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DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Ibirité – MG
2020
Jéssica Viana Neves
Ibirité – MG
2020
Dedico este trabalho ao meu Jesus, autor e
consumador da minha fé, de eternidade a eternidade
Tu és Deus, de eternidade a eternidade vou te amar.
Ao meu filho Benjamim, minha maior inspiração,
meus pais, Maria e Manoel, minha irmã Priscila e a
minha tia-mãe Euzilene.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao meu Deus, meu Pai eterno, meu Jesus que me concedeu a
vida, e que não me deixou desistir da caminhada, me encorajou e esteve comigo em
todos os momentos. A Ele, a honra e a Glória para todo o sempre, amém.
Ao meu filho Benjamim, que sempre me inspirou para caminhar e lutar pelos meus
sonhos; mamãe te ama!
Aos meus pais, que sempre me incentivaram a estudar, pelo cuidado e carinho
recebidos por toda minha vida.
A minha irmã Priscila, que sempre foi um exemplo para mim de força e superação e
que sempre esteve ao meu lado.
A minha tia Euzilene, minha segunda mãe, que sempre esteve presente e, mesmo de
longe, me incentivou na construção desse trabalho e me ajudou em todos os momentos.
A minha tia Penha, minhas primas Edna e Weslane, por sempre orarem por mim e
intercederem pela minha vida.
Agradeço a minha querida orientadora Alícia por todo carinho, dedicação e cuidado
na construção desse trabalho. Você foi fundamental nesse projeto e sempre esteve
disposta a me ajudar.
As professoras Lilian e Camila, por aceitarem fazer parte da banca de defesa.
Aos meus professores, que contribuíram na minha formação acadêmica.
A todos, muito obrigada, pois nunca chegaria até aqui sozinha!
“A pintura busca sempre elementos da eternidade, e por isso ela tende ao divino. O desenho, muito mais
agnóstico, é um jeito de definir transitoriamente, se posso me exprimir assim. Ele cria, por meio de traços
convencionais, os finitos de uma visão, de um momento, de um gesto. Em vez de buscar as essências
misteriosas e eternas, o desenho é uma espécie de definição, da mesma forma que a palavra “monte” substitui
a coisa “monte” para a nossa compreensão intelectual”.
Mario de Andrade
RESUMO
ABSTRACT
This work focuses on the contribution of drawing to the development of children in Early
Childhood Education. When drawing, the child is structuring his language and his motor
coordination, besides being a form of communication and expression. The bibliographic
research carried out revealed to us that drawing must be a daily activity for the child,
occupying a central place in Early Childhood Education, as it constitutes a language that
expresses thought, imagination, creativity and contributes to the construction of the child's
personality. The teacher's role in this process is fundamental for the child to be able to
develop through drawing, developing pedagogical proposals that allow the child to have
freedom and autonomy when drawing. Knowing the evolutionary stages of children's
drawing is of fundamental importance because it allows the teacher to understand the child in
the construction of his knowledge. Thus, drawing proves to be essential for child
development, contributing both in the intellectual, psychological, social and emotional
aspects as well as in the development of the child's creative potential.
FIGURA 2 Desenho de uma criança de três anos de idade. Traços com formas e 34
uma intenção ao desenhar.
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10
2 UM OLHAR HISTÓRICO SOBRE O DESENHO INFANTIL........................ 14
2.1 O desenhar na história.................... ..................................................................... 14
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo refere-se ao desenho infantil. Tem como foco principal refletir
sobre o desenho e sua contribuição para o desenvolvimento da criança, propondo
apresentar, a partir de um estudo bibliográfico, concepções teórico-científicas que
consideramos fundamentais para o entendimento do desenho como linguagem que
expressa sentimentos, desejos, pensamentos e visões de mundo.
O desenho tem sido tema de pesquisa de muitos teóricos da psicologia, da
educação e da arte devido às contribuições que essa forma de representação traz para o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança. Ao rabiscar a criança expressa
suas vontades, desejos, sentimentos e tudo que se tornou significativo e marcante em
sua vida.
O desenho sempre foi utilizado pelo o homem desde os tempos remotos como
uma forma de comunicação e expressão, deixando a sua marca por onde passava. De
acordo com Cunha (2004, p. 9), “desde a pré-história, os seres humanos produzem
formas visuais, utilizando símbolos particulares constituídos socialmente para
exprimirem mundos subjetivos e objetivos.”
Assim acontece com a criança, que vê no lápis ou no giz de cera uma forma de
se comunicar e expressar, por meio de riscos e rabiscos, a sua subjetividade, o seu olhar
sobre o mundo.
Quando a criança começa a fazer seus primeiros rabiscos, está estruturando a
linguagem, seu pensamento e sua coordenação motora. Por isso, deve ser bem orientada
e estimulada quando inicia a sua comunicação oral e escrita com as pessoas com as
quais interage no cotidiano, com o ambiente no qual está inserida, bem como com o
mundo que gira ao seu redor.
Para os professores que atuam na Educação Infantil é muito importante que
tenham o conhecimento necessário para trabalhar o desenho na sala de aula e, assim,
propor atividades, bem orientadas, que considerem as demandas da criança e saibam
valorizar a aprendizagem que ocorre por meio dele. Nesse sentido, o seu apoio é
necessário para estimular o desenvolvimento geral da criança, tanto na construção da
escrita e na comunicação verbal quanto na construção da personalidade infantil e futura
do indivíduo. Entretanto, há de se considerar que, como a criança tende
11
Assim, o professor deve estar sempre atento, pois a criança ao desenhar inventa,
reinventa e transforma o real em busca de uma harmonia entre ela, as pessoas e o
mundo.
Segundo Porcher (1982, p. 106), “o desenho é um ato da inteligência, desenhar é
um ato inteligente”, ou seja, desenhar é um ato criativo, o que significa dizer que, para
as crianças, o desenho representa uma das maneiras fundamentais de apropriar-se do
mundo que se vê e do espaço onde se vive.
Desse modo, buscando ampliar as discussões no âmbito do desenvolvimento
infantil a partir do desenho, este estudo problematiza: Que contribuição o desenho traz
para o desenvolvimento da criança pequena?
12
A história nos mostra que, mudanças sofridas pelo desenho ao longo do tempo
são decorrência das transformações que se processam na sociedade, e que irão refletir na
produção artística, evidenciando sempre o momento histórico do homem.
Segundo Marino (1988, apud MONTEIRO, 2013, p. 23), “tem-se registro de que
em fins do século XIX, na Itália, iniciaram-se os primeiros estudos sobre o desenho
infantil por autores como Corrado Ricci (1887) e Lichtwart (1887)”.
Conforme nos conta Sant Ana e Sant Ana (2019, p. 72),
Monteiro (2013) ainda nos informa que, além de Corrado Ricci, considerado um
dos pioneiros nos estudos dos desenhos infantis ao publicar, em 1887, o livro “L‟arte
dei bambini”, resultado de sua observação de desenhos feitos por crianças italianas,
outras referências sobre o desenho infantil podem ser encontradas em 1895, quando o
termo “arte infantil” é veiculado pela primeira vez no livro Studies in childhood, de
autoria do psicólogo inglês James Sully (1879).
Para Imbroisi e Martins (2016), “o entendimento do desenho infantil como
forma de expressão, do desenvolvimento e das formas de ser, estar e ver o mundo só foi
possível a partir de uma mudança na forma de ver a própria infância”. Isso se deu, já no
século 18, por meio dos estudos de Rousseau, que concebe a criança como diferente do
adulto, com suas próprias especificidades e necessidades diferenciadas. Ainda segundo
as autoras, foi no final do século XIX que descobrem a originalidade dos desenhos
infantis e publicam as primeiras notas e observações sobre o assunto, transportam para o
domínio do grafismo as descobertas de Rousseau sobre a maneira própria de ver e
pensar da criança.
O interesse pelo desenho infantil data dos fins do século XIX. De acordo com
Mèredieu (2017, p. 2), “primeiro, de 1880 a 1900, descobre-se a originalidade da
18
Não existe visão verdadeira, e a visão adulta não pode de modo algum
representar a medida padrão. Portanto, não se devem reduzir os processos
infantis qualificando-os de “infantis”. A criança está tão “perto das coisas
“quanto o adulto, o pintor chamado realista, o primitivo ou o abstrato
(MÈREDIEU, 2017, p. 3).
como, por exemplo, o aparecimento das canetas hidrográficas que possibilitaram novas
formas de representação e cores. Os papeis maiores também contribuíram para o
desenvolvimento da expressão infantil possibilitando novos espaços e formas.
Daquela época até a atualidade, foram elaboradas diferentes abordagens acerca
do desenho infantil, influenciando, desse modo, a compreensão que hoje os adultos têm
sobre a produção gráfica da criança, fato agravado pela própria escassez de desenhos
infantis preservados, o que mostra a pouca importância que a criança e sua produção
tiveram para a ciência e as sociedades ao longo da história.
Monteiro (2013) nos esclarece que:
É nesse sentido que, para Vigotski (2014), é fácil notar que os processos
criativos se observam em toda a sua intensidade já na primeira infância. Para ele, nessa
fase se encontram processos criativos que se manifestam sobretudo nas brincadeiras.
O menino que cavalga num cabo de vassoura imagina que monta um cavalo,
a menina que brinca com a boneca imagina-se sua mãe, a criança que no jogo
se transfora em ladrão, em soldado ou em marinheiro, todas essas crianças
que brincam são exemplos do mais autêntico e verdadeiro processo criativo.
[...] A vontade das crianças de fantasiar as coisas é resultado da sua atividade
imaginativa, tal como acontece na sua atividade lúdica (VIGOTSKI, 2014, p.
6).
De acordo com Seber (1995, apud MELO, 2020, p. 2), para que esse
pensamento aconteça é importante que haja a possibilidade de tornar presente, ou seja,
de substituir coisas ausentes por meio das palavras ou imagens. Portanto, o pensamento
está ligado à capacidade representativa, que é a capacidade de substituir.
Como explica Iavelberg (2013, p. 29), “o desenho da criança é ação e
pensamento ao mesmo tempo. São atos particulares, que ninguém pode realizar por ela.
Quando a criança desenha, ação, percepção e imaginação atuam juntas; ela sabe fazer e
ver o que produz no desenho.”
Ao desenhar, a criança manifesta seu desenvolvimento intelectual, social,
emocional e perspectivo. No entendimento de Pillar (1996), o desenho é um sistema de
representação, no qual a criança constrói e interpreta o objeto de acordo com o que sente
23
Derdyk (1989) acrescenta ainda que a criança enquanto desenha, canta, dança,
conta histórias, teatraliza, imagina ou até silencia. Para a autora, enquanto desenha, a
criança é estimulada a outras manifestações, favorecendo uma grande caminhada pelo
seu imaginário, uma vez que “[...] o desenho também é manifestação da inteligência, a
criança vive a imaginar explicações, hipóteses e teorias para compreender a realidade”
(DERDYK, 1989, p. 54).
O desenho torna objeto de comunicação que auxilia na construção da
personalidade do indivíduo. Quando as crianças ainda não têm conhecimento das letras,
elas se expressam por meio da linguagem simbólica que são os primeiros rabiscos.
Quando começam a traçar seus primeiros rabiscos, as crianças ainda não têm noção de
fazer uma representação do real, é tudo abstrato, aos poucos ela chega ao grafismo
figurativo. Nas primeiras tentativas de chegar a formas que representam o real, limita-se
a figuras estereotipadas. Pillar (1996), afirma que
24
Na escola, até bem pouco tempo, a criança, desde muito cedo, fazia aquilo que o
professor determinava. Nos momentos destinados às atividades artísticas, pintava
espaços delimitados, muitas vezes em folhas mimeografadas ou fotocopiadas de um
desenho, cuja matriz podia ser utilizada, quantas vezes quisessem. Crianças maiores,
habitualmente, se viam obrigadas a “fazer arte” seguindo exatamente o modelo
apresentado pelo professor.
De acordo com Spindola e Oliveira (2008),
Aos poucos essa prática foi dando lugar à livre expressão, permitindo à
criança fazer o que escolhesse, no momento que quisesse. Era uma fábrica
com produção livre e incessante, onde se passava de uma atividade para
outra, numa rapidez descontrolada, enchendo mais e mais caixas de
atividades (todas de desenhos livres). Parecia “lindo”... Passamos anos e anos
só produzindo folhas e folhas de riscos coloridos, sem nenhuma criatividade
e com muito pouca finalidade. E assim foi, por muito tempo. As aulas de arte
eram, na verdade, aulas de recreação. As crianças ficavam envolvidas com o
desenho livre, o que parecia ser a única forma de expressão que elas sabiam
fazer. Era, a nosso ver, simplesmente uma forma de passar o tempo, já que
não eram “aulas importantes” (SPINDOLA e OLIVEIRA, 2008, p. 58).
capacidade de copiar é um ensino que não considera a criança como um ser cognitivo.”
E acrescenta: “Fornecer um “modelo” para ser copiado exclui a possibilidade de a
criança selecionar seus interesses e necessidades reais” (p. 108).
Para Spindola e Oliveira (2007),
Toda atividade para a criança tem de ser compatível com o que ela consegue
fazer, em seu estilo, deixando sua marca definitivamente presente em sua
criação. Na Instituição, é muito importante que o profissional dê
oportunidades à criança para conhecer e trabalhar as linguagens artísticas,
como artes visuais (pintura, desenho, colagem, modelagem...) teatro, dança e
música (SPINDOLA e OLIVEIRA, 2008, p. 58-59).
Porcher (1983), para quem a criança é todo instinto, e suas exigências intelectuais
estão à altura das suas aptidões gestuais, sugere que:
É preciso insistir sobre esse ponto: não se deve criticar sequer um detalhe; é
preciso aprovar e aceitar tudo com o mesmo interesse, quer se trate de
desenhos cuidados e trabalhados ou de rabiscos. É só nessas condições que a
criança aos poucos irá adquirindo confiança; sua liberdade se afirmará, seu
grafismo ficará mais espontâneo e natural, seus temas se ampliarão e se
tornarão mais ricos. A acolhedora atitude de não dirigismo por parte do
professor é uma condição indispensável para o desenho livre, e o desenho
livre é necessário ao equilíbrio, à curiosidade e ao desenvolvimento da
criatividade da criança (PORCHER, 1983, p. 116).
27
Por causa da importância que a criança atribui ao seu trabalho, Derdyk (2015)
afirma que:
Esses autores sugerem que os educadores devem, portanto, ser bem esclarecidos
quanto à importância dos desenhos nas etapas iniciais da educação infantil. É
fundamental que reconheçam que a primeira comunicação escrita com o mundo
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acontece por meio das garatujas e rabiscos. É neste período que a criança ensaia sua
escrita e exercita suas habilidades, pois, ao desenvolver sua comunicação escrita, ela
treina também a linguagem oral.
O professor não pode interferir na construção da imaginação da criança. As
situações de aprendizagem ocorrem de forma espontânea durante as brincadeiras.
Enquanto desenham e brincam, aqui o desenho está diretamente ligado a brincadeira a
criança deve ser orientada pelo professor para entender o mundo e assim desvendar as
diversas linguagens.
Por outro lado, de acordo com Cunha (2004),
criança e, desse modo, poder auxiliá-la e desfiá-la no seu processo criador. Essas etapas
acontecem no período de desenvolvimento psicográfico da criança.
Por volta dos dezoito meses, a criança começa a fazer as primeiras garatujas -
traços espontâneos, sem controle da mão. Dependendo de suas oportunidades, quanto
mais desenhar, mais facilmente desenvolverá seus grafismos.
De acordo com Derdyk (2015),
Derdyk (2015) ainda acrescenta que nesta etapa, a ocupação do papel é às vezes
integral, parcial no centro, nos lados, em baixo, em cima, gestos largos, pequenos, etc.
De acordo com Bernson (1966, apud MÈREDIEU, 2017), surge um traçado
próprio da criança, cuja característica marcante é o formato arredondado, convexo ou
alongado, que surge por meio dos seus impulsos e de gestos hesitantes da mão. Segundo
Spindola e Oliveira (2008, p. 67), “o círculo é uma das primeiras figuras a destacar no
conjunto de riscos e rabiscos, que envolve coordenação dos pontos de partida e de
chegada.”
Segundo Mèredieu ( 2017), a criança nessa idade rabisca pelo prazer do gesto e
esse rabiscar é antes de tudo motor.
Entre um e dois anos, mesmo não tendo uma coordenação muscular madura, a
criança é capaz de riscar na fola de papel, geralmente com linhas simples e curtas. Vê-se
a garatuja se desenvolver em curvas fechadas horizontais, depois em espirais e, por fim,
em confusos círculos múltiplos.
De dois aos três anos de idade a criança começa a perceber que o seu rabisco
produz um traço e esse tem um efeito, continuando agora a rabiscar não mais por prazer
e sim para ver o resultado que o seu rabisco produz. A partir de agora o seu rabisco é
intencional e a criança passa a observar as suas produções. A criança começa a
desenvolver controle muscular suficiente para empunhar um instrumento qualquer, até o
próprio dedo e começa a rabiscar diferentes superfícies, como papel, parede, areia, terra,
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1. Criança de dois anos de idade. Despreocupação com a intencionalidade. (SOUZA, 2010, p. 20)
2. Desenho de uma criança de três anos de idade. Traços com formas e uma intenção ao desenhar.
(SOUZA, 2010, p. 21)
Méredieu (2017) afirma que esse momento de descoberta do traço é decisivo,
pois a criança começa a ligar a relação entre rabiscar e o seu traçado originando, assim,
o grafismo voluntário.
Os traços das crianças nessa idade vão além de uma simples atividade sensório-
motora, pois já mostra uma forma de se comunicar por meio da sua reapresentação. Essa
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agora, ela cria, conscientemente, modelos que têm alguma relação com o
mundo à sua volta. Este trabalho consciente de formas adquire grande
significado. [..] Os traços e garatujas perdem, continuamente, suas relações
com os movimentos corporais e passam a ser controlados, relacionando-se
com os objetos visuais (Lowenfeld e Brittain, 1977, p. 147).
A criança nessa idade ainda não possui uma visão geral do que são desenhos,
entretanto, em suas atividades estão presentes a fabulação e a narração e, desse modo,
mostram uma sequência lógica em sua figuração. As cores que as crianças usam em seu
desenho são uma escolha de acordo com o seu emocional e demonstram assim o que
sentem.
Luquet (1969) fala de modelo interno para explicar o realismo psicológico da criança,
ou seja, as experiências que a criança adquiriu com o objeto real e que estão em sua
memória.
A esse respeito, Ferreira (1998) comenta:
5 METODOLOGIA
Este capítulo tem por objetivo apresentar o caminho percorrido para a realização
desta pesquisa, apresentando a metodologia de investigação utilizada, bem como a
natureza e o tipo de pesquisa escolhido, visando, ao seu final, apontar para a
importância do desenho para o desenvolvimento da criança pequena.
O presente estudo constitui-se como uma pesquisa de natureza qualitativo-
exploratória a qual, segundo Minayo et al (2001, p. 21), “responde a questões muito
particulares [e] se ocupa, nas Ciências Sociais, com um nível de realidade que não pode
ou não deveria ser quantificado”. Justifica-se a opção pela abordagem qualitativa por
entendermos ser uma forma mais detalhada para entender o fenômeno pesquisado.
A pesquisa exploratória nos possibilita aproximarmos do problema a ser
investigado e, desse modo, torná-lo mais explícito com o objetivo de explorar os vários
aspectos estudados. Segundo Minayo (1994), pesquisas exploratórias têm como
característica principal a compreensão detalhada do ambiente natural em que estão
inseridos os sujeitos.
Quanto aos meios, o presente estudo foi conduzido sob a forma de pesquisa
bibliográfica para discutir e compreender o desenho e sua importância para a criança,
tema escolhido para este trabalho.
No entendimento de Oliveira (2004),
Portanto, para esta pesquisa, o primeiro passo foi fazer um levantamento a partir
do tema escolhido, em bases extraídas de diferentes fontes como, artigos de revistas,
bibliotecas digitais, livros, teses, anais, periódicos, entre outros. Os critérios de seleção
para escolha do material a ser consultado foram, por conseguinte, referentes aos temas
38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2017.
LOWENFELD, Viktor. A criança e sua arte. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
MÈREDIEU, Florence de. O desenho infantil. 12. ed., São Paulo: Editora Cultrix,
2017.
42
PORCHER, Louis (org.). Educação artística: luxo ou necessidade? 5. ed., São Paulo:
Summus, 1982.
SANT ANA, Wallace Pereira, SANT ANA, Roseane Pereira. O valor histórico e sua
importância para o desenvolvimento da criança. Revista Mediação, Pires do Rio –
GO, v. 14. N. 1, p. 70-82, jan.-jun. 2019. Disponível em:
https://www.revista.ueg.br/index.php/mediacao/article/view/7523. Acesso em: 25 de
outubro de 2020.
SOUZA, Ana Paula Bellot de. Evolução do Grafismo na educação Infantil. Pós-
graduação – Universidade Candido Mendes Instituto a Vez do Mestre, Rio de Janeiro,
2010.