19).

2. Faltou também memória…


Qualquer um que tenha paciência de ler a reportagem, nota que ela se contradiz
por diversas vezes. Eis alguns exemplos:

a) Inicialmente ela afirma que os Arautos “moram em palácios” e em “instalações


suntuosas”, mas depois descreve a sede de Brasília como uma “construção
convencional”.

b) Narra a suposta proibição do uso de celulares entre os estudantes, mas ao mesmo


tempo insere um relato segundo o qual uma Irmã teria mandado uma mensagem
para outra por meio do celular.

c) Denuncia irreparáveis danos causados pela “lavagem cerebral” ao colocar os


filhos contra os pais, mas ao mesmo tempo anexa uma carta da Irmã Lívia
destinada à mãe, manifestando os maiores afetos em relação a ela.

d) Se haveria um culto de “adoração” a Mons. João Clá por parte de seus


seguidores, como poderiam se referir a ele com uma sigla tão banal quanto “JCD”,
como falsamente aponta a reportagem?

e) Define os Arautos como uma “associação privada de padres (sic)”, enquanto é


sabido que possui membros de ambos os sexos. Aliás, a reportagem contém
também relatos de (supostas) “ex-arautas” (como se a palavra “arauto”, em
português, tivesse feminino…).

f) Há ainda várias inverdades ao longo do artigo, já enunciadas no corpo desta


resposta ou simplesmente omitidas. O ridículo não merece ser respondido para
poupar ao leitor seu precioso tempo.

Em resumo, escreve-se algo numa parte do artigo e logo depois encontra-se uma
evidente autocontradição. Aqui vale recordar o imperecível axioma de
Quintiniano: “O mentiroso precisa ter boa memória”. Pois bem, os autores foram
traídos por suas próprias palavras… ou em bom português: “Mentira tem perna
curta”… embora seja uma reportagem tão longa…

3. O mais importante “segredo” finalmente revelado


Como foi dito, a reportagem se baseia em relatos de ex-membros ou familiares
quase sempre anônimos. Ora, por que os repórteres não procuraram as milhares de
pessoas satisfeitas com a atuação dos Arautos no Brasil e no mundo? Inúmeros
membros e ex-membros, seus pais e mães, de todo o orbe, estão agradecidos com a
formação oferecida pela instituição. Trata-se de um princípio básico já resumido
pelo Direito Romano: “Seja ouvida a outra parte”. A Constituição Federal
consolidou esse aforismo pelo famoso princípio do contraditório (art. 5, LV).
Contudo, custe o que custar, a reportagem quer induzir o leitor a concluir que os
Arautos são uma “seita destrutiva”.

Além disso, a matéria simplesmente desconsiderou a consolidada reputação que a


Associação tem junto à sociedade civil e eclesiástica, seguindo com toda a
diligência as leis de Deus e dos homens. Isso é atestado por incontáveis cartas de
apoio de autoridades religiosas e civis. Por que simplesmente ignorar tantas provas
contrárias? De forma alguma há segredos nesse sentido, pois essas testemunhas
conhecem muito bem a conduta irrepreensível dos Arautos: são aquilo que são,
nada além disso.

Também é incompreensível tanta parcialidade, que fere os princípios mais básicos


do jornalismo. Sente-se, na realidade, aquele ódio anticristão que denunciou
Tertuliano nos primórdios da Igreja: “Christianos ad leones” (Apologeticum, 40, 2),
ou seja, “Joguem os cristãos aos leões”, assim supostamente se resolveriam todos os
problemas! Cui prodest? – A quem interessam os crimes? Saberemos um dia nos
tribunais humanos e divinos.

Por outro lado, os autores da reportagem aliaram-se a um grupo ostensivamente


contrário aos Arautos, cujo mau-caratismo é escancarado todos os dias nas redes
sociais, e pelos próprios testemunhos revelados pela reportagem. Trechos da
reportagem podem ser facilmente encontrados em posts de blogs ditos “sujos”. Por
fim, como confiar, por exemplo, na “boa-fé” de uma mãe que ousa dizer: “Minha
meta hoje é ajudar quantos jovens eu puder a saírem de lá”…?

Seja como for, após observar a multiplicação de falsidades de diversos relatos


anônimos referidos a cristãos, denunciou Plinio o Jovem: “Quanto aos libelos
anônimos, não devem merecer atenção em nenhuma causa criminal, pois são um
péssimo exemplo que não condiz com nosso tempo”. Se o anonimato já não servia
nos juízos antigos há quase vinte séculos, como servirão hoje como testemunho?
Como um portal tão “moderno” poderia simplesmente se olvidar dessa obviedade?

De todos os modos, no passado não muito distante, quase todos os jornalistas se


omitiam em dar opiniões nos assuntos que desconheciam. Hoje em dia, para
alguns, basta escutar um canto de sereia para já emitir juízos precipitados. Pena que
se esquecem com tanta facilidade dos princípios básicos do jornalismo, aprendidos
logo no primeiro ano da faculdade: objetividade, neutralidade e imparcialidade.
Em última análise, a reportagem, tão obcecada em revelar os supostos “segredos”
dos Arautos – muitos deles praticados à luz do dia há séculos pela Igreja –, acaba
por revelar o seu próprio segredo: uma implacável perseguição religiosa.

Resposta a Metrópoles – 11 de 11:


conclusão 3 minutos para ler
IV. Conclusão
Conjugando esta reportagem com as denúncias feitas ante o Ministério Público –
com algumas acusações falsificadas -, e ante a Secretaria de Educação, e ainda
outras difamações proferidas nas redes sociais, estamos claramente em presença de
uma tentativa de perseguição religiosa, de violação dos direitos constitucionais de
liberdade de religião, consciência e culto e, talvez, de uma associação ilícita para
delinquir, perpetrando crimes de injúria, difamação e denunciação caluniosa,
tipificadas especificamente pela lei brasileira.

Sabemos, porém, que Jesus prometeu a seus seguidores: “Se eles Me perseguiram,
também vos perseguirão” (Jo 15,20). O Império Romano, os povos bárbaros, os
governos totalitários, anticlericais e antirreligiosos são exemplos daqueles que
lançaram cristãos às feras, às fogueiras, ao ostracismo ou aos campos de
concentração mais inumanos.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “antes da vinda de Cristo, a Igreja
deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A
perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra, porá a descoberto o
«mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos
homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da
verdade” (CIC n. 675).

Essa prova da intolerância religiosa costuma se observar em regiões de conflito, em


regimes antidemocráticos ou totalitários. Desta vez, porém, ocorre no coração da
maior nação católica do planeta, e pior, por intermédio daqueles que deveriam ser
guardiões da verdade. E hoje com toda a facilidade: pois palavras, como se dizia
antigamente, não fazem escorrer sangue…

Que ninguém se iluda: esse ataque atinge frontalmente a Igreja, esse Corpo Místico
de Cristo composto por incontáveis fiéis, pois, de acordo com o ensinamento
paulino: “Se um membro sofre, todos os membros compartilham o seu
sofrimento” (1Cor 12,26). Não há a menor dúvida: trata-se de uma autêntica
perseguição religiosa na Terra de Santa Cruz. Eis uma ofensa não apenas contra
uma parcela da Igreja, mas contra ela em sua totalidade.

Diz o ditado popular que “a consciência tranquila é o melhor travesseiro”. Os


Arautos, por sua vez, continuam sobranceiros e serenos, pois têm o legítimo
direito de fazer o bem, mesmo que os inimigos da Igreja não queiram permitir.
Continuam destemidos, com a certeza da promessa divina: “No mundo tereis
tribulações, mas tende coragem: eu venci o mundo!” (Jo 16,33).

E concluímos revelando o único segredo dos Arautos, a saber: fazer o bem, custe o
que custar. O resto – já foi garantido por Jesus – virá por acréscimo (Mt 6,33). Na
realidade, a nossa verdadeira morada não está escondida por trás de muralhas: ela
está aberta a todos aqueles que têm reto coração, ou seja, o Paraíso, onde já não
“mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor” – enfim, nem
intolerância religiosa –, “pois as coisas antigas se foram!” (Ap 21,4).

Enquanto isso, em nossa missão terrena, suplicamos:


“À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas
em nossas necessidades; mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem
gloriosa e bendita.”

Vistamos as armas da luz (Rm 13,12), na certeza de que as obras das trevas jamais
prevalecerão: cedo ou tarde, o Sol da Verdade atravessará até as mais sombrias
nuvens das “metrópoles” modernas…

São Paulo, 28 de agosto de 2019.

Departamento de Imprensa dos Arautos do Evangelho

Arautos na CBN (1 de 17) –


Boletim de ocorrência 2 minutos para ler

por Arautos Véritasem 10 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Arautos na CBN (1 de 17) –


Boletim de ocorrência2 minutos para ler
https://youtu.be/sBdTXjLBprQ
Os Arautos do Evangelho foram procurados pela rádio CBN e, por 55 min.,
responderam a algumas questões trazidas pelo repórter Chico Prado. A entrevista
foi realizada na Casa Mãe dos Arautos do Evangelho e contou com a participação
do Revmo. Pe. Alex Barbosa de Brito, EP, membro da Sociedade Clerical de Vida
Apostólica Virgo Flos Carmeli e assistente espiritual dos Arautos do Evangelho. O
vídeo transcrito segue abaixo:

Boletim de ocorrência contra os Arautos, que


valor isso tem?
A rádio CBN nesta ocasião estava fazendo uma reportagem a partir de vários
depoimentos de ex-membros dos Arautos do Evangelho – mais de 20 –, segundo
relatou o repórter. Querendo levar ao conhecimento público aquilo que fosse mais
próximo da realidade, propuseram-se a ouvir as duas partes.

Como diz o repórter, há “um boletim de ocorrência registrado em Francisco


Morato, região metropolitana de São Paulo, acusando Mons. João Clá de, pelo
menos, dois estupros entre 2003 e 2010. A vítima diz que tinha nas duas ocasiões 13
e 18 anos [respectivamente] quando, segundo ela, o ato sexual foi consumado”.

“Qualquer um pode ser acusado de qualquer coisa”, respondeu o Revmo. Pe. Alex
Barbosa de Brito. “O problema está entre a acusação e a prova”. Apesar de o
sacerdote ignorar essa acusação, ressaltou que se realmente fosse verdadeira já teria
sido iniciado um inquérito com a devida apuração e a consequente divulgação.

Ademais, adverte o Padre, nota-se que um pequeno grupo de desafetos à


Instituição tem há certo tempo se juntado num discurso de ódio à Igreja Católica
e, em particular, à entidade dos Arautos do Evangelho. Ora, esta foi fundada em
1999 e, pouco mais tarde, no ano 2001, obteve a aprovação pontifícia do Papa São
João Paulo II.  E, “somente agora surge um caso desses?” pergunta o Pe. Alex. “Isto
é absolutamente infundado. E de tal forma não tem base na realidade, que ela não
se sustenta, cai por si mesma”.

O repórter fez questão de mencionar a data do boletim acima referido, maio de


2019: “Por que uma denúncia tão grave como essa, tanto tempo depois? É apenas
um sentimento de ódio que move isso?”

“É um sentimento de ódio religioso” afirmou o sacerdote. “Essas mesmas pessoas,


continuou, atacam bispos, o núncio e o próprio Papa Francisco. E a arma deles,
atualmente, é a calúnia. Portanto, isso não tem fundamento. E, se tivesse, já teria
sido instaurado um inquérito, já haveria investigação, e as pessoas estariam sendo
chamadas”, concluiu.

Manobra orquestrada de
difamação contra os Arautos –
CBN (2 de 17) Nem um minuto para ler

por Arautos Véritasem 10 de março de 20201 comentárioem Manobra orquestrada de difamação


contra os Arautos – CBN (2 de 17)Nem um minuto para ler
https://youtu.be/9iy1Y8MZ2VA

Manobra orquestrada de difamação contra os


Arautos
Interrogado pelo entrevistador Chico Prado da CBN, sobre a acusação de abusos
por parte de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP,
declara ser esta mais uma calúnia. O Sacerdote explica que, em outras ocasiões, as
mesmas pessoas que o acusam agora, ou um grupo muito parecido, já fizeram
denúncias inculpando-o, em lugares diferentes, praticamente das mesmas coisas, o
que mostra como é uma manobra – “orquestrada”. Essas acusações foram sendo
arquivadas ao longo do tempo, e recentemente, por orientação eclesiástica
inclusive, foram abertos processos criminais contra esses “detratores”, pois: “chega
uma hora em que procurar a justiça é até um ato de misericórdia”.

O Revmo. Pe. Alex ressalta que, em outras ocasiões, houve denúncias diversas,
porém as acusações de abuso têm sido mais recentes. Ademais, lamenta o fato de
que os mais prejudicados com essas incriminações são as milhares de pessoas
carentes, material e espiritualmente, que são atendidas pelos Arautos do Evangelho
em todo mundo e, de forma especial, na região da Serra da Cantareira.
“Quando há uma agressão nos
Arautos, alguém inventou!” –
CBN 3 de 17 Nem um minuto para ler

https://youtu.be/7QMOJ6xKh0s
por Arautos Véritasem 11 de março de 2020Deixe um comentáriosobre “Quando há uma agressão
nos Arautos, alguém inventou!” – CBN 3 de 17Nem um minuto para ler
A respeito das acusações de “agressões físicas” sangrentas, apontadas pelo
entrevistador Chico Prado da CBN, durante supostos treinos militares de marcha
nos Arautos do Evangelho, o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP, respondeu ser uma
acusação sem propósito. De fato, há cerimônias religiosas, cortejos e inclusive os
referidos “treinos de marcha”, porém, realizados sem nenhuma violência.

Ademais, essas marchas são públicas e não se caracterizam por um militarismo no


sentido estrito, antes contribuem – mediante o caráter marcial – para propagar
um carisma próprio a uma instituição de espírito de cavaleiro adaptado à
modernidade. Eis o porquê das botas: o cavaleiro disposto à missão.

Até mesmo na sabedoria popular encontramos um provérbio lembrado pelo


sacerdote que explica bem a situação: “Quando há uma tartaruga pendurada numa
árvore, alguém colocou”. Árvore e tartaruga não casam; logo, houve uma ação
externa para combiná-los, donde parafrasear o ditado: Quando há uma agressão
nos Arautos, alguém inventou!…  Agressão física não se verifica nos Arautos do
Evangelho.

Deve-se considerar que anos atrás não havia nenhuma denúncia contra a
instituição. “O que aconteceu que, de um ano para cá, de repente, esse ‘bum’?” –
perguntou o Pe. Alex referindo-se à campanha difamatória. Não estará por detrás
disso um “grupo orquestrado”? Orquestrado em prol do ódio religioso ou do
discurso de ódio? Realmente, chamam a atenção “essas calúnias que absolutamente
não procedem”.

Bençãos de libertação nos Arautos


do Evangelho – CBN 4 de 17 Nem um minuto
para ler
https://youtu.be/neZ7mdtTmEw
por Arautos Véritasem 12 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Bençãos de libertação nos
Arautos do Evangelho – CBN 4 de 17Nem um minuto para ler
“A respeito dos vídeos de exorcismos”, afirma o entrevistador Chico Prado, “há
um no qual aparece Mons. João obrigando uma jovem a fazer os votos, inclusive
mediante agressão física”.

O Pe. Alex de Brito, EP, esclarece afirmando que na Igreja há sacramentos e


sacramentais. Entre os sacramentais estão os exorcismos, pois, uma vez que a Igreja
crê na existência do demônio, instituiu bênçãos para libertar pessoas vexadas por
ele.

Em sentido técnico, existem duas modalidades de exorcismos: o público, realizado


pelo bispo ou por alguém delegado por ele; e o privado, também conhecido como
bênção de libertação, que pode ser feito por qualquer fiel, inclusive leigo, com o
objetivo de libertar alguém de uma vexação diabólica.

