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Maria Beatriz Machado

FISIOLOGIA – AULA? - FISIOLOGIA MASCULINA


1. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONADAL
 Este eixo age da seguinte maneira:
 Quando há pouca testosterona na corrente sanguínea, o hipotálamo percebe essa queda, e assim vai liberar mais
GNRH (hormônio liberador de gonadotrofina).
 O GNRH vai agir na adenohipófise, estimulando-a a liberar os hormônios LH e FSH.
 Estes hormônios caem na corrente sanguínea, e chegam até os testículos, onde será estimulada a produção de
testosterona.
 Quando aumenta a concentração de testosterona, esse aumento vai fazer com que ocorra um feedback negativo
de alça longa, ou seja, a alta concentração de testosterona é percebida pelo hipotálamo que irá liberar menos
GNRH para agir na adenohipófise.
 A adenohipófise por sua vez liberará menos LH, e FSH e vai diminuir a produção de testosterona.
 Além disso, a célula de Sertoli libera o hormônio INIBINA que irá agir na adenohipófise, inibindo a liberação de
mais FSH.
2. HORMÔNIO LH
 Age se ligando aos receptores da célula de Leydig
 Estimula essa célula a produzir segundo mensageiro, e após alguns processos produzir a testosterona.
3. HORMÔNIO FSH
 Age se ligando aos receptores da célula de Sertoli.
 Estimula essa célula a produzir segundo mensageiro, e após alguns processos, produzir substâncias que irão nutrir a
espermatogônia, e a produzir o ABP (Proteína ligante de androgênio).
4. CÉLULAS DO TESTÍCULO
 Espermatogônias: Vão se tornar os espermatozoides.
 Célula de Leydig: Onde age o LH, e produz testosterona.
 Célula de Sertoli: Onde age o FSH, e ela produz substâncias que nutrem a espermatogônia, e produz ABP – Proteína
ligante de androgênio.
5. DIFERENCIAÇÃO DO EMBRIÃO
 Ocorre na 7º semana de vida intrauterina.
 O cromossomo Y faz com que a crista genital produza “testosterona”, e essa testosterona será responsável pela
diferenciação do embrião.
 Quando o testículo se forma pela diferenciação, suas próprias células de Leydig vão passar a produzir a testosterona.
 Mas para que as células de Leydig produzam a testosterona, elas devem ser estimuladas pela GONADOTROFINA
CORIÔNICA (Hormônio de mesma fórmula do LH) que é produzida pela placenta.
 Quando a criança nasce, essa gonadotrofina coriônica para de estimular, e a produção de testosterona cessa até por
volta dos 12 anos.
6. TESTOSTERONA
 É um hormônio esteroide, e por isso consegue atravessar a membrana lipídica para se ligar ao seu receptor no
citoplasma das células alvo.
 Começa a ser produzida na vida fora do útero por volta dos 12 anos, tendo seu pico até os 45 anos.
 É produzida pela célula de Leydig, e através da ABP vai se ligar a espermatogônia (pois ela não possui receptores de
testosterona), e assim vai estimular essa célula a amadurecer e se tornar o espermatozoide.
 Sua forma ativa é a DIIDROTESTOSTERONA.
 Essa testosterona é transportada na corrente sanguínea pela proteína transportadora de androgênio, e quando chega
a uma célula onde deve agir, se desliga da proteína, passa pela membrana celular (lembrar que é hormônio esteroide)
e vai se ligar ao seu receptor.
Maria Beatriz Machado

 Além disso, é responsável pelos caracteres sexuais masculinos primários e secundários.


 Primários: Orgãos genitais, e fertilidade.
 Secundários: Pêlos, mais colágeno, acne, voz grossa, músculos mais desenvolvidos.
 OBS: Algumas células do corpo não possuem receptores para a testosterona, mas sim para a sua forma ativa, a
diidrotestosterona. O que ocorre vai ser que a testosterona vai entrar no citoplasma da célula, e nesse citoplasma vai
ser transformada em diidrotestosterona por meio da ação da ENZIMA 5-ALFA REDUTASE.
 OBS: Algumas células como as células ósseas, não possuem receptores para testosterona, somente para o estrogênio.
O que ocorre vai ser que a testosterona vai ser transformada no citoplasma dessas células em estrogênio, por meio da
ação da ENZIMA AROMATASE.
7. CASOS CLÍNICOS.
7.1. INFERTILIDADE PELA APLICAÇÃO DE TESTOSTERONA
 Quando a pessoa faz uso de aplicações de testosterona, essa grande concentração do hormônio na corrente
sanguínea vai inibir o hipotálamo de liberar o GNRH.
 Sem o GNRH a adenohipófise não será estimulada, e não vai liberar LH e FSH.
 Sem o FSH, a célula de Sertoli não irá produzir substâncias que nutrem as espermatogônias, e também não produzirá
a ABP.
 Sem a ABP, a testosterona não se liga a espermatogônia, assim ela não irá amadurecer se tornando espermatozoide, e
a pessoa se torna infértil.
7.2. APLASIA GERMINAL (GERMINATIVA)
 Níveis de FSH aumentados, e níveis de LH normais.
 Causa infertilidade.
 Não possui células germinativas.
7.3. CASTRAÇÃO FUNCIONAL PRÉ PUBERAL
 Falência testicular.
 Não produz testosterona pelo testículo, e isso faz com que a adenohipófise seja muito estimulada a liberar LH e FSH,
tendo assim níveis muito altos desses hormônios.
 Também não produz espermatozoides pois a testosterona não está presente para a maturação das espermatogônias.
 O tratamento é a reposição hormonal de testosterona.
7.4. EUNUCOIDISMO HIPOGONADOTRÓFICO
 Ocorre quando o hipotálamo não secreta quantidades suficientes de GNRH.
 Esse GNRH não vai agir corretamente sobre a adenohipófise e ela vai liberar quantidades insuficientes de LH e FSH.
 Com baixos níveis de LH, vai ser produzida pouca testosterona.
 E com baixos níveis de FSH não vai produzir muita substância para nutrir a espermatogônia, e não vai produzir ABP
para ligar a testosterona na espermatogônia, causando infertilidade, pois ela não se torna espermatozoide.
 A falta de produção de testosterona também vai fazer com que os órgãos masculinos fiquem infantilizados.

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