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PERIGOSAS ACHERON
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Capa: LA Capas
Diagramação: April Kroes
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Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
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Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
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Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Epílogo
Agradecimentos
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ter.
Quando achou que seria impossível se
apaixonar ainda mais por Gael, ele vem em sua
direção e a cumprimenta com um beijo estalado na
bochecha. Em suas mãos havia uma pequena caixa
de veludo preto. Antes mesmo que ele faça um
movimento ou diga algo, ela sabia o que estava por
vir e o brilho invade seus olhos.
O seu peito parecia pequeno para as batidas
frenéticas que seu coração fazia. Suas mãos
tremiam levemente pela ansiedade do leve toque de
seus dedos que estava eminente. Sua vida se
iluminava mais uma vez pela amabilidade
estampada em seu rosto. Ela não conseguia
acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.
Quando os lábios dele se moveram, três
palavras saíram deles. Três simples palavrinhas que
quando juntas em uma mesma sentença, é capaz de
fazer o coração explodir em milhares de cores,
sentir a mais plena felicidade e desejar a mais longa
vida.
“Quer casar comigo?” Ela o escuta dizer.
Sem hesitar por um segundo sequer, ela lhe
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Alexia
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maliciosamente ─ Ou não.
─ Nos vemos depois?
─ Não se preocupe Alexia. Eu a levo para
casa ─ Dizia Peter.
─ Vou ser abandonada por um par de olhos
azuis ─ Dizia Sarah brincando.
─ Pode se juntar a gente ─ Ryan a provoca
com uma piscadela.
─ Não. Muito obrigada. Prefiro beber mais.
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faculdade.
O garoto engole em seco enrijecendo seu
corpo no assento. Tudo bem agora estou ficando
assustada.
Assim que tem esse pensamento, ela se
sobressalta ao notar uma figura entrar correndo na
sala, sua voz era desesperadora como se tivesse
presenciado o assassinato de Mercúrio.
─ Gente! Gente! ─ Ela chamava a atenção
de todos ali ─ O Cérbero está vindo, todo mundo
em seus lugares.
Como se seu aviso fosse o tiro de start de
uma corrida. Alguns alunos que ainda permaneciam
em pé vão apressados para seus lugares e as
conversas que ali haviam se cessam.
Sério que o apelidaram assim? Cão
guardião dos portões do inferno! Bem original e
macabro.
Inevitavelmente seu olhar se prende na
porta. A expectativa e a curiosidade que crescia
dentro de si fazia as batidas do seu coração se
acelerarem e junto com tudo isso não podia deixar
de sentir pena do tal professor. Pobre senhor, nem
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cênicas em Dublin.
Sentia que sua cabeça a qualquer momento
entraria em ebulição. E para complicar ainda mais,
as aulas de anatomia ficavam cada vez mais
complexas. Quando lhe disseram que ele era
exigente, com toda certeza estavam sendo singelos.
O professor Collins era uma muralha em pessoa,
aquelas bem altas e de paredes lisas, que não
possuíam espaços entre suas pedras para apoiar os
pés e auxiliar na escalada.
Mas para o azar dele e sorte dela era que
desejava muito aquela profissão e gostava muito da
matéria. Coisas que talvez não pudessem ser ditas
de outros alunos. Quando ele fazia perguntas a
turma o olhar e postura tensos eram bem nítidos em
seus colegas. Podia ver que a maioria estava
sofrendo com a matéria. Metade se perguntava se
suicídio era uma opção e a outra metade se trancava
a matéria e esperavam o senhor Collins se
aposentar ou morrer, o que vier primeiro.
Com certeza muitos ali iriam precisar de
crédito extra para conseguir a nota necessária para
passar, mas quem seria louco o suficiente para falar
com o cão guardião dos portões do inferno e lhe
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pedir?
Queria ir bem na matéria. Por três motivos.
O primeiro deles era porque nunca em sua vida
tirara uma nota abaixo de B+. Segundo porque
aquela matéria era uma das mais importantes de
todo curso. Terceiro porque seu orgulho fora ferido
quando aquele homem, a deixou sem palavras na
frente da turma toda, fazendo parecer que ela era
uma tola. Queria mostrar a ele que ela não era.
Nossa aqueles olhos. Pensava admirada. Se
ele não fosse tão bonito eu o odiaria mais. Foco, se
concentre na prova!
Quando ela finalmente pode descansar
depois de três horas e meia de prova sentiu-se um
enorme alivio no peito. Não poderia estar mais
satisfeita com seu desempenho. Claro que o
professor Collins não facilitou como já era
esperado. A prova consistia de apenas duas
perguntas dissertativas. Perguntas essas que ela
praticamente colocara tudo o que lera no livro, nos
mínimos detalhes, acreditava que até as vírgulas
estavam no mesmo lugar. Nunca havia se sentido
como uma máquina de escrever na vida.
Tinha certeza que havia ido muito bem.
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olhos dela.
─ Sério?
─ Pode assinar? ─ Ela só queria que ele
assinasse para que ela saísse dali.
─ Por que está fazendo isso? ─ Sarah o vê
encostar-se em sua cadeira e cruzar seus braços
rentes ao peito.
Por alguns segundos ela encara seus braços
fortes e peitoral firme. Podia se notar alguns pelos
escuros pela abertura da camisa branca. Ela morde
seus lábios apreciando a vista e um pigarro vindo
dele faz com que ela abandone sua fantasia em que
passava os dedos por aqueles pelos e rapidamente
desviava seu olhar.
─ Pode, por favor, assinar senhor Collins?
─ Dizia impaciente.
Por que ele precisa está a par de tudo? Isso
não é tão complicado.
─ Primeiro responda minha pergunta, por
que está fazendo isso?
─ Por que preciso melhorar minha nota em
sua disciplina, minha grade curricular exige um
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─ Até às 17 horas?
─ Sim, algum problema?
Ele tinha sua atenção em seus papéis
novamente.
─ Não nenhum é que... ─ Ela transferia seu
peso de um pé para o outro.
─ Mudou de ideia? Posso rasgar os papéis.
Ela se afasta de sua mesa e esconde atrás de
seu corpo os documentos recém-assinados para que
ele não tenha a chance de pegá-los.
─ Não! ─ ela suspira tomando coragem ─
Será que posso pedir um favor? Seria possível sair
as sextas uma hora antes?
─ A senhorita mal começou e já me pede
favores? ─ Mais uma vez ela tinha a atenção de um
par de cubos de gelo.
─ Bom eu até poderia ficar até as cinco,
mas sabe como é, meu órgão pode parar de
funcionar se eu não comparecer as consultas
médicas obrigatórias.
Após o acidente que sofrera há alguns anos
ela fazia visitas regulares ao médico. Esquecer seus
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consegue segurar.
─ O seu estágio equivale a quinze horas
semanais e você está me pedindo para sair mais
cedo na sexta, então precisa compensar de alguma
maneira.
Ela suspirava derrotada.
─ Vai compensar nas quintas.
─ Tudo bem senhor Collins as quintas eu
fico até às 18 horas.
─ Ótimo.
─ Eu vou levar os papeis na administração.
Quando sua mão toca a maçaneta ela para e
gira a cabeça na direção da figura atrás da mesa.
Ele, como de costume, não a encarava e
mantinha sua atenção agora em um livro de
fisiologia. O coração dela batia forte em sua caixa
torácica, ela não entendia o porquê ele só ficava
assim quando ela o via. Era como se ele acordasse e
lhe dissesse algo que ainda não possuía as
ferramentas certas para compreender. Sarah sente
seu corpo inerte e sem controlar novamente sua
boca ela o chama sorrindo.
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─ Professor Collins?
─ Sim?
Os olhos dele ficavam atentos a ela, que se
permite admirar um pouco mais aquela cor. Por
breves segundos ela pode ver algo diferente neles,
algo que ainda não havia visto. Ela viu um homem
diferente, quase como se ele estivesse escondido
por detrás daquela marulha de grosseria e rigidez.
Um homem que ela sentiu imensa vontade de
conhecer.
─ Isso vai ser divertido.
Sem dar a ele a chance de uma resposta, ela
abre a porta e sai da sala com os documentos em
mãos.
Alexia
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─ O que?
─ Eu e você. Se a gente saísse como um
casal.
─ Eu e você? Um casal? ─ Dizia com
ceticismo.
─ Calma. Não na frente de todo mundo.
Apenas na frente da Mi.
Ele pousa a lata de refrigerante no gramado
ao seu lado e a encara ainda sem entender.
─ Espera. Deixa-me ver se entendi direito ─
Após um pigarro ele continua ─ Você quer que eu
finja pra Mi que saio com você?
─ Sim, mas na verdade nós dois
fingiríamos.
─ Lex... ─ Antes que ele tenha a chance de
contra argumenta-la ela o interrompe novamente.
─ Ryan eu não quero que ela descubra, não
ainda pelo menos e preciso da sua ajuda. Pois às
vezes sinto que ela pode ler a minha alma com
aqueles olhos castanhos enormes. E eu não tenho
mais nenhum amigo para quem eu tivesse coragem
de pedir isso.
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manhãs.
Manter-se a distância de alguém para ele era
algo fácil, fazia aquilo todos os dias, pode-se dizer
que era mestre naquilo e por muito tempo veio
sendo muito bem-sucedido. Mas lamentavelmente
o destino tinha algo diferente reservado para ele,
ainda não acreditava que ela iria ser sua nova aluna
assistente e mais uma vez a vida vinha com suas
artimanhas.
Ela rodopiava perfeitamente, com seus pés
ágeis pelo chão, deslizando suavemente. Suas mãos
batendo no ritmo do som, assim como todos ali, seu
sorriso era radiante e contagiante, fazendo com que
o canto dos lábios dele se ergam levemente, em um
movimento quase imperceptível. Tinha que admitir
que ela fazia aquilo muito bem e dado pelo
entusiasmo das pessoas ao redor, soubera que ele
não era o único a achar aquilo.
A música se acelera mais, com o barulho
dos violinos tocando acordes animados soando
pelas caixas de som. A figura no centro trançava
seus pés habilmente em uma coreografia
tipicamente irlandesa e perfeita. Seu riso ecoava
por sobre a música, dançava vividamente, estava
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seu auxilio.
Sua amiga, que permanecia calada até
então, tinha seus olhos presos em seu professor o
encarando com certo, fascínio? Talvez curiosidade?
Ou quem sabe algum outro sentimento que Alexia
não conseguira definir. Apenas reparara que ela o
encarava por um tempo prolongado demais
enquanto ele um instante sequer a olhava.
─ Senhor Collins, divirta-se e fique à
vontade ─ Dizia Ryan enquanto dava as costas para
ele e ia até elas.
─ Na verdade senhor Davis, como anfitrião
da noite e como também imagino ser um homem
preocupado e que dá valor as aulas e a
aprendizagem de seus colegas e até mesmo a sua e
por amanhã ser dia letivo, acho que deveria dar por
encerrada as atividades aqui.
Alexia escutava a risada que escapara dos
lábios de sua amiga que pela primeira vez então ela
fala com demasiada ironia.
─ Ahh claro, como se todos aqui fossem
parar de beber e dançar do nada para ir embora e
acordar cedo para ir à aula.
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de bom humor.
Não bastava apenas chegar até o campus,
ela teria que atravessá-lo por inteiro para chegar ao
prédio de Ciências Médicas, subir três andares para
ir até escritório do professor responsável e por fim
dar início a sua penitência.
Subia as escadas de dois em dois degraus.
Sua cabeça ainda latejava, pressentia que daquela
vez um analgésico não seria o suficiente. Ao se
aproximar da última porta do corredor, para por um
instante para recobrar seu fôlego. Leva uma mão ao
centro do peito sentindo seu coração bater
fortemente abaixo de sua pele e mentalmente pedia
para que ele se acalmasse, não podia fazer muito
esforço, ordens médicas.
Com seus sentidos recobrados, ergue seu
punho e bate na porta, mas não recebe uma reposta
ou escuta aquela voz séria lhe dizer para que entre.
Bate mais uma vez. Nada. Bate com um pouco
mais de força e mais uma vez nenhuma resposta.
Coloca sua mão na maçaneta e a gira, mas sua para
sua total surpresa encontra a cadeira atrás da mesa,
que ficava no centro da sala, completamente vazia.
Ele não iria se atrasar né? Que ridículo.
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Ele se atrasar.
Olha ao redor da sala, mas não o encontra.
Apenas seu paletó estava pendurado na cadeira e
sua maleta no chão ao lado da mesa. Do lado
esquerdo bem mais ao canto ela vê uma pequena
mesa de madeira escura que está completamente
vazia. Coloca sua mochila sobre ela e tenta
imaginar onde ele poderia estar. Será que ele
achava que ela já deveria saber o que fazer? Será
que ela já tinha que fazer alguma coisa mesmo com
ele não estando ali para instruí-la?
Quando essas perguntas passam pela sua
mente, se pega pensando no dilema em que estava,
pois conseguira o cargo de aluna assistente do
professor responsável pelo prédio de Ciências
Médicas, mas afinal o que ela tem que fazer
necessariamente? Ele não havia dito.
Ao olhar no relógio do seu celular, decidira
que não iria ficar ali parada esperando ele dar o
trabalho de aparecer, iria procurá-lo.
Sabia que os laboratórios ficavam no andar
térreo e que as salas de aula se dividiam entre o
segundo e o terceiro. Então iria começar pelos
laboratórios, uma hora iria encontrá-lo.
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─ Obrigada.