O repórter indaga: “E por que a agressão?” A resposta é esclarecedora: “O gesto de


se bater com um papel não constitui uma agressão à pessoa vexada, mas um ato
simbólico de rejeição ao espírito maligno. Se realmente fosse uma agressão física, a
vítima deveria declará-la, o que não aconteceu. Quanto aos votos, apenas
constituem um sinal sensível para o demônio manifestar a libertação da vítima; é
algo comum em circunstâncias análogas.”

Rito milenar da Igreja, não uma


agressão – CBN 5 de 17
https://youtu.be/rZVvqOQrDM
O repórter do CBN, Chico Prado, disse que também existem relatos, alguns
inclusive de pais de meninos e meninas, que presenciaram os fatos, de uma espécie
de cerimônia, em que as crianças recebem um tapa no rosto, do próprio Mons.
João Clá ou de algum bispo, uma cerimônia que é feita na presença do pais. O que
seria esse tapa? Perguntou o jornalista.

O Revmo. Pe. Alex de Brito, EP, esclareceu o assunto dizendo: “Isso é uma
cerimônia muita antiga. É a cerimônia do Santo Crisma”, e chamou a atenção
para o espírito antirreligioso muito presente nessas acusações, fruto, talvez, de uma
interpretação equivocada da doutrina e dos rituais da Igreja. O sacerdote elucidou a
normalidade por trás de tal “tapa” e ilustrou a procedência do Sacramento do
Crisma, praticado há séculos pela Igreja, e no qual “absolutamente não há
agressão”.
Primeiro, o Bispo impõe as mãos sobre a cabeça do confirmando, invocando o
Espírito Santo. Segue-se a unção na fronte com o óleo próprio do Sacramento.
Após isso, dá-se um tapa simbólico ou um abraço, enquanto o celebrante diz: “A
paz esteja contigo” e o crismando responde: “E contigo também”.

O repórter então perguntou: “Esse tapa no rosto, em pleno 2019, não é algo muito
atrasado para o momento em que a gente vive?”

O Pe. Alex respondeu: “Qualquer cerimônia da Igreja, comparada com os dias de


hoje, é anacrônica.” E atestou que nisso não há nenhum tipo de contradição, pois
os ritos da Igreja “são milenares”. E, fazendo uma analogia entre a Igreja e a
sociedade, concluiu atestando a normalidade de elementos anacrônicos presentes
numa sociedade, “porque a construção de uma sociedade não é a destruição
daquilo que passou, mas a soma, a adaptação”.

Os Arautos possuem
armazenamento de armas? – CBN
6 de 17 2 minutos para ler

por Arautos Véritasem 16 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Os Arautos possuem


armazenamento de armas? – CBN 6 de 172 minutos para ler
“Por que que nas instalações dos Arautos do Evangelho, segundo os depoimentos,
há armazenamento e porte de armas como pistolas, fuzis e espingardas calibre 12,
dentro das instalações, inclusive nesta casa onde nós estamos?”, perguntou o
repórter Chico Prado da CBN.

“Essa acusação já é antiga”, afirmou o Pe. Alex Brito, EP. “Armazenamento” dá a


impressão de um paiol, local maior até do que um quartel pode possuir. “Eu não
nego que existam alguns membros antigos da Instituição que tenham armas, mas
legitimamente registradas”. E completa o sacerdote: “O problema é o contexto”;
fora dele, a acusação torna-se falaciosa.

Das diversas casas onde os Arautos do Evangelho residem, muitas encontram-se


em zonas afastadas e rurais. E, não poucas vezes, membros já foram assaltados,
sofreram agressões físicas, sequestros relâmpagos, retenção de pessoas e roubo de
carros com pessoas dentro, sendo, inclusive, ameaçados de morte.

Dentro deste quadro, os Arautos do Evangelho foram orientados pela polícia a se


defender com aqueles integrantes mais aptos para tal objetivo. As armas, não são,
portanto, uma forma de agressão, mas sim um elemento dissuasório. Dos 4.000
membros da Instituição não chega nem a 1% o número daqueles que possuem
arma. E ter uma arma é tão legítimo quanto ter uma câmera fotográfica alemã.
Embora não seja uma arma, sua posse é tão legítima quanto possuir um aparato
bélico legalmente. Está dentro do ordenamento jurídico do Brasil.
Os professores lecionam armados?
“Nas unidades onde os internos têm aulas, professores andam armados?” indagou o
repórter. “Não! Absolutamente!”, contrapôs o sacerdote. Apesar de o periodista não
ter poder para fazer uma revista imprevista nalguma das salas de aula, observou o
Pe. Alex que ele facilmente esclareceria tal acusação visitando uma dessas salas e
vendo a normalidade que se constata ali, como a de qualquer outra instituição de
ensino.

Os capítulos: instituição
multissecular da Igreja – CBN 7 de
17 Nem um minuto para ler

por Arautos Véritasem 17 de março de 20201 comentárioem Os capítulos: instituição multissecular


da Igreja – CBN 7 de 17Nem um minuto para ler
“A mentira não se sustenta por si mesma”, afirma o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP,
em entrevista com a CBN. O repórter da mencionada agência inquiriu sobre a
veracidade de testemunhos de ex-membros dos Arautos do Evangelho, os quais
afirmaram que lhes era imposto fazer sacrifícios físicos, como a permanência por
até doze horas do arauto com a testa no chão ou de joelhos com os braços em cruz.

“Teria que ter um gancho em cada braço para sustentá-los”, respondeu


jocosamente o entrevistado. Supondo que essas acusações tenham sido feitas a
propósito dos capítulos, o sacerdote explicou que esta é uma cerimônia
multissecular da Igreja que ainda hoje é praticada por muitas ordens religiosas, a
qual consiste num ato religioso, feito em local adequado, e do qual participam
voluntariamente aqueles que são maiores de idade para reconhecer as próprias
faltas disciplinares dentro da vida comum. E a pessoa acusada aceita a repreensão
pública como gesto de humildade. A propósito dos sacrifícios de doze horas, o
sacerdote argumentou que a impossibilidade de realizar este ato é a maior prova de
que a acusação não tem fundamento na verdade.

Se você quer acompanhar nossos conteúdos siga nosso canal, ative o sininho e
visite no site: https://veritas.arautos.org/

Acusações infundadas de um
egresso desafeto – CBN 8 de 17 Nem um
minuto para ler
https://youtu.be/z7bqYNQHdDw
por Arautos Véritasem 18 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Acusações infundadas de um
egresso desafeto – CBN 8 de 17Nem um minuto para ler
No decorrer da entrevista do jornal CBN, o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP, foi
interrogado sobre a acusação de um ex-arauto que afirmou ter sido – por parte dos
superiores da instituição – “internado numa clínica para dependentes químicos,
dopado, algemado e apanhado ao longo de um mês, (…) só por ter comunicado que
não queria continuar na função da arrecadação de fundos”, segundo as palavras do
repórter Chico Prado.

Como resposta foi relatado, com base em documentação, que quem pediu o
internamento do ex-arauto foi sua própria irmã.

O sacerdote narrou, então, o que realmente se passou: esse homem tivera “um
problema de caráter psiquiátrico”. Ora, a família, ao ser informada, solicitou o
internamento através da irmã. A instituição arcou com parte do pagamento da
clínica, que, por sinal, era de alto nível. Há documentos que comprovam a
internação pedida pela irmã e demonstram sua saída também requerida por ela, a
qual quase foi agredida fisicamente pelo irmão. Assim, se for necessário perante a
justiça que tais documentos se tornem públicos, tornar-se-ão sem demora.

Lamentou-se o sacerdote pelo fato de mais uma inverdade ter vindo a lume, pois
“a imprensa, que tem a missão de ser arauto da verdade, está sendo usada para
divulgar a mentira”.

Um Arauto não pode ter bens? –


CBN 9 de 17 Nem um minuto para ler
https://youtu.be/KwIGWsqm8qY
por Arautos Véritasem 19 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Um Arauto não pode ter
bens? – CBN 9 de 17Nem um minuto para ler
Em entrevista com o Revmo. Pe. Alex de Brito, EP, o repórter Chico Prado da
Rádio CBN declara: “Sobre a chamada “Bagarre”, ex-arautos afirmam que, em
determinado momento, os membros da instituição são obrigados a entregar todos
os bens, como os aparelhos eletrônicos, os quais nunca são devolvidos”.

Explicando, o Pe. Alex garante que isso nunca lhe aconteceu apesar de fazer parte
da Instituição há quase 30 anos. O mesmo podem testemunhar as milhares de
pessoas que fazem ou fizeram parte dos Arautos do Evangelho.

A palavra “Bagarre” é de origem francesa e significa uma grande confusão. Foi


utilizada por Dr. Plinio Corrêa de Oliveira em reuniões e conversas com seus
seguidores para designar os acontecimentos previstos por Nossa Senhora em
Fátima, ou seja, que seria necessário um grande castigo de Deus aos homens,
devido à decadência moral em que a sociedade se encontra. Portanto, não foi uma
invenção dos Arautos.

A partir disso, dizer que a pessoa é obrigada a entregar aparelhos eletrônicos é


absurdo, pois estamos falando de uma revelação de 1917, quando sequer existiam.
Nos Arautos do Evangelho não estão previstos os votos, o que não impede que
alguém queira professá-los privadamente, mas não em sentido canônico. Nas duas
Sociedades de Vida Apostólica que deles nasceram, Virgo Flos Carmeli e Regina
Virginum, estão previstos nas constituições os votos de pobreza, castidade e
obediência.

O voto de pobreza não significa a incapacidade de possuir bens, mas é entregar


voluntariamente a administração dos bens, sob a tutela de um superior, em
qualquer Ordem Religiosa.

Qual a relação de D. Damasceno


com os Arautos? – CBN 10 de 17 Nem um
minuto para ler
por Arautos Véritasem 20 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Qual a relação de D.
Damasceno com os Arautos? – CBN 10 de 17Nem um minuto para ler
Em entrevista com o Revmo. Pe. Alex de Brito, EP, o repórter da rádio CBN,
Chico Prado, fez referência à nomeação do cardeal D. Raymundo Damasceno
como Comissário dos Arautos do Evangelho: “É uma investigação que será feita?”

“Não”, afirmou o sacerdote. Com efeito, a Associação já tivera entre 2017 e 2018
uma Visita Apostólica, para a qual foram designados dois bispos e uma religiosa.
Após visitarem todas as casas e entrevistarem a quase totalidade dos membros, ex-
membros, familiares e sacerdotes, reuniram-se com os superiores relatando “não
[terem] encontrado absolutamente nada contra a moral, os bons costumes, a
doutrina ou alguma coisa grave, seja do ponto de vista civil, [seja] do ponto de vista
eclesiástico”.

Desse período datam mais de 900 cartas de cardeais, arcebispos, bispos e padres
“agradecendo e abonando todo o trabalho da Instituição”, assegurou o sacerdote.

Na reunião acima mencionada, os Visitadores apresentaram oito perguntas que,


salientou o sacerdote, “vieram deste mesmo grupo” [de desafetos à Instituição]. A
resposta, distribuída ao longo de 570 páginas com mais de 70 anexos, divididos em
aproximadamente 40 volumes, foi entregue aos Visitadores e levada à Santa Sé.

Entretanto, meses depois, veio a lume um decreto de Comissariamento aos


Arautos do Evangelho, publicado no Vatican News. O documento, todavia, não
trata de delitos, mas de supostas carências da Associação. Ora, carências todos têm.

Assim, para os Arautos do Evangelho, a nomeação de D. Damasceno como


Comissário personifica o canal de comunhão entre a Santa Sé e a Instituição,
procurando elevá-la a uma perfeição ainda maior que a buscada até então.
Como se dividem as sedes dos
Arautos em São Paulo? – CBN 11
de 17 Nem um minuto para ler
https://youtu.be/oLtOM3B7t3Q
por Arautos Véritasem 21 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Como se dividem as sedes
dos Arautos em São Paulo? – CBN 11 de 17Nem um minuto para ler
Os Arautos do Evangelho possuem cerca de cinquenta casas em São Paulo como
explicou o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP, ao repórter da CBN, Chico Prado.
Naturalmente, explica o sacerdote, que a maior parte dos membros dos Arautos do
Evangelho habita nesta cidade visto que nela foi fundada a Instituição.

Quanto à divisão das casas, esclarece o sacerdote que sendo os Arautos do


Evangelho uma Associação de fiéis, podem participar desde pessoas casadas a
solteiras, sacerdotes ou leigos e, portanto, há uma primeira divisão em setor
masculino e feminino. Entretanto, residem nas casas da Instituição apenas aqueles
que tem dedicação integral à evangelização e ocupam a maior parte do seu tempo à
oração, ao estudo e ao atendimento de pessoas carentes.

Há uma segunda subdivisão das casas por atividades. Explica: “Tem casas que
cuidam especialmente do atendimento de enfermos, outras que fazem missão pelo
país afora e tem sua sede central aqui, outras que fazem edição de livros, outras
trabalhos artesanais. E estes da parte artesanal saem das próprias fronteiras, porque
ensinamos estes jovens também e agora estamos fazendo parcerias com alguns para
tornar estas atividades profissionalizantes porque a preocupação nossa não é apenas
atender ao pobre e ao carente na parte espiritual, mas também na parte material
porque é importante.” Quanto aos sacerdotes, estão espalhados pelas diversas casas,
acrescenta o Pe. Alex de Brito.

Que relação há entre Arautos do


Evangelho e TFP? – CBN 13 de 17 Nem
um minuto para ler
https://youtu.be/csW41uJz5eA
por Arautos Véritasem 23 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Que relação há entre Arautos
do Evangelho e TFP? – CBN 13 de 17Nem um minuto para ler
Ante a interrogação de Chico Prado da CBN, sobre a relação que há entre Arautos
do Evangelho e a TFP, o Reverendíssimo Pe. Alex de Brito, EP, explica que não
existe nenhum litígio entre Arautos do Evangelho e Sociedade Brasileira de Defesa
da Tradição, Família e Propriedade (TFP).
Em 1995, após a morte de Dr. Plinio, houve uma cisão, resultando num embate
judicial entre alguns que desejavam seguir um viés mais político e outros que
decidiram ter uma união maior com a Igreja. Capitaneados por Mons. João
Scognamiglio Clá Dias, EP, esses últimos fundaram os Arautos do Evangelho que,
pouco depois, receberam do Papa São João Paulo II a aprovação pontifícia.

Ora, a instituição cresceu muito e hoje 85% do movimento é constituído por


pessoas menores de 35 anos, e que, portanto, não conheceram a TFP. Existe,
portanto, uma briga interna entre membros da TFP, e não entre os Arautos do
Evangelho e a TFP.

Como é o trabalho dos Arautos do


Evangelho com os jovens? – CBN
14 de 17 Nem um minuto para ler
https://youtu.be/_MRgIcHgkuo

por Arautos Véritasem 24 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Como é o trabalho dos


Arautos do Evangelho com os jovens? – CBN 14 de 17Nem um minuto para ler
O repórter da rádio CBN, em entrevista com o Revmo. Pe. Alex Brito, EP,
assistente espiritual dos Arautos do Evangelho, perguntou: “A abordagem de
meninos e meninas continua sendo feita em escolas por meio da oferta de cursos
do Projeto Futuro e Vida?”

O Pe. Alex, EP, respondeu que o contato com os jovens é realizado dos modos mais
variados: catequeses em paróquias, das quais algumas são assumidas por sacerdotes
Arautos, atuação junto a outros párocos, e, também, por meio do projeto cultural
chamado Futuro e Vida ao qual os Arautos do Evangelho dão grande apoio. Esse
Projeto, salienta o sacerdote, é de viés cultural, tendo em vista dar aos jovens uma
formação musical e teatral.

