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Capítulo 2
Projeto de Redes de Trocadores pela
Tecnologia Pinch
A Figura 1a mostra uma unidade de troca térmica que utiliza uma corrente
quente com mCp maior que o da corrente fria. Afastando-se do estrangulamento,
a diferença de temperatura dentro do trocador de calor selecionado, precisa
aumentar. Isto é necessário, pois o estrangulamento é onde a mínima diferença
de temperatura é admitida. Caso haja uma diminuição na diferença mínima de
2.1 PROCEDIMENTO PARA GERAR UMA RTC 3
Acima do Abaixo do
Estrangulamento Estrangulamento
Sh ≤ Sc Sh ≥ Sc
4) Divisão de Correntes
Surge um impasse quando em um problema existem três correntes quentes
e duas correntes frias acima do ponto de estrangulamento. Como já foi discutido,
é inapropriado utilizar utilidades frias acima do ponto de estrangulamento.
Porém, como não existem correntes frias para levar as correntes quentes até o
ponto de estrangulamento por reaproveitamento térmico, o projetista se vê
induzido a violar esta norma.
onde
Sc Sh
∆C global = ∑ mCpC − ∑ mCpH
i =1 i =1
Sendo assim, quando necessário, as correntes frias são divididas até que
SC = SH. Então, as conexões nas correntes são selecionadas atendendo os
seguintes itens: (1) satisfaça a exigência para conexões no estrangulamento; quer
dizer, mCpc ≥ mCph, e (2) satisfaça a restrição. Quando isto não pode ser
realizado para todas as conexões no ponto de estrangulamento, uma corrente
adicional fria é obtida através de divisão e novas conexões são selecionadas.
ACIMA
do
PINCH
Sim
Divida uma
corrente fria
mCph<=mCpc
Não Divida uma
e
corrente quente
∆Cconexão< ∆Cglobal
Sim
Dados das correntes
no Ponto de
Conexão factível no Estrangulamento
PINCH
ABAIXO
do
PINCH
Sim
Divida uma
corrente quente
Sim
Figura 5: Algoritmo de
divisão de correntes. Conexão factível no
PINCH
10 2. PROJETO DE REDES DE TROCADORES PELA TECNOLOGIA PINCH
6) A heurística "Tick-off"
Após terem sido escolhidas as conexões em torno do ponto de “pinch”, é
importante levar em conta, para escolherem-se os próximos trocadores, o critério
custo de investimento. A intenção do
Essa heurística consiste em projetista deve ser sempre reduzir o custo
maximizar a troca térmica nas do investimento, sendo que um dos
conexões escolhidas, assim a pontos mais importantes para atingir-se
chance de obter-se dois trocadores este objetivo é reduzir o número de
ao invés de um será minimizada. unidades de troca térmica. A heurística
"Tick-off" pode ajudar neste sentido.
É importante ressaltar que este
método é uma heurística, e como tal,
pode ocasionalmente penalizar o
projeto. A Fig. 6 demonstra como é
utilizada a heurística em questão.
A Fig.6 satisfaz completamen-
te as demandas quentes e frias acima
do Ponto de Estrangulamento. Água
de resfriamento não pode ser
utilizada acima do ponto de
estrangulamento, sendo assim se
existem correntes quentes acima do
estrangulamento estas devem ser
conectadas com as correntes frias
disponíveis. Note que a Fig. 6a
resolve o problema do ponto de
estrangulamento, ou seja, trata todas
as correntes que chegam ou saem da
linha do estrangulamento. Já a figura
"b", mostra uma conexão adicional
que visa evitar a utilização de água
de resfriamento e uma última
conexão antes da utilidade, sendo Figura 6: Heurística "Tick-off".
que esta tem o cuidado de ter o Fonte: Smith, R. (1995).
maior serviço possível para evitar
2.2 ANÁLISE DE VIABILIDADE DA REDE - GASTOS COM INVESTIMENTO E ENERGIA 11
dois trocadores.
Uma das razões mais fortes para haver tal diferença é a mudança do ponto
de estrangulamento. Como o método de síntese da rede baseia-se no ponto de
estrangulamento para dividir o problema, definir quais são as correntes
compatíveis e as populações de correntes em cada subproblema (abaixo e acima
do ponto de estrangulamento) é natural que tal distinção ocorra.
NT = N + L - S
onde:
Boa parte das redes de trocadores de calor que atingem os seus objetivos
de recuperação de energia contém “Loops”. “Loop” é um caminho fechado
traçado de qualquer ponto da rede através de trocador de calores e de caminhos
de correntes chegando, novamente, ao mesmo ponto inicial. É freqüentemente
possível mover calor em volta do “Loop” para remover trocadores de calor
pequenos.
Uma rede com número mínimo de trocadores de calor não tem “loops”, e
partindo do pressuposto que não há problemas independentes internos à rede em
questão, chega-se à seguinte relação para o mínimo número de unidades:
NT mínimo_global = N-1;
Intervalos 1 SH Q SC Q j
Amin = ∑ ∑ i + ∑
k =1
∆TLMTD F i =1 hi j =1 h j
onde:
5 5 Intervalos 1 SH Q SC Q j
AREAL ≈ Amin = ∑ ∑ i + ∑
4 4 k =1 ∆TLMTD F i =1 hi j =1 h j
x
Área B
Custo _ B = Custo _ A
Área A
T
( Rt Dt ) St
VPL = Io
t T
t = 1 (1 k) (1 k)
sendo que:
715
710
Custo Total (MUS$)
705
700
695
690
685
680
675
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
∆T Admissível (oC)
800
Valor Presente Líquido
700
600
500
(MUS$)
400
300
200
100
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
∆T Admissível (oC)
do caso. Se o tempo de operação em um dado caso for maior esse terá mais
influência na função de custo e, portanto, a solução atenderá mais a sua
demanda do que a dos outros períodos. Este estratégia foi muito utilizada por
Floudas e Grossmann no início de seus trabalhos de 1986 e 1987. Esta
sistemática não resolve um dos problemas cerne da flexibilidade que é a
contenção de distúrbios de toda a natureza que ocorrem em uma planta
industrial, mesmo assim tem seus méritos.
Q=CPH (T1-T2);
Q=CPC (T4-T3)
Q=UA(∆ LMTD)
Sendo que:
Q = Taxa de calor;
Fazendo:
CPC
R =
CPH
UA .
B = exp. (R 1)
CPC
30 2. PROJETO DE REDES DE TROCADORES PELA TECNOLOGIA PINCH
As equações acima são lineares com respeito à temperatura mas não são
lineares para mCp e UA. Estabelecendo que CPc, CPH, UA e qualquer duas
temperaturas são constantes pode-se facilmente resolver as outras duas
temperaturas. Nestes conceitos bastante simples é que se baseiam as tabelas de
sensibilidade.
Referências
LINNHOFF, B ET AL. A user guide on process integration for the efficient use of
energy Institution of Chemical Engineers United Kingdom (1982)