─ Já pensou em consultar um
oftalmologista, senhorita O’Connor?
Ela se reaproximava e se debruçava
novamente.
─ Sabe, eu espero que possa conversar com
ele mais vezes em um lugar com mais claridade –
Ela muda de assunto ignorando sua pergunta.
─ Não acha que esta claridade está boa?
─ Sim está, mas se não estiver enxergando
posso acender as luzes lá de trás.
─ Eu vejo perfeitamente bem, como
também estava vendo ontem à noite apesar da
pouca luz.
─ É mesmo?! ─ Ela o provocava se
fingindo de desentendida.
Para sua diversão o escutava soltar um
longo suspiro e aquilo a faz um meio sorriso se
estender em seus lábios.
─ Uma coisa que me irrita muito é lentidão
e cinismo. Não tenho muita paciência para isso.
─ Concordo, mas por que está me dizendo
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respirar.
─ Como minha assistente, você é
responsável pelos meus horários. Sou o professor
responsável pelos laboratórios e salas desse prédio,
então qualquer professor que queira utilizar alguma
delas tem que pedir permissão a mim e eu agendo
um horário para que ele utilize. Mas agora que você
está aqui, você ficará com a planilha de horários.
Mas eu estarei também a par de tudo.
Ele começava a recolher suas coisas.
Guarda seu notebook em sua maleta junto com
alguns papéis.
─ Caso algum horário mude ou você receba
alguma solicitação de algum professor para usar as
salas, deve me informar ─ Apontava para a mesa
dela ─ Se a secretaria ligar você também me avisa.
No notebook você terá acesso ao meu e-mail
profissional.
Ele vai até o lado da porta onde havia um
cabineiro de madeira e pega um jaleco limpo que
deixara pendurado.
─ Quero ser informado de tudo.
Não consegue evitar revirar os olhos e
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organizado.
─ Pelo jeito voltou ao normal, O’Connor –
Ele a observava colocar sua bolsa sobre a mesa no
canto. Então fora a vez de ela franzir a testa.
Então ele percebeu que eu estava estranha.
Sorrindo se virava em sua direção.
─ Trouxe uma coisa para o senhor – Os
olhos dele agora a fitavam de forma analítica.
Desde que havia começado a conviver com
ele, notara certas manias que possuía, como por
exemplo, sua pasta sempre ficava ao seu lado
esquerdo para fácil acesso quando saísse para dar
aulas, o jaleco que usava ficava ao lado direito
sempre no mesmo cabineiro e todas as tardes
tomava um copo quente de café. Não sabia ao certo
do que ele gostava. Descafeinado, puro, com
açúcar, com leite. Então optou por aquilo que para
ela mais condizia com sua personalidade, café
extraforte.
Ela estende em sua direção o copo de
plástico com a bebida quente que havia comprado.
─ Por quê? – Ele encarava o copo a sua
frente.
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─ Victor, Christian.
─ Não.
Ela suspira levemente irritada. Leva seu
dedo até os lábios em uma pose pensativa. Em sua
mente vários nomes passavam, mas nenhum que
ela acreditava que combinariam com ele.
─ Eu desisto.
─ Você desiste muito fácil das coisas.
Quando quer muito algo não deveria agir assim.
Aperta seus olhos desafiadoramente em
direção a ele. Sabia que a estava provocando.
Estava chegando à conclusão de que era de
propósito, era pessoal. Notara há um tempo que era
assim que ele se divertia, era assim com que
utilizava o seu “humor”. Realmente era um cara
peculiar.
─ O senhor é muito chato – Ela cruzava
seus braços rentes peito sem conseguir conter o
comentário.
─ Nunca disse que não era.
─ Tudo bem senhor Collins. Não quer dizer.
Então não diga. ─ Abria seu livro novamente.
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tanto queria.
─ Meu nome é Ethan. Tedioso demais para
você?
─ Ethan ─ Testava o som de seu nome ─
Muito prazer então. – Sorria vitoriosa. – Pelo
menos seu nome não é esquisito como o meu, sabe
como é. Meu pai é irlandês e minha mãe espanhola,
ambos queriam nomes que representassem a
origem de cada país.
─ Tenho que admitir que são criativos,
porém não de bom gosto.
─ Tudo bem senhor Collins eu sei que é
horrível.
Após esse comentário, ela chegou à
conclusão de que o universo que ela conhecia
estava chegando ao seu fim, era o início do
apocalipse, teve a certeza de que os Maias erraram
quanto a data do fim do mundo. Os cantos dos
lábios de Ethan se movimentam, repuxando para
um lado. Então ela vê um meio sorriso ser
desenhado em sua face. Era discreto, combinando
com o homem que o dava, era um meio sorriso
soturno, mas impossivelmente imperceptível.
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ombros.
─ Sério?
─ Sim e tem mais, eu vou até cumprimentar
o casal de pombinhos ─ Levanta-se decidida ─ Pra
você ver como não me importo.
Lexi puxa o ar várias vezes. Conhecia a
amiga bem demais para ter a coragem de apostar
com qualquer um naquele lugar que ela estava com
ciúmes e a ponto de fincar as garras no cabelo da
companhia de Ryan, que agora dando mais uma
espiada tinha a língua enfiada na boca dele.
Ironia não é o forte dela.
Quando sua amiga após tomar mais uma
dose e colocar com certa força o copo na mesa
caminha na direção deles. Sarah sabia que eles
tinham esse “relacionamento aberto”, mas vira as
mudanças que ele fizera em sua amiga e tinha uma
divida com ele, pois fora ele que fizera companhia
a Alexia enquanto ela estava sendo uma péssima
melhor amiga. Mas se fosse para ficar do lado de
alguém, ela ficaria do lado de sua melhor amiga,
iria respeitar o código. Então seria game over para
Ryan. Mas de que código estamos falando? Vamos
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começar do início.
Uma mulher sem amigas é incompleta. É
um pouco grudenta demais e acaba se tornando
aquele tipinho chato que dá “piti” quando o
namorado quer sair com seus companheiros e não
ficar 100% do tempo com ela, pega no pé o tempo
todo querendo saber com quem, onde e porque seu
parceiro está fazendo qualquer coisa. Como não
tem a quem pedir conselhos acaba cometendo uma
burrada atrás da outra e se transformando em uma
mulher controladora demais.
A verdade é que nós mulheres precisamos
de amigas para extravasar, para ter com quem
conversar e rir de assuntos que não daria para
compartilhar com o sexo oposto, exceto que seu
amigo seja gay, mas isso é outra história. Então um
cara deveria se sentir agradecido se sua namorada
ou esposa tem uma melhor amiga. A não ser que
ele queira ter uma mulher paranoica em casa.
Não é difícil reconhecer uma má amizade.
Ela é aquela que comete um ou mais erros dos itens
proibidos pelo código de ética das amigas, e
acredite nenhum dos itens listados abaixo é
cometido de forma acidental.
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De novo não.
─ O’Connor é um sobrenome muito comum
na Irlanda ─ Dizia seriamente, mas não pode deixar
de sentir uma pitada de sarcasmo ─ Então sinto
muito lhe informar, mas seu argumento não é muito
óbvio.
Meu Deus. Não dou sorte com esse cara.
Bufava irritadamente, ele parecia ter um dom para
irritá-la.
─ O que o senhor faz aqui em uma plena
quinta feira? ─ Ela mudava de assunto.
─ O que você faz aqui em uma quinta feira?
─ Sou universitária e nós universitários
estamos sempre em bares. Qual a sua desculpa?
─ Vim até aqui tomar uma cerveja. – Ele
suspira e mostra sua garrafa a ela como se aquilo
fosse obvio.
Grosso.
─ Eu também – Ela levanta sua cerveja aos
seus lábios e por leves frações de segundos jurou
ter visto ele a olhar de canto. – Mas eu nunca vi o
senhor por aqui e olha que o Jack’s é minha
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meia manga.
Por que não trouxe um casaco mesmo? Ahh
é porque fui praticamente arrastada por minha
melhor amiga e agora abandonada, talvez ela me
ligue quando precisar de um álibi ou ajuda para
esconder o corpo.
Aquele pensamento a faz rir.
Enquanto caminhava não conseguia parar
de pensar em sua amiga e se preocupar com ela.
Algo devia ter acontecido pra ela sumir daquele
jeito. Acreditava que devia estar discutindo com
Ryan em algum lugar e descontando sua fúria
assassina nele. Mas apesar de ter sido abandonada
no bar, uma sensação de felicidade a confortava.
Estava admirada com o progresso que fizera
naquela noite, ele havia deixado ela se aproximar
com suas perguntas e até respondera alguma delas.
Caminhava triunfante. Gostara daquilo.
Conversar com ele era difícil, o senhor Collins
sempre parecia desconfiado de tudo e a todo
instante com seus comentários grosseiros e sem
paciência afastava todos que procuravam, por
algum motivo, se aproximar dele. Se aproximar era
uma batalha diária, muitos desistiam na primeira
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cervejas.
─ Tudo bem então ─ Um sorriso se
estendia, denunciando o que sentia.
Ela se vira e continua a caminhar, mas
agora tinha uma figura enorme ao seu lado,
seguindo seus passos pelas ruas. Por muito tempo
eles ficam em silêncio. Apenas caminham. Mas não
era um que ela descreveria como sendo
desconfortável. Sabia que sua companhia não era
de falar muito, então o seu silêncio era algo mais do
tipo familiar. Passara algumas tardes com ele para
saber que era assim que ele era e com isso ela havia
se acostumado com seu jeito.
Queria lhe perguntar muitas coisas, mas
sabia que tinha que ir com calma. Descarregar tudo
o que queria saber sobre ele e seu jeito, não iria
servir pra nada a não ser afastá-lo mais. Não era
assim que as coisas funcionavam com aquele tipo
de homem. As coisas tinham que ser feitas ao ritmo
de um riacho calmo. Para que o segurança do qual
guardava a represa não perceba o que ela está
fazendo e vede a rachadura que havia arduamente
conseguido fazer.
Após alguns minutos que pra ela pareciam
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milhão de dólares.
E que camadas de gelo. Ela se pega
pensando em seus olhos, aqueles que tanto a
instigavam.
Balança sua cabeça para afastar tais
pensamentos e apressa o passo em direção ao setor
onde iria receber a sua sentença.
Ao travessar o gramado atrás da cafeteria do
campus, a poucos metros avista seu amigo sentado
no chão ao pé de uma árvore, que pelo tom de suas
folhas, podia ser dito que fora atingida pela estação
em que estavam. Todo atento ao grande livro que
tinha nas mãos.
Mantinha uma pose desleixada, mas que
combinava muito com ele. Seus cabelos meio
bagunçados, como se fosse proposital. A forma
com que mordia levemente seu lábio inferior, ou
melhor, aqueles “lábios desejáveis” e hipnotizantes,
enquanto seus olhos percorriam as linhas no livro,
arrancaram um sorriso dela fazendo, sem perceber,
com que se aproxime.
─ Oi David! – Ela o cumprimentava se
sentando ao seu lado.
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de pé.
Sarah coloca a mão direita dele em sua
cintura e a esquerda ela entrelaça com a dela
aproximando ambos os corpos. Ele era
consideravelmente mais alto do que ela. Seus
ombros largos. Seus olhos azuis simpáticos e suas
feições sempre tranquilas. Tudo isso somado a
índole dele o tornavam um homem muito atraente.
─ Agora, um passo pra frente e outro para
trás – Assim ela começa a conduzi-lo e em menos
de dois minutos teve a prova de que ele tinha razão,
pois sente a pressão do pé dele sobre o seu e em
seguida escuta um pedido de desculpas – Tudo
bem, vamos lá. Um, dois, três e um, dois, três.
Ela o guiava pelo gramado lentamente.
David a segurava com firmeza e isso a fez soltar
sua mão e colocar seus braços em volta de seu
pescoço. Agora ele mantinha as duas mãos em sua
cintura e seus olhares presos.
Na realidade, uma dança não deve ser
descrita de forma tão banal, não é simplesmente
corpos que se balançam ao som de uma música
qualquer. Não. Dança é muito mais do que isso. É
uma troca, uma conectividade entre duas pessoas,
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Dizia indignada.
─ Não consigo me concentrar.
─ Eu não sei trabalhar sem música.
─ Vai ter que aprender.
─ Não posso dançar no gramado, não posso
ouvir música, não posso cantarolar.
─ Aqui não é um palco. Caso não tenha
reparado é uma universidade. Um escritório. ─
Gesticulava mostrando o ambiente ─ Se você acha
que é então sugiro que troque de curso.
Ela se levanta de seu lugar, irritada. Aquele
homem tinha aquele terrível dom. Contorna sua
mesa parando somente quando está cara a cara,
erguendo um pouco a cabeça devido à altura de sua
companhia.
─ Estou exatamente onde deveria estar ─
Dizia com firmeza.
Nota um brilho desafiador percorrer o par
de cristais que a fitavam.
─ Quase reprovando na minha matéria? ─
A sobrancelha direita dele se arqueia.
Ela respira fundo.
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dele?
— Sim.
— Por quê?
— Sinceramente? Eu não sei. Ele é
diferente. Tem algo nele que desperta minha
curiosidade. Ele está sempre sozinho, sempre
quieto, com seus milhares de manias. Eu acho que
apenas queria mostrar a ele que ninguém precisa
ficar sozinho o tempo todo.
— Então tudo o que posso dizer é tenha
paciência. Quando ele se sentir à vontade com
você, vai responder suas perguntas.
O caminho de volta é tranquilo, tirando o
fato de que David tinha razão sobre o tempo. Iria
chover. Nuvens densas cobriam a visão da lua, o
vento se intensificava a cada quarteirão que
avançavam e os raios cortavam o céu de tempos em
tempos.
Sarah dissera a ele que não era necessário
acompanhá-la até a porta de seu prédio, insistira pra
ele pegar seu carro e voltar para casa por causa da
chuva eminente, mas como ele já havia
demonstrado uma vez, David era um cavalheiro.
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assim que sua amiga saíra. Então por que agora era
tão difícil se concentrar?
Coisas estavam acontecendo dentro dela.
Sentimentos novos e confusos e outros não tão
novos assim. Podia reconhecer o que sentia, pois
havia sentido algo parecido há muito tempo.
Estava ficando cada vez mais difícil
conseguir disfarçar. Então durante esses dias havia
fugido dele, apenas se comunicando por mensagens
e somente o necessário. “Você pode fechar os olhos
para aquilo que não quer ver, mas não pode fechar
o coração para aquilo que deseja sentir.”
Ótimo agora pareço a Mirna, citando
Shakespeare!
Ela gemia frustrada se afastando de sua
companhia emaranhada em seus lençóis.
— Tudo bem? – A voz de Camille chegava
ao seu ouvido fazendo suas divagações sumirem
por uma fração de segundo.
— Tudo... – Ela voltava seu olhar para ela e
sorri jogando seu corpo novamente por cima do
dela.
— Por um momento achei que não estivesse
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HERPES!
— Ótimo. Mas isso não quer dizer que não
transou com outra. Não sei por que está jogando
isso na minha cara. Você é o grande Ryan Davis.
Tem um milhão de números na sua lista de
contatos. Por que você é o cara popular, desejado
por todas, riquinho, dono da republica mais visitada
e que tem pais que controlam quase 50% da
universidade.
Ele contrai seu maxilar e inclina o rosto em
sua direção, fazendo a respiração dela falhar a
deixando ofegante com tal gesto.
— Você está certa. Eu tenho um milhão de
contatos. Antes de vir para cá tinham trigêmeas na
minha casa praticamente implorando para transar
comigo. — Sua voz era calma e controlada — Mas
aqui estou eu — Abria os braços gesticulando — O
idiota aqui veio passar um tempo com a amiga que
implorou pra ele ajudá-la com suas mentiras. Por
que eu gosto da sua companhia.
Alexia permanecia em silêncio. Apertando
as mãos em punho ao lado corpo.
Notava o clima que os envolvia mudar de
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mesma.
O medo causa isso nas pessoas. Ele as
impede que sigam em frente, nos segura e nos
aprisiona dentro de nós mesmos. Mas do que
realmente as pessoas tem medo? De tentar ou de
não conseguir?
Quando era mais nova, Alexia passava mais
tempo com sua avó do que com qualquer outra
pessoa, essa que praticamente a criara, pois, seus
pais estavam sempre ocupados. Elas eram
inseparáveis, amava sua avó como nunca amara
nenhum outro integrante da família.
Quando ela partira, Alexia tinha 15 anos e
foi quando tudo desandara. Mudara-se para a casa
dos pais em Londres, trocara de escola, de amigos,
de vida, e conhecera Trevor, uma figura a quem se
apegara imediatamente.
Mas de todas as coisas que sua avó lhe
ensinara, uma delas surge de repente. Tudo o que
temos medo de fazer hoje, se transforma em
arrependimento no futuro.
Imediatamente vira-se em direção a porta,
na expectativa do que iria fazer, ela mesma não
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história, O’Connor.
Era hora de colocar o plano “B” em ação.
Coloca a bebida que agora estava morna a sua
frente, fazendo seus olhos se desprenderem dos
papéis e o encarar.
— Ahh senhor Collins qual é? Comprei seu
café favorito.
Dizia aquilo como se fosse ajudar de
alguma maneira sua situação.
— Bajulação não vai ajudar.
— É extraforte. — Sarah insiste.
— Sem açúcar?
— Sim.
— Sem creme?
— Sim senhor — Dizia orgulhosa — Eu
mesma chequei com a balconista.
Ele encarava o copo de café e ela rezava
para que a bebida servisse de calmante ou como
uma oferta de paz.
— O que a senhorita disse aquele dia —
Pousava sua caneta enquanto soltava um longo
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ao horário.
O que vale é a intenção. Não é isso o que
dizem?
— Cupcakes? — Dizia fechando seu livro
— O que eu disse sobre bajulação?
— Não é bajulação. Isso se chama
gentileza.
— Eu pensaria que fosse uma gentileza se
você me oferecesse isso sem querer algo de mim
em troca.
— Eu não quero nada em troca.
— É mesmo? Passou meia hora me pedindo
desculpas e perguntando se ainda era minha
assistente por que então?
— É apenas uma gentileza. Achei que ia
gostar. Aceite — Cruzava seus braços
teimosamente em frente ao peito.
Os cubos de gelo intercalam entre ela e seu
ato “gentil”. Estava com certeza maquinando algo
que julgava deixá-la sem resposta.
— E se eu for diabético?
Ok. Mais um ponto pra ele. Se a intenção
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alterável.
Cada segundo que se passa no relógio
equivale a uma decisão tomada, a um ou vários
sorrisos, a lágrimas derramadas, a conquistas,
perdas, vidas, cumprimentos e despedidas. Cada
segundo é capaz de mudar o para sempre.
— Faz tempo que espero o tempo passar —
Ele lhe confessava.
Quando seu olhar se foca nele novamente,
notara que não mais a encarava. Sua atenção era
completa na caneta que girava entre os dedos.
— Eu ainda não fiz as pazes com ele — Ela
encontrava sua voz — O odiei muito. Mas acabei
percebendo uma coisa.
Sarah tem sua atenção sobre si novamente.
— Brigar com o tempo, odiá-lo ou até
mesmo esperar ele passar, não ajuda em nada. Tudo
o que podemos fazer é aceitar a realidade que ele
nos impõe e seguir da melhor maneira possível.
— É fácil dizer.
Abre um singelo sorriso sincero em seus
lábios. Lembrava-se das diversas vezes que ouvira
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exemplares.
Seu cenho se franze ao perceber algo
estranho em sua pilha. Parecia estar faltando algo.
Por um momento ela para e respira impaciente.
Esqueci o de Anatomia. Como esquecer?
Estava muito feliz pela segunda chance que
recebera e, os dias que se sucederam tinham sido na
opinião dela até que agradáveis, na medida do
possível. Mas a sensação de preocupação e leve
medo não passaram. Mais uma prova e isso o que
significaria? Outro D? Nem pensar! Eu me recuso!
Dizia convicta a si mesma sentada em uma mesa ao
fundo da biblioteca. Mantinha sua cabeça afundada
em um livro enorme que mais pareciam à bíblia de
Gutenberg, pela quantidade de folhas e capítulos
exaustivos.
Nem sei mais o que estou lendo. Esfrega o
rosto com frustração. Será que David me ajudaria a
estudar?
Quando seus pensamentos recaem sobre seu
amigo sua mente se desliga oficialmente de tudo o
que estava tentando absorver com a leitura.
O havia deixado pensar que a chateou de
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o deixando na loucura.
— Com o perdão da palavra professor, mas
ela foi uma vadia.
— Concordo. — Aquilo despertou um
sorriso no rosto dela — Mas já que estamos falando
de tragédias e esposas gananciosas eu te indico
Madame Bovary.
— Está sugerindo que eu seja do tipo que
busca de um marido rico para que possa realizar
todos os meus gostos refinados e que com o tempo
eu vá a procura de amantes devidamente ricos?
— Não pode esquecer-se da outra parte da
história. Que depois leva o marido a falência por
causa de sua ganância.
— Ela cavou a própria cova.
— Exatamente. Foi muito egocêntrica.
— Eu jamais trairia meu marido. — Ela
deixava escapar.
— Fidelidade é muito importante. O
casamento é algo que deve ser honrado.
Sem perceber ela se vê concordando com
ele.
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aeroporto amanhã.
— Espera. — Ela o alertava praticamente
saltando da cama antes mesmo que ele se posicione
ao seu lado — Precisamos de uma foto para o
porta retrato novo.
Volta correndo para a cama com uma
câmera instax nas mãos. Ajeita-se embaixo do
lençol novamente e se aproxima dele.
— Logo não teremos lugar para colocar
tantos porta retrato. — Abria seus braços para
recebê-la mais perto.
— Vamos ter que comprar uma casa maior
logo, logo. — Cobria sua nudez e posiciona a
câmera elevando seus braços — Agora sorria
Jekyll.
Encaixa a cabeça dela embaixo do seu
queixo e assim como pedira os cantos de sua boca
se estendem em um sorriso. Escuta o som do
momento sendo registrado e logo o papel
fotográfico começa a sair pela abertura da
máquina. Margot o pega e habilmente começa a
balançá-lo no ar.
Com um sorriso satisfeito ela coloca o
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frente.
Quando abre a porta encontra uma figura
com olhos azuis de um tom parecidos com os dele,
cabelos castanhos claros e um sorriso sempre gentil
que o fazia lembrar-se de sua mãe.
— O que faz aqui? — Ethan diz com a voz
um pouco ríspida.
— Vim visitar meu irmão. Não posso?
— Claro que sim, mas eu quis dizer aqui...
— Ele apontava para onde a figura esperava — na
porta. Cadê sua chave?
— Eu perdi.
Ethan revira os olhos, pois já havia perdido
a conta de quantas vezes fizera uma cópia das
chaves. Seu irmão mais novo sempre o mais
desorganizado deles.
Ele se afasta da porta para que sua visita
entre e assim que o faz pode notar os olhos dele
varrerem a sala e fitar as caixas no chão.
— Nossa Ethan você fazendo bagunça. Está
doente?
— Estava apenas arrumando algumas
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ele a cita.
— Algumas pessoas merecem.
— Você não é uma delas.
De costas pra ele, Ethan ignora seu último
comentário. Sabia que ele com toda certeza era uma
dessas pessoas. Ele merecia a vida que tinha e olhar
para ela naquelas fotos só o fez ter mais certeza
disso tudo.
Ela havia ido embora e o deixado na
escuridão, perdido em si mesmo. O deixara com a
culpa e a solidão. Partira levando consigo todo
vestígio de luz.
Literalmente falando estar na escuridão é
quando se encontra em um ambiente com ausência
de luz. Essa é a definição do dicionário. Mas é
diferente do estar na completa escuridão, pois ela
não é somente a ausência e sim a certeza de que a
luz não irá mais voltar.
Um a um ele arrumou os livros em ordem
alfabética por autor. Acariciava as lombadas deles
toda vez que encaixava um.
— Ela tinha bom gosto. — Escutava David
dizer.
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— Sim.
— Então. — Sentia ele se aproximar e logo
o vê lhe estender alguns DVDs de sua coleção para
que ele guarde — Soube que você anda tendo
discussões sobre Shakespeare com sua assistente.
Fico feliz.
— Pelo o que? Que eu esteja falando sobre
Shakespeare ou que esteja fazendo isso com ela?
— Fico feliz que esteja falando sobre esse
assunto com alguém.
— Quando ela não está sendo petulante,
irritante ou bagunçando meu escritório, ela até que
é agradável e sabe manter uma conversa.
— Nossa. — Ele o entregava mais DVDs
— Esse é o maior elogio que ouvi você dizer sobre
alguém.
— Não é nada demais David. O assunto
surgiu e eu defendi meu ponto de vista.
— Não importa. Já é um grande passo.
Aposto que falou mal de Romeu e Julieta.
— Você é meu irmão. Me conhece.
— Isso é uma coisa boa Ethan. Conversar
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nervosa.
Por que ele está demorando tanto?
Quando estava quase entrando na sala e o
arrastando pra fora enfim ela o vê e, diga-se de
passagem, muito bem vestido. Ele trajava um terno
de cor azul marinho, uma camisa branca e gravata
combinando.
Recobrando os sentidos ela caminha em sua
direção fazendo os saltos de seus sapatos ecoarem
pelo piso. O observa arrumar sua mochila, e sorri
ao perceber que havia decorado como ele fazia isso,
enquanto se despedia de uma garota um pouco
abusada demais, ela usava um terninho fora de
linha e até mesmo parecia a Hillary Clinton nos
tempos de glória se é que algum dia o guarda-roupa
daquela mulher teve tempos de glória.
Essas advogadas não têm senso de estilo?
Que merda de corte de cabelo é esse?
Quando a garota enfim o deixa ela o chama
sorrindo.
Conseguindo sua atenção, nota o sorriso
dele se abrir ao vê-la com certa surpresa. Quem o
visse não diria que há algumas noites havia
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ele não era filho único e entendia bem o que era ser
forçada a seguir os passos da família.
— Olha na minha humilde opinião se você
gosta dessa área, deveria tentar. Faça aquilo que
gosta, não é isso que dizem?!
— Não que eu odeie o direito
administrativo, eu gosto. Só que prefiro o penal –
ela o vê colocar as mãos em seus bolsos e sabia que
só faziam aquilo quando estava desconfortável com
alguma coisa o que quase não acontecia.
— Seus pais querem que você siga os
passos da família, não é?
— Eu já fiz muita merda na vida, Lex. E
meu pai limpou cada uma delas, então porque não
fazer a única coisa que eles esperam de mim? Não
quero ser uma decepção para ele.
Alexia entendia bem sobre o assunto. Seja
uma boa garota, Alexia. Jesus vai guiar você para
o caminho certo. Não se torne uma decepção para
nossa família.
Palavras ditas a ela durante toda sua
adolescência e como se ele conseguisse ler seus
pensamentos Ryan a pergunta.
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daquele contato.
— Eu não vou dividir — Ela se afastava
com o doce em uma de suas mãos e o puxando pelo
braço com a outra até a sala.
Ryan retira o DVD da mochila e o coloca
no aparelho, logo se jogando confortavelmente no
sofá ao lado dela.
Ok. Até agora tudo tranquilo.
Quando o filme começa simplesmente não
consegue prestar atenção em absolutamente nada e
falando sinceramente nem se importou, estava com
coisas demais na cabeça para ficar pensando em
uma adolescente possuída pelo demônio vomitando
gosma verde em todos.
Sua perna balançava freneticamente, a
cerveja que ele pegara para ela e que forçadamente
bebia estava misteriosamente deixando sua
garganta seca, não conseguia manter seus dedos
quietos, então um fio solto da costura do seu short
jeans foi seu alvo.
O cheiro cítrico do perfume dele invade
suas narinas fazendo seu corpo se inclinar mais em
sua direção. Era como uma força invisível a
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puxando.
Encarando a TV e incapaz de se concentrar
no filme, seu olhar intercalava entre a tela e o perfil
dele, esse totalmente absorto pelo que assistia e
alheio ao colapso nervoso que ela estava tendo.
Ok. Lá dizia para manter contato. Então. O
que eu faço agora? Em busca de algum local para
conseguir exercer seu plano, avista a superfície de
sua coxa direita ali, esperando por ela. Homens
gostam que toquem em sua coxa? Olha mais uma
vez para ele, nenhum sinal de que havia percebido
nada.
Decidida que era aquele seu próximo passo
ela ergue sua mão para colocar sobre a coxa dele,
mas devido ao seu nervosismo ela acaba chocando
sua mão com força demais na perna dele fazendo
Ryan se sobressaltar.
— O que foi? — Escutava sua voz
assustada, e com certeza não era pelo filme —
Tinha algum bicho na minha perna?
Merda!
— Sim, um... Um inseto... Eu vi um inseto.
— Dizia sem jeito escondendo suas intenções com
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aquele ato.
— Pegou ele?
Ela nega com a cabeça vendo Ryan voltar
sua atenção para a TV.
Tudo bem isso não deu certo. Ela se ajeitava
no sofá.
E agora? Mais uma vez o encarava. Ele
tranquilamente comia a pipoca do balde que se
apoderara. Seus olhos percorrem seu corpo. Tinha
que haver uma maneira de entrar em contato.
Quando encontra a região no centro de sua virilha,
seu olhar fica estagnado. Será que eu deveria tentar
um contato mais íntimo e pegar no pau dele?
Novamente ergue sua mão, só que agora
elas tinham um destino diferente, sua virilha. No
percurso desvia os olhos para observar qual seria
sua reação, e acaba atingindo o balde de pipoca que
ele segurava. Realmente aquele não era seu dia.
Resultado. Pipoca espalhada por todo lado.
— O que foi agora Lex?
Isso nunca vai dar certo. Ela se dava por
vencida.
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seus quadris.
— Eu prometo não fazer nada que não
esteja preparada. — Sussurrava em seu ouvido.
Ele guiava sua mão por sobre sua pele, a
esfregando delicadamente na superfície de sua
bunda, e quando Alexia dava por si ela mesma o
estava tocando em todos os lugares, quadris,
cintura, contornava com a ponta dos dedos as linhas
de seu abdômen, pescoço e ombros, sem seu
auxilio. A cada lugar que recebia seu toque ela
percebia que Ryan a imitava tocando exatamente
no local equivalente no corpo dela com um pouco
mais de pressão.
Ambos envolvidos pelo contato físico. Os
lábios dele explorando e provando cada vez mais o
corpo dela. As mãos dela que o descobria a cada
centímetro como em uma expedição por um
território desconhecido.
Mãos, gestos, gemidos sôfregos, suor,
prazer, tudo misturado em um único ato. O frenesi
irradiava deles, a cada aperto e cada chamado dele
em seu ouvido. Alexia sentia um deleite e
satisfação que transpassava cada célula de seu ser.
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Sarah
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estou?
— Na minha casa.
— Como me trouxe até aqui?
— Andando. — Dizia como se fosse óbvio.
— Poderia ter sido de carro. — Ela
retrucava.
— Mas de qualquer maneira eu teria a
trazido aqui — Ele indicava sua sala — Andando.
Ela bufa irritada, realmente aquilo era um
dom.
— Eu moro perto do Jack’s. — Ele
informava.
— Muito obrigada por ter me trazido até
aqui senhor Collins, mas eu preciso ir para casa. —
Tentava se levantar, mas inutilmente.
— Você está machucada, zonza e está
chovendo, ou seja, não vai a lugar algum.
Depois que ele diz isso que nota as gotas de
chuva escorrendo pela janela e dada pela frequência
pode perceber que não era uma simples chuvinha e
sim quase podia ser classificada como tempestade.
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Merda.
— Preciso ver seus joelhos agora. —
Aquilo a pega de surpresa.
— Meu joelho? Por quê?
— Você se machucou, consegui limpar o
ralado da sua testa, mas um dos joelhos ainda não
está...
— Não precisa. — Ela o interrompia — É
apenas um arranhão. — Dizia dando pouca
importância a dor que sentia. A verdade é que não
queria aquele homem tocando suas pernas, não
precisava de mais motivos para alimentar seus
sonhos molhados.
— Mas eu preciso limpar o machucado... —
Ela o interrompia mais uma vez.
— Não precisa.
O jeito como a encarava poderia ser
nomeado como indignação.
— Você estava caída no chão de um
estacionamento de um bar. — Dizia com firmeza
como se aquilo significasse muito. Diante a
expressão dela que significava “E daí?” ele
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mais.
Ao fim da série ela sente o cansaço chegar
então encosta a cabeça no encosto do sofá. Por
alguns instantes ela fecha os olhos então faz o que
ele lhe dissera, presta a atenção nas gotas da chuva
notando seu ritmo e pode comprovar que diante
tudo isso os seus problemas pareciam ser pequenos
e que as feridas em seu coração não doíam como
antes.
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para sempre?
Todas essas perguntas vinham de uma vez,
martelando e perturbando sua cabeça. Queria as
respostas, queria saber o que acontecera com ele e
agora também com Margot. Mas como?
Um barulho a sobressalta. Seu professor se
remexe no sofá e a resgata de seus pensamentos.
Seria agora que ele arrancaria o livro das mãos
dela, a chamaria de intrometida e a expulsaria da
sua casa. Mas isso não acontece, quando o fita
percebe que ele apenas se remexera encontrando
uma posição mais confortável.
Sarah coloca o livro em seu lugar e reza a
todos os deuses da dança que ele não perceba que
alguém houvesse mexido.
O relógio ao lado da prateleira indicava que
ela precisava ir embora. Precisava ir para casa, se
explicar para uma amiga raivosa que com certeza
encontraria e ir para as aulas, mas dado pelo tempo
que isso levaria, sabia que perderia pelo menos as
duas primeiras.
Pega sua bolsa ao lado do sofá e de dentro
procura por seu celular e como imaginara estava
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bailarina.”
Foram suas palavras, essas que ele não
cumprira apenas por que o maldito do destino
decidiu virar seu mundo de ponta cabeça.
─ Você prometeu! ─ Ela apertava
novamente o pingente na palma de sua mão ─
Prometeu ficar comigo e não cumpriu!
Dizia para o grande vazio do quarto agora
um pouco mais escuro pela diminuição da luz
natural que entrava pela janela aberta. Ela secava
suas lágrimas enquanto colocava o colar em seu
devido lugar.
Não serei parte daquela rara porcentagem,
não posso.
Antes mesmo que ela possa abrir o
notebook e mudar sua programação da noite sua
amiga entra pelo quarto apressada. Alexia estava
linda como sempre, vestia calças jeans e uma blusa
regata preta, calçava uma sapatilha sem salto o que
era incomum, pois ela os adorava, seus cabelos
estavam presos em um rabo de cavalo e ela
caminhava, sem olhar diretamente para Sarah, até o
armário tirando de lá várias combinações de roupas
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e jogando-as na cama.
─ Ei, o que você está fazendo? ─
Perguntava encarando aquele montinho de roupas
empilhadas.
─ Escolhendo algo decente para você usar
─ Alexia se virava na direção dela olhando com
reprovação para as roupas que Sarah usava. O que
ela podia fazer se naqueles dias moletom havia
virado seu fiel companheiro?
─ E por que eu preciso de algo decente?
─ Por que nós vamos sair, Mi! Não aguento
mais ver você trancada nesse quarto. É tão
deprimente.
Sarah suspira fortemente se sentando em
sua cama e cruzando suas pernas.
─ Não quero sair, Lexi.
─ Mas você vai! ─ Ela podia ver aquele
olhar decidido que sua melhor amiga possuía, sua
pose autoritária e a sobrancelha erguida em sinal de
repreensão. ─ Você não fez mais nada essa semana
além e ficar no quarto, ir ao estúdio e a faculdade.
Sério, desde que retornou ao estágio você anda
estranha.
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feito.
Quando a água quente entra em contraste
com seu corpo ela se questiona se ele teria deixado
que ela o beijasse. E se tivesse como teria sido?
Calmo ou turbulento? Ele a afastaria ou a traria
para junto de si?
As mãos dela esfregavam seu corpo e de
olhos fechados ela pensa no toque abrasivo das
enormes mãos dele, quando a segurou com firmeza
quando quase caíra em seu escritório, como ele a
abraçou durante a noite e em como estava
confortável em seu peito. Sua mão esquerda
percorreu um caminho diferente chegando até o
centro de suas pernas enquanto a direita descansava
na cerâmica branca do box. Ela fecha seus olhos
com um pouco mais de força se deixando levar uma
única vez por tudo que estava sentindo, precisava
por para fora de alguma maneira e aquela era a
única que encontrava. Sarah com as faces rosadas
geme baixinho e quando estava prestes a se
entregar escuta atrás da porta do banheiro a voz
irritada e impaciente de sua amiga.
─ Quinze minutos, Mirna!
Ela abre seus olhos assustada sem acreditar
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verdade?
─ Eu pretendo. Sério David, eu sou uma
péssima amiga. Eu vou contar, ─ Roubava o
refrigerante de Lexi e vira de uma só vez o que
restava. ─ só tenho que pensar como.
─ É só dizer a verdade. ─ Arrumava-se no
assento voltando a sua postura original. ─ Só dizer
com quem fez essas coisas.
─ Eu não posso.
─ Por que não?
─ Por que...
Ela se cala. Não sabia ao certo o que diria.
Seria uma boa contar a verdade, omiti-la ou desviá-
la? Incerta ela olha para seu amigo, sempre gentil e
sincero. Sempre que precisou de conselhos ou
alguém para conversar, ele sempre esteve lá. David
era o único que sabia de suas atribulações com seu
“simpático” professor. Então por que simplesmente
não contava a ele? De uma maneira estranha, e
diria ela quase que sobrenatural, sentia que ele a
entenderia, pois assim como ela, ele parecia ser o
único a ver Ethan com outros olhos.
─ Por que... ─ Ela decidia por fim continuar
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perceber.
─ Gosto. Acho ele interessante na verdade.
Misterioso. ─ Sua mente se afasta da pizzaria,
vagava por entre as lembranças e mordia o lábio
enquanto fazia isso. ─ Também é bonito e aquele
peito é bem firme, nossa... ─ Apoiava a cabeça na
mão e o braço na mesa suspirando. ─ Aquilo sim é
um peitoral de respeito. E aqueles olhos, azuis e
desafiadores, como se escondessem algo, mas ao
mesmo tempo suplicassem para serem decifrados.
─ Acho que alguém anda admirando demais
o professor.
─ Eu? Eu não. ─ Dizia se arrumando na
cadeira. ─ Apenas vejo o óbvio. ─ Quando olhava
para seu amigo em sua expressão estava nítida sua
descrença pelo o que acabara de dizer. ─Ah...
David. O que posso fazer? Ele é bonito, não tem
como não olhar tá legal? ─ Cruzava os braços
teimosamente na frente do peito.
Eu estou ferrada.
David coloca sua mão sobre seu braço em
sinal de cumplicidade.
─ Tudo bem, Mi. Você não é a única a
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assim?
─ Como assim?
─ Você sabe muitas coisas sobre ele. E
agora também sei que sabe sobre essa tal de
Margot.
Sorri de lado um pouco sem jeito,
desviando seus olhos dos dela. Seus dedos brincam
com a tampinha de sua garrafa de cerveja já vazia.
─ Lembra quando eu lhe contei que tenho
um irmão mais velho?
─ Sim.
─ Então... ─ Ele encarava os olhos
castanhos vívidos dela como se a incentivasse a
ligar os pontos.
Apertando seus olhos ela o encara mais de
perto. Como em um estalo enfim compreende o que
ele estava tentando lhe dizer. Ai. Meu. Deus. Sua
mente praticamente grita enquanto seus olhos se
arregalavam e suas mãos tapavam o “O” que seus
lábios faziam.
─ Ele... Ele... ─ Ela gaguejava. ─ Vocês...
─ Sim, Mi. Ethan e eu somos irmãos.
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pesado suspiro.
─ Entendo. Então você não acha que na
realidade está com medo dessa pessoa por que sabe
que se aproximar possa quebrar o que prometera?