“Com objetivo final da evangelização?” indagou o repórter. “Não


necessariamente” afirmou o sacerdote. Os consertos didáticos realizados nos
colégios atingem por ano mais de 50.000 adolescentes. Ora, se todos viessem a ser
membros dos Arautos, após tantos anos de atuação, milhões de pessoas fariam
parte da Associação, o que não acontece. “É evidente que nós acabamos [com esses
projetos] passando valores, mas respeitando as religiões”, pois, do contrário, não
haveria possibilidade de trabalhar junto a instituições laicas, como ocorre na
maior parte das vezes.
Relação dos Arautos do
Evangelho com o Papa – CBN 15
de 17 Nem um minuto para ler

https://youtu.be/i4fYx57JbTo
por Arautos Véritasem 25 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Relação dos Arautos do
Evangelho com o Papa – CBN 15 de 17Nem um minuto para ler
“O modo de se provar o amor por alguém é com atos e não com palavras” (Cf. 1Jo
3, 18) afirma o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP, em entrevista com o repórter Chico
Prado, da CBN, ao ser inquirido a respeito da relação dos Arautos do Evangelho
com o Papa Francisco. O sacerdote mencionou um trecho da Primeira Carta de
São João, na qual ele recomenda a seus “filhinhos” que não amem somente com
palavras, mas sobretudo com atos e de verdade.

Aplicando essa passagem da Escritura à situação concreta dos Arautos do


Evangelho, o padre explica como os Arautos foram visitados pela Santa Sé sem ser
apresentada uma razão concreta, e aceitaram com total submissão. Ora, não se
apresentou durante a visita algo que desabonasse a instituição ou seus membros;
entretanto, depois de esta visita ter sido concluída, foi decretado um
Comissariado, cuja razão também foi muito genericamente explicada, pois alegava
carências, o que foi igualmente aceito.

Pe. Alex conclui: “Ora, essa aceitação é um ato de amor. Ainda que não tenhamos
entendido porque foi feita uma coisa e outra, nós amamos a Igreja, amamos o Papa
e provamos esse amor com atos, não apenas com palavras. E nós, não com palavras,
mas com atos, temos comprovado o amor que temos a ele Papa, à Igreja e a toda e
qualquer determinação emanada dele. Esta é a prova mais patente. E contra fatos
não valem argumentos. E neste sentido respondo à sua pergunta: a nossa relação é
de filhos que aceitam do Pai tudo, inclusive aquilo que não entendemos”.

Relação dos Arautos do


Evangelho com o Papa – CBN 15
de 17 Nem um minuto para ler

por Arautos Véritasem 25 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Relação dos Arautos do


Evangelho com o Papa – CBN 15 de 17Nem um minuto para ler
“O modo de se provar o amor por alguém é com atos e não com palavras” (Cf. 1Jo
3, 18) afirma o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP, em entrevista com o repórter Chico
Prado, da CBN, ao ser inquirido a respeito da relação dos Arautos do Evangelho
com o Papa Francisco. O sacerdote mencionou um trecho da Primeira Carta de
São João, na qual ele recomenda a seus “filhinhos” que não amem somente com
palavras, mas sobretudo com atos e de verdade.

Aplicando essa passagem da Escritura à situação concreta dos Arautos do


Evangelho, o padre explica como os Arautos foram visitados pela Santa Sé sem ser
apresentada uma razão concreta, e aceitaram com total submissão. Ora, não se
apresentou durante a visita algo que desabonasse a instituição ou seus membros;
entretanto, depois de esta visita ter sido concluída, foi decretado um
Comissariado, cuja razão também foi muito genericamente explicada, pois alegava
carências, o que foi igualmente aceito.

Pe. Alex conclui: “Ora, essa aceitação é um ato de amor. Ainda que não tenhamos
entendido porque foi feita uma coisa e outra, nós amamos a Igreja, amamos o Papa
e provamos esse amor com atos, não apenas com palavras. E nós, não com palavras,
mas com atos, temos comprovado o amor que temos a ele Papa, à Igreja e a toda e
qualquer determinação emanada dele. Esta é a prova mais patente. E contra fatos
não valem argumentos. E neste sentido respondo à sua pergunta: a nossa relação é
de filhos que aceitam do Pai tudo, inclusive aquilo que não entendemos”.

“Os Arautos do Evangelho não


temem absolutamente nada” –
CBN 16 de 17 Nem um minuto para ler
https://youtu.be/dHwxZbpbVEY
por Arautos Véritasem 26 de março de 2020Deixe um comentáriosobre “Os Arautos do Evangelho
não temem absolutamente nada” – CBN 16 de 17Nem um minuto para ler
No que diz respeito às penalidades que possam ser imputadas pela justiça civil sobre
a instituição, os Arautos do Evangelho não temem absolutamente nada, pois
sabem que tais denúncias nascem de indivíduos coligados a pessoas que são
“abertamente inimigos da Santa Igreja”, afirmou o Pe. Alex Barbosa de Brito, EP.

Ademais, é sabido que a autoridade eclesiástica já investigou a instituição, nada


tendo encontrado. Agora, a instituição está “num canal de comunhão muito mais
estreito [referindo-se ao comissariado], para mais uma vez confirmar e atestar esta
comunhão dos Arautos do Evangelho com a Sé de Pedro”.

Não há nenhum temor em relação às autoridades civis, pois também com elas há
uma comunhão não pequena de “larguíssima data”. Ora, as portas da instituição
estão abertas para se investigar o que se queira.

O que se deve temer, isto sim, é a justiça de Deus, pois tal como diz a Escritura:
diante de Deus quem poderá permanecer de pé? Contudo, diante dos homens, os
Arautos do Evangelho permanecerão tranquilamente de pé, sempre dispostos a
explicar o que for necessário, pois a verdade é como a luz: basta aparecer para que
tudo se esclareça.

Onde vive Mons. João Clá Dias,


EP? – CBN 17 de 17 Nem um minuto para ler
https://youtu.be/uH_rA_M0ZHY
por Arautos Véritasem 27 de março de 2020Deixe um comentáriosobre Onde vive Mons. João Clá
Dias, EP? – CBN 17 de 17Nem um minuto para ler
“Como vive Mons. João hoje?” perguntou o repórter Chico Prado ao Revmo. Pe.
Alex de Brito, EP. O sacerdote explicou que Mons. João Scognamiglio Clá Dias,
EP, vive atualmente em recolhimento. Pois devido a uma doença que sofreu, ele
procura estar num contato mais direto com Deus, assistindo à instituição através
da oração.

“Aonde ele vive?” (sic), interrogou o repórter. Ele varia de casa, respondeu o Pe.
Alex, devido a recomendações médicas, ora passando um tempo no litoral, ora
numa casa mais afastada da cidade e recolhida. Mas sempre em recolhimento e
somente em casas da instituição.

REFUTAÇÕES

Fantástico entrevista os Arautos –


1 de 8: Síntese histórica dos
Arautos do Evangelho 3 minutos para ler

https://youtu.be/SiV3etqNbsc
por Arautos Véritasem 26 de outubro de 20192 comentáriosem Fantástico entrevista os Arautos –
1 de 8: Síntese histórica dos Arautos do Evangelho3 minutos para ler
Em 19 de outubro de 2019, a TV Globo foi à Casa Mãe dos Arautos do Evangelho
em São Paulo (SP), para entrevistar representantes de três instituições que estão
sendo objeto de difamação por parte de alguns desafetos. Ali, o repórter Walace
Lara se encontrou com o Revmo. Pe. Alex Barbosa de Brito, em representação da
Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli; Madre Mariana
Morazzani Arráiz, EP, Superiora da Sociedade de Vida Apostólica Feminina
Regina Virginum; e o Dr. Humberto Luiz Goedert, advogado, porta-voz de
imprensa da Associação privada de fiéis Arautos do Evangelho. Antes de fazer suas
perguntas, o repórter da TV Globo começou por solicitar uma breve explanação
histórica dos Arautos.

O Pe. Alex explicou que as três instituições formam uma “família espiritual”,
sendo Arautos do Evangelho a primeira a surgir, em 1999, em Campo Limpo,
quando Mons. João Clá Dias, EP, recebeu de Dom Emílio Pignoli, então Bispo de
Campo Limpo, a aprovação diocesana para a obra que nascia. Em 22 de Fevereiro
de 2001, os Arautos do Evangelho foram reconhecidos e aprovados pelo Papa São
João Paulo II.

Assista à íntegra da resposta dos Arautos.

Resumo
O acelerado desenvolvimento das atividades de evangelização marcou a
necessidade de haver uma assistência religiosa segundo a espiritualidade da
instituição. E fez-se necessário um importante passo, no ano de 2005: a ordenação
presbiteral de quinze Arautos do Evangelho.

Feitas as consultas necessárias, chegou-se à conclusão de que a fundação de uma


Sociedade de Vida Apostólica seria o mais apropriado. De modo que, da primeira
instituição Arautos do Evangelho”, brotaram – em 2006 – dois novos
movimentos: a Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli e a
Sociedade de Vida Apostólica Feminina Regina Virginum, ambas aprovadas pelo
Papa Bento XVI, em 2009”.

O Pe. Alex Brito ressaltou:

“Na igreja os desenvolvimentos são muito orgânicos: associação


diocesana, depois erigida como Associação privada de fieis de Direito
Pontifício e, [presentemente], como Sociedade de Vida Apostólica”.

A partir de uma opção de vida religiosa, desde os anos de 1970, Mons. João
participou com regularidade de cursos de formação sobre temas filosóficos,
teológicos, bem como de espiritualidade e de cultura geral. Mas o anseio por
aprofundar seus conhecimentos de doutrina católica e adquirir uma formação
mais sólida levou-o a procurar a colaboração de reconhecidos expoentes da
Teologia, em especial catedráticos de Salamanca, tais como: Fr. Arturo Alonso
Lobo, OP, Pe. Marcelino Cabreros de Anta, CMF, Fr. Victorino Rodríguez y
Rodríguez, OP, Fr. Antonio Royo Marín, OP, entre outros. Quando surgiu a
possibilidade de haver os primeiros sacerdotes, e tendo a Santa Sé analisado o
currículo daqueles candidatos, os estudos foram convalidados.

Tendo o repórter perguntado acerca das construções que os Arautos promovem, o


Pe. Alex enumerou a casa de formação (cuja construção começou em 2006), junto
à qual se encontra a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, situada em Caieiras
(SP), e à qual o Papa Bento XVI conferiu o título de Basílica Menor. Também
mencionou a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Diocese de
Campo Limpo, localizada na cidade de Cotia (SP). Para esta, o título de Basílica
foi concedido sob o pontificado do Papa Francisco.
Fantástico entrevista os Arautos –
2 de 8: Os Arautos odeiam a
família? 2 minutos para ler
https://youtu.be/NtUHpvwpRKI

por Arautos Véritasem 27 de outubro de 20192 comentáriosem Fantástico entrevista os Arautos –


2 de 8: Os Arautos odeiam a família?2 minutos para ler
Walace Lara, repórter da TV Globo, em entrevista gravada no dia 19 de outubro de
2019, afirmou que ex-arautos lhe teriam informado que os Arautos do Evangelho
incentivam o ódio às famílias e que algumas famílias lhe teriam confirmado que os
filhos se afastam dos lares e apresentam uma grande mudança de comportamento.
O Pe. Alex Barbosa de Brito respondeu mostrando o infundado destas acusações,
evidenciada pelas centenas e milhares de testemunhos de membros, ex-membros e
famílias que afirmam o contrário.

Resumo
O Pe. Alex Barbosa de Brito explica que a acusação segundo a qual os Arautos
incentivariam o ódio às famílias “carece de fundamento”, já que, pelo contrário,
tem-se “o desejo de imbricar muito as famílias”, a ponto de haver famílias inteiras
que passam a pertencer à Associação. Ele cita a Revista Arautos do Evangelho do
mês de outubro, que demonstra uma realidade bem diferente da versão da parte
acusadora: no artigo intitulado “Nossos filhos estão em boas mãos”, familiares dão
testemunho de sua satisfação em relação ao trabalho educativo realizado pelos
Arautos. Esses depoimentos são apenas uma pequena parcela das mais de duas mil
declarações existentes. O sacerdote lembrou também que os menores nunca
freqüentam os colégios, ou atividades, da instituição sem antes possuir uma
autorização escrita das próprias famílias.

O Pe. Alex confirmou existirem também algumas pessoas que, não


compreendendo o carisma da instituição, acabaram se desligando dela com o
passar do tempo. Dessas, há uma parcela que se mostra bastante desafeta, e que se
encontra na origem da campanha de calúnias que a instituição enfrenta
atualmente, cujas respostas – lamenta ele – muitas vezes não são publicadas na
íntegra pelos órgãos correspondentes.

Quanto ao conteúdo da acusação, o Pe. Alex conclui, de maneira sintética e


categórica, que “isto não é verdade”, invocando o testemunho de centenas – e até
milhares – de membros, ex-membros, e suas respectivas famílias que,
evidenciando exatamente o contrário das acusações feitas, consideram a
Associação Arautos do Evangelho como “as boas mãos” na qual depositam os seus
filhos.
Famílias sem Segredos?! | (Arautos
sem segredos, 27 abr 2021)
https://youtu.be/ZBpbkCLmVdg

Pais e filhos!! | (Arautos sem segredos,


25 mai 2021)
https://youtu.be/dXSn6qD1Ljs

Fantástico entrevista os Arautos –


3 de 8: Abusos psicológicos nos
Arautos? 2 minutos para ler

https://youtu.be/7b-j4mBh5y4
por Arautos Véritasem 27 de outubro de 20191 comentárioem Fantástico entrevista os Arautos – 3
de 8: Abusos psicológicos nos Arautos?2 minutos para ler
Walace Lara, repórter da TV Globo, em entrevista gravada no dia 19 de outubro de
2019, perguntou sobre a existência, nos Arautos do Evangelho, dos “capítulos”,
onde – segundo relatos de ex-membros – haveria humilhação e abuso psicológico,
estando as pessoas – inclusive adolescentes – prosternadas no chão. O Pe. Alex
Barbosa de Brito esclareceu que os “capítulos de faltas” são apenas uma prática de
correção fraterna, exclusivamente em relação a pessoas maiores de idade, muitas
vezes solicitada pela própria pessoa, e sempre realizada com muito respeito.

Assista à íntegra da resposta dos Arautos.

REFUTAÇÕES

Fantástico entrevista os Arautos –


4 de 8: Os Arautos são racistas? Nem um
minuto para ler
https://youtu.be/dF11oH2z-yg
por Arautos Véritasem 5 de novembro de 20192 comentáriosem Fantástico entrevista os Arautos –
4 de 8: Os Arautos são racistas?Nem um minuto para ler
Walace Lara, repórter da TV Globo, em entrevista gravada no dia 19 de outubro de
2019, pediu explicações sobre um suposto relato de que o trabalho braçal da casa
cabia às “internas negras” – inclusive adolescentes –, que elas almoçam separadas e
não participam das atividades como as demais. Madre Mariana Morazzani
respondeu que nas diversas casas dos Arautos do Evangelho o convívio é natural,
harmônico e desprovido de qualquer preconceito étnico entre membros de
diversas proveniências, baseado, isto sim, na caridade fraterna.

Assista à íntegra da resposta dos Arautos.

Resumo
Chamam-se “intendentes” aquelas irmãs que auxiliam especialmente nos
trabalhos de cozinha, todas elas maiores de idade. Entretanto, essa função indica
simplesmente uma especial dedicação, uma vez que todos os membros dos Arautos
do Evangelho, maiores de idade, compartilham os mesmos afazeres em
determinados momentos, sem nenhuma distinção decorrente da etnia.

O Pe. Alex Brito completou que, mesmo como sacerdote, também exerce funções
de serviço da mesa, na Casa de Formação: “na sala de aula, eu estou como
professor; na refeição, eu estou servindo a mesa”, e eventualmente exerce funções
de limpeza da casa.

Portanto, todos os membros dos Arautos do Evangelho, maiores de idade,


participam dos trabalhos braçais, para o bem da comunidade religiosa, sem
qualquer preconceito.

Fantástico entrevista os Arautos –


5 de 8: Nos Arautos, há abusos? 2 minutos
para ler
https://youtu.be/xojijzY_IKQ
por Arautos Véritasem 5 de novembro de 20192 comentáriosem Fantástico entrevista os Arautos –
5 de 8: Nos Arautos, há abusos?2 minutos para ler
Walace Lara, repórter da TV Globo, em entrevista gravada no dia 19 de outubro de
2019, perguntou sobre presumíveis relatos de assédio em curso de investigação,
incluindo denúncias de beijos e estupros, dirigidas contra a pessoa do fundador,
Monsenhor João Clá. Pe. Alex deixou registrada a necessidade de a imprensa
analisar meticulosamente os dados que recebe antes de publicar algo, para que se
evite a calúnia e, por fim, decisões judiciais, como no caso da “Escola Base”.

Resumo
O Pe. Alex Brito respondeu ser necessário distinguir, pois beijar alguém no rosto é
um ato social de cumprimento, como o próprio entrevistador praticou antes da
entrevista, o que em nada configura crime. Quanto à suposta acusação de que
Mons. João Scognamiglio Clá Dias tivesse dado um beijo na boca de uma aluna,
declarou ser inteiramente falsa e caluniosa, o que foi reafirmado pelas irmãs que
estavam presentes à entrevista, e o pode ser também por todas as integrantes do
setor feminino dos Arautos do Evangelho.

Quanto à acusação de estupro, Pe. Alex afirmou ser testemunha da inocência dos
três sacerdotes acusados, reputando indigno de consideração o fato de tomar um
boletim de ocorrência como indício de prova. A investigação segue seu curso e, no
fim dela, as vítimas dessa calúnia poderão recorrer à justiça, para salvaguardar seus
direitos.

Wallace Lara procurou defender a imprensa, alegando que o material fornecido,


no caso do escândalo da “Escola Base”, foi um laudo equivocado. O Pe. Alex,
entretanto, rebateu ser isto, precisamente, o que está acontecendo novamente hoje
com a TV Globo: “estamos diante de uma campanha difamatória, movida por
desafetos à Igreja e à Instituição”.

Madre Mariana afirmou ter tido acesso ao documento denunciatório, quando foi
chamada a depor. E acrescenta ter notado uma mudança repentina nas relações
cordiais que mantinha com a acusadora até o momento. Interrogada, pelo
repórter, se sabia a razão da mudança de atitude da acusadora, respondeu que a
ignorava, visto que a moça nunca lhe disse nada a respeito das acusações que faz
atualmente.

Fantástico entrevista os Arautos –


6 de 8: Os Arautos fazem
exorcismos? 2 minutos para ler
https://youtu.be/06TGbxREy3U
por Arautos Véritasem 5 de novembro de 20192 comentáriosem Fantástico entrevista os Arautos –
6 de 8: Os Arautos fazem exorcismos?2 minutos para ler
Walace Lara, repórter da TV Globo, em entrevista gravada no dia 19 de outubro de
2019, perguntou a respeito das práticas de exorcismo que, segundo circula, seriam
realizadas pelos Arautos do Evangelho. O Pe. Alex Brito explicou que a Igreja
Católica distingue entre dois tipos de exorcismo: o “público”, que só pode ser
exercido pelo Bispo diocesano ou alguém com licença dada por ele, e o “privado”,
também chamado “bênção de cura e libertação”, que qualquer sacerdote pode
fazer.

Resumo
Sobre os vídeos veiculados – de modo inescrupuloso e criminoso – por certos canais
da internet, o Pe. Alex explicou que consistem em trechos de uma filmagem de
uma missa no final da qual, já de volta à sacristia, a câmera capturou a cena em
questão. A própria pessoa que foi objeto da bênção agradeceu o benefício recebido.
Esse arquivo da gravação tinha sido guardado, para que não fossem expostas as
imagens das pessoas ali presentes. O sacerdote concluiu que quando alguém pede
uma bênção, dizendo sentir-se atormentada por algo, é natural que se dê. O que se
procura é que a pessoa saia feliz.

À pergunta do repórter sobre se a Igreja não tinha proibido este tipo de prática, o
Pe. Alex explicou que o exorcismo “público” requer licença, mas não o exorcismo
“privado”, que pode ser praticado por qualquer sacerdote.

Por ocasião da divulgação dos vídeos, o Bispo de Bragança Paulista fez uma reunião
com alguns membros dos Arautos, entre os quais se encontrava o Pe. Alex. Ali,
distinguiram-se entre os dois tipos de exorcismo; o Bispo, tendo solicitado o
parecer do vigário judicial da diocese, deu o caso por encerrado, lavrando inclusive
uma ata da reunião, que foi assinada pelo próprio Bispo.

O repórter então alegou supostos relatos de alunas que teriam sido exorcizadas no
colégio, por padres do colégio; Madre Mariana Morazzani esclareceu que esta
afirmação não corresponde à verdade dos fatos.

Fantástico entrevista os Arautos –


7 de 8: Que tipo de formação os
Arautos dão aos jovens? 3 minutos para ler

https://youtu.be/T7wwpHhcIXk
por Arautos Véritasem 5 de novembro de 20193 comentáriosem Fantástico entrevista os Arautos –
7 de 8: Que tipo de formação os Arautos dão aos jovens?3 minutos para ler
Wallace Lara, repórter da TV Globo, em entrevista gravada no dia 19 de outubro
de 2019, afirmou que o Ministério Público teria constatado que o ensino, nos
colégios dos Arautos, está em desacordo com as orientações do MEC, por ser de
caráter predominantemente religioso. O Pe. Alex Brito respondeu que os colégios
atendem às determinações do MEC, pois são apenas de inspiração católica. Os pais,
ao colocarem os seus filhos na instituição de ensino, estão cientes da formação
católica que será ministrada, e seus filhos eventualmente poderão se sentir
chamados, mais tarde, a entrar no seminário.

Resumo
A porcentagem dos alunos dos colégios dos Arautos que acabam sendo padres não
atinge os 2%, prova de não serem eles obrigados a isso. Com efeito, a maioria dos
estudantes segue outras carreiras, tornando-se profissionais liberais, tais como
juízes, desembargadores, advogados, médicos, etc.

O repórter alegou relatos de alunas, segundo os quais, quando lhes foi apresentada
a proposta do Projeto Futuro e Vida, elas não sabiam que viriam abraçar a causa
religiosa.
O Pe. Alex respondeu que “abraçar a causa religiosa” não é o objetivo do Projeto
Futuro e Vida, pois suas atividades são culturais, musicais, esportivas, etc. Assim, se
os dirigentes do Projeto afirmassem que há nele um intuito de encaminhar os
participantes para “abraçar a causa religiosa”, estariam mentindo. São mais de
cinqüenta mil menores que foram beneficiados pelo Projeto Futuro e Vida:
imagine se todos fossem padres!

Alguns dentre esses jovens, entretanto, por conviverem num ambiente de


inspiração religiosa, poderão eventualmente manifestar o desejo de um dia se
tornarem sacerdotes. São respeitadas as suas aspirações, mas se lhe explica que
primeiro precisam terminar os seus estudos e que, quando forem maiores de idade,
poderão optar por entrar no seminário.

O repórter procurou insistir na mistura entre proposta pedagógica, intensa


religiosidade e disciplina militar, perguntando se isto não tornava os Arautos
muito diferentes dos outros colégios católicos, devendo os Arautos avisar os pais
disso ao convidar a participar do colégio. A isto, o Pe. Alex teve de explicar
novamente tratar-se de fases muito distintas. O Projeto Futuro e Vida se limita a
um período que engloba a visita aos colégios que permitem a atuação do Projeto, e
a freqüência ao centro juvenil para participar das atividades culturais; tudo isso se
dá com a autorização expressa dos pais. Aí se encerra o Projeto.

Se os pais e os jovens se tiverem interessado, lhe são proporcionados cursos de


catequese. Alguns desses jovens sentem-se depois interessados em ingressar no
colégio, o que podem obter, mediante a autorização dos pais, mas o número já é
muito reduzido. Em razão do longo processo, os pais que dão essa licença têm
ciência de que pode surgir, em alguns de seus filhos, o desejo de vir a ser um
sacerdote, pois já tiveram amplo contato com a instituição. O mesmo acontece,
por exemplo, nas escolas da Polícia Militar: é natural que alguns alunos queiram,
depois, ser militares eles mesmos, mas a isso não são obrigados.

Voltando à carga, Wallace Lara afirmou que peritos do Ministério Público teriam
notado a falta de uma biblioteca mais ampla, enquanto ex-alunos teriam afirmado
que a formação deles se limitou às obras de Plinio, Lucilia e João Clá. O Pe. Alex
respondeu não ser isto real, pois as bibliotecas – tanto dos colégios, quanto do
seminário – é a mais ampla possível. A do seminário, por exemplo, possui mais de
cem mil volumes… Quanto à vida de Plinio Corrêa de Oliveira e de Mons. João
Scognamiglio Clá Dias, ela pode ser estudada como a de qualquer brasileiro ilustre.
Sendo Mons. João o fundador dos Arautos do Evangelho, é natural que se conheça
sua história.

Fantástico entrevista os Arautos –


8 de 8: Os Arautos usam armas? 2 minutos
para ler
https://youtu.be/gTbs4DJsZ04
por Arautos Véritasem 5 de novembro de 20192 comentáriosem Fantástico entrevista os Arautos –
8 de 8: Os Arautos usam armas?2 minutos para ler
Walace Lara, repórter da TV Globo, em entrevista gravada no dia 19 de outubro de
2019, perguntou se os Arautos têm armas, e a razão – segundo alega – dos “alunos”
(sic) terem feito cursos de tiro. O Pe. Alex imediatamente respondeu ser isso
mentira, manifestando sua indignação contra certas calúnias que estão sendo
levantadas, tão escandalosas quanto gratuitas, chegando a afirmar que a instituição
possui galpões de armas, o que é um absurdo e completamente infundado. Basta
visitar qualquer casa dos Arautos para comprovar que esta acusação é falsa; assim, se
alguém o afirma, mas não o prova diante da Justiça, terá de responder.

Resumo
Continuando mais a fundo na temática, o Pe. Alex explicou ser necessário
distinguir entre dois gêneros de situações de uso de arma: a posse e o porte. Ora, nos
Arautos do Evangelho não há porte de armas. Alguns particulares poderão
eventualmente ter a posse, contanto que sejam observadas as regras da legislação
brasileira. Isso não é promovido pela instituição, mas corresponde à liberdade de
iniciativa pessoal.

O repórter insistiu em perguntar se havia armas nos Arautos. Pe. Alex voltou a
explicar que a instituição não tem armas, embora alguns indivíduos possuam o
registro, fornecido pelo exército, e outros fossem aconselhados pela polícia a
possuí-las, por morarem em lugares afastados e perigosos.

Walace Lara replicou que um “ex-aluno” (sic) teria apresentado dois certificados
de curso de tiro, ao que imediatamente o Pe. Alex lhe respondeu, perguntando
quantos anos ele tinha quando fez esse curso. Dez anos? Quinze anos? Ora, se ele
era maior de idade e quis fazê-lo, ele é livre para isso, como qualquer outro
brasileiro. O Pe. Alex, porém, ressaltou que nos Arautos essa prática não é comum,
mesmo que alguns poucos a realizem por esporte, sempre de acordo com as leis que
o exército determina.

Finalmente, o repórter questionou se havia alguma orientação nesse sentido, ao


que o Pe. Alex respondeu, em tom de brincadeira, que a única orientação que ele
recebeu, cumprida regularmente desde há trinta anos – e já antes de pertencer aos
Arautos – era de portar, como arma, o seu rosário. “Essa, eu porto sempre”,
concluiu.

Fantástico atropela os Arautos:


apresentação do Pe. Alex 2 minutos para ler

https://youtu.be/Wys0kqJs5-k
por Arautos Véritasem 19 de novembro de 20194 comentáriosem Fantástico atropela os Arautos:
apresentação do Pe. Alex2 minutos para ler
No dia 26 de outubro de 2019, o Sr. Walace Lara, repórter da Rede Globo, foi a
uma sede dos Arautos do Evangelho em Caieiras para entrevistar a instituição
religiosa no contexto de um programa a ser apresentado por ele no Fantástico.

Entretanto, uma vez no local, o repórter negou-se a escutar os membros dos


Arautos que se encontravam ali, desejosos de restabelecer a verdade que fora
distorcida pela emissora em programa anterior. Indignados com a atitude da
reportagem, as famílias que estavam presentes expulsaram o repórter e sua equipe
do recinto, aos brados de “racismo” e “discriminação religiosa”.

No vídeo que compartilhamos a continuação, o Pe. Alex faz o elenco dos fatos, e
dá a palavra aos queixosos.

Veja também:

 depoimento da Ir. Teresinha


 depoimento da Ir. Mariane
 depoimentos de familiares
 Carta Aberta à Rede Globo

Resumo
Após a negação de entrevista do programa Fantástico aos Arautos do Evangelho,
membros, ex-membros e familiares dos Arautos do Evangelho se reuniram na
Basílica Nossa Senhora do Rosário para deixar o depoimento que a Rede Globo
não quis ouvir. O Pe. Alex Barbosa de Brito quis consignar seu testemunho a
respeito das tratativas com o programa Fantástico.

Na sexta-feira (25), o programa Fantástico enviou novo pedido de entrevista ao


setor de imprensa dos Arautos do Evangelho. Em resposta, foi dito que esta seria
concedida desde que enviassem as perguntas e ao lado das acusações se apresentasse
a nossa parte ao público, pois não podemos permitir que os fatos sejam
apresentados de maneira parcial e incompleta, como ocorreu no caso “Escola
Base”. Entretanto, apesar de o programa se recusar a isso, aceitou-se a entrevista.

Todavia, quando o Sr. Wallace Lara entrou na Basílica Nossa Senhora do Rosário,
recebido com a habitual cortesia dos Arautos, se recusou a entrevistar os membros
do setor feminino desejosos de apresentar sua versão dos fatos veiculados pelo
“Fantástico” no domingo anterior (20). Estavam aí entre outras, irmãs afro-
descendentes – para testemunhar que nunca foram vítimas de racismo na
Instituição –, a irmã que aparece em vídeo de bênção de cura e libertação mostrado
pelo “Fantástico” – cuja imagem tem sido denegrida –, além da irmã de uma
acusadora de supostos abusos sexuais.

Entretanto, o Sr. Wallace Lara se recusou a ouvi-las dando mostras de


discriminação religiosa, racial e de gênero não se dispondo a ouvir as mulheres.
Alegou que só viera ouvir o Pe. Alex. Ora, os Arautos não podem permitir uma
discriminação de tal espécie. As mulheres têm o direito de falar, elas são tão
membros dos Arautos quanto o sacerdote e, como tais, podem responder pela
Instituição.

DEPOIMENTOS

Fantástico atropela os Arautos:


depoimento da Ir. Mariane 2 minutos para ler

por Arautos Véritasem 29 de novembro de 20192 comentáriosem Fantástico atropela os Arautos:


depoimento da Ir. Mariane2 minutos para ler
No dia 26 de outubro de 2019, o Sr. Walace Lara, repórter da Rede Globo, foi a
uma sede dos Arautos do Evangelho em Caieiras para entrevistar a instituição
religiosa no contexto de um programa a ser apresentado por ele no Fantástico.

Entretanto, uma vez no local, o repórter negou-se a escutar os membros dos


Arautos que se encontravam ali, desejosos de restabelecer a verdade que fora
distorcida pela emissora em programa anterior. Indignados com a atitude da
reportagem, as famílias que estavam presentes expulsaram o repórter e sua equipe
do recinto, aos brados de “racismo” e “discriminação religiosa”.

No vídeo que compartilhamos a continuação, a Ir. Mariane Mariano Secundino,


de 24 anos, cita sua própria experiência enquanto afro-descendente para refutar as
calúnias de suposto “racismo” e “discriminação” que, segundo a Globo veiculou,
os Arautos teriam praticado.

Veja também:

 apresentação do Pe. Alex


 depoimento da Ir. Teresinha
 depoimentos de familiares
 Carta Aberta à Rede Globo

Resumo
A religiosa afrodescendente quis dar seu depoimento, a respeito da situação de
vexame e desconforto causada pela atitude dos repórteres da TV Globo:

“Sinceramente me senti muito ofendida, não só como a minha pessoa,


mas de todos e todas os que estão aqui presentes da raça negra e que
fazem parte desta Associação”.

Segundo ela, a acusação de “racismo” contra os Arautos do Evangelho é


impensável, pois ela sempre gozou de um relacionamento cordial com suas irmãs
de vocação, fazendo as mesmas atividades que elas. À Rede Globo, ela afirma que,
quanto a atitudes racistas por parte da instituição, “isso nunca aqui se passou”. Ela
afirma, pelo contrário, que todas vivem em perfeita comunhão, praticando a
mesma fé.
Assegurou que gosta muito de prestar ajuda, sempre que se necessite. E concluiu:

“Será que para chegar aos céus tem que se ter algum cargo alto? […]
Não! […] para chegar aos céus, não existe raça nem cor nem classe
social”.

DEPOIMENTOS

Fantástico atropela os Arautos:


depoimento da Ir. Teresinha 3 minutos para
ler
https://youtu.be/03VhRlWNaYs
por Arautos Véritasem 20 de novembro de 2019Deixe um comentáriosobre Fantástico atropela os
Arautos: depoimento da Ir. Teresinha3 minutos para ler
No dia 26 de outubro de 2019, o Sr. Walace Lara, repórter da Rede Globo, foi a
uma sede dos Arautos do Evangelho em Caieiras para entrevistar a instituição
religiosa no contexto de um programa a ser apresentado por ele no Fantástico.

Entretanto, uma vez no local, o repórter negou-se a escutar os membros dos


Arautos que se encontravam ali, desejosos de restabelecer a verdade que fora
distorcida pela emissora em programa anterior. Indignados com a atitude da
reportagem, as famílias que estavam presentes expulsaram o repórter e sua equipe
do recinto, aos brados de “racismo” e “discriminação religiosa”.

No vídeo que compartilhamos a continuação, a Ir. Teresinha revela o que


realmente aconteceu no exorcismo do qual ela foi objeto, e cujas imagens – além
de difundidas ilegalmente – foram dolosamente manipuladas.

Veja também:

 apresentação do Pe. Alex


 depoimento da Ir. Mariane
 depoimentos de familiares
 Carta Aberta à Rede Globo

Resumo
A Irmã Karina Lorrayne Herdy Corbiceiro Zebendo, mais conhecida como Ir.
Terezinha, também não foi ouvida pela rede Globo na entrevista com os Arautos
do Evangelho. Segundo alega, ela teve sua imagem divulgada ilegalmente pelas
redes sociais em vídeos nos quais recebia uma bênção de libertação, pois não
obtiveram seu consentimento para a publicação.

Esta irmã explica que estava passando por um momento muito difícil de crise
espiritual, no qual foi acometida por possessões diabólicas, então pediu auxílio. O
sacerdote que lhe dava a bênção só tinha o desejo de lhe ajudar e lhe é eternamente
grata pelo auxílio prestado, assegura.

Quanto às supostas agressões por parte do celebrante da bênção, revela:

“É ridículo o que ficam comentando que eu tive agressão, eu não senti


nada. O trato que o sacerdote dava, os supostos gritos que o sacerdote
dava não eram comigo, eram com o demônio porque com demônio não se
fala, não se conversa; se increpa o demônio”.

Durante os vídeos nos quais aparecia a imagem da Ir. Terezinha, o sacerdote


invectivava o demônio a proferir a fórmula dos votos. A Irmã se queixa de que esta
situação tenha sido utilizada para suscitar polêmica, e esclarece o que realmente
aconteceu: como o demônio tinha declarado que só sairia com a recitação da
fórmula dos votos, então o sacerdote o obrigou a pronunciá-la. Qual foi o
resultado? Ela responde:

“Ele saiu. Foi a alegria geral, essa parte não mostram em nenhum
vídeo: toda a alegria, contentamento, a minha alegria de em me ver
livre daquele jugo que eu carregava. Quero deixar bem claro que eu não
tenho os votos, eu não fiz os votos naquele momento. Nem o sacerdote me
obrigou, nenhuma irmã me obrigou: foi só uma fórmula para que o
demônio saísse”.

Home / Depoimentos / Fantástico atropela os Arautos: depoimentos das famílias


DEPOIMENTOS

Fantástico atropela os Arautos:


depoimentos das famílias Nem um minuto para ler

por Arautos Véritasem 30 de novembro de 2019Deixe um comentáriosobre Fantástico atropela os


Arautos: depoimentos das famíliasNem um minuto para ler
https://youtu.be/-QYkujJAPCI
No dia 26 de outubro de 2019, o Sr. Walace Lara, repórter da Rede Globo, foi a
uma sede dos Arautos do Evangelho em Caieiras para entrevistar a instituição
religiosa no contexto de um programa a ser apresentado por ele no Fantástico.

Entretanto, uma vez no local, o repórter negou-se a escutar os membros dos


Arautos que se encontravam ali, desejosos de restabelecer a verdade que fora
distorcida pela emissora em programa anterior. Indignados com a atitude da
reportagem, as famílias que estavam presentes expulsaram o repórter e sua equipe
do recinto, aos brados de “racismo” e “discriminação religiosa”.

No vídeo que compartilhamos a continuação, as próprias famílias manifestam sua


indignação em relação aos atropelos praticados pela Rede Globo, dão as razões
pelas quais apóiam os Arautos e seus colégios, e mantêm sua determinação de
conservar seus filhos e filhas estudando ali.

Carta Aberta dos Arautos à Rede


Globo Nem um minuto para ler

https://youtu.be/aIrW5Ofk9rw
por Arautos Véritasem 2 de dezembro de 20191 comentárioem Carta Aberta dos Arautos à Rede
GloboNem um minuto para ler
No dia 26 de outubro de 2019, o Sr. Walace Lara, repórter da Rede Globo, foi a
uma sede dos Arautos do Evangelho em Caieiras para entrevistar a instituição
religiosa no contexto de um programa a ser apresentado por ele no Fantástico.

Entretanto, uma vez no local, o repórter negou-se a escutar os membros dos


Arautos que se encontravam ali, desejosos de restabelecer a verdade que fora
distorcida pela emissora em programa anterior. Indignados com a atitude da
reportagem, as famílias que estavam presentes expulsaram o repórter e sua equipe
do recinto, aos brados de “racismo” e “discriminação religiosa”.

No mesmo dia, o serviço de imprensa dos Arautos do Evangelho dirigiu, à Rede


Globo, uma Carta Aberta. Esta foi difundida ao grande público por aquelas
mesmas mulheres cuja voz a emissora pretendeu calar, por meio do vídeo que
compartilhamos a continuação.

Pe. Alex: o que se esconde atrás da


perseguição religiosa? Nem um minuto para ler
https://youtu.be/mOlZV784aiA

por Arautos Véritasem 26 de novembro de 20191 comentárioem Pe. Alex: o que se esconde atrás
da perseguição religiosa?Nem um minuto para ler
Durante algumas semanas, a instituição católica, de fama internacional, Arautos
do Evangelho tem sido alvo de ataques discriminatórios, caluniosos e gratuitos por
parte da Rede Globo de Televisão, especificamente por meio do programa
Fantástico.

Procurados por Walace Lara, repórter do canal, os Arautos se dispuseram várias


vezes para restabelecer a verdade, mas a programação apresentada na televisão
continue se esmerando em distorcer os fatos, apresentar inverdades, e difundir
calúnias.
Cansados de tanta parcialidade, simpatizantes, familiares e amigos dos Arautos do
Evangelho tomaram conta das redes sociais para, finalmente, que justiça seja feita
à verdade, mesmo que apenas por mãos do povo brasileiro. Contudo, fica a
pergunta? O que mais há por detrás de uma campanha tão sistemática?

No vídeo que compartilhamos a seguir, o Pe. Alex apresenta os fatos como se


deram. Isto poderá servir para compreender melhor o que poderia estar motivando
algumas pessoas a desejarem a destruição de uma instituição cujo único empenho é
de servir à Igreja, ao Brasil e às pessoas de bem.

ATUALIDADE

O Prof. Ives Gandra entrevista os


Arautos do Evangelho 2 minutos para ler

por Arautos Véritasem 20 de novembro de 20193 comentáriosem O Prof. Ives Gandra entrevista os


Arautos do Evangelho2 minutos para ler
https://youtu.be/l55imgZQrM4

Em seu último programa, Anatomia do Poder, transmitido no domingo, 17 de


novembro de 2019, pelo canal Rede Vida, o Prof. Ives Gandra Martins trouxe ao ar
uma amistosa conversa com o Pe. Alex Barbosa de Brito, diretor espiritual da
associação Arautos do Evangelho. Num ambiente muito agradável, o
representante dos Arautos do Evangelho respondeu às mais diversas perguntas
feitas pelo prof. Gandra, desde como a Associação conseguiu se expandir a tantos
locais do mundo, sua ligação com Dr. Plinio e a TFP, e até como se organiza
internamente em seus estatutos e divisões.

O Pe. Alex explicou em linhas gerais não só a gênese fundacional dos Arautos,
como também sua ramificação na Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos
Carmeli, a na Sociedade Feminina Regina Virginum. Também foram
apresentadas, suscintamente, algumas formas de apostolado empregadas pela
Associação: o Apostolado do Oratório, do qual participam mais 600 mil pessoas
apenas no Brasil; e o Fundo de Misericórdia que, desde sua fundação já ajudou 585
associações em mais de mil dioceses de território brasileiro. Desta forma, os
Arautos conseguem exercer sua atuação no mundo, o que a instituição visa de
modo especial: “A igreja tem que viver no mundo, santificando o mundo,
consagrando o mundo; e esse é o nosso objetivo”, frisou Pe. Alex.

De sua parte, o prof. Ives Gandra ponderou sobre muitas analogias entre a gênese
dos Arautos com o início do cristianismo: desde sua origem orgânica, até as
perseguições que marcaram o período dos primeiros mártires.

Por fim, o Pe. Alex, em atenção ao pedido do prof. Ives Gandra, se dirigiu a todos
os ouvintes exortando-lhes a somar esforços, e dizendo que a biografia de Nosso
Senhor escrita por São Lucas nos Atos dos Apóstolos — suscinta, mas tão completa
— deve ser também a biografia de cada cristão: “Jesus de Nazaré passou pelo
mundo fazendo o bem” (cf. At 10,38).

Pai da Irmã Lívia Uchida diz a verdade


sobre ela
https://youtu.be/kQ_aUaC-K5E

Paz e alegria de servir, numa laboriosa


manhã de sábado – Arautos sem
segredos– Arautos do Evangelho
https://youtu.be/FcwX55xMvWc

https://youtu.be/u2NO2O3cb-k

Arautos do Evangelho NÃO SÃO


OUVIDOS PELA GLOBO
https://youtu.be/6z5kt65rhkg

https://youtu.be/j3CR89xg7Y8

https://youtu.be/KYTNGg7RWok

Pais e filhos SEM SEGREDOS (II Parte) |


(Arautos sem segredos, 8 jun. 2021)
https://youtu.be/t_z4IxYaxoA
Hábito que divide as águas... | (Arautos
sem segredos, 9 jul 2021)
https://youtu.be/H_cWHy_u50U

Carta Capital – 3 de 9: a
prosternação nas recepções de
hábito e no “capítulo de
faltas” 2 minutos para ler

por Arautos Véritasem 23 de novembro de 20197 comentáriosem Carta Capital – 3 de 9: a


prosternação nas recepções de hábito e no “capítulo de faltas”2 minutos para ler
Em 10 de outubro de 2019, os Arautos do Evangelho foram procurados pela revista
Carta Capital e, por 45 minutos, responderam a algumas questões trazidas pela
repórter Thais Reis Oliveira. A entrevista foi realizada na Casa Mãe dos Arautos do
Evangelho e contou com a participação do Pe. Alex Barbosa de Brito, membro da
Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli e assistente espiritual dos
Arautos do Evangelho.

A jornalista relatou que teve acesso a fotos e vídeos onde, supostamente, menores
de idade participavam de “cerimônias de capítulos”. O sacerdote, por sua vez, para
evitar confusão, quis primeiro distinguir bem os termos.

Assista à resposta no vídeo abaixo:

https://youtu.be/l6s35_Kd03w
Resumo
O Pe. Alex Barbosa de Brito fez uma distinção entre o “Capítulo geral”, onde os
membros capitulares de uma instituição reúnem-se para decidir assuntos
importantes, e o “capítulo de faltas”: um ato da vida interna da instituição, em que
só participam pessoas maiores de idade, tendo como fim apontar certas
irregularidades na vida comunitária para conduzi-las à perfeição. Esta prática de
correção fraterna, porém, nunca é motivo de vexação, mas sim de ajuda na prática
das virtudes, realizada sempre com muito respeito.

Quanto aos adolescentes, poderá haver “uma advertência, como qualquer professor
pode dar, mas sempre dentro dos limites da cordialidade, da lei e dos limites
cristãos”.

Já sobre supostas humilhações pelo fato de estarem as pessoas prosternadas, a Madre


Mariana Morazzani Arráiz observou que até mesmo os sacerdotes se prosternam
antes de serem ordenados.

Tendo o repórter voltado a insistir no fato desta prática ser feita com adolescentes,
o Pe. Alex reiterou que a afirmação não é conforme à realidade, e que se alguém o
quisesse declarar deveria apresentar provas.

Para finalizar, a Madre Mariana explicou que o “capítulo de faltas” não é algo
temido pelos membros, mas que, pelo contrário, muitas vezes as moças lhe pedem
para ser capituladas, pelo desejo de melhorar mediante a correção fraterna. Sendo
oportuno, somente são atendidos, entretanto, os pedidos das pessoas maiores de
idade.

REFUTAÇÕES

Carta Capital – 6 de 9: qual a


posição dos Arautos em relação a
D. Raymundo Damasceno? 2 minutos para ler
por Arautos Véritasem 26 de novembro de 20194 comentáriosem Carta Capital – 6 de 9: qual a
posição dos Arautos em relação a D. Raymundo Damasceno?2 minutos para ler
Em 10 de outubro de 2019, os Arautos do Evangelho foram procurados pela revista
Carta Capital e, por 45 minutos, responderam a algumas questões trazidas pela
repórter Thais Reis Oliveira. A entrevista foi realizada na Casa Mãe dos Arautos do
Evangelho e contou com a participação do Pe. Alex Barbosa de Brito, membro da
Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli e assistente espiritual dos
Arautos do Evangelho.

A repórter da Carta Capital perguntou sobre o posicionamento da instituição


frente à nomeação do cardeal D. Raymundo Damasceno como interventor dos
Arautos.

Assista à resposta no vídeo abaixo:

Resumo
O Pe. Alex explica que houve uma Visita Apostólica, determinada pela Santa Sé em
2017 e 2018, que visitou todas as casas dos Arautos e entrevistou quase todos os
membros e muitos ex-membros. Os Visitadores, após um ano e meio de trabalho,
aproximadamente, reuniram os superiores das três instituições, relembra o
sacerdote:

“Disseram que não encontraram nada que desabonasse a instituição do


ponto de vista moral ou econômico. Doutrina moral, a parte civil, tudo
em perfeita ordem.”

Eles concluíram a Visita com oito perguntas, respondidas pela Associação num
volume de 570 páginas, com mais de 70 anexos. A resposta foi entregue tanto aos
Visitadores quanto à Santa Sé. Depois disso, foi decretado o Comissariado.

Enfatizou o Pe. Alex de Brito:

“A Associação tanto aceitou a Visita e abriu as portas, porque não tinha


o que temer, como aceitou também o Comissariado. Porque o
Comissariado na Igreja é um veículo de comunhão […] entre a
Instituição e a Santa Sé”.

O próprio decreto promulgado pelo Vaticano diz que não é uma punição, ressalta o
Pe. Alex, mas sim “um gesto de comunhão”. E isso fará a instituição aproximar-se
mais ainda de seu caminho de perfeição.

Acrescentou ainda que o decreto trata de carências e não de delitos ou


irregularidades. Ora, todo ser humano é carente em algo:
“Então, neste sentido, acolhemos [o Comissariado] com inteira
tranquilidade, com transparência, com espírito de comunhão, porque
temos a certeza de que isso vai ser ocasião para certificar ainda mais a
comunhão da instituição com a Santa Sé, [a qual] foi ininterrupta desde
que ela foi fundada”.

REFUTAÇÕES

Carta Capital – 9 de 9: os Arautos


pretendem defender sua
identidade? Nem um minuto para ler

por Arautos Véritasem 29 de novembro de 20193 comentáriosem Carta Capital – 9 de 9: os Arautos


pretendem defender sua identidade?Nem um minuto para ler
Em 10 de outubro de 2019, os Arautos do Evangelho foram procurados pela revista
Carta Capital e, por 45 minutos, responderam a algumas questões trazidas pela
repórter Thais Reis Oliveira. A entrevista foi realizada na Casa Mãe dos Arautos do
Evangelho e contou com a participação do Pe. Alex Barbosa de Brito, membro da
Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli e assistente espiritual dos
Arautos do Evangelho.

Antes de concluir sua reportagem, a entrevistadora indagou se a instituição


Arautos do Evangelho e seus membros têm em vista se defenderem contra as
acusações, para se manterem como são.

Assista à resposta no vídeo abaixo:

Resumo
O Pe. Alex respondeu de imediato:

“Claro que [a Instituição] vai se manter como é!”

E prossegue sua resposta com uma ponderação dirigida à repórter:

“Se você está fazendo o que julga é correto, e você sabe que aquilo que
você faz não é delito nem crime, mas é o exercício livre de sua profissão,
amparado pela constituição e pelas outras leis civis, você vai manter
firme […], ou não?”

E concluiu assegurando:

“Se eu sou sacerdote, eu vou [me] manter firme no meu propósito de


continuar fazendo bem: administrando os sacramentos, atendendo
confissões, visitando enfermos [e] encarcerados até o fim da minha vida;
com a graça de Deus, é o que eu espero”.

REFUTAÇÕES

SBT entrevista os Arautos – 13 de


20: O que significa uma visita do
Ministério Público? Nem um minuto para ler

https://youtu.be/kFx2zN9Qf3s
por Arautos Véritasem 12 de dezembro de 20191 comentárioem SBT entrevista os Arautos – 13 de
20: O que significa uma visita do Ministério Público?Nem um minuto para ler
Os Arautos do Evangelho foram procurados pelo SBT e, por mais de uma hora,
responderam às questões trazidas pelo repórter-estagiário John Silva. A entrevista
foi realizada na Basílica Nossa Senhora do Rosário, em Caieiras, São Paulo, e
contou com a participação do Revmo. Pe. Alex Barbosa de Brito, membro da
Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli, e de vários membros do
Setor Feminino dos Arautos do Evangelho, bem como de famílias e cooperadores
da Associação.

O repórter interrogou o Pe. Alex sobre o que significa uma visita do Ministério
Público aos Arautos, se tinha havido alguma, e se havia alguma possível
notificação do Ministério Público, nesse sentido.

Assista à resposta na íntegra:

Resumo
O Pe. Alex Barbosa de Brito, respondeu:

“Vieram aqui e estamos abertos a quantas visitas queiram fazer. Volto a


dizer que o Ministério Público não é comprovação de crime, é uma
investigação”.

Fez ainda nova alusão ao famoso caso da Escola Base, fechada por calúnias
espalhadas pela mídia e pela imperícia dos juízes envolvidos no caso.

Primeira resposta dos Arautos a


“Vida Nueva” – 1 de 2 6 minutos para ler

por Arautos Véritasem 30 de novembro de 20198 comentáriosem Primeira resposta dos Arautos a


“Vida Nueva” – 1 de 26 minutos para ler
Em outubro de 2019, o setor de imprensa dos Arautos do Evangelho foi contatado
pela revista Vida Nueva, da Espanha, pois pretendia publicar uma matéria sobre a
Instituição. A este efeito, a mencionada revista enviou uma série de perguntas,
muito genéricas, relativas a calúnias das quais os Arautos têm sido objeto.

Os Arautos do Evangelho responderam às perguntas mediante um artigo, que


reproduziremos aqui em duas partes. Neste, a instituição aproveita a ocasião para
manifestar sua perplexidade ante a semelhança estilística da temática proposta pela
revista com a atual campanha de difamação anti-religiosa que tem sido promovida
contra a Associação.

No dia 21 de outubro de 2019, a revista Vida Nueva publicou sua matéria, intitulada
“Heraldos del Evangelio: examen vaticano a fondo”, dedicando numerosas
páginas ao tema. Segundo a revista, as argumentações justificariam o comissariado
da mencionada Associação. No mesmo número da revista, foi também publicado o
artigo que os Arautos do Evangelho tinham enviado.

Contudo, dada o caráter genérico das perguntas que tinham sido feitas, os Arautos
observaram ser necessário proceder a um esclarecimento ulterior, dedicado
especificamente aos fatos apresentados pela revista. Este segundo artigo dos
Arautos será objeto de outra publicação posterior (ver aqui).

Dada a atualidade do assunto, publicamos a continuação a Parte I do primeiro


artigo, traduzido para o português para os leitores de Arautos Véritas.

Os Arautos do Evangelho se defendem depois


da intervenção vaticana: “Não há abusos”
Darío Menor (Roma)

Alienação parental, abusos de poder, prática de exorcismos irregulares, desvios


eclesiológicos com falta de aceitação do Papa, coleta de donativos sem autorização
do bispo diocesano, deficiências na formação acadêmica oferecida em suas escolas,
intimidação aos que pretendem abandonar a instituição e culto fanático ao
fundador. Os Arautos do Evangelho rechaçam todas essas acusações, pois a visita
apostólica não encontrou “nada contrário à moral, à sã doutrina ou às leis
eclesiásticas e civis”. Consultados por Vida Nueva, a instituição as nega de forma
detalhada. A seguir, publicamos na íntegra a argumentação enviada a esta revista
pelo departamento de imprensa dos Arautos do Evangelho do Brasil:

Alienação parental
A formação que os Arautos do Evangelho querem dar a seus membros contempla
uma amplitude de temas. Um deles é o amor à família como instituição e como
parte fundamental da pessoa humana. A boa relação da imensa maioria das
famílias dos Arautos do Evangelho com seus filhos é atestada por inúmeras
declarações escritas de famílias.

Na resposta a uma das oito perguntas que os membros da Visita Apostólica


formularam se afirmou que, quanto à relação dos membros dos Arautos do
Evangelho com suas famílias, surgem às vezes – devido a uma disparidade de
critérios por parte de algumas famílias na apreciação da formação católica
proporcionada pela Instituição, assim como a falta de compreensão do que seja
uma vocação para a vida consagrada – algumas divergências. Foi esclarecido que os
Arautos buscam promover uma relação saudável entre seus membros e suas
famílias, e há várias declarações de famílias que expressam sua satisfação com a
formação recebida por seus filhos, o que também foi documentado na resposta aos
visitadores.

Abuso de poder
 A autoridade é exercida nos Arautos do Evangelho por parte dos que ocupam
cargos de responsabilidade com um só objetivo: a maior glória de Deus e a salvação
das almas. Isso é facilmente constatável pelos que visitam nossas casas e grande
número de prelados e sacerdotes que lá têm estado o comprovaram. De fato existe
uma disciplina que ajuda a formação e o desenvolvimento da personalidade, mas
sempre com respeito e benquerença. Inúmeros membros da Associação que saíram
dela o atestaram nos mais diversos países onde atuamos.

Culto ao Fundador e relíquias


Esta questão foi respondida amplamente em um capítulo do estudo de 570 páginas
citado anteriormente, em resposta às oito perguntas dos integrantes da Visita
Apostólica realizada aos Arautos do Evangelho. O primeiro a se ressaltar é a
diferença entre culto público (aquele que se realiza de uma maneira oficial por e
em nome da Igreja) e culto privado que qualquer fiel pode realizar.

A Teologia, o Direito Canônico e a própria vida da Igreja consideram que o


respeito e a veneração pelos superiores, especialmente dos consagrados a seus
fundadores, é (sic) legítimo e inclusive moralmente obrigatório, como é o caso de
Dr. Plinio Corrêa de Oliveira ou Mons. João S. Clá Dias.

Quanto à posse de relíquias ou lembranças, se demonstrou que é um costume


comum na Igreja a respeito de pessoas que suscitam veneração por causa de sua
consagração a Jesus Cristo.

E sua distribuição particular é conveniente, já que a fama sanctitatis – surgida no


âmbito privado tanto durante a vida como depois da morte de alguém – é o
pressuposto que permite a abertura de um processo de canonização. Portanto, isso
não adianta o juízo da Igreja, sempre que não seja um ato de culto público, quer
dizer, estritamente litúrgico, tal como se entende esta expressão em Teologia e no
Direito Canônico. A respeito, foram anexados na resposta aos visitadores
documentos recentes da Congregação para as Causas dos Santos. Em vista disso,
nada de ilegítimo se pode vislumbrar nas manifestações de veneração das pessoas
mencionadas, excluindo, sem embargo, as manifestações registradas em relatórios
falsificados ou distorcidos com o objetivo de atacar a honra e a boa fama dessas
pessoas.

Coleta de donativos sem contar com a autorização


do bispo diocesano
Como inúmeras associações, os Arautos do Evangelho recebem donativos de todo
tipo de pessoas. É algo normal e generalizado no mundo inteiro. Esses donativos
são dados por pessoas que pertencem à Associação, ou que tiveram contato com ela.
Há dioceses em que o próprio bispo é colaborador da Associação. É justo
reconhecer que no Brasil, por exemplo, existe o Fundo de Ajuda Misericórdia,
organizado e dirigido pelos Arautos do Evangelho, que distribui a projetos
diocesanos donativos recolhidos pelos Arautos do Evangelho para esse fim. Ou seja,
colaboramos com outras instituições como outras colaboram conosco. É uma
prática comum que não tem nada de estranho.

ATUALIDADE

Primeira resposta dos Arautos a


“Vida Nueva” – 2 de 2 6 minutos para ler

por Arautos Véritasem 1 de dezembro de 20195 comentáriosem Primeira resposta dos Arautos a


“Vida Nueva” – 2 de 26 minutos para ler
No dia 21 de outubro de 2019, a revista Vida Nueva, da Espanha, publicou uma
matéria intitulada “Heraldos del Evangelio: examen vaticano a fondo”, dedicando
numerosas páginas ao tema, e publicou também o artigo que os Arautos do
Evangelho tinham enviado em resposta às perguntas, muito genéricas, enviadas
previamente pela revista.

Segue, a continuação, a Parte II deste primeiro artigo dos Arautos. Compreenda


todo o contexto da matéria lendo a introdução à Parte I, publicado anteriormente.

Continuação: Os Arautos do Evangelho se


defendem depois da intervenção vaticana:
“Não há abusos”
Desvios eclesiológicos com falta de aceitação do
Romano Pontífice
É bastante genérico o tema. Haveria que se perguntar que desvios eclesiológicos são
esses e a que se referem. Em todo caso, São João Paulo II aprovou os Arautos do
Evangelho em 2001. Bento XVI não só aprovou definitivamente os estatutos dos
Arautos do Evangelho, como concedeu a Aprovação Pontifícia às duas Sociedades
de Vida Apostólica e em seu livro entrevista Luz do Mundo fala com estima dos
Arautos do Evangelho. O Papa Francisco em várias ocasiões teve contato com
Arautos do Evangelho em Moçambique em sua recente viagem àquelas
terras. Todos os dias nas casas dos Arautos ao término da Adoração ao Santíssimo
Sacramento se reza nas intenções do Romano Pontífice. Em várias Nunciaturas há
Arautos do Evangelho que trabalham a serviço da Santa Sé.

E nas Dioceses em que atuamos há uma Comunhão afetiva e efetiva com os


Pastores, trabalhando em diversas áreas. Disso há inúmeros depoimentos escritos
de Cardeais, Arcebispos, Bispos, sacerdotes e religiosos.

A Agência de Notícias Gaudium Press, promovida pelos Arautos do Evangelho,


difunde todos os dias notícias a respeito da vida da Igreja e das atividades do Papa
Francisco.

E o que é óbvio, se não aceitassem o Papa, não teriam aceitado a Visita Apostólica
em o Comissário nomeado recentemente. Pelo contrário, foram eles acolhidos
com toda normalidade e em espírito de Comunhão Eclesial.

Práticas de exorcismos sem autorização


Este tema foi amplamente tratado na resposta que os Arautos deram às oito
perguntas de conclusão da visita apostólica. Resumindo diremos que a respeito dos
vídeos publicados na Internet por antigos membros descontentes dos Arautos, se
informou tratar-se de gravações audiovisuais de reuniões do clero e orações de
libertação. Sobre os vídeos de presumidos exorcismos realizados por Mons. João e
por sacerdotes Arautos, se criou uma Comissão Interdisciplinar de Investigação,
composta por canonistas, teólogos, médicos, psiquiatras e outros especialistas para
esclarecer os fatos. No estudo se esclarece que os chamados exorcismos  realizados
pelos Arautos são na realidade orações de cura e libertação, também chamados
exorcismos privados e extraordinários (virtute charismatis), para os quais não há
impedimento ou regulamentação canônico-litúrgica, já que o cânon 1172 se refere
a exorcismos solenes ou maiores, realizados em nome da Igreja por um presbítero
com licença do Ordinário local.

Esses exorcismos privados não têm caráter sacramental. Sobre este e outros temas
relacionados, na resposta aos Visitadores foram apresentados documentos com a
opinião de teólogos, canonistas, exorcistas e numerosos antecedentes históricos da
tradição eclesial.

O parecer canônico do Vigário Judicial da Diocese de Bragança Paulista (lugar


onde se realizaram essas orações) confirmou com clareza que essas orações de
libertação ou exorcismos privados, por suas características, não estão sujeitos à
regulamentação do cânon citado. Os Arautos do Evangelho estão de acordo com
esse documento, inclusive com respeito à prudência recomendada pelo bispo
diocesano de Bragança Paulista, quando recebeu as explicações pertinentes.
Deficiências na formação acadêmica oferecida em
suas escolas
A respeito da formação acadêmica basta dar alguns dados que explicam bem como
ela se desenvolve. Os Colégios no Brasil, Colômbia e outros lugares têm o seu
plano de estudos conforme o programa do respectivo Ministério da Educação. No
Brasil existe o Instituto Filosófico Aristotélico-Tomista – IFAT que tem convênios
com diversas universidades. É interessante assinalar as Universidades nas quais
integrantes dos Arautos do Evangelho têm obtido Licenciaturas e Doutorados:
Pontificia Università Gregoriana; Pontificia Università San Tommaso –
Angelicum; Pontificia Università Lateranense; Pontificia Università Salesiana;
Pontificia Universidad de Salamanca; Universidade do Minho (Braga, Portugal);
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa, Portugal);
Universidad Pontifícia Bolivariana (Medellín); Universidad Católica de Colombia
(Bogotá); Universidad Metropolitana de Asunción (Paraguai); Facultad de
Teología Pontifícia y Civil de Lima (Peru); Centro Universitário São Camilo (São
Paulo).

Atualmente há: 52 Doutores (10 em Direito Canônico); 24 em Teologia


Dogmática/Bíblica/Moral/Espiritual/Fundamental; 17 em Filosofia; 1 em Bioética;
65 Licenciados (8 em Direito Canônico; 35 em Teologia; 15 em Filosofia; 6 em
Pedagogia; 1 em Psicologia); 341 bacharéis (título civil) em Teologia pelo Centro
Universitário Ítalo Brasileiro de São Paulo. Ademais de 45 em pós-graduação em
Teologia Tomista pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro.

Abusos sexuais
Com o favor de Deus, podemos afirmar que não há abusos sexuais. As acusações que
ultimamente surgiram no Brasil não apresentam provas que as corroborem. E
lamentamos declarações que não são conformes com a verdade dos fatos. Os
Arautos do Evangelho moveram vários processos judiciais contra os caluniadores
da entidade, e se reservam o direito de continuar a fazê-lo.

Ameaça de desgraças para os que pretendem


abandonar a instituição
A liberdade dos Filhos de Deus leva a entrar ou a sair de uma instituição,
associação ou carisma. É um direito. Quando alguém sai dos Arautos do Evangelho
conta sempre com o afeto e as orações de seus antigos companheiros de
ideal. Inúmeros são os casos de pessoas que abandonaram a instituição e sempre se
mantêm a ela ligadas, como cooperadoras, como amigas ou como doadoras. 
Sempre contam com o apoio e o desejo dos demais para que, em cumprimento dos
mandamentos, encontrem a perfeição cristã e a salvação eterna. Pode ser
repetitivo, mas há muitas declarações de ex-membros que atestam isso.

A respeito deste ponto como de outros que circulam em relação aos Arautos do
Evangelho devemos recordar a frase do célebre autor romano Terencio (século II
aC): “Fallacia alia aliam trudit” – uma mentira gera outras mentiras.
Esperamos que a atuação do Emmo. Cardeal D. Raymundo Damasceno Assis e seus
auxiliares, que como bem recordam algumas agências de notícias não seja uma
sanção, mas uma ajuda, sirva para esclarecer todo o que for necessário esclarecer, e
dê aos Arautos do Evangelho novas forças para continuar toda a sua atividade
evangelizadora, a serviço do Santo Padre e da Igreja em geral, colocando sempre
nas mãos da Santíssima Virgem Maria a “doce e confortadora alegria de
evangelizar”.

REFUTAÇÕES

Segunda resposta dos Arautos a


“Vida Nueva” – 2 de 2 7 minutos para ler

por Arautos Véritasem 3 de dezembro de 20192 comentáriosem Segunda resposta dos Arautos a


“Vida Nueva” – 2 de 27 minutos para ler
No contexto da polêmica levantada pela revista espanhola Vida Nueva, o setor de
imprensa dos Arautos do Evangelho procedeu a exigir a publicação de um segundo
artigo, como direito de resposta, para restabelecer a verdade dos fatos frente ao
artigo “Heraldos del Evangelio: caso abierto”, de 25 de outubro de 2019.

Segue, a continuação, a Parte II deste segundo artigo dos Arautos, publicado em


Vida Nueva no dia 19 de novembro de 2019. Compreenda todo o contexto da
matéria lendo a introdução à Parte I, publicado anteriormente.

Continuação: Resposta dos Arautos do


Evangelho para “Vida Nueva”
“Para os santos, que estão sobre a terra, homens
nobres, é todo o meu amor”
“Aos dicastérios vaticanos preocupa especialmente a devoção que os membros
professariam ao fundador”, conforme uma das chamadas do artigo de Menor. A
propósito deste assunto se tratou com suficiente clareza na resposta dada
anteriormente a “Vida Nueva”. Com efeito, do ponto de vista doutrinário,
canônico e litúrgico, este tema também se abordou no dossiê de 572 páginas que os
Arautos apresentaram à CIVCSVA. Nada há nele contrário à sã doutrina católica.
A dulia em seu sentido teológico está exposta na Suma de Santo Tomás. É uma
virtude derivada da justiça, e não constitui um monstro de sete cabeças. Quem
desejar se aprofundar sobre este tema, tem à sua disposição a sabedoria do Aquinate
que faz sempre bem à mente e ao coração.

O fato de Menor repetir uma acusação já respondida quer dizer de duas uma: ou
estamos em um diálogo de surdos, improdutivo do ponto de vista intelectual, ou o
apresentar somente as acusações dos abusos parecia fraco, e foi preciso rechear a
bandeja com a sobra de ontem… Mas, para dar-lhe uma aparência de recém cozido,
ademais de requentá-lo, foi preciso acrescentar-lhe sal. Sim, segundo uma das
supostas vítimas, o culto ao fundador seria… fanático! Aqui apelamos a Pilatos e,
parafraseando um de seus diálogos com Jesus, perguntamos: O que é ser fanático? O
termo fanático é muito usado, mas poucos conhecem sua origem etimológica
latina que faz referência aos adeptos de um só templo ou deus em tempos de
politeísmo. Uma espécie de monoteísmo avant la lettre. Nesse sentido, os judeus
têm sido sempre fanáticos e os católicos também ao adorar um único Deus.

Mas, voltando ao nosso caso: os Arautos, por exemplo, em algumas de suas casas
mantêm a adoração eucarística perpétua: culto fanático? Recitam o Santo Rosário
completo: devoção mariana fanática?… Entre eles o papel do fundador e dos
inspiradores da própria espiritualidade é de enorme importância, justamente
porque conduzem a uma prática de piedade eucarística e mariana transbordante de
vida, assim como a um sincero amor à Igreja.

Por outra parte, seja-nos permitido ressaltar que, na hodierna conjuntura eclesial,
aparenta escândalo farisaico da parte de Menor ele sentir calafrios pelo respeito e
deferência dedicados a um fundador na própria Instituição por ele erigida, e
permanecer neutro ante outros tipos de pseudoculto pelo menos estranhos ou
alheios ao Catolicismo que temos assistido ultimamente. Diante de um panorama
católico tão transtornado pelos pecados dos filhos da Igreja, é necessário enumerar
atitudes bizarras e escandalosas que beiram, para dizer pouco, à idolatria?
Portanto, cabe perguntar: não há questões mais graves, urgentes e perniciosas com
que se preocupar antes de se apressar em tirar um suposto cisco do olho dos
Arautos? Nesse caso, por que não colocar em prática o Santo Evangelho?

Outras acusações variadas e genéricas


A pena de Menor ainda enumera outras acusações relativas à “prática de
exorcismos irregulares e à alteração de conteúdos da fé para conseguir manipular as
pessoas”. Também, afirma ainda o jornalista Menor, “se estudará um episódio de
presumido suicídio induzido”.

Em sua maioria essas questões foram esclarecidas em nossa resposta anterior. Por
amor à verdade, sem embargo, apresentaremos algumas considerações pontuais a
respeito.

1. Não houve prática de exorcismos irregulares como já se explicou. E a grande


maioria dos beneficiados pelas bênçãos de cura e libertação dadas pelos
sacerdotes dos Arautos deixaram seu testemunho de gratidão. Tais
documentos, numerosos, têm sido enviados à CIVCSVA. Aqui cabe outra
indagação: se os frutos têm sido bons, não há de sê-lo também a árvore?
Ensina-nos o Evangelho que sim.
2. Não tivemos nenhuma notícia de alteração nos conteúdos da Fé por parte
da Instituição ou de qualquer de seus membros ao longo de todos esses anos
de existência, nem apareceu o mínimo vislumbre disso durante a Visita
Apostólica. Por desgraça, outras ordens têm visto inclusive alguns de seus
membros afirmarem em público coisas contrárias ao Dogma. O jornalista
Menor se preocupou em escrever algo a respeito? Se a resposta é negativa, por
que dois pesos e duas medidas? Não estaremos ante uma versão sacralizada
do cinismo de Somoza, o ditador nicaraguense que dizia: “a meus amigos
dinheiro (plata), a meus inimigos chumbo (plomo)”?
3. O suposto caso do suicídio induzido, que na realidade não passa de uma
lamentável morte acidental, já foi analisado e tipificado pelas autoridades
civis. O testemunho do pai da religiosa falecida, divulgado na internet com
mais de trezentos mil acessos, desmente todo tipo de suspeitas. A
documentação relativa ao caso foi entregue in tempore opportuno aos
Visitadores Apostólicos. Neste ponto, surge outra dúvida: teriam lido na
CIVCSVA a resposta dos Arautos de 572 páginas sobre estes e outros temas
levantados por um pequeno grupo hostil aos Arautos?

A “vexata quaestio” de um “decretum infectus”…


Menor continua fazendo voar sua pena com uma capacidade excepcional de pintar
com cores surrealistas a verdade das coisas. Assegura o jornalista de “Vida Nueva”
que os Arautos “recusaram o comissário”. Inclusive sua fonte vaticana, o bico de
ouro, volta ao canto com a indicação de que “os Arautos não querem obedecer”.
Por isso, de Roma manifestam o desejo de tomar as rédeas da Instituição custe o
que custar, a fim de “reformá-los de dentro”.

O interessante é que Menor reconhece, citando Baura, que a autoridade eclesiástica


competente não tem poder para comissariar uma Associação Privada de Fiéis. Fica,
então, manifesto o golpe de punho sobre a mesa de quem detém o poder nominor
quia Leo, pois, segundo Menor, “na Santa Sé há pleno convencimento de que
existem ferramentas jurídicas para tomar as rédeas dos Arautos”. E não importa se
é Associação Privada ou Pública: “a intervenção seguirá adiante”…

Segundo Nasón: “inde data eleges, ne fortior omnia posset – as leis estão para que o
poderoso não possa tudo”… Os Arautos, como fica meridianamente claro em seu
comunicado de imprensa, não recusaram o comissário, inclusive o acolheram com
veneração e respeito como eminentíssimo cardeal da Santa Romana Igreja. Sem
embargo, observaram um lamentável equívoco no Decreto que o invalida por
grave erro de pessoa jurídica e recorreram ao Direito. A Instituição não tem culpa
da mala práxis exercida pela Congregação.

De outra parte, tão descabida não terá sido a atitude dos Arautos, baseada em
sólida argumentação jurídica, quando até o próprio auxiliar do Comissário –
durante anos secretário do Pontifício Conselho para a Interpretação dos Textos
Legislativos – confirmou que a objeção é admissível. Eis suas palavras: “Quanto à
situação da Associação Arautos, vou preparar uma carta [para a Santa Sé] a fim de
explicar que efetivamente existe uma objeção admissível, referente à natureza
jurídica da Associação e ao tipo de intervenção possível por parte da autoridade
competente. A questão da Associação é a verdadeira e pertinente objeção sobre o
tema”.

Para concluir…
A Associação Arautos do Evangelho está ainda à espera de uma concreta e objetiva
apresentação dessa temível série de “presumidos delitos, pecados e irregularidades”
mencionada por “Vida Nueva” na pena de seu jornalista Menor. Enquanto isso, o
comissariado dos Arautos continua uma incógnita…

 R E F U T A Ç Õ E S

Terceira resposta dos Arautos a


“Vida Nueva” 8 minutos para ler

por Arautos Véritasem 4 de dezembro de 20199 comentáriosem Terceira resposta dos Arautos a


“Vida Nueva”8 minutos para ler
Diz a Escritura: “O cão volta ao seu vômito” (Pr 26, 11) e “a porca lavada volta a
revolver-se no lamaçal” (Pd 2, 22). Semelhante aplicação se pode fazer dos artigos
difamatórios e parciais da revista espanhola Vida Nueva com relação aos Arautos
do Evangelho. Esta é a terceira publicação da mencionada revista “acautelando” e
“vacinando” o público em relação a Associação (para as respostas anteriores,
veja aqui e aqui).

Ora, o setor de imprensa dos Arautos reclamou seus direitos frente a esta
parcialidade, respondendo devidamente às imerecidas acusações. A última delas
encontra-se aqui, já traduzida para o português, para os leitores de Arautos Véritas.

Darío Menor: assessor de quem?


O objetivo desta resposta é mostrar ao público como Darío Minor, jornalista
de “Vida Nueva”, tem se utilizado de informações recebidas de alguém anônimo,
informações estas tão indiscretas quanto imprecisas, para manipular a opinião
pública contra os Arautos do Evangelho.

Veja na íntegra o artigo do setor de imprensa dos Arautos à revista “Vida Nueva”.

Os Arautos do Evangelho manifestam sua


perplexidade
Uma tentativa de estrangular a verdade

O jornalista Menor, de “Vida Nueva”, desponta com evidência cada vez maior
como o assessor de imprensa oficioso da Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (CIVCSVA). Sem embargo, longe
de seu papel de “mediador da verdade”, Menor procura apresentar com grande
alarde os rumores do “bico de ouro”, seu informante privilegiado, indiscreto e
impreciso, que “pontifica” com ou sem autoridade. Os dados divulgados – sempre
em detrimento dos Arautos do Evangelho – mostram de modo indiscutível falta
de imparcialidade da parte do “informante” ou de Darío Menor. Nossa instituição,
sem embargo, reconhece agradecida a “Vida Nueva” o fato de ter publicado até
agora na íntegra nossas respostas.

Menor volta à carga assegurando que “[A intervenção nos Arautos] era motivada
por supostos delitos, pecados e irregularidades em que teriam incorrido e que teriam
sido descobertos durante a visita apostólica, iniciada em junho de 2017”.

Esta afirmação não condiz com a verdade. Com efeito, os Visitadores em um


encontro com as autoridades da Instituição afirmaram não haver encontrado nada
de grave contra fides et mores. Tal informação foi ratificada pelo Secretário de
Estado do Vaticano a dois representantes do Presidente Geral, durante um
encontro pessoal que tiveram com ele em Roma, concluída a Visita Apostólica. Por
outra parte, os Arautos têm pedido com insistência à CIVCSVA que sejam
detalhadas as vagas alegações do Decreto de Comissariado que indicam “graves
carências” em categorias genéricas, mas ainda – e a Igreja está em clave de diálogo
e de misericórdia – não receberam nem sinais de fumaça por parte de quem deveria
ao menos deixar cair uma palavra…

Entretanto, o jornalista Menor, informado por sua fonte “infalível”, assegura que
há delitos, pecados e irregularidades. Chama a atenção o contraste entre o mutismo
absoluto das autoridades competentes em relação à Instituição – que amparada no
Direito Canônico (c. 50) devia ter sido escutada antes mesmo de se fazer o decreto
– e a segurança com que seu assessor oficioso oferece a seus leitores as supostas
causas do comissariado. Estamos, sem dúvida, diante de um modo muito peculiar
de aplicar a justiça: nega-se aos interessados o diálogo e se teria concedido a um
jornalista dar a conhecer ao grande público aquilo que os mais imediatos
interessados ignoram…

Ademais, cabe ressaltar que, durante a Visita Apostólica, tão só um (a) denunciante
– que tenhamos notícia – se apresentou em duas ocasiões, com denúncias
discordantes entre si, sobre o mesmo suposto abuso sexual. E suas denúncias foram
por duas vezes arquivadas pela Congregação da Doutrina da Fé… As demais
acusações de suposto abuso sexual foram apresentadas em data posterior ao
término dos trabalhos dos Visitadores em fins de 2018, alentadas, como tudo
indica, por um grupelho coordenado com a finalidade de prejudicar os Arautos,
como já se explicou em anterior resposta. A respeito de algumas dessas denúncias, a
conclusão tem sido a constatação da inexistência de qualquer ilícito e a absoluta
ausência de indícios de materialidade. Outras têm sido analisadas com seriedade e
apresentam sérias lacunas. Os supostos implicados colaboram com a justiça e têm a
certeza moral de que será provada na Justiça sua inocência, com as conseqüentes
medidas legais em relação aos acusadores.

Concluindo, seja Menor ou seja o “bico de ouro”, ou os dois, deveriam apresentar


desculpas aos leitores por ter-lhes informado mal e à Instituição por haver querido
desacreditá-la.

Novas investidas contra um moinho de vento…

A seguir se raciocinará com serenidade sobre a nova ladainha de acusações contra


os Arautos… Eis a última atualização de Menor: “Entre eles destacam possíveis casos
de abusos sexuais de menores, alienação parental, abusos de consciência e de poder,
prática de exorcismos irregulares, culto fanático ao fundador e coleta de donativos
sem autorização do bispo diocesano”.

Assombra que “possíveis casos de abusos de menores” sejam pretexto para intervir
em uma Associação. Há dioceses, ordens religiosas e até cardeais acusados de
supostos abusos ou incriminados por eles, cujas pessoas, dioceses ou ordens nem
foram tocadas… Por que se justificaria, então, sentenciar os Arautos antes de
qualquer sentença judicial?

“Alienação parental”. Todos os jovens que freqüentam os Arautos, ou vivem em


suas casas, têm permissão ou consentimento escrito de seus pais. A imensa maioria
dos pais de egressos está agradecida e se manifesta mais que satisfeita pela formação
dada a seus filhos. Onde está a temível alienação parental? Curiosamente boa parte
das poucas famílias que acusam hoje os Arautos desse suposto “crime” teve que
receber seus filhos de volta em casa por conduta inadequada… como em um dos
casos anteriormente citado por “Vida Nueva”. Lançamos aqui um desafio: se
Darío Menor ou seu “bico de ouro” põe sobre a mesa o número de denúncias de
pais que afirmam que seus filhos foram objeto de alienação parental, os Arautos
também publicarão o impressionante número de famílias que afirmam o
contrário. Se és bom cavaleiro, não duvidamos de que recolherá a luva.

“Abuso de consciência e de poder”. Acusação tão etérea quão frágil… No que


consiste o tal abuso de consciência ou de poder? Que existam algumas queixas da
parte de alguns poucos ex-membros é possível. Foram elas estudadas a fundo? Essas
perguntas temos dirigido às autoridades competentes sem êxito. Quiçá, por
mediação de Darío Menor, encoberto pelo anonimato, alguém pudesse nos dar
uma explicação…

Sobre os supostos “exorcismos irregulares” já se respondeu à saciedade: não


existiram e isso foi admitido pelos próprios Visitadores. Está-se tentando
ressuscitar uma múmia que não se manterá em pé… O mesmo se diga sobre o
“culto fanático” ao fundador, acusação que faria estremecer um menino, não uma
Instituição que permanece, com a graça de Deus, ancorada na Tradição da Igreja.
Quanto às doações sem autorização, os Arautos têm o hábito de apresentar-se ao
Ordinário do lugar antes de visitar os membros solidários da Instituição para
diversas finalidades apostólicas, entre outras, solicitar a atualização de doações que
muitos deles já fazem esporadicamente. Chama-nos a atenção que outras
associações laicais, que procedem da mesma maneira, não tenham sido objeto
desse questionamento…

“Vida Nueva” antecipa oficiosamente o envio de uma carta corrigindo o erro


cometido pela CIVCSVA no decreto, reafirmando que a intervenção segue adiante.
O Presidente dos Arautos não recebeu tal carta e aguarda pacientemente que ela
lhe seja entregue, salvo se, com exclusividade, “Vida Nueva” ou o seu “bico de
ouro” publique o fac-símile…

Quem conhece os Arautos de perto está com eles


Finalmente, Darío Menor, com sua parcialidade na seleção das fontes, apresenta
um decreto emanado por D. Irineu Andreassa a respeito dos Arautos. Diga-se de
passagem que o referido Bispo manifestou de forma pública e por escrito sua
discordância com a instrumentalização, por parte de alguns meios de
comunicação, de suas medidas administrativas em relação à entidade, apontando
por trás dessa atitude difamatória uma “cilada do Maligno”. Este último
documento, pelo visto, não é de conhecimento de Darío Menor…

Em todo caso, seja-nos permitido citar outros dois testemunhos episcopais de peso.
Estes a nosso favor. Um deles é do Bispo de Bragança Paulista, onde estão situadas a
Cúria Generalícia da Instituição e a casa de Formação Sacerdotal, D. Sérgio
Aparecido Colombo, cujo testemunho filmado se pode consultar na internet.
Extraímos dele apenas um trecho:

“Minha experiência com os Arautos, a experiência da Diocese, é muito


positiva, é muito bela, inclusive porque eles são sempre solícitos, não só
com o Bispo, não só com a paróquia [a eles confiada], mas com a própria
diocese”.

E o outro é de D. Benedito Beni dos Santos, teólogo de grande projeção e


Supervisor Geral de Formação dos Arautos do Evangelho, atualmente
administrador apostólico da Diocese de Lorena, que também quis dar o seu
testemunho gravado, acessível na internet:

“Mons. João é na realidade uma pessoa completa. Vamos dizer: é um


dom de Deus para a Igreja. Em primeiro lugar, porque ele ensina
sobretudo através do seu testemunho de vida. Daí o nome de Arautos do
Evangelho, fundados por ele. Os Arautos anunciam antes de tudo, não
com a boca, mas com o testemunho de vida”.

Qui potest capere, capiat!

Monsenhor João: Nossa Senhora


chama os índios a um grandioso
futuro 3 minutos para ler

https://youtu.be/HZU7CznSXg8
por Arautos Véritasem 12 de dezembro de 20191 comentárioem Monsenhor João: Nossa Senhora
chama os índios a um grandioso futuro3 minutos para ler
Em homilias proferidas em 12 de dezembro de 2005, 12 de dezembro de 2008 e 12
de dezembro de 2009, o fundador dos Arautos do Evangelho, Monsenhor João
Scognamiglio Clá Dias, EP, trata sobre o afeto demonstrado por Nossa Senhora
pelos índios das Américas, ao aparecer sob a invocação de Virgem de Guadalupe, e
ao chamá-los a um grandioso futuro.
Assista ao trecho:

Seguem as próprias palavras de Monsenhor João Clá:

No ano de 1531, [no] México [1], os missionários espanhóis estavam lá pelo


México e eles tiveram de aprender a língua nativa, a língua dos
indígenas; eles aprenderam a língua e começaram a converter estes e
aqueles. E entre os que eles converteram estava um indiozinho chamado
Diego. Diogo em português, Diego em espanhol.

Esse índio, Juan Diego era um indiozinho muito piedoso, muito direito,
muito bonzinho e ele estava numa montanha chamada Tepeyac… Ele
estava passando por essa montanha — fica perto da cidade do México
—, de repente aparece Nossa Senhora para ele. E ele fica deslumbrado
com Nossa Senhora e toma aquilo com naturalidade, porque ele já estava
introduzido na religião, sabia perfeitamente o que era uma aparição, e
viu que era Nossa Senhora mesmo.

***

Ele fica encantado [2] por ver Nossa Senhora com aquele vestido luzidio e
tratando Nossa Senhora com intimidade, e Ela dizendo a ele: “Meu
menorzinho de todos os irmãos”, e ele tratando a Ela como filha, uma
inversão de papéis impressionante, porque Ela Se deixa tratar como filha
e ele tratando a Ela como a menorzinha de todas as suas filhas. E Ela,
dentro dessa intimidade colossal, queria visar o século XX, e sobretudo o
século XXI, no relacionamento d’Ela com aqueles que viriam. E Ela,
então, queria ter todo um relacionamento todo ele afetuoso, todo ele
maternal, todo ele feito de suavidade, doçura e de intimidade. A
intimidade que Ela tem com esse índio é bem a prefigura da intimidade
que Ela terá com aqueles que virão no Reino de Maria.

“Completou-se o tempo previsto”: e Ela aparece no século XVI… porque


tudo com Ela é feito de modo misterioso… e Ela aparece na conjunção dos
três continentes: o continente americano do norte, o continente
americano central e o continente americano do sul. Ela aparece no
México e como que envolvendo com o manto d’Ela todo o continente
americano.

Era o continente americano que nascia para a Fé Católica. E tendo


nascido o continente para a Fé católica, era preciso que Nossa Senhora
fizesse desdobrar o manto d’Ela para cair rosas sobre esse continente e
para fazer com que os habitantes desse continente tivessem uma
familiaridade com a figura d’Ela. E, portanto, o tempo previsto tinha se
completado, e assim Ela iniciava um relacionamento todo especial com
esse continente.

***
Nossa Senhora de Guadalupe aparece a um índio [3]; e o fato de ter
escolhido um índio para aparecer mostra que Ela não desprezou as
origens desta América, América que nasce pela colonização de
missionários europeus e que essa missão se incide sobre índios. Estes índios
não deram ainda seu fruto total na História.

E nós, voltando-nos para Nossa Senhora de Guadalupe, pedimos a Ela


que utilize esses índios não só para espalhar a devoção d’Ela, mas que
utilize estes índios que Ela quis assumir como filhos, que quis assumir
como devotos d’Ela, que Ela tome estes que descendem destes índios e faça
deles uns baluartes de heróis e de grandes realizações e de grandes
conquistas para o Reino d’Ela!

[1] Trecho de homilia de 12 de dezembro de 2005.


[2] Trecho de homilia de 12 de dezembro de 2009.
[3] Trecho de homilia de 12 de dezembro de 2008.

ANÁLISES

Agressão física ou ataque à Igreja?


7 minutos para ler
por Arautos Véritasem 12 de novembro de 20197 comentáriosem Agressão física ou ataque à
Igreja?7 minutos para ler
por Ney Meireles

Agressão física e abuso dos direitos da criança e do adolescente são as últimas


acusações lançadas contra os Arautos do Evangelho. Em programa de 27 de
outubro, o “Fantástico”, da Rede Globo, veiculou vídeos em que o fundador da
instituição, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, ministrava o Sacramento da
Confirmação a alguns jovens. Em determinado momento, segundo a práxis
litúrgica, o celebrante dá um leve tapa na face do crismando. Nada de novo nem
anormal… Mas, na visão dos acusadores, constitui “agressão”, “violência”, “abuso”.

Para a Globo, administrar o Sacramento da Confirmação


conforme a práxis da Igreja configuraria “agressão”,
“violência” e “abuso”
Não é preciso dizer que a incriminação chocou profundamente o público
verdadeiramente católico — e inclusive grande parcela de não católicos. Com
efeito, muitos dos espectadores certamente passaram pela mesma cerimônia,
presenciaram inúmeros outros bispos realizando idêntico gesto e talvez ouviram
seus antepassados comentarem com alegria o “paterno tapinha” que o bispo lhes
dava, ao ungi-los soldados de Cristo! E nunca lhes passara pela cabeça ser o
celebrante um agressor, um violador dos direitos básicos das crianças e dos jovens!
Esse crime parece existir só na cabeça dos acusadores…

Classificar de criminoso um ato que faz parte de um rito da Igreja Católica, há


séculos aprovado e estimulado por Ela, é muito grave. Ora, o sacerdote em questão
não faz senão seguir o que Ela sempre ensinou. Estaria ele procedendo de modo
errado ao fazer o que a Igreja recomenda e aprova?

É preciso esclarecer um ponto básico: a Confirmação é um dos sete Sacramentos da


Igreja Católica, pelo qual o fiel, ungido com o sagrado óleo do Crisma, recebe
nova infusão da graça do Espírito Santo, que aperfeiçoa nele os dons e virtudes
sobrenaturais.[1] Em outras palavras, aquilo que o Batismo dá em semente, a
confirmação aperfeiçoa. Por isso, ele é “confirmado” em sua fé e adesão a Nosso
Senhor Jesus Cristo.

Esse Sacramento marca, pois, uma nova fase na vida dos católicos. Eles adquirem
uma maturidade espiritual que os distingue dos simples batizados:

“Ficam mais estritamente obrigados a difundir e a defender a fé por


palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo”.[2]

O leve tapa entra como parte integrante dessa cerimônia, como “rito explicativo”.

O “tapinha” do Bispo na crisma é um antiquíssimo símbolo


litúrgico que representa a disposição a suportar qualquer
ofensa por amor a Jesus Cristo
O costume de dar esse “tapinha” é antiquíssimo na Igreja e data dos primeiros
séculos do Cristianismo. O bispo o faz porque o confirmado é, a partir de então,
um soldado de Cristo! Deve estar pronto para defender a fé em face dos ataques dos
inimigos e empreender todos os trabalhos para a expansão do Reino de Cristo:
“O leve tapa no rosto lembra ao crismado que, como soldado de Cristo,
ele deve estar disposto a suportar qualquer ofensa por amor a Jesus
Cristo”.[3]

Ademais, é inteiramente de acordo com o espírito da Igreja utilizar-se de gestos e


sinais em suas cerimônias, pois permitem que “exprimam mais claramente as
coisas santas que eles significam e o povo possa compreendê-las facilmente, na
medida do possível, e também participar plena e ativamente da celebração
comunitária”.[4] Esse é o sentido dos assim chamados “ritos explicativos”.

Agora, isso se configura uma agressão física? É um absurdo supor que o seja. A
intenção do celebrante não é provocar qualquer forma de lesão física ou moral no
recipiendário. Falta-lhe totalmente o animus nocendi, isto é, o desejo de prejudicá-
lo. Pelo contrário, é beneficiar o fiel com os dons do Sacramento que o levam a
agir de acordo com o cerimonial e rito católicos.

A isenção de qualquer caráter ofensivo fica ainda mais patente com a sequência da
cerimônia. Após dar-lhe o suave tapa e pronunciar as palavras “Pax tecum” (A paz
esteja contigo), o celebrante concede ao crismado o abraço da paz, significando
que Nosso Senhor lhe será auxílio e conforto em todos os futuros embates.
Curiosamente esse trecho não foi transmitido na reportagem em questão… Mera
distração ou manipulação de informações?

Por sua vez, o Pontificale Romanum, de 1962, livro litúrgico normativo da


celebração dos Sacramentos, traz em uma de suas rubricas: “Deinde leviter eum in
maxila caedit” — Então [o celebrante] bate levemente em sua face.[5] A norma
litúrgica faz questão de frisar “levemente”, excluindo já de antemão qualquer
tendência agressiva.

Apesar de o Ordo confirmationis, publicado em 22 de agosto de 1972, não trazer


menção explícita ao gesto, isto, no entanto, não tolhe seu uso, pois: 1°) Não houve
nenhuma determinação da Igreja obrigando em forma contrária, tanto é que
muitos bispos ainda se utilizam dele, por se tratar de um costume louvável e
aprovado por séculos de tradição; ademais, o Motu proprio Summorum
Pontificum de Bento XVI ratifica “a faculdade de celebrar o sacramento da
Confirmação usando o anterior Pontifical Romano, se o bem das almas assim o
aconselhar”;[6] 2°) Se não bastasse, algumas versões vernáculas do Ordo de 1972,
como a francesa e a italiana, ainda fazem referência ao gesto e dão liberdade ao
celebrante de realizá-lo. Não se pode, portanto, acusar bispo ou celebrante de
contrariar a normativa litúrgica por isso.

A ignorância religiosa, aliada a preconceitos anti-católicos,


é um perfeito caldo de cultura para uma nova perseguição
religiosa no Brasil
O que levou, então, o “Fantástico” a transmitir ao Brasil inteiro acusação assaz
infundada, diríamos até infantil? Será que a História terá assistido há quase vinte
séculos, em culposa mudez, a tão evidente e pública ofensa aos direitos humanos,
até que uma rede de televisão — não muito amiga da probidade e da
transparência, como se sabe — viesse, por fim, iluminar os “olhos aos cegos”,
querendo qualificar um leve tapa de abuso, quando ela mesma agride moralmente
milhares de fiéis?

Considerando tudo isso, o leitor é conduzido necessariamente a considerar duas


hipóteses: ou com esta acusação a Rede Globo quer culpar a Igreja Católica por ter
permitido um ato abusivo, violento e agressivo em seu ritual; ou as acusações que
são feitas contra o fundador dos Arautos do Evangelho — e contra a Instituição
— não servem senão de pretexto para a mentira, a calúnia, e a difamação.

De fato, como afirma certo provérbio popular, “não se joga pedra em árvore que
não dá frutos”…

Diante de tudo isso, talvez uma discreta, mas muito oportuna pergunta esteja
percorrendo a mente dos brasileiros: “O que pensar das torrentes de acusações que
têm sido dirigidas aos Arautos do Evangelho nestes últimos meses, sempre
fraudulentas, sem provas e testemunhas?”

A maré de incriminações infundadas, falsas e detratoras das quais os Arautos têm


sido objeto não constitui senão o prelúdio daquilo que pode ser o cerceamento
completo da liberdade da Igreja e de seu influxo benéfico sobre esta nação.

Brasileiros, permitireis que isso aconteça?

[1] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1303.

[2] Catecismo da Igreja Católica, n. 1285.

[3] RIBÓLLA, José. Os Sacramentos trocados em miúdo. São Paulo: Editora


Santuário, 2000, p. 24

[4] Sacrosanctum Concilium, n. 21

[5] Pontificale Romanum: Editio Typica 1961-1962. Città del Vaticano: LEV, 2008, p.
10.

[6] BENTO XVI. Carta apostólica dada sob forma de motu proprio Summorum


Pontificum. 7 de julho de 2007. Disponível
em: http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/motu_proprio/documents/
hf_ben-xvi_motu-proprio_20070707_summorum-pontificum.html. Acesso em
02 de Novembro de 2019.

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