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LUIZ DE CARVALHO 2/
DIREITO DAS SUCESSÕES 202
SOLICITADORIA IPCA 3

CASO PRÁTICO N.º 5

AMBRÓSIO faleceu em 2015. Sobreviveram-lhe o cônjuge, BRENDA, com quem

fora casado no regime da separação de bens, e os filhos CÂNDIDO, DEMÉTRIO,
EVANDRO, FÚLVIO e seus netos HÉLDER, IVAN e JACIARA, filhos de seu falecido filho
GEPETO, atropelado mortalmente em 2008. GEPETO chegou a ter ainda outra filha, LIA,
que faleceu em 2007, vítima de um aneurisma, solteira, sem descendentes.
AMBRÓSIO fez testamento em 2004 por força do qual deixou a seus primos
QUÉLIO e RONDON 2/6 indivisos do seu apartamento em Braga, avaliado em € 90.000,00,
bem como a quantia de € 10.000,00 a seu amigo MARCELINO.
Em 2014, pouco antes de falecer, e quando já se encontrava gravemente afetado
pela doença que o veio a vitimar, AMBRÓSIO fez novo testamento, no qual, mantendo o
anterior, deixou a NATAL, padre que o acompanhava e lhe prestou apoio espiritual nos
seus últimos dias de vida, um carro no valor de € 30.000,00; e ainda, do seu aludido
apartamento em Braga, 2/6 indivisos a sua amiga SOLANGE e outros 2/6 indivisos ao
namorado desta, TEMÍSTOCLES.
Nesse mesmo testamento, AMBRÓSIO, zangado com seu neto HÉLDER,
justificadamente veio a deserdá-lo.
IVAN repudiou a herança de seu pai GEPETO.
QUÉLIO faleceu poucos dias antes de falecer AMBRÓSIO, casado no regime da
comunhão geral de bens com UMBELINA, sem ascendentes nem descendentes.
AMBRÓSIO deixou de seus bens no valor de € 1.215.000,00, uma dívida de €
4.000,00 à Casa de Saúde de São Lázaro por assistência médica e ainda uma dívida de
IMI, no montante global de € 2.000,00, referente a uma casa de habitação de que era
comproprietário, em partes iguais, com sua esposa BRENDA. O funeral de AMBRÓSIO,
ainda não pago, monta a € 8.000,00, sendo certo que os herdeiros de AMBRÓSIO, no
cumprimento da vontade verbal manifestada por este, encomendaram ainda missas e
novenas que custarão à herança € 2.000,00, ainda não pagos.

a) Quais os efeitos do repúdio de IVAN na futura herança de seu pai GEPETO?

b) Proceda à partilha por óbito de AMBRÓSIO, supondo que os valores dos bens por
este deixados foram os encontrados à morte de AMBRÓSIO e que todos os
chamados, que puderam e quiseram, aceitaram a herança.