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1. Síntese Proteica – Tradução – de RNA à Proteína .................. 3 4.5 - Mutação no Promotor – .................................................. 7
1.1 – Transcrição e Tradução – .......................................... 3 4.6 - Mutações no Processamento do RNAm – ....................... 7
1.1.1 - Procarioto –............................................................... 3 4.7 - Inserção de Transposons – .............................................. 7
1.1.2 - Eucarioto – ................................................................ 3 4.8 - Repetições expandidas também chamada de Expansão
1.1.3 - Estrutura de um gene – ............................................ 3 de Nucleotídeos – .................................................................... 7
1.1.4 - Dogma Central da Genética – ................................... 3 4.9 - Consequências Moleculares das Mutações – .................. 7
1.3 - As moléculas de RNAt transportam os aminoácidos para 4.9.2 - Perda de Função – .................................................... 7
os códons no RNAm – .............................................................. 3 4.9.3 - Exceções –................................................................. 7
1.4 - Enzimas especificas acoplam os RNAt e os aminoácidos 4.9.4 - Dominante Negativa – .............................................. 8
corretos – ................................................................................. 3 4.10 - Mutação em Gene Estrutural – ..................................... 8
1.4.1 - A mensagem do RNA é decodificada nos ribossomos – 4.11 - Consequências das Mutações com relação a Célula – .. 8
................................................................................................. 4
5. As Bases Citológicas da Hereditariedade ............................... 8
1.5 - Síntese Proteica – 3 Etapas – ........................................... 4
5.1 - Na intérfase – .................................................................. 8
1.6 - Alongamento –................................................................. 4
5.2 - Na divisão – ..................................................................... 8
1.7 - Finalização – ............................................................... 4
5.3 - Citogenética ..................................................................... 8
1.8 - Início da tradução – fatores de iniciação Eucariotos – .... 4
5.3.1 - Quanto ao número – número normal dos
1.9 - Os códons do RNAm sinalizam onde iniciar e terminar a cromossomos humanos – 46 (23 pares);............................. 8
síntese proteica – ..................................................................... 4
5.3.2 - Quanto à forma – ..................................................... 9
1.10 - A tradução não é o fim da história – após a liberação da
cadeia polipeptídica recém-sintetizada pelo ribossomo 5.3.3 - De acordo com a posição do centrômero – ............. 9
ocorre: ...................................................................................... 5 5.3.4 - Quanto ao tamanho –............................................... 9
2. Mutações Gênicas I ................................................................. 5 5.4 - Regiões Organizadoras de Nucléolos – RON ou NOR – ... 9
2.1 - Mutação – Qualquer alteração permanente que esteja 5.5 - Indicações Clínicas para a Análise Cromossômica – ........ 9
presente no DNA – pode ocorrer em qualquer célula, tanto 6. Técnicas para o Estudo dos Cromossomos Humanos ............ 9
em células da linhagem germinativa como em células
somáticas – .............................................................................. 5 6.1 - Cultura de células para análise cromossómica................ 9
2.2 - Agentes Mutagênicos –.................................................... 5 6.2 - Cultura celular para análise cromossómica ................... 10
2.3 - As mutações envolvem – ................................................. 5 6.3 - Bloqueio das células em metáfase ................................ 10
2.4 - Mutação – ........................................................................ 6 6.4 - Tratamento das células com soluto hipotônico ............ 10
4.3 - Deleções e Inserções – ..................................................... 7 6.8 - Outras Técnicas – especiais para o estudo de
determinadas regiões dos cromossomos ou de algum
4.4 - Duplicações ou Deleções de Genes Inteiros – ................. 7 cromossomo especifico – ...................................................... 10
Livros –
09/02/18
João Victor Mendes Molina – Genética – 1º Bimestre
1. Síntese Proteica – Tradução – de RNA à Proteína
1.1 – Transcrição e Tradução –
1.1.1 - Procarioto –
RNA;
Proteína;
Obs.: processo de síntese de RNA e proteína é simultâneo;
1.1.2 - Eucarioto –
Pré-mRNA;
mRNA maduro;
Proteína;
Região promotora – marca o início do gene, com sequencias de bases que marcam as enzimas para iniciar
Região terminalizadora – demarca o final da mensagem do gene;
A RNA Polimerase começa a ler a mensagem do RNA a partir da região promotora e vai até a última mensagem antes da região
terminalizadora, sem ler esta região.
Na ponta do carbono 5’ é colocado um “CAP” para determinar o final do RNA, enquanto que na ponta final (carbono 3’) é colocado
uma molécula de POLI-A (diversos nucleotídeos com a base principal sendo Adenina). Este processo é denominado de maturação do
RNA.
Na sequencia o RNA sofre splicing, ou seja, a retirada dos Íntrons e aproximação e ligação dos Exons. As mesmas enzimas que cortam
e retiram os Íntrons aproximam e ligam os Exons. Após estes dois processos, o pré-mRNA torna-se o mRNA (maduro).
Códon sem sentido – na tabela chamado de “STOP” – é conhecido como códon de parada ou terminalização – não há aminoácidos
associados a eles, portanto, na tabela de código genético há certos códigos que não indicam aminoácidos e são representados por
“STOP”, representando os códons: UAA, UAG e UGA.
O reconhecimento e a ligação do aminoácido dependem de uma enzima aminoacil-RNAt sintetase – a ligação é covalente;
João Victor Mendes Molina – Genética – 1º Bimestre
Existe uma enzima sintetase para cada aminoácido – 20 sintetases;
Ribossomos – grande complexo composto por mais de 50 diferentes tipos de proteínas (as proteínas ribossomais) e diversas
moléculas de RNA (RNA’s ribossomais – RNAr);
2 subunidades –
o Grande –
o Pequena –
Ribossomos eucarióticos e procarióticos são bastante similares, tanto em estrutura quanto em seu funcionamento.
1. Inicialização –
I. RNAt se prende ao aminoácido;
II. O RNAt se liga a subunidade menor Ribossomal no sitio de ligação E;
III. O RNAm se liga ao sitio E do ribossomo através de sua extremidade, que necessariamente
precisa estar com CAP, se não tiver o CAP, não haverá ligação;
IV. Em seguida, um outro RNAt com outro códon se liga a subunidade menor no sitio de
ligação A, fazendo com que os dois códons de aminoácidos fiquem próximos na região
dos anticódons, causando uma aproximação, e consequentemente, uma ligação peptídica
entre os aminoácidos
1.6 - Alongamento –
1.7 - Finalização –
Na última etapa, o polipeptídeo final é liberado para que possa cumprir sua função na célula. A
terminação acontece quando um códon de parada no RNAm (UAA, UAG ou UGA) entra no sítio A.
Códons de parada são reconhecidos por proteínas chamadas de fatores de liberação, os quais se adaptam perfeitamente no sítio P
(embora não sejam RNAt). Fatores de liberação confundem a enzima que normalmente forma as ligações peptídicas: fazem-na
adicionar uma molécula de água ao último aminoácido da cadeia. Essa reação separa a cadeia do RNAt, assim a proteína recém-
produzida é liberada.
As proteínas podem ser produzidas em polirribossomos (Polissomos). Um novo ribossomo é montado na extremidade de 5’ de um
RNAm, cerca de 80 nucleotídeos após o primeiro. Mas as proteínas produzidas em cada ribossomo do agregado (polirribossomo)
serão as mesmas, pois o RNAm (portador da sequência de aminoácidos da proteína) é o mesmo.
Vários de nossos mais efetivos antibióticos são compostos que atuam pela inibição da síntese proteica bacteriana, sem afetar
a síntese proteica eucariótica;
Diferentes antibióticos inibem passos diferentes do processo de síntese;
Estreptomicina Evita a transição do complexo de iniciação para um ribossomo capaz de extensão de cadeia
Rifamicina Bloqueia a iniciação das cadeias de RNA pela ligação à RNA polimerase
1.10 - A tradução não é o fim da história – após a liberação da cadeia polipeptídica recém-sintetizada pelo
ribossomo ocorre:
16/02/18
2. Mutações Gênicas I
2.1 - Mutação – Qualquer alteração permanente que esteja presente no DNA – pode ocorrer em qualquer
célula, tanto em células da linhagem germinativa como em células somáticas –
A Mutação é passível de reparo, através do reparo de DNA (estudar núcleo), fazendo assim com que a mutação não seja mais
permanente e então deixa de ser mutação.
Agente físico –
o Radiação ionizante – liberação de elétrons tornando as moléculas mais reativas;
o Causam erro de pareamento das bases e pode romper ligações açúcar –fosfato;
o Ex.: Raio X – produz radical hidroxila que altera a estrutura da base ou quebra a fita;
o Radiação UV – formação de dímeros de pirimidina;
Agentes químicos – drogas lícitas, ilícita –
o Análogos de base – estrutura semelhante a base nitrogenada, ex.: 5 bromouracil = timina, sua forma enólica pareia
com G, entra no lugar da T e pareia com G;
o Compostos de ação direta – modificam a estrutura das bases – ex.: HNO₂ - ácido nitroso. Desamina A = hipoxantina
e pareia com C, Desanima C = uracila e pareia com A;
o Intercalantes – intercala entre as bases e distorce a dupla fita. Provoca a inserção ou deleção de bases durante a
replicação;
o Alquilantes – metilam G=A e pareia com T;
Agentes biológicos – vírus e bactérias.
A região suscetível de alteração no DNA são as bases – aminoácidos – alterando assim as proteínas.
Obs.: Nem todas as mutações são ruins, as mutações evolucionistas nos levaram a prevalecer apesar das dificuldades. Mutações ruins
podem ser resumidas em todas as alterações prejudiciais que existem no genoma humano. E há ainda a mutação neutra, que não
gera efeitos sobre a sobrevivência humana, como por exemplo, as diferentes cores de cabelo e de olho.
Ocasionais – erro espontâneo no momento da duplicação do DNA na mitose ou na meiose – sem causa aparente – sem
agente mutagênico externo;
Provocados por agentes mutagênicos de origem eletromagnética, química ou biológica;
Induzidas em laboratório com o uso intencional de mutagênicos sobre organismos vivos – melancia sem semente criada pela
EMBRAPA, portando, é muito utilizada, principalmente na agricultura, para agregar maior valor ou facilitar o dia-a-dia;
Ligação entre moléculas de Timina, formando um dímero, na mesma cadeia, podendo desencadear o câncer de pele.
3. Reparo de DNA
3.1 - As células se utilizam de mecanismos para manter a integridade do seu DNA –
1. Profreading – realizado pela DNA polimerase durante a duplicação – estima-se que acontece 1 erro na replicação de 10⁸
bases;
2. Reparo – realizado após ação de agentes mutagênicos, só ocorre na fase G1;
3.2 - Enzimas –
Ocorre como consequência de uma mutação não reparada no gene da β-globina, transformando uma Adenina em Timina.
A alta fidelidade com a qual o DNA é mantido significa que espécies intimamente relacionadas tem proteínas com sequencias muito
semelhantes ou até idênticas.
4. Mutações Gênicas II
4.1 - Substituição de nucleotídeos –
Substituição de um único nucleotídeo (base) = mutação de ponto pode levar à substituição de uma trinca de bases por outra
alterando a cadeia polipeptídica –
Transição – Pur (Púrica – Adenina ou Guanina) Pur ou Pir Pir (pirimídica – Citosina, Timina e Uracila).
A. Substituição Silenciosa – há mutação no DNA (troca uma base por outra), mas, o novo códon reflete o mesmo aminoácido,
pois o código genético é degenerado, mantendo o mesmo aminoácido apesar da mudança das bases, portanto, altera a base,
mas não altera a cadeia polipeptídica não altera a proteína;
B. Substituição de sentido troca (missense) – troca-se a base, e como consequência, troca-se o aminoácido, alterando a cadeia
polipeptídica, é o que ocorre na anemia falciforme altera a proteína;
Causadas pela inserção ou deleção de um ou mais pares de bases. Podem produzir aminoácidos extras ou ausentes em uma proteína
(quando a quantidade de bases afetadas é múltipla de 3). Com a deleção de uma única base ou qualquer quantidade que não seja
múltiplo de 3, os aminoácidos ficaram completamente diferentes a partir do ponto de deleção, pois irá alterar a matriz de leitura
(FRAMESHIFT). Porém, se for deletada 3 bases, ou quantidade que seja múltiplo de 3, não se altera a matriz de leitura, apesar de
ocorrer a diminuição de aminoácidos na cadeia. A inserção segue o mesmo princípio da deleção.
Afeta genes que apresentam “sensibilidade de dosagem”. Afeta completamente o gene, como por exemplo em patologias que há a
ausência completa de determinado gene. Ex.: doença do SNP
Genes que regulam hormônios – se houver a duplicação do gene que regula isso (o normal é 2, se um duplicar ficará com 3)
hipertireoidismo, se houver deleção do gene hipotireoidismo.
Podem diminuir a afinidade da RNA polimerase pelo sitio promotor não produzindo RNAm. O resultado final é a produção diminuída
de uma proteína. Toda mutação no promotor altera a transcrição.
Para formar um RNAm madura – Íntrons são excisados do RNAm e exons unidos.
O corte depende de determinadas sequencias de nucleotídeos localizadas nos sítios aceptor (íntron/Exons) e no sitio doador
(exon/íntron), a enzima não reconhece a sequência e corta no meio da sequência.
Transposons – são elementos moveis. São pedaços de DNA que conseguem, sozinhos, se soltar de seu local, encontra outro local no
núcleo e se fixa novamente. São copias de determinadas sequencias de DNA capazes de se inserir em outros locais nos cromossomos.
A inserção destes transposons pode causar mudanças na matriz de leitura.
Começa-se a duplicar, triplicar enfim, replicar uma trinca, várias e várias vezes. Como consequência, acarreta diversas patologias.
Doenças dominantes, resultam em: proteína nova, hiperexpressão do produto (expressa maior quantidade que o normal, se houver
sensibilidade de dose, pode acarretar patologia por hiperexpressão), expressão inapropriada (expressão em local adverso).
Doenças recessivas – perde um gene – mas o que sobra é suficiente (50%), a doença é recessiva e o normal é dominante, pois 50%
dá conta do recado.
4.9.3 - Exceções –
Haploinsuficiência – quando 50% do produto não for suficiente – pode resultar em uma doença dominante.
Um produto proteico que além de não funcional, inibe o funcionamento da proteína produzida pelo alelo normal ou heterozigoto.
Mutação em Gene Regulador – influi na expressão de todos os genes estruturais que ele regula. O gene regulador pode realizar
regulação positiva ou negativa, e este pode retornar ao núcleo e alterar outros genes, afetando assim, diversas outras proteínas.
Regulação positiva – os genes reguladores devem ativar os genes estruturais, fazendo-os se expressarem – com uma
mutação, os genes não se expressam;
Regulação negativa – os genes são transcritos a menos que sejam desativados pela proteína reguladora – mutação que inative
o regulador faz com que os genes nunca parem de transcrever;
Mutações somáticas – prejuízo para o indivíduo, pode causar tumores, mosaicismo na fase embrionária;
Mutações gaméticas – transmitidas as futuras gerações.
23/02/18
5.1 - Na intérfase –
Eucromatina;
Heterocromatina;
5.2 - Na divisão –
Cromossomo.
Cromossomos só podem ser visualizados individualmente por um breve período durante a divisão celular, na Metáfase.
Cromossomos Humanos –
5.3 - Citogenética
Campo da genética envolvido principalmente com o aspecto, o número e a segregação dos cromossomos.
5.3.1 - Quanto ao número – número normal dos cromossomos humanos – 46 (23 pares);
Destes –
o 44 (22 pares) são homólogos nos dois sexos – autossomos;
o 2 (1 par) – homólogos na mulher – XX e não homólogos no homem XY.
Metacêntrico – apresenta um centrômero mais ou menos central e braços de comprimentos aproximadamente iguais;
Submetacêntrico – o centrômero é excêntrico e apresenta braços de comprimento nitidamente diferentes;
Acrocêntrico – apresenta centrômero próximo a uma extremidade.
Grandes;
Médios;
Pequenos;
Muito pequenos.
As técnicas de análise citogenética permitem observar o complemento cromossómico de um organismo, ou segmentos específicos
de cromossomas, sendo um dos seus principais objetivos, a identificação de alterações cromossómicas associadas a evolução e
especiação. Outro objetivo importante é a identificação de instabilidade cromossómica associada a genotoxicidade.
Os cromossomas observam-se em células que se encontram em metáfase. Assim sendo, é necessário obter células em divisão para
fazer um estudo cromossómico. Podem-se obter células em divisão espontânea (e.g., a partir das brânquias dos bivalves), ou a partir
de culturas cuja divisão é induzida, como células do sangue periférico.
Serão descritos os fundamentos da técnica de cultura de linfócitos, por ser a técnica de rotina mais utilizada para o estabelecimento
do cariótipo constitucional e porque inclui procedimentos que são comuns a todos os tipos de cultura.
Recolhe-se sangue periférico em seringa heparinizada. A cultura pode ser feita a partir de amostras de sangue total, ou dos linfócitos
isolados com Histopaque. As células são inoculadas, numa câmara de fluxo laminar, em meio de cultura (que contém um meio de
suporte celular basal, nutrientes, obtidos a partir de soro fetal bovino, penicilina e estreptomicina, para se garantir condições
assépticas, e fitohemaglutinina, PHA, agente mitogênico para induzir especificamente o crescimento de linfócitos T); a suspensão
celular é depois incubada a 37ºC, numa atmosfera com 5% CO2, durante 3 a 5 dias.
Ao fim da incubação adiciona-se colchicina ao meio de cultura. Esta substância impede a formação do fuso acromático, por dissolução
da tubulina, e consequentemente e paragem do ciclo celular em metáfase, com espalhamento dos cromossomas pelo núcleo e
contração gradual dos cromossomas. O tempo de atuação da colchicina (1 a 2 horas) é um parâmetro fundamental: tempo a menos
pode não bloquear um número suficiente de metáfases para fazer o estudo cromossómico adequado; tempo a mais pode dar origem
a uma contração exagerada dos cromossomas.
Após centrifugação, para se retirar o meio com colchicina, a suspensão celular é sujeita a um tratamento com um soluto hipotônico
(KCl a 0,075M), que provoca a lise da membrana plasmática dos linfócitos, obtendo-se uma suspensão nuclear; além disso, provoca
o intumescimento dos núcleos permitindo um maior espalhamento dos cromossomas.
6.5 - Fixação
Após centrifugação, para a remoção do soluto hipotônico, as células são fixadas em ácido acético: metanol. Seguem-se várias lavagens
com o mesmo fixador para eliminar restos celulares e citoplasmáticos que se encontram na suspensão. Após a última lavagem,
suspendem-se as células numa quantidade de fixador adequada para a obtenção de um número suficiente de células por gota de
suspensão.
6.6.2 - IN VIVO – tecidos com alta taxa de multiplicação celular – alto índice mitótico. Ex.: células da medula esternal, da
crista ilíaca, da camada de Malpighi da epiderme, da bainha radicular epitelial dos bulbos.
6.8 - Outras Técnicas – especiais para o estudo de determinadas regiões dos cromossomos ou de algum
cromossomo especifico –
Bandas NOR;
Bandas T;
Bandeamento G em alta definição.
Ideograma – representação esquemática dos padrões de bandeamentos dos cromossomos humanos – utilizando o
bandeamento G;
Capacidade de um segmento de uma cadeia simples de DNA (sonda ou probe) enrola-se com uma sequência complementar
desconhecida. Prepara-se sondas especificas de DNA, marcadas pela incorporação de nucleotídeos quimicamente modificados que
são fluorescentes ou podem ser detectados pela ligação a uma molécula florescente, visualizados sob luz fluorescente.
O estudo do cariótipo por técnicas de citogenética convencional é o mais utilizado pois permite, com muita resolução e de forma
simples e prática, observar todo o complemento cromossómico. No entanto, em determinadas situações (e.g., nas culturas de células
malignas) a má qualidade dos cromossomas pode não permitir a identificação correta de todo o complemento cromossómico. Nestes
casos, e se o que se pretende identificar são cromossomas específicos e não o complemento cromossómico total, podem utilizar-se
técnicas de citogenética molecular, que se baseiam na marcação de cromossomas ou segmentos cromossómicos por hibridização in
situ. Destas, aquela que se aplica mais frequentemente é a técnica de marcação por FISH (fluorescent in situ hybridization).
A técnica de FISH baseia-se no uso de sondas, isto é, sequências de DNA ligadas a fluorocromos que, por sua vez, se ligam a sequências
de DNA que lhe são complementares.
Sondas de painting – ligam-se a todas as posições de um cromossoma específico. Permitem detectar aneuploidias, deleções,
translocações e identificar cromossomas marcadores.
Sondas centroméricas – permitem identificar alterações a nível do centrómero. Ao marcarem regiões centroméricas de cromossomas
específicos também podem ser utilizadas para detecção de aneuploidias sem necessidade de utilizar sondas de painting.
Sondas de sequência única (génicas) – permitem identificar microdeleções, alterações envolvendo genes específicos e oncogenes,
que não são detectados por citogenética convencional.
Sondas subteloméricas – permitem identificar translocações atípicas que envolvem regiões subteloméricas.
A técnica de FISH envolve basicamente os seguintes passos: desnaturação da sonda específica de DNA e sua marcação com um
fluorocromo, em que o método de marcação pode ser direto (a própria sonda marcada com o fluorocromo) ou indireto (a sonda é
ligada a um anticorpo que por sua vez se liga a outro que transporta o fluorocromo), que tem a vantagem de amplificar o sinal de
fluorescência; desnaturação do DNA dos cromossomas alvo de estudo que se encontram em placas metafásicas fixadas e espalhadas
em lâmina; hibridização da sonda com os cromossoma; e observação dos cromossomas marcados em microscópio de fluorescência,
com filtros adequados para o tipo de fluorocromo que se utiliza. Sob condições de temperatura e concentração salina altamente
restringentes, a sonda hibrida unicamente com segmentos complementares de DNA e não com a imensa quantidade de segmentos
de outras partes do genoma. Sob estas condições, as pontes que se formam entre sequências que não emparelham perfeitamente
tornam-se instáveis, e as que se formam entra sequências que emparelham perfeitamente são estáveis.
Refere-se à visualização de alterações cromossómica em núcleos inteiros. É particularmente útil na identificação de alterações
cromossómicas que se encontram em pequenas percentagens de células (mosaicismo) e que são difíceis de detectar por citogenética
convencional ou mesmo por técnicas de FISH. Também se utiliza este método quando não é possível obter um número suficiente de
cromossomas em metáfase.
Apesar da grande sensibilidade e versatilidade da IFISH, é sempre um método citogenético indireto e necessita de controlo, para
salvaguardar falsos positivos e/ou negativos. A disponibilidade de diferentes tipos de sondas específicas para uma grande
variabilidade de sequências de DNA e de sistemas de detecção de fluorescência permitem a visualização simultânea de múltiplas
sondas no mesmo núcleo.
É uma técnica de citogenética molecular que se utiliza para fazer um screening de todo o genoma, com o objetivo de detectar
diferenças no número de cópias de qualquer sequência de DNA de um indivíduo.
Sondas obtidas a partir de DNA do organismo a testar e de DNA de um organismo normal serão marcadas de forma diferente (a verde
o DNA do organismo a testar e a vermelho o DNA do organismo normal). Estas duas sondas serão então co-hibridadas com
cromossomas metafásicos normais. As diferenças no número de cópias serão detectadas através dos diferentes índices de
intensidade das cores verde e vermelho. O índice será calculado ao longo de cada cromossoma por um sistema de análise de imagem
digital.
Esta técnica é utilizada para estudos de alterações submicroscópicas, que por isso não podem ser identificadas por citogenética
convencional ou mesmo por FISH. Com o método de CGH descrito, regiões que aparecem a verde refletem ganhos de DNA e
amplificação; regiões que aparecem a vermelho refletem perdas e deleções.
É um método que permite fazer a detecção simultânea de todos os cromossomas de uma metáfase. Utilizando sondas de painting
para cada cromossoma e associar o mesmo número de fluorocromos é possível fazer um esquema de marcação combinada que
permite marcar de forma diferente cada um dos autossomas, o X e o Y.
Sondas para cromossomos inteiros – coquetel de sondas obtidas de diferentes regiões de um cromossomo. Quando este
coquetel é utilizado todo o cromossomo fica fluorescente, útil para caracterizar rearranjos.
02/03/18
8.2 - Mosaicismo –
É resultante de eventos pós-zigóticos, quando um embrião já se constitui de mais de uma célula. Risco de recorrência – desprezível.
No entanto – se esse mosaicismo se estender para as células da linhagem germinativa, os riscos para seus filhos podem ser
substanciais.
8.3.1 - Euploidia –
Alterações que envolvem todo o genoma, originando células cujo número de cromossomos é um múltiplo exato do número haploide.
Causa somática –
Não disjunção;
Erro na fecundação – mais de um espermatozoide fecunda um mesmo óvulo – evento chamado de Dispermia.
8.3.2 - Aneuploidia –
Alterações que envolvem um ou mais cromossomos de cada par, dando origem a múltiplos exatos do número haploide característico.
Principais aneuploidias –
Nulissomia – quando há perca dos dois membros de um par cromossômico (2N – 2) – geralmente letais;
Monossomia – quando há perda de um dos cromossomos do par (2N – 1);
Trissomias – quando há um mesmo cromossomo aparece três vezes (2N + 1).
Mais raras –
o Tetrassomia – um cromossomo está presente quatro vezes (2N + 2);
o Trissomia dupla – corresponde a trissomia de dois cromossomos pertencentes a pares diferentes (2N + 1 +1) –
trissomia do 21 e trissomia do 15, por exemplo.
As perdas de cromossomos têm se mostrado mais deletérias do que a adição (os indivíduos com monossomias completas de qualquer
autossomo são geralmente inviáveis). Ex.: trissomia do cromossomo 21 = síndrome de Down, monossomia do cromossomo 21 é letal.
Essa regra é válida para os autossomos, se tratarmos do cromossomo X, é melhor perder do que ganhar.
Alterações cromossômicas e abortos – diferentes estudos mostram que 30 a 50% dos abortos espontâneos são devidos a alterações
cromossômicas.
Trissomia do 21;
Cariótipo – 47, XX ou XY, +21;
Sinonímia – trissomia do 21;
Anomalia cromossômica – aneuploidias – trissomia do cromossomo 21 (região q22). Em 95% dos casos, trissomia livre, 4%
translocação 14/21 ou 21q/21q, 1% mosaicismo;
Cariótipo – 45, X;
Anomalia cromossômica – aneuploidias do par sexual, 77% originam-se por não disjunção na meiose paterna, 23% por não
disjunção na meiose materna ou nas divisões pós zigóticas, 60% são 45, X, 40% são mosaicos (46, XX e 45, X) ou variantes
estruturais (ex.: X em anel 46, X, r (X));
Frequência – 1/2500 a 1/6000 recém-nascidos do sexo feminino, independentemente da idade materna;
Fenótipo – feminino, cromatina X negativa;
Observações – expectativa de vida normal, podendo ser alterada por doença cardiovascular ou renal. Não tem risco maior
do que a população normal de apresentarem problemas de aprendizagem ou psiquiátricos.
João Victor Mendes Molina – Genética – 1º Bimestre
Tratamento – hormônios ovarianos;
Sintomas – genitália infantilizada, não há presença de pelos;
9.2.1 - Balanceados –
O conjunto cromossômico está completo, sem perda e sem adição de material genético.
O conjunto cromossômico contém uma quantidade incorreta de material cromossômicos e os efeitos clínicos são geralmente mais
graves.
Mais recente – não balanceado – quando houver material genético patogênico adicional ou ausente – cultura transgênica.
Causam – problemas no pareamento dos homólogos na meiose. Para que ocorra a meiose e o consequente pareamento dos
homólogos (não ocorre na mitose), os cromossomos devem parear exatamente com seu par respectivo, porém, se houver
alteração em um dos cromossomos, o pareamento deverá ocorrer com todos os respectivos pares, por exemplo, o cromossomo 1
está ligado a parte do cromossomo 5, ele deverá parear com o cromossomo homólogo 1 e 5, para o caso de adições, no caso de
perda de pedaços, o cromossomo completo forma uma alça, indicando que tal sequencia está faltando no cromossomo homólogo
pareado.
Translocações não afetam o portador da alteração, por ter ocorrido ao longo da vida, o portador não possui todas as suas células
afetadas, e como suas células não sofrem meiose, com exceção das células germinativas, portanto, esta alteração surtirá efeitos
apenas em sua prole, pois, se um óvulo com alterações cromossômicas estruturais for fecundado, todas as células do indivíduo
gerado portarão os problemas.
Geralmente as deficiências são danosas e produzem consequências graves. O efeito das deficiências depende da quantidade e da
qualidade do material genético. O dano depende de qual é o gene e de qual efeito esse gene possui em meu organismo.
Ocorre uma trissomia do cromossomo 22, e o terceiro cromossomo sofre uma deleção. Acarreta
o colabamento da íris.
Atualmente – pela técnica de FISH – podem ser detectadas microdeleções ou microduplicações, menores do que as bandas reveladas
pela coloração convencional. Certas microdeleções têm sido associadas a algumas síndromes – ex.: microdeleções no Y podem ser
uma das causas de infertilidade masculina.
11.2 - Isocromossomo –
11.2.1 - Consequência –
Os dois cromossomos resultantes apresentam-se com braços iguais (metacêntricos), sendo duplicados para um dos braços.
12. Inversão
É uma reorganização na sequência de genes. Inverte-se apenas a ordem
de organização cromossômica. Consequências – na grande maioria das
vezes, não acarreta nenhuma patologia, porém, durante a divisão
meiótica, no crossing-over, podem gerar uma divisão completamente
errada.
As inversoes são rearranjos BALANCEADOS, raramente causam problemas nos portadores. Entretanto, podem causar significante
desequilibrio cromossomico para os descendentes.
13. Translocações
Ocorre transferência de segmentos de um cromossomo
para outro não-homólogo. Podem ser – recíproca ou não-
recíprocas. É uma alteração balanceada, sem aumentar ou
diminuir a quantidade de genes. Geralmente não causa
nada para o portador, surtindo efeitos apenas em sua
prole.
Translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22. Encontrado em leucócitos de indivíduos com leucemia mielóide crônica.
16/03/18
Mulheres normais – 44 A, XX
14.1 - Cromossomo Y
Gene SRY – regiao determinante do sexo no Y localização – próxima ao limite pseudo-autossômico no Y codifica proteína
que é um fator de transcrição estimula genes específicos (ainda desconhecidos).
14.3.1 - Evidências –
Portanto –
SRY = TFD;
Genes Yq – fatores de azoospermia – (AZF) – AZFa, AZFb e AZFc – quando estão mutados a pessoa não produz
espermatozóides.
Em 1990, descobriu-se um novo gene candidato a fator determinante testicular, situado no braço curto do cromossomo Y, próximo
à região pseudoautossômica (ver seção 7.7.4), mas fora dos seus limites. Atualmente, considera-se que o fator determinante
testicular está localizado na região determinante do sexo do cromossomo Y (SRY), em Yp11.32, tendo expressão específica nos
testículos. Ele codifica uma sequência de aminoácidos que mostra homologia com um motivo de ligação ao DNA altamente
conservado, indicando que é um fator de transcrição da família do box HMG, grupo de alta mobilidade eletroforética. O domínio
HMG liga-se ao DNA, encurvando a dupla-hélice, o que a torna acessível para a ligação de outros fatores de transcrição. Dada sua
localização, o motivo de ligação ao DNA conservado e sua expressão específica nos testículos, o gene SRY mostra-se o candidato
atualmente aceito para representar o TDF.
14.4 - Cromossomo X –
Cerca de 250 genes. Todos os genes para fazer a musculatura estão contidos no cromossomo X, todos os genes para fazer dentes,
cones, bastonetes, estão contidos no cromossomo X.
Todas as celulas somáticas femininas possuem dois X – somente 1 é ativo, o cromossomo X inativo é chamado de Corpúsculo de Barr.
A inativação ocorre logo após a fertilização – completa após a gastrulação.
Modificação da região promotora de muitos genes do X, pela adição de metila à citosina (enzima DNA metiltransferase) + histona
variante macro H2A. A inativação é aleatória – o X inativado pode ser materno ou paterno.
Alguns genes escapam da inativacao – cerca de 10 a 15% portanto, se expressam, mas em Xp – outros 10% demonstram inativacao
do X variavel (escapam da inativacao em algumas mulheres, mas não em outras).
1. Genes situados na região pseudo-autossômica – permanecem ativos e tanto as mulheres (duas cópias do X) quanto os
homens (1 X e 1 Y) têm duas doses expressas de tais genes. Alelos da região pseudo-autossômica – transmissão de homem
por crossing-over entre X e Y – memetiza uma herança autossômica.
2. Genes fora da região pseudo-autossômica, mas que tem cópias correlatas no Y (tanto homens como mulheres têm duas
cópias ativas). A diferenca com os de cima é que esses não fazem crossing-over;
3. Genes situados fora da regiao pseudo-autossômica do X e que não tem copia no Y – por exemplo, o gene que faz a mama
desenvolver;
Xq proximal – banda Xq13 gene XIST (contido no cromossomo X) – lócus regulador para a inativação do X expresso no X inativo
– produto do XIST – RNA não codificante (RNA que não realiza síntese proteica) associa com o X inativo complexo RNA e XIST
= corpúsculo de Barr.
O XIST inativa o cromossomo X no qual ele faz parte, e será inativado o X que se ligar (produzir RNA primeiro) primeiro – o XIST produz
RNA não codificante e este vai se ligando aos outros genes e procedendo com a inativação, inativando 90% dos genes (10% não são
inativados).
Quando um dos X é anormal deleções, duplicações ou isocromossomos este é inativado inativação preferencial do X
anormal.
4º Sexo – Sexo somático (sexo se manifestando no fenótipo – diferenças no tronco, na laringe, na distribuição de pelos, nas mamas,
acúmulo de gordura no quadril)
Obs. II: 3 e 4 também são chamados de sexo fenotípico, e o 5 é identidade de gênero, identificando com qual sexo o indivíduo se
associa.
Existem diferentes níveis em que o sexo deve ser considerado. A condição de ser um indivíduo feminino ou masculino depende,
primeiramente, dos cromossomos sexuais presentes na concepção. Depois disso, os hormônios exercem um controle sutil sobre o
desenvolvimento das estruturas reprodutivas. Os sentimentos em relação à sexualidade são influenciados tanto por fatores
biológicos como por fatores socioculturais.