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Facell Espinoza Ludena,

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Graduação em Engenharia


Aeronáutica
Tutora. Isabel dos Anjos Leandro

Belo Horizonte, 2022


Síntese,

Desde um início, as reflexões descritas pelo autor sobre as cidades,


contemplando o panorama moderno, diferenciam a complexidade da vida urbana, pois
embora a cidade seja uma invenção da antiguidade mesma, no momento esse conceito
está sendo revolucionado pelas vigentes cidades globais. As áreas acêntricas destas
cidades globais concentram uma multidão de produtores, e o caso das empresas locais,
nacionais, estrangeiras, e multinacionais, interatuando entre elas a traves da
concorrência partilhando um sistema interdependente entre sim. Nesse âmbito Castells
propõe a jerarquia escalonada de cidades globais, como principais centros mundiais de
serviços empresariais e financeiros como Hong Kong, Singapura, Chicago, Frankfurt,
Los Angeles, Milão, Zurique e Osaka. Abordando a economia global encontrada dentro
dessas estruturas, também se situa a linha dos centros regionais como nodos-chave em
favor da mesma, dos quais, Madrid, São Paulo, Moscou, Seul, Yakarta, e Buenos Aires.

Já enfatizava Giddens (2007, pág. 156), que até 2007 Nova York, Londres e
Tóquio constituíam o grupo de principais cidades do mundo com um centro econômico
altamente progredido, porém, no presente ano, esse grupo aumentou adicionando 39
cidades, das quais só duas são alfas, segundo a nova classificação de cidades globais
(ALVES PENA, 2015, seç. 8). Cujo ponto de convergência são os passageiros que as
frequentam em exercício de turistas devido aos seus altos padrões de fornecimento de
serviços de lazer, a cultura global, mais sobretudo pelo alto foco de investimento, e
formação profissional. Porém, essas áreas de conturbação são vistas como, o mesmo
turista as considera, um hotel financeiro.

Dentro de esse aspecto, de acordo com Giddens (2007, pág. 157), expressa
postura que partilha junto com outros sociólogos como Weber, Tônnies e Simmel, se
relaciona a que o ambiente dessas metrópoles é solitário e inóspito (Giddens. A, 2007)
onde o “Gemeinschaft” ou vínculos comunitários, são substituídos pelo “Gesellschaft”
ou vínculos associativos. Quer dizer, que os habitantes interagem apenas por educação,
interpretando a outra pessoa como se fosse um instrumento vinculado ao serviço que
precisa. Característica consequente do nível de atividade que a cidade exerce sobre cada
habitante que passa por ela.
Paralelamente, o protagonismo da escola de Chicago, oferece o conceito de
ecologia urbana como uma característica natural do desenvolvimento urbano associado
aos processos que ocorrem no ecossistema, e por outro lado, também inserta a ideia de
urbanismo como um modo de vivencia, pelo fato que as cidades concentram o maior
interesse de progresso do ser humano, distribuído entre política, economia e cultura.
Esses dois conceitos são as bases de explicação dos processos sociais e territoriais da
constituição e interação das comunidades locais em termos de ecologia vegetal e
animal, tal que a competição, o domínio, a associação, a invasão, e a sucessão. Desse
modo, a escola determina que as cidades possuem um princípio de cooperação
competitiva, conhecido como infraestrutura biótica, assim como uma superestrutura
social caracterizada pela cultura, a coesão, e a organização. As cidades estão do mesmo
modo, localizadas em lugares com um entorno vantajoso tanto para produção como para
transporte, e ademais distribuídas internamente tal como áreas naturais, apenas pela
estrutura, no que concerne, bairros comerciais, residenciais, baixos, e as zonas
industriais.

Diante desse quadro, já dentro de um mundo em desenvolvimento, as


movimentações sociais e o consumo coletivo dentro das atuais megacidades, são
representadas pelo poder econômico, a tecnologia, através de arranha-céus segundo
Castells (GIDDENS, 2007, p. 169) nos indica. Nesse passo, embora as tendências
urbanas cresçam por meio da suburbanização, a decadência do centro das cidades, ou os
mesmos distúrbios, como já o mencionava Giddens corroborando com Castells, a
globalização se tornou uma oportunidade de fortalecimento urbano, creando fluxos de
conexão entre as cidades satélite, dormitório e as capitais, sobretudo estas, devido a sua
capacidade para administrar atividades comerciais e novas tecnologias. Por conseguinte,
a concentração de poder que as cidades globais fomentam nos seus entornos, além de
transformarlas em empresas globalizadas, provoca um desequilíbrio nas relações
econômicas sociais, criando uma disparidade dentro do centro urbano, onde a situação
precária convive junto com o bem-estar, característico do modo de produção capitalista.
Porém, as figuras de imagem social, de algumas empresas domésticas são um meio de
harmonia econômica para os setores mais afastados das oportunidades de riqueza, assim
o caso das Eurocidades (união de cidades na Europa em 1989), e as cidades asiáticas,
são um complemento para criar estruturas comerciais flexíveis, mas sem ser uma
solução eficiente, em base ao problema de desigualdade urbana.

Em outra perspectiva, observa-se que a revitalização urbana, recebe uma


influência direta dos eventos esportivos devido aos resultados de bonança comercial,
que geram um crescimento positivo na sua curva de desarrolho urbanística. É o caso da
valorização comercial que o distrito Stratford, situado na zona leste em Londres, possui
na atualidade após as olimpíadas em 2012, após ser um setor convergente de penúria
(JENDIROBA, 2021), ou a modernização das cidades no que respeita as melhorias de
mobilidade e valorização de imóveis em Brasil, após a Copa do Mundo 2014 e as
olimpíadas novamente em 2016 (DE OLIVEIRA NAZÁRIO ROBSON SÁVIO REIS
SOUZA, 2014). Tais cenários demonstram que os analises de Giddens e Taylor, sobre a
capacidade de revitalização urbana que os eventos esportivos engendram, foram
acertados a longo prazo.

Referências Bibliográficas

1. (GIDDENS, 2007),(GIDDENS, 2007, p. 157),(GIDDENS, 2007, p. 156),(GIDDENS,


2007, p. 169)
GIDDENS, A. Cidades e Vida Urbana. 7. ed. [s.l: s.n.].

2. (JENDIROBA, 2021)
JENDIROBA, M. Conheça os melhores bairros de Londres para viver. Disponível
em: <https://www.intercultural.com.br/bairros-londres/>. Acesso em: 15 jun. 2022.

3. (DE OLIVEIRA NAZÁRIO ROBSON SÁVIO REIS SOUZA, 2014)


DE OLIVEIRA NAZÁRIO ROBSON SÁVIO REIS SOUZA, D. M. DE F. D. M. N. E.
M. P. L. DA M. E. F. S. H. R. DE O. J. J. B. M. T. F. L. H. C. N. M. C. A. S. M. A. C.
M. N. L. DOS S. R. A. V. R. Belo Horizonte OS IMPACTOS DA COPA DO
MUNDO 2014. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://observatoriodasmetropoles.net.br/arquivos/biblioteca/abook_file/
megaeventos_bh2015.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2022.

4. (ALVES PENA, 2015), (ALVES PENA, 2015, seç. 8)


ALVES PENA, R. F. Cidades globais. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/cidades-globais.htm>. Acesso em: 15
jun. 2022.

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