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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx - DFA
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES
DO EXÉRCITO

COLETÂNEA DE INSTRUÇÃO
MILITAR

1ª Edição
2010
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx - DFA
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES
DO EXÉRCITO

COLETÂNEA DE INSTRUÇÃO
MILITAR

1ª Edição
2010
COLETÂNEA DE INSTRUÇÃO MILITAR
ÍNDICE
Unidade Didática II – Instrução Geral
A Missão do Exército Brasileiro..................................................................... 05
A Evolução Organizacional do Exército Brasileiro........................................ 07
O Sistema de Ensino do Exército Brasileiro................................................... 12
Formas de Ingresso nas Forças Armadas........................................................ 13
Regulamento da EsPCEx (R-114).................................................................. 15
Pátria e Símbolos Nacionais........................................................................... 20
Patronos do Exército Brasileiro...................................................................... 24
Postos e Graduações....................................................................................... 32
Uniformes....................................................................................................... 35
Conduta do Aluno........................................................................................... 41
Boas Maneiras................................................................................................ 45
Serviços Externos à EsPCEx.......................................................................... 48
Polícia do Exército – PE................................................................................. 54

Unidade Didática III – Armamento, Munição e Tiro


Fundamentos do Tiro de Fuzil 7,62 M964 ..................................................... 56
.

Pistola 9mm M975 Bereta.............................................................................. 62


Pistola 9mm M973 IMBEL............................................................................ 76
Fundamentos do Tiro de Pistola..................................................................... 92

Unidade Didática IV – Higiene


Higiene em Acampamentos............................................................................ 99

Unidade Didática V – Primeiros Socorros


Primeiros Socorros – Transporte de Feridos .................................................. 104
.

Unidade Didática VI – Defesa das Instalações


Prevenção e Combate à Incêndio.................................................................... 107
Plano de Defesa do Aquartelamento – PDA................................................... 112

Unidade Didática VII – Instrução Individual para o Combate


Aprestamento Individual................................................................................ 114
Abrigos Improvisados .................................................................................... 124
.

Marchas e Estacionamentos – Marchas a Pé.................................................. 128


Nós e Amarrações........................................................................................... 134
Transposição de Obstáculos – Pista de Cordas.............................................. 139
Transposição de Curso D´Água...................................................................... 144

Unidade Didática VIII – INTELIGÊNCIA MILITAR


Inteligência..................................................................................................... 147
Segurança Orgânica........................................................................................149

Anexos
Anexo A - Tempos para a Execução de Nós e Amarrações............................ 154
Anexo B - Exercício - Comportamento Militar..............................................155
Anexo C - Exercício - Carta Topográfica.......................................................156
Anexo D - Croqui da Escola........................................................................... 157
A MISSÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
1) Citar as missões do Exército Brasileiro.
2) Descrever a visão de futuro do Exército Brasileiro.
3) Descrever os Deveres, Valores e a Ética do Exército Brasileiro.
4) Citar as características da profissão militar.

MISSÃO DO EXÉRCITO

Portaria N º 657, de 4 de Novembro de 2003.


1. A fim de assegurar a defesa da Pátria:
- contribuir para a dissuasão de ameaças aos interesses nacionais; e
- realizar a campanha militar terrestre para derrotar o inimigo que agredir ou ameaçar a
soberania, a integridade territorial, o patrimônio e os interesses vitais do Brasil.
2. A fim de garantir os Poderes Constitucionais, a Lei e a Ordem:
- manter-se em condições de ser empregado em qualquer ponto do território nacional, por
determinação do Presidente da República, de forma emergencial e temporária, após esgotados os
instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição.
3. Participar de operações internacionais, de acordo com os interesses do País.
4. Como ação subsidiária, participar do desenvolvimento nacional e da defesa civil, na forma
da Lei.

VISÃO DE FUTURO DO EXÉRCITO


-Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o Brasil, o Estado, a
Constituição e a sociedade nacional, de modo a continuar merecendo confiança e apreço.

-Ser um Exército reconhecido internacionalmente por seu profissionalismo, competência


institucional e capacidade de dissuasão; Respeitado na comunidade global como poder militar
terrestre apto a respaldar as decisões do Estado, que coopera para a paz mundial e fomenta a
integração regional.

-Ser constituído por pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que professa valores
morais e éticos, que identificam, historicamente, o soldado brasileiro, e tem orgulho de servir
com dignidade à Instituição e ao Brasil.

SÍNTESE DOS DEVERES, VALORES E DA ÉTICA DO EXÉRCITO

Patriotismo - amar à Pátria, História, Símbolos, Tradições e Nação - sublimando a determinação


de defender seus interesses vitais com o sacrifício da própria vida.
Dever - cumprir a legislação e a regulamentação, a que estiver submetido, com autoridade,
determinação, dignidade e dedicação além do dever, assumindo a responsabilidade pelas
decisões que tomar.
Lealdade - cultuar a verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendo-se fiel aos
compromissos assumidos.
Probidade - pautar a vida, como soldado e cidadão, pela honradez, honestidade e pelo senso de
justiça.
Coragem - ter a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão, mesmo com o
risco de vida ou de interesses pessoais, no intuito de cumprir o dever, assumindo a
responsabilidade por sua atitude.

05
FATORES CRÍTICOS PARA O ÊXITO DA MISSÃO DO EXÉRCITO

1. Comprometimento com a Missão, a Visão de Futuro e os Valores, Deveres e a Ética do


Exército.
2. Coesão, alicerçada na camaradagem e no espírito-de-corpo, capaz de gerar sinergia para
motivar e movimentar a Força na consecução de seus objetivos.
3. Liderança que motive direta ou indiretamente, particularmente pelo exemplo, o homem e as
organizações militares para o cumprimento, com determinação, da Missão do Exército.
4. Qualificação profissional e moral, que desenvolva a autoconfiança, autoestima e motivação
dos componentes da Instituição, reforce o poder de dissuasão do Exército e, ainda, contribua para
a formação de cidadãos-soldados úteis à sociedade.
5. Tecnologia moderna e desenvolvida, buscando reduzir o hiato em relação aos exércitos mais
adiantados e a dependência bélica do exterior.
6. Equipamento adequado em qualidade e quantidade para conferir, no campo material, o
desejado poder de dissuasão à Força Terrestre.
7. Adestramento capaz de transformar homem, tropa e comando - desde os escalões elementares
- num conjunto harmônico, operativo e determinado no cumprimento de qualquer missão.
8. Integração Interforças nas operações combinadas e atividades de cunho administrativo em
tempo de paz, compartilhando e otimizando recursos.
9. Excelência Gerencial, caracterizada pela contínua avaliação, inovação e melhoria da gestão,
que resulte na otimização de resultados, seja do emprego de recursos, seja dos processos,
produtos e serviços a cargo da Força.
10. Integração à Nação, identificando suas necessidades, interpretando seus anseios,
comungando de seus ideais e participando de suas realizações, conforme nossa Missão
Constitucional ou por meio de Ações Subsidiárias.
CARACTERÍSTICAS DA PROFISSÃO MILITAR
a. Risco de vida
b. Sujeição a preceitos rígidos de disciplina e hierarquia
c. Dedicação exclusiva
d. Disponibilidade permanente
e. Mobilidade geográfica
f. Vigor físico
g. Formação específica e aperfeiçoamento constante
h. Proibição de participar de atividades políticas
i. Proibição de sindicalizar-se e de participar de greves ou de qualquer movimento
reivindicatório.
j. Restrições a direitos trabalhistas
k. Vínculo com a profissão
l. Consequências para a família

A Carreira Militar
- O processo de ascensão funcional na carreira militar difere das práticas existentes nas demais
instituições.
- Os postos e as graduações dos militares são indispensáveis, não só na guerra, mas também em
tempo de paz, pois traduzem, dentro de uma faixa etária específica, responsabilidades e a
habilitação necessária para o exercício dos cargos e das atribuições que lhes são correspondentes.
- O militar exerce, ao longo de sua carreira, cargos e funções em graus de complexidade
crescente, o que faz da liderança fator imprescindível à instituição. Esses aspectos determinam a
existência de um fluxo de carreira planejado, obediente a critérios definidos, que incluem a
higidez, a capacitação profissional e os limites de idade, tudo isto influindo nas promoções aos
postos e graduações subsequentes.

06
A EVOLUÇÃO ORGANIZACIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO
1. Descrever a evolução organizacional do Exército Brasileiro;
2. Citar as premissas básicas e prioridades do Exército Brasileiro;
3. Descrever a divisão do Brasil em Comandos e Regiões Militares, citando os Estados, as sedes e
as Regiões Militares que compõem cada Comando de Área.

EXÉRCITO NO IMPÉRIO
Na segunda metade do século XIX, no Brasil Império, ocorreram profundas
modificações na estrutura do Exército, coerentes com os progressos da arte militar mundial.
Coube ao Marechal Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, figura ímpar nas
lutas internas do Império pela preservação da unidade nacional, executar relevantes alterações na
estrutura organizacional do Exército Brasileiro. Quando ministro da Guerra, lançou pela
primeira vez, em nosso Exército, em 1855, as bases da chamada Nova Escola, visando a renovar a
doutrina vigente e enquadrá-la às exigências da época. Propôs a adaptação da tática elementar das
três Armas (Infantaria, Cavalaria e Artilharia), contida nas ordenanças portuguesas, então em
vigor no Exército, dando-lhe fisionomia e personalidade tipicamente brasileiras.
Declarada a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), o Exército foi reorganizado
durante as primeiras operações de combate. A Força só alcançou seu pleno desenvolvimento
depois de Caxias assumir o comando em 1867. Sofreu muitas modificações no decorrer do
conflito e chegou à forma de três corpos-de-exército, que integravam divisões de Infantaria,
Cavalaria, brigadas de Artilharia, batalhões de Engenharia, esquadrões de Transporte,
repartições de Saúde, polícias de Acampamentos e órgãos de Serviços. Cumpre destacar, na
constituição desse Exército, a presença de 60 batalhões de voluntários e de numerosa guarda
nacional.
Nova estrutura organizacional do Exército ocorreu em 1887, sob a direção do
Marechal Manuel Luís Osório, quando Ministro da Guerra. A Força foi constituída de unidades
de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Transporte.

EXÉRCITO REPUBLICANO
Não houve grandes alterações no efetivo da Força: foram ampliados o número de
unidades e os quadros (oficiais e sargentos).
A Guarda Nacional foi reformada pelo governo provisório, para ajustá-la à nova
organização política do Brasil. Por decreto de 5 de dezembro de 1890, ela tomou o caráter de
milícia federal e reserva do Exército, subordinada ao Ministério da Justiça e, em cada estado, seu
comando passou a ser exercido por um oficial reformado do Exército.
A promulgação da Constituição de 1891 gerou a primeira reforma relevante do
Exército, na República, com a extinção, no mesmo ano, dos antigos Comandos das Armas e a
criação dos Distritos Militares, não como divisão territorial de inspeção, mas como comandos de
tropa, que acumularam os Comandos de Guarnição e Comandos de Fronteira.
Em 1898, o Exército encontrava-se organizado da seguinte maneira:
- Ministério da Guerra, cujo órgão central era a Secretaria da Guerra, dirigida pelo
próprio ministro; Estado-Maior do Exército; Intendência-Geral da Guerra; Direção-Geral de
Engenharia; Diretoria de Saúde; Contadoria Geral da Guerra; e sete distritos militares:
1º - Amazonas ao Piauí, com sede em Manaus;
2º - Ceará a Pernambuco, com sede em Recife;
3º - Alagoas à Bahia, com sede em Salvador;
4º - Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, com sede no Rio de Janeiro;
5º - Paraná e Santa Catarina, com sede em Curitiba;
6º - Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre e
7º - Mato Grosso, com sede em Corumbá.
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As colônias militares surgiram nesse período com a tarefa de facilitar a colonização do
interior e guarnecer as longínquas fronteiras. Perduraram até 1913, recebendo foros de cidades.
Ressurgiram com a criação das unidades de fronteira em 1930, que receberam a mesma missão
das antigas colônias.
O ensino militar foi reorganizado. Os estabelecimentos de ensino instituídos foram os
seguintes: as escolas regimentais; o Colégio Militar; as escolas preparatórias e de tática de
Realengo e Rio Pardo e a Escola Militar do Brasil.
Merece destaque, ainda nessa reorganização promovida pelo ministro Mallet, a
criação, em 1899, do Tiro Nacional, mais tarde transformado em Tiro-de-Guerra. Os tiros-de-
guerra estão até hoje em funcionamento em todo o País, como instituições auxiliares da
preparação das reservas do Exército.
A tropa foi organizada por Armas, cujas diferentes unidades se agrupavam em cinco
brigadas estratégicas: três de Cavalaria, uma mista e unidades independentes ou isoladas.

EXÉRCITO PÓS - I GUERRA MUNDIAL

Por efeito da Primeira Guerra Mundial, em 1918 procederam-se novas e importantes


modificações na estrutura do Exército. Extinguiu-se a Guarda Nacional, que passou a constituir
o Exército de 2ª Linha, cuja subordinação passou do Ministério da Justiça para o da Guerra.
Os efeitos dessa reforma duraram pouco. As brigadas estratégicas foram
transformadas em divisões de Infantaria, de organização quaternária. As Inspeções Permanentes
transformaram-se em Regiões Militares. Pouco depois, com a Missão Militar Francesa,
contratada em 1919, processaram-se grandes transformações, que se fizeram sentir a partir de
1921.
Entraram em atividade novos estabelecimentos de ensino sob a ação direta de
instrutores franceses: a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e a Escola de Estado-Maior, onde
foi criado um curso de revisão para os oficiais anteriormente diplomados.

EXÉRCITO PÓS - II GUERRA MUNDIAL

Constituiu-se, em 1941, uma comissão mista Brasil-Estados Unidos da América


(EUA), de cujos trabalhos resultou a Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Também no ano de 1946 ressurgiu a Lei de Organização do Exército, criada em 1935.
Nos seis anos seguintes processou-se o reajuste do Ministério da Guerra. Em 1952 este passou a
ser constituído pelos seguintes órgãos: o Alto Comando, a Inspetoria Geral do Exército, o
Estado-Maior do Exército, o Departamento Geral de Administração, o Departamento Técnico e
de Produção e os Comandos das Armas. Estes corresponderam a quatro zonas militares, os
presumíveis teatros de operações, e a Secretaria-Geral do Ministério da Guerra. Junto ao
ministro acomodaram-se, além de órgãos eventuais, os permanentes: a Comissão de Economia
da Guerra, a Consultoria Jurídica do Ministério da Guerra e a Comissão de Orçamento. Existia
ainda um Conselho Superior do Comando e Administração, que se constituiu com o inspetor-
geral, os chefes do Estado-Maior do Exército, do Departamento-Geral de Administração, do
Departamento Técnico e de Produção e os comandantes das Armas.
No ano de 1956, foram criados os Exércitos (I , II, III e IV) e o Comando Militar da
Amazônia, com sede em Belém do Pará. A articulação da Força no território nacional era
semelhante à dos dias atuais.

GUERRA MODERNA

Nas décadas de 1960 e 1970, foram lançadas as bases para a reformulação da Doutrina
Militar Brasileira, sendo introduzida nova metodologia de planejamento, e criadas as divisões de
Exército, constituídas por um número variável de brigadas em substituição às antigas divisões de
Infantaria.
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Também foram criados diferentes tipos de brigadas e batalhões, com destaque para as
brigadas blindadas e os batalhões logísticos. Foi implementada nova estrutura para as regiões
militares (RM), através do Projeto RM, dando-lhes maior flexibilidade organizacional e melhor
desempenho das atividades logísticas. Foram criados os parques regionais de manutenção,
subordinados às RM, organizações fundamentais para a permanente manutenção dos
equipamentos e materiais da Força Terrestre.
Em 1985, foram extintos os I, II, III e IV Exércitos, e criados os comandos militares de
área, cuja organização perdura até os dias atuais.

FORÇA TERRESTRE 2000

O ano de 1990 significou o fim da etapa de curto prazo do planejamento que teve por
objetivo modernizar a Força. O reaparelhamento efetivado logrou importantes realizações,
principalmente quanto ao completamento das organizações militares, no desenvolvimento da
“Aviação do Exército”, na informatização, na ampliação de campos de instrução e no Sistema de
Comando e Controle.
A estrutura organizacional do Exército Brasileiro encontra-se, atualmente, integrada à
estrutura de comando no âmbito do Ministério da Defesa e com as demais Forças Singulares
perfeitamente ajustadas às metas estratégicas estabelecidas no SIPLEx.
A Força Terrestre está organizada e articulada em Força de Segurança Estratégica e
reservas Local, Estratégica e Geral, localizadas em áreas estratégicas, desde o tempo de paz, com
o objetivo de manter a integridade da fronteira terrestre e atuar eficazmente no cumprimento da
missão constitucional.
Ao final de 2000, foram extintos o Departamento de Material Bélico e o
Departamento-Geral de Serviços, que deram lugar ao Departamento Logístico.
No dia 03 de fevereiro de 2000, o comandante do Exército, após meditar sobre os
destinos da Força Terrestre e avaliar em profundidade as conjunturas que a afetam, expediu as
"Orientações Gerais ao Exército".

As premissas básicas consideradas pela Força Terrestre no processo de sua re-


estruturação foram as seguintes:
- transição da Estrutura Militar de Paz para a Estrutura Militar de Guerra;
- priorização das áreas estratégicas;
- implantação gradual; e
- restrições orçamentárias.

No decorrer dos longos estudos efetuados pelo Comando da Força Terrestre e escalões
subordinados, foram definidos aspectos que materializam as prioridades do Exército
Brasileiro e a necessidade de racionalização dos meios disponíveis.
São os seguintes:

- a conveniência de reunir atividades afins em um mesmo órgão de Direção Setorial;


- a otimização do Sistema de Comando e Controle;
- a Logística operacionalizada por atividades funcionais em detrimento dos serviços
técnicos;
- a existência das seguintes áreas estratégicas prioritárias: Amazônia, Centro-Oeste e
Bacia do Prata;
- a necessidade de adequada capacitação para resposta efetiva e compatível com
situações de crise e guerra; e
- o exercício, de forma seletiva, da Estratégia da Presença em todo o território
nacional.

09
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO

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A FORÇA TERRESTRE

A Força Terrestre está presente em todo o território nacional, o qual é dividido em sete comandos
militares de área. Esses grandes comandos são constituídos por Divisões de Exército, Brigadas e
Organizações Militares de diversas naturezas e, para fins de apoio logístico e defesa territorial,
são divididos em regiões militares (RM), conforme constituição mostrada abaixo.

Os COMANDOS MILITARES DE ÁREA são responsáveis pelo planejamento, preparo e


emprego das tropas em sua área. As REGIÕES MILITARES (RM) coordenam as atividades
logísticas de suprimento, manutenção, transporte, saúde e pessoal, além de participarem do
sistema do Serviço Militar e de realizarem obras nos quartéis, em sua área de jurisdição.

1) Comando Militar da Amazônia (CMA) - Sede: Manaus- AM


12ªRM: Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima;
8º RM: Pará, Amapá, Imperatriz/MA e parte do norte de Tocantins.
2) Comando Militar do Nordeste (CMNE) - Sede: Recife-PE
6ªRM: Bahia e Sergipe;
7ª RM: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas;
10ª RM: Ceará, Piauí e Maranhão (exceto Imperatriz).
3) Comando Militar do Oeste (CMO) - Sede: Campo Grande-MS
9ª RM: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
4) Comando Militar do Planalto (CMP) - Sede: Brasília-DF
11ª RM: Distrito Federal, Área do Triângulo Mineiro, Goiás e Tocantins (exceto área da 8ª
RM).
5) Comando Militar do Leste (CML) - Sede: Rio de Janeiro-RJ
1ª RM: Rio de Janeiro e Espírito Santo;
4ª RM: Minas Gerais (exceto o Triângulo Mineiro).
6) Comando Militar do Sudeste (CMSE) - Sede: São Paulo-SP
2ªRM: São Paulo.
7) Comando Militar do Sul (CMS) - Sede: Porto Alegre-RS
3ª RM: Rio Grande do Sul;
5ª RM: Paraná e Santa Catarina.

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O SISTEMA DE ENSINO DO EXÉRCITO
1) Citar as escolas de formação e enquadrar a EsPCEx dentro do sistema de ensino do Exército.

A ESTRUTURA DE ENSINO NO EXÉRCITO BRASILEIRO

O DECEx - Departamento de Educação e Cultura do Exército tem por objetivo conduzir, no


âmbito do Exército, as atividades relativas ao ensino, educação física, desporto, pesquisa e
desenvolvimento nas áreas de doutrina e pessoal.
A Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento (DFA) é o órgão de apoio técnico-normativo do
DECEx, que tem como missão-síntese: formar, aperfeiçoar e proporcionar altos estudos
militares. A EsPCEx é subordinada a esta Diretoria.

ESCOLAS DE FORMAÇÃO

ECEME - Escola de Comando e Estado-Maior do Exército


ESAO - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras
EsSA - Escola de Sargentos das Armas
EASA - Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas
EsPCEx - Escola Preparatória de Cadetes do Exército
CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva
NPOR - Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva

12
INGRESSO NAS FORÇAS ARMADAS E NO EXÉRCITO BRASILEIRO

1) Citar as formas de ingresso nas FA e no Exército, nos diferentes postos, graduações e em


escolas de formação nos diferentes níveis de ensino

Estatuto dos Militares

O ingresso nas Forças Armadas é facultado, mediante incorporação, matrícula ou


nomeação, a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e nos
regulamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Quando houver conveniência para o serviço de qualquer das Forças Armadas, o
brasileiro possuidor de reconhecida competência técnico-profissional ou de notória cultura
científica poderá, mediante sua aquiescência e proposta do Ministro da Força interessada, ser
incluído nos Quadros ou Corpos da Reserva e convocado para o serviço na ativa em caráter
transitório.

Formas de ingresso nas Forças Armadas:

MARINHA

Cargos de nível superior (oficiais)


Corpo de Saúde da Marinha (ambos os sexos e menos de 35 anos).
Corpo de Engenheiros da Marinha (ambos os sexos e menos de 32 anos).
Quadro Complementar (ambos os sexos e menos de 29 anos).
Quadro Técnico de Oficiais da Marinha (ambos os sexos e menos de 32 anos).
Cargos de nível médio (praças)
Escola Naval (sexo masculino e idades entre 14 e 22 anos).
Cargos de nível técnico (praças)
Corpo Auxiliar de Praças (ambos os sexos e menos de 25 anos).
Cargos de nível fundamental (praças)
Colégio Naval (sexo masculino e idades entre 14 e 22 anos).
Escolas de Aprendizes-Marinheiros (sexo masculino e idades entre 17 e 21 anos).

AERONÁUTICA

Cargos de nível superior


Estágio de Adaptação de Oficiais Temporários (ambos os sexos e idade até 42 anos).
Estágio de Instrução e Adaptação de Capelães (sexo masculino e idade entre 30 e 40 anos).
Curso de Adaptação de Dentistas, Farmacêuticos e Médicos (ambos os sexos e idade até 34
anos).
Estágio de Adaptação de Oficiais Engenheiros da Aeronáutica (ambos os sexos e idade até 30
anos).
Cargos de nível médio
Curso de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria (ambos os sexos -
somente masculino para infantaria - e idade até 20 anos).
Curso de Formação de Sargentos (ambos os sexos e idade entre 17 e 23 anos).
Curso de Engenharia Aeronáutica, Eletrônica, de Infra-Estrutura Aeronáutica (Civil),
Mecânica Aeronáutica e de Computação (ambos os sexos e idade até 23 anos).
Cargos de nível técnico
Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (ambos os sexos e idade entre 17 e 23anos).

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Curso de Formação de Taifeiros (masculino - entre 18 e 23 anos).
Cargos de nível fundamental
Curso Preparatório de Cadetes do Ar (masculino - entre 14 e 18 anos).

EXÉRCITO

Cargos de nível superior


Escola de Administração do Exército (ambos os sexos, menor que 37 anos).
Escola de Saúde do Exército (ambos os sexos, idade menor que 37 anos).
Cargos de nível médio
Escola Preparatória de Cadetes do Exército ( masculino e idade entre 16 e 21 anos).
Academia Militar das Agulhas Negras (jovem tem que estar cursando o 3º ano do Ensino Médio na
Escola Preparatória de Cadetes do Exército).
Instituto Militar de Engenharia (ambos os sexos, idade entre 16 e 22 anos).
Escolas de Sargentos (sexo masculino e idade entre 18 e 24 anos, ou até 28 anos para área de
músicos) – o candidato será formado na Escola de Sargentos das Armas, Escola de Instrução
Especializada, Escola de Material Bélico, Centro de Aviação do Exército e Escola de
Comunicações.

1. Ingresso no Exército Brasileiro na condição de Oficial Técnico Temporário (OTT) ou


Sargento Técnico Temporário ( STT).
É importante ressaltar que o ingresso na condição de OTT e STT está condicionado às
necessidades das Regiões Militares, de profissionais das áreas específicas.

2. Idade mínima para ingresso no Exército Brasileiro.


A carreira poderá começar a partir dos 15 (quinze) anos de idade, que é o limite mínimo de idade
para a inscrição no concurso da EsPCEx.

3. Oficial ou Sargento do Exército Brasileiro.


De acordo com idade e nível de escolaridade, existem várias opções para homens e mulheres
ingressarem no Exército, seja como militar de carreira ou temporário.
a) Militar de carreira (Oficial ou Sargento), o ingresso só é possível mediante a aprovação em
concurso público, de âmbito nacional, para uma das Escolas de Formação. O militar, dessa forma,
cria um vínculo com a Instituição, podendo deixá-la ao pedir transferência para a reserva
remunerada, após o término do seu tempo de serviço.
b) Militar temporário (Oficial ou Sargento) permanece no Exército por um período de tempo
delimitado, previamente informado. Findo o limite do tempo de serviço, o militar passa para a
reserva não remunerada. O ingresso é por meio de uma seleção conduzida pelas Regiões
Militares, que estabelece o período e as vagas para cada área de interesse necessária.

4. Ingresso em uma Escola Militar do Exército Brasileiro.


O ingresso é realizado mediante concurso público que consta de prova intelectual, teste físico e
exame médico.

5. Estágio de Serviço Técnico


O EST destina-se aos Oficiais da reserva (R/2), Aspirantes-a-Oficial R/2, aos reservistas de 1ª ou
2ª Categorias, aos dispensados de incorporação e às mulheres - que tenham menos de 38 anos de
idade em 31 de dezembro do ano da incorporação - integrantes de categorias profissionais de nível
superior de áreas de interesse do Exército, que irão preencher claros em cargos nas OM. Após a
convocação por um período de doze meses, aos Oficiais Temporários do EST poderão ser
concedidas, sucessivamente, prorrogações de doze meses cada uma. O tempo de serviço não
poderá exceder 7 anos.
14
REGULAMENTO DA EsPCEx (R-114) - EXTRATO
1) Descrever a organização da Escola em Divisões e Seções.
2) Citar a finalidade da EsPCEx, de acordo com o R-114.
3) Identificar a sistemática do controle de frequência, da habilitação e classificação dos
Alunos, conforme prevê o R-114.
4) Identificar as situações de exclusão, desligamento e segunda matricula a que está sujeito o
Aluno, conforme prevê o R-114.
17) Citar os direitos e deveres a que está sujeito o aluno da Escola, conforme prevê o R-114.

TÍTULO I - DAS FINALIDADES

Art. 1º - Este regulamento tem por finalidade estabelecer os preceitos aplicáveis à Escola
Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx).

Art. 2º - A EsPCEx é o estabelecimento de ensino preparatório, de grau médio, destinado a


selecionar candidatos, preparar os alunos destinados à Academia Militar das Agulhas
Negras (AMAN) e completar o 3º ano do nível médio da educação básica.

Art. 3º - A EsPCEx é diretamente subordinada à Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento


(DFA), que orienta e fiscaliza as atividades que nela se realizam, em conformidade com as
diretrizes emanadas do Departamento de Ensino e Cultura (DECEx).

Art. 4º - O curso da EsPCEx tem os seguintes objetivos:


I - assegurar ao aluno preparo intelectual, físico, psicológico e moral, orientando seu
procedimento escolar e militar e visando ao seu ingresso na AMAN;
II - desenvolver e fortalecer no aluno sua personalidade, sua formação patriótica e
humanística, uma sadia mentalidade de disciplina consciente e a vocação para a carreira militar;
III - iniciar o enquadramento militar e disciplinar do aluno;
IV - desenvolver no aluno habilidades técnicas, padrões de comportamento e de
aptidão física que o tornem apto ao ingresso na AMAN; e
V - habilitar o aluno a ingressar na reserva do Exército.

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO GERAL

Art. 5º - A estrutura da EsPCEx compreende:


I - Comando: VI - Divisão de Planejamento e Coordenação;
II - Divisão de Ensino; VII - Divisão de Tecnologia da Informação;
III - Corpo de Alunos; VIII - Seção de Concurso;
IV - Divisão de Pessoal; IX - Seção de Comunicação Social; e
V - Divisão Administrativa; X - Companhia de Comando e Serviços.
O Comandante (Diretor de Ensino) dispõe de um órgão de assessoramento - Conselho de
Ensino (CE/EsPCEx) - de caráter exclusivamente técnico-consultivo para assuntos pertinentes
ao ensino, por ele presidido e assim constituído:
I - Subcomandante e Subdiretor de Ensino;
II - Chefe da Divisão de Ensino;
III - Comandante do Corpo de Alunos;
IV - Chefe da Divisão de Planejamento e Coordenação; e
V - Outros, a critério do Diretor de Ensino.
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ORGANOGRAMA DA EsPCEx

COMANDANTE

CONSELHO DE ENSINO ASSESSORIA JURÍDICA

SUBCOMANDANTE

DIVISÃO DE
DIVISÃO DIVISÃO DIVISÃO TECNOLOGIA DA
DE ENSINO DE PESSOAL ADMINISTRATIVA INFORMAÇÃO

CORPO DIVISÃO DE
PLANEJAMENTO E
DE ALUNOS
COORDENAÇÃO

COMPANHIA DE SEÇÃO DE
SEÇÃO DE
COMANDO E COMUNICAÇÃO
CONCURSO
SERVIÇOS SOCIAL

CAPÍTULO II - DA FREQUÊNCIA

Art. 41. A frequência do aluno aos trabalhos escolares é obrigatória, sendo considerada ato de
serviço.
Art. 42. O aluno perde 1 (um) ponto por tempo de aula, de instrução ou de atividades escolares, a
que deixar de comparecer ou a que não assistir integralmente, se sua falta for justificada e 3 (três)
pontos, se não for justificada, independente das sanções disciplinares cabíveis.
§ 1º - O aluno perde um máximo de 10 (dez) pontos se deixar de comparecer ou se
assistir parcialmente a uma atividade escolar de duração superior a 8 (oito) horas, quando sua
falta for justificada, e o triplo de pontos, se não justificada.
§ 2º - O limite máximo de pontos perdidos, para efeito de exclusão, é fixado
anualmente pela EsPCEx e não poderá exceder a 25% do número total de tempos de aula,
instruções ou trabalhos escolares previstos.
§ 3º - O número total de pontos perdidos pelo aluno é publicado, mensalmente, no
boletim interno.
Art. 43. As condições, as responsabilidades e os procedimentos relativos à apuração da
frequência às atividades de ensino são as seguintes:
I - salvo motivo imperioso, justificado por escrito, nenhum aluno poderá ser
dispensado das atividades de ensino;
II - o aluno que chegar atrasado ingressará na atividade (aula ou instrução) e, neste caso,
será considerado faltoso, perdendo pontos ou não, de acordo com o estabelecido neste capítulo;
III - a responsabilidade pela classificação das faltas justificadas (J), não justificadas
(NJ) ou que não acarretem perda de pontos, será do comandante de subunidade, de acordo com a
relação de motivos abaixo:

a) perderá 1 (um) ponto por tempo de atividade, o aluno que:


1) comparecer à visita médica em caso de urgência ou autorizado;
2) estiver com dispensa por prescrição médica;
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3) retirar-se da aula, instrução ou formatura, por motivo de doença;
4) comparecer ao Gabinete Odontológico em caso de urgência ou autorizado;
5) comparecer à organização de saúde civil, por prescrição médica ou em caso de urgência;
6) encontrar-se baixado a hospital;
7) encontrar-se doente em casa, fato comprovado por médico;
8) encontrar-se cumprindo punição de prisão fora da Escola;
9) não regressar de licenciamento por motivo justificado pelo Cmt CA;
10) serviço urgente, previsto nas agremiações dos alunos; e
11) outros motivos, a juízo do Cmt CA, considerados como de força maior.

b) perderá 3 (três) pontos por cada tempo de atividade, o aluno que se ausentar das atividades
sem justo motivo.

c) não perderá pontos, o aluno enquadrado nas seguintes atividades:


1) serviço ordinário;
2) serviço extraordinário, escalado ou não em boletim interno, inclusive em repartição da Escola;
3) à disposição da Justiça;
4) dispensado para doação de sangue, por solicitação do médico da Escola e aprovada pelo Cmt
CA;
5) dispensado por motivo de luto;
6) em realização de verificação de aprendizagem em 2ª chamada;
7) entrevista na Seção Psicopedagógica;
8) à disposição da Escola, realizando treinamento ou participando de competições; e
9) amparado por motivo de força maior, decidido pelo Comandante da EsPCEx mediante
proposta do Cmt CA.
CAPÍTULO III
DA HABILITAÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO DOS ALUNOS

Art. 44. A habilitação escolar do aluno da EsPCEx é reconhecida levando-se em consideração seu
rendimento escolar integral: cognitivo, afetivo, psicomotor e sua aptidão moral.
Parágrafo único. O aluno é considerado habilitado ao término de curso quando, além de
aprovado no rendimento escolar com nota igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula zero) em
todas as disciplinas curriculares, for considerado apto moralmente pelo Diretor de Ensino.

Art. 45. Ao término do curso há uma classificação geral dos alunos em ordem decrescente do
resultado final do rendimento escolar, expresso em nota e menção.
§ 1º - A classificação geral servirá para destacar os alunos com os melhores resultados
em cada disciplina e atividade escolar.
§ 2º - Não há duplicidade na classificação geral. Em caso de igualdade nos resultados
finais, os cálculos serão refeitos, sem arredondamento, adotando-se as decimais necessárias à
obtenção da desigualdade. Persistindo, ainda, a coincidência nos resultados finais, a classificação
geral obedece à ordem de precedência prescrita no Estatuto dos Militares.
§ 3º - Ao final do curso, será publicada no BI da Escola a relação dos alunos, em ordem
alfabética, constando todos os resultados necessários para fins de confecção do histórico escolar.

Art. 46. O aluno é considerado aprovado no terceiro ano do Ensino Médio se obtiver nota de
ano (NA) igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula zero) em cada uma das disciplinas do Ensino
Médio.
Parágrafo único. Para fins de ingresso na AMAN, é considerado aprovado o aluno que obtiver NA
igual ou superior a 5,0 (cinco vírgula zero) em cada uma das disciplinas da grade curricular.

