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Andre Victor de Vasconcelos Araújo Lisboa

Celiane Mendes da Silva


Gedson Lima dos Santos Junior

RELATÓRIO TÉCNICO DE FUNDAÇÕES


Execução de sondagem SPT

MACEIÓ
2020
Andre Victor de Vasconcelos Araújo Lisboa
Celiane Mendes da Silva
Gedson Lima dos Santos Junior

RELATÓRIO TÉCNICO DE FUNDAÇÕES


Execução de sondagem SPT

Relatório técnico, apresentado à


disciplina de Fundações, do curso
Engenharia Civil do Centro Universitário
Tiradentes, para a obtenção da nota
parcial referente a medida de eficiência
da primeira unidade, sob a orientação da
professora Bruna Camerino Lira Uchoa.

MACEIÓ
2020
1 INTRODUÇÃO
Por ser o solo um material natural, cujo processo de formação não depende de
forma direta da intervenção humana, o seu estudo e o entendimento de seu
comportamento dependem de uma série de conceitos desenvolvidos em ramos afins
de conhecimento.
O método de sondagem consiste na abertura do furo de sondagem por meio
de trados (Trado Concha ou Cavadeira e Trado Helicoidal) e/ou por lavagem (
Circulação d’água), posicionamento do tubo de revestimento de 2.1/2” de
diâmetro externo e execução do ensaio de penetração em diversas profundidades
com amostrador padrão tipo “Raymond”, de diâmetro interno de 34,9 mm e externo
de 50,8 mm.
O ensaio de penetração é realizado a cada metro de profundidade do
terreno e corresponde ao número de golpes de um peso de 65 Kg, caindo de
uma altura de 75 cm, necessários à cravação de 30 cm do amostrador (Índice de
Resistência).
O presente trabalho teve por objetivo a determinação da resistência a
penetração do solo através do ensaio de sondagem SPT.

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL
Determinar a resistência à penetração do solo.

2.2 ESPECÍFICOS
• Realizar o ensaio de sondagem SPT através do laboratório virtual;
• Analisar os dados obtidos através do ensaio;
• Classificar o solo com base no número de golpes efetuados;
• Determinar, com base nos parâmetros da norma, a resistência a penetração do
solo.

3 METODOLOGIA

3.1 MATERIAIS
• Torre com roldana;
• Tubo de revestimento;
• Trado concha;
• Trado helicoidal;
• Amostrador;
• Cabeça de bater;
• Hastes;
• Martelo padronizado.

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Passo 1: Posicione o martelo padronizado na torre e utilize o trado concha para


escavar e
colher uma amostra de solo do primeiro metro de profundidade. Insira o tubo de
revestimento no buraco feito pelo trado concha.
Passo 2: Insira o amostrador no buraco. Utilize um giz para fazer marcações em 15,
30 e

45 cm;

Passo 3: Posicione o martelo padronizado na altura adequada,solte a roldana para


que ela
atinja a cabeça de bater e posicione novamente o martelo. Repita essas ações e
verifique quantos golpes foram necessários para que cada marcação de giz
chegue ao nível do tubo de revestimento;

Passo 4: Levante o martelo e remova o amostrador do buraco. Abra e colete uma


amostra
de solo contida no amostrador. Utilize o trado helicoidal para cavar os 55 cm
restantes do segundo metro de solo;

Passo 5: Repita os procedimentos apresentados nos passos 2, 3 e 4 até que o ensaio


deva
ser encerrado de acordo com as condições apresentadas na norma vigente;
Passo 6: Analise os dados obtidos durante o ensaio e responda as questões o item 3
das diretrizes gerais.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

1. Qual foi a condição que determinou o término do ensaio?

O ensaio SPT deve ser realizado só até que uma as seguintes condições sejam
alcançadas:
• Quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15 cm
iniciais do amostrador;
• Quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm
iniciais do amostrador;
• Quando, em 5 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45
cm do amostrador.
Diante disso, quando alguma das condições citadas acima for atingida, pode
se considerar o término do ensaio.

2. Qual a importância de se realizar a sondagem em uma obra de construção


civil?

No âmbito da Engenharia Civil, não há como se projetar fundações sem o devido


conhecimento do solo, pois, a falta de informações sobre o mesmo pode ocasionar
tanto uma infraestrutura bastante robusta que minore a resistência do solo,
acarretando em um maior custo, bem como uma infraestrutura que majore a
resistência do solo podendo até ocasionar colapsos na superestrutura.

3. A partir do ensaio de SPT, qual o principal parâmetro encontrado?


O parâmetro da resistência à penetração do solo.

4. Por que o ensaio de SPT é comumente realizado no Brasil?

Por sua praticidade e baixo custo, quando comparado a outros métodos.

5. Após a cravação dos 45 cm, como se realizar a leitura da resistência à


penetração do solo?

Ao se atingir os 45 centímetros de penetração, o amostrador padrão é retirado para a


coleta das amostras do solo. Assim, se verifica o número de golpes realizados para
cravar cada faixa de 15cm no solo, aplicando tais dados no gráfico número de
golpesxprofundidade, determinando assim a resistência do solo e podendo classificar
o mesmo segundo o número de golpes através da tabela constante da norma ABNT
NBR6484:2001.

A seguir, tem-se o produto final do relatório de sondagem, para a avaliação dos


resultados.
Classificação do
Gráfico SPT 30 cm Profundid Ensaio de Resistência à Penetração solo
INICIAIS ade (m) Penetração SPT
30 cm FINAIS (Golpes/Penetra
ção)
30 cm
1 2 3 cm Iniciais
30
Finais
º º º

1 Argila
4 4 20 8 média
6
Argila
3 4 5 7 9 média
Argila
5 4 4 9 8 média
Argila muito
3 0 1 3 1 mole
Argila muito
1 0 1 1 1 mole
Areia
medianame
3 4 4 7 8 nte
compacta
Areia
1 medianame
8 9 20 21 nte
2
compacta

1 1 1 Areia
30 34 compacta
2 8 6
1 1 1 Argila muito
32 29 rija
5 7 2
1 2 2 Argila dura
43 44
9 4 0
2 1 2 Argila dura
43 42
5 8 4
3 2 2 Argila dura
52 50
0 2 8
2 2 2 Argila dura
51 49
4 7 2
2 2 2 Argila dura
54 51
9 5 6
3 2 3 Argila dura
61 58
3 8 0

5 CONCLUSÃO
A partir das análises realizadas em laboratório virtual, pôde-se concluir que os
mecanismos utilizados para classificar e determinar a resistência do solo segundo a
sondagem SPT são eficazes.

REFERÊNCIAS

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6484 - Solo – Sondagens de


simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2001.

ANTUNES, W. R.; TAROZZO, H. Execução de fundações profundas. In: HACHICH,W.


et al.

Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Pini, 1998. p. 345-348. LUCENA, T. S.
Análise geoestatística da estimativa de resistência estática a partir de ensaios SPT.
Natal, 2018.

SCHNAID, F.; ODEBRECHT, E. Ensaios de campo e suas aplicações à engenharia


de fundações - 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.

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