Aquilo a surpreende, nunca pensara daquela
maneira. E agora parando melhor para pensar
encontrava a verdade por detrás das palavras dele.
Sabia que algo estava acontecendo em seu interior.
─ E se acha que ele te afasta... ─ Ele
continuava. ─ Não acha que talvez o faça por que
assim como você fizera uma promessa?
David era simplesmente um gênio.
Engraçado como as pessoas veem coisas diferentes.
Muitas vezes nos fazendo enxergar o que nossa
cegueira momentânea não nos permite.
─ Ainda estamos falando do senhor
Collins? ─ Ele perguntava.
SIM!
─ Não. ─ Ela se solta de seus braços
ajustando a alça da bolsa nos ombros.
─ Entendo. Então... ─ Devolvia suas mãos
para os bolsos da calça jeans. ─ Como seu melhor
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como a lera.
Jekyll: Você? Ponderada e razoável?
Rindo baixinho em seu quarto escuro ela
prontamente digita uma resposta.
Sarah: Apenas citei Emily Brontë. O que
está fazendo?
Jekyll: Eu sei que citou O morro dos ventos
uivantes, O’Connor. E respondendo a sua pergunta,
estou respondendo a sua mensagem.
Revirando os olhos ela continua.
Sarah: E antes disso?
Jekyll: Antes disso eu peguei meu celular
por que ele apitou avisando que recebi uma
mensagem.
─ Esse homem é inacreditável. Ele faz de
propósito. Certeza.
Jekyll: Você está bem, O’Connor? Está em
algum estacionamento e precisa de um resgate?
Sarah: Estou ótima. Por que a pergunta?
Jekyll: Por que essa situação é muito
incomum. Não costumo receber mensagens com
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Sarah
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dela.
─ Eu prefiro uma O’C.
─ Nada de cerveja pra você. Não é indicado
que transplantados façam a ingestão de muita
bebida alcoólica. ─ Ele balançava a lata na sua
direção indicando que a pegue.
─ Você está brincando, não é? ─ Ele
negava com a cabeça e diante seu olhar irredutível
pega o que ele lhe oferece insatisfeita.
─ Ficar um dia sem beber não fará mal,
muito pelo contrário, O’Connor.
Descontente ela abre o lacre e ingere a
bebida doce. Ele falava como se ela fosse uma
alcoólatra em fase de desintoxicação ou algo do
tipo. Ethan pega um pacote de marshmallow que
estava sobre o balcão e o abre despejando seu
conteúdo em uma tigela, e aquilo a faz se lembrar
de David.
─ Saí com seu irmão essa semana. ─
Encostava-se no balcão ao seu lado.
Com uma expressão surpresa ele a encara.
─ Sim. Ele me contou. ─ Ela o informava.
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enfiando na boca.
Mastigava olhando para ele, um sorriso vai
se alargando e mais uma vez e sua covinha se faz
presente, ela poderia muito bem se acostumar com
aquela visão, ambos não se aguentam e riem.
─ Você deve me achar patético.
─ Não. ─ Dizia após engolir. ─ Muito pelo
contrário.
─ Então é louca.
─ Por quê?
─ Você é jovem, bon... ─ Pigarreia se
corrigindo. ─ Boa em várias coisas, tem amigos,
mas prefere passar seu domingo com um velho,
metódico, cheio de manias e grosso.
─ Você não é velho.
─ Temos uma boa diferença de idade.
─ Não me importo, e nossas conversas às
vezes são agradáveis, quando o senhor está de bom
humor.
─ Não tenho estado assim ultimamente.
─ Hoje o senhor está apesar de estar meio
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distraído.
Com a tigela nas mãos ele volta para a sala
e é seguido por ela. Coloca os doces sobre a mesa
de centro ficando de costas para a prateleira com
livros que ela tanto namorava.
─ O senhor sempre gostou de clássicos?
Por um instante ele fica em silêncio como
se pensasse em sua pergunta, e logo o sorriso que
mantivera nos últimos minutos se vai.
─ Não. ─ Dizia por fim. ─ Eu aprendi a
gostar... ─ Passava a mão nos cabelos bagunçando
seus fios sempre arrumados. ─ Na faculdade.
No mesmo momento, o nome Margot cruza
sua mente, mas não tinha um rosto para ligar ao
nome, desde que soubera dela se pegava pensando
em como ela seria, do que gostava, se ela tinha
algum hobby, qual era a coisa em Ethan que ela
mais amava, se achava os olhos dele intrigantes,
assim como ela. Ela não estava mais ali e ainda sim
Sarah estranhamente sentia a presença dela, sentia
certa familiaridade.
─ Eu gosto bastante dessa história. ─
Aquilo a tirava de seus pensamentos, o encarando
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novamente.
Sarah aparentava estar bem, lhe oferecia um
comentário aqui e outro ali, às vezes ofertava-lhe
um sorriso em retribuição a algo que fizesse ou
dissesse, estava focada no que queria e ele não
podia negar que seu desempenho nas aulas e no
trabalho era mais do que satisfatório.
Mas em seu interior secretamente ansiava
por algum comentário espirituoso vindo dela, que o
retrucasse, que mostrasse a ele a língua afiada que
sabia que ela possuía e que tanto gostava de
provocar.
Sempre que podia passava a maior parte do
tempo fora do escritório, agradecera aos céus pela
sua agenda estar lotada de compromissos que,
como dissera a Sarah, eram inadiáveis, mesmo não
sendo totalmente verdade. Mas era sua fuga, não
conseguia passar muito tempo perto dela sem
deixar que sua mente o traísse.
Mas como sabemos bem a vida sempre nos
prega peças, e às vezes até quando estava “matando
hora” no campus entre as aulas da manhã ele a via
desfilando confiantemente pelos jardins, mudando
de prédio indo de uma aula a outra, ou até mesmo
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Sarah
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— Você fala?
— Sim, por que ele diz a mesma coisa que
você há anos. Que não merece ter mais ninguém,
que não poderia, que quer ficar sozinho, mas essas
coisas acontecem e não adianta ficar mentindo para
nós mesmos. O amor é algo tão bom de sentir que
não merece ser simplesmente excluído da vida de
ninguém.
— É... Essas coisas acontecem... — Ela
vagueia em seus pensamentos até a noite em que se
tornou dele e se sentiu livre.
— Exatamente, não há nada melhor do que
se sentir parte de algo ou de alguém, mas você
conhece meu irmão sabe como ele é.
Você não faz ideia.
— Conheço até bem demais. — Ela deixava
escapar, mas se seu amigo ouviu não demonstrou.
— Acredito que quando ele se apaixonar
novamente sequer vai perceber e quando piscar os
olhos, pronto já foi.
— Onde ele a conheceu? A Margot — A
pergunta entalada no fundo de sua garganta escapa
de seus lábios. Ela tinha curiosidade em saber mais
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ruiva.
Billy, o que tinha anteriormente a aspirante
a vampira em seu colo, um rapaz com pele morena
e cabelos castanhos que Ryan já mencionara que
todos na casa o chamavam de Billy bomba a
encarava. Até aquele momento ela não entendia o
porquê daquele apelido tosco, mas ao observá-lo
pode perceber de onde surgira. Ele era enorme e
com uma musculatura completamente definida que
ficava evidente mesmo com sua jaqueta escura que
usava. Ele poderia muito bem seguir carreira de
fisiculturista caso a de advogado desse errado.
— Onde é o desfile? — Ele era o primeiro a
falar.
— Perdeu o caminho até a fashion week,
princesa? — Era a vez de um dos jogadores de
vídeo game enquanto a secava dos pés à cabeça se
manifestar.
— Não sei e você perdeu o caminho até a
loja do brechó ou sua mãe que veste você? — ela
sorria debochadamente.
Se tinha algo que Alexia detestava era que
falassem de suas roupas.
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comigo.
Ela se afasta antes mesmo que ele
continuasse indo até a cama dele e retirando seu
casaco o jogando de lado.
— Hoje me candidatei em um programa
para alunos prodígios de moda. Enviei meu
portfólio, mas não estou esperançosa. — Ela se
sentava na cama e respira fortemente.
— Por que não? Você é muito inteligente e
seu portfólio é incrível. — Ryan sentava-se ao seu
lado.
— O programa é muito difícil de passar, só
os melhores dos melhores conseguem.
— Precisa confiar mais no seu trabalho,
Lex. Ninguém pode dizer que você não é capaz de
nada. — Ele colocava sua mão sobre a dela que
repousava em sua coxa exposta. — Você é a
melhor dos melhores para mim.
Merda. Acho que estou começando a me
apaixonar por ele.
— O resultado sai até o final do semestre,
só me resta esperar. Se conseguir vou te apresentar
minha coleção especial de lingerie. — Ela sorria.
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que eram.
— Namorar? Tipo um casal? Com direito a
andar de mãos dadas? Do tipo que se me
perguntarem eu posso responder “sim ele é meu
namorado?”.
Ela escuta a risada baixinha dele.
— Sim Lex, tipo isso. Ou quando alguém te
elogiar no campus eu direi “ela é minha namorada”
antes de bater na cara do tarado.
— Tudo bem, eu aceito ser sua namorada.
— Ela sorria. Estava tão feliz que não sabia como
descrever. — Eu gosto muito de você ursinho, tipo,
gosto de verdade.
Ele lhe oferece um sorriso acolhedor a
puxando para um beijo lento e quente.
— Quando iniciei esse ano letivo, jamais
imaginaria que algo assim fosse acontecer. — Ele
confessava em seus lábios ainda a provando.
Acredite. Muito menos eu. Devolvia seus
beijos e era acolhida em seus braços sentindo seu
aperto confortável.
— Tem planos para hoje, Lex?
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aeroporto.
Merda. Pensava enquanto apertava os
olhos e lábios pela sua completa tolice.
— Que horas são? — Ele perguntava
urgente.
— Você está usando o relógio que te dei?
— Ahh... Claro. — Ele mentia.
— Então por que está me perguntando as
horas?
Pego em sua mentira, ele continua.
— Hyde. Me perdoe, eu... Eu... O hospital
está muito lotado hoje e... Ainda não consegui sair
do meu plantão...
— Eu sabia que ia esquecer. — Ela o
interrompia, podia ouvir a chateação em sua voz.
— Você se esquece do tempo nesse hospital.
— Eu estou saindo daqui... Me de meia
hora e vou te buscar...
— Estou te esperando há mais de uma hora,
Ethan. — O interrompia novamente. — Não
precisa mais... — Escuta o barulho de carros na
linha, logo em seguida o de uma porta batendo e
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precisava de ajuda.
Ela corre até ele passando pelos cacos no
chão e madeira espalhados. Sarah se joga em sua
direção e o acolhe em seus braços, mas ele parecia
ainda não perceber sua presença ali, pois repetia o
mesmo pedido de desculpas várias e várias vezes.
— Ethan! Ethan! Eu estou aqui, já cheguei.
— Dizia preocupada, sentando-se no chão e o
puxando para si.
E ele continuava a pedir desculpas das quais
ela não entendia para quem eram, lágrimas
molhavam seu rosto e agora a camiseta branca que
ela usava, era impossível não sentir com ele, não se
comover.
— Tudo bem, tudo bem — Ela repetia para
ele próxima ao seu ouvido — Shhhh, eu estou aqui
com você.
Ele ainda parecia não a ouvir.
— Me desculpe, eu sinto muito, eu sinto
muito, Hyde. — Sarah o vê se encolher ainda mais
e aquilo não era bom.
— Tudo bem. Quietinho eu estou com você
agora. — Ela o acolhia forte, abraçando ao redor de
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— Dói tanto.
— Eu sei. — Era tudo que conseguia dizer,
sentia sua voz falhar.
Sente seus braços fortes se fecharem mais
em suas pernas.
— Eu não aguento mais. — Ele lhe
confessa e a julgar pela sua voz suas lágrimas
voltaram a cair. — Eu não aguento mais... Estou
tão cansado.
— Tudo bem. — Encostava sua bochecha
no topo de sua cabeça. — Vai ficar tudo bem.
— Eu não aguento mais isso. — Sua
respiração estava pesada novamente. — Me ajuda
Sarah. — A abraçava com mais força. — Por favor,
me ajuda.
Ela é pega desprevenida. Não sabia o que
lhe dizer. Não se achava apta para aquele papel,
pois suas feridas eram semelhantes, incluindo as
partes que ainda estavam abertas e sangravam.
Como ela poderia ajudá-lo se ela mesma não
conseguia se ajudar?
— Como? — Sua voz saia baixa, não
conseguira conter a pergunta que a engasgava.
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nasce.
Ethan se desvencilha dela sentando-se no
chão ao seu lado. Sua respiração agora já
controlada e seu choro não existia mais.
— Eu... Não me sinto bem. — Passava a
mão no rosto secando as bochechas molhadas.
— Vou te levar para a cama, você precisa
deitar.
Ela coloca o braço dele envolta de seu
pescoço e com dificuldade o ergue pela cintura
ajudando a ficar de pé e caminhar. Com cuidado o
desvia dos cacos de vidros e madeira espalhados ao
longo do corredor, Sarah sabia que a cabeça dele
deveria estar a ponto de explodir, com toda a
descarga de adrenalina que sofrera.
Quando ambos chegam ao quarto dele, o
coloca sentado na cama, afasta algumas cobertas e
indicava para ele se deitar para então cobri-lo.
Assim que ele se acomoda, ela começa a se afastar,
indo em direção ao corredor para poder limpá-lo.
Mas tem seu movimento é interrompido pelo toque
de uma mão trêmula e gélida a segurando pelo
pulso.
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— Pelo o que?
— Por tê-la chamado aqui, você não
merecia ver o que viu ontem à noite. Eu... Eu não
devia ter te ligado, estraguei a sua noite e odeio
quando aquilo acontece.
Sabia bem pelo que ele passava. Todo peso
logo após cada queda e a forma que fazia as
pessoas sofrerem ao seu redor.
— Não precisa se desculpar, eu entendo. —
E realmente entendia.
— Sim eu preciso fazer isso, você não
merecia. Eu tento ao máximo evitar aquele tipo de
cena, mas chega uma hora que tudo é muito pesado
para suportar. Você não merece esse homem todo
ferrado como companhia. — Ele apontava para seu
próprio peito.
— Ethan, acredite em mim quando digo que
você não é o único ferrado aqui e não precisa me
pedir desculpas, eu sei como isso funciona e fico
feliz que tenha me escolhido.
— Muitas pessoas não teriam vindo.
— Você já deveria saber que sou diferente.
— Ela sorria para ele.
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aqui comigo?
— Eu... — Ela desviava seu olhar e encara
a porta entreaberta do quarto, era difícil encará-lo e
não pular em seu colo como tanto queria — Claro,
se você quiser.
— Seria errado eu dizer que quero. — Ela
já esperava por aquilo, sabia que assim que ele
recuperasse o bom senso a mandaria embora, foi
impossível não se sentir um pouco decepcionada —
Mas sinto que... Seria mais errado dizer que quero
que vá embora.
Aquilo a pega totalmente desprevenida, ele
queria que ela ficasse a queria por perto. Seu
coração parecia sambar em seu peito.
— Apesar de que não sou somente eu que
tenho que querer isso. Vou entender se quiser ir...
— Eu quero ficar! — Ela falava
rapidamente o interrompendo. Suas bochechas
adquirem uma tonalidade avermelhada pelo olhar
intenso que ele a envolve. — Anda venha comer os
melhores ovos já feitos em toda Londres. — Ela
erguia sua sobrancelha inflando seu peito com ar
convencido que só ela sabia fazer o puxando pelo
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braço.
A risada dele ecoava pelo quarto enquanto
se levantava da cama.
— Bailarinas convencidas na frente —
Indicava a porta.
Ao entrar na cozinha, Sarah o vê pegar a
cafeteira e servir duas canecas de café quente
entregando uma a ela que aceita de bom grado
apertando seus dedos ao redor da mesma para
receber mais do calor da bebida, agora que o
arrependimento por não ter colocado uma roupa
mais quente batia.
— Realmente eu sou muito boa cozinheira.
— Cozinheira não sei, mas o café está
muito bom, O’Connor.
Ela adorava quando ele a chamava assim.
— Está questionando meus dotes
culinários?
Enquanto Ethan se servia de uma porção de
ovos mexidos, Sarah se lembra de sua amiga,
Alexia. Pelo horário com certeza deveria estar
pirando sem notícias, ou pior já deveria ter
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isso.
Rindo ele afasta as embalagens pegando
apenas uma.
— Depois me fale o nome dela. Acho que
merece pontos extras na nota. — Um brilho
malicioso iluminava seus olhos.
Pegando a embalagem da mão dele, ela se
aproxima e o auxilia em se livrar da calça que ele
ainda usava.
— Agora estamos prevenidos. — Ela se
ajoelhava sobre ele rasgando o papel laminado e
vestindo o membro exposto dele, arrancando um
gemido rouco de sua companhia. — Você gosta
disso, Ethan? — Perguntava elevando seu corpo
para recebê-lo dentro de si.
— Muito. — Ele gemia alto fechando os
olhos e jogando a cabeça para trás.
Ethan apertava sua cintura guiando-a e a
abaixando sobre seu membro e quando o encaixe
entre eles enfim acontece Sarah não consegue
conter seu gemido. Os lábios dele logo a calam
devorando-a.
Sentia as mãos dele por toda parte a
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que seu coração dava toda vez que o via eram fora
do comum. Era como se eles fossem compatíveis,
como se sua anatomia fosse feita para responder a
ele, ficando a mercê de seus toques e vontades. Ele
a puxava e ela não relutava em segui-lo.
É claro que iria até ele quantas vezes a
chamasse, claro que dormiria ao seu lado sempre
que pedisse, mesmo sendo difícil para ela dividir a
cama novamente com um homem. Ele estava tão
quebrado quanto ela, mas quando ambos se
encontravam e se entregavam parecia que os
pedaços se encaixavam, a dor ficava suportável e
quando essa junção acontecia, ela não queria de
forma alguma separar.
Por que minha vida precisa ser tão
complicada? Pensava enquanto se vestia, e
principalmente nas palavras que seu amigo uma vez
lhe dissera sobre como não conseguimos controlar
os sentimentos, e ele tinha toda razão.
Ela era fraca. Não conseguia se controlar, e
também não queria, não conseguia se afastar,
ignorá-lo e tentar ser uma universitária normal
saindo com caras do campus da sua idade e com o
intelecto de uma marmota. Não. Ela tinha que
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Ethan
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carro sumira.
— Coelho? — Se sobressaltava quando
sente o toque delicado de Sarah em seu braço, não a
viu se aproximar. — Você está bem? — Ela
passava os olhos pela sua face e a toca com a ponta
dos dedos, franzindo o cenho com o algodão doce
pela metade nas mãos — O que houve?
— Nada. — Sua voz saia com a mesma
irritação que sentia dentro de si. — Nada.
— Como nada? Olha só pra você. Quem era
aquela mulher com quem conversava?
— Ninguém. Vamos embora. — Começava
a se mover dando as costas a ela. Coloca as mãos
nos bolsos na tentativa de controlar seus tremores.
— Qual é Ethan. O que está acontecendo?
Sei que tem algo errado.
— Vamos embora, Sarah. — Sua voz saía
autoritária e ríspida. Não conseguia pensar em mais
nada além de ir embora daquela cidade, deixar tudo
isso para trás e em como fora idiota de ir até lá.
— Hey! Me espera. — A escuta gritar com
a voz ofegante enquanto tentava acompanhá-lo.
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própria.
— Você poderia muito bem ser uma estrela.
— Retirava uma lágrima solitária da bochecha dela.
— Acha que uma estrela pode ajudar a lua a
ganhar luz?
— Por quê? — A encarava, tão pequena em
seu colo com seu rosto delicado nas mãos. — Por
que insiste nisso, Sarah? Olha só para mim. Eu não
tenho nada a te oferecer.
Ela recebe suas dúvidas com um sorriso
acolhedor.
— Você não entende não é mesmo?
Pequenas coisas Ethan, que vindas de outra pessoa
são apenas gentilezas, mas de alguém como você
são grandes atitudes. — Uma interrogação deve ter
se formado em seu rosto, pois no segundo seguinte
ela explica. — Olha só onde estamos. — Indicava
ao redor com os braços abertos o quanto o espaço
permitia. — Você me fez andar de carro, você
cuidou de mim sempre que me machuquei, me
carregou no colo por três quarteirões comigo
desmaiada, você me contou uma piada, muito ruim
por sinal. — Aquilo o fazia rir. — Você cantou
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de sua amiga.
Furiosa por terem acabado totalmente com
o clima, ela se levanta da banheira e se enrola no
roupão lilás que guardava atrás da porta,
entreabrindo a mesma e dando de cara com o casal
nada discreto que tinha o prazer, ou não, de chamar
de amigos.
— Eu estou bem gente. Apenas estava ao
telefone enquanto tomava banho.
No mesmo instante que diz isso se
arrepende. Os olhos de sua amiga crescem na
mesma proporção que o sorriso malicioso de Ryan
se estende pelo seu rosto bonito.
— Aí. Meu. Deus. — É tudo o que saia da
boca de Alexia antes de ela tapá-la com as mãos.
— Não gente. — Ela tentava se corrigir —
Apenas estava conversando.
— Claro. — Ryan dizia quase rindo —
Enquanto está pelada na banheira se esfregando.
Conheço esse truque, Mi. Eu e Lex já fizemos isso.
— Ryan! — Sua namorada batia em seu
ombro.
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A resposta: Um tédio.
Nos últimos dias em que sua rotina não
parecia com no mínimo do que programara, ele há
tempos não se sentira tão bem, e ousava dizer que
uma palavra que se encaixaria mais perfeitamente
para seu estado era “vivo”.
Mas o incômodo o tomara no instante em
que abrira os olhos para receber o sábado. Tentara
retornar aos seus afazeres costumeiros. Tomara
café no horário de costume, assim como seu banho,
depois o almoço e suas atividades acadêmicas. Por
diversas vezes se pegara pensando no que ela
estaria fazendo, se ocorrera tudo bem no carro em
que tomara uma carona, se estava se divertindo e se
estava conseguindo relaxar.
O tempo todo tentando ignorar aquela
sensação estranha e incomum que o distraía de seu
trabalho e mesmo quando fora se deitar naquela
noite aquele aperto de algo errado ainda o
incomodava. Aquilo estava impedindo que fizesse
seu trabalho direito o irritando como nunca, odiava
não se doar 100% ao que fazia. Era como se algo
estivesse faltando e não era somente a companhia
teimosa e convencida com longos cabelos negros e
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a possuía.
Então por conta de tudo isso, Ethan sabia
que seu irmão entendera a quem se referia quando
falava de perdão.
— Amélia está sofrendo assim como você.
— Ele lhe diz.
— Eu sei. Eu não a culpo e não a julgo. O
luto para cada um é diferente.
— Mas isso não quer dizer que ela esteja
certa no que vem fazendo.
— Ela acredita que está.
— Por que precisa do perdão dela?
Ele rodava o controle remoto nas mãos.
— Por que... — Respirava fundo — Ela é o
mais próximo que tenho de uma mãe e de Margot.
— Jarred já conseguiu o nome que você
quer? — Ele perguntava sobre seu colega de
trabalho que morava em Dublin, mudando de
assunto.
Deixa seus ombros caírem assim como suas
costas no encosto do sofá e apenas nega com
movimentos sutis da cabeça. Mais um assunto que
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um largo sorriso.
— Oi David. — Ela praticamente joga um
fardo de cerveja de cereja nos braços dele antes de
entrar correndo e seguir para a sala e literalmente se
jogar no colo de Ethan que surpreso encarava toda
a cena.
Ele não teve tempo de dizer nada, quando
viu Sarah já estava se jogando sobre ele e sentando-
se em seu colo colocando uma perna de cada lado
dele e o beijando com uma urgência surpreendente.
— Fico feliz em te ver, David — David
afinava a voz na tentativa de imitar sua amiga —
Nossa Mi você trouxe cerveja, obrigado. —
Engrossava novamente como se estivesse tendo um
diálogo consigo mesmo — Nossa, David como
você é forte, conseguiu pegar essa caixa de cerveja
do ar, ótimo reflexo, andou malhando? — Dizia
mais uma vez com voz fina — Gentileza sua, Mi.
Entre sinta-se à vontade. Ethan está ali no sofá. —
Com um baque ele fecha a porta.
Ambos ignoravam os gracejos de David,
envoltos por uma chama de luxuria que acabara de
ser acesa.
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aluna?
— Dois minutos! — Ela escutava a
assistente de palco surgir no camarim em que todos
os bailarinos do corpo de balé estavam terminando
os últimos ajustes, sua voz nada calma anunciava o
tempo que tinham para irem até a entrada do palco.
O barulho das dezenas de sapatilhas ecoava
no assoalho de madeira e ela respirava fundo,
encarando seu reflexo bem maquiado no espelho.
Está na hora. Ela pensava. Você consegue,
é a sua despedida.
A música de abertura começa, violinos e
piano acompanham a entrada sincronizada dos
primeiros bailarinos a surgirem no palco, os
aplausos da plateia os recebem servindo como
combustível, arrancando-lhe um largo sorriso.
Sentira tanta saudade.
A parte favorita de Sarah nesse espetáculo
começa e o quarteto de bailarinas mais conhecido
como “a dança dos pequenos cisnes” se forma, elas
com toda leveza que somente uma bailarina
consegue transmitir, dançavam em uma harmonia
perfeita.
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vinco.
Quando ela olha melhor percebe que David
não estava sozinho, um homem estava ao seu lado
em uma mesa e que não somente fungava em seu
pescoço como agora também o beijava.
─ Aquele é o Bob? ─ Escutava Ryan dizer.
─ Você o conhece?
─ Ele é aluno lá do estúdio, se apresentou
no recital com a Mi. Conversei com ele algumas
vezes.
Agora o suposto Bob pegava a mão de
David sobre a mesa enquanto falava próximo ao
seu ouvido.
Aquele desgraçado está traindo a minha
melhor amiga. Não dá para confiar nos caras que
tem a cara de bom moço.
─ Tem algo errado, Lex. ─ Ambos
assistiam a cena como a um reality show. ─ Se
David está aqui, onde está a Mi?
─ É o que vamos descobrir agora mesmo,
ursinho. ─ Ela pegava sua mão e decidida e um
pouco irritada com a ideia de que sua amiga esteja
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dizia exasperado.
─ Acho que sua namorada prefere ir
sozinha. Como nos velhos tempos. ─ Ela piscava o
provocando.
Alexia sente dedos escorrerem de seus
cabelos e tocarem suavemente seu pescoço e ela
estremece por receber aquele tipo de contato em
público e ainda com os olhares de pessoas que não
sabiam sobre seu histórico com garotas.
─ Qual o seu problema, Camille? ─ Ryan
afastava a mão da loira se levantando rapidamente
─ Está difícil de entender? Quer que eu desenhe?
─ Quanto tempo vai levar até ela perceber
do que realmente gosta? ─ Camille o enfrentava.
─ Ela começou a sair comigo exatamente
por que descobriu do que realmente gosta.
─ É mesmo? ─ Ela sorria em deboche ─
Você foi o primeiro cara dela, é só fogo de palha,
sempre passa. É como aquelas paixonites da época
da escola. E quando isso acontecer, eu estarei aqui.
Ele cerra os punhos e seu maxilar se trinca,
suas mãos tremiam e a olhava com raiva, a veia na
lateral de seu pescoço se salta e Alexia via o quanto
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─ Não.
─ Ok. Se você não sai, eu entro. ─ Sem
resposta imediata dele ela força a porta e entra
fechando-a a trás de si.
Ryan estava sentado no vaso com a tampa
abaixada e a cabeça apoiada nas mãos sobre os
joelhos.
─ Ryan... ─ Ela se aproximava dele ficando
de joelhos entre suas pernas o forçando a encarar
seus olhos amendoados ─ Você sabe que ela só
disse aquilo para te irritar.
Ele continuava em silêncio e aquilo não
podia significar algo bom.
─ Não dê importância, eu estou com você.
─ Está mesmo ou vai me deixar na primeira
oportunidade que tiver com uma garota?
Alexia não podia culpá-lo pela sua dúvida,
ele, mais do que qualquer outra pessoa em sua vida,
a conhecia, sabia de seu passado com as mulheres e
principalmente sobre seus sentimentos por Sarah, e
aquela cena que Camille fizera, de propósito, só
servira para trazer tudo aquilo à tona, mas ele sabia
exatamente onde estava se metendo quando tudo
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Orgulho e preconceito
Jane Austen
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graça.
— Cozinha. Agora. — Ela o pegava pelo
braço o arrastando para baixo.
Ethan
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descubra?
─ Olha Alexia eu sei muito bem o que isso
acarreta. Entendo as consequências, sei de tudo
isso...
─ Vocês podem ser expulsos. ─ Dizia ela
com firmeza ─ Minha preocupação maior é a Mi e
não com o senhor. Ela já sofreu muito e não precisa
de mais um para machucá-la.
─ Não pretendo fazer isso.
─ Mas vai. Você é homem, e homens fazem
isso.
─ Ahh... Lex. ─ Ryan que assistia o sermão
da namorada se pronuncia ─ Eu estou aqui, sabia
né?
Ela se aproxima mais erguendo seu queixo
para encará-lo em desafio ignorando o comentário.
─ Lexi. Não exagera. ─ David vinha a seu
favor ─ Todos nós aqui temos nossos segredos. ─
Ele a fitava sério.
─ Você também fique quieto, David. Você
compactua com isso, sabia de tudo. Eu sou a
melhor amiga aqui, eu que devia saber de tudo. Não
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O amor é imprevisível.
É como um ladrão sorrateiro. Você não
percebe quando ele chega, mas sabe quando ele faz
sua visita. Ele rouba seu coração e faz dele sua
morada. Às vezes para que esse processo aconteça
levam-se anos, algumas pessoas precisam desse
tempo, outras bastava apenas um olhar, um toque,
um sorriso ou gestos.
Aquele sentimento não era novo para ela,
muito pelo contrário, amara Gael como nunca e
podia-se dizer que, de uma maneira que não
compreendia, o amor por ele hoje era diferente. Era
mais como algo bom dentro de si, algo que doera
por muito tempo, mas que hoje fora convertida para
saudade.
Ela que tanto defendia a certeza de que um
coração pertencia a apenas uma pessoa e que ao
perdê-la os sentimentos que viriam depois jamais
seriam os mesmos, estava lá, sentada em sua
cadeira no amplo escritório de seu professor e
observando-o com o coração aos pulos e um sorriso
bobo nos lábios.
Agora ela via com clareza. Diante todas as
suas dúvidas ele era sua única certeza. Ela o amava.
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deuses...
─ Ainda estou na letra J, O’Connor. ─ Ele
informava sem olhar para ela.
Com um sobressalto ela se arruma em seu
lugar quase caindo da cadeira. Não notara que
praticamente subira na mesa.
─ Não fique tão preocupada.
─ Meu histórico com a sua prova não é
muito favorável.
─ Só precisa me dar respostas completas e
de sua autoria que tudo ocorrerá bem. ─ Ele a
provocava com um sorriso de lado.
Diante sua cara séria e seus olhos
estreitados ele ri.
─ Fique tranquila. Você vai se sair bem.
Tenho um forte pressentimento.
─ Não sabia que Cérbero possuía
habilidades mediúnicas. ─ Devolvia sua
provocação.
─ Não é essa a questão e sim de
probabilidade. Um raio não cai duas vezes no
mesmo lugar. E sempre aprendemos com nossos
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Collins.
Rindo ele a segurava em seu colo, seus
braços fortes a envolviam em um aperto firme e
seus olhos a admiravam.
─ Acho que as aulas práticas ajudaram. ─
Um sorriso de lado surgia e a covinha que ela
amava enfeita seu rosto.
─ Realmente.
Sua voz sai fraca, estava perdida naquele
tom de azul de seus olhos. Seus dedos se fecham na
nuca dele. Um gemido escapa de seus lábios
entreabertos quando sente os dedos atrevidos de
Ethan subirem sutilmente suas costas arrepiando e
despertando todo seu corpo.
Podia ver a luta interna que ele combatia
enquanto intercalava seu olhar entre os olhos dela,
sua boca e a porta. Os dedos alcançam seus cabelos
negros e longos mergulhando nas madeixas soltas
dela.
Ela toma a iniciativa por ele jogando a
cabeça em sua direção e abocanhando seus lábios,
ávida, urgente, ardente. O beijo não é nada gentil,
suas línguas enroscam com uma facilidade
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compartilhamento.
Ela o questiona em silêncio.
— Compartilhamos as nossas garotas da
vez. Quando alguém termina um de nós vai lá e
pega. — Ele explicava com calma.
— Então criamos uma lista para organizar
quem será o próximo. — Billy continuava — A
mesma que Luke insiste em ignorar.
— Eu não ignorei, apenas achei que era a
minha vez. — Ele dava de ombros.
— Ryan sempre fez parte da lista, mas
depois que vocês começaram a namorar ele parou
com isso. — Billy tentava apaziguar a situação,
pois com certeza havia reparado na expressão de
completo espanto que ela tinha.
Aquilo tudo era um absurdo e perder tempo
com aqueles idiotas era mais ainda. Como Ryan
conseguia ser amigo deles? Era um mistério.
Alexia da às costas para os babacas de
direito, que novamente retornaram a discussão
sobre a tal lista, e segue para as escadas. Fora até lá
por outro motivo.
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quer me contar.
Sarah o olhava fixamente e tinha os braços
cruzados. Ela não estava para brincadeira.
─ Sarah... Eu... ─ Ela o interrompia de
novo.
─ Não Ethan. Não vem com conversa fiada.
Por que você não confia em mim por completo?
Por que não me conta o que está acontecendo? Eu
quero saber. Quero te ajudar. ─ Dizia quase
implorando ─ Você me pediu ajuda, lembra? Mas
para isso preciso saber o que está acontecendo.
Parece que você não está aqui de verdade e eu
estou tentando deixar de lado, mas está ficando
difícil.
Realmente aquilo era um feito. Ela
aguentara mais de 24 horas sem fazer perguntas
mesmo estando incomodada.
─ Confie em mim, por favor. ─ Lhe
implorava outra vez.
Ethan abre e fecha a boca várias vezes, não
sabia por onde começar. Como poderia ser sincero
com um assunto como aquele? Como explicaria?
A julgar pela irritação crescente de Sarah,
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um resmungo.
─ E você pelo visto não.
─ Eu estou feliz por ela, afinal faz muito
tempo que não vê os pais e eu entendo isso. É só
que... ─ Suspirava ─ Eu não sei. Estou com uma
sensação estranha que não está me deixando dormir
direito.
Uma muito similar a que sentira com
Margot após se despedir dela ao telefone. Mas
preferira manter esse detalhe longe de seu irmão,
que como todo bom irlandês, era supersticioso.
Aquela sensação na boca do estomago não o estava
deixando em paz.
─ Será apenas 10 dias, Ethan. Passam
rápido. Ela disse que volta antes do ano novo.
Talvez esteja ansioso ou... Preocupado.
Se ele estava preocupado? Muito.
Maneia positivamente a cabeça. O tempo
sempre passa rápido, e era exatamente esse um dos
problemas. O fatídico dia da viagem estava mais
próximo do que nunca e a saudade já estava
apertando.
Não queria pensar sobre isso. Estava há dias
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provocava.
─ Possuo vários talentos que te espantam.
─ O mais marcante deles é a humildade.
Ambos riem.
A caminhada continua passando em frente
ao memorial da princesa Diana e logo cruzando a
ponte do rio Serpentine onde resolvem fazer uma
parada e admirarem a vista do rio por outro ângulo.
─ Pelo menos... ─ Dizia Ethan ao apoiar os
cotovelos na armação de pedra da ponte ─ Vamos
estar juntos no natal. Eu, você e um belo macarrão
a Carbonara. O nosso favorito.
Algo estranho acontece a seguir. Recebe o
silêncio total de seu irmão caçula. Nem uma
confirmação ou um comentário animado. Se não
estivesse vendo David ali, juraria que ele havia ido
embora.
─ Então... ─ Um olhar culpado e um sorriso
sem graça tomam as feições de David ─ Era sobre
isso que queria falar com você. ─ Coçava o queixo
com desconforto.
─ Então foi por isso que me trouxe aqui. ─
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Ethan constatava.
─ Não completamente, mas eu ia aproveitar
para dizer que... ─ Ele pigarra ─ Os pais do Bob
me convidaram para passar a semana do natal com
eles, e... ─ Ele se apressava em dizer ─ Claro que
você está convidado.
─ Você deve ir. Não se preocupe comigo.
─ Mas você pode ir comigo. Eles querem te
conhecer também e... Eu... Não quero te deixar aqui
sozinho. Então... Já sei. Eu não vou. Isso mesmo.
Melhor. ─ Falava tudo rapidamente já pegando o
celular do bolso.
─ Não Dave. ─ Segurava o braço dele ─
Não desmarque por mim. Você tem que ir, seria
uma desfeita muito grande se não fosse. Eu vou
ficar bem. ─ Tentava tranquilizá-lo ─ São apenas
alguns dias e como você disse, passa rápido.
─ Ethan... ─ É interrompido.
─ Isso não está aberto à negociação. Você
vai e pronto. Vá aproveitar eu vou ficar aqui
esperando Sarah voltar. Não quero que viva em
minha função. Já tomei muito da sua vida.
Quando tudo mudara, Ethan passara ser a
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certo.
─ Afasta. ─ Ethan gritava ─ Vai.
Choque. Checa o pulso. Nada.
─ Aumenta. ─ Ordenava ─ Afasta. Vai.
Choque. Nada.
─ Mais. Afasta. Vai.
Nada.
─ Não. Não. Não. ─ Checava mais uma vez
o pulso. ─ Aumenta. Afasta. Vai.
Nada.
Impotente ele deixa seu corpo cair,
escorregando pela lateral da ambulância e
sentando-se no chão.
Mais uma vida se fora. Ele fitava o corpo
jovem na maca. Pensava em sua família e em como
diria que ele não fora capaz, em como falhara com
seu dever.
─ Você fez todo o possível, doutor. ─ O
assistente mais velho tentava acalmá-lo
─ Não. Nada nunca é o suficiente, sempre
se pode fazer melhor.
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─ Ethan?
Ele vira em direção a voz e encontra Jarred
se aproximando rapidamente pelo corredor.
─ Estava te procurando pelo hospital todo.
─ Para próximo a ele tomando fôlego. Com as
mãos na cintura ele o olhava preocupado ─ Olha.
Não sei como te dizer isso, mas... ─ Seu semblante
muda quase para um estado de choro ─ É a
Margot.
─ Merda. ─ Ethan levava as mãos ao rosto
o cobrindo ─ Ela te ligou? Merda prometi que
estaria em casa há horas atrás.
─ Não é isso Ethan...
─ Diga a ela que você não me viu aqui. ─
Ele o interrompia.
─ Ethan. ─ Seu amigo elevava a voz
captando sua atenção ─ Ela... ─ Ele apertava os
olhos ─ Ela...
Então a notícia que mudaria tudo para
sempre o atinge, chocando-o e o desnorteando. Seu
cérebro simplesmente se esquece de tudo, de como
se falava, andava, respirava. Ele era apenas um
corpo vazio.
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uma surpresa.
─ Do que ela está falando, Ethan? ─ David
perguntava.
─ Assassino. ─ Se recolhia no abraço do
marido chorando em seu peito.
Sua cabeça girava e sua vista ia se
escurecendo, se fazendo necessário ter que se
apoiar na parede. Seu irmão o segurava
preocupado.
─ O papai logo vai chegar. Venha. Vamos
para um consultório vago para você deitar.
Ela estava grávida. Eu os matei. Ele
pensava. Quando finalmente ela teria o que tanto
desejava, ele fora lá e arrancara isso dela.
Sim. Ele.
Acreditava nas palavras de Amélia. Era
tudo culpa dele. Se não tivesse mais uma vez
quebrado a promessa, se tivesse estado lá no
horário certo, se não se dedicasse mais a sua vida
profissional do que a pessoal, se fosse o marido
que ela merecia, ela ainda estaria viva e poderia
viver seu sonho de ser mãe.
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e a encara.
─ O que? Como assim?
─ Mirna eu amei passar cada segundo com
você. De passar na frente do seu quarto e ver você
nele. Seu pai nem se fala. E estamos muito
orgulhosos pela nossa sorridente e forte filha estar
de volta e decidida em seguir em frente com seu
caminho. E posso ver que tem outra pessoa no final
dele. Esse homem a trouxe de volta. Eu vejo o
quanto você precisava dele. Ele era quem você
estava esperando mesmo antes de esperar. E por
causa disso devo acreditar que ele... ─ Ela pegava
suas mãos ─ Também precisa de você.
─ Ainda faltam alguns dias, eles passam
rápido...
─ Querida. Volte para ele.
─ Mas a passagem...
─ Para o inferno a passagem. Arrume suas
malas, meu amor, você vai pegar o avião amanhã
bem cedo. Vai chegar antes da data e fazer uma
surpresa a ele.
Sarah abraça a mãe com força, seu rosto
banhado por lágrimas, mas feliz.
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e do seu futuro.
Estava decidida em se abrir para ele.
Colocar tudo a limpo, dizer tudo o que se passava
dentro do seu coração. Claro que depois de dar
alguns tapas nele por não a atender.
Mas assim como a cada minuto se
aproximava do seu destino, a cada minuto sua
coragem ia falhando.
Suas mãos suavam frias e suas pernas
tremiam inquietas no banco de trás do táxi. Estava
de volta a Londres, e a paisagem estava um pouco
diferente do que alguns dias atrás. Tudo estava
branco e coberto pela, agora, fina camada de neve
pós-natal. Ela devia ter caído durante a madrugada.
Seus dedos, um pouco endurecidos pelo
frio, apertavam freneticamente o botão do elevador.
Agora faltava pouco. Apenas alguns metros para
seu final feliz. Para beijar seu senhor Darcy. Como
a cena no filme do amanhecer gelado em que ao
longe Elizabeth o vê se aproximando ao primeiro
raiar do sol.
Respirando fundo algumas vezes ela bate na
porta e aguarda.
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celular”.
Algo estava muito, muito errado.
Seu subconsciente, ou melhor, seu diabinho
interior fazia advertências em sua cabeça.
Colocando várias ideias das quais não queria crer
em nenhuma.
Com passos apressados Sarah atravessa o
campus irrompendo na sala da secretaria ofegante.
Suas mãos tremiam e o formigamento aumentava.
─ Em que posso ajudar? ─ Uma atendente
sorridente com uma blusa de lã natalina verde e
cheia de bonecos de neve a cumprimentava.
─ Olá. Ah... ─ Tentava recuperar o fôlego
─ Fui assistente do professor Collins de anatomia
desse semestre e... ─ Respirava fundo ─ Gostaria
de saber por que o nome dele não está mais na
porta do escritório?
─ Ah... Sim. Ela foi removida ontem. ─ Ela
checava algo em seu notebook ─ Porque o
professor Collins não trabalha mais aqui.
Quando pensava que nada, absolutamente
nada, pudesse piorar tudo, lá vem a vida mais uma
vez esfregando na sua cara o como ela ainda era
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ingênua.
─ Co... Como assim?
─ Ela não faz mais parte do corpo docente
desta instituição há uns... ─ Olhava mais uma vez
na tela ─ Três dias. Ele ainda precisa retirar suas
coisas da sala.
Se a atendente havia lhe dito mais alguma
coisa depois daquilo ela não saberia responder, pois
tudo estava em turvo e confuso. Sua cabeça girava
e sentia o ar ficar rarefeito.
Ethan não faria aquilo com ela. Ele havia
prometido. Dissera que estaria ali quando ela
retornasse, mas para todos os lugares que olhava,
todos os lugares que pertenciam a eles, ela não
encontrava nem o menor vestígio dele. Tudo o que
conseguia pensar era que fora abandonada por ele,
que todas as palavras doces e todo cuidado não
eram nada além de palavras vazias e de pena.
Ainda entorpecida sente uma vibração.
Talvez aquele fosse seu fim, agora além das mãos
formigando aquela sensação havia partido para sua
perna direita. Mas ao recobrar um mínimo de
consciência descobre que a origem desse novo
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A vida é surpreendente.
Quanto mais ele pensava nessa frase, mas
ela fazia todo sentido. Já se cansara de tentar crer
que nada mais poderia lhe impactar, pois sabia que
era mentira. Aquele e-mail era um forte indicativo
disso.
Depois de anos criando sua própria rotina,
vivendo a sua maneira, ou melhor, sobrevivendo,
você cria suas próprias regras e convicções.
Aprende, na maior parte do tempo, a conviver com
o seu passado, e então “boom” um simples nome
muda tudo. Tudo o que antes era concreto cai e
você fica completamente perdido. Sem chão diante
do inesperado.
Durante todo esse tempo ele, o coração,
estava bem abaixo do seu nariz. O assombro de
suas noites de sono. Estava tudo bem ali abraçada
com ele na cama.
A essência dela estava viva, o pulsar de seu
coração agora dava vida a outro corpo, guiava outra
pessoa, pertencia a outra pessoa, e ele
simplesmente surtara.
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mãos.
Paul segura seus pulsos com firmeza sem
cortar o contato visual.
─ Ethan. ─ Dizia sério e com a voz quase
tão trêmula quanto à dele ─ Eu preciso fazer isso.
Seus olhos imploravam por oferecer ajuda,
por aproximação.
Ele dizia a si mesmo que não iria soltar
aquele casaco, que não permitiria que justo aquele
homem, que tivera toda a infância e adolescência
dele para demonstrar compaixão, se aproximasse.
Mas aos poucos suas mãos o traiam, afrouxando-se
ao redor daquela peça. Então ele percebe que
também estava cansado daquilo. Cansado do rancor
e da solidão.
Paul com calma retira o casaco das mãos de
Ethan e começa a dobrá-lo para enfim colocá-lo na
caixa e ir até o guarda roupa para pegar outra peça.
Com os olhos presos naquele homem Ethan
se aproxima do móvel e retira uma blusa de lã do
armário.
Estava desconfiado. Aquilo não era normal.
Ele e Paul no mesmo cômodo por 15 minutos
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meu.
─ Achei que você também gostasse. ─
Olhava o pacote um pouco chateado consigo.
Estende a Ethan uma lata de refrigerante e senta-se
ao seu lado abrindo o lacre da dele e se servindo de
um generoso gole.
Seu coração ainda se mantinha apreensivo.
A todo instante fitava o homem ao seu lado de
esguelha. Já não estava tão incomodado com sua
presença. Mas ainda não confiava nele. Sentia que
a qualquer momento iria tirar uma garrafa de
bebida do bolso e avançar nele como já fizera
diversas vezes. Um homem que, quando sua mãe
morrera, o abandonara com uma criança de cinco
anos, que se fechara de tudo e todos, se afastara do
mundo e dos seus filhos, se trancara em seu
silêncio, que fizera Ethan ter que crescer antes da
hora e...
Eles. Eram. Iguais.
Quando esses pensamentos passam por ele,
Ethan se assusta. Sobressaltado ele olha para o
homem ao seu lado. Paul rasgava o pacote de doce
e enfiava dois de uma vez na boca.
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tempo.
Silêncio. Distanciamento. Solidão. Culpa.
Eram coisas que reconhecia muito bem. Paul
passara por tudo aquilo, talvez por motivos
diferentes, mas com um mesmo fim.
─ Como que ela é? ─ Ele perguntava ainda
o abraçando.
Sem dizer o nome, Ethan já imaginava
sobre quem ele perguntava.
─ Ela... É... ─ Meu bem mais precioso, meu
lado bom, quem me faz querer ser alguém o melhor
possível para ela, quem espanta meus pesadelos e
diminui minha dor, quem faz meu coração ganhar
vida e desperta meus desejos ─ Tudo. Muito mais
do que eu mereço.
─ Então do que é que você está fugindo?
─ Acho que de mim mesmo.
─ Por quê?
─ Tenho medo. ─ Ele confessava ─ Porque
eu... Fiz algo que ela não merece.
Ethan interrompe o abraço voltando a sua
posição original e encarando as caixas empilhadas
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no chão.
─ Ela tem o coração da Margot. ─
Suspirava ─ Literalmente.
Boquiaberto, Paul se arruma na beirada da
cama com olhos arregalados.
─ Então. Você está com ela por... ─
Deixava a frase morrer.
─ Não. Claro que não. ─ Dizia com asco ─
Jamais faria algo assim. Eu... Descobri há uma
semana. Mas... Eu... Acabei comparando as duas. E
Sarah não merece isso. Então decidi que precisava
limpar isso de mim e...
─ Então é por isso que veio até aqui. ─ Paul
completava ─ Para fazer as pazes com seu passado
e seguir em frente. Você a ama.
Ethan confirma em silêncio.
─ Você a amava antes de descobrir?
─ Muito.
─ Disse isso a ela?
─ Não. Mas eu vou, assim que terminar
tudo isso.
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ombros.
Carmem o olhava com carinho. Ela e
Charles, seu marido, haviam chegado ao hospital
algumas horas depois dele. Não era a situação que
imaginava conhecê-los.
Ele arrumava a postura na poltrona ao lado
da cama e colocava a mão sobre a dela.
─ Eu vou ficar aqui. Obrigado.
Aquele quarto era sua casa naqueles últimos
dias.
─ Não precisa fazer isso, Ethan. Vá para
casa que eu fico com ela, você deve estar cansado.
─ Está tudo bem, Carmem. ─ Apertava
levemente suas mãos que ainda jaziam em seus
ombros ─ Pode ir você.
Ela sabia que não conseguiria tirá-lo dali,
mas mesmo assim tentava todo dia. Sorrindo ela
afaga seus cabelos.
─ Minha pequeña tem muita sorte. ─
Beijava o topo de sua cabeça ─ Eu vou para o hotel
tomar um banho e trocar de roupa. Daqui duas
horas estou de volta. Ok?
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Sarah
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acenar de cabeça.
─ Eu... Eu... Morri?
─ Ainda não.
─ Onde eu estou?
─ Não importa, preciso que me escute
Sarah. ─ Margot ficava a sua frente segurando forte
suas mãos. ─ Ele precisa de você. Você precisa
voltar para ele.
─ Eu... Eu não sei como... ─ Lágrimas
novamente escorrem de seus olhos castanhos e
Margot toca sua face limpando-as.
─ Não chore. Você precisa ser forte. Eu sei
que você o ama tanto quanto eu o amei em vida e
tanto o quanto continuo o amando. Você foi o meu
presente para ele. O coração que carrega sempre
pertencerá a ele. ─ Olhando mais atentamente,
Sarah, nota o início de uma leve cicatriz despontar
pelo decote do vestido no centro do peito da figura
a sua frente ─ Meus olhos o enxergam, mas minhas
mãos não podem tocá-lo, mas você pode. Ethan
precisa de você e você dele. Estavam destinados a
ficarem juntos. ─ Um sorriso gentil iluminava seu
rosto ─ Sei que o ama verdadeiramente e estamos
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amava.
─ Obrigada. ─ Agradecia a mulher a sua
frente tocando o centro de seu próprio peito ela
completa ─ Vou cuidar bem dos dois.
─ Eu sei que vai. Ele está feliz por você.
Sarah tomba sua cabeça para o lado e
Margot sorri.
─ Gael. Ele foi um bom homem.
─ Foi sim.
─ Me pediu para te entregar isso. ─ Abria a
palma de uma das mãos e no centro uma delicada
flor branca e pequena repousava. Sarah logo se
recorda que era a mesma flor que crescia na árvore
que cobria o túmulo dele. Lembrava-se delas
caindo sobre si como uma chuva delicada e em uma
delas ficar sobre o presente que Ethan lhe dera.
Era ele. Ele estava lá com ela no dia.
─ Meu tempo aqui acabou. ─ Margot
afagava suas mãos e braços ─ Faça-o feliz Sarah eu
sempre estarei olhando por vocês.
E com aquela última frase ela desaparece.
Sarah não sabia o que fazer então apenas
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tarefas. O perdão.
Começou de forma atribulada. Como se não
fosse para acontecer. Não estava previsto que ela se
apaixonasse, aquele deveria ter sido apenas um ano
diferente. De um novo recomeço, e assim o fora.
Um pouco diferente do que imaginava. Nunca
sonhara amar aquele homem rude e fechado deste
jeito tão avassalador. Mas no coração ninguém
manda, ele é supremo regente de si mesmo, e ela
não teve outro remédio senão se render, se entregar
a esse amor que sentia por ele.
A vida realmente nos reserva coisas
maravilhosas. Como uma vez um homem grosseiro
e extremamente sexy com os olhos azuis mais
lindos do mundo lhe dissera. A vida é
surpreendente. E ele foi a melhor de todas as
surpresas.
Dizem que as melhores coisas da vida
chegam sem avisar, e assim foi com Ethan Collins.
Tudo aconteceu de modo tão abrupto, tão simples,
tão natural, como se o encontro deles já tivesse sido
planejado pelo destino. Com dia e hora marcada
para acontecer. E desde que Sarah colocara seus
olhos sobre ele, tudo tem sido assim. Fluido e certo.
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Até a próxima!
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Table of Contents
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
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Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Epílogo
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