Art. 47. O aluno concludente do curso da EsPCEx estará habilitado ao ingresso na AMAN

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quando, atendendo o artigo anterior, satisfizer às demais condições estabelecidas na legislação
em vigor.
Parágrafo único. O concludente do curso, com aproveitamento, habilitado ou não à
matrícula na AMAN, fará jus ao Certificado de Conclusão do Ensino Médio e ao
Certificado de Reservista de 2ª Categoria.
Art. 48. A avaliação da aprendizagem está regulada em normas e instruções setoriais,
organizadas de acordo com as condições estabelecidas pelo DEP.
TÍTULO V - DA INCLUSÃO E DA EXCLUSÃO
CAPÍTULO II - DO TRANCAMENTO E DO ADIAMENTO DE MATRÍCULA
Art. 58. O trancamento de matrícula será concedido ao aluno a pedido, ou ex-officio, somente
uma vez e para o ano subsequente, pelo Comandante da EsPCEx, nos termos da legislação
específica.
Parágrafo único. São motivos para concessão de trancamento de matrícula:
I - necessidade do serviço;
II - necessidade de tratamento de saúde própria, desde que devidamente comprovada; e
III - necessidade particular do aluno, considerada justa pelo Comandante da EsPCEx.
Art. 59. O adiamento de matrícula será concedido ao candidato aprovado e classificado no
concurso de admissão, a pedido ou ex-officio, uma única vez e para o ano subsequente.
§ 1º - São motivos para a concessão de adiamento de matrícula:
I - necessidade do serviço; e
II - necessidade de tratamento de saúde própria, desde que comprovada em Ata de
Inspeção de Saúde, se militar, ou por Junta de Inspeção de Saúde, no caso de civil;
§ 2º - O candidato que obtiver adiamento de matrícula terá a validade do seu concurso
prorrogada e será matriculado, independentemente do número de vagas, no início do ano letivo
seguinte ao adiamento, desde que satisfaça às demais condições estabelecidas neste
Regulamento.
§ 3º - Os pedidos de adiamento de matrícula deverão ser feitos por meio de requerimento
circunstanciado ao Comandante da EsPCEx, acompanhado de documentação comprobatória, se
for o caso. O candidato militar deverá remetê-lo por meio de ofício de seu Comandante, Chefe ou
Diretor.
CAPÍTULO III - DA EXCLUSÃO, DO DESLIGAMENTO E DA SEGUNDA
MATRÍCULA
Art. 60. A exclusão do aluno será feita por meio de ato do Comandante da Escola.
Art. 61. Será excluído da Escola o aluno que:
I - concluir o curso com aproveitamento e for matriculado na AMAN;
II - concluir o curso com aproveitamento e requerer seu licenciamento do serviço ativo;
III - concluir o curso com aproveitamento e estar inabilitado para o ingresso na AMAN, por
encontrar-se no "comportamento insuficiente";
IV - tiver deferido, pelo Comandante, em qualquer época, o seu requerimento de trancamento de
matrícula ou de licenciamento do serviço ativo do Exército;
V - for reprovado em uma das disciplinas constante da grade curricular;
VI - ultrapassar o limite máximo de pontos perdidos previstos neste Regulamento;
VII - ingressar no comportamento "mau" ou for licenciado a bem da disciplina;
VIII - for considerado, em inspeção de saúde, incapaz para o serviço ativo do Exército ou para o
prosseguimento do curso;
IX - revelar conduta moral que o incompatibilize com o serviço do Exército ou o prosseguimento
do curso, conforme o caso, após julgamento feito na forma prevista na legislação vigente;
X - utilizar-se de meios ilícitos na realização de qualquer trabalho escolar;
XI - não concluir o curso no ano da matrícula;
XII - vier a contrair matrimônio ou a possuir dependentes; ou
XIII - falecer.
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Parágrafo único. As hipóteses previstas nos incisos III, VII, IX e X deste artigo serão apoiadas por
meio de sindicância, a fim de assegurar a ampla defesa e o princípio do contraditório.
Art. 62. O desligamento do aluno é ato do Comandante da Escola e ocorrerá nos casos de
exclusão, quando o aluno não necessitar permanecer adido à Escola.
Art. 63. Após excluído, o aluno permanecerá adido nos seguintes casos:
I - necessidade do serviço; e II - necessidade de tratamento de saúde própria.
TÍTULO VII
CAPÍTULO II - DOS DEVERES E DIREITOS
Art. 77. São deveres do aluno, além de outros expressos no Estatuto dos Militares:
I - assistir, integralmente, a todas as atividades escolares previstas para seu curso;
II - dedicar-se ao seu próprio aperfeiçoamento intelectual, técnico, físico e moral;
III - contribuir para o prestígio que a EsPCEx desfruta no âmbito do Exército e fora dele;
IV - conduzir-se com probidade em todas as atividades desenvolvidas dentro ou fora da Escola;
V - empenhar-se em práticas sadias de higiene individual e coletiva;
VI - cooperar para a conservação do material e das instalações;
VII - empenhar-se com devotamento e zelo na execução de todas as atividades escolares; e
VIII - cultivar os preceitos de sã camaradagem e disciplina consciente.
Art. 78. São direitos do aluno, além de outros expressos no Estatuto dos Militares:
I - solicitar revisão de prova, de acordo com o estabelecido no Regimento Interno;
II - recorrer, quando se julgar prejudicado nos trabalhos escolares, à autoridade competente,
conforme estabelecido no Regimento Interno;
III - reunir-se com outros alunos para organizar, nas instalações da EsPCEx, agremiações de
cunho cultural, cívico, recreativo ou desportivo, nas condições estabelecidas ou aprovadas pelo
Comandante;
IV- receber, gratuitamente, alimentação, alojamento, fardamento, assistência médico-
odontológica, ensino e instrução, além da remuneração mensal fixada por lei;
V - receber certificado de conclusão do Ensino Médio ao encerrar, com aproveitamento, o curso
da Escola, sem considerar o treinamento físico militar e a instrução militar, desde que excluído e
desligado;
IVI - receber seu histórico escolar, na forma preconizada pelo Ministério da Educação, se
excluído e desligado antes do encerramento do curso;
VII - após concluir, com aproveitamento, o curso da Escola, ter matrícula assegurada na AMAN,
desde que atendidas as prescrições reguladoras da inspeção de saúde e do treinamento físico
militar, bem como preencher as demais condições estipuladas no Regulamento da AMAN;
VIII - ter o seu tempo de serviço computado, na forma da legislação em vigor;
IX - receber, ao ser licenciado das fileiras do Exército, o certificado de reservista de 2ª categoria,
desde que cumpra os requisitos previstos em legislação pertinente;
X - ser submetido à recuperação de aprendizagem, caso não esteja alcançando o rendimento
mínimo previsto; e
XI - ser submetido à recuperação de aprendizagem, desde que não atinja o grau mínimo de
aprovação, conforme previsto neste Regulamento.
CAPÍTULO III - DO REGIME DISCIPLINAR
Art. 79. O aluno da EsPCEx está sujeito ao Código Penal Militar e ao RDE, consideradas as
limitações impostas pelas peculiaridades da vida escolar, no que se refere às transgressões
disciplinares.
§ 1º O Regimento Interno da EsPCEx estabelece as regras e normas de aplicação de punições e
discrimina as transgressões disciplinares que são peculiares à vida escolar, sem prejuízo do
estabelecido nos regulamentos militares.
§ 2º O Comandante pode, a seu critério, estabelecer que determinadas punições, classificadas
como educativas, não influam na classificação do comportamento e nem sejam incluídas nas
alterações do aluno.
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PÁTRIA E SÍMBOLOS NACIONAIS

1) Conceituar Pátria e identificar a importância do amor à Pátria.


2) Identificar e descrever os Símbolos Nacionais.

A Pátria é o lugar onde nascemos. A nossa Pátria é o Brasil.


Os elementos constitutivos de uma Pátria, são: Território, povo e história.
O sentimento de patriotismo é uma virtude que inspira amor à pátria, para honrá-la e servi-la
sem medir sacrifícios.
Patriota é o que ama com dedicação o país de nascimento e tudo faz para torná-lo forte,
respeitado, feliz, próspero, mesmo que para tanto tenha que sacrificar legítimos interesses ou
a própria vida na guerra para defendê-lo.
A Pátria tem como unidade a família. É pois, a Pátria, a sociedade na qual os indivíduos
estão ligados pela raça, língua, religião, tradição, costumes, deveres e direitos.

CONHECENDO OS SÍMBOLOS NACIONAIS

Todas as comunidades possuem símbolos que as representam e não poderia ser diferente no
Brasil. No dia 18 de setembro, comemoramos o Dia dos Símbolos Nacionais.
Mas quais seriam exatamente esses símbolos?
A resposta é simples: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo
Nacional, que são regulamentados pela LEI Nº 5.700, de 1 de Setembro de 1971, que dispõe
sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências.

BANDEIRA NACIONAL

Nossa bandeira foi criada em 19 de novembro de 1889, quatro dias depois da proclamação da
República. Ela foi projetada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos. O desenho foi
feito por Décio Vilares e a inspiração veio da bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês
Jean-Baptiste Debret, com o círculo azul com a frase positivista "Ordem e Progresso" no lugar da
coroa imperial.
Cada uma das quatro cores da Bandeira Nacional tem um significado simbólico: o verde
simboliza nossas matas, o amarelo é o ouro (representando as riquezas nacionais) e o branco é a
paz. O círculo azul representa o céu do Rio de Janeiro com a constelação do Cruzeiro do Sul, às
8h30 de 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República.
A única alteração na Bandeira Nacional desde então foi em 1992, quando a Lei No 8.421, de 11 de
Maio de 1992, fez com que todos todos os novos estados brasileiros, bem como o Distrito
Federal, sejam representados pelas estrelas, bem como estados extintos sejam suprimidos de sua
representação.

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HINO NACIONAL
Art. 6º O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do poema de
Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os Decretos nº 171, de 20 de
janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922, conforme consta dos Anexos nos. 3, 4, 5, 6
e 7.

ARMAS NACIONAIS

As Armas Nacionais (ou Brasão Nacional) representam a glória, a honra


e a nobreza do Brasil e foram criadas na mesma data que a Bandeira
Nacional.
As armas são formadas por um escudo redondo sobre uma estrela de
cinco pontas e uma espada. Também há, no centro, o Cruzeiro do Sul. Há
um ramo de café à esquerda e um de fumo à direita. A data que aparece
nas armas é a proclamação da República.

SELO NACIONAL
O Selo Nacional será constituído por um círculo representando uma
esfera celeste, igual ao que se acha no centro da Bandeira Nacional,
tendo em volta as palavras República Federativa do Brasil

APRESENTAÇÃO DOS SÍMBOLOS NACIONAIS


Bandeira Nacional
Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico
dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.
Art. 11. A Bandeira Nacional pode ser apresentada:
I - Hasteada em mastro ou adriças, nos edifícios públicos ou particulares, templos, campos
de esporte, escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações, ruas e praças, e em qualquer
lugar em que lhe seja assegurado o devido respeito.
II - Distendida e sem mastro, conduzida por aeronaves ou balões, aplicada sobre a parede
ou presa a um cabo horizontal ligando edifícios, árvores, etc.
III - Reproduzida sobre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves.
IV - Compondo, com outras bandeiras, panóplias, escudos ou peças semelhantes.
V - Conduzida em formaturas, desfiles, ou mesmo individualmente.
VI - Distendida sobre ataúdes até a ocasião do sepultamento.
Art. 14. Hasteia-se, obrigatoriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de festa ou de luto nacional,
em todas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos.
Parágrafo único. Nas escolas Públicas ou particulares é obrigatório o hasteamento solene da
Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana.
Art. 15. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite.
Parágrafo Primeiro - Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas.
Parágrafo Segundo - No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento é realizado às 12
horas, com solenidades especiais. Parágrafo Terceiro - Durante a noite a Bandeira deve estar
devidamente iluminada.
Art. 16. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira
Nacional é a primeira a atingir o topo e a última a dele descer.
Art. 17. Quando em funeral, a Bandeira fica a meio-mastro ou a meia-adriça. Nesse caso, no
hasteamento ou arriamento, deve ser levada inicialmente até o topo e depois arriada até a metade
do mastro.
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Art. 19. A Bandeira Nacional, em todas as apresentações no território nacional, ocupa lugar de
honra, compreendido como uma posição:
I - Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras,
pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes.
II - Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles.
III - À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.
Parágrafo único. Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a direita de uma
pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia ou, de modo geral, para o
público que observa o dispositivo.
Art. 23. A Bandeira Nacional nunca se abate em continência.
Hino Nacional
Art. 25. Será o Hino Nacional executado:
I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao
Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e nos demais casos expressamente
determinados pelos regulamentos de continência ou cerimônias de cortesia internacional.
II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional.
Armas Nacionais
Art. 26. É obrigatório o uso das Armas Nacionais:
I - No Palácio da Presidência da República e na residência do Presidente da República.
II - Nos edifícios-sede dos Ministérios.
III - Nas Casas do Congresso Nacional.
IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos Tribunais Federais de
Recursos.
V - Nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados, Territórios e
Distrito Federal.
VI - Nas Prefeituras e Câmaras Municipais.
VII - Na frontaria dos edifícios das repartições públicas federais.
VIII -- Nos quartéis das forças federais de terra, mar e ar e das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros.
X - Nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de nível federal.

Selo Nacional
Art. 27. O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo e bem assim os diplomas e
certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais ou reconhecidos.

RESPEITO DEVIDO À BANDEIRA NACIONAL E AO HINO NACIONAL

Art. 30. Nas cerimônias de hasteamento ou arriamento, nas ocasiões em que a Bandeira se
apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, todos devem
tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta
e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações.
Art. 31. São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e
portanto proibidas:
I - Apresentá-la em mau estado de conservação.
II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras
inscrições.
III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de
tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar.
IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda.
Art. 32. As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser entregues a qualquer Unidade
Militar, para que sejam incineradas no Dia da Bandeira, segundo o cerimonial peculiar.
Art. 33. Nenhuma bandeira de outra nação pode ser usada no País sem que esteja ao seu lado
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direito, de igual tamanho e em posição de realce, a Bandeira Nacional, salvo nas sedes das
representações diplomáticas ou consulares.

a)em mastro, à direita da mesa; No centro, número igual para cada lado.
b) desfraldadas sobre a cabeça do presidente da mesa.

a direção do centro do dispositivo, Sempre à frente das demais a) posição de descansar;


esquerda do observador; o lado destacada dois metros adiante; b) ombro armas;
direito tem sempre uma bandeira desfraldada, sem mastro; c) em continência.
a menos. em mastro.

a) abater espadas; a) entre edifícios;


b) continência individual; b) em aeronaves.
c) apresentar armas.

a) no mastro, a meio pau; De pé, descoberto, em silêncio, Em flâmulas, escudos, desenhos


b) colocada sobre esquifes. com respeito. e panóplias. Não pode ser menor
que as demais, nem ficar encober-
ta por elas, mesmo parcialmente.

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PATRONOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO

1) Identificar os patronos das diversas Armas, Quadros e Serviços do Exército.

"O termo Patrono, tomado do latim, expressa, no entendimento castrense, a figura do chefe
notório, cujo nome, só de ser lembrado, fortalece os espíritos, redobra a coragem, inspira o
heroísmo, elimina o abatimento e clareia o mundo".

PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO


Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias (25 Ago 1803 - 07 Mai 1880)

Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada


Fluminense, RJ. Em 22 de novembro de 1808, assentou praça como
cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando, posteriormente, na
Academia Real Militar. Tenente, integrou o recém-criado Batalhão do
Imperador e como Ajudante, em 03 Mai 1823 recebeu o batismo de
fogo nas lutas pela independência na Bahia, quando pôde revelar
qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura. Participou
como Capitão pelo Batalhão do Imperador da Campanha da Cisplatina.
Em 02 Dez 1839, já Coronel, passou a encarnar a auréola de Pacificador
e Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado Presidente da Província
do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em
Operações, para debelar a "Balaiada", recebendo após o conflito o título de Barão de Caxias e a
promoção a Brigadeiro. Também pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão por que foi
promovido a Marechal-de-Campo graduado.
Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército em
operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução Farroupilha, e, ao término, foi
efetivado como Marechal-de-Campo, eleito Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o
título de Conde.
Em 1851, é novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército do
Sul para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra Rosas, na Argentina. Vitorioso
mais uma vez, foi promovido a Tenente-General e elevado à dignidade de Marquês. Em 16 Jun
1855, foi Ministro da Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela
primeira vez.
Em 10 Out 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do Império em
operações contra as tropas do ditador Lopez, do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechal-
de-Exército, assumindo, em 10 Fev 1867, o Comando-Geral das forças em operações, em
substituição ao General Mitre, da Argentina. Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em
Itororó, Avaí e Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando
considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos relevantes serviços na
Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu o título de Duque, em 23 Mar 1869.
Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros por mais duas
vezes, a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do
Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do
Catumbi. Hoje, os restos mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu
defronte do Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro".
O inesquecível sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das excelsas virtudes do Duque de
Caxias, assim se expressou:
"Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas,
comuns a militares e civis. Os "caxias" devem ser tanto paisanos como militares.
O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o
Brasil inteiro que precisa dele"...
24
PATRONOS DAS ARMAS BASE DO EXÉRCITO
PATRONO DA ARMA DE INFANTARIA
Brigadeiro Antônio de Sampaio (24 Mai 1810 - 06 Jul 1866)
Nasceu em Tamboril, no sertão do Ceará. Aos vinte anos, alistou-se
no 22º Batalhão de Caçadores, na capital da Província, hoje Fortaleza.
Recebeu o batismo de fogo em 1832, já furriel (3º sargento), em Icó e
São Miguel, contra tropa rebeldes à abdicação de D. Pedro I. Em 1835,
combateu no Pará a “Cabanagem” e de 1839/41, já tenente e sob as
ordens de Caxias, a “Balaiada”, no Maranhão, quando participou de 50
combates, dos quais comandou 46, proeza que lhe valeu a promoção a
capitão. Em 1848, teve ação decisiva no extermínio da Revolução
Praieira, em Pernambuco, participando, a seguir, da memorável
Batalha de Monte Caseros, em 1852, que marcou o fim de Rosas, o
algoz dos argentinos.
Em 1864, já coronel, na guerra contra Aguirre, no Uruguai, comandou uma das brigadas que
fizeram capitular Paissandú. No início de 1865, após o sítio e redenção de Montevidéu, foi o
primeiro a pisar o seu solo, à testa dos seus comandados e já Brigadeiro, promovido que fora dias
antes. Seguir-se-iam os feitos gloriosos contra o ditador Lopes, do Paraguai, à frente da sua 3ª
Divisão, a célebre “Encouraçada “, entre eles a transposição do Rio Paraná e as Batalhas da
Confluência e do Estero Bellaco, culminando na de Tuiuti, a maior batalha campal da América do
Sul, no dia do seu aniversário, e onde, ferido já duas vezes, prosseguiu pelejando com habitual
desassombro até que, ao receber o terceiro balaço, não mais resistiu. Faleceu 43 dias depois e foi
sepultado em Buenos Aires com todas as honras, lá permanecendo seu corpo até 1869, quando
foi repatriado para o Rio de Janeiro e, depois, para a capital cearense. Recentemente, em 24 de
Maio de 1996, seu restos mortais passaram a repousar em mausoléu erigido defronte da sede da
10ª Região Militar.
O PATRONO DA CAVALARIA
Marechal de Exército Manuel Luís Osório (10 Mai 1808 - 04 Out 1879)
Gaúcho, nascido na vila que hoje é o Município de Osório. Com apenas
15 anos, recebia o batismo de fogo, no arroio Miguelete, diante de
tropas portuguesas. Aos 17 anos, já alferes, destaca-se em combate
junto ao arroio Sarandi contra tropa de Lavalleja. Aos 19 anos, já como
1º Tenente, possuia quatro anos em campanha, com lutas em vários
combates e duras batalhas. Participou praticamente de toda a Guerra
dos Farrapos (1835/45), onde chegou a tenente-coronel, promoção esta
recomendada por Caxias. Voltou à Bagé no comando do regimento em
que servira como subalterno. Na luta contra o ditador Rosas, seus feitos
à frente do regimento, na batalha de Monte Caseros, levaram Caxias, de
novo, a solicitar a sua promoção a coronel, em 1852.
Comandou durante três anos a Fronteira de São Borja (Missões), quando foi promovido a
brigadeiro. Em 1º de Março de 1865, assumiu o comando do 1º Corpo do Exército Brasileiro na
guerra com o Paraguai e, logo depois, promovido a Marechalde-Campo. Em 16 de Abril de
1866,à frente de 10.000 homens, bate as tropas paraguaias no Passo da Pátria, em Estero Bellaco
e, finalmente, em Tuiuti. A nomeação de Caxias como comandante único das forças brasileiras,
em 1866, marcou a volta de Osório à guerra, desta feita a testa do recém-criado 3º Corpo e com o
qual penetra na fortaleza de Humaitá para depois, na batalha de Avaí, vir a ser ferido gravemente e
ser obrigado a retirar-se da luta. No entanto ainda enfermo, e a instâncias do Conde d'Eu, voltou
ao comando do 1º Corpo, participando, em 1869, do assalto e captura da praça forte de Peribebuí.
Foi elevado à dignidade de Marquês do Herval pouco antes do fim da Guerra do Paraguai,
escolhido senador pelo seu Estado e Ministro da Guerra em 1878. Seus restos mortais repousam
hoje no magnífico Parque Histórico criado para homenageá-lo, exatamente no local onde nasceu.
25
PATRONOS DAS ARMAS DE APOIO DO EXÉRCITO
PATRONO DA ARMA DE ARTILHARIA
Marechal de Exército Emílio Luís Mallet (10 Jun 1801 - 02 Jan 1866)
Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho de 1801, em Dunquerque,
França. Veio para o Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro.
Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando praça como 1o
cadete. Iniciou, assim, uma vida militar dedicada inteiramente ao
Exército e ao Brasil. Em 1823 matriculou-se na Academia Militar do
Império. Como já possuía os cursos de Humanidade e Matemática, foi-
lhe dado acesso ao de Artilharia. Nesse mesmo ano, jurou a
Constituição do Império, adquirindo nacionalidade brasileira.
Comandava Mallet a 1a Bateria do 1o Corpo de Artilharia Montada
quando seguiu para a Campanha Cisplatina. Recebeu seu batismo de
fogo e assumiu o comando de quatro baterias. Revelou-se soldado de
sangue frio, valente, astuto. Fez-se respeitado por sua tropa, pelos aliados e pelos inimigos.
Combateu ainda na Guerra dos Farrapos, como comandante de uma bateria a cavalo; e como
comandante do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, em operações na Campanha do Uruguai e
na Campanha da Tríplice Aliança. A artilharia de Mallet, em Passo da Pátria, Lomas Valentinas,
Peribebuí, Itororó, Avaí, Campo Grande, Tuiuti e no cerco à fortaleza de Humaitá, fez o inimigo
sentir o valor do soldado brasileiro. Na Campanha das Cordilheiras, fase final da Guerra da
Tríplice Aliança, foi Mallet o comandante-chefe do Comando Geral de Artilharia do Exército.
Finda a campanha, já tendo ascendido ao posto de brigadeiro, retornou ao Rio Grande do Sul. A
18 de janeiro de 1879 foi promovido a marechal-de-campo e a 11 de outubro de 1884 a tenente-
general. Recebeu, ainda, a 28 de dezembro de 1878, o título de Barão de Itapevi.
Paradigma de chefe idôneo, espírito reto e ordeiro, caráter impoluto e dinâmico, Mallet tornou-se
o Patrono da Arma dos tiros densos, longos e profundos.
PATRONO DA ARMA DE ENGENHARIA
Tenente Coronel João Carlos de Vilagran Cabrita (30 Dez 1820 - 10 Abr 1866)

Embora nascido em Montevidéu, é considerado brasileiro,


porquanto, na época, a então Província Cisplatina integrava o nosso
território. Ingressou no Exército em 13 Jan 1840, reconhecido Cadete
de 1ª classe logo depois. Bacharel em Matemática e Ciências Físicas,
esteve no Paraguai como 1º Tenente, para instruir oficiais do exército
daquele país, além de projetar e construir a Fortaleza de Humaitá,
aquela que, mais tarde, tantos transtornos viria causar às nossas tropas.
Regressou ao Brasil em 1852, sendo promovido a capitão. Passou,
depois, a participar da criação do nosso 1º Batalhão de Engenharia,
necessidade sentida desde a guerra contra Oribe e Rosas. Eclodida a
guerra com o Paraguai, o Batalhão recebeu ordem de seguir para o
teatro de operações e, em Ago 1865, então o Major Cabrita assumiu o comando do Batalhão e, em
Mar 1866, era promovido a Tenente-Coronel, permanecendo à testa da sua unidade até a morte.
Para as tropas aliadas, a travessia do rio Paraná impunha-se com urgência e coube ao Batalhão de
Cabrita, com os seus 900 bravos, desembarcar na linha de Redenção, situada a meio do rio,
defronte do Forte de Itaperu. Na manhã de 06 Abr 1866, estava a ilha ocupada e pronta para a
defesa, à espera do revide inimigo, naquele que seria o primeiro confronto do Exército de Osório
com as forças de Lopes. A grande vitória brasileira, custou, contudo, a vida do herói, vitimado por
uma bala de canhão inimigo quando, a bordo de um lanchão ancorado na ilha, redigia a parte do
combate. Morreu com apenas 46 anos de idade, 26 dos quais dedicados exclusivamente ao
Exército. A Arma de Engenharia comemora anualmente o dia 10 de abril, não a data de
nascimento do seu ilustre Patrono, mas aquela em que ele nasceu para ingressar na História.
26
27
PATRONO DO QUADRO DE MATERIAL BÉLICO
Tenente-General Carlos Antônio Napion (30 Out 1757 - 27 Jun 1814)

Nasceu em Turim, na Itália. Aos 15 anos era cadete do Corpo Real de


Artilharia, iniciando notável carreira de militar e engenheiro em sua
terra, com dedicação especial à Química e à Metalurgia, assuntos nos
quais se projetou com a publicação de diversas obras didáticas e livros
técnicos. Em 1800, mediante contrato, passou a servir ao Exército de
Portugal, onde, em 1807, ostentava as insígnias de brigadeiro,
nomeado Inspetor do Arsenal Real do Exército e Diretor do
Laboratório de Instrumentos de Lisboa. Pelas virtudes de
administrador, pesquisador, mestre e escritor, foi escolhido pelo
Príncipe Regente para integrar a sua comitiva quando da transmigração
da família real para o Brasil, em 1808. Foi logo promovido a marechal-
de-campo graduado, nomeado Inspetor Geral de Artilharia e incumbido de criar e inspecionar a
Fábrica Real de Pólvora, às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, a qual,
posteriormente, seria transferida para Raiz da Serra, como a Fábrica Estrela atual. Como
Inspetor, ampliou a Fábrica de Armas do morro da Conceição e melhorou todas as fortificações
então existentes. Em 13 de Maio de 1810, foi efetivado no posto de tenente-general. Foi vogal e
conselheiro de guerra do Conselho Supremo Militar, criado por D. João em 1º de Abril de 1808.
Em 1811, foi Inspetor Geral da Real Junta da Fazenda dos Arsenais, Fábricas e Fundições e, em
1812, Inspetor e Fiscal de Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, em São Paulo.
Reorganizou a antiga Casa do Trem, transformando-a no Arsenal Real do Exército, futuro
Arsenal de Guerra do Rio. E assim, por ter planejado, organizado e dirigido as primeiras fábricas
de Material Bélico no Brasil, implantando a Indústria Militar em nosso País, foi instituído
Patrono do nosso Quadro de Material Bélico. Seus restos mortais estão sepultados no Convento
de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.

PATRONO DO QUADRO DE ENGENHEIROS MILITARES


Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra (1748 - 21 Jan 1809)

Nascido em Portugal, ingressou na Academia Militar da Corte em


1762, concluindo os cursos de Infantaria e Engenharia em 1766. À
disposição do Quadro-Mestre-General, trabalhou ininterruptamente,
por mais de dez anos, no levantamento de rios, cidades, povoados,
campos, minas de carvão, etc. Veio para o Brasil em 1780, chefiando a
terceira partida de Demarcação dos Limites na América, representando
o Reino de Portugal. Iniciou então as ações que viriam a consagrá-lo
como soldado e engenheiro e que contribuíram decisivamente para a
consolidação do espaço territorial brasileiro. Dentre as suas principais
realizações pode-se citar o mapeamento das Capitanias do Grão-Pará,
de São José do Rio Negro e de Mato Grosso, além de inúmeros rios na
Região Norte e Centro-Oeste. Em 1787, projetou e construiu o quartel dos Dragões de Vila Bela,
no atual Estado de Mato Grosso, e, como tenente-coronel, concluiu as obras do Forte Príncipe da
Beira e promoveu a construção do Forte Coimbra, obras magníficas que reafirmam, ainda hoje, o
valor técnico e profissional do grande soldado.
Em 1801, no comando do Forte Coimbra, à frente de reduzido efetivo, conduziu heróica
resistência contra o ataque de forças espanholas, muito superiores em número de homens, que
ainda alimentavam sonhos de expansão territorial. Em 1804, chegou a Mato Grosso a notícia de
sua promoção a coronel, decretada em Lisboa em 11 de julho de 1803. Em 28 de março de 1808,
em virtude da vinda da família real para o Brasil, foi designado, pela segunda vez, para o
comando da Fronteira Sul e do Forte Coimbra. Veio a falecer, aos 61 anos, precisamente no
comando do Forte que havia construído e que ajudara a defender e que permaneceria como
paradigma de sua competência, dedicação, bravura e amor ao Brasil.
28
PATRONO DO SERVIÇO DE SAÚDE
General de Brigada Médico João Severiano da Fonseca (27 Mai 1836 - 07 Nov 1897)
Eram dez irmãos, duas mulheres e oito homens, todos eles militares de
escol, três deles tendo morte gloriosa na Guerra do Paraguai. Nasceu
João Severiano na velha cidade de Alagoas, hoje Marechal Deodoro,
homenagem ao irmão, o Proclamador da República e seu 1º Presidente.
Concluiu o Curso Médico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro,
em 1858, e ingressou no Exército Imperial em 29 de janeiro de 1862,
como 2º Cirurgião Tenente. De 1864 a 1870, participou da Campanha
do Uruguai e esteve presente em toda a campanha da Tríplice Aliança,
prestando sempre inestimáveis serviços médicos. Foi alvo de repetidos
elogios, pelo zelo, competência profissional e senso humanitário,
razão por que, merecidamente, foi promovido a Capitão. De volta à
Pátria , foi designado para servir no Hospital Militar da Guarnição da Corte. Em 1875, integrou,
como médico, a Comissão de Limites com a Bolívia, rumando para Corumbá e regressando três
anos depois, para ser reintegrado no mesmo Hospital, ao qual serviria por mais de 14 anos e que,
hoje, é o Hospital Central do Exército. Serviu também no Hospital Militar do Andaraí. Foi o
primeiro médico militar a ser membro efetivo da Academia Imperial de Medicina. A República
vai encontrá-lo na direção interina do Hospital Militar da Corte e como professor da cadeira de
Ciências Físicas e Naturais do Imperial Colégio Militar, recém-instalado. Como Coronel,
exerceu as funções de Inspetor do Pessoal do Serviço Sanitário e, em 04 de Outubro de 1890,
efetivado no posto de General-de-Brigada, assumiu a Inspetoria Geral do Serviço Sanitário, atual
Diretoria de Saúde. Tomou assento, em 1890, no Conselho Supremo Militar de Justiça e, no ano
seguinte, foi eleito Senador. Foi Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e de
diversas associações culturais do Brasil e do exterior, distinguindo-se como poeta, escritor,
historiador e naturalista. Faleceu na Capital da República.
PATRONO DO SERVIÇO DE VETERINÁRIA
Tenente-Coronel Médico João Muniz Barreto de Aragão (17 Jun 1874 - 16 Jan 1922)
Nasceu em Santo Amaro, na Bahia. Prestes a diplomar-se na Faculdade
de Medicina do Estado, interrompeu o curso para prestar serviços em
Canudos, onde a escassez de médicos era sensível. Regressou do sertão
baiano em fins de 1897 e prosseguiu os estudos diplomando-se a seguir.
Em 07 de dezembro de 1900 foi nomeado médico adjunto do Exército,
indo exercer suas funções em Florianópolis, SC, lá permanecendo até
1901. Ingressou, mediante concurso, no quadro médico do Corpo de
Saúde do Exército em 23 de abril de 1901, sendo nomeado 1º Tenente.
Exerceu comissões no Hospital Central do Exército, em Nioaque, na
Fortaleza de Santa Cruz, no Forte de Imbuí e na Escola Militar e, em
1904, foi designado para o Laboratório de Microscopia Clínica e
Bacteriológica, hoje Instituto de Biologia do Exército. Lá, sentiu ele a necessidade de uma escola
na qual o Exército pudesse formar veterinários capazes de debelar os males que vinham
assolando os seu rebanhos. A criação da Escola de Veterinários do Exército tornou-se então uma
idéia fixa, que somente veio a se concretizar em 17 Julho de 1914, depois de longo tempo de
estudos e lutas, com a vinda, inclusive, de profissionais franceses, contratados para reforçar o
incipiente corpo docente. Pouco depois, já Major, fundou a Sociedade Médico-Cirúrgica Militar,
da qual foi presidente. No final de 1917, teve o prazer de assistir à formatura da primeira turma de
veterinários do Brasil. Tenente-Coronel promovido em 1919, foi nomeado diretor da escola que
idealizara e criara, dedicando-se desde logo à construção do novo edifício em que seria instalada.
Já em 1906, fora empossado membro titular da Academia Nacional de Medicina. No Ministério
da Agricultura, organizou e criou, em 1910, o Serviço de Defesa Sanitária Animal e foi o seu
primeiro dirigente. Era Inspetor do Serviço Veterinário do Exército quando veio a falecer, vítima
de fulminante síncope cardíaca, com apenas 48 anos de idade.
29
PATRONO DO MAGISTÉRIO MILITAR
Marechal Roberto Trompovski Leitão de Almeida (08 Fev 1853 - 02 Ago 1926)
Nasceu em Desterro, Santa Catarina. Assentou praça em 29 de dezembro
de 1869, com destino à Escola Militar. Em 1876, 1º tenente recebeu o
grau de Doutor em Ciências Físicas e Matemáticas, sendo nomeado
repetidor da 1ª cadeira do 1º ano da Escola Militar; como capitão, foi
repetidor e assistente da cadeira de Analítica e Cálculo do mestre
Benjamim Constant e, em 1889, catedrático da 1ª cadeira do 1º ano de
Infantaria e Cavalaria. Exerceu, em 1894, o comando interino do
Colégio Militar e, em 1897, o da Escola Militar. De 1905 a 1907,
designado pelo Barão de Rio Branco, foi adido militar junto as legações
brasileiras na Grã-Bretanha, Suíça e Itália, bem como Delegado Técnico
na Conferência Internacional de Paz, em Haia, em 1906, assessorando
Rui Barbosa. Em 1915, foi nomeado Inspetor do Ensino Militar, quando foi promovido a general-
de-divisão. Em 08 de fevereiro de 1919, ao completar 66 anos, foi reformado no posto de
Marechal.

PATRONO DO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS


1º Tenente Antônio João Ribeiro (24 Nov 1823 - 29 Dez 1864)
Nasceu na vila de Poconé, em Mato Grosso. Assentou praça, como
voluntário, em 06 de março de 1841 e foi promovido, sucessivamente, a
cabo, 2º sargento, 1º sargento, sargento-ajudante, alferes e tenente, esta
última promoção em 1860, às vésperas de completar 20 anos de serviço.
Permaneceu durante quase todo esse tempo, em Mato Grosso, no
comando de diversos destacamentos e no desempenho continuado de
missões de campo, diligências, batidas a índios e tarefas similares, quase
sempre ao longo da fronteira, conhecida por ele como a palma de sua
mão. Sua última comissão, de 17 de fevereiro de 1862 a 29 de dezembro
de 1864, foi a de Comandante da Colônia Militar de Dourados, onde veio
a morrer heroicamente, à frente de apenas 14 homens, ao se negar a
rendição diante do ataque de mais de 200 paraguaios. É dele a frase que o imortalizou: “Sei que
morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão
do solo da minha Pátria”.

PATRONO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA


Capitão Capelão Antônio Alvares da Silva - Frei Orlando (13 Fev 1913 - 20 Fev 1945)
Natural de Morada Nova, município de Abaeté, em Minas Gerais, iniciou
os estudos humanísticos no Colégio dos Fransciscanos, em Divinópolis,
concluindo-os na Holanda. Regressou à Pátria em 1935 e ordenou-se em
24 de outubro 1937, sendo destacado para o Colégio Santo Antônio, em
São João del Rei. Apresentou-se como voluntário para seguir com a
Força Expedicionária Brasileira para a Itália e, em 13 de julho de 1944,
foi nomeado capitão capelão com exercício no II Batalhão do 11º
Regimento de Infantaria.
Integrando o 2º escalão da FEB, aportou em Nápoles em 06 de outubro de
1944. Os inestimáveis serviços prestados às tropas do Regimento
Tiradentes, duraram apenas sete meses e uma semana, porquanto veio a
falecer na linha de frente em acidente na rodovia de Bombiana. Seu corpo foi inumado no
cemitério de Pistóia e, em fins de 1960, junto ao de centenas de outros heróis, transladado para o
Monumento Nacional dos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.

30
PATRONO DO QUADRO COMPLEMENTAR DE OFICIAIS

Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu em São José de


Itapororocas, no ano de 1797, na antiga Província da Bahia.
Em 1822, o Recôncavo Baiano lutava contra o dominador português. A
necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa,
sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se
alistarem para combater os portugueses. Maria Quitéria, uma humilde
sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de
liberdade que envolviam seus conterrâneos. Com o uniforme de um
cunhado, incorporou-se inicialmente ao Corpo de Artilharia. O seu
batismo de fogo ocorreu em combate na foz do Rio Paraguaçu, ocasião
em que ficou evidenciado seu heroísmo invulgar e sua real identidade.
Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar, falecendo no dia 21 de
agosto de 1853, num "doloroso anonimato". Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria
de Jesus passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais.

PATRONO DO SERVIÇO MILITAR

ESCUDO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

31
POSTOS E GRADUAÇÕES

1) Identificar os postos e graduações do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e das Polícias


Militares e sua correspondência.
2) Identificar os distintivos dos postos e graduações em diferentes uniformes.
3) Descrever a situação hierárquica do Aluno.

ESCALA HIERÁRQUICA NAS FORÇAS ARMADAS

OFICIAIS

Hierarquização Exército Marinha Aeronáutica


General-de-Exército Almirante-de-Esquadra Tenente-Brigadeiro-do-Ar
Oficiais Generais General-de-Divisão Vice-Almirante Major-Brigadeiro-do-Ar
General-de-Brigada Contra-Almirante Brigadeiro
Coronel Capitão-de-Mar-e-Guerra Coronel
Oficiais Superiores Tenente-Coronel Capitão-de-Fragata Tenente-Coronel
Major Capitão-de-Corveta Major
Oficiais Intermediários Capitão Capitão-Tenente Capitão
Primeiro-Tenente Primeiro-Tenente Primeiro-Tenente
Oficiais Subalternos
Segundo-Tenente Segundo-Tenente Segundo-Tenente

PRAÇAS ESPECIAIS

Exército Marinha Aeronáutica


Aspirante-a-Oficial Guarda-Marinha Aspirante-a-Oficial
Cadete (Aluno da AMAN) Aspirante da EN Cadete da AFA
Aluno (Aluno da EsPCEx) Aluno do CN Aluno da EPCAr
Aluno do Centro de
Alunos dos Orgãos de
Instrução de Oficiais da Aluno do Centro de
Preparação de Oficiais da
Reserva da Marinha Preparação de Oficiais
Reserva (NPOR, CPOR) da Reserva
(CIORM)

Observação:
Para efeitos hierárquicos, os alunos da EsPCEx, EPCAr e Colégio Naval são equiparados a
3º Sargento, sobre o qual tem precedência.

PRAÇAS
Hierarquização Exército Marinha Aeronáutica
Subtenente Suboficial Suboficial
Suboficiais, Subtenentes Primeiro-Sargento Primeiro-Sargento Primeiro-Sargento
e Sargentos
Segundo-Sargento Segundo-Sargento Segundo-Sargento
Terceiro-Sargento Terceiro-Sargento Terceiro-Sargento
Cabo e Taifeiro-mor Cabo Cabo e Taifeiro-mor
Soldado e Taifeiro- Marinheiro-especializado Soldado-primeira-classe e
Cabos e Soldados de-primeira-classe Taifeiro-primeira-classe
Marinheiro Soldado-segunda-classe e
Soldado-recruta e Taifeiro-
de-segunda-classe Marinheiro-recruta Taifeiro-segunda-classe

32
DISTINTIVOS DOS POSTOS E GRADUAÇÕES
DISTINTIVOS DOS POSTOS E GRADUAÇÕES

Posição das insígnias plastificadas Posição das insígnias metálicas


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Coronel Ten Cel Major

Capitão 1º Ten 2º Ten

comprimento
Asp Of Subtenente

4/5 do comprimento
1º Sgt

2º Sgt 3º Sgt Cb
Postos e graduações da PM - CBM Posição das insígnias na japona

INSÍGNIAS DE ARMAS, QUADROS E SERVIÇOS


DO EXÉRCITO BRASILEIRO

MATERIAL
INFANTARIA CAVALARIA ARTILHARIA ENGENHARIA COMUNICAÇÕES BÉLICO

QUADRO QUADRO
COMPLEMENTAR AUXILIAR DE ASSISTÊNCIA ENGENHEIRO
DE OFICIAIS (QCO) OFICIAIS (QAO) MÚSICO RELIGIOSA INTENDÊNCIA MILITAR

MÉDICO FARMACÊUTICO DENTISTA VETERINÁRIA ENFERMAGEM

34
UNIFORMES
1)Citar as condições de uso dos uniformes.
2)Descrever as peças componentes dos diferentes uniformes em uso no Exército e as
condições de uso previstas no RUE.
3)Descrever os uniformes previstos para a EsPCEx e sua utilização.
4)Identificar os diferentes tipos de uniformes em uso no Exército Brasileiro.

UNIFORMES DO EXÉRCITO
O REGULAMENTO DE UNIFORMES DO EXÉRCITO (RUE) contém as prescrições sobre os
uniformes do Exército Brasileiro, peças complementares, insígnias, distintivos e condecorações,
regulando sua posse, composição, uso e descrição geral.

Art. 2º O uso correto dos uniformes é fator primordial na boa apresentação individual e coletiva
do pessoal do Exército, contribuindo para o fortalecimento da disciplina e do bom conceito da
Instituição perante a opinião pública.

Art. 3º Constitui obrigação de todo militar zelar por seus uniformes, pela correta apresentação de
seus subordinados e dos que lhe são de menor hierarquia.

Art. 4º Os uniformes de que trata o presente Regulamento constituem privilégio absoluto do


Exército, sendo privativos da Força na cor cinza, nas tonalidades clara e escura, na cor verde-
oliva e na padronagem camuflada em suas específicas tonalidade e saturação.
§ 1º É expressamente proibido o uso de uniformes e peças complementares por pessoas
não autorizadas.
§ 3º É expressamente proibido o uso, por qualquer pessoa, de peças de uniformes junto
com trajes civis.

Art. 5º É proibido alterar as características dos uniformes, bem como sobrepor, aos mesmos,
peças, insígnias ou distintivos, não previstos neste Regulamento.
É admitido o uso de:
I - crachá de identificação, quando exigido pela segurança orgânica, no âmbito do
órgão considerado; e
II - telefone celular com capa preta, preso ao cinto, no lado esquerdo, exceto nos
uniformes 1º, 2º e 3º A, pelo militar isolado.

Art. 6º É vedado ao militar brasileiro o uso de peças ou uniformes de forças armadas estrangeiras,
exceção feita para as condecorações e distintivos devidamente autorizados.
§ 6º DO Art. 8º o Chefe do Departamento-Geral do Pessoal pode autorizar, em caráter
excepcional, o uso de uniformes pelos militares da reserva remunerada, quando estiverem
nomeados Prestadores de Tarefa por Tempo Certo (PTTC).

Art. 11. Os uniformes dos Cadetes, Alunos dos Centros e Núcleos de Preparação de Oficiais da
Reserva (CPOR e NPOR), do Instituto Militar de Engenharia (IME), da Escola Preparatória de
Cadetes do Exército (EsPCEx), Alunos de Escolas de Formação de Sargentos, Cabos, Taifeiros,
Soldados, Atiradores de Tiros-de-Guerra (TG) e Alunos gratuitos órfãos dos Colégios Militares
são fornecidos pelo Exército.

35
UNIFORMES BÁSICOS DO ALUNO
Uniforme 1º EsPCEx

a) posse obrigatória para Aluno da EsPCEx


b) composição:
1. quepe azul-ferrete
2. túnica branca
3. colarinho simples branco
4. camisa branca de colarinho simples
5. calça azul-ferrete
6. cinto azul-turquesa sem talim
7. cinto de náilon verde-oliva corri fivela dourada
8. meia de náilon preta e sapato preto
9. insígnias correspondentes aos postos ou graduações
c) uso em atos sociais e solenidades

Uniforme 2º EsPCEx
a) posse obrigatória para Oficial do Corpo de Alunos, Aluno e
integrante da banda de música da EsPCEx.
b) composição:
1. quepe azul-ferrete
2. túnica branca
3. colarinho simples branco
4. camisa branca de colarinho simples
5. calça azu1-ferrete
6. cinto azul-turquesa sem talim
7. porta-sabre azul-turquesa
8. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada
9. luva branca de suedine
10. meia de náilon preta, sapato preto e polaina branca
11. insígnias correspondentes aos postos ou graduações
c) uso em guardas de honra, paradas, desfiles, formaturas e
solenidades.

Uniforme 3º A

a) posse obrigatória para Oficial, Cadete, Aluno da EsPCEx,


Subtenente e Sargento;
b) composição:
1. boina ou quepe determinado;
2. túnica verde-oliva;
3. camisa bege manga comprida;
4. gravata bege;
5. calça verde-oliva;
6. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada;
7. meia de náilon preta e sapato preto;
c) uso em trânsito, apresentações individuais ou coletivas e,
em cerimônias, reuniões e atos sociais em que seja exigido
traje passeio completo aos civis;
36
Uniforme 3º B1

a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno;


b) composição:
1. boina;
2. blusão verde-oliva;
3. camisa bege manga comprida para Oficial, Aluno;
4. gravata bege;
5. calça verde-oliva;
6. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada;
7. coturno e, excepcionalmente, sapato preto;
c) uso:
1. principalmente em formaturas e desfiles;
2. em trânsito e apresentações individuais e coletivas;
3. em solenidades e atos sociais quando determinado;

Uniforme 3º C1

a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno;


b) composição:
1. boina ou quepe verde-oliva conforme seja determinado;
2. camisa bege manga comprida;
3. gravata bege;
4. calça verde-oliva;
5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada;
6. meia de náilon preta e sapato preto;
c) uso:
1. em atividades internas das OM, exceto em solenidades
oficiais;
2. com suéter de lã verde-oliva em atividades internas das OM e,
em trânsito, no deslocamento do quartel para residência ou vice-
versa;
3. com japona de passeio ou jaqueta verde-oliva quando em
trânsito ou atividades externas;

Uniforme 3º C2

a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno;


b) composição:
1. boina;
2. camisa bege manga comprida;
3. gravata bege;
4. calça verde-oliva;
5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada;
6. coturno;
c) uso:
idem ao 3º C1.

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Uniforme 3º D1

a) posse:
1.posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno;
b) composição:
1. boina;
2. camisa bege meia-manga;
3. camiseta meia-manga bege (opcional);
4. calça verde-oliva;
5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada;
6. meia de náilon preta e sapato preto;
c) uso em trânsito, atividades internas das OM, atividades
externas, apresentações individuais ou coletivas e, quando
determinado, em solenidades e atos sociais em que seja
permitido traje esporte aos civis;

Uniforme 3º D2

a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno;


b) composição:
1. boina;
2. camisa bege meia-manga;
3. camiseta meia-manga bege (opcional);
4. calça verde-oliva;
5. cinto de náilon verde-oliva com fivela dourada;
6. coturno;
c) uso:
1. em trânsito, atividades internas das organizações militares,
atividades externas, apresentações individuais ou coletivas e,
quando deter-minado, em solenidades e atos sociais em que seja
permitido traje esporte aos civis;

Uniforme 4º A1

a) posse obrigatória para Oficial, Praça e Aluno;


b) composição:
1. boina, gorro com pala camuflado, gorro com pala colorido,
gorro de selva ou chapéu tropical camuflado conforme seja
determinado;
2. blusa de combate camuflada;
3. camiseta meia-manga camuflada;
4. calça camuflada;
5. cinto de náilon verde-oliva com fivela preta;
6. coturno;
c) uso em instrução, serviço em campanha, serviço interno,
atividades diárias, formaturas e combate;

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Uniforme 4º B1

a) posse obrigatória para Oficial e Praça.


b) composição:
1. boina, gorro com pala camuflado, gorro com pala
colorido, gorro de selva ou chapéu tropical camuflado
conforme seja determinado;
2. camiseta meia-manga camuflada;
3. calça camuflada;
4. cinto de náilon verde-oliva com fivela preta;
5. coturno.
c) uso em instrução, serviço em campanha, serviço
interno e atividades diárias.

Uniforme 5º A

a) posse obrigatória para Oficial e Praça.


b) composição:
1. camiseta sem manga branca;
2. calção para treinamento físico;
3. meia branca;
4. sapato tipo tênis preto;
5. uso facultativo com o gorro com pala verde-oliva no
uniforme 5º A para Oficial e Praça.
c) uso:
1. treinamento físico militar;
2. atividades internas das organizações militares;
3. atividades individuais; e
4. atividades esportivas onde os militares estejam
cumprindo a rotina diária da OM.

Uniforme 5º B

a) posse obrigatória para Oficial e Praça.


b) composição:
1. blusa de combate camuflada ou blusa de serviço
camuflada conforme seja determinado;
2. calça camuflada;
3. cinto de náilon verde-oliva com fivela preta;
4. meia branca;
5. sapato tipo tênis preto;
c) uso em pista de aplicações militares.

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Uniforme 5º C

a) posse obrigatória para Oficial e Praça.

b) composição:
1. calção de banho preto;
2. sandália de borracha preta;
3. roupão de banho branco (opcional).

c) uso em natação.

Uniforme 5º D

a) posse obrigatória para Oficial e Praça.

b) composição:
1. camisa meia-manga camuflada;
2. calção para treinamento físico;
3. meias verdes; e
4. sapato tipo tênis preto.

c) uso facultativo, em atividades internas de faxina e


de serviços gerais, nas Organizações Militares.

Outras Peças

I - agasalho verde-oliva para treinamento físico


a) posse obrigatória nas regiões de clima frio e facultativa nas demais.
b) usado com os uniformes 5ºA e 5ºC.

II - capuz de lã verde-oliva.
a) posse obrigatória para regiões de clima frio.
b) usado com os 4º uniformes básicos masculinos e femininos.

III - ceroula.
a) a posse da ceroula obedece às seguintes prescrições:
1. facultativa para Oficiais, Subtenentes, Sargentos e Alunos;
2. obrigatória para Cabo e Soldado em região de clima frio.
b) usada como roupa de baixo.

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CONDUTA DO ALUNO
1) Identificar a conduta do Aluno da EsPCEx no meio civil, em locais públicos, em outras OM.

MEIO CIVIL

1. Não procure apertar a mão de todas as pessoas presentes. Se os donos da casa oferecerem a
mão, dê a sua e faça uma cortesia às outras pessoas.
2. Não ofereça, em caso algum, a mão a senhoras, porque a iniciativa deve partir delas. Pelo
mesmo princípio, não ofereça a mão a pessoas de mais idade ou de posição superior à sua.
3. Não seja reservado, frio ou distraído. Por outro lado, não se mostre muito expansivo. As
maneiras afáveis e calmas são sempre as melhores.
4. Não olhe, admirando, para as pinturas, mobília ou pessoas presentes.
5. Não deixe de levantar-se quando uma senhora entrar na sala ou dela sair.
6. Não se estire, ou se recline no sofá ou na cadeira.
7. Não brinque com as bordas das cortinas ou de outros objetos que lhe ficarem próximos.
8. Não apresente senhoras a cavalheiros. Estes, qualquer que seja a sua posição, devem ser
apresentados àquelas. Os moços devem ser apresentados aos homens e as moças, as senhoras.
9. Não toque na pessoa com quem estiver conversando, não fale muito próximo ao rosto da
mesma, não gesticule e nem se exalte, converse calmamente.
10. Não fale muito alto, lembre-se de que em uma sala ninguém tem o direito de monopolizar a
conversa.
11. Não converse com uma pessoa, havendo outra entre ambos.
12. Não cochiche; se o que tiver de dizer não puder ser ouvido por todos, reserve o assunto para
outra ocasião.
13. Não fale sobre a sua saúde ou dos outros. Pessoas que se lamentam constantemente são
consideradas maçantes.
14. Não pergunte a ninguém, especialmente às senhoras, quais os seus sofrimentos.
15. Não fale sobre pessoas que não sejam conhecidas dos presentes.
16. Não ridicularize ninguém; não viole de nenhum modo a harmonia que deve reinar em todo
círculo social.
17. Não fale em assuntos tristes em ocasião de prazer e vice-versa.
18. Não cheire o vinho nem beba aos goles como se estivesse provando.
19. Não devore a última colher de sopa, o último fragmento de pão, o último pedaço de comida.
20. Não ponha o pão na sopa nem o embeba no molho, no ovo, no creme ou em qualquer bebida.
21. Não mastigue abrindo a boca e não fale com a boca cheia.
22. Não se debruce à frente de seu vizinho, a fim de alcançar qualquer objeto.
23. Não peça que lhe passem alguma coisa, se houver criado ou garçom.
24. Não limpe o rosto com o guardanapo. Este deve ser usado somente para limpar os lábios.
25.Não volte as costas para um dos convidados, a fim de conversar com outra pessoa.
26. Não se esqueça de que a pessoa a seu lado, mesmo que não lhe tenha sido apresentada, tem
direito à sua atenção.
27. Não ponha ou deixe os talheres no prato em forma de cruz, ou em ângulo; coloque o garfo e a
faca unidos com os cabos voltados para a direita.
28. Não se mostre embaraçado; esforce-se para estar à vontade, sem exagero.
29. Não deixe cair a faca, garfo ou colher; se isso acontecer, não preste a menor atenção ao
acidente; não apanhe o objeto, peça outro ao criado ou garçom.
30. Não faça esforço visível para mostrar-se irrepreensível nas maneiras: é melhor cometer um
erro do que lutar para evitá-lo.

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31. Não beba muito vinho; a sobriedade nas bebidas é uma virtude.
32. Não agradeça em demasia aos donos da casa o jantar ou convite ao despedir-se; expresse a
satisfação pelo prazer do divertimento e nada mais.
33. Não venha para mesa de pijama, de chinelo ou sem camisa.
34. Não tome chá, café etc. no pires, nem conserve a colher na xícara.
35. Não ponha manteiga em pão inteiro; deve pô-la aos poucos, nos pedaços que for tirando.
36. Não se recoste na cadeira nem se incline, ou ponha os cotovelos sobre a mesa.
37. Não use palitos de dentes.
38. Não ofereça comidas repetidas vezes ao seus hóspedes; uma só vez é suficiente.
39. Não dobre o guardanapo quando acabar de comer; ponha-o sobre a mesa como ele estiver.
40. Não deixe de se levantar quando as senhoras o fizerem. Fique em pé enquanto assim
estiverem.
41. Não se levante enquanto a refeição esteja concluída.
42. Não seja triste nem de mau-humor à mesa, ainda que entre pessoas da família. A ocasião exige
expressão de prazer na fisionomia e conversações amenas.
43. Não ralhe com as pessoas durante as refeições.
44. Não passe a outrem o prato que lhe for oferecido nem recuse a honra de se servir em primeiro
lugar.
45. Não repita escândalos e rumores maliciosos; lembre-se de que não é correto.
46. Não faça alusões equivocadas; não discuta pessoa de moral duvidosa nem suscite assunto
inconveniente.
47. Não trate de belezas de mulheres ausentes, do esplendor da casa de outrem, do brilho de
outras festas nem da superioridade de ninguém. Excessivo elogio a pessoas ausentes implica
depreciação das presentes.
48. Não traga para a conversação assuntos políticos ou religiosos.
49. Não dê cores falsas e exageradas aos fatos. A veracidade é um hábito que devemos cultivar.
50. Não interrompa ninguém na conversação.
51. Não contradiga. É admissível a diferença de opiniões, mas a contradição absoluta e obstinada
é violação de um dos preceitos de convivência.
52. Não discuta. Um argumento que passa ligeiramente de uma pessoa a outra pode ser tolerado;
mas quando duas pessoas caem em polêmica irritante, os donos da casa devem intervir e pôr
termo ao incidente, introduzindo novo assunto.
53. Não se alongue na narração. Quando tiver de contar uma estória, de se referir a um fato, vá
diretamente ao ponto.
54. Não repita casos antigos nem abuse de trocadilhos, anedotas e gracejos.
55. Não responda com simples monossílabos às observações que lhe forem feitas. Isso é irritante,
se não insultante. Diga o que tem de dizer com cortesia e amabilidade.
56. Não se mostre distraído, indiferente ou impaciente quando outra pessoa estiver conversando.
57. Não seja vaidoso, não fale sobre seus predicados e feitos nem sobre o seu talento superior.
58. Não se faça de herói de suas próprias estórias.
59. Não ache defeito em tudo. Louvor indiscriminado é abjeto, assim como condenação
indiscriminada é irritante. Um homem bem educado deve saber apreciar as coisas, isto é,
conhecer-lhe os méritos e deméritos.
60. Não se mostre triste e descontente. Trate de ser agradável e confie que por fim se achará
satisfeito.
61. Não deixe de prestar atenção às pessoas de idade.
62. Não passe adiante de uma senhora quando entrar numa sala ou dela sair, exceto se for abrir a
porta.
63. Não mostre com facilidade seu talento imitativo se o tiver; poucos gostam de ver expostas
suas peculiaridades. É quase certo que as pessoas farão logo saber a B que A fez dele uma
admirável imitação junto de C.

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64. Não olhe para seu relógio nem para o da sala, mostrando que está impaciente para que o
tempo passe.
65. Não estrague a sua visita demorando-se longo tempo nem interrompa abruptamente.

CONDUTA DO ALUNO EM LOCAIS PÚBLICOS

1. Não deixe de tirar a cobertura ao cumprimentar uma senhora.


2. Não coma fruta ou qualquer outra coisa na rua.
3. Não obstrua a entrada de igreja, teatro, hotel etc.
4. Não se apresse em se apresentar a alguém; aguarde ocasião oportuna.
5. Não se dirija a estranhos nem lhes peça informações quando puder evitá-lo.
6. Não seja polido em excesso; não apanhe o chapéu, embrulho etc, que um companheiro ou
estranho deixar cair, exceto se, para isso, houver motivo especial. Esteja, porém, pronto para
apanhar qualquer coisa que uma senhora deixar cair e estenda essa polidez aos homens de idade,
aos superiores e inválidos.
7. Não corra para entrar em carro, teatro, ônibus, cinema etc, empurrando as outras pessoas,
especialmente quando entre elas houver senhoras, homens mais velhos ou doentes.
8. Não ocupe espaço maior do que o razoável em conduções coletivas.
9. Não entre tarde em casas de espetáculo, igreja, reunião pública etc.
10. Não converse na igreja ou templo nem olhe para ninguém; conserve-se com a maior
reverência.
11. Não converse, não cantarole ou assobie em teatro ou concerto, nem procure entrar ou sair
naquela situação, principalmente durante a representação.
12. Não afete gosto artístico ou conhecimentos técnicos quando em visita a uma galeria de arte.
Se os possuir, não precisa impô-los aos outros.
13. Não fale nem ria alto demais.
14. Não ande com as mãos nos bolsos.
15. Não chame a atenção sobre si.
16. Caminhe à esquerda ou do lado externo da calçada ao acompanhar senhoras e superiores.
17. Não passe em primeiro lugar em porta, quando acompanhado de senhoras ou superiores.
18. Não responda com observações impacientes ou pouco caridosas, quando não quiser dar
esmola pedida por um pobre.
19. Não deixe de responder com polidez a pedido de informações de um estranho.
20. Não deixe de oferecer seu lugar no veículo às senhoras, aos superiores e aos enfermos.
21. Não conserve a cobertura em elevador no qual estiver uma senhora.
22. Não entre nos elevadores nem saia deles antes das senhoras e superiores.
23. Não deixe de oferecer o apoio de sua mão a uma senhora que desce.

EM OUTRAS ORGANIZAÇÕES MILITARES


1. O Aluno, na sua condição de Praça Especial, deverá, quando adentrar em outra OM,
apresentar-se ao Oficial-de-Dia ou a seu substituto legal.
2. Manter uma conduta militar irrepreensível.
3. Zelar para que sua apresentação individual seja a melhor possível.
4. Atentar para o cumprimento rigoroso das continências previstas no R-2.
5. Não discutir, em hipótese alguma, com qualquer que seja o militar pertencente à OM.

EM SITUAÇÕES DIVERSAS

1. A correção absoluta do uniforme e a perfeita apresentação individual constituem fatores


decisivos para uma apreciação favorável do público e para o conceito da classe.
2. Não negligencie os pequenos cabelos que saem do nariz e dos ouvidos, os dentes, as unhas e a
barba.
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3. Não limpe as unhas, os ouvidos ou nariz na presença de alguém.
4. Não ponha a cobertura sobre os olhos nem atirada para trás.
5. Não use pijama ou robe de chambre, senão no quarto de dormir. Apresentar-se a qualquer
pessoa vestido desse modo é uma indelicadeza.
6. Não caminhe bambaleando. Ande direito e firme, mas não teso. Não curve os joelho em
excesso, não ande na ponta dos pés; enfim, caminhe com dignidade e sem afetação.
7. Não traga as mãos no bolso, principalmente quando fardado.
8. Não escarre. Quando estiver sofrendo dos brônquios, proveja-se de lenços de tecido ou de
papel, a fim de não expectorar em público.
9. Não cuspa em qualquer circunstância. Cuspir é mau hábito; procure evitá-lo.
10. Não dê gargalhadas. Ria com gosto quando se oferecer ocasião; mas não é preciso ter
convulsões para mostrar alegria.
11. Não se assoe em presença de outrem, se isto puder ser evitado. Do contrário, faça sem ruído.
12. Não boceje, não soluce nem espirre em público.
13. Não entre no quarto de dormir de ninguém, mesmo que no do amigo mais íntimo, sem se
anunciar ou pedir licença.
14. Não compareça a casa alheia, mesmo na do amigo ou parente, à hora do jantar ou almoço e
muitos menos se faça convidado para qualquer dessas refeições.
15. Não pegue em papel que esteja sobre a mesa de alguém nem procure ler o que outra pessoa
estiver lendo ou escrevendo.
16. Não bata com os pés no assoalho, com os dedos na cadeira, mesa ou outro móvel.
17. Não seja servil diante dos superiores, nem arrogante para com os subordinados.
18. Mantenha dignidade e respeito no primeiro caso e preste atenção aos sentimentos dos outros,
qualquer que seja a sua posição, no segundo.
19. Não esqueça que o militar fardado ou identificado é sempre alvo de olhares de todos;
mantenha, portanto, em qualquer situação, atitude correta, sem afetação.
20. Não repreenda seus filhos ou pessoa da família diante de estranhos.
21. Não importune ninguém com relação a seus problemas.
22. Não se dirija a alguém na conversação com muita familiaridade. Mantenha um certo grau de
cortesia, ainda que nas relações mais íntimas, porque isso será garantia mútua de cordialidade.
23. Não pergunte a ninguém, por mera curiosidade, quanto paga de aluguel de casa, de criados,
qual o custo da roupa etc.
24. Não use frases vulgares, incoerentes e insensatas; por exemplo, que é infeliz, que a sorte o
persegue, semelhantes expressões nada significam e revelam espírito acanhado e supersticioso.
25. Não atormente ninguém nem os animais.
26. Não deprecie os atos dos outros nem exalte os seus. Se tem consciência de haver procedido
bem, não precisa proclamar seus feitos.
27. Não seja egoísta nem exigente; não se irrite com facilidade.
28. Não se faça aborrecido dos seus vizinhos nem se intrometa com eles indiscretamente.
Sobretudo, não se relacione com os criados alheios no intuito de procurar saber o que se passa na
casa.
29. Não seja exagerado em elogios nem veemente nas censuras.
30. Não propague notícias dúbias que prejudiquem o caráter de alguém.
31. Não deixe de retribuir uma visita.
32. Não prolongue a sua estada em casa de amigos além do tempo previamente concordado,
exceto se for sincero e vivamente convidado a permanecer.
33. Não visite, quando estiver passando dias em casa de amigo, pessoa que se seja inimigo, ainda
que se trate de amigo íntimo seu.
34. Não molhe o dedo na boca para separar as folhas do livro ou revista.

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BOAS MANEIRAS
1) Identificar o procedimento correto à mesa do refeitório, segundo as normas de boas maneiras.
2) Identificar o tratamento devido aos superiores e camaradas, conforme a precedência militar.

COMPORTAMENTO ADEQUADO NAS REUNIÕES SOCIAIS À MESA

1. Não chegue atrasado às refeições para as quais tiver sido convidado.


2. Não se faça esperado à mesa em sua casa, principalmente quando houver convidados.
3. Não se sente à mesa nem dela se retire antes da dona da casa ou do seu comandante ou oficial
mais antigo.
4. Não chegue depois de estarem sentados os convidados.
5. Não se sente muito afastado nem muito chegado à mesa.
6. Nunca amarre o guardanapo no pescoço nem com ele cubra a abertura da camisa; deixe cair
meio desdobrado sobre os joelhos.
7. Não se sirva, mesmo à mesa de sua casa, antes de presentes todas as senhoras.
8. Não tome sopa pela extremidade ou ponta da colher, mas pelo lado.
9. Não sopre a sopa e não tome fazendo barulho, seja sorvendo, seja engolindo.
10. Não recuse sopa numa casa de cerimônia nem peça para ser servido pela segunda vez.
11. Não se incline sobre o prato nem abaixe a cabeça para comer. Conserve, tanto quanto possível,
posição perpendicular, sem afetação.
12. Parta o pão ao meio com as mãos e vá tirando os pedaços de que for precisando.
13. Não leve jamais a faca à boca: use o garfo, auxiliado pela faca. Não amasse os alimentos com
o garfo.
14. Não encha em demasia o garfo.
15 .Não corte com a faca sempre que o puder fazer com o garfo. A carne come-se com o garfo na
mão esquerda e a faca na mão direita, a fim de só ir cortando, à medida que se leva o pedaço à
boca.
16. Não pegue desajeitadamente no garfo e na faca. As extremidades dos cabos de ambos, quando
cortando, devem ficar no centro das palmas das mãos, de modo que não sejam vistas
exteriormente. Nunca pegue a faca, a não ser pelo cabo.
17. Não use a faca de carne para cortar peixe, legumes e massas.
18. Não limpe os talheres e os pratos com o guardanapo.
19. Não brinque com os objetos que estiverem diante de si; mantenha sempre as duas mãos sobre
a mesa, numa atitude de naturalidade.
20. Não coma depressa nem faça ruído com a boca.
21. Não abra os cotovelos quando estiver cortando a comida ou comendo. Tenha-os unidos ao
corpo, tanto quanto possível.
22. Não atire a cabeça para trás quando estiver bebendo nem vire o copo como se quisesse colocá-
lo invertidamente sobre o nariz. Também não pegue no copo do cálice, segure-o pela haste que
liga aquela parte ao pé.
23. Não deixe de enxugar os lábios antes de tocar com eles num copo.
24. Não dê atenção especial à pessoa alguma à mesa, exceto às que lhe estiverem próximas.
25. Não cochile nem dê gargalhadas.
26. Não dê como razão, ao recusar algum prato, que a comida não convém ao seu estômago. É
suficiente uma recusa simples.
27. Não aceite um convite, quando estiver doente.
28. Não adorne a camisa com pingos de café, vinho ou manchas de gordura.
29. Não deixe de corresponder a todos os brindes; se o vinho o prejudica, beba muito pouco de
cada vez.
30. Não proponha brindes, se não tiver certo grau de autoridade na família, adquirido por longa
convivência, por posição ou outras circunstâncias pessoais.
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TIPOS DE RECEPÇÃO

* Formais (serviço à francesa, serviço à inglesa)


* Informais (serviço à americana, à brasileira)

TIPOS DE SERVIÇOS

Serviço à francesa - o mais requintado, deve ser realizado somente em ocasiões especiais
(casamentos, bodas, noivados, como ambiente de trabalho – comandante). São situações
protocolares. Neste serviço devemos tomar precauções dobradas, nada pode dar errado... O
garçom deve estar impecável. Ele começa servindo a mulher, sentada ao lado direito do anfitrião
(a convidada de honra), em seguida todas as mulheres, por último o anfitrião. Deve trazer a
bandeja à esquerda do convidado, para que ele mesmo se sirva. Os lugares à mesa são marcados
com porta cartões onde consta o nome de cada um à frente do local onde deve se sentar.

1 - Prato de pão e faca 8 - Guardanapo.


2 - Garfo para entrada ou 9 - Faca de carne.
salada. 10 - Faca de peixe.
3 - Garfo de peixe. 11 - Faca para entrada ou salada.
4 - Garfo de carne. 12 - Taça de vinho branco.
5 - Souplast (apoio para o prato 13 - Taça de champanhe.
principal ) 14 - Taça de vinho tinto.
6 - Prato principal 15 - Copo de água.
7 - Prato para a entrada.

Serviço à inglesa - também é um serviço requintado, porém o que o diferencia é que neste serviço
o convidado não precisa pegar os talheres da bandeja para se servir, pois é o garçom que o fará. É
um serviço muito usado nos restaurantes. Somente o prato principal é passado entre os
convidados, os demais são servidos pelos próprios convidados.

Serviço à americana - usado quando se recebe grande número de convidados e é impossível


sentá-los à mesa, ou mesmo para garantir a informalidade do evento. No entanto é de bom tom
providenciar cadeiras ou poltronas para acomodar senhoras e pessoas idosas. A mesa deve ser
arrumada com as travessas de iguarias antes que os convidados a ela se dirijam. Numa ponta da
mesa posicionam-se os pratos empilhados, com o cuidado que cada pilha contenha, no máximo
dez pratos. Os talheres também devem ser arrumados.

Mesa montada para


serviço à americana.

Serviço à brasileira - tradicional serviço familiar que realizamos em nossas casas. A mesa deve
ser arrumada com toda a elegância, pois mesmo sendo pessoas mais íntimas, deve–se ter o
capricho de distribuir tudo da melhor forma possível. Nesse serviço não utilizamos garçom, pois
as travessas podem estar à mesa.

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TRATAMENTO ENTRE MILITARES

1. Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento “Senhor”.


2. Para falar, formalmente, a um Oficial-General, o tratamento é “Vossa Excelência”, “Senhor
Almirante”, “Senhor General” ou “Senhor Brigadeiro”, conforme o caso. Nas relações correntes
de serviço, no entanto é admitido o tratamento de “ Senhor”.
3. Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar, o
tratamento é “Senhor Comandante”, “Senhor Diretor”, “Senhor Chefe”, conforme o caso; nas
relações correntes de serviço é admitido o tratamento de “Comandante”, “Diretor”, “Chefe”.
4. Para falar a um subordinado, o superior emprega o tratamento de “você”.
5. Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atendê-lo o mais depressa possível,
apressando o passo quando em deslocamento.

TRATAMENTO COM O PÚBLICO - CONVERSAÇÃO

1. Não fale violando as regras de gramática; estude e leia bons autores.


2. Não abuse da gíria.
3. Não pronuncie incorretamente as palavras. Seja claro e preciso.
4. Não fale em voz aguda e estridente; fale em tom suficiente para ser ouvido pelas pessoas com
quem estiver conversando.
5. Não gesticule em demasia na conversação nem faça caretas, quando estiver falando.
6. Não use ditados como hábito; demonstrará pouca imaginação.
7. Não use linguagem sacrilégica; não jure, não fortaleça a sua proposição com invocações aos
céus e a divindades.
8. Não multiplique os adjetivos nem empregue muitos superlativos. Modere as sua palavras.
9. Não use exclamações desnecessárias.
10. Não adquira o hábito de repetir provérbios gastos, situações comuns e piadas de TV.
11. Não note, em outros, erros de gramática ou de pronúncia. Se tiver franqueza bastante para
semelhantes correções, faça-as cortesmente de maneira que não seja percebido por outras
pessoas.
12. Não fale de coisas tristes quando a companhia é alegre, ou de coisas que provoquem riso
quando a ocasião é de dor e tristeza.
13. Não fale mal de alguém nem se refira a seus companheiros depreciando-os.
14. Não consinta que se fale mal de seus superiores e companheiros em sua presença.
15. Não deixe de expor as suas opiniões sem, todavia, deixar de respeitar as alheias.
16. Não se dirija a um superior sem antes se apresentar.
17. Não interrogue nem peça informações a superiores, quando puder utilizar outro meio.
18. Não deixe, porém, de tirar todas as dúvidas quando lhe derem uma ordem ou missão.
19. Não pergunte a idade a uma senhora.
20. Não mande alguém chamar ao telefone um superior a não ser que tenha certeza de atender
antes da pessoa chamada se aproximar do aparelho.
21. Não demore em conversação ao telefone.

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SERVIÇOS EXTERNOS À ESPCEX
1) Citar as atribuições do Aluno como Auxiliar do Oficial-de-Dia, dos Adjuntos e do Auxiliar
do Comandante da Guarda.

NORMAS PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS INTERNOS DA EsPCEX


MISSÕES DO AUXILIAR DO OFICIAL-DE-DIA
1. Receber, do Aux Of Dia que sai de Sv, os 05 (cinco) mementos, os 05 (cinco) braçais e
distribui-los aos adjuntos (durante o café).
2. Deslocar os Adjuntos, em forma, até o local da Parada Diária e apresentar ao Al Bda ou Adj Of
Dia.
3. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a parada diária e ao término do
expediente.
4. Apresentar-se ao S1/CA para a passagem do Serviço, nos dias com expediente, no intervalo
grande da manhã ou na primeira oportunidade, com o livro do Of Dia ao CA. Caso o S1 não esteja
na sala, deixar o livro sobre a mesa dele.
5. Acompanhar o Of Dia em todas as revistas e visitas às dependências do quartel, salvo quando
dispensado pelo mesmo.
6. Acompanhar o Of Dia na apresentação da chegada e saída do Cmt EsPCEx.
7. Auxiliar o Of Dia no controle das refeições dos Alunos, inclusive durante a ceia, postando-se
no interior do refeitório.
8. Apresentar ao Of Dia a relação dos alunos atrasados para o rancho.
9. Nos horários de refeições, apresentar o CA à mais alta autoridade, solicitando permissão para
comandar “Corpo de Alunos, à Vontade”. Ex: Apresentação: “Al 1833 Costa, Aux Of Dia.
Apresento o Corpo de Al pronto e solicito permissão para comandar Corpo de Al, à vontade”.
Após concedida a permissão, o Al faz meia volta e comanda Descansar, executa o brado: “Brasil!
Acima de Tudo!” e à “vontade!”.
10. Coordenar a revista do recolher e outras revistas determinadas pelo Of Dia, apresentando ao
Of Dia, o grupamento de alunos.
11. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar
permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar
Coronel! Após aceito, executa-se a meia-volta-volver, avançando ao rancho.
12. Participar da ronda durante a noite.
13. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providencias tomadas.
14. Percorrer as dependências das Cias Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas, bem
como exigir que os alunos permaneçam nas salas de aula, após os respectivos toques.
15. Manter o controle dos alunos punidos.
16. Receber a apresentação dos Sgt Dia Cia Al, ao término do expediente, no impedimento do Of
Dia.
17. Sair 5 (cinco) minutos antes do final da última aula e entrar 5(cinco) minutos após o inicio da
primeira aula para controlar os demais alunos.
18. Supervisionar e coordenar o serviço dos Al Adj e dos demais Al de serviço.
19. Apresentar-se ao Of Dia e Adj Of Dia na primeira oportunidade após a alvorada, antes do
fechamento do livro de partes.
20. Preencher o livro de partes, de acordo com o modelo. Solicitar o visto do Oficial de Dia no
livro e nos pernoites.
21. Controlar o silêncio após às 22:00h.
22. Participar da ronda interna durante a noite. O Aux Of Dia deverá realizar a ronda juntamente
com o Adj RP. Esta deverá ter duração de 0100h. Após a ronda, dirigir-se até o Hotel de Transito
para verificar com o permanência ao Hotel se tudo está em ordem.
23. Providenciar para que, durante as refeições do Corpo de Alunos, os Cb Dia da 1ª e 3ª Cia Al
fechem o trânsito de veículos no Pátio Miguel Roque.
48
24. Entregar as fichas de avaliação ao Oficial de Dia para o preenchimento, devolvendo-as ao
S1do CA juntamente com o livro.
25. Não lançar, no livro de ocorrências, alterações que não dizem respeito ao corpo de alunos,
devendo estas serem lançadas no livro do Oficial de Dia.
26. Recolher todos os Braçais e os mementos entregando-os ao Aux Of Dia que entrará de Sv.
MISSÕES DO ADJUNTO 1
1. Receber do Aux Of Dia o Braçal.
2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada e ao término do expediente;
3. Responder pelo Aux Of Dia nos seus impedimentos eventuais.
4. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer no 2º piso da Ala Trompowisk (corredor
da biblioteca), a fim de fiscalizar a conduta das turmas até o primeiro tempo de aula, exigindo que
os alunos permaneçam nas suas respectivas salas, imediatamente após o toque.
5. Supervisionar e coordenar o serviço do Sgt Dia da 1ª Cia e dos demais Al de Sv dessa SU.
6. Sair 5 (cinco) minutos antes do último tempo de aula e entrar 5(cinco) minutos após o início da
primeira aula, a fim de fiscalizar a conduta e os deslocamentos das turmas, acionando os Ch Tu.
7. Receber a apresentação da 1ª Cia Al por ocasião das refeições, nos dias em que o
arranchamento for facultativo, e apresentá-la ao Aux Of com as faltas tiradas.
8. Auxiliar o Of Dia durante as refeições no controle dos Alunos, inclusive na ceia, postando-se
no interior do refeitório.
9. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 1ª Cia Al. Caso o Of Dia seja do
segmento feminino, o Adj deverá ordenar, 5 (cinco) minutos antes da revista à Cia, que todos os
Al estejam devidamente trajados (calção/ camiseta).
10. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar
permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual). Ex: “Permissão para avançar
Coronel!” Após aceito, executa-se o meia-volta, e avança ao rancho.
11. Receber do Sgt Dia 1ª Cia Al a relação dos Alunos punidos e entregá-la ao Of Dia ao término
do expediente (logo após a Parada nos dias sem expediente).
12. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas.
13. Percorrer as dependências da 1ª Cia Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas e
exigindo que os alunos permaneçam em sala, após os respectivos toques.
14. Manter o controle dos alunos punidos.
15. No horário do TFM, posicionar-se na área das piscinas, a fim de controlar o procedimento dos
alunos.
16. Controlar o silêncio após às 22:00h.
17. Participar da ronda interna durante a noite. O Adj 1 deverá realizar a ronda que terá duração de
uma hora juntamente com o Sgt de Dia à 1ª Cia. Após a ronda, o Adj 1 permanecerá por mais
01(uma) hora no corpo da Guarda, auxiliando o permanência.
18. Apresentar-se ao Of Dia na pré-alvorada.
19. Durante o pernoite, receber a apresentação do Sgt Dia 1ª Cia, verificando o efetivo e as
alterações.
20. Responder pelo Auxiliar do Oficial de Dia nos impedimentos eventuais.
21. Entregar o Braçal ao Aux Of ao término do serviço.

MISSÕES DO ADJUNTO 2
1. Receber do Aux Of Dia o Braçal.
2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada e ao término do expediente.
3. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer no 1º piso da Ala Trompowisk (corredor
do Ponto de Encontro), a fim de fiscalizar a conduta das turmas até o primeiro tempo de aula,
exigindo que os alunos permaneçam nas suas respectivas salas, imediatamente após o toque.
Esse procedimento ocorrerá sempre 5 min antes do último tempo e 5 min após o 1º tempo.
4. Supervisionar e coordenar o serviço do Sgt Dia à 2ª Cia e dos demais Al de Sv dessa SU.
5. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas.
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6. Orientar e fiscalizar, junto às Cia, o controle do consumo da água e energia elétrica, verificando
se está havendo desperdício.
7. Sair 5(cinco) minutos antes do último tempo de aula e entrar 5(cinco) minutos após o início da
primeira aula, a fim de fiscalizar a conduta e os deslocamentos das turmas, acionando os Ch Tu.
8. Auxiliar o Of Dia durante as refeições, no controle dos Al, inclusive na ceia, postando-se no
interior do refeitório (durante a formatura de avançar, posicionar-se na Pérg Tiradentes).
9. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 2ª Cia Al. Caso o Of Dia seja do Seg
Fem, o Adj deverá ordenar, 5 (cinco) minutos antes da revista à Cia, que todos os Al estejam
devidamente trajados (calção / camiseta).
10. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar
permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar
Coronel! Após aceito, executa-se a meia volta-volver, avançando ao rancho.
11. Controlar o silêncio após às 22:00h.
12. Receber do Sgt Dia 2ª Cia Al a relação dos Alunos punidos e entregá-la ao Of Dia ao término
do expediente (logo após a Parada nos dias sem expediente).
13. Controlar e participar ao Of Dia todas as ocorrências referentes aos punidos das Cia.
14. Percorrer as dependências da 2ª Cia Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas,
exigindo que os alunos permaneçam em sala, após os respectivos toques.
15. Fiscalizar a freqüência e conduta dos alunos à cantina, a fim de controlar o procedimento dos
alunos (o Al está autorizado a ir à cantina apenas no intervalo grande das Aulas matinais e fora do
expediente).
16. Manter o controle dos alunos punidos.
17. No horário do TFM, posicionar-se na área de cantina e barbearia, a fim de controlar o
procedimento dos alunos.
18. Receber a apresentação da 2ª Cia Al por ocasião das refeições, nos dias em que o
arranchamento for facultativo, e apresentá-la ao Aux Of com as faltas tiradas.
19. Acender, ao escurecer. as luzes do 1º piso da Pérgula Tiradentes, da Ala Mal Bittencourt, da
Ala Independência (corredor da Poupex) e da Praça Cidade de Campinas.
20. Participar da ronda interna durante a noite. O Adj 2 deverá realizar a ronda que terá duração de
uma hora juntamente com o Sgt de Dia à 2ª Cia. Após a ronda, o Adj 2 permanecerá por mais 1
(uma) hora no corpo da Guarda, auxiliando o permanência.
21. Apresentar-se ao Of Dia na pré-alvorada.
22. Durante o pernoite, receber a apresentação do Sgt Dia 2ª Cia, verificando o efetivo e as
alterações.
23. Responder pelo Adj 1 e Aux Of Dia nos impedimentos eventuais.
24. Entregar o Braçal ao Aux Of ao término do serviço.

MISSÕES DO ADJUNTO 3

1. Receber do Aux Of Dia o Braçal.


2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada e ao término do expediente.
3. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer no 2º piso da Ala Rondon (corredor Clube
de Idiomas), a fim de fiscalizar a conduta das turmas, até o primeiro tempo de aula, exigindo que
os alunos permaneçam nas suas respectivas salas, imediatamente após o toque.
4. Acompanhar o Of Dia em todas as revistas e visitas às dependências da 3ª Cia Al, salvo quando
dispensado pelo mesmo.
5. Sair 5(cinco) minutos antes do último tempo de aula e entrar 5 (cinco) minutos após o início da
primeira aula, a fim de fiscalizar a conduta e os deslocamentos das turmas, acionando os Ch Tu.
6. Auxiliar o Oficial Dia no controle, durante as refeições dos alunos, inclusive na ceia, postando-
se no interior do refeitório ( durante a formatura de avançar ao rancho, posicionar-se no Pátio
Miguel Roque, fiscalizando a conduta das Cia ).
7. Substituir o Adj 2 e o Adj RP em seus impedimentos.
8. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 2ª Cia Al. Caso o Of Dia seja do Seg

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Fem, o Adj deverá ordenar, 5 (cinco) minutos antes da revista à Cia, que todos os Al estejam
devidamente trajados (calção / camiseta).
9. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se à frente do mais antigo e solicitar
permissão para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar
Coronel! Após aceito, executa-se a meia volta volver, avançando ao rancho.
10. Coordenar as revistas determinadas pelo Of Dia para a 3ª Cia de Al, apresentando, ao Aux Of
Dia o grupamento de alunos.
11. Receber do Sgt Dia 3ª Cia Al a relação dos Alunos punidos e entregá-la ao Of Dia, ao término
do expediente (logo após a Parada nos dias sem expediente).
12. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas.
13. Percorrer as dependências da 3ª Cia Al e salas de aula, anotando os faltosos às formaturas,
bem como exigir que os alunos permaneçam nas salas de aula, após os respectivos toques.
14. No horário do TFM, posicionar-se na Ala “Mal Bittencourt”, a fim de controlar o
procedimento dos Al, verificando se estão com o uniforme condizente. É vedado ao Al passar
pela Ala “Mal Bittencourt” sem camiseta e entrar na Alfaiataria/fotógrafo com o uniforme 5ºA.
15. Fiscalizar a presença e conduta dos Alunos junto aos veículos das lavadeiras, estacionados
nas entre-alas das SU.
16. Conduzir os alunos presos para as atividades a que devam comparecer.
17. Supervisionar e coordenar o serviço do Sgt Dia 3ª Cia e dos demais Al de serviço dessa SU.
18. Durante o pernoite, receber a apresentação do Sgt Dia 3ª Cia, verificando o efetivo e as
alterações.

MISSÕES DO ADJUNTO RELAÇÕES PÚBLICAS


1. Receber do Aux Of Dia o Braçal.
2. Apresentar-se ao Of Dia para recebimento de ordens, após a Parada Diária e ao término do
expediente.
3. Apresentar-se ao Of Comunicação Social, na Seção de Comunicação Social, na primeira
oportunidade.
4. Quando não houver atividade na Cia, deve auxiliar o Of Com Social e o Of Dia, no que se
referir às atividades de relações públicas, devendo, ainda, encarregar-se da coordenação das
visitas aos alunos e à Escola, que devem ser feitas na sala da Seção de Comunicação Social.
5. Ficar dispensado da formatura matinal e permanecer na Seção de Comunicação Social sempre
que não estiver em aula ou estudo.
6. Participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências tomadas.
7. Realizar suas refeições no refeitório de Oficiais (dirigir-se ao mais antigo e solicitar permissão
para avançar ao rancho, sem a apresentação individual. Ex: Permissão para avançar Coronel!
Após aceito, executa-se a meia volta volver, avançando ao rancho.
8. Posicionar-se junto ao Corpo da Gda, durante o horário do TFM, a fim de controlar o
procedimento dos alunos e auxiliar nas visitas.
9. Fiscalizar e fazer cumprir as normas de segurança nos ônibus especiais, por ocasião da saída
dos mesmos, nos dias de licenciamento.
10. Auxiliar o Aux Of nas missões de fiscalização da saída dos Alunos.
11. Fiscalizar a presença e conduta dos Alunos nos Bancos e telefones públicos (vedada a
entrada de Al com uniforme 5º A nos bancos).
12. Participar da ronda interna durante a noite. O Adj RP fará sua ronda que terá duração de uma
hora juntamente com o Aux Of Dia. Após a ronda, o Adj RP permanecerá por mais uma hora no
corpo da Guarda, auxiliando o permanência.
13. Verificar as condições gerais dos Alunos baixados (se a alimentação é a mesma dos Alunos
do refeitório, se recebeu material de roupa de cama completa, estado da higiene pessoal etc).
14. Nos dias com expediente, apanhar as chaves com o Sgt Adj do Of Dia, abrir as porta de
acesso à PCC (dias com formatura) e portas de acesso ao 1º e 2º pisos da Torre, às 06:00h,
devolver as chaves e dar o pronto da missão ao Sgt Adj Of Dia, devolvendo as chaves em mãos.
Fechar a porta de acesso à PCC quinze minutos após o término da formatura e a porta de acesso
51
ao 1º e 2º pisos da Torre, às 1800h.
15. Nos dias sem expediente, se necessário, escalar um Al de serviço às Cias (plantões) para
auxiliar na visitação à escola.
16. Verificar se todos os Al que irão sair a cidade de Campinas estão utilizando o acesso do Corpo
da Guarda e se estão com a devida identificação civil e militar.
17. Apresentar-se ao Of Dia na pré-alvorada.
18. Entregar o Braçal ao Aux Of Dia ao término do serviço.

MISSÕES DO AUXILIAR DO COMANDANTE DA GUARDA À ESPCEX


1. Ao tomar conhecimento da Escala de Serviço, montar o roteiro da Guarda, designando os
postos com antecedência.
2. Passar na Sargenteação e verificar o arranchamento de todos os Alunos da Guarda.
3. Logo após a Alvorada do dia de serviço, conferir se todos os Alunos escalados já estão
acordados.
4. Conferir se todos estão portando a documentação e verificar a apresentação dos uniformes
exigidos para o serviço.
5. Apanhar o armamento e deixar as bolsas arrumadas no local determinado.
6. Conduzir toda a Guarda ao refeitório em forma, nos horários previstos.
7. Após o café da manhã, reunir os Alunos novamente com suas respectivas bolsas e conduzir
em forma até a Pérgula do Banco do Brasil, onde deverão deixar as bolsas de forma organizada.
8. Conduzir a Guarda em forma até o local da Parada Diária e apresentá-la ao Sgt Adj do Of Dia.
9. Após o desfile da Parada, reunir-se com o Of Dia para a apresentação e recebimento das
ordens.
10. Concomitantemente à reunião com Of Dia, o Cabo da Guarrda conduz a Guarnição para a
Pérgula do Banco do Brasil, para apanhar as bolsas, colocá-las dentro do corpo da Guarda (as
bolsas do pessoal que sai de Sv já devem ter sido tiradas) e entrar novamente em forma em frente a
sala do Corpo da Guarda.
11. Ao término da reunião com o Of Dia, o Cmt Guarda assume o comando da Guarda (que entra)
e realiza a substituição das Guardas.
12. Apanhar, com o armeiro da Cia, os carregadores e designar dois Alunos para municiá-los.
13. Conferir o material carga do Corpo da Gda, enquanto um dos Cb Gd confere a limpeza das
instalações; entregar os cunhetes de munição ao outro Cb Gd para que seja distribuída a munição
entre os Alunos de serviço (20 cartuchos para os postos que permanecem armados).
14. Dar as recomendações para o pessoal de serviço e as recomendações particulares de cada
posto, plano de defesa, inclusive quanto à continência da sentinela, antes dos mesmos serem
levados para a substituição das sentinelas.
15. Recomendar aos Cb Guarda os procedimentos quando da rendição dos quartos de hora.
Devem seguir a comando do Cb Guarda por patrulhas (ocupando o terreno).
16. Recomendar aos Cb Guarda sobre o silêncio durante o deslocamento para os postos.
17. Ministrar instruções para toda a Guarda e Motorista de Dia sobre procedimentos durante o
serviço normal e para o caso do acionamento do plano de defesa.
18. Quando da entrada de transporte de valores (carro forte), posicionar os guardas conforme o
previsto.
19. Estar sempre atento à conduta das sentinelas, estado das guaritas, preenchimento correto da
documentação dos postos e também a conferência dos cartões de acesso de visitantes.
20. Deve haver permanentemente um Aluno de telefonista no Corpo Guarda. O mesmo deve
operar o telefone e o rádio entre os postos, deve preencher a folha do telefonista, não receber
ligações telefônicas a cobrar e respeitar as normas de exploração de rádio e telefone.
21. Atentar para que não permaneçam Alunos desatentos (cochilando) nos bancos existentes no
“hall” de entrada da Escola e recomendar a continência correta a todos os superiores que
passarem pelo local.
22. Manter o alojamento da Guarda organizado (limpo e com as camas arrumadas), manter o

52
primeiro beliche para o Motorista de Dia e Cb Guarda, designando as demais beliches às
sentinelas dos postos.
23. Recomendar e anotar veículos no interior da Escola sem o Cartão de Identificação ou sem o
Cartão de entrada de visitantes (todos os veículos civis no interior da Escola devem ter o
respectivo cartão).
24. Colocar a Guarda em forma para o pernoite, passar as recomendações e apresentar ao Sgt Adj
do Of Dia.
25. O outro Cb Guarda deve, após as 22:00 h, deslocar as sentinelas dos postos desarmados para
pernoitar na SU, conforme determinado.
26. Acender e apagar as luzes (quadro de luz dentro do Corpo Guarda) da Alameda Duque de
Caxias, conforme necessário.
27. Responder pela limpeza e manutenção das instalações do Corpo de Guarda. Os Cb Guarda
devem distribuir as respectivas missões com antecedência, para que possam cobrar do
responsável pela limpeza mal realizada.
28. A área de manutenção da Guarda compreende o Portão das Armas e adjacências, Alameda
Duque de Caxias, Hall de entrada da Guarda, Pérgulas dos Bancos e Corpo da Guarda.
29. Cobrar dos Cb Gd para que terminem a manutenção das instalações antes da chegada da
próxima Guarda.
30. Terminar a confecção do Livro de Partes e entregar juntamente com toda a documentação,
preenchida de maneira legível, ao Sgt Adj do Of Dia, antes das 07:00 horas (folhas de ronda e
permanência, folha de entrada após às 22:00 horas, folhas de controle de entrada do PA, PL e VS,
folha do telefonista, folha de controle de saída de viaturas e as fichas de viaturas devidamente
fechadas).
WC 13 WC

PÉRGULA TIRADENTES
PONTO DE ENCONTRO

ESCADA
ESCADA

3ª CIA AL
ALFAIATARIA
ESCADA

CENTRO DE TRADIÇÕES
ALA MAL TROMPOWISK

ALA MAL BITENCOURT


AMB

2ª CIA AL
PISO INFERIOR
FISIOTERAPIA

12 SEÇÃO DE SAÚDE
8
Roteiro de Ronda
CASTEL BRANCO

PÁTIO AGULHAS
7 9 STFM
AUDITÓRIO

NEGRAS
WC

ESCADA

1. Início: Corpo da Guarda


2. Corredor do Pavilhão do Comando
ESCADA
GAB ODONTOLÓGICO
ESCADA 10 1ª CIA AL 3.Torre (verificar luzes e portas fechadas)
11 ALA INDEPENDÊNCIA
4. Ala Mal Trompovski 2º Piso (verificar
RELAÇÕES 1 BANCOS WC
PÚBLICAS
CORPO DA
BRASIL E REAL luzes, salas de aula, banheiros e alunos)
GUARDA /
ENTRADA
5. Ala Mal Rondon (verificar luzes, salas de
aula, banheiros e alunos)
SALA 15

6. Ala Mal Bittencourt 2º Piso (verificar luzes,


WC
5 WC
salas de informática, portas, banheiros e
ALA MAL RONDON
ALOJ 3ª CIA AL
alunos)
7. Ala Mal Bittencourt 1º Piso (verificar luzes
BIBLIOTECA e portas)
ALA MAL BITENCOURT

8. Companhias de Alunos (verificar luzes,


WC

ALOJ 2ª CIA AL
ALA MAL TROMPOWISK

barulho, pessoal de Sv e alunos)


4 PISO SUPERIOR 6 9. STFM (verificar luzes, portas e banheiros)
10. Reservas de Armamento (verificar alarme
CASTELO BRANCO

SALÃO OSÓRIO
WC

EMCA

e lacres)
AUDITÓRIO

Cmt CA
11. Pavilhão de Comando 1º Piso (verificar
ALOJ 1ª CIA AL luzes e portas)
ALA INDEPENDÊNCIA
2 COMANDO WC 12. Ala Mal Trompovski 1º Piso (verificar
WC
3 luzes, portas e banheiros)
SALÃO CARLOS GOMES
13. Pérgula Tiradentes (verificar luzes)

53
POLÍCIA DO EXÉRCITO - PE
1) Citar a importância da PE, suas atribuições, forma de atuação e acatamento à sua ação.

No Exército Brasileiro, a Polícia do Exército é uma especialidade da Infantaria. Como unidades


operacionais de PE, existem vários Batalhões e Companhias independentes.

Os membros da PE Brasileira identificam-se pelo uso de Capacete e Braçal pretos, com as


letras "PE" em branco ou capacete e braçal brancos com letras vermelhas.

HISTÓRIA

A Polícia do Exército teve início a 06 de dezembro de 1943, com a criação do Pelotão


de Polícia Militar da 1ª Divisão de Infantaria, que seguiu para a Europa integrando o 1° Escalão
Expedicionário Brasileiro, escrevendo, na guerra, páginas heróicas. Como atuação do pelotão em
campanha, pode-se citar o restabelecimento das comunicações da ponte da Silla, a despeito do
intenso e continuado bombardeio sobre aquele local, bem como a 18 de dezembro de 1944, o
comportamento heróico e exemplar, durante o bombardeio aéreo sobre a localidade de “Porreta
Therme”.
A 10 de maio de 1945, em face dos pesados encargos atribuídos ao pelotão, foi o
mesmo transformado em companhia de polícia. Ampliou-se a atuação da unidade, culminando
com o brilhantismo e eficiência com que todo o efetivo se empenhou, tanto na captura dos
prisioneiros, quanto na evacuação da 148ª Divisão Alemã, nas regiões de Fornovo de Tara,
Collechio e Parma. A 06 de agosto, a Cia de Polícia Militar passou a denominar-se de Polícia do
Exército, a qual atingiu alto grau de prestígio e eficiência, projetando-se no seio do Exército, da
população e das autoridades civis. Em conseqüência do aumento considerável de encargos,
tornou-se necessária uma nova alteração de efetivo, sendo então criado, a 04 de abril de 1951, o 1°
Batalhão de Polícia do Exército, que a partir de 19 de fevereiro de 64, passou a denominar-se
“Batalhão Marechal Zenóbio da Costa”, numa homenagem àquele grande chefe militar.
Em face dos relevantes serviços prestados por esta unidade e como decorrência da
necessidade dos chefes militares de unidades de elite para o policiamento militar, foram se
organizando outras unidades de Polícia do Exército (Batalhões, Companhias e Pelotões), que
através de todo o território nacional, asseguram a manutenção da ordem e o cumprimento das leis
e regulamentos militares.

A PE

A Polícia do Exército é um serviço administrativo do Exército Brasileiro, porém seus integrantes


devem estar preparados para combater como infantes, quando a situação o exigir.

FINALIDADE

A PE tem a função precípua de apoiar operações de combate, assegurando a manutenção da


disciplina e o cumprimento das leis, ordens e regulamentos disciplinares até mesmo fora do
âmbito do Exército, quando se tornar necessário.

MISSÕES
- Assegurar o respeito à lei, às ordens e aos regulamentos militares.
- Prevenir o crime e efetuar investigações normais no âmbito do Exército.
- Efetuar o Policiamento de Trânsito e de Pessoal nas Guarnições militares.

54
- Controlar o trânsito nas áreas militares.
- Realizar a segurança de instalações.
- Escoltar altas autoridades e comboios militares.
- Fazer a segurança e proteção pessoal de autoridades civis e militares.
- Efetuar a guarda de presos à disposição da justiça militar e prisioneiros de guerra.
- Participar de Operações de Garantia da Lei e da Ordem no âmbito dos Comandos de Área.
- Realizar investigações criminais.
- Realizar perícias criminais diversas.

FORMA DE ATUAÇÃO

A autoridade da Polícia do Exército para fazer cumprir as leis, ordens e regulamentos militares
emana basicamente da delegação de poderes do comandante militar, em cuja área de jurisdição
ela opera.

AUTORIDADE DA PE SOBRE PESSOA E ÁREA

-Cumprimento das leis, regulamentos e ordens em vigor em áreas sob jurisdição


militar permanente ou temporária.
-Autoridade para prender.
-Detenção feita apenas por outro militar de posto ou graduação igual ou maior. Caso o
transgressor seja superior, solicita-se a identificação pelo militar da PE.
-Não é permitido recusar identificar-se, sob risco de o militar da PE ignorar a
antigüidade do infrator.
-Se o transgressor for um oficial e as condições exigirem a sua detenção, deverá ser
requisitada a presença de outro oficial mais antigo.
- Se for praça de graduação superior ao militar da PE, este solicita o acompanhamento
ao oficial de serviço.

PATRULHAMENTO

- A PE realiza a patrulha com a


finalidade de assegurar o respeito a leis, ordens e
regulamentos militares.
- As patrulhas podem ser a pé ou
motorizadas.

PROCEDIMENTO DO ALUNO AO
SER ABORDADO POR UM PE

Aluno fardado
- Ao ser abordado por um PE de menor
graduação, caso o mesmo não o convide a Uniformes Especiais da PE
comparecer à presença do oficial de serviço e
desde que as circunstâncias o exigirem, o aluno
deverá solicitar que seja conduzido à presença
daquele.

Aluno com traje civil


- Identificar-se no momento oportuno e seguir o
procedimento do item anterior.
Braçal da PE
55
FUNDAMENTOS DO TIRO DE FUZIL
1) Descrever os Fundamentos do Tiro.

O ato integrado de atirar é uma aplicação correta e oportuna dos fundamentos do tiro, que
são:
1. Posição Estável 2. Pontaria 3. Controle da respiração 4. Acionamento do gatilho

1 - POSIÇÃO ESTÁVEL
Quanto mais estável a posição de tiro, menor a área tremida. Em consequência, se um atirador
tem oportunidade para escolher posições, deve selecionar a mais estável e que ofereça
observação sobre o alvo e proteção. Considerando as muitas variações do terreno, vegetação e
situação tática, há inúmeras posições que podem ser usadas. Entretanto, na maioria das vezes,
serão variações das posições de tiro existentes. A posição estável compreende: empunhadura
+ posição de tiro.
a. EMPUNHADURA
Empunhar uma arma é segurá-la firmemente de modo a minimizar os efeitos que possam ser
causados por um movimento indesejado, realizando, ao mesmo tempo, a pontaria correta e o
disparo.
Tipos de apoio - Apoio externo - obstáculos do terreno. Apoio interno - apoio ósseo.
Colocação da mão e braço que não atira - A arma deve ser apoiada pelo "V" da mão que não
atira, repousando sobre a palma da mão. Não pode haver contração muscular. O apoio será
fornecido à altura do guarda-mão ou do carregador, dependendo da posição. O pulso será
mantido tão reto quanto possível. O apoio deve ser ósseo (interno) e não muscular, e para tanto, é
imprescindível que o cotovelo fique embaixo da arma. Quanto mais afastado o cotovelo da
posição preconizada, maior será o esforço.
Chapa da soleira no cavado do ombro - A chapa da soleira precisa ser colocada no cavado do
ombro. A posição certa diminui o efeito do recuo e auxilia a firmar o fuzil.
Empunhadura pela mão que atira - A mão que atira segura a arma pelo punho, firme, mas sem
rigidez, exercendo pressão para a retaguarda, a fim de manter a chapa da soleira no cavado do
ombro. O dedo indicador é colocado sobre o gatilho, sem que haja contato com o lado da tecla, o
guarda-mato ou o lado do punho. Tal posição permite uma pressão da tecla diretamente para
retaguarda, sem prejudicar a pontaria pela existência de trações laterais sobre a arma. Permite,
ainda, uma independência do movimento do dedo indicador, que desse modo não atuará sobre
outra parte da arma que não a tecla do gatilho. É também a posição em que melhor atuação têm os
músculos do dedo, evitando demasiado esforço no ato de comprimir o gatilho. O dedo deve tocar
a parte ântero-posterior da tecla, com o espaço compreendido entre a ponta e a primeira
articulação, sendo o meio termo a parte mais conveniente.
Posição do cotovelo da mão que atira - A atuação do cotovelo da mão que atira fornece
equilíbrio à posição de tiro. Quando corretamente colocado, ajuda a acentuar o cavado do ombro,
onde adaptar-se-á a chapa da soleira. Sua colocação exata varia nas posições de tiro e, por isso,
será explicada em detalhes quando da explanação sobre elas.
Descontração - O atirador precisa ter condições que lhe permitam executar a descontração dos
músculos não empenhados na tomada da posição de tiro. Contração indevida produz fadiga
muscular e o consequente tremor que fará movimentar a arma no momento do tiro. Chegando à
conclusão que determinados detalhes de uma posição causam tensão muscular excessiva, o
atirador deve modificá-los ligeiramente até estar apto a realizar uma descontração de todos os
músculos não empenhados. Essa adaptação não pode, entretanto, violar quaisquer dos outros
fatores que contribuem para a firmeza da empunhadura. Um indicativo seguro de que não há
contração indevida é a possibilidade de relaxar os músculos sem perder a "fotografia".
56
Stock Weld
Significa o estabelecimento de firme contato entre o maxilar do atirador e a coronha. É obtido
quando o atirador, tendo deixado a carne da bochecha entre o molar e a coronha (à guisa de
almofada), comprime o maxilar contra a arma. Obtido o "stock weld", a arma e a cabeça do
atirador recuarão como bloco único, permitindo a manutenção da pontaria. Esse firme contato
permitirá, ainda, a manutenção da distância constante entre o olho e a alça de mira.
2 - POSIÇÕES DE TIRO
a) POSIÇÃO DEITADO
É relativamente firme e fácil de tomar. Apresenta uma silhueta baixa e adapta-se, facilmente, à
utilização de abrigo e apoio. Seu emprego é limitado em combate, em virtude das servidões
impostas pela vegetação e pelo terreno.
Deitado (D) - O atirador fica de frente para o alvo, afasta confortavelmente as pernas e cai sobre
os dois joelhos. Empunhando o fuzil pelo guarda-mão, apoia-o no solo pela chapa da soleira e
sobre uma linha imaginária que vai do joelho da mão que atira ao alvo. Deita e coloca o cotovelo
da mão que não atira o mais embaixo da arma que lhe seja possível (uma boa referência é o
antebraço tocar o carregador). Com a mão que atira segura o punho, ajeita a chapa da soleira no
cavado do ombro e exerce uma firme pressão para a retaguarda. O cotovelo da mão que atira fica
afastado do corpo, permitindo que os ombros se coloquem, aproximadamente, no mesmo nível.
Para completar a posição, acomoda convenientemente a cabeça e descontrai os músculos não
empenhados. A coluna vertebral deve estar reta, as pernas confortavelmente separadas e o eixo,
que contém a arma, formando um ângulo de aproximadamente 30º com a linha do corpo. Tal
posição tem a finalidade de colocar peso suficiente do atirador atrás do fuzil, para absorver o
recuo, sem alterar a pontaria.

Deitado Apoiado (DA) - Inicialmente é


tomada asuporte, colocando-o sob a mão e
antebraço que não pois reduziria o controle da
arma pelo atirador, impe- posição deitado. Em
seguida, é feita a adaptação do atira. Nenhuma
parte do fuzil deve tocar o suporte, dindo uma deitado apoiado
rápida mudança de direção de tiro.

B) POSIÇÃO DE JOELHO
É adequada para emprego em terreno plano ou aclives suaves, ajustando-se em alcance e
permitindo a utilização de suportes como árvores, quinas de construções e viaturas.

Ajoelhado (J) - O atirador posta-se de frente para o alvo e executa direita volver. Ajoelha-se
sobre o joelho da mão que atira e gira o pé da mão que não atira para o alvo, fazendo com que a
coxa da mão que não atira forme 90º com a que atira. Senta-se sobre o calcanhar, procurando
obter a maior comodidade possível. A perna da mão que não atira deve estar na vertical,
propiciando um apoio ósseo. Apóia a parte chata do braço da mão que não atira e, com a mão que
atira, executa a empunhadura correta. Coloca a chapa da soleira no cavado do ombro. O cotovelo
da mão que atira deve estar na horizontal ou pouco acima dela, auxiliando a formação do cavado,
dando equilibrio à posição e liberando mais a musculatura do braço. A arma é apoiada na altura
do guarda-mão, sobre o "V" formado pelo polegar e demais dedos da mão que não atira.

57
Para completar a posição, desloca-se o centro da gravidade do corpo para a frente e acomoda-se
convenientemente a cabeça. A posição comporta três variações de colocação do pé da mão que
atira, de acordo com a conformação física do atirador.

Ajoelhado Apoiado (JA) - O atirador assume a posição ajoelhado, inclina o corpo para frente,
permitindo que o seu ombro, braço e perna da mão que não atira entrem em contato com o apoio.
O fuzil não pode tocar ou apoiar-se no suporte, uma vez que tal contato limita o transporte rápido
do tiro.

Ajoelhado Ajoelhado com apoio

C) POSIÇÃO EM PÉ
É usada no assalto, para abater alvos inopinados, no combate em localidade, ou quando nenhuma
das outras posições pode ser empregada.

Pé (P)
Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Esta posição facilita o engajamento de alvos em
movimento e em várias direções. Apesar de ser menos estável (por depender da sustentação
muscular), a posição permite tiros precisos com boa cadência. Os fundamentos da posição de tiro
em pé são:
1.Dar um passo à frente com a perna do lado da mão
auxiliar e flexioná-la ligeiramente.
2.A perna do lado da mão que atira permanece estendida.
3.O tronco inclina-se para frente, no prolongamento da
perna estendida.
4.A mão que atira empunha o fuzil, puxando-o,
firmemente, ao encontro do cavado do ombro.
5.A cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face
sobre a coronha e relaxando a musculatura do pescoço.
6.A chapa da soleira fica pouco acima do cavado do
ombro em relação à posição deitada e ajoelhada.

Pé Apoiado (PA) - O atirador assume a posição


em pé, chega-se ao suporte, permitindo que
ombro, braço e perna da mão que não atira
entrem em contato com o apoio. O fuzil não pode
tocar ou apoiar-se no suporte, uma vez que tal
Pé apoiado contato limita o transporte rápido do tiro.

58
PONTARIA

Ao apontar, o atirador deve posicionar sua arma de tal maneira que o


projétil, orientado pelo cano, no início de sua trajetória, atinja o alvo.
Para obter um resultado positivo, ele precisa ter alça de mira, maça de
mira e alvo numa relatividade de posição conhecida como "fotografia".
A "fotografia" estará corrreta quando, tomada a linha de mira, o topo da
maça apareça no centro da silhueta.

A obtenção da fotografia implica em dois atos distintos: tomar a linha de mira e tomar a linha de
visada.

Tomar a linha de mira


Consiste no alinhamento adequado da alça e da
maça de mira. Observar a posição do topo da
maça, exatamente no centro da alça de mira.
Imaginando-se duas linhas, uma horizontal e
outra vertical, e a maça apareçerá dividida
horizontalmente, em duas partes iguais pela
linha vertical.

Tomar a linha de visada


Consiste no prolongamento da linha de mira até
o alvo, de modo que o topo da maça de mira
pareça estar exatamente sobre o centro da
silhueta, dividida pelo diâmetro longitudinal da
alça de mira em duas partes iguais.

Importância da tomada da linha de mira


Uma razão frequente para os erros de pontaria reside
na possibilidade de o olho humano focalizar objetos
diferentes ao mesmo tempo e situados a diferentes
distâncias. Se a vista for focada sobre o alvo, a maça
apareçerá enevoada, o mesmo acontecendo com o
alvo, quando focada a maça de mira. O problema é
selecionar o ato mais importante, tomar a linha de
mira ou tomar a linha de visada e, como resultado
dessa seleção, focar, respectivamente, a maça de mira
ou o alvo. Erro em qualquer das duas operações é
prejudicial, contudo, enquanto o erro da linha de mira
aumenta proporcionalmente à distância (letra C da Fig
4), o erro da linha de visada permanece constante
(Letra B da Fig 4).
No campo de batalha, um pequeno erro, resultante de linha de visada incorreta, poderá ser tão
valioso como um tiro na mosca, ao passo que um tiro realizado com uma tomada de linha de mira
com pequeno erro, na maioria das vezes, nem ao menos incomodará o inimigo.

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Olho Diretor Ou Dominante
- Olho diretor ou dominante é o olho com o papel de fixar a visão.
- Um teste fácil para descobrir qual é o olho dominante é fechar um dos olhos (o que
fica aberto é, via de regra o dominante).
Outra, formar um "túnel" feito com o auxílio dos dois polegares e os dois indicadores com os
braços o mais esticados que for possível. Tendo fixado um objeto ao longe e sem sair da posição,
fechar um e outro olho. Ver-se-á o objeto através do "túnel" pelo dominante o que não ocorrerá
com o outro.
- Para realizar a pontaria com o olho diretor (tiro noturno e tiro sem visada pelo
aparelho de pontaria) deve-se colocar o queixo ao lado da coronha, levantar e girar um pouco a
cabeça para que se faça a visada por sobre o cano.

Olho diretor direito Olho diretor esquerdo

ACIONAMENTO DO GATILHO
ESSE FATOR É O MAIS IMPORTANTE DE TODOS OS QUE AFETAM A FIRMEZA DA
EMPENHADURA, MERECENDO O MÁXIMO DE ATENÇÃO POR PARTE DOS
ATIRADORES. SUA APLICAÇÃO INCORRETA TORNA PRATICAMENTE INEFICAZ
TODOS OS FUNDAMENTOS DO TIRO.

É a ação independente do dedo indicador sobre a tecla do gatilho, pressionando-o diretamente


para retaguarda com aumento gradativo da pressão até o desengatilhamento. Conforme o
prescrito anteriormente, o dedo toma contato com a tecla em qualquer ponto entre a ponta e a
primeira articulação sendo o meio termo a parte mais conveniente. Não deve tocar o guarda-
mato ou o lado do punho, para evitar a formação de uma lateral, por mais leve que seja, tendendo
a alterar a posição correta dos elementos de pontaria em relação ao alvo.

O acionamento do gatilho é o fundamento que apresenta maior dificuldade de assimilação pelo


atirador iniciante, sua má execução acarreta, direta ou indiretamente, a maioria dos erros no tiro.
Durante o acionamento do gatilho, é frequente o atirador agir de maneira a apresentar uma ou
mais das seguintes incorreções:

60
Esquiva - reação antecipada ao recuo da arma, procurando furtar o corpo à sua ação. É
denunciado pelo movimento brusco da cabeça e dos ombros para a retaguarda, fechar os olhos,
contrair o braço da mão que não atira, ou uma combinação de todos ou alguns desses
movimentos.

Antecipação - tentativa de amortecer os efeitos do recuo, retesando os músculos do peito e dos


ombros e movendo-os para frente.

Gatilhada - tentativa de fazer com que a arma dispare num instante determinado, aplicando uma
pressão abrupta à tecla do gatilho. Pode ocorrer no momento em que o atirador julga ter uma boa
visada, ou, estando a respiração suspensa por muito tempo, quando o atirador resolve disparar
antes de retomá-la. O atirador deve surpreender-se com o disparo, e não "surpreender a arma"
com o mesmo.

CARTÃO PARA ANÁLISE DO GRUPAMENTO DE TIRO

A
SE O GRUPAMENTO A CAUSA PROVÁVEL
TIVER ESTA FORMA: É ESTA::
A B
B
GRANDE DISPERSÃO VERTICAL ERRO NA TOMADA DA
LINHA DE MIRA
A B
A B

GRANDE DISPERSÃO HORIZONTAL

A
A B

ERRO NA TOMADA DA
B
PEQUENA DISPERSÃO VERTICAL LINHA DE VISADA

A B

PEQUENA DISPERSÃO HORIZONTAL

RESPIRAÇÃO INADEQUADA

FALTA DE CONTROLE DE GATILHO OU


GRANDE DISPERSÃO VERTICAL
COTOVELO ESQUERDO NÃO ESTAVA
SOB A ARMA

TODA INSTRUÇÃO DO ATIRADOR


BAIXO,À DIREITA DEVE SER REVISTA

GRANDE DISPERSÃO VERTICAL


E HORIZONTAL

61
PISTOLA 9mm M975 - BERETTA
1) Citar as características das Pst, bem como a identificação dos diferentes tipos de munição.
2) Praticar a desmontagem, montagem e a manutenção das Pst 9 mm em 1º escalão, seguindo as
normas previstas.
3) Identificar pelo nome as partes e peças principais do armamento.
4) Descrever o funcionamento das Pst 9mm.
5) Identificar a maneira correta para sanar incidente de tiro da Pst 9mm.
6) Praticar as oficinas da IPT.
7) Realizar os exercícios de tiro do TIB de pistola, previstos na IGTAEx (101 a 106),
demonstrando empenho e entusiasmo (DEDICAÇÃO).
8) Cumprir, rigorosamente, as normas de segurança antes, durante e depois da execução do tiro

HISTÓRICO
Pistola é uma arma de fogo portátil, leve, de cano curto, elaborada para ser manejada
com uma só mão. Uma pistola geralmente é uma arma pequena de boa empunhadura e rápido
manuseio, feita originalmente para uso pessoal (uso por uma pessoa), em ações de
pequenoalcance.
Durante a II Guerra Mundial, os Serviços Estratégicos distribuiram aos movimentos
subterrâneos da Europa e Ásia uma pistola de um tiro calibre .45 que se mostrou muito eficiente.
Dentro do conceito atual de pistola semiautomática, a primeira arma de sucesso foi a Borchart
7,63 mm de origem americana. Redesenhada por George Luger, foi adotada pelo exército
alemão, tornando-se famosa com o nome Luger.
Em 1911, Jjohn M. Browing projetou a pistola Colt .45 M911, que com pequenas
modificações, foi a arma utilizada pelo Exército Brasileiro até o ano de 1977.
Como decorrência da fixação do calibre em 9 mm para armas de porte, as antigas
pistolas Colt .45 e os revólveres foram recolhidos das nossas Unidades. Foram feitas
experiências com adaptação de canos calibre 9 mm nas pistolas Colt, ou mesmo, a fabricação de
novas pistolas como a Pistola Colt M973 de 9 mm pela Fábrica de Itajubá. A idéia não vingou,
pois o peso ainda era condicionante para a adoção de um novo tipo de arma curta.
O desejo de se dotar nossas Unidades com uma arma de porte mais leve, que
substituísse o Revólver .45 e a Pistola Colt .45, viu-se concretizado com a adoção da Pistola 9
mm M975 BERETTA, a qual passou a ser adotada pelo Exército Brasileiro.

APRESENTAÇÃO

A Pistola 9 mm M975 BERETTA é uma arma


individual, construída com a utilização de aços
e ligas especiais, possui peso limitado e foi
projetada para empregar o cartucho 9 mm x 19
mm “Parabellum” (também conhecido por 9
mm Para, 9 mm Luger, 9 mm NATO ou 9 x 19
mm), o mesmo empregado pela metralhadora
de mão M972 Beretta. Ressalta-se, ainda, que
adotando o sistema de DUPLA AÇÃO pelo
simples acionamento do dedo na tecla do
gatilho possibilita uma maior rapidez no
manuseio, com o cão não engatilhado.

Cartuchos 9 mm Parabelum
62
CARACTERÍSTICAS
DESIGNAÇÃO

Indicativo Militar: Pst 9M975


Nomenclatura: Pistola 9M975 Beretta

CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao Tipo: De porte IMPORTANTE !!


Quanto ao emprego: Individual
Quanto ao funcionamento: Semiautomático
Quanto ao princípio motor: Utilização direta dos gases
Quanto à refrigeração: A ar

ALIMENTAÇÃO

Carregador: Tipo cofre metálico bifilar


Capacidade: 15 (quinze) cartuchos
Carregamento: Retrocarga
Munição: Cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum”

RAIAMENTO

Número de raias: 6(seis)


Sentido: Da esquerda para a direita (à direita)

APARELHO DE PONTARIA

Alça de mira: Tipo entalhe, retangular


Maça de mira: Seção retangular

DADOS NUMÉRICOS

Calibre: 9 mm
Peso: sem carregador: 850g
com carregador: 950g
com carregador cheio: 1.140g
Comprimento da arma: 217 mm
Velocidade inicial: 400 m/s
Velocidade teórica de tiro: 275 tiros por minuto (tpm)
Velocidade prática de tiro: 15 a 20 tpm
Alcance de utilização: 50 m

ACESSÓRIOS

De manutenção: Verificadores de usura, verificadores de câmara,


diâmetro interno do cano, afloramento do percussor.
Escova de limpeza - 01 (uma)
De transporte:
Presilha para cordão de segurança

Carregador Reserva: 02 (dois)

63
DESMONTAGEM PST 9mm M975 - BERETTA EM 1º ESCALÃO

MEDIDAS PRELIMINARES
1ª) RETIRAR O CARREGADOR
- Comprimir o retém do carregador, localizado na parte inferior esquerda do punho da
arma.
- Realizando-se esta operação, o carregador abandonará o seu alojamento no punho,
devido à distensão da sua mola.

Retém do carregador

2ª) DESTRAVAR A ARMA


- Agir no registro de
segurança, girando-o para baixo.

Registro de segurança

3ª) EXECUTAR DOIS GOLPES DE SEGURANÇA


- Executar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho totalmente à retaguarda e
soltando-o em seguida.
- Segurar a arma pela mão direita com o cano voltado para cima.
- Não colocar o dedo no gatilho.

4ª) INSPECIONAR A CÂMARA


- Consiste em verificar se existe cartucho ou estojo na câmara.

DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO

1ª) SEPARAR O CONJUNTO CANO-FERROLHO DA ARMAÇÃO


- Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o retém da alavanca de
desmontagem. Com a mão direita empunhar a arma .
- Simultaneamente, girar a (a) alavanca de desmontagem de 90° , no sentido (b)
horário.

64
Com a mão esquerda, separa-se o
conjunto cano-ferrolho da armação.

Retirada do conjunto cano-


ferrolho da armação

2ª) RETIRAR O GUIA E MOLA


RECUPERADORA
- Segurando o ferrolho pela mão esquerda,
pressionar com o polegar da mão direita a
parte posterior do guia da mola recuperadora
e, em seguida, aliviar a pressão exercida, com
cuidado de não deixar a peça saltar.
- Retirar o conjunto de seu alojamento no
ferrolho.
- Separar a mola recuperadora do guia da
mola recuperadora.

3ª) SEPARAR O CANO DO FERROLHO


- Comprimir o mergulhador do bloco de
trancamento para frente até que as asas do bloco
de trancamento sejam retiradas dos seus
alojamentos existentes no ferrolho.
- Retirar do interior do ferrolho, o conjunto
cano-bloco de trancamento, levantando a parte
posterior do ferrolho.

4ª) RETIRAR O BLOCO DE TRANCAMENTO


- Segurar o cano com uma das mãos e com a outra levantar a parte posterior do
bloco de trancamento, retirando-o lateralmente.

65
5ª) DESMONTAGEM DO CARREGADOR
- Com auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da chapa retém do fundo do
carregador, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador. Com o polegar, amparar a
chapa-retém do fundo do carregador, a fim de evitar uma descompressão violenta da mola.
Sairão do interior do carregador:
a) Chapa-retém do fundo do carregador.
b) Mola do carregador e transportador.

ORDEM DAS PEÇAS

- Terminada a DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO da Pst 9M975, você deve ter


colocado sobre a mesa, na ordem de desmontagem, da esquerda para direita, as seguintes peças
ou partes da arma:

1. ARMAÇÃO
2. MOLA RECUPERADORA
3. GUIA DA MOLA RECUPERADORA
4. FERROLHO
5. BLOCO DE TRANCAMENTO
6. CANO
7. FUNDO DO CARREGADOR
8. CORPO DO CARREGADOR
9. CHAPA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR
IMPORTANTE !!
10. MOLA DO CARREGADOR
11. TRANSPORTADOR

66
MONTAGEM EM 1º ESCALÃO
A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem, razão pela qual é
importante ordenar as peças ou partes, procurando memorizar suas corretas posições de
montagem. Segue a seguinte ordem:

1º) MONTAGEM DO CARREGADOR;


2º) MONTAGEM DO BLOCO DE TRANCAMENTO;
3º) COLOCAÇÃO DO CANO NO FERROLHO;
4º) COLOCAÇÃO DO GUIA E MOLA RECUPERADORA;
5º) COLOCAÇÃO DO FERROLHO NA ARMAÇÃO.
MEDIDAS COMPLEMENTARES
1º) ENGATILHAR A ARMA
Empunhar a arma, cano para cima, e agir na parte serrilhada do ferrolho, trazendo-o
para retaguarda e largando em seguida.
2º) DESENGATILHAR A ARMA
Conservando a mesma posição anterior, pressionar a tecla do gatilho.
3º) TRAVAR A ARMA
Agindo no registro de segurança, travar a arma.
4º) COLOCAR O CARREGADOR
Introduzir o carregador em seu alojamento, no punho, verificando o seu
aprisionamento pelo retém do carregador.

NOMENCLATURA APLICADA AO FUNCIONAMENTO

Para efeito de estudo, dividimos a Pst 9M975 Beretta em quatro partes principais
que são:

- CARREGADOR - ARMAÇÃO
- CANO - BLOCO DE TRANCAMENTO - FERROLHO

1. CARREGADOR
É do tipo cofre metálico bifilar, característica que aumenta a sua capacidade; é feito de
uma chapa de aço soldada e tratada termicamente. Apresenta como partes principais as seguintes:

- TRANSPORTADOR ABAS DO
CARREGADOR
- MOLA DO CARREGADOR
- CHAPA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR
- FUNDO DO CARREGADOR
- CORPO DO CARREGADO
- ABAS DO CARREGADOR

2. ARMACÃO
É construída de uma só peça, de liga de metal especial leve, servindo de base ao
ferrolho, ao mecanismo de disparo e à empunhadura.
Na armação estão montadas as peças essenciais ao funcionamento da arma como o
mecanismo de disparo e algumas partes e peças, responsáveis pelo restante do funcionamento.
Peças responsáveis pelo desengatilhamento montadas na armação:
- Gatilho, eixo de gatilho, mola do gatilho, mola do tirante, guia do tirante do gatilho.

67
No tirante do gatilho temos:
- Guia do tirante do gatilho -Dente do tirante do gatilho
Para o desengatilhamento, encontramos as seguinte peças, montadas na armação:
- Armadilha - Mola da armadilha -Eixo da armadilha
Peças responsáveis pelo disparo e percussão, montadas na armação:
- Cão - Bucha do cão - Guia da mola do cão
- Pino de apoio da mola do cão
No cão encontramos:
- Dente de segurança - Dente de disparo - Dente da ação dupla
Peças acionadas durante a desmontagem, na armação:
- Alavanca de desmontagem - Retém da alavanca de desmontagem
- Mola do retém da alavanca de desmontagem - Retém do carregador
- Mola do retém do carregador - Registro de segurança.
Parte responsável pela empunhadura:
- Placas e parafusos do punho

3. CANO-BLOCO DE TRANCAMENTO
Do cano salientamos as seguintes partes principais:

- BOCA - CÂMARA - ALMA - RAMPA DE ACESSO - RAIAS

O cano apresenta dois ressaltos: anterior e posterior.


No anterior, encontramos o alojamento cilíndrico para o bloco de trancamento
enquanto que, no posterior, existe o alojamento do mergulhador do bloco de trancamento; o
mergulhador do bloco de trancamento é retido pelo pino do mergulhador.
O bloco apresenta, como parte principal, as ASAS do bloco de trancamento, partes
responsáveis pelo trancamento da arma.

4. FERROLHO
É obtido através da usinagem de uma única peça forjada em aço-cromo-níquel
submetido a determinados tratamentos térmicos.
Apresenta internamente, em sua parte inferior, as GUIAS DE DESLOCAMENTO e os
ALOJAMENTOS DAS ASAS DO BLOCO DE TRANCAMENTO.
Estão colocados internamente:
- percussor e mola do percussor;
- extrator com pino do extrator e mola do extrator.
Na sua parte ântero-inferior, encontramos o alojamento do guia da mola e da mola recuperadora.
O aparelho de pontaria consta de bloco com entalhe de mira e maça de mira. Apresenta ainda,
quando o ferrolho está recuperando, a janela de ejeção. Na parte póstero-inferior direita temos a
ranhura do guia do tirante.

alojamento do culote alojamentos das asas


guia do tirante do cartucho do bloco de trancamento
68
FUNCIONAMENTO PST 9mm M975 - BERETTA

FASES DO FUNCIONAMENTO

Para fins de estudo de seu funcionamento, é considerado em uma posição definida pela seguinte
situação;

- Posição Inicial
- Um Cartucho na Câmara
- Arma trancada
- Dá-se a Percussão

1ª FASE – RECUO DO SISTEMA

1 - Destrancamento
É a saída das Asas do Bloco de Trancamento de seus alojamentos no Ferrolho. A
pressão dos gases exercida sobre o alojamento do culote do Cartucho no Ferrolho fazem com que
este, juntamente com o Cano, retrocedam. Esse fato ocorre porque o Cano está preso ao Ferrolho,
através do Bloco de Trancamento.

2 - Abertura
Início da Compressão da Mola
Recuperadora.
A mola recuperadora, apoiada na
parte posterior da guia da mola recuperadora,
que firmada no bloco de trancamento, e pela
parte anterior no seu alojamento no ferrolho, é
obrigada a comprimir-se. 2

3 - Extração 2ª fase
Extração 2ª fase é a retirada do estojo
da câmara.
A garra do extrator, recuando
solidária com o ferrolho, retira o estojo da
3 câmara. Observe como a garra do extrator
empolga o estojo pelo seu culote.

4 - Ejeção 4
Ejeção é quando o estojo é lançado
fora pela janela de ejeção.
O estojo, retirado da câmara pelo
extrator, que o empolga pela direita, recebe uma
pancada do dente do ejetor, por baixo e pela
esquerda, sendo lançado pela janela de ejeção.

69
5 - Transporte
É o movimento de ascensão do
cartucho. Observe a linha a direita da figura, ela 5
simboliza a parte inferior do ferrolho.
Ao recuar o ferrolho deixa de exercer
pressão sobre o primeiro cartucho do
carregador, este se eleva por força da distensão
da mola do carregador.

6
6 - Apresentação
O cartucho sobe e fica no caminho
do ferrolho.

7 - Engatilhamento 1ª fase
É o contato da armadilha com o dente de
disparo do cão.
Ao recuar, o ferrolho abriga o cão a girar
para trás, permitindo que o dente do disparo se
agarre à armadilha, comprimindo sua mola.
Simultaneamente o ferrolho baixa o
tirante, através de sua guia, evitando que o dente do
tirante aja sobre o dente da armadilha, não
ocorrendo o disparo continuo (tiro de rajada), ao
pressionarmos a tecla do gatilho.
7

8 - Compressão da mola recuperadora


No fim do recuo do ferrolho, com a
compressão da mola recuperadora, haverá a
energia potencial que possibilitará a fase
seguinte do funcionamento, que é o avanço do
sistema.
8

9 - Limite do recuo
O choque da parte posterior do
alojamento da guia da mola recuperadora (no
ferrolho) com o ressalto anterior (na armação)
delimita o limite do recuo. 9

70
2ª FASE – AVANÇO DO SISTEMA
1 - Introdução
O avanço do sistema é determinado
pela distensão da mola recuperadora.
Introdução é a entrada parcial do
Cartucho na Câmara.
O ferrolho empurra o cartucho
apresentado em direção à câmara, retirando-o
das abas do carregador e fazendo-o subir a rampa
1
de acesso.

2 - Carregamento
Quando o cartucho é introduzido
totalmente na Câmara.
Levado pelo ferrolho, o cartucho é
completamente introduzido na Câmara.
2

3 - Fechamento
Quando o ferrolho entra em contato
com a câmara, em seu movimento à frente.
Ferrolho encontra a parte posterior da
câmara.
3

4 - Trancamento
Bloco de trancamento, neste avanço
de 7mm, galga a Rampa de trancamento (na
armação), fazendo com que as asas do bloco de
trancamento subam.

5 - Extração 1°Fase 5
Quando a garra do extrator empolga
o culote do cartucho.
A garra do extrator, que é solidária ao
ferrolho, é forçada ligeiramente para o lado
pelo culote do cartucho, passando a empolgá-
lo.
6 - Engatilhamento 2°Fase
É a coincidência do guia do tirante
com sua ranhura do ferrolho. Com o avanço do
ferrolho, juntamente com o movimento do guia
do tirante na ranhura no ferrolho, possibilita a
elevação do tirante, impulsionado por sua mola.
Esta ação faz com que o tirante fique em
6 condições de agir sobre armadilha.

71
AÇÃO DO ATIRADOR

Após o atirador ter acionado a Tecla do Gatilho,


ocorrem mais 3 (três) operações de
funcionamento:

1 - DESENGATILHAMENTO
O semiautomatismo da arma é decorrente do trabalho do tirante. A arma somente é
desengatilhada quando o tirante desempenha o seu papel de transmissor de movimento do gatilho
à armadilha.
Armadilha
Cão

Tirante

2 - DISPARO
O cão liberado pela armadilha e impul-
sionado por sua mola, lança-se em direção à cauda
do percussor.

3 - PERCUSSÃO
A pancada do cão sobre o percussor faz
com que sua ponta fira a cápsula do cartucho,
ocasionando a percussão.
Percussor
4 - MECANISMO DE AÇÃO DUPLA
Este mecanismo deverá ser utilizado em caso de nega (falha) ou quando a arma estiver
com um cartucho na câmara e o cão em sua posição de repouso.
Neste caso, ao ser comprimida a tecla do catilho, o ressalto (dente de ação dupla) entra
em contato com seu apoio existente no cão, obrigando-o a girar para trás.
Durante este giro, através de seus dentes, o cão afasta de si a armadilha, e comprime sua
mola através da guia da mola do cão. No limite máximo do seu giro, o cão estará livre da
armadilha e avançará violentamente por descompressão de sua mola, indo chocar-se na cauda do
percussor. Após a execução do primeiro disparo, a sequência do funcionamento será idêntica à
executada na ação simples ( Avanço e Recuo).

72
4 -SITUAÇÃO APÓS O ÚLTIMO DISPARO
Em ambos os processos, após o último disparo, a mola do carregador se descomprime, elevando-
se. Em consequência, o apoio do dente anterior do retém do ferrolho eleva-o e o retém não
permite o avanço do ferrolho, ficando a arma aberta.

SEGURANÇAS

1 - Registro de segurança
Situado ao lado posterior esquerdo da armação, trava a arma, imobilizando a
armadilha. Esta segurança garante o travamento da arma durante a execução do tiro, estando
engatilhada ou não.
Registro de segurança

-Arma engatilhada: Agindo-se no registro de segurança para cima, a sua haste de


segurança coloca-se na parte superior da armadilha. Em consequência, a armadilha fica
imobilizada, não permitindo que o cão tenha movimentos livres.

-Arma desengatilhada: Agindo-se no registro de segurança para cima o ressalto do seu


eixo gira para baixo e entra em contato com a cauda do tirante do gatilho, obrigando-o a abaixar.
Neste movimento o ressalto do tirante do gatilho sai do seu alojamento no cão, impossibilitando o
seu giro. Simultaneamente, a haste de segurança atua na armadilha, como no caso anterior, não
permitindo o engatilhamento da arma.

INCIDENTES DE TIRO

Interrupção do tiro por motivo independente da vontade do atirador, a que não causa
danos para o material e/ou pessoal.
A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações
chamado AÇÕES IMEDIATAS.
1. Retirar o carregador
2. Executar dois golpes de segurança
3. Examinar a câmara
4. Sanar o incidente

Caso persista o mau funcionamento da arma, deverá ser feita a análise do problema
conforme o quadro a seguir:

73
74
Pistola 9mm M975 “BERETA”

1. CANO 28. MOLA DO MERGULHADOR DE SEGURANÇA


2. BLOCO DE TRANCAMENTO 29. EJETOR
3. MERGULHADOR DO BLOCO DE TRANCAMENTO 30. PINO DO EJETOR (dois)
4. PINO DO MERGULHADOR DO BLOCO DE 31. BUCHA DO CÃO
TRANCAMENTO 32. CÃO
5. FERROLHO 33. EIXO DO REGISTRO DE SEGURANÇA
6. MOLA RECUPERADORA 34. GUIA DA MOLA DO CÃO
7. GUIA DA MOLA 35. MOLA DO CÃO
8. EXTRATOR 36. APOIO DA MOLA DO CÃO
9. PINO DO EXTRATOR 37. PINO DO APOIO DA MOLA DO CÃO
10. MOLA DO EXTRATOR 38. EIXO DA ARMADILHA
11. BLOCO DO ENTALHE DE MIRA 39. MOLA DA ARMADILHA
12. PERCUSSOR 40. ARMADILHA
13. MOLA DO PERCUSSOR 41. RETÉM DO CARREGADOR
14. ARMAÇÃO 42. MOLA DO RETÉM DO CARREGADOR
15. ALAVANCA DE DESMONTAGEM 43. BUCHA DO RETÉM DO CARREGADOR
16. RETÉM DA ALAVANCA DE MONTAGEM 44. PINO DO RETÉM DO CARREGADOR
17. MOLA DO RETÉM DA ALAVANCA DE MONTAGEM 45. BUCHAS DAS PLACAS DO PUNHO (quatro)
18. RETÉM DO FERROLHO 46. PARAFUSO DAS PLACAS DO PUNHO (quatro)
19. MOLA DO RETÉM DO FERROLHO 47. PLACA DO PUNHO (esquerda)
20. GATILHO 48. PLACA DO PUNHO (direita)
21. EIXO DO GATILHO 49. CORPO DO CARREGADOR
22. MOLA DO GATILHO 50. TRANSPORTADOR
23. TIRANTE DO GATILHO 51. MOLA DO CARREGADOR
24. MOLA DO TIRANTE DO GATILHO 52. CHAPA RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR
25. REGISTRO DE SEGURANÇA 53. FUNDO DO CARREGADOR
26. PINO DO REGISTRO DE SEGURANÇA
27. MERGULHADOR DO REGISTRO DE SEGURANÇA
75
PISTOLA 9mm M973 - IMBEL

APRESENTAÇÃO
Esta excelente pistola militar é derivada da famosa Pst. 45 M911 A1, fabricada e
aperfeiçoada ao longo de 70 anos pela Colt, a partir do projeto de John A. Browning, e
transformada para o calibre 9mm pela IMBEL.
Pela sensatez do seu desenho, segurança e robustez, os peritos militares a consideram
a melhor arma de defesa aproximada já construída. Por este motivo, sobreviveu a duas guerras
mundiais, continuando a prestar excelentes serviços até hoje. A sua confiabilidade para o
combate e precisão de tiro permanecem inalterados.
A IMBEL, depois de fabricá-la por muitos anos no calibre. 45, estudou e projetou sua
fabricação ou transformação para calibre 9mm “Para bellum”. Suas peças componentes
receberam tratamento superficial para climas e condições tropicais e o seu carregador passou a
ter capacidade para 08 cartuchos que, com mais um na câmara, perfaz um carregamento total de
09 cartuchos, suficiente para utilização em combate, com rápida troca de carregador, se
necessário, mantendo o equilíbrio da arma sem lhe alterar a empunhadura anatômica.
Apesar de criticada por alguns, os laboratórios militares até hoje não conseguiram criar
outro tipo de arma de porte que conseguisse reunir, com acentuada vantagem, as características
da Pst ou a suplantassem nos aspectos considerados negativos.

CARACTERÍSTICAS

DESIGNAÇÃO
Indicativo Militar Pst 9M973
Nomenclatura Pistola 9M973 IMBEL
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao Tipo De porte
Quanto ao emprego Individual
Quanto ao funcionamento Semiautomático
Quanto ao princípio motor Utilização direta dos gases
Quanto à refrigeração A ar
ALIMENTAÇÃO
Carregador Tipo cofre metálico bifilar
Capacidade 08 (oito) cartuchos
Carregamento Retrocarga
Munição Cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum”

RAIAMENTO
Número de raias 04 (quatro) ou 06 (seis)
Sentido Da esquerda pra a direita (à direita)

DADOS NUMÉRICOS
Calibre 9 mm
Peso sem carregador: 1.01 kg
com carregador: 1.10 kg
com carregador cheio: 1.20 kg
Comprimento da arma 218 mm
Velocidade do projétil a 25m da arma 349m/s
Velocidade teórica de tiro ainda não foi determinada
76
Velocidade prática de tiro ainda não foi determinada
Alcance de utilização 50 m
Penetração em tabatinga a 50m 40 cm
Penetração em bloco de pinho a 50m 10 cm

ACESSÓRIOS
De manutenção: De transporte:
- Escova de limpeza -Presilha para cordão de segurança

DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO

MEDIDAS PRELIMINARES
1ª Medida: Retirar o carregador
Comprimir a cabeça serrilhada da retém do carregador
que liberará o carregador de seu alojamento no punho,
impulsionado por sua mola.

2ª Medida: Executar dois golpes de segurança


Traga o ferrolho à retaguarda e solte-o por duas vezes.

3ª Medida: Inspecionar a câmara


Certifique-se de que não há cartucho ou estojo na câmara.

4ª Medida: Desengatilhar a arma


Com o polegar, leve o cão para a retaguarda, comprima a tecla do
gatilho e controle o movimento para frente do cão, sem deixar
haver o choque no percussor.

77
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
É realizada pelo detentor e tem por finalidade executar a manutenção de 1º escalão. Tem 6
operações.

1ª Operação: Retirar o estojo da mola recuperadora.


-Puxar o cão para a retaguarda e gire o Dispositivo de Segurança do cão para cima.
-Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador.
-Comprimir a cabeça serrilhada do estojo da mola recuperadora e gire a manga do cano para a
esquerda (sentido horário).
-Afrouxar gradativamente a pressão sobre o referido estojo até que ele saia do seu alojamento
forçado pela mola recuperadora, tendo o cuidado para não soltar de vez o estojo.

2ª Operação: Retirar a manga


do cano.
Girar a manga do cano para a direita
para retirá-la.
Destravar a arma.
Girar o Dispositivo de Segurança
do cão para baixo.

3º Operação: Retirar a chaveta de fixação do cano.


Recuar o ferrolho até que a extremidade do ressalto serrilhado da chaveta coincida com o entalhe
médio existente no ferrolho, empurrar o eixo da chaveta que aflora do lado direito da
armação, retirando em seguida.
78
4ª Operação: Separar o ferrolho da armação.
Tendo o cuidado de manter o punho voltado
para cima, puxar o ferrolho para a retaguarda,
mantendo-o na mão.

5ª Operação: Retirar o tubo-guia da mola


recuperadora e a mola recuperadora.
Retirar o tubo-guia pela retaguarda puxando-
o. A mola recuperadora é retirada pela frente do
ferrolho.

6ª Operação: Retirar o cano.


Ainda com o ferrolho na posição anterior, vira-
se o elo de prisão do cano em direção à boca
deste. Em seguida, levanta-se sua posterior,
fazendo com que se desengrazem do ferrolho
os ressaltos engrazadores do cano e leva-se o
cano para a frente até que abandone totalmente
o ferrolho.

79
Terminada a desmontagem de 1º escalão,
teremos as seguintes peças da esquerda
para a direita:
1- Carregador
2- Estojo da mola recuperadora
3- Manga do cano
4- Chaveta de fixação do cano
5- Armação
6- Mola recuperadora
7- Tubo-guia da mola recuperadora
8- Cano
9- Ferrolho

MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem. Razão pela qual é
importante ordenar as peças ou partes, procurando memorizar suas corretas posições de
montagem.

1ª Operação: Colocar o cano.


Com o ferrolho na palma da mão, coloque o cano no seu alojamento, tendo o cuidado para que o
elo de prisão do cano fique virado na direção da boca do cano. Observe se os ressaltos
engrazadores do cano encaixaram no ferrolho.

2ª Operação: Colocar tubo-guia da mola recuperadora e a mola recuperadora.


Ainda com o ferrolho na mão, coloque a mola recuperadora pela parte anterior do ferrolho.
O tubo-guia da mola entrará na mola e ficará junto ao elo de prisão do cano, sobre o cano. O elo
de prisão do cano ficará para cima.

3ª Operação: Colocar a armação no ferrolho.


Com o ferrolho na mão, encaixe a armação com
o punho para cima.

4ª Operação: Colocar a chaveta de fixação do


cano.
Ficando com o punho para baixo, leve o ferrolho
até a posição em que coincida o olhal do elo de Colocar a chaveta de fixação do cano pela esquerda; depois
prisão com o olhal da armação. recuar o ferrolho até que a extremidade do ressalto
serrilhado da chaveta coincida com o entalhe médio. Para a
5ª Operação: Colocar a manga do cano. chaveta ficar na sua posição correta, basta empurrá-la contra
a arma.Travar a arma.
Apoiar a arma com o cano voltado para cima
e o punho para o operador. Colocar a manga do cano na mesma posição em que saiu com o
ressalto de fixação na direção da mola. Girar a manga para a esquerda.

6ª Operação: Colocar o estojo da mola recuperadora.


Comprimir o estojo da mola até entrar totalmente no seu alojamento; girar a manga do cano
para a direita, até ficar na sua posição correta.
Destravar e desengatilhar a arma; girar o dispositivo de segurança do cão para baixo; puxar o
cão para trás, comprimindo a tecla do gatilho.
80
MEDIDAS COMPLEMENTARES

1ª Medida Complementar: Engatilhar a arma.


Empunhar a arma, cano para cima e agir na parte
serrilhada do ferrolho, trazendo-o para a retaguarda e
largando-o.
2ª Medida Complementar: Desengatilhar a arma.
Conservando-a posição, pressionar a tecla do gatilho.

3ª Medida Complementar: Colocar o carregador.


Introduzir o carregador em seu alojamento no punho, veri-
ficando o seu aprisionamento pelo retém do carregador.

NOMENCLATURA APLICADA AO FUNCIONAMENTO


Para efeito de estudo, dividiremos a Pst 9M973 em quatro partes:
1 - Ferrolho 2 - Cano 3 - Armação 4 - Carregador

1. Ferrolho
Massa de mira, janela de ejeção e bloco de mira com entalhe de mira;
alojamento do percussor, alojamento do extrator e passagem do ejetor;
alojamento do retém do percussor e extrator e encaixe para a cabeça da alavanca de disparo;
alojamento do cano, alojamento da mola recuperadora, alojamentos dos ressaltos engraza-
dores do cano e orifício de passagem da ponta do percussor;
entalhe anterior, entalhe médio, entalhe posterior e superfícies entalhadas;
alojamento da manga do cano e alojamento do estojo da mola recuperadora;
extrator;
percussor (ponta, cauda e corpo) e mola;
placa-retém do percussor e extrator;
mola recuperadora, tubo-guia, e estojo da mola recuperadora.

2. Cano
Manga do cano, chaveta de fixação do cano, elo de prisão do cano;
boca e alma; ressaltos engrazadores; rampa de acesso.

Manga do cano elo de prisão do cano cano


3. Armação
Noz de armar, alavanca de disparo; -mola tríplice, gatilho;
Cão e alavanca de armar; -bloco- alojamento da mola do cão;
Dispositivo de segurança do gatilho; -dispositivo de segurança do cão;
Retém do carregador; -punho, placas do punho, ejetor.

4. Carregador
Corpo; -Mola;
Fundo; -Chapa-retém do fundo do carregador.
81
FUNCIONAMENTO PST 9mm M973 - IMBEL

Para estudarmos o funcionamento dividiremos o ciclo de funcionamento em duas fases: Recuo


do Sistema e Avanço do Sistema.

Partiremos da POSIÇÃO INICIAL:


- Um cartucho na câmara ;
- arma trancada; e
- ocorre a percussão.

RECUO DO SISTEMA

1. DESTRANCAMENTO
Os gases, agindo sobre o fundo do culote do cartucho, farão com que o ferrolho recue.
O ferrolho em seu recuo tráz consigo o cano.
O elo da posição do cano inclina-se para a posição traseira, fazendo com que o cano se desengraze
do ferrolho. Ocorre então a perda de contato dos ressaltos engrazadores do cano com seu
alojamento do ferrolho, caracterizando o destrancamento .

Elo da posição do cano

2. ABERTURA
Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano
completou o movimento chamado “curto
recuo”. O ferrolho, porém, continua recuando,
havendo a perda do contato do ferrolho com
câmara, o que caracteriza a abertura. Início da
compressão da mola recuperadora do ferrolho,
recuando, começa a comprimir a mola
recuperadora.

3. EXTRAÇÃO SEGUNDA FASE


Em seu movimento para trás, o ferrolho, ao
deixar de ter contato com o cano, começa a tirar
da câmara o estojo, por intermédio da garra do
extrator, que estará prendendo o culote do
estojo.

82
4. EJEÇÃO
O ferrolho, em seu recuo, faz com que o estojo
do cartucho bata no ejetor, forçando o mesmo
para fora, pela janela de injeção.

5. TRANSPORTE
O ferrolho, ao recuar, deixa de exercer pressão
sobre o carregador. A mola do carregador
realiza um movimento de baixo para cima,
elevando um novo cartucho, o que caracteriza o
transporte.
mola do carregador

abas do carregador

6. APRESENTAÇÃO
O movimento de subida do cartucho é limitado
pelas abas do carregador, caracterizando a
apresentação.

7. ENGATILHAMENTO 1ª FASE
ALAVANCA DE DISPARO
A parte ínfero-posterior do ferrolho possui um
entalhe no qual está alojada a cabeça da
alavanca de disparo. Quando o ferrolho recua, a
alavanca de disparo é forçada para baixo. Isso noz de armar
faz com que a alavanca de disparo e a noz de
armar fiquem desengrazadas.

alavanca de disparo
83
NOZ DE ARMAR ramo esquerdo da
O movimento para baixo da alavanca de disparo mola tríplice
permite que a noz de armar fique com seus
movimentos livres. O ramo esquerdo da mola
tríplice impulsiona a parte inferior da noz de
armar, fazendo com que esta gire. A noz de armar
gira, colocando seus apoios nos dentes do cão,
em condições de impossibilitar o seu avanço do
cão, o que caracteriza a primeira fase do
engatilhamento.

8. LIMITE DO RECUO E COMPRESSÃO DA


MOLA RECUPERADORA
Caracteriza-se pelo choque da parte posterior do
alojamento do estojo da mola recuperadora com a
virola do tubo-guia da mola recuperadora e o apoio do
tubo-guia no ressalto anterior da armação. No limite
do recuo, teremos a compressão máxima da mola
recuperadora.

AVANÇO DO SISTEMA

1. INÍCIO DO AVANÇO
Os gases deixam de exercer pressão no ferrolho que começa a ser empurrado para frente, por ação
da mola recuperadora, distendendo-se.

2. INTRODUÇÃO
O ferrolho, no seu movimento para a frente,
começa a empurrar o cartucho. O cartucho
começa a entrar na câmara pela rampa de
acesso, caracterizando a introdução.

3. CARREGAMENTO
O cartucho, empurrado pelo ferrolho, entra
totalmente na câmara, caracterizando o
carregamento.

84
4. FECHAMENTO
O ferrolho empurra o cano para frente, havendo
o contato da câmara com a parte anterior do
alojamento do percussor.

ressaltos engrazadores

5. TRANCAMENTO
O cano e o ferrolho continuam seu movimento
para frente até o momento em que os ressaltos
engrazadores do cano entram em seus
alojamentos no ferrolho, caracterizando o
trancamento. O elo de prisão do cano fica na
posição vertical.

elo de prisão do cano

6. EXTRAÇÃO 1º FASE
O ferrolho, quando fica trancado, força a garra
do extrator a empolgar o culote do cartucho,
ficando este solidário ao ferrolho.

7. ENGATILHAMENTO 2º FASE

GIRO DO CÃO
Quando a parte ínfero-posterior do ferrolho
deixa de fazer pressão sobre o cão, este gira para dente de
frente, impulsionado por sua mola. Em seu giro,
engatilhamento
o cão engraza seu dente de engatilhamento no
apoio dos dentes do cão da noz da armar.

85
ALAVANCA DE DISPARO
Quando o atirador relaxa a pressa sobre a tecla
do gatilho, o ramo central da mola tríplice
impele para frente e para cima a alavanca de
disparo. Com isso a alavanca de disparo alojará
sua cabeça no cavado existente na parte ínfero-
posterior do ferrolho. A alavanca de disparo
entrará em contato com a noz de armar (ficaram
engrazadas).

NOZ DE ARMAR
A noz de arma, quando fica engrazada com a
alavanca de disparo, já está retendo o cão à
retaguarda.

AÇÃO DO ATIRADOR

1. DESENGATILHAMENTO
Quando se comprime simultaneamente a tecla do gatilho e o dispositivo de segurança do gatilho,
a alavanca de disparo é forçada para trás pela calda do gatilho. Como a alavanca de disparo esta
engrazada com a noz de armar, obriga-a a girar em torno de seu eixo, libertando assim o cão.

2. DISPARO
O cão está livre para girar. A mola do cão, por meio da alavanca de armar do cão, faz com que este
gire violentamente para frente. No seu giro, o cão choca-se com a cauda do percussor, que avança
no interior do seu alojamento.

86
3. PERCUSSÃO
O percussor, comprimindo sua mola, faz com
que sua ponta atinja a cápsula do cartucho. Em
seguida, o percussor retrai-se por ação da sua
mola.

SEGURANÇAS
1. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
Situado ao lado do ferrolho, trava a arma imobilizando o cão da arma. Este dispositivo garante o
travamento e o destravamento da arma durante o manejo, para execução do tiro.
a) atuando-se no dispositivo de segurança para cima, até que penetre no entalhe existente a
retaguarda e à esquerda do ferrolho, trava-se a arma. Estando a arma engatilhada o dispositivo
pode movimentar-se, indo o dente de segurança colocar-se apoiado a retaguarda da noz de arma,
imobilizando-a. Atuando-se no dispositivo de segurança do cão para baixo, em sentido inverso ao
da operação anterior, destrava-se a arma.

2. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO


Alojado na parte posterior, impede a retração da arma, quando comprimido isoladamente por
tensão muscular ou esbarro casual.
a) Quando a arma é empunhada, a própria mão do atirador agirá naturalmente sobre o dispositivo
de segurança do gatilho, permitindo que o gatilho tenha seu movimento livre. Isto porque o
dispositivo em questão, uma vez comprimido, gira em torno de seu eixo, subindo e deixando de
barrar o gatilho, o qual terá livre caminho no seu alojamento, toda vez que se fizer sentir sobre a
tecla a ação do dedo do atirador.
b) Quando o dispositivo de segurança do gatilho está em repouso, seu dente de segurança
permanece por trás da cauda do gatilho, barrando-o. Desta forma o gatilho não terá livre caminho
no seu alojamento toda vez que for comprimido isoladamente por ação do dedo do atirador ou por
esbarro casual.

87
3. DENTE DE SEGURANÇA DO CÃO
Fica situado na parte anterior e superior do cão,
sendo mais profundo que o dente de
engatilhamento. Imobiliza a nóz de armar
mesmo que haja pressão simultânea da tecla do
gatilho e do dispositivo de segurança do
gatilho. Para utilizarmos essa segurança da
arma, basta trazer o cão para retaguarda cerca
de1/3 do seu recuo.

INCIDENTES DE TIRO
Interrupção do tiro por motivo independente da vontade do atirador e que não causa danos para o
material e/ou pessoal.
A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações chamado AÇÕES
IMEDIATAS.

1-Retirar o carregador
2- Dois golpes de seguranças
3-Examinar a câmara
4-Tipo de incidente

QUADRO DE INCIDENTES DE TIRO

88
89
PEÇAS QUE COMPÕEM A Pistola 9mm M973 - IMBEL

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1. ARMAÇÃO 29. NOZ DE ARMAR
a) punho c) guarda-mato a) ressalto-apoio da mola tríplice
b) breço d) alojamento, encaixes, orifícios, b) apoio dos dentes do cão
entalhes e corrediças c) olhal eixo
2. CANO
a) alma e) câmara d) encaixe da alavanca de disparo
b) boca f) rampa de acesso 30. MOLA TRÍPLICE
c) raias g) rassaltos engrazaodores a) mola da noz de armar
d) cheios h) encaixe do elo de prisão do ( ramo esquerdo )
cano olhal
b) mola alavanca de disparo
3. FERROLHO
( ramo central )
a) janela de ejeção e) traço de referência do entalhe de
b) superfícies enta-
c) mola do dispositivo de segurança
mira
lhada f) alojamento do bloco de mira do gatilho
c) incrições g) alojamento da manga do cano e do ( ramo direito )
d) massa de mira estojo da mola recuperadora 31. EIXO DA NOZ DE ARMAR
32. ALAVANCA DE DISPARO
4. ALOJAMENTO DA MOLA COMUM À a) cabeça b) orifício para a articulação com a noz
CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO E
AO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO
c) cauda
CÃO 33. GATILHO
5. PINO-APOIO DA CHAVETA DE FIXAÇÃO a) tecla b) corpo c) cauda
DO CANO 34. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO
6. PINO-APOIO DO DISPOSITIVO DE SEGU- a) cabeça d) olhal do eixo
RANÇA DO CÃO b) corpo e) engrazadores
7. MOLA COMUM À CHAVETA DE FIXAÇÃO
c) dente de segurança
DO CANO E AO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA 35. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
DO CÃO a) corpo c) dente de segurança
8. CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO b) ressalto d) olhal do eixo e) eixo
a) eixo c) ressalto serrilhado
36. BLOCO-ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
b) dente-retém
a) olhal do pino-retém do bloco
9. BLOCO DE MIRA b) olhal do pino-retém da mola do cão
10. ELO DE PRISÃO DO CANO c) superfície serrilhada
11. EIXO DO ELO DE PRISÃO DO CANO d) ressaltos engrazadores
e) presilha para cordão de segurança
12. MANGA DO CANO
c) virola f) pino da presilha para cordão de segurança
a) ressalto de fixação
b) alojamento do cano 37. PINO-RETÉM DO BLOCO-ALOJAMENTO
13. MOLA RECUPERADORA DA MOLA DO CÃO
14. TUBO-GUIA DA MOLA RECUPERADORA 38. CABEÇA-APOIO DA MOLA DO CÃO
a) corpo b) virola SUPERIOR
15. ESTOJO DA MOLA RECUPERADORA 39. CORPO DO CARREGADOR
a) corpo b) cabeça serrilhada a) alojamentos dos pinos de fixação do fundo
16. EXTRATOR b) entalhe p/ o dente do retém
a) corpo c) orifícios p/ a contagem dos cartuchos
c) cauda c/ alojamento da placa-retém
b) garra d) abas
do percussor e do extrator
40. FUNDO DO CARREGADOR
17. EJETOR a) alojamento dos pinos de fixação
a) corpo c) pinos
b) dente d) alojamento do pino de fixação 41. PINOS DE FIXAÇÃO DO FUNDO DO
CARREGADOR
18. PINO DE FIXAÇÃO DO EJETOR
42. TRANSPORTADOR
19. PERCUSSOR a) rampa-comando do dente da chaveta de fixação
a) cauda b) corpo c) ponta do cano
b) chapa-guia
20. MOLA DO PERCUSSOR
43. RETÉM DO CARREAGADOR
21. PLACA-RETÉM DO PERCUSSOR
a) cabeça serrilhada c) alojamento do pino de fixação
E DO EXTRATOR
b) dente
22. CÃO
a) testa d) olhal do eixo 44. MOLA DO RETÉM DO CARREGADOR
b) cabeça serrilhada e) orifício para a articulação com a
c) dentes alavanca de armar 45. PINO DE FIXAÇÃO DO RETÉM DO
CARREGADOR
23. EIXO
24. ALAVANCA DE ARMAR 46. MOLA DO CARREGADOR
a) olhal p/ a articulação com o cão b) ponta
25. EIXO DA ARTICULAÇÃO DA ALAVANCA 47. PLACAS DO PUNHO
DE ARMAR COM O CÃO
26. MOLA DO CÃO 48. PARAFUSOS DAS PLACAS DO PUNHO
27. CABEÇA-APOIO DA MOLA DO CÃO INFERIOR
49. PORCAS DOS PARAFUSOS DAS PLACAS
28.PINO-RETÉM DA MOLA DO CÃO DO PUNHO
91
FUNDAMENTOS DO TIRO DE PISTOLA
A compreensão dos fundamentos do tiro e o tiro de instrução ensinam ao combatente as regras de
tiro justo (preciso e regulado) e o preparam para os exercícios de combate.
Para execução do tiro, o atirador deve ter em mente os seguintes fundamentos:
1. Posição Estável 2. Pontaria
3. Controle da respiração 4. Acionamento do gatilho

POSIÇÃO ESTÁVEL

EMPUNHADURA
É o ajuste da(s) mão(s) do atirador à arma, proporcionando firmeza ao conjunto, facilitando a
realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho.
Colocar a arma na mão que atira com auxílio da outra.
A mão que não atira coloca a arma no “V” da mão que atira.

Empunhadura com uma das mãos (básica)

auxílio da mão que não atira - a arma é segura por esta, envolvendo o ferrolho à frente do
guarda-mato, deixando o punho voltado para o atirador, em condição de ser empunhado.
empunhadura alta - leva-se a mão que atira ao punho da arma, buscando colocar o “V” da mão,
formado pelo polegar e indicador, o mais acima possível no mesmo.
arma no prolongamento do antebraço - o ferrolho deve ficar o mais alinhado possível com o
antebraço (visa aumentar a firmeza da empunhadura e o controle do recuo da arma).
dedos médio, anelar e mínimo - fecham-se sobre a parte anterior do punho.
intensidade da pressão da mão sobre o punho - pode ser comparada com a de um aperto de
mão normal.
dedo polegar - colocado de maneira natural e relaxada sobre o registro de segurança ou
tocando levemente a armação, sem exercer pressão lateral sobre ela ou tocar-lhe o ferrolho.
dedo indicador - toca a tecla do gatilho com a parte média da falange distal e sua interseção
com a medial.
pulso - firme para melhor controle do recuo da arma.

92
Posição do Dedo Indicador

Empunhadura com duas mãos

Deve ser usada sempre que possível, pois permite maior firmeza e melhor controle, facilitando o
reenquadramento do controle do recuo das miras.
empunhadura - primeiramente com uma das mãos conforme descrito anteriormente;
colocação da mão auxiliar - dedos unidos, com exceção do polegar, envolvem os três dedos da
mão que atira, à frente do punho e pressionando a parte inferior do guarda-mato, através da
falange proximal do dedo indicador.
pulso da mão auxiliar - é levado ao encontro do outro, fazendo com que esta mão ocupe o
espaço vazio sobre a placa do punho. Os polegares ficam distendidos, sem tocar no ferrolho.
pressão da mão auxiliar - deve apertar os dedos da outra, no sentido perpendicular à direção de
tiro, com a mesma intensidade da mão que atira.
trancamento da empunhadura - pressão da mão auxiliar sobre a que atira, com o forçamento
de um pulso contra o outro e o dos cotovelos para dentro. O pulso da mão que atira deve
permanecer trancado, opondo-se à força para cima aplicada pelo dedo indicador da mão
auxiliar ao guarda-mato. O trancamento é indispensável para o controle da arma durante
sequências de tiro rápido.
pressão constante - a força ao empunhar pode ser menor nos disparos simples (precisão), ou
máxima, sem causar o tremor da arma, nos tiros rápidos, mas sempre constante.

93
POSIÇÕES DE TIRO
A melhor posição é aquela em que o atirador sente-se estável e confortável, permitindo uma
correta empunhadura e uma boa visada, contribuindo, assim para um bom disparo.

Posições básicas: EM PÉ, AJOELHADO e DEITADO.


Adaptações de acordo com o combate (inimigo, terreno ou abrigo utilizado).
Ajustes de acordo com as características individuais do atirador.

1. Posiçãoede Pé

Características:
-boa flexibilidade;
-apresenta maior silhueta ao inimigo;
-pode ser com uma ou duas mãos.

Com uma das mãos:

Adotada na impossibilidade de ser empregada a


empunhadura com duas mãos e em algumas
modalidades esportivas.

Tomada da posição:
-corpo ereto;
-abertura dos pés da mesma largura que a dos ombros;
-pés formam um ângulo de aproximadamente 45 graus com a linha atirador-alvo;
-cabeça ereta, gira na direção do ombro do braço que sustenta a arma de maneira a permitir a
visada das miras;
- corpo relaxado, mantendo as pernas distendidas sem enrijecê-las;
-cotovelo do braço armado é mantido reto e não flexionado (transmitir o recuo ao ombro do
atirador);
-outra mão, relaxada, no cinto à frente.
Posição de Pé Apoiado

A mão do atirador é apoiada sobre um


suporte.
O punho da pistola não deverá estar
encostado no suporte.
Posição de pé com as duas mãos
94
2. Posição Ajoelhado

Características:
-apresenta menor silhueta;
-melhor apoio para a arma (joelho);
-utilização mais adequada do abrigo.

Tomada da posição:
-atirador de frente para o alvo;
-ajoelhado sobre o joelho da mão que atira (perna 45 graus
com a direção de tiro);
-sentado sobre o calcanhar, ponta do pé apoiada no chão
(facilitar mudança de direção);
-outra perna na direção do alvo, pé chapado ao solo, tornozelo
abaixo e à frente do joelho e ponta do pé voltado para dentro e
paralelo à outra perna;
-braço da mão auxiliar apoiado sobre o joelho
correspondente, cotovelo mais à frente;
-empunhadura com duas mãos;cotovelos forçados para
dentro.

3. Posição Deitado
Características
-posição mais estável;
Posição Ajoelhado com apoio
-ideal para tiros a longa distância;
-deve ser adotado para adaptação aos abrigos existentes ou para reduzir ao máximo a silhueta do
atirador.
Processos para deitar (a partir da posição de pé):
-flexiona os joelhos; 1º PROCESSO
-ao tocar o solo, o tronco é inclinado para frente; tomada da posição DEITADO
-a mão auxiliar apoia-se o mais à frente possível;
-braço da mão que atira é distendido paralelo ao
solo e voltado para o alvo;
-tronco continua o movimento para baixo, até
que o lado do braço armado e o tronco toquem o
solo;
-mão auxiliar levada ao encontro da outra,
formando a empunhadura com ambas.

-Flexionar o joelho e o tronco;


2º PROCESSO -tocando o solo com a mão auxiliar logo à frente
tomada da posição DEITADO
dos pés e com o braço entre os joelhos;
-braço armado flexionado à frente e a arma
apontada para frente;
-ao tocar o solo, as pernas são lançadas
distendidas para trás;
-mão armada levada à frente;
-corpo toca o solo inicialmente com o lado do
braço armado;
-braço armado totalmente distendido;
-libera a mão auxiliar para formar a
empunhadura.
95
Posição deitado frontal Posição deitado com apoio
Empregadas em áreas sem abrigos, visando
diminuir ao máximo a parte exposta.

Tomada da posição:
-corpo na mesma direção da arma;
-pernas distendidas;
-pés tocando o solo com afastamento não superior à largura dos ombros;
-dois cotovelos apoiados no solo;
-as mãos apoiados no solo ou uma posição mais elevada, dependendo da altura do alvo;
-cabeça permanece na vertical ou inclinada para o lado do braço armado.

PONTARIA

Ao apontar, verificar se a arma foi orientada de


forma que o projétil, orientado pelo cano, atinja o
alvo. Para obter um resultado positivo ele precisa ter
o entalhe da mira e o alvo numa posição conhecida
como “FOTOGRAFIA”.
A fotografia estará correta quando tomada a LINHA
DE MIRA, o topo da maça apareça sobre o centro da
silhueta.
A obtenção da fotografia implica em dois atos
distintos: Tomar a LINHA DE MIRA e Tomar a
Figura 1. Fotografia
LINHA DE VISADA.

Tomar a LINHA DE MIRA

Consiste no alinhamento adequado do entalhe de


mira e da maça de mira.
Observar a posição do topo da maça, exatamente
no centro de entalhe de mira.
Imaginando-se duas linhas, uma horizontal e
outra vertical, passando pelo centro de entalhe, o
topo de maça parecerá tocar a linha horizontal, e
a mesma parecerá dividida, longitudinalmente, Figura 2. Linha de mira
em duas partes iguais pela linha vertical.

96
Tomar a LINHA DE VISADA

Consiste no prolongamento da linha de mira até o


alvo, de modo que o topo da maça de mira pareça
estar exatamente sobre o centro da silhueta,
dividindo-a em duas partes iguais.

Importância da tomada da LINHA DE MIRA


Idem ao que acontece com o Fuzil 7,62 M964, Figura 3. Linha de visada
convém lembrar que tomar a linha de mira é mais
importante do que tomar a linha de visada.

Colocação do olho em relação ao entalhe de mira


O atirador deve acostumar-se a colocar o olho sempre à mesma distância do entalhe de mira.
Sendo que esta distância variará para cada posição de tiro, mas não deverá variar dentro de uma
mesma posição, caso contrário haverá variação no grupamento do tiro.

Acompanhamento
Manter a pontaria após o disparo, sem fechar os olhos (FOLLOW THROUGH).

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO

Uma respiração correta é importante no ato de atirar

Fisiologia da respiração e o ato de atirar:


O ciclo respiratório é acompanhado pelo movimento rítmico do tórax, abdômen e ombros,
causando oscilação do armamento e dificultando a precisão.
Durante a inspiração há um esforço muscular para sugar o ar para o interior dos pulmões e a
consequente contração de músculos.
A expiração não exige esforço muscular. Basta liberar o ar e ele é expulso dos pulmões,
ocorrendo o relaxamento muscular.
Entre a expiração e a próxima inspiração existe uma pausa respiratória natural de normalmente
2 a 3 segundos, na qual permanece uma certa quantidade de ar remanescente nos pulmões e a
musculatura continua relaxada.
Esta pausa pode ser prolongada, criando um espaço de tempo ideal para a execução de um ou
mais disparos, não devendo exceder a 12 segundos, pois pode turvar a visão e causar no atirador
a ansiedade por respirar.
Na realização de tiro(s) rápido(s), não há como coincidir a pausa com a aparição do alvo, sendo
o ciclo interrompido onde estiver.

ACIONAMENTO DO GATILHO

É o principal fundamento do tiro. Uma boa posição, uma pontaria correta e um bom controle da
respiração podem ser desperdiçados com o mau acionamento.

97
POSIÇÃO DO DEDO INDICADOR

A falange distal do dedo indicador pressiona a tecla do gatilho exatamente para a retaguarda, na
direção do pulso e paralelamente ao cano.
A área de contato do dedo com a tecla do gatilho varia da região central até a articulação da
falange distal.
Não deve tocar a armação.
O movimento do dedo para trás deve ser realizado somente a partir da segunda articulação, entre
as falanges proximal e medial.

EXECUÇÃO DA PRESSÃO

Deve ser exercida de forma progressiva, com o atirador realizando a fotografia correta.
Aumentar a pressão até ocorrer o disparo.
É importante não alterar a pressão da empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o
movimento do indicador deve ser totalmente independente.

ERROS MAIS COMUNS

Gatilhada - é o acionamento brusco do gatilho devido à ansiedade do atirador em acertar, com


isso poderá errar o alvo.

Antecipação - é outra conseqüência de comandar o tiro.


Adiantando-se às reações do disparo, o atirador aumenta a pressão da empunhadura e torce o
punho para baixo, como para compensar o recuo da arma.

Esquiva - é quando o atirador puxa os ombros para trás, procurando fugir do recuo da arma.

Obs.: há também o caso em que os olhos são fechados antes do disparo, perdendo-se a fotografia.

98
HIGIENE EM ACAMPAMENTOS
1) Reconhecer a importância e a necessidade de limpeza .
2) Citar a responsabilidade individual e do pessoal de serviço na higiene das instalações
coletivas.
3) Descrever a utilização correta das instalações sanitárias.
4) Citar as medidas de higiene nos acampamentos.
5) Descrever os cuidados na seleção de fontes de suprimento de água e o processo de purificação
com o comprimido da ração operacional.
6) Citar os cuidados higiênicos na alimentação.
7) Descrever a utilização correta de latrinas e fossas de detritos.

MEDIDAS DE HIGIENE NOS ACAMPAMENTOS


Significado do termo higiene individual
Higiene Individual é a prática de normas sanitárias e de higiene pelo próprio indivíduo, a fim de
proteger sua saúde e a de seus semelhantes. Ainda que a higiene individual seja importante, ela se
constitui apenas em um dos elementos essenciais para a preservação da saúde.

Importância da higiene individual


Uma unidade militar eficiente constitui-se em uma equipe cuidadosamente organizada e
instruída para o combate. Quando um elemento fica doente prejudica todo o trabalho da equipe. O
elemento que não observa nem pratica as normas de higiene individual, compromete a eficiência
da unidade como um todo, uma vez que o trabalho se desenvolve em nível de equipe. A higiene
individual contribui para a saúde de diversas maneiras:
a. Protege o indivíduo dos agentes de doenças infecciosas, presentes no meio ambiente.
b. Protege a unidade, reduzindo a disseminação das doenças transmissíveis.
c. Promove a saúde - como estado de máximo bem-estar físico, mental e social.
d. Eleva o moral.
Responsabilidade na manutenção da higiene individual
Responsabilidade Individual
O dever do militar consiste em fazer o melhor, qualquer que seja a missão a ele atribuída. Isto
exige, entre outras coisas, que ele mantenha sua saúde e aptidão física no mais elevado nível e
faça o possível para proteger e promover a saúde dos outros elementos de sua organização.
Requer, ainda, entendimento claro e aplicação de medidas de higiene individual. Impõe que, sem
demora, se procurem cuidados médicos, a fim de impedir que uma doença se torne mais grave, a
sua disseminação seja evitada e/ou a sua recuperação seja mais breve. O Exército proporciona
aos seus elementos uma assistência médica do mais alto padrão. Consequentemente o homem
não tem razão alguma quando adia a procura de recursos médicos, quando faz medicação por
conta própria, ou quando busca tratamento de fontes não autorizadas. Todas essas medidas
podem ser perigosas.
HIGIENE COLETIVA
Responsabilidade do comandante
1. Proporcionar e manter meios, equipamentos e suprimentos necessários para a higiene pessoal
de seus comandados.
2. Assegurar aos elementos de seu comando instrução a respeito dos princípios básicos da higiene
individual.
3. Assegurar que se cumpram as medidas de higiene individual. O comandante deve obter a
cooperação de cada indivíduo quanto à manutenção de todo o pessoal em boas condições de
saúde e à aptidão física para o cumprimento de sua missão.
99
Do oficial médico
O médico da unidade é o assessor técnico para a higiene e saneamento. Como tal, ele deve:
1. Conduzir a instrução de higiene individual.
2. Executar inspeções periódicas e observações do pessoal e instalações.
3. Propor medidas visando ao aperfeiçoamento do serviço.
4. Proporcionar tratamento médico.

Do oficial dentista
O dentista é o conselheiro técnico do comandante quanto à aptidão, sob o ponto de vista
odontológico, dos seus homens. Na odontologia preventiva, o oficial Dentista realiza a
prevenção de doenças e lesões orais e ainda:
1. Conduz os programas de educação e instrução sobre higiene dentária.
2. Executa medidas de prevenção e tratamento.

HIGIENE EM CAMPANHA

Importância da higiene em campanha


O potencial humano é o mais valioso recurso de que o Exército dispõe e tudo deve ser feito para
preservá-lo. Nas guerras recentes, tem havido maior número de mortes devido à ação do inimigo
do que por doenças, entretanto estas ainda são o maior fator de redução do potencial humano, por
causa das baixas e das incapacidades que determinam. O êxito em combate, objetivo final de
qualquer força militar, exige que a tropa esteja em permanente estado de aptidão para o combate.
A higiene e o saneamento em campanha contribuem para este objetivo com meios destinados a
proteger a saúde do pessoal militar.
SUPRIMENTO DE ÁGUA EM CAMPANHA
LOCAIS PARA OBTENÇÃO DA ÁGUA:
Nos rios, estes locais são designados em sequência, no sentido da corrente (ver fig. 1).
Esses locais deverão ser assinalados com clareza e guardados por sentinelas que verifiquem se
são usados de acordo com o seu destino. A tropa deverá ser informada dos locais onde poderá
obter água. A água para beber e para cozinhar deverá ser tratada antes de ser usada.

1. A água para beber e para cozinhar


2. Água para os animais
3. Água para banhos
4. Água para lavagem de roupa
5. Água para lavagem de viaturas

OUTRAS INFORMAÇÕES:

A quantidade de água necessária para o


abastecimento da tropa vai depender de:
Clima.
Espécie de trabalho.
Condições de estacionamento
Quantidade de água para um homem no estacionamento - 4 litros diários.
Quantidade de água para um homem em marcha - 10 litros diários.
Água poluída - quando as substâncias que possui a água prejudicam a sua qualidade física
(cheiro, gosto, aspecto).
Água contaminada - quando são encontradas restos de alimentos ou detritos humanos que
possam tornar a água imprópria para o consumo.
100
TRATAMENTO INDIVIDUAL DA ÁGUA
Generalidades
Quando não houver disponibilidade de água potável, cada soldado tem o dever de estar
capacitado a proceder à desinfecção da água para consumo próprio. Para esse fim, dissolver em
seu cantil comprimidos de iodo ou hipoclorito de cálcio.
Uso de comprimidos de iodo para purificar a Água do Cantil
- Verificar se o iodo apresenta modificações no seu estado físico, antes de ser utilizado para a
purificação da água do cantil, pois perde sua capacidade desinfetante com o tempo.
Os comprimidos que não tiverem a cor cinzenta, ou que se apresentarem grupados ou friáveis
(quebradiços) não devem ser usados.
Usa-se o método a seguir no tratamento da água do cantil com os comprimidos de iodo:
1. Encher o cantil com água límpida e clara.
2. Adicionar comprimidos de iodo na seguinte dosagem:
Água Límpida - 1 comprimido para quantidade de água correspondente à capacidade do cantil.
Água Turva - dobrar a dose acima.
3. Colocar a tampa do cantil frouxamente; aguardar 5 minutos, depois agitá-lo bem, permitindo
vazamento, a fim de enxaguar as roscas do gargalo da tampa do cantil;
4. Apertar a tampa e aguardar por mais 20 minutos, antes de fazer uso da água para qualquer fim.
Uso de Hipoclorito de cálcio para purificar a água do cantil
- O processo seguinte destina-se a purificar a água de ¼ de cantil com 1 ampola de hipoclorito de
cálcio.
1. Encher o cantil com água bem límpida e clara, até 2,5 cm abaixo do gargalo.
2. Encher de água o caneco do cantil até o meio e adicionar uma ampola de hipoclorito de cálcio e
agitar até que o pó se dissolva completamente;
3. Encher a tampa do cantil, até o meio com a solução do caneco e adicioná-la à água do cantil.
Depois de colocada a tampa do cantil, agitá-la bem. Nos cantis de alumínio, a tampa é menor,
sendo, consequentemente, necessárias 3 tampas cheias da solução de hipoclorito de cálcio;
4. Afrouxar ligeiramente a tampa, permitindo que o líquido flua em direção à rosca do gargalo do
cantil.
5. Atarrachar a tampa do cantil e aguardar por cerca de 30 minutos antes de fazer uso da água.
Fervura
- Este processo é usado quando não se dispõe de compostos desinfetantes. É um método para
destruir os organismo produtores de doenças.
- A água deve ser mantida em fervura, durante, no mínimo, 15 segundos, a fim de torná-la em
condições de segurança para o consumo.
- Se houver evidência de que 15 segundos foi um período curto de fervura para assegurar a
potabilidade à água, o médico poderá recomendar um período mais longo. Entretanto, este
método apresenta vários inconvenientes:
1. Necessita-se de combustível.
2. Gasta-se muito tempo para a fervura e o resfriamento da água.
3. Não oferece proteção residual contra a recontaminação.
CUIDADOS NO USO DA ÁGUA
A água impura pode servir de veículo na transmissão de várias doenças, incluindo as desinterias,
a esquistossomose, febre tifóide e paratifóide. As águas dos córregos, lagos, lagoas e poços
podem dar origem as essas doenças.
A conveniência de uma fonte de abastecimento de água depende de:
- Quantidade disponível. - Acessibilidade à fonte.
- Tipo (superfície ou subsolo).
Todas as fontes de abastecimento de água em campanha devem ser considerados impróprias para
beber, antes do tratamento.
101
HIGIENE NA ALIMENTAÇÃO

HIGIENE NO RANCHO

Não há parte mais importante na vida do soldado que a boa alimentação, pois influência na
eficiência moral da tropa.
A comida contaminada pode causar inúmeras doenças intestinais. A higiene do rancho
compreende uma vigilância constante sobre abastecimento de gêneros, limpeza durante a
preparação, modo de preparar e refrigeração.
Dependerá, também, de uma infinidade de pormenores. As construções devem ser teladas, assim
como as janelas. Todos os recipientes devem ser a prova de insetos. Os refrigeradores e geladeira
devem ser colocados de modo que possam ser limpos na sua parte de baixo.
Lavagem e esterilização
- Os utensílios usados devem ser recolhidos e guardados em vasilhames à prova de
contaminação, lavados, enxugados e desinfetados logo após as refeições. A lavagem será com
água quente. Após cada refeição, os restos devem ser raspados, por meio de colheres, e jogados
na fossa de lixo ou uma lata apropriada.
O processo para enxugar e desinfectar é feito numa
série de três latões:

1. Latão com água quente e sabão.


2. Latão com água para enxaguar.
3. Latão com água quente para desinfetar.

DESTINO DOS RESTOS DE ALIMENTOS

LINHA DE LIMPEZA

Constituída de fossa de cozinha, vala de detritos, coletor de restos, lavagem de marmitas.

Fossa de cozinha
Destina-se à absorção de restos líquidos de cozinha. Sua localização deve ser distante da cozinha
de 25 a 30 metros.

Vala de detritos
Tem por finalidade receber sólidos da cozinha e da linha de servir. É localizada a 30 m da cozinha.

Coletor de restos
Como o próprio nome diz, serve para coletar os restos de refeição dos soldados. Localizado
próximo à área de refeição, podendo, também, ser substituído por uma fossa ou vala.

Lavagem de marmita
Destinado a lavagem e esterilização das marmitas após o uso. Compõem-se de um conjunto de
três vasilhames (camburões) de ferro galvanizado com água pura e água saponificada (água com
sabão).

102
DESTINO DOS EXCREMENTOS HUMANOS
LATRINA
Localizadas em um dos extremos do estacionamento, na direção oposta dos ventos
predominantes, pelo menos a 100 m das cozinhas e a 30 m da barraca mais próxima, colocadas
de maneira tal que a infiltração pelo solo não vá poluir as fontes de suprimento de água.
Construir 6(seis) metros de latrina de vala, em sessões de 1,5 m, ou então duas latrinas
padrão, de caixão, com fossa profunda para 100 homens.
As latrinas deverão ter capacidade para acomodar, a um só tempo, 8% do efetivo da unidade.
Construir dispositivos para lavagem das mãos na vizinhança das latrinas.

MICTÓRIOS
Deve haver um mictório para cada 200 homens: não despejar urina na fossa das latrinas.
Construir dispositivos para lavagem das mãos na vizinhança das latrinas.

LAVATÓRIOS E CHUVEIROS
Localizados entre a rua das subunidades e as latrinas.
Construir lavatórios para os homens à razão de 4 para cada 100 homens ( 1 para cada 25
homens).
Construir um chuveiro para cada 100 homens (dois, se possível, para o mesmo número de
homens).

103
PRIMEIROS SOCORROS - TRANSPORTE DE FERIDOS

1) Descrever os diversos processos de transporte de feridos e doentes.


2) Aplicar os processos de transporte de doentes e feridos, superando as dificuldades e o desgaste
com afinco (persistência).

TRANSPORTE DE FERIDOS
Uma das mais importantes partes dos primeiros socorros é saber como transportar
pessoas feridas. O descuido e a falta de habilidade podem aumentar a gravidade de uma lesão ou
causar a morte do acidentado. O ideal é transportar o ferido em uma padiola ou em uma
ambulância. No entanto, em situações de emergência, o ferido terá que ser transportado sem que
se tenha esses meios e, por esse motivo, é imprescindível que todos conheçam os vários métodos
de transporte de feridos. Não se esqueça de aplicar os primeiros socorros necessários antes de
mover o ferido, e se houver suspeita de fratura não tente movê-lo sem antes imobilizá-lo.

PROCESSOS DE TRANSPORTE DE FERIDOS

PADIOLAS IMPROVISADAS
O uso de uma padiola facilita o transporte para casos de fraturas de perna, coxa, coluna,
pescoço ou crânio.
As varas podem ser de galhos de árvore, paus de barracas, fuzis etc.
Antes de usar os fuzis, verificar se estão descarregados.

(1) Padiola de vara e cobertor (3) Padiola de vara e saco


Corte o fundo dos sacos ou as suas quinas e
passe duas varas através deles.

(4) Padiola de cobertores enrolados


Enrole parcialmente as extremidades de um
cobertor e utilize-as como agarradores.

(2) Padiola de vara e túnica


Abotoe as túnicas (gandolas), vire-as do
avesso e passe uma vara através de cada
manga.

(5) Padiola de porta ou de tábua


Usar qualquer objeto de superfície plana e
rígida.
104
TRANSPORTE A BRAÇO
Não utilize esses processos para transportar um acidentado que tiver fratura da coluna ou
pescoço.

(1) Transporte de bombeiro


Eleve o ferido do chão e de frente, com a mão esquerda passe o braço do
acidentado por trás do seu pescoço, agache-se levante-o nas costas, se-
gurando com a mão direita uma das pernas.

(2)Transporte com apoio


Agarre o ferido pelo punho sem ferimento e passe o seu braço pelo seu
pescoço. É útil em caso de acidente nos pés ou tornozelo.
2

(3) Transporte nos braços


Bom para distâncias curtas. Carregue o paciente a boa altura,
para reduzir a fadiga. Nunca usar este modo de transporte
quando o homem tem a espinha ou perna quebrada.

(4) Transporte nas costas


Após levantar o acidentado, vire-se de costas para ele mantendo um
dos braços em torno de seu corpo para sustê-lo. Passe os braços do
acidentado em torno do seu pescoço, incline um pouco para frente e
4 levante-o, conduzindo-o em suas costas.

(5) Transporte tipo mochila


Depois de levantar o homem, passe para frente dele. Agarre-lhe os punhos e
suspenda-o, de modo que as axilas dele estejam sobre seus ombros. Este é
um bom meio de carregar um homem inconsciente. Não o empregue, se o 5
homem tiver quaisquer ossos quebrados.

105
(6) Erga nas costas e transporte
Para este tipo de transporte, o ferido deve estar consciente e ser capaz
de manter-se sobre uma das pernas. Após erguê-lo para uma posição
de pé, coloque suas costas de encontro às dele. Mantenha-o bem
estendido, os braços para os lados. Incline-se para trás, passe suas
mãos sob os seus braços e agarre seus ombros. Incline-se para frente, 6
puxando-o de encontro para as suas costas.

(7) Transporte de cinto de equipamento


Una dois cintos e os coloque embaixo do ferido, deite-se entre as pernas dele e enfie seus braços
pelas alças dos cintos, faça um rolamento de maneira que o ferido fique sobre suas costas, em
seguida, fique de joelhos e depois levante-se.

1 2 3

4
5

(8) Arrasto pelo pescoço


Amarre as mãos do acidentado uma a outra e passe-as
8 atrás do seu pescoço. Isto lhe permitirá arrastar o
acidentado consigo. A vantagem deste método é que
você e o acidentado podem permanecer abaixados,
assim você estando protegidos. Nunca tente arrastar um
acidentado com fratura de coluna ou de pescoço.

(9) Arrasto pelo cinto do equipamento


Una dois cintos de equipamento fazendo uma longa tira única. Após colocar o ferido de costas,
passe uma volta da tira sobre a sua cabeça e coloque-a em posição através do seu peito e por
baixo das axilas. Cruze então as extremidades da tira sobre o ombro do ferido, formando uma
volta. Deite-se de barriga ao seu lado, um pouco a frente.
Passe o segundo laço de tira sobre o seu próprio
ombro. Coloque o seu braço mais próximo ao
ferido, sob a sua cabeça, para protegê-la. Então
avance, rastejando, arrastando consigo o ferido.
Este transporte permite a você e ao ferido
conservaram-se junto ao solo, mais protegidos do 9
fogo inimigo.
106
PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO

1) Descrever as medidas preventivas de combate a incêndio.


2) Descrever os procedimentos a serem seguidos em caso de incêndio.
3) Descrever os processos de combate ao fogo e o uso dos diversos tipos de extintores.
4) Descrever os procedimentos a serem adotados pelos alunos em caso de incêndio na Escola.
5) Identificar as classes de incêndio.
6) Relacionar as classes de incêndios aos tipos de extintores.
7) Praticar o combate a uma simulação de incêndio empregando os extintores da Escola.

FOGO OU INCÊNDIO
•Conhecido desde a pré-história
•Inúmeros benefícios ao homem, como aquecer e servir para preparar alimentos.
• Quando o fogo foge do controle do homem, recebe o nome de Incêndio e causa inúmeros danos
para as pessoas.
•O incêndio exige pessoal e material especializado para extingui-los, simultaneamente às
primeiras medidas de combate e salvamento.
•Chame os bombeiros com rapidez.

TETRAEDRO DO FOGO
- O Calor: é o elemento que serve para dar início a um incêndio, mantém e aumenta a
propagação.
- O oxigênio: é necessário para a combustão e está presente no ar que nos envolve.
- O combustível: é o elemento que serve de propagação do fogo, pode ser sólido, líquido ou
gasoso.
- Reação em cadeia: A reação em cadeia torna a queima autossustentável.

A falta de qualquer um destes 4 elementos fará


com que o fogo não possa ser gerado e nisto se
baseia o conceito de prevenção do fogo.

TRANSMISSÃO DO CALOR
Existem 3 formas para a transmissão do calor:
Condução: pelo contato direto de molécula a molécula. Por ex: uma barra de ferro levada ao
fogo.
Convecção: é a transmissão do calor por ondas caloríficas.
Irradiação: é a transmissão do calor por raios caloríficos.

Condução Convecção
Irradiação

107
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
-Isolamento: retirada do combustível do contato com a fonte de calor.
-Abafamento: o abafamento ocorre com a retirada do oxigênio, é o mais difícil, a não ser em
pequenos incêndios.
-Resfriamento: o resfriamento é o método de extinção mais usado, consiste em retirar o calor do
material incendiado.
- Interrupção da Reação Química em Cadeia: é caracterizada pela ação do pó químico seco
que interrompe a reação da combustão.

Isolamento Resfriamento Abafamento


CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE INCÊNDIO
São três as classificações das causas de incêndio:
1ª) Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do homem.
Exemplo: terremotos, raios etc.
2ª) Causas Acidentais: são inúmeras. Exemplo: eletricidade, chama exposta etc.
3ª) Causas Criminosas: são os incêndios propositais ou criminosos, são inúmeros e variáveis.
Exemplo: vingança, receber seguros etc.

CAUSAS MAIS COMUNS DE INCÊNDIOS


- Sobrecarga nas instalações elétricas.
- Vazamento de gás.
- Crianças brincando com fogo.
- Fósforos e pontas de cigarros atirados a esmo.
- Falta de conservação dos motores elétricos.
- Estopas ou trapos envolvidos em óleo ou graxa abandonados em local inadequado.
CLASSES DE FOGO
Classe A: fogo em combustíveis Classe C: fogo em equipamentos
comuns que deixam resíduos, o elétricos energizados, agente
resfriamento é o melhor método extintor ideal é o pó químico e o
de extinção. Exemplo: Fogo em gás carbônico. Exemplo: Fogo
papel, madeira, tecidos etc. em motores, geradores etc.

Classe B: fogo em líquidos Classe D: fogo em metais


inflamáveis, o abafamento é o combustíveis, agente extintor
melhor método de extinção. ideal é o pó químico especial.
Exemplo: Fogo em gasolina, Exemplo: Fogo em zinco,
óleo e querosene etc. alumínio, magnésio etc.

EXTINTORES DE INCÊNDIO
São aparelhos portáteis ou carroçáveis que servem para extinguir princípios de incêndio. Os
extintores devem estar em local bem visível e de fácil acesso. O treinamento sobre o emprego
correto do extintor é parte eficaz contra incêndio. Os extintores não são automáticos ou auto
ativados, se o incêndio começa eles continuam pendurados, inertes no lugar e nada acontece,
108
pois são as mãos humanas que precisam levá-los ao lugar necessário, apontá-los corretamente,
ativá-los de modo a extinguir as chamas. Seu emprego para debelar princípios de incêndio não
deverá protelar o acionamento de recursos de maior vulto para combatê-lo.

CO2 (GÁS CARBÔNICO)


Emprego: classes B, C e A ( pequenos).
Em recinto fechado deve ser utilizado com cuidado, pois reduz a porcentagem de oxigênio do
meio ambiente.
A baixa temperatura do jato poderá causar lesões na pele ou nos olhos (não empunhá-lo pelo
difusor).
Alcance do jato: 1,5 a 2,5 metros.
Utilização: retirando-se o grampo de segurança, pressiona-se a alavanca que comandará a
válvula de descarga.
O jato CO2 deve ser dirigido para a base das chamas.
O agente será expelido quando houver a pressão sobre a alavanca.
Após a extinção do fogo, manter, ainda por algum tempo, o jato contínuo, para prevenir possível
reavivamento das chamas.
Quando usado em equipamento elétrico, o jato deverá ser dirigido para a origem das chamas.
Quando usado em recipientes abertos de líquidos inflamáveis, dirigir-se o jato para as paredes do
recipiente.
Quando usado em líquidos inflamáveis, varrer com o jato as chamas próximas da superfície
incendiada e dirigi-lo em torno do fogo.
ESPUMA QUÍMICA
Emprego: somente para incêndios classes A e B. É adequado para os incêndios em gasolina,
óleos, tintas e graxas, especialmente quando acondicionados em recipientes abertos;
não deve ser utilizado em eletricidade.
Alcance do jato: de 9 a 12 metros.
Utilização: ao inverter-se a posição do extintor, as soluções químicas entram em contato,
resultando o CO2 que atua como propelente.
Quando usado em incêndio classe A, deve ser dirigido para a base das chamas.
Quando usado em classe B, líquidos derramados, devem ser utilizados em jatos curvos para
evitar o espalhamento do líquido.
Quando usado em incêndios classe B, em recipientes abertos, deve ser dirigido para as paredes do
recipiente, a fim de cobrir a superfície líquida inflamada.

ÁGUA PRESSURIZADA
Emprego: somente em incêndios classe A.
Não deve ser utilizado em eletricidade!
Alcance do jato: de 9 a 12 metros.
Utilização: nos extintores com válvula de descarga, abre-se, inicialmente, a válvula da mola de
CO2 e depois dirige-se o jato para a base das chamas, pressionando-se a descarga.
Não possuindo válvula de descarga, orientar o mangote para a base das chamas, abrindo-se,
depois, a válvula da ampola de Co2.
PÓ QUÍMICO
Emprego: em incêndios de classes A, B e C.
Os extintores de pó químico não devem ser usados em centrais telefônicas ou computadores,
porque deixam resíduos que podem ser danosos aos equipamentos. Não têm boa atuação nos
incêndios da classe A e é preciso completar a extinção jogando água.
quando empregados em áreas não ventiladas, reduz a visibilidade.
Alcance do jato: 1,5 a 6 metros.
Utilização: retirando-se o grampo de segurança, pressiona-se a alavanca de descarga e dirige-se
o jato para a base das chamas.
109
Em líquidos inflamáveis manter uma distância de 2 a 2,5 metros do fogo, para evitar a projeção
sobre o operador e manter o jato contínuo por alguns instantes após a extinção, para impedir o
reaparecimento de novas chamas.

QUADRO RESUMO DOS AGENTES EXTINTORES

MEIOS DE FORTUNA
São materiais improvisados que podem auxiliar no combate a incêndios.
Quando bem empregados são eficientes;
• Cobertor umedecido
• Terra ou areia
• Gandola de Combate
• Pedaços de galhos de árvores com folhas verdes
FORMAS DE PREVENÇÃO

LIXO - Deverão existir calotas coletoras de lixo e pontas de cigarro.


SOBRECARGAS - Não sobrecarregue as tomadas, pois poderá provocar incêndios.
MATERIAL ELÉTRICO - Não deixar material elétrico, principalmente ferro de passar roupa,
ligados desnecessariamente.
CHEIRO DE GÁS - Ao chegar em casa e sentir cheiro de gás, abra imediatamente as janelas para
ventilar o ambiente e não acenda luzes ou acione interruptores. Procure fechar todos os registros
de gás.
AQUECEDORES DE ÁGUA E GÁS - Deve estar em local bem ventilado e possuir chaminé
para saída de gases ao exterior.
FUMO - Não fumar em locais indevidos: camas, depósitos, reservas, bomba de gasolina etc.
MUNIÇÃO - Não armazenar munição sem obedecer aos preceitos de segurança, principalmente
as fumígenas e as incendiárias.
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA - Ligam-se automaticamente na falta de energia elétrica.
Mantenha sempre em condições de uso, testando periodicamente.
110
AQUECEDORES DE ÁGUA E GÁS - Deve estar em local bem ventilado, e possuir chaminé
para saída de gases ao exterior.
FUMO - Não fumar em locais indevidos: camas, depósitos, reservas, bomba de gasolina etc.
MUNIÇÃO - Não armazenar munição sem obedecer aos preceitos de segurança, principalmente
as fumígenas e as incendiárias.
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA - Ligam-se automaticamente na falta de energia elétrica.
Mantenha sempre em condições de uso, testando periodicamente.
PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS EM CASO DE INCÊNDIO

1 - Ao perceber indícios de incêndio (fumaça, cheiro de queimado, estalidos etc), aproxime-se a


uma distância segura para ver o que está queimando e principalmente a extensão do fogo.
2 - Dê o alarme através de algum meio disponível aos responsáveis pela administração do prédio,
a seguranças e/ou telefone para o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.
3 - Caso não saiba combater o fogo, ou não consiga dominá-lo, saia imediatamente do local,
fechando todas as portas e janelas atrás de si, sem trancá-las, desligando a eletricidade e alertando
os demais ocupantes do andar.
4 - Não perca tempo tentando salvar objetos, sua vida é muito mais importante.
5 - Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação.
6 - Procure chegar ao térreo usando sempre a escada, sem correr. Jamais use o elevador, pois a
energia é normalmente cortada, você poderá ficar preso, sem contar que existe o risco de ele abrir
justamente no andar em chamas.
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELOS ALUNOS
EM CASO DE INCÊNDIO NA ESCOLA

1 - Em aula: Todos os alunos deverão, a comando do mais antigo, se for o caso, evacuar as salas e
entrar em forma no Pátio Miguel Roque.

2 - Em instrução: Os alunos deverão, a comando do mais antigo, se for o caso, entrar em forma
nas entre-alas das companhias, aguardando ordens subsequentes.
Nas demais atividades durante o expediente, os alunos deverão entrar em forma na entre-ala, caso
não recebam ordem específica.

3 - Fora do Expediente: Os alunos deverão entrar em forma nas na entre-alas, a comando do Sgt-
de-Dia, Aux Of Dia etc.

MEDIDAS ATIVAS DE COMBATE À INCÊNDIO

O Sgt-de-Dia deverá manter a Cia em forma e caso o incêndio seja na Cia, a Gda Su deverá, a
comando do Cabo de Dia, apanhar os extintores localizados no alojamento, no saguão de entrada
da Cia, na reserva de material e demais extintores existentes nos corredores, utilizando-os,
conforme o previsto.
A guarnição de serviço deverá atentar para os seguintes aspectos:
- desligar a energia elétrica no quadro de distribuição;
- atentar para o tipo de incêndio que está ocorrendo;
- retirar do local do incêndio materiais sensíveis (computadores, documentos
importantes, materiais inflamáveis);
- de imediato utilizar extintores ou meios de fortuna para extinguir o incêndio.

O incêndio ocorre onde a prevenção falha ...

111
PLANO DE DEFESA DO AQUARTELAMENTO
1) Citar as missões do Plano de Defesa do Aquartelamento.
2) Descrever a execução do Plano de Defesa do Aquartelamento.
3) Citar os sinais de alarme constantes do Plano de Defesa.
4) Identificar os pontos sensíveis da Escola constantes do Plano de Defesa.
5) Descrever a missão da SU, da guarnição de serviço e o procedimento do aluno em caso de
alarme.
5)Atuar com interesse e eficiência em exercício prático de defesa do aquartelamento, de acordo
com o Plano de Defesa da EsPCEx (DEDICAÇÃO).

CONCEITO DE PLANO DE DEFESA

É um documento sigiloso que visa à execução das seguintes missões: defender as instalações da
unidade militar, empregando os meios disponíveis, e/ou capturar ou destruir a força adversa que
penetrar na área do aquartelamento.

EXECUÇÃO DO PLANO
a) Estabelecimento de uma Defesa Mínima:
- A Defesa Mínima (DM), prevista no Plano de Defesa do Aquartelamento, é a ocupação dos
postos de reforço da guarda, que tem como objetivo principal melhorar a segurança das
instalações, quando do acionamento do Plano de Defesa do Aquartelamento.
- Essa Defesa Mínima varia de acordo com o Plano de Defesa do Aquartelamento de cada
unidade, atendendo às particularidades que essas organizações militares possuem.
Ex: O Batalhão XXX precisa reforçar sua guarda com mais três postos, quando é
acionado o Plano de Defesa do Aquartelamento, para estabelecer a sua defesa mínima.
b) Constituição de uma Força de Reação:
- A Força de Reação(FR)é composta pelos elementos da Guarda que são os primeiros a serem
empregados no posto ou setor onde ocorreu o incidente que ocasionou o acionamento do Plano de
Defesa do Aquartelamento durante o serviço.
- A (FR) deve ser empregada para reforçar os postos sensíveis, defender instalações, vasculhar
áreas de perigo iminente, atacar e capturar a força adversa que ameaça a unidade.
c) Constituição de uma Reserva de Defesa:
- A Reserva de Defesa (RD) é organizada para servir de peça de manobra a fim de garantir a
segurança das instalações ou, ainda, auxiliar a Força de Reação, quando preciso.
- O efetivo da Força de Reação e da Reserva de Defesa varia de acordo com o Plano de Defesa do
Aquartelamento da unidade.

Obs: As ações a serem realizadas pelos militares da unidade estão reguladas no Plano de Defesa
do Aquartelamento, servindo como orientação constante de conduta para solucionar prováveis
incidentes que possam ocorrer, durante e fora do expediente.
SINAIS DE ALARME
Para o acionamento do Plano de Defesa do Aquartelamento podem ser utilizados os seguintes
sinais de alarme:
a) Toques curtos e sucessivos de Sirene.
b) Disparos de arma de fogo.
c) Brado de voz, partindo do setor onde ocorreu o incidente.
d) Telefone ou rádio.

112
Medidas de Coordenação e Controle

a) O Chefe da Seção de Intligência (S/2) estabelecerá a senha e a contra-senha que serão


utilizados no período noturno, facilitando o controle da tropa por parte do pessoal de serviço.
b) O Chefe da Seção de Intligência (S/2) poderá fazer algumas alterações no Plano de Defesa do
Aquartelamento, visando uma melhor segurança para a tropa e instalações da unidade.
PONTOS SENSÍVEIS
Ponto sensível é qualquer instalação/construção pública, privada ou de organizações militares
que, ao ser atacada, sabotada ou conquistada por forças adversas, causará enorme prejuízo à
sociedade, ao governo, à segurança pública.
Os pontos sensíveis podem ser divididos em:
- Macroestratégicos, pontos que ao serem atacados podem causar grandes prejuízos à
sociedade (estações de tratamento de água, hidrelétricas, fábricas, etc) e;
- Microestratégicos, pontos sensíveis dentro de instalações militares, repartições
públicas etc (setor de computação de empresas, reservas de armamentos, bancos etc).
Por questões de segurança orgânica das instalações da EsPCEx, os pontos sensíveis serão
abordados verbalmente durante a instrução.

MISSÃO DA SU, DA GUARNIÇÃO DE SERVIÇO E O PROCEDIMENTO


DO ALUNO EM CASO DE ALARME

PROCEDIMENTO DO ALUNO

Ações a realizar durante o horário de expediente


-Durante as aulas, os alunos deverão permanecer no interior das salas, aguardando ordens para
deslocamento.
-Fora dos horários de aula e nos intervalos, os alunos devem se deslocar para as suas SU,
reunindo-se com o Cmt Pel/Cia.

Fora horário de expediente


- Desloca-se para as suas SU, aguardando ordens do Oficial de Dia.

MISSÃO DA SU E DA GUARNIÇÃO DE SERVIÇO

-Por questões de segurança orgânica das instalações da EsPCEx, os procedimentos e missões da


guarnição de serviço e da SU serão abordados verbalmente durante a instrução.

113
APRESTAMENTO INDIVIDUAL

1) Identificar os procedimentos e técnicas de preparação de aprestamento individual.


2) Praticar o aprestamento individual, demonstrando estar em condições de executá-lo,
independentemente de ordem (Responsabilidade).

GENERALIDADES

Os oficiais e praças são responsáveis pelo fardamento e equipamentos individuais que


lhes forem distribuídos, incluindo nisto os cuidados convenientes e a manutenção adequada. A
responsabilidade é imposta para se obter economia. Se, por falta de cuidado, oficiais ou praças
vierem a perder ou danificar fardamento e equipamento de sua responsabilidade, sofrerão
desconto do custo da substituição ou preparação dos artigos respectivos.
Na zona de combate, a disponibilidade de suprimentos é de capital importância para
todo o combatente. É dever de todo soldado conservar o seu fardamento e equipamento de modo
que estejam disponíveis, quando necessário. Se o fardamento não for convenientemente
conservado, o soldado pode sofrer as conseqüências de sua falta de cuidado.

EQUIPAMENTO

Dá-se o nome de equipamento a certas peças de lona ou nylon, usadas pelo combatente
com a finalidade de permitir ou facilitar o porte e o transporte de armas, munições e artigos de uso
pessoal necessário à vida, à instrução ou ao serviço.

Peças componentes:
Equipamento para o aluno (armado de FAL):
-Cinto de guarnição (com suspensório, porta-
curativo, porta-cantil, cantil-caneco, porta-
carregador de FAL e baioneta).
- Mochila.
-Saco verde-oliva (VO).

Montagem:
O equipamento deverá ser cuidadosamente
ajustado ao homem que vai usá-lo, de modo a
permitir a máxima eficiência e conforto. O
equipamento mal ajustado trará em
conseqüência, desconforto e muitas vezes
hematomas ou compressões que irão, com a
continuação do exercício, reduzir a eficiência e a
resistência do homem.

Montagem do cinto/Suspensório (fardo aberto)


Deverá ser montado da seguinte maneira:
- Afixar a Baioneta do lado esquerdo do cinto, na altura da costura da calça.
- Porta cantil, à esquerda e à retaguarda do cinto.
- Porta-carregador à direita e à frente.
- Suspensório. Na frente, colocar os ganchos nos segundos ilhoses de cada lado; na retaguarda do
cinto, nos ilhoses centrais.

114
APRESTAMENTO INDIVIDUAL

1. FINALIDADE
Orientar quanto às composições do material comum e dos kits a serem preparados, conduzidos
em seu equipamento, apresentados no cerimonial e utilizados no exercício.

2. MATERIAL COMUM (obrigatório a todos os alunos)

a. Fardo Aberto
- cinto NA com suspensório;
- faca de combate fosfatizada (opcional), manutenida e afiada (sendo proibida bainha de lona,
para Seg do Al);
- porta-cantil com cantil / caneco (limpo), à retaguarda e à esquerda do corpo; e um porta-
Carregador de fuzil, à frente e à direta do corpo. Poderá ser levado outro na mochila ou colocado a
frente e à esquerda do cinto( Colocar Liga de Borracha);
- apito (opcional), ancorado por cadarço de velame;
- bússola (opcional) colocada no suspensório, ancorada por cadarço de velame ou cordel ou no kit
de anotações;
- cópia da Identidade, que deverá estar guardado no bolso superior direito da gandola;
- lanterna velada (pelo menos resistente à água, pode estar no fardo de combate);
- relógio de pulso (da cor preta ou que não afete a disciplina da camuflagem).

b. Fardo de Combate
- Mochila, com barrigueira e com a tampa fechada por seus tirantes e presilhas originais, com todo
o material no seu interior, exceto o capacete, poncho e lona preta. (a presilha da barrigueira deverá
estar protegida com fita isolante).
- Agasalhos (de uso militar), malvinão ou suéter de lã.
- Borrachas reservas para o fechamento da impermeabilização dos kits e ajustagem do fardo
aberto.
- Cadarços reservas para a ancoragem de equipamento e/ou fechamento da impermeabilização
dos kits.
- 02 Cabos solteiros – presos à direita da mochila.
- Capacete balístico, com coifa camuflada e identificação à frente e à retaguarda, preso com rede
de motoqueiro na mochila (não poderá ser pendurado pela jugular).
115
- Kits de: - Anotações.
- Costura.
- Camuflagem.
- Higiene Pessoal.
- Manutenção do Armamento / Faca de Combate.
- Manutenção do Coturno.
- Primeiros Socorros.

- Marmita (com tampa e limpa) e talher.


- Pilhas alcalinas reservas para a lanterna (desejável).
- Manta Leve – Impermeabilizada.
- Poncho. Pode ser colocado no suporte da mochila, preso com liga de borracha ou dentro da
mochila.
- Lona plástica preta (opcional). No tamanho de 2,5 metros por 2,5 metros.
- Rede preta de motociclista (aranha), para fixação do capacete balístico sobre a tampa da
mochila (quando o capacete estiver na cabeça, a rede deverá estar dentro da mochila).
- Sacos plásticos resistentes para o material e sobressalentes (para impermeabilização do
material e substituição de sacos danificados).
- Sunga preta de banho.
- Uniformes de muda (farda de combate – 4º A1, meias, cuecas e camisetas camufladas);
- Gorro reserva na mochila.
- Toalha para banho (preferência para as pequenas e de alta absorção).
- Short TFM e chinelo para banho.
- Cantil reserva ou garrafa pet. - opcional.
- Isolante térmico, dentro do invólucro do saco de dormir, preso na parte superior da mochila.
- Saco de dormir, dentro da mochila.
- Cordel para pelota – mínimo de 10 metros.
- Facão ou pá (opcional), dentro ou preso à esquerda da mochila. Deverá ter sua bainha na cor
preta, verde ou camuflada.

Marmita e talher Roupa de Banho Isolante Térmico

Agasalho Lona Plástica e Cabo Solteiro Capacete


116
c. Armamento
1) FAL 7,62 M 964, manutenido e em condições de realizar tiro de festim e / ou real, com a
bandoleira estrangulada. Será utilizado nas instruções.

Estrangulamento da Bandoleira

3. COMPOSIÇÃO DOS KITS PARA O APRESTAMENTO INDIVIDUAL

a) Kit de Manutenção do Armamento / Faca de Combate


- chave de clicar e/ou chave de fenda;
- cordel para limpeza do cano (com tecido ou escova na extremidade);
- escova para limpeza externa do armamento;
- estopa ou panos limpos (existência de no mínimo 2 unidades);
- lenço tático (saco de entulho transparente, que terá tamanho suficiente para comportar as peças
do fuzil desmontado e deverá possibilitar o transporte das peças no seu interior ( dimensões de 30
x 40 cm);
- óleo (existência de no mínimo 50 ml), em tubo plástico;
- pedra de amolar (opcional);
- querosene (existência de no mínimo 30 ml);
- protetor auricular.

Kit Mnt Armto

b) Kit de costura
- agulhas, botões;
- linha Costura Preta/Verde;
- cadarço e bombacha;
- alfinetes de pressão.

Kit Costura
117
c) Kit de Anotações
- bloco de papel para anotações;
- bússola (poderá estar no suspensório);
- calculadora, miniaturizada - opcional;
- canetas de retroprojetor (existência de no mínimo duas cores);
- canetas esferográficas azuis e/ou pretas (necessárias para as avaliações);
- lápis e borracha;
- prancheta de pequeno porte no tamanho A5 (meia folha A4) - opcional;
- régua;
- escalímetro - opcional;
- vasilhame com álcool e pano para limpeza das anotações;
- mementos diversos ( Bizus de apostilas IM) - opcional.

Obs: O Aluno deverá possuir um Kit de Anotação colocado no bolso da farda do militar.
Será constituído por um bloco de plástico, uma caneta retroprojetor e uma caneta azul ou
preta.

Kit de bolso

Kit Anotação

d) Kit de Higiene Pessoal


- aparelho de barbear, gel ou creme e pincel (se necessário para utilizar o creme);
- escova, pasta de dentes e fio dental;
- espelho portátil;
- loção após barba (opcional);
- sabonete, desodorante, toalha (na mochila);
- papel higiênico (na mochila), levar o suficiente para a semana. Retirar o cano de papelão para
diminuir o tamanho;
- pente ou escova.

- Material para banho a seco - tubo de álcool e pano ou lenços umedecidos (utilizado para
limpar áreas críticas do corpo, como virilha e axilas, colocado na mochila).

Obs: para a verificação do aprestamento, o papel higiênico e o material para banho a seco
deverão ser colocados juntos ao kit de higiene pessoal.

118
Kit Higiene Kit Coturno

e) Kit de Manutenção do Coturno


- escova para graxa de sapato;
- escova pequena com cerdas duras de nylon (adequada para lavagem do coturno e equipamento)
- graxa de sapato (existência de no mínimo uma lata);
- pano.

f) Kit de camuflagem
- camuflagem preta e verde;
- espelho.

Obs: Não é necessário o pote para


este kit.

Kit Camuflagem
g) Kit de Primeiros Socorros
- protetor labial;
- água oxigenada (existência de no mínimo 30 ml);
- álcool iodado ou similar (existência de no mínimo 30 ml);
- atadura para imobilização (existência de no mínimo 1 rolo de 15 cm de largura);
- antisséptico de uso tópico - Ex: Andolba, Rifocina, Merthiolate ou similar (preferencialmente
spray);
- antitérmico / analgésico - podem compor um único medicamento (existência de no mínimo 05
comprimidos ou um frasco com 10 ml - Exemplo: alivium, paracetamol ou dipirona);
- pedaço pequeno de uma barra de sabão de coco;
- cotonete (05 bastões no mínimo);
- curativo pronto (Ex: Band-aid - existência de no mínimo 03 unidades);
- esparadrapo impermeável (existência de no mínimo 01 rolo pequeno);
- gase (existência de no mínimo 03 ataduras estéreis);
- hipoglós ou similar (existência de, no mínimo, ½ bisnaga);
- isotônico em pó (Ex: Rehidrat - existência de no mínimo 03 envelopes);
- 01 (um) Par de luvas cirúrgicas;
- pinça pequena;
- outros medicamentos de uso habitual do militar, conforme prescrição médica (SFC).
Obs: Não utilizar ou substituir frascos de vidro.

119
* Memento sobre os medicamentos. Deverá estar afixado na sua tampa, na parte externa ou em
outro local de fácil leitura pelo militar ou por outros, contendo todo o material (medicamentos /
instrumentos) existente, bem como as indicações para o uso, posologia e validade.

Nr Nome Finalidade Posologia Validade


1 ASS Analgésico 06/06h Dez 2015
2 Alcool iodado Antisséptico 06/06h Fev 2020
3 Tesoura Pinça ------------- -------------
Exemplo de memento para o Kit 1º SOS

Kit 1º SOS
4. OBSERVAÇÕES

a. Todos os kits são importantes para a manutenção do estado sanitário do combatente individual
(higiene corporal e saúde), para a manutenção do seu material individual e coletivo, além do
material da fazenda nacional, assim como para o seu melhor desempenho cognitivo.
b. O material deverá estar organizado para o cerimonial e ser conduzido durante o exercício
conforme a apresentação abaixo.

14 11
13

12
Poncho dobrado
Cerimonial de verificação ao meio
do Aprestamento Individual. 10

9 8 7

6
1 2 3 4 5

FAL desmontado Peças do FAL


na posição de (ferrolho, tampa da
inspeção caixa da culatra,
em cima do ombro ALUNO carregador).
esquerdo.

Aluno sem o gorro

120
c. O kit de primeiros socorros não possui indicação de nenhum medicamento que não possa ser
comprado ou ingerido sem prescrição médica. Além disso, o aluno deverá ter conhecimento e
seguir a indicação para o uso, a posologia e a validade, assim como deverá conduzir outros
medicamentos, conforme prescrição médica, informando tal fato à equipe de instrução ao início
do exercício.
d. É PROIBIDA A AUTO-MEDICAÇÃO. IMEDIATAMENTE ANTES OU APÓS O USO
DO KIT PRIMEIROS- SOCORROS, O MÉDICO DEVERÁ SER INFORMADO.
d. Todos os kits são obrigatórios, pois serão objeto de avaliação do aluno durante a verificação do
aprestamento no cerimonial e no decorrer do exercício.
e. Antes do início do cerimonial de aprestamento e durante todo o exercício, todos os kits deverão
estar acondicionados em recipiente de plástico resistente (Ex: Tupperware) e envolvidos
externamente por uma liga de borracha (Ex: pedaço de câmara de ar) ou acondicionados
dentro de um saco plástico, a fim de proporcionar a correta e eficiente impermeabilização do
material. Para a inspeção do aprestamento, esse plástico será aberto, mediante ordem.
g. A amarração do cadarço do coturno deverá ser a de soltura rápida.
h. Os kits, o uniforme de muda, coturno de muda, toalha, agasalhos e outros materiais isolados,
além de impermeabilizados, deverão ser identificados com o nome do kit, ou material, o número
do aluno, como n a formatação abaixo, caso contrário, não serão avaliados.

- Fonte: ARIAL Tamanho: 14 Estilo: Negrito Cor: Preta.

TOALHA MANTA LEVE

Aluno 025 Aluno 025

i. Os kits deverão ser miniaturizados ao máximo, com o objetivo de aumentar o espaço na


mochila e diminuir o peso desnecessário.
j. Qualquer outro material que não possa ser molhado, deverá estar impermeabilizado.
k. Cantil, a marmita e o talher deverão estar no bolso do meio da mochila. (Agiliza o avançar
para o rancho).
l. O Al não deverá conduzir telefone celular, máquina fotográfica ou outro objeto de valor.
Tal medida objetiva evitar danos ou extravios desses materiais.
m. O equipamento é de posse obrigatória do ALUNO durante todo o exercício.
n. O Al poderá levar material além daquele previsto neste documento, desde que acondicionado
na mochila.
o. Convém que seja conduzido um recipiente com água dentro da mochila (por exemplo: cantil
reserva 1 ou 2 Litros).
p. O Al não deverá conduzir COMIDA OU ALIMENTOS.
q. Especificações da Numeração do Fuzil, da Mochila, do Capacete e do Gorro.
- O número a ser utilizado é o próprio número do Aluno.
- A numeração deverá ser em tinta preta (marcador permanente), confeccionada com
normógrafo de tamanho 45 mm;
- Cada número com 04 (quatro) algarismos.
- A colocação da numeração no fuzil será do lado direito da coronha, tangenciando a
chapa da soleira.
- A colocação da numeração na mochila será no centro da tampa, voltado para frente da
mochila;
- Colocar um esparadrapo no gorro e dois no capacete: todos na frente e centralizados.
- Levar identificações reservas.

121
Especificação da Numeração

CUIDADOS E CONSERVAÇÃO
-Um equipamento que se suja e assim permanece estraga-se rapidamente, porque a sujeira corta
as fibras, absorve e conserva umidade.
- É impossível impedir que o equipamento se suje, porém é preciso que não permaneça assim.
- Todo militar deve manter seu equipamento seco e limpo.

Peças de Lona
-Os equipamentos de lona devem ser limpos somente por meios de escovadas a seco; se
necessário, esfregá-lo com uma escova molhada em água limpa. Quando for necessário usar
sabão, empregar somente o sabão de coco, secando o equipamento à sombra.
- É proibido o uso do sabão amarelo, tinturas ou outros preparos. Enquanto as correias de lona
estiverem molhadas, devem ser esticadas até o seu comprimento original.
- As costuras e as casas dos botões devem ser completamente limpas.

Peças metálicas
- Ferragens do equipamento.
- Para a limpeza dos metais é aconselhável o emprego de flanela ou camurça.
- É proibida a utilização do “KAOL” ou outro qualquer polidor que possa prejudicar o fosco dos
metais.

Cantil
Ao retornar de uma atividade militar no terreno, o militar deverá conservá-lo vazio e seco,
quando não estiver em uso.
Mantê-lo sempre fechado, com a tampa atarraxada.

Marmita e talher de aço inoxidável


- Partículas de gorduras ou comida deixadas no material, podem ser causadoras de doenças; a
sujeira torna-os mais facilmente sujeitos à corrosão.
- Para mantê-los limpos, deve-se mergulhá-los em água com sabão e, se possível, utilizar uma
escova.
- Para retirar as partículas de comida e soltar a gordura, deve-se enxaguá-los em água fervente e
limpa, finalmente, sacudi-los no ar até que fiquem totalmente secos.
- Periodicamente, usar lã de aço ou bombril, empregando-a suavemente, não fechando-a sem que
esteja completamente seca.
- Sempre que usá-la utilizar um saco plástico envolvendo-a, este procedimento facilitará a
limpeza.

122
VISTA AMPLIADA DA MOCHILA DESMONTADA E ACESSÓRIOS
123
ABRIGOS IMPROVISADOS
1) Identificar as características a serem observadas na seleção e construção de um abrigo
improvisado.
2) Construir os principais abrigos individuais improvisados.

GENERALIDADES

Um homem na selva, no campo ou qualquer local que não disponha de um teto sobre sua cabeça,
necessita de algum conforto, de condições psicológicas as mais favoráveis possíveis e de
proteção contra o meio adverso. Ele necessita de um abrigo eficiente, limpo e de bom aspecto. O
combate, então, exige homens com ótimas condições físicas e psicológicas, de sorte a poderem
suportar, com o mínimo desgaste, as influências ecológicas e assim, apresentar o rendimento
máximo nas ações. Um dos meios de conseguir isto é construir um bom abrigo, sempre que
possível.
DEFINIÇÃO

Abrigos são construções preparadas pelo combatente, com os meios que a selva e o próprio
equipamento lhe oferecem, para a proteção contra as intempéries e os animais selvagens.

CLASSIFICAÇÃO

Abrigos Permanentes - São aqueles construídos com ou sem material da região e destinados à
permanência continuada e por tempo indeterminado do combatente no local.
Abrigos Semipermanentes - São aqueles construídos com material da região e destinados a dar
condições à permanência na selva por um longo período de tempo. Em função do número de
indivíduos a abrigar ou de sua utilização, apresentam os seguintes tipos:
- Tapiri simples.
- Rabo de Mutum.
- Tapiri duas águas.
- Cabloco da Amazônia.
-Tapiri uma água.
Abrigos Temporários - São aqueles com material da região, utilizando, também, se necessário,
partes do próprio equipamento, destinados a permitir a permanência do combatente no local por
curtos períodos de tempo. Os mais comuns são:
- Rabo-de-jacu - o mais simples de todos.
- Improvisado com poncho.
- Poncho com saco de dormir.
- Poncho suspenso do solo e preso nas extremidades.
- Poncho suspenso do solo por uma corda ou cordão central e preso por estacas.
- Dois ponchos juntos e suspensos do solo, presos por estacas.

MATERIAL NATIVO PARA CONSTRUÇÃO

O material a ser obtido na própria região inclui:


- Madeira (troncos finos e grossos) para a estrutura.
- Cipós (ambé, titica, timbó-açu) ou cascas de certas árvores (enviras preta e branca) para todas
as amarrações.
- Palhas (branca, braba, ubim em “V”, Inajá) ou folhas de palmeiras (açaí, buriti, bacaba, patauá)
ou sororoca (semelhante à folha de bananeira) ou caranaí para as coberturas.
124
LOCAL DE CONSTRUÇÃO

Para a construção do abrigo, deverá ser selecionado um lugar alto, em terreno ligeiramente
inclinado e relativamente limpo, afastado de chavascais e, se possível, próximo de água
potável.
Ao iniciar a construção do abrigo, deve-se verificar se as árvores onde serão feitas as amarrações
estão firmes e não possuem galhos secos, pois, caso contrário, poderão cair provocando
acidentes. O abrigo não deve estar próximo ou embaixo de árvores secas.

Tapiri simples (para moradia de 1 homem) Tapiri duas águas (com duas camas de galhos)

Rabo-de-jacu Tapiri uma água (2 a 10 homens)

Rabo de Mutum Caboclo da Amazônia


125
CONSTRUÇÃO DO ABRIGO

Na construção do abrigo, devem ser observadas as seguintes características:


- Amarração firme;
- Possibilidade de confecção de melhorias;
- Fixação dos esteios;
- Bom aspecto: não deixar pontas irregulares de madeira e palhas, criando boas condições
psicológicas para os ocupantes;
- É conveniente "passar no fogo" as palhas que serão utilizadas para forrar o local de repouso, a
fim de eliminar carrapatos;
- Limpeza do solo: não deixar galhos, folhas e palhas secas dentro do abrigo ou nas imediações
do mesmo. Este procedimento evita a presença de escorpiões, aranhas, cobras e outros animais
que tenham como habitat o solo coberto por esses materiais em decomposição.

OUTRAS PROVIDÊNCIAS
É necessário construir um abrigo (rabo-de-jacu, por exemplo) para a fogueira, para a lenha, para
alimentos etc., pois as chuvas são fortes e quase sempre inesperadas. O fogo não deve ser aceso
debaixo do abrigo por motivos óbvios e ainda porque o calor atrai serpentes e outros animais
perigosos.
É imprescindível que todos os detritos sejam enterrados numa fossa, o que evita companhias
indesejáveis (roedores, serpentes, formigas etc.). Esta observação inclui a utilização de latrinas.
Um terçado (facão) é o equipamento suficiente para a construção de um abrigo.
Não devem ser dados nós em cipós (exceção feita ao nó de porco ou de barqueiro), suas pontas
devem ser enroladas nas voltas dadas nas vigas.
Têm ainda grande utilidade na confecção de abrigos:
- Uma rede de "nylon", tipo "malha de camarão" é leve, resistente, não encharca e é pouco
volumosa para transporte, embora não ofereça proteção contra os mosquitos.
- Vinte metros de corda de "nylon" de um centímetro de espessura ou de "perlon", para amarrar as
duas alças da rede, ao mesmo tempo que, esticada entre essas duas, servirá para suportar o
plástico.
- Um plástico de 3 a 4 metros de comprimento, para ser usado como cobertura da rede, apoiado na
corda de "nylon"; o plástico servirá também de cobertor ou forro para o solo.
- Todo esse equipamento representará um volume pequeno e leve. A chamada rede de selva
engloba todo esse conjunto.

Abrigo temporário com poncho suspenso por Abrigo para um homem, usando um poncho e
uma corda uma corda central

126
Abrigo para dois homens, com dois ponchos
Abrigo temporário com poncho e estacas

Rede de selva Abrigo improvisado para um homem utilizando


uma rede e um poncho

Abrigo improvisado utilizando dois ponchos presos Saco de dormir improvisado com poncho
em estacas e suspensos do solo
127
MARCHAS E ESTACIONAMENTOS
1) Descrever os procedimentos e as técnicas da marcha a pé (Formação, Velocidades, Cadências,
Distância entre os homens, Altos, Disciplina de marcha, Sinalização, Comandos, Cuidado com
os pés) .
2) Identificar os procedimentos e técnicas de preparação do aprestamento individual.
3) Praticar o aprestamento individual, demonstrando estar em condições de executá-lo
independentemente de ordem (Responsabilidade).
4) Descrever as formas de estacionamento.
5) Descrever as missões de um Destacamento Precursor.
6) Identificar as medidas de segurança a serem adotadas por ocasião da realização de uma marcha
a pé.
7) Praticar as marchas a pé de 8 e 12 Km, chegando em boas condições físicas, superando o
cansaço, dentro do dispositivo de marcha e com todo o seu aprestamento individual
(Responsabilidade).

MARCHAS
Uma tropa marcha a pé quando:
- a situação tática ou o terreno o exigirem;
- não há transporte motorizado disponível;
- o Comando visa exercitá-la (marcha de instrução);
- o deslocamento é curto.
Tipos de Marcha a Pé

Tática - executada sob condições de combate, quando há possibilidade de contato com


o inimigo. As medidas de segurança predominam sobre as de conforto da tropa.
Administrativa ou preparatória - quando a possibilidade de contato com o inimigo é
remota. O principal objetivo é realizar um deslocamento sem desgastar a tropa.
Rendimento da marcha
Diz-se que uma tropa executou a marcha com bom rendimento, quando chega ao seu destino no
tempo previsto e em condições de cumprir a missão recebida. Para tal, concorrem, além de uma
cuidadosa preparação: grau de instrução, o moral e o vigor físico dos executantes; a disposição da
tropa; a observância da disciplina de marcha; o estado dos itinerários; a confiança no comando; o
espírito de corpo; as condições fisiográficas locais.

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS MARCHAS


São fatores que influenciam na execução das marchas :
- O terreno. - As condições meteorológicas.
- Os de natureza fisiológica. - Os de natureza psicológica.

Terreno
O terreno plano ou levemente acidentado é o mais favorável à realização das marchas, por não
apresentar obstáculos que interfiram no seu rendimento. Ao contrário, a ausência de estradas, as
regiões áridas, os aclives e os declives das regiões montanhosas, o terreno coberto das selvas e os
terrenos alagadiços e pantanosos prejudicam grandemente as marchas, não só porque apresentam
dificuldades de apoio a quem marche como também porque impõem grande variação da
cadência. Quando, porém, nessas regiões existem estradas ou vicinais em condições de
utilização, o rendimento obtido nas marchas é bastante razoável.
Condições meteorológicas
O clima: o clima frio e seco é ideal para a execução das marchas. A temperatura demasiadamente
128
baixa reduz o rendimento, pois a necessidade de utilização de agasalhos mais pesados
sobrecarrega o homem, diminuindo-lhe a capacidade física. Da mesma forma, diminuindo-lhe o
rendimento com o calor e umidade excessivos, acarreta o cansaço prematuro.
Tempo: o tempo bom não apresenta dificuldades à execução das marchas, enquanto o mau tempo
diminui o rendimento delas. O vento forte, além da poeira que levanta, prejudica o equilíbrio do
homem. A chuva torna mais pesado o equipamento e as estradas, por vezes, até intransitáveis.
Fatores fisiológicos: O estado sanitário da tropa tem influência decisiva no rendimento da
marcha. Deve ser dada especial atenção à alimentação, ao uniforme e ao equipamento.
- Alimentação: Antes de iniciar a marcha, a tropa deve receber uma refeição quente,
porém leve. A fim de evitar náuseas, cãibras e insolação, a água só deve ser bebida mediante
determinadas prescrições. Não é aconselhável beber água de uma só vez e em grande quantidade.
A transpiração abundante elimina uma quantidade de sal maior que a ingerida com os alimentos.
Compensa-se esta perda dissolvendo na água repositores hidro-eletrolíticos (Reidrat, por
exemplo) presentes no kit individual de primeiros-socorros ou na ração operacional.
É proibido o consumo de água cuja pureza não tenha sido verificada pelo Cmt da fração.
Quando, porém, isso não for possível, dissolver na água pastilhas purificadoras, tipo Clorin,
existentes nas rações operacionais R2.
- Uniforme e equipamento: O uniforme inadequado ao clima da região onde marcha a
tropa altera as funções fisiológicas, podendo levar o homem, ao congelamento ou à insolação. O
homem não deve, em princípio, conduzir carga superior a 1/3 do seu próprio peso. A carga total
aconselhada é de 18 quilos, não devendo exceder a 22 quilos.
Fatores psicológicos
- Confiança;
- Moral: o rendimento de uma marcha diminui, sensivelmente, se ela sofre qualquer
abatimento moral, o que pode ser evitado tomando-se as seguintes medidas:
a) entrar em forma somente nos últimos momentos que antecederem ao início da
marcha;
b) eliminar as demoras desnecessárias;
c) fiscalizar minuciosamente a ajustagem do equipamento e do uniforme;
d) utilizar as melhores estradas, salvo quando se objetiva exercitar a tropa nas
marchas em condições difíceis;
e) exigir o cumprimento das medidas de disciplina da marcha;
f) regular o trânsito de viaturas ao lado das colunas;
g) estimular o bom-humor dos homens pela utilização de todos os meios
disponíveis, no sentido de despreocupá-los do esforço da marcha;
h) estimular pelo exemplo, como chefe, marchando com a tropa, sem demonstrar
fadiga e bem humorado.
ORDEM DE MARCHA
Ordem de marcha indica o itinerário a seguir, o ponto de destino, horários diversos, a formação a
adotar, a velocidade e os intervalos de tempo a serem mantidos, o comando de determinados
elementos da coluna e outros pormenores não previstos. Deve-se fazer intensivo emprego de
calcos, cartas, esboços e quadros, tudo tendo em vista simplificar a ordem de marcha. A ordem de
marcha é uma combinação de ordens verbais, com calcos e quadros de movimento.
DESTACAMENTO PRECURSOR
A missão do destacamento precursor é:
1. Balizar os pontos críticos do itinerário.
2. Executar, ao longo do mesmo, os trabalhos de engenharia necessários à sua desobstrução.
3. Facilitar o trânsito.
4. Preparar o novo estacionamento, repartir sua área pelos elementos subordinados e guiar
a tropa na sua chegada ao local.
5. Realizar outros serviços previstos na ordem de marcha.
129
FORMAÇÃO
A formação normal de marcha das unidades é a coluna por
dois (uma coluna de cada lado da estrada). Quando, porém, as
circunstâncias e a própria estrada permitem, o comandante
pode determinar outra formação (coluna por um, por dois, ou
por três), fixando, então, o lado da estrada a ser palmilhado. É
aconselhável, quando não for empregada a formação normal
(coluna por dois, uma coluna de cada lado da estrada),
determinar que a tropa marche na contra mão (lado esquerdo
da estrada), face ao respectivo trânsito, a fim de diminuir o
risco para a mesma.
ORGANIZAÇÃO
As unidades devem marchar conservando a sua organização tática. Em princípio, o Batalhão de
Infantaria constitui um grupamento de marcha e as suas companhias, as unidades de marcha.
Quando o terreno não permitir que o comandante de companhia controle com eficiência a sua
subunidade, o que ocorre geralmente nos terrenos montanhosos e nas selvas, o pelotão pode
constituir uma unidade de marcha.
- A coluna de marcha é organizada pela passagem sucessiva de seus elementos
orgânicos por um ponto prédeterminado, facilmente identificável, no início do itinerário. Este
ponto, chamado Ponto Inicial (PI), deve ficar num local amplo e desembaraçado.
- A coluna é desfeita num outro ponto de características semelhantes às do PI, chamado
Ponto de Liberação (P LIB), escolhido o mais perto possível das zonas previstas para o
estacionamento dos diferentes elementos da coluna.
VELOCIDADE DE MARCHA
Velocidade de marcha é a distância, em quilômetros, que uma tropa percorre em 50 minutos ou
em uma hora, incluindo-se o respectivo alto. Pode ser especificada na ordem de marcha ou nas
NGA. Para manter-se na mesma velocidade, emprega-se o regulador de marcha. Os
Reguladores de Marcha deslocam-se de 5 a 10 passos à frente da unidade de marcha, a fim de dar-
lhe o ritmo uniforme e a velocidade prescrita. Se, para manter a velocidade prevista em certos
trechos, é necessário fazer a marcha em acelerado, a tropa deve fazê-la por pelotão, tão logo atinja
tais trechos, os quais devem ser firmes, planos ou em declive. A velocidade normal nas marchas
diurnas é de:
Diurna: 4 km por hora em estradas; 2,5 km por hora através do campo.
Noturna: 3 km por hora em estradas; 1,5 km por hora através do campo.
No entanto em boas estradas e à luz do luar, uma coluna mantém a velocidade prevista para as
marchas diurnas. Pequenas frações, marchando isoladamente, podem deslocar-se com
velocidade maior que as previstas acima.
MUDANÇA DE VELOCIDADE
A irregularidade na velocidade de marcha se faz sentir, com maior intensidade, à retaguarda da
coluna. A velocidade moderada ou excessiva do regulador de marcha faz com que a coluna se
emasse, ou se alongue. Para sanar esses inconvenientes, o comando determina a mudança de
velocidade de marcha, aumentando-a ou diminuindo-a, mas somente após ter avisado às frações
da coluna de marcha. Logo que isto tenha sido feito, passa o regulador de marcha a andar na
velocidade determinada e a coluna, já devidamente prevenida, vai aos poucos passando à nova
velocidade, sem atropelo. Quando, porém, os motivos do alongamento ou do emassamento
forem outros e, desde que seja possível, deve ser a tropa prevenida na ocasião do primeiro alto.
Flutuações - As flutuações a que está sujeita uma coluna em marcha podem ser limitadas pela
manutenção de uma velocidade constante, pela conservação das distâncias entre as suas frações,
pela utilização de boas estradas e pela observância da disciplina de marcha. É de interesse, pois,
modificar periodicamente a ordem em que marcham as frações, tendo em vista evitar que os
130
mesmos homens fiquem sempre na cauda e, portanto, sujeitos permanentemente a flutuações.

CADÊNCIA - Denomina-se cadência o número de passos que um homem dá por minuto. O


passo normal é de 75 cm para a velocidade também normal de 4 km por 50 minutos. A constância
da velocidade faz com que cada homem tenha uma cadência própria, com a qual se habitua a
marchar.

DISTÂNCIA ENTRE OS HOMENS - A distância entre os homens é de um metro. O


Comandante pode, considerando a visibilidade, o piso da estrada e as etapas a cobrir, determinar
uma distância maior, cujo limite não deve ultrapassar de 4,5m, a fim de não prejudicar o controle.

DISTÂNCIA ENTRE AS FRAÇÕES - A distância entre os diferentes elementos da coluna nas


marchas preparatórias é, quando não determinados em contrário pelo comando, de:
- 100 metros entre as Unidades;
- 50 metros entre as Subunidades;
- 20 metros entre os Pelotões;
- 1 metro entre os Homens.
Estas distâncias servem para reduzir as flutuações, evitar os emassamentos e permitir que as
viaturas ultrapassem as colunas.
Para as marchas noturnas, as distâncias aconselháveis são :
- entre as companhias: 20 metros;
- entre os pelotões: 10 metros;
- entre os homens: reduzida ao mínimo.

ALTOS-HORÁRIOS
A fim de proporcionar à tropa descanso, tempo para reajustar o equipamento e satisfação das
necessidades fisiológicas, são feitos altos periodicamente e a intervalos regulares. Em condições
normais, o primeiro alto é feito 45 minutos após o início da marcha e tem a duração de 15
minutos. Outros se sucedem após cada 50 minutos de marcha, com duração de 10 minutos.
Estes autos denominam-se “Altos horários”. Os altos devem ser feitos em locais que oferecem
abrigos ou cobertas. Para atender tais condições, pode ser alterada a hora prevista para o alto
horário. As zonas de população densa e os terrenos sujeitos à observação e aos tiros do inimigo
devem ser evitados. As frações de uma mesma unidade de marcha, iniciam a marcha e fazem alto
ao mesmo tempo. Ao comando de “Alto”, os homens saem de forma para o lado da estrada pela
qual vêm marchando nas proximidades, desequipando em descanso. É aconselhável que se
deitem apoiando os pés sobre as pedras, troncos ou saliências do terreno, para mantê-los elevados
e, assim, descongestioná-los. Durante os altos, os comandantes inteiram-se pessoalmente do
estado de seus homens e o pessoal de saúde socorre os estropiados.

DURAÇÃO DAS MARCHAS - As unidades e subunidades, em condições normais, marcham


até 24 Km por dia, podendo a velocidade, em distâncias inferiores a 8 km, atingir até 6 Km por
hora. As marchas forçadas reduzem de muito a eficiência do combatente e, por isso, somente
deverão ser realizadas excepcionalmente. São elas caracterizadas por uma duração além do
normal e não pela velocidade, que não deve aumentada. Em marcha forçada, a tropa, no máximo,
percorre 56 Km em 24 horas, 100 km em 48 horas e 130 km em 72 horas.

DOENTES E FERIDOS - Os homens só podem sair de forma, ou afastarem-se do local dos


altos, mediante autorização. No caso de o afastamento se dar por motivo de saúde que requeira
cuidados médicos, deve o homem ser munido de uma permissão, que o autoriza a aguardar o
médico fora de seu lugar na coluna. O médico, que normalmente se desloca na cauda, determina,
conforme o caso, o seu recolhimento pela ambulância ou apenas que seja aliviado, total ou
parcialmente, das armas e do equipamento que serão recolhidos pela viatura destinada a
tal fim.
131
GUIAS, BALIZADORES E GUARDAS DE TRÂNSITO
Os Guias são empregados na orientação e condução da coluna por itinerários ou zonas cujo
reconhecimento não foi possível executar. Devem ser munidos de cartas e instruídos a cerca de
certos dados da marcha. A condução dos diferentes elementos da coluna do P Lib às respectivas
zonas de estacionamento é feita mediante a utilização de guias.
Os Balizadores são colocados ao longo do itinerário de marcha, com o propósito de balizar o
mesmo, evitando que a coluna dele se desvie em determinados pontos críticos. Devem receber
uma instrução adequada à sua finalidade e precedem a coluna de marcha, ou se deslocam na testa
da coluna. À medida que forem ultrapassados pela coluna, recolhem-se à retaguarda desta, caso
não sejam recolhidos por viaturas.
Os Guardas de trânsito são colocados em pontos perigosos do itinerário, para controlar o
trânsito, evitar acidentes, ou facilitar o movimento da coluna de marcha.
CONTROLE DE MARCHA
Para o controle de marcha, utiliza-se a voz, os gestos, os mensageiros e se a situação permitir, os
sinais óticos, acústicos e o rádio. A coluna pouco profunda e compacta é mais vulnerável ao
fogo inimigo, mas facilita o controle, ao contrário, se diluída e alongada, dificulta. Por isso os
fatores antagônicos - dispersão e controle - devem ser bem pesados ao se decidir sobre a
formação da coluna, tendo-se em consideração, também, que a companhia, como unidade de
marcha, se desloca sempre como um todo, mesmo frente aos maiores obstáculos. O controle da
marcha é facilitado pela referência a certos acidentes do terreno e às horas previstas dos altos
constantes na ordem de marcha. No caso de um alto imprevisto, o comandante se desloca sem
demora para a testa e, vencido o obstáculo causador do alto, reinicia imediatamente a marcha. A
fim de marchar com segurança e não impedir o fluxo de trânsito, deve a tropa marchar o mais
possível, pelos lados da estrada. Os comandantes de pelotão e de grupos, comandam à voz e por
gestos. O comandante de pelotão e dos demais escalões superiores devem marchar munidos de
cartas que dêem o itinerário, as quais auxiliam a orientação e a regulação da velocidade.
DISCIPLINA DE MARCHA - Disciplina de marcha é o conjunto de prescrições, regras e
disposições regulamentares que regem as marchas. Ela se inicia antes das marchas e sua atuação
contínua se faz até depois da execução delas.
ESTACIONAMENTOS
Em campanha é indispensável que se proporcione à tropa, frequentemente, condições de
repouso, higiene, conforto e possibilidade de manutenção de seu material. A área onde a tropa
descansa ou se reúne é chamada de ZONA DE ESTACIONAMENTO.
FORMAS DE ESTACIONAMENTO
Acampamento: quando se armam barracas.
Acantonamento: quando se aproveitam as construções existentes, fazendo aí a instalação da
tropa.
Bivaque: quando a tropa permanece ao relento, protegendo-se com a cobertura das árvores, e
com seus abrigos ( capote, pano de barraca, manta etc).
ESCOLHA DOS LOCAIS DE ESTACIONAMENTO
Os locais de estacionamento são escolhidos de acordo com as regras militares e sanitárias bem
definidas. A zona de estacionamento de uma unidade é designada pelo escalão superior.
São fatores determinantes na escolha dos locais de estacionamento:
-Segurança, cobertura e disfarce.
-Espaço suficiente para permitir a dispersão do pessoal e viaturas (Aproximadamente
uma área de 300 m por SU).
-Proximidade de suprimento de água.
-Rede de estradas ou caminhos que permitam o funcionamento do transporte.
132
O PÉ E SUA PROTEÇÃO
Deve-se dispensar aos pés todos os cuidados possíveis. A limpeza permanente, o corte correto das
unhas, o uso de meias em perfeitas condições e de calçados de boa qualidade e o pronto curativo
dos ferimentos são medidas que, assegurando o bom estado dos pés, influem decisivamente no
rendimento das marchas.
Higiene e tratamento dos pés
(a) Antes e depois das marchas deve-se ter o cuidado de lavar os pés, enxugá-los cuidadosamente,
dedo a dedo, e pulverizá-los com pó adequado. Antes da marcha, verificar o tratamento das unhas
e, se for o caso, cortá-las sem aparar os cantos, usando uma tesoura ou outro instrumento próprio;
o corte correto evita as dolorosas unhas encravadas.
(b) Caso não disponha de água, antes de usar o pó, friccionar vigorosamente os pés com pano
seco. As medidas preventivas constituem a melhor proteção contra os ferimentos. Por este
motivo deve o homem precaver-se contra as bolhas d' água, os calos, as frieiras e outras doenças
que atacam os pés. As bolhas d'água são causadas, geralmente, por meias e calçados mal
ajustados ou estragados. Uma vez que as bolhas d´águas são proteções de um local lesionado,
como tratamento deve-se apenas lavá-las e cobri-las com gases e esparadrapo.
c) Os calos são causados por calçados mal ajustados ou por má conformação do pé. Para alívio
temporário, colocar em volta do calo um anel de feltro ou coisa semelhante. Para prevenção e
correção, usar calçados sempre bem ajustados. O “pé de atleta” é uma infecção provocada por
cogumelos, que se pode evitar mantendo os pés, as meias e o calçado sempre limpos e secos.
Obtém-se rápido alívio pela secagem da parte irritada, na qual se aplica o pó especial. O
tratamento depende de cuidados médicos.

As meias - Para serem consideradas em boas condições de uso, as meias, quando calçadas,
devem ajustar-se bem, sem comprimir os pés. Meias folgadas molestam o pé e, quando muito
justas, dificultam a circulação do sangue. Quando se usam dois pares de meias, a que ficar por
fora deverá ser ½ maior que a outra. As meias devem ser mudadas diariamente, pois estando
limpas, aquecem mais. No frio, usar mais de um par de meias completamente secas e, se
possível, previamente aquecidas. O calor do próprio corpo pode servir para aquecê-las.
O calçado - O comandante deve verificar se os homens estão com os calçados bem ajustados.
Para isso determina que fiquem em pé e com o peso do corpo distribuído em ambos os pés, depois
de corretamente calçados.
São aconselháveis, como prevenção a machucados e ferimentos nos pés, as seguintes medidas:
- Manter os pés tão secos quanto possível.
- Secar as meias e o calçado.
- Transportar o fardamento junto ao corpo, de modo a mantê-lo aquecido.
- Evitar, sempre que possível, pisar em água e lama.
- Manter o fardamento folgado nas pernas e tornozelos.
- Não usar meias e calçados mal ajustados.
-Exercitar os pés e massageá-los, quando parado.

Verificar o tamanho do coturno;


A articulação entre o torso e os Verificar se o calçado está folgado deve haver uma folga de 1cm
Verificar o ajustamento sob o arco ou apertado; o couro do coturno não
do pé; não deve estar enrugado dedos deve assentar na parte entre a ponta do dedo maior e
mais larga da sola deve apertar o pé nem ficar folgado a extremidade do coturno

Adversidade de clima requer, como é natural, diversos tipos de calçados, os quais chegam a
caracterizar os trajes de determinadas regiões. No nosso clima, entre quente e temperado, os
coturnos são os mais indicados. O calçado deve ser conservado limpo e engraxado e só deve ser
usado para marchas.
133
NÓS E AMARRAÇÕES
1) Identificar os nós e amarrações mais utilizados em operações militares.
2) Praticar os diversos tipos de nós e amarrações.

CONCEITO
Nó é um entrelaçamento feito a mão da(s) ponta(s) ou seio de um cabo ou mais, seguindo uma
ação criteriosa, formando uma massa uniforme.
Um bom nó tem três características: fácil confecção, eficiência em sua utilização e fácil soltura
(mesmo depois de submetido a grandes tensões ou molhado).
FINALIDADE
Nós e amarrações são empregados nas mais diversas atividades do ser humano, particularmente
nas realizadas ao ar livre (Camping). São empregados no montanhismo, sendo obrigatórios para
quem deseja praticar a escalada, saber confeccionar um nó ou uma amarração. Têm maior
importância ainda no montanhismo militar, no qual são usados em tarefas fundamentais, como
equipagem de vias e sistemas de resgate e de evacuação de feridos e material.
NOMENCLATURA APLICADA ÀS CORDAS
ALÇA - É uma corda ou curva em forma de “U” feita com uma corda.
ANEL - É uma volta em que as partes de uma corda se cruzam.
CHICOTE - São os extremos livres de uma corda.
COCAS - São as voltas ocasionais que aparecem em uma corda.
FIRME - É a parte que fica entre o chicote e a extremidade fixa da corda.
SEIO - É a parte central de uma corda.
CABO SOLTEIRO - É uma corda de 4 a 5 m de comprimento, geralmente de 6 a 8 mm de
diâmetro, usada para assentos de escalada, segurança individual, tracionamento de cordas,
condução de material de escalada etc.
COÇAR - É gastar a corda pelo atrito com uma superfície áspera.
FALCAÇA - É a união dos cordões dos chicotes de uma corda por meio de barbante ou fogo. No
caso das cordas de fibra sintética, impede que os chicotes se desmanchem e facilita o manejo das
cordas.
MORDER - Prender uma corda por
pressão, seja com outra corda ou com
qualquer superfície.
PERMEAR - Dobrar a corda ao meio;
RETINIDAS - Cordas de 5 a 6 mm de
diâmetro, usadas para trabalhos auxi-
liares.
SAFAR UMA CORDA - Liberar uma
corda quando enrolada;
AJUSTAR UM NÓ - Apertar o nó;
BATER A CORDA - Ato de desencocar
uma corda.
ACOCHAR O NÓ - Deixá-lo apertado rente ao corpo ou com seus
arremates rente ao nó principal.

CLASSIFICAÇÃO DOS NÓS


No montanhismo militar, os nós são classificados em:
- NÓS ELEMENTARES - NÓS DE EMENDA
- NÓS ALCEADOS - NÓS DE AMARRACÃO

134
NÓS ELEMENTARES
1 - NÓ SIMPLES OU LAÇADA
- Faz-se primeiro uma meia-volta e passa-se o chicote pelo meio.
- Serve para fazer um caroço no cabo, aumentando o seu
diâmetro.
- Serve para impedir que um cabo corra.

2 - NÓ EM OITO (ALEMÃO)

- Primeiro faz-se uma meia-volta e o chicote passa por baixo do


seio. Depois passa por dentro da meia-volta pelo lado inverso da
passagem pelo seio.
- Usado para evitar que o cabo desfie ou para criar um pequeno
caroço no cabo. É um nó pouco conhecido, mas com a mesma
função do nó simples (tendo mais uma laçada), no entanto é de
mais confiança.

3 - NÓ DE FRADE

- Faz-se meia-volta, passa-se o chicote 2 pela meia-volta e puxa-se o


chicote para fechar a laçada.
- Impedir um cabo de correr ou para rematar o chicote de um cabo.
- É usado para evitar que o cabo desfie ou para criar um pequeno
caroço no cabo.

NÓS DE EMENDA

1 - NÓ DIREITO
- laço direito sobre esquerdo, passando por
baixo;
- laço esquerdo sobre direito, passando por
baixo;
- os chicotes ficam do mesmo lado.
- Serve para unir dois cabos de diâmetros iguais.
- Arremate: Pescador duplo.

2 - NÓ PESCADOR SIMPLES
- Um cabo passa por dentro da laçada do outro e faz uma laçada em torno daquele. Posteriormente
puxam-se ambas as laçadas até se unirem.
- Utilizado para unir dois cabos bem lisos, pode ser usado até em fio de nylon. Tem a desvantagem
de ser difícil de desatá-lo, o que é também, sua qualidade.

135
3 - NÓ DE PESCADOR DUPLO

- Idem ao simples, aumentando-se a


segurança;

4 - NÓ DE ESCOTA OU SINGELO 5 - NÓ DE ESCOTA DUPLO


- Passa-se o chicote de um cabo por dentro da - Passa-se o chicote de um cabo por dentro da
meia-volta do outro e depois por fora da volta. - meia-volta do outro e de novo por fora da volta.
- Dobra-se o chicote e passa-se a dobra pelo - Faz-se uma meia-volta em torno do outro e
próprio cabo. finalmente o chicote sob o próprio e fora da
- Serve para unir dois cabos de diâmetros meia-volta do outro.
diferentes. Como está no desenho, pode ser - Utilizado como o nó de Escota, com melhores
usado para colocar a bandeira no mastro. condições de segurança. É muito recomendado
para cabos de diâmetros muito diferentes.

NÓS ALCEADOS
1 - AZELHA SIMPLES 3 - AZELHA EM OITO

-Serve para ancorar o cabo em um ponto de -Idem a simples, com a vantagem de tesar
amarração, podendo ser induzida. Para não menos;
tesar demais o nó e perder a corda, deve-se -Arremate: Pescador Duplo.
introduzir um toco de madeira no meio do nó;
-Arremate: Pescador Duplo.
1

4 - AZELHA EM OITO DUPLA


2 - AZELHA DUPLA
- À semelhança da azelha, serve para
-Idem a simples, porém não podendo ser ancoragem da corda em um ponto de
induzida, o que aumenta a segurança; amarração, aumentando-se a segurança, muito
-Arremate: Pescador Duplo. utilizada em operações com helicópteros;
- Arremate: Pescador Duplo.

1 3

1
2 2
4

136
NÓS DE AMARRAÇÃO
1 - NÓ-DE-PORCO OU BARQUEIRO 2 - NÓ BOCA-DE-LOBO

- Serve para fixar uma corda em um ponto de - Também é usado como nó de ancoragem;
amarração. - Arremate: Pescador Duplo.
- Arremate: Pescador Duplo.

3 - NÓ PRÚSSICO

- Usado como nó para ancoragem, tem a característica de ser auto-bloqueante.


- Arremate: Pescador Duplo.
4 - NÓ PRÚSSICO A SEIS VOLTAS

- Proporciona maior segurança aos escaladores.


- Arremate: Pescador Duplo.

5 - NÓ MOLA

-Empregado nas ancoragens que necessitam ser rapidamente equipadas e desequipadas.


- Arremate: Nó de Porco e Pescador Duplo.

2 - NÓ MEIO-PORCO OU UIAA¹

- Nó descensor feito com o uso de um mosquetão, utilizado nas


técnicas verticais em substituição aos aparelhos de descida,
como o oito.
1- União Internacional das Associações de Alpinismo - UIAA

137
SEGURANÇAS

1 - LAIS DE GUIA

- Serve, dentre outras aplicações, para


segurança individual do escalador.
- Arremate: Pescador Duplo.

2 - ATADURA DE PEITO

- Utilizada exclusivamente para a segurança do


escalador;
.- Arremate: Pescador Duplo

- A azelha simples do pescoço deverá estar


com as duas voltas paralelas, para baixo e
para a frente.
- O chicote menor da azellha deverá estar para a
esquerda (destros) ou para a direita (canhotos).
- O nó direito deverá estar arrematado.
- A atadura deverá estar acochada.

3 - ASSENTO AMERICANO

- Utilizado para a segurança do escalador e como ponto de ancoragem para equipamentos de


desescalada. Ex.: mosquetão e freio para rappel.
.- Arremate: Pescador Duplo.
- O nó direito deverá estar arrematado e sua confecção será no lado oposto do braço principal.
- O assento americano deverá estar acochado.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CONFECÇÃO DOS NÓS


1. Na confecção de um nó deve-se ter o cuidado de evitar trançar ou torcer as voltas da corda, para
não deformar sua aparência ou “fotografia”. Um nó mal confeccionado poderá afrouxar e desatar
quando não estiver sendo exigido e, quando estiver com as voltas superpostas, será mais difícil
de desatar após tensionado;
2.Todo nó deve ser bem acochado e arrematado com um nó de pescador ou um nó de pescador
duplo. Este arremate visa aumentar a segurança do nó;
3. O arremate deve ser confeccionado bem junto do nó;
4. Os seguintes nós não devem ser arrematados: simples, alemão, frade, fita e meio porco;
5. Além das características já citadas, os nós devem ser de fácil confecção, fácil soltura e
proporcionar a devida segurança.
138
TRANSPOSIÇÃO DE OBSTÁCULOS (PISTA DE CORDAS)
1) Identificar as técnicas de transposição de obstáculos em uma pista de cordas.
2) Praticar a transposição de obstáculos de uma pista de cordas (Comando Crawl simples e
duplo, Preguiça, Falsa baiana, Cabo aéreo, Rappel em “S” e com freio em 8, Leppar, Ponte de 3
cordas, Corda vertical, Passeio do Tarzan, Passeio do jacaré) empregando as técnicas adequadas
com força de vontade (persistência).

PASSADEIRAS
PINGUELA
Quando o curso d'água tiver pequenas
proporções, com largura de até 10 m e não for
vadeável, pode ser usado um tronco de árvore de
comprimento suficiente para cruzá-lo de uma
margem à outra. Na selva, pode-se abater uma
árvore em uma das margens, fazendo com que,
ao cair, cruze o rio na sua largura. Para que a
travessia seja feita em segurança, é necessário
fazer um corrimão. É um processo simples, no
qual a perda de tempo no abate da árvore é
plenamente compensada pela segurança e pela
Fig 1 - Travessia da pinguela
rapidez na transposição.
PASSADEIRA PENSIL
A passadeira pensil é um trabalho
semipermanente, normalmente realizado por
elementos de Engenharia. É empregada, em
princípio, em vãos de até 30 m. A travessia
deve ser feita em passo vivo pelo centro da
passadeira, procurando pisar firme, a fim de
neutralizar o movimento ondulatório (fig 2).
Para maior segurança, pode-se instalar
corrimão. Os elementos de Engenharia têm
condições de construir diversos tipos de
passadeiras pênseis, de acordo com o material e Fig.2 - Travessia da passadeira
o tempo disponíveis.
PONTES DE CORDAS
As pontes de cordas são meios improvisados e temporários para cruzar obstáculos, tais como
cursos d'água, canais, desfiladeiros etc. Este método só é usado quando resulta em economia de
tempo.

PONTE DE UMA CORDA

È constituída de uma corda tencionada e


ancorada nas duas extremidades do vão a ser
ultrapassado.

Fig 3 - Travessia pela ponte de uma corda pelo


processo do comando “craw”
139
PROCESSOS DE TRAVESSIA
1 - Comando “Craw”
O combatente deita-se na corda, colocando sobre ela o peito de um dos pés, mantendo esta perna
flexionada; a outra deve pender, naturalmente, para manter o equilíbrio do corpo (fig 3) . A tração
do corpo é feita pelas mãos, ajudada pelo pé que está sobre a corda. Se o equilíbrio for perdido e o
corpo ficar dependurado, pode-se retornar à posição original; no entanto, é aconselhável
prosseguir no processo da preguiça, mostrado a seguir.
2 - Preguiça 3 - Assento
- Agarra-se a corda com as mãos, cruzando - Confecciona-se um assento de um nó e
sobre ela os pés. Para a transposição, deve- engancha-se o mosquetão de escalada na
se puxar o corpo, alternadamente com as corda da ponte. Para a transposição, procede-
mãos, auxiliando com as pernas, ou então se como no item anterior. É o processo mais
caminhar como uma preguiça (fig 4). seguro (fig 5).

Fig 4. Travessia pelo processo da preguiça Fig 5. Travessia pelo processo do assento
PONTE DE DUAS CORDAS
1 - Falsa Baiana
- Esta ponte é construída da mesma maneira que
a de uma corda, só que se instalam duas cordas,
uma acima da outra, separadas de 1,2m a 1,8m
nos pontos de amarração.
Processo de travessia: Colocar os pés sobre a
corda de baixo, apoiando-se na junção do salto
com a sola do coturno; as mãos empunham,
inversamente, a corda superior. Basta
deslizar as mãos e os pés ao mesmo tempo, na
direção do deslocamento (fig 6). É importante
manter permanente contato dos pés e das mãos
com as cordas. É aconselhável não juntar os Fig 6. Travessia pela falsa baiana
pés e mãos ao mesmo tempo.
2 - Comando Duplo
É construído com duas cordas de sisal ancoradas
no mesmo plano horizontal e afastadas entre si
de 0,5 metro. Não deve ultrapassar a 15 metros.
Processo de travessia:
- posicionar o corpo sobre as cordas, apoiando
as mãos e as partes anteriores dos pés sobre as
mesmas, de tal modo que as pontas dos pés
fiquem para o interior das cordas e os joelhos
para fora. Para a transposição, tracionar o corpo
através dos braços e, simultaneamente, executar
um jogo de cintura, aproximando os joelhos das
Fig 7. Travessia pelo comando duplo mãos (fig 7).
140
PONTE DE TRÊS CORDAS
Esta ponte é uma instalação semipermanente, empregada
quando há maior volume de tráfego. É construída com duas
cordas ancoradas à mesma altura e uma terceira abaixo das
duas cerca de 1,5m. As cordas superiores serão utilizadas como
corrimão e as inferiores como piso.
Processo de Travessia: O combatente deverá pisar nas junções
dos cabos auxiliares com o cabo inferior, tendo as pontas dos
pés sempre voltadas para fora; as mãos deslizam nas cordas
superiores, mantendo contato permanente com
as mesmas durante a travessia. Na travessia da ponte deve ser
mantido um intervalo mínimo de seis metros entre os homens,
quando inteiramente equipados. Se a ponte oscilar
demasiadamente, o combatente deverá parar e empurrar para
fora as cordas superiores, até que a ponte se estabilize (fig 8).

Fig. 8 - Ponte de três cordas


CABO AÉREO OU TIROLESA

O cabo aéreo consta de um cabo de aço, preso a


dois pontos de amarração, servindo como
cabo-trilho e meios para transportar e tracionar
material ou pessoal.
É utilizado na transposição de cargas e feridos
por pequenas depressões ou cursos d'água de
travessia difícil por outros meios.

Processo de travessia: Deve-se preparar um assento americano para o combatente ferido e, com o
mosquetão de escalada, prendê-lo ao cabo de carga. Para ultrapassar o obstáculo, o combatente é
tracionado para a outra extremidade, por meio do cabo de tração. Quando o cabo-trilho tiver uma
inclinação acentuada, a ação da gravidade poderá auxiliar na travessia e uma das pernas do cabo
de tração será utilizada para controlar a velocidade .
Quando se tratar de carga, a travessia será semelhante, havendo necessidade apenas de
preparação dos fardos ou pacotes.
TÉCNICAS DE RAPPEL
Quando se realiza a descida de uma encosta, o combatente poderá empregar a técnica
denominada rappel, que consiste na utilização de uma corda previamente ancorada na parte
superior do obstáculo, segundo um dos processos descritos abaixo.

RAPPEL SEM MOSQUETÃO DE ESCALADA

1. Rappel improvisado ou rápido

Tomada de posição
Com a frente voltada para o ponto de amarração, passar a corda por baixo das axilas , de tal forma
que o chicote seja empunhado pela mão de frenagem. A outra mão segura o firme da corda e
proporciona direção durante a descida.
141
Técnica de descida: Para a descida, caminhar
lateralmente sobre o declive. Quando
necessário frear, levar a mão de frenagem à
frente do corpo e, simultaneamente, voltar-se
na direção do firme da corda.
Emprego: Este processo só deverá ser
empregado por tropa adestrada e em declives
moderados. É conveniente o uso
de luvas. Apresenta como vantagem a
simplicidade.

2. Rappel em “S” ou de Corpo


Tomada de posição: Com a frente voltada para o ponto de amarração, passar a corda por entre as
pernas envolvendo uma das coxas; levá-la ao ombro oposto. Passando à frente do peito;
empunhar o chicote da corda com a mão de frenagem, que é a do mesmo lado da perna
envolvida; por exemplo: perna direita, ombro esquerdo e mão direita. A outra mão segura o firme
da corda e proporciona direção e equilíbrio durante a descida.
Técnica de descida: Para a descida, a frente deve
estar ligeiramente voltada para um lado, com a
mão de frenagem sempre abaixo; os pés devem
manter, entre si, um ângulo de 90º; as pernas
devem ser ligeiramente flexionadas e separadas
para lograr estabilidade lateral, sendo que a
envolvida pela corda deve, sempre, estar abaixo
da outra; as costas devem permanecer retas, a
fim de reduzir a fricção desnecessária. A descida
será executa por saltos ou caminhada.
Emprego: É empregado em pequenas descidas e
no adestramento da tropa, por não necessitar de
material especial e possibilitar alto grau de
segurança.

RAPPEL COM MOSQUETÃO DE ESCALADA

1. Rappel de Ombro

Tomada de posição: Confeccionar o assento


americano; passar a corda pelo interior do
mosquetão, levando-a ao ombro oposto à
mão da frenagem; empunhar a corda pela
mão de frenagem; a outra mão segura o
firme da corda, proporcionando equilíbrio e
direção durante a descida .
Descida e emprego: A descida e o emprego
são como no rappel em “S”.

2. Rappel de Cintura

Tomada de posição: Preparar o assento americano; colocar o mosquetão de escalada no assento;


posicionar-se do lado da corda oposto à mão de frenagem empunha o chicote e a outra o firme.

142
Técnica de descida
Para a descida, a mão de frenagem deve permanecer lateralmente à coxa, e o corpo ligeiramente
inclinado para trás e para o lado; os pés, afastados e formando um angulo reto; as pernas ,
ligeiramente flexionadas, para dar maior estabilidade. A descida poderá ser realizada por saltos
ou por pequenos lanços; para frear, pode-se levar a mão de frenagem à retaguarda do corpo ou
para cima, sem largar o chicote, no primeiro caso, o freio será proveniente do atrito feito sobre a
mão e o corpo e, no segundo, pela mascada da corda no mosquetão de escala, o que é mais
aconselhável. No caso de ângulos negativos, o procedimento será o mesmo. Até que os pés
percam o contato com o paredão; a partir dai, o combatente ficará preso apenas pela corda e o
assento, descendo pelo efeito da gravidade, controlando a velocidade com a mão frenadora.

Emprego
Possibilita maior rapidez, segurança na execução e atenua a fricção da corda no mosquetão de
escalada. Este tipo de rappel só deve ser empregado por tropa adestrada e os combatentes devem
usar luvas. O rappel de cintura com assento americano é empregado em declives acentuados.

3. Rappel de Frente
Tomada de posição: Confeccionar o assento
americano e colocar o mosquetão lateralmente,
envolvendo a laçada da cintura e a alça de uma
das pernas. De costas para o ponto de
amarração, dar apenas uma volta com a corda no
mosquetão e empunhar o chicote à frente do
corpo.
Técnica de descida: A descida é realizada em
corrida sobre o talude, com as mãos sempre à
frente do corpo; para frear, basta apertar a corda
com as mãos, aumentando o atrito.
Emprego: É empregado por tropa especializada em missões que exijam rapidez na transposição
do obstáculo. O combatente tem que utilizar luvas.

RAPPEL COM FREIO


Tomada de posição:
- confeccionar um assento americano;
- fixar um mosquetão na parte central do assento;
- fixar o freio em oito no mosquetão;
- passar a corda pelo freio preso no mosquetão;
- a mão frenadora empunha a corda na lateral do corpo e a outra fica livre.
Técnica de descida
A técnica de descida é semelhante à do Rappel
de cintura, porém naquele, para frear, o
homem eleva a mão de frenagem na direção
do firme da corda, enquanto neste a mão de
frenagem deve tracionar o chicote para trás
do corpo.
Emprego: O emprego é semelhante ao do
Rappel de cintura. Apresenta, como
vantagem, maior segurança na frenagem e
menor desgaste da corda de descida. O
combatente deve usar luvas.

143
TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D´ÁGUA

1) Identificar os meios de flutuação improvisados para realização de transposição de curso de


água.
2) Praticar a transposição de cursos de água com meios de flutuação improvisados com o próprio
fardamento e equipamento ou material da região (pelota, cantil, bambus, calça, gandola, saco
VO etc), ajustando-se ao ambiente aquático (adaptabilidade).

CABO SUBMERSO
O cabo submerso consta de uma corda, ancorada em ambas as margens do curso d'água.
Processo de Travessia:
1 - O militar deverá prender o fuzil na parte superior da mochila, ancorando-o com um cordel.
A barrigueira da mochila deverá ser presa em uma das pernas, passando pela virilha.
2 - Empunhar a corda com ambas as mãos, mantendo as pernas abertas; ao realizar o
deslocamento, manter a cabeça dentro d´água e, só levantá-la para respirar ou observar à frente.
3 - Caso haja correnteza, empunhar o cabo submerso, com as costas voltadas para o sentido da
correnteza do rio; tracionar o corpo lateralmente, através de movimentos sucessivos dos braços,
até atingir a margem oposta.
Emprego: É utilizado para transposição de cursos d'água de margens baixas, apresentando a
vantagem de rapidez no lançamento e na ultrapassagem.

BOIAS IMPROVISADAS
BOIAS DE CANTIS BOIA DE TALO DE BURITI (BAMBU)

Prender ao cinto de guarnição cerca de oito Unir talos secos de buriti ou outro tipo de
cantis vazios e fechados, fixando-o à cintura ou madeira de fácil flutuação, como um colete, de
ao tórax do combatente. modo que envolvam o tórax do combatente.

144
BOIA DE CAMISA

Abotoar todos os botões da camisa, colocando a


gola para dentro;
Passar barro na parte interna da gandola a fim de
aumentar a impermeabilização e molhá-la;
Para inflar, mantendo aberta a camisa na sua
parte inferior, sentar ou saltar sobre a água e em
seguida, fechar, com uma das mãos, a mesma
parte inferior acima citada, à altura da cintura.
Isto irá formar um bolsão de ar no interior da
camisa, na região das espáduas, o que auxiliará a
flutuação.
Caso haja esvaziamento do bolsão de ar, o
combatente deverá expirar entre o 2º e 3º botões
da camisa, a fim de recuperá-lo.

BOIA DE CALÇA

Amarrar as pernas da calça, abotoar a bragilha


e virá-la do avesso; molhar a calça, para inflar,
levá-la pelo cós para trás da cabeça,
procurando manter a cintura aberta, de modo a
permitir a entrada de ar nas pernas e, num
movimento rápido, batê-la contra a água; em
seguida, fechar a boca da calça com uma das
mãos. A bóia está pronta para ser utilizada,
constituindo-se em excelente auxílio à
flutuação.
Para a transposição, apoiar o corpo pelo
abdômen ou por uma das axilas entre as pernas
infladas da calça, mantendo fechada a cintura
com uma das mãos.
Para reinflar as pernas da calça, expirar através
da cintura.

BOIA COM MOCHILA

A mochila do militar pode ser utilizada de duas


formas para a transposição de cursos d´água:
1- Militar equipado com a mochila: prende-se a
barrigueira da mochila na virilha e deixa as
alças frouxas para facilitar o deslocamento.
2- Mochila como boia de apoio: o militar
desloca-se nadando ao lado da mochila e a
utiliza para descansar.

145
BALSAS IMPROVISADAS
BALSA DE EQUIPAMENTO E PONCHO (PELOTA)

Construção:
1. fechar o capuz do poncho;
2. colocá-lo sobre o solo, mantendo o capuz para baixo;
3. dispor o armamento diagonalmente sobre o poncho, formando uma armação em "X";
4. colocar o equipamento individual simetricamente, conforme indicado na figura abaixo;
5. com os coturnos, proteger o poncho das arestas vivas do armamento e fechar o poncho;
6. envolver o conjunto com um segundo poncho, inversamente à posição do primeiro;
7. prender um cantil vazio à balsa, com um cordel de cerca de 10 metros, afim de facilitar seu
resgate, caso ela afunde.
Transposição:
- para a transposição, os combatentes nadam empurrando a balsa, evitando apoiar o corpo sobre
ela.
Emprego:
- emprego idêntico ao da mochila como apoio, com a vantagem de não molhar o equipamento e o
armamento, caso vire.

JANGADA

Empregada normalmente para efetuar longos


percursos, uma vez que a sua construção é
trabalhosa e demorada.

Transposição: Os combatentes preparam com o


seu equipamento uma balsa improvisada
(pelota), amarrando-a sobre a jangada e, com
remos improvisados ou varas auxiliam a
transposição.
O número de homens e quantidade de material
depende do tamanho da jangada.

146
INTELIGÊNCIA E CONTRAINTELIGÊNCIA
1) Identificar a evolução histórica da atividade de Inteligência Militar.
2) Identificar os conceitos básicos da atividade de Inteligência Militar.
3) Identificar os princípios básicos da atividade de Inteligência Militar.
4) Identificar as medidas ativas e passivas de ContraInteligência.
5) Identificar os graus de sigilo dos assuntos militares, particularmente os que dizem respeito ao
aluno da EsPCEx.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA INTELIGÊNCIA MILITAR

A necessidade de conhecimentos para a sobrevivência do homem é tão antiga quanto


ele próprio. SUN-TZU, 500 anos a.C., em seu livro “Tratado sobre a Arte da Guerra”, enfatizava:
“Se conheceis o inimigo e a vós mesmos, não deveis temer o resultado de cem batalhas. Se vos conheceis mas
não ao inimigo, para cada vitória alcançada sofrereis uