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UNIFAVIP

Disciplina: Cálculo Vetorial


Funções de várias variáveis e derivadas
parciais
➢ Considerações iniciais
Funções de mais de uma variável independente são comuns na vida prática, tais como
os exemplos a seguir:
• Volume de um reservatório, que é função de sua largura, base e altura;
• Dosagem do concreto que é função da água, aglomerante e agregados;
• A temperatura na superfície da terra em um ponto com valor específico de latitude e
longitude, sendo função desses informações;
• A variação do preço de um produto em função da matéria prima e mão de obra para
produzi-lo;
• A pressão de um gás que depende se sua densidade e temperatura absoluta;
• A velocidade de um projétil sendo função de distância percorrida e tempo, entre
outros.
Considerando o espaço n-dimensional, o conjunto dos números reais e o sistema
cartesiano, tem-se:
➢ Um ponto em Rn é representado pela ênupla ordenada de números reais
(x1,x2,x3,...,xn);
➢ Um ponto em R é representado pelo número real x1 ou x;
➢ Um ponto em R2 é representado pelo par ordenado de números reais (x1,x2)=(x,y);
➢ Um ponto em R3 é representado pela tripla ordenada de números reais
(x1,x2,x3)=(x,y,z);
➢ Função de várias variáveis
Uma função de n variáveis é um conjunto de pares ordenados (P,W), onde dois pares
distintos não podem ter os primeiros elementos iguais. P é um ponto no espaço n-
dimensional numérico e W é um número real. O conjunto de todos os valores possíveis
de P é chamado de domínio da função, enquanto que o conjunto de todos os valores
possíveis de W é chamado de imagem da função.

➢ Se f é uma função de n variáveis, f será um conjunto de pares ordenados da forma


(P,W), onde P = (x1,x2,x3,...,xn) é um número em Rn e W é um número real. O valor
particular de W que corresponde a um ponto P é representado por f(P) ou
f(x1,x2,x3,...,xn). Logo, uma função f pode ser definida pela equação
W=f(x1,x2,x3,...,xn), onde as variáveis x1,x2,x3,...,xn são chamadas de variáveis
independentes e a variável W é chamada de variável dependente.

Exemplo gráfico de uma função de duas variáveis


Se f(x,y) = 6 – 3x – 2y, tem-se:
Exemplo gráfico de uma função de duas variáveis
Se f(x,y) = (9 – x2 – y2)1/2, tem-se:

Gráfico

Curvas de nível
➢ Derivadas parciais
Todas as regras, fórmulas e técnicas desenvolvidas em derivadas para funções a uma
única variável independente são igualmente válidas para a derivação de funções a
várias variáveis independentes. Quando se deriva funções a mais de uma variável
independente, faz-se a derivação como se a função fosse a uma única variável, ou
seja, é feita a derivação em função a uma das variáveis mantendo-se as demais
constantes. Sendo assim, podemos definir derivadas parciais como:

➢ Seja “f” uma função a “n” variáveis e suponha que (x1, x2,...,xk,...,xn) pertença ao
domínio de “f”. Se 1 ≤ k ≤ n, então a derivada parcial de “f” em relação a k-ésima
variável “xk” é indicada por “fk” e definida por:

Desde que esse limite exista.


Notações para derivadas parciais
Pode-se fazer uso das notações a seguir para derivadas parciais de “f” em relação a
k-ésima variável “xk”.
Considerando-se a função “w”, tem-se:

Onde:

Obs.: Quando derivamos com relação a uma das variáveis independentes, tal como
“xk”, com as demais variáveis constantes, denominamos tal derivação como sendo
derivada parcial em relação a “xk”.
Funções com duas variáveis independentes:

Considerando-se a função “w”, tem-se:

Derivada parcial em relação a “x”:

Derivada parcial em relação a “y”:


Funções com três variáveis independentes:

Considerando-se a função “w”, tem-se:

Derivada parcial em relação a “x”:

Derivada parcial em relação a “y”:

Derivada parcial em relação a “z”:


Primeira regra da cadeia:

➢ Seja “f” uma função de duas variáveis e sejam “g” e “h” funções a uma única variável.
Considere que (x0,y0) seja um ponto interior ao domínio de “f” e que “f” seja
diferenciável em (x0,y0). Suponha que x=g(t0) e que y=h(t0) e que ambas, “g” e “h”,
sejam diferenciáveis em t0. Define-se a função “F” por:
F(t) = f[g(t),h(t)], onde “F” é diferenciável em “t0” e:
F’(t0) = f1(x0, y0).g’(t0) + f2(x0,y0).h’(t0)

➢ Se “W” é uma função de “n” variáveis x1, x2,...,xn e cada uma dessas “n” variáveis é,
por sua vez, função de uma variável “t”, então:

d
W
W  d  W  d 
  x1  +   x2  + ... +
W  d 
  xn 
dt x1  d t  x2  d t  xn  d t 

Onde a função “W” seja diferenciável e x1, x2,...,xn também o sejam.


Segunda regra da cadeia:

➢ Seja “f”, “g” e “h” funções de duas variáveis e seja (x0,y0) um ponto interior ao
domínio de “f” e que “f” seja diferenciável em (x0,y0). Suponha que x0 =g(u0,v0) e que
y0 =h(u0,v0) e suponha que as derivadas parciais g1(u0,v0), g2(u0,v0), h1(u0,v0) e
h2(u0,v0) existam. Define-se a função “F” por:
F(u,v) = f[g(u,v),h(u,v)] onde “F” possui as derivadas parciais:
F1(u0,v0) = f1(x0,y0). g1(u0,v0) + f2(x0,y0). h1(u0,v0)
F2(u0,v0) = f1(x0,y0). g2(u0,v0) + f2(x0,y0). h2(u0,v0)

➢ Se “W” é uma função de “m” variáveis y1, y2,...,yn e se cada uma dessas variáveis é
por sua vez uma função a “n” variáveis x1, x2,...,xn, então:

Para j = 1,2,...,n e que “W” seja diferenciável e y1, y2,...,yn também o sejam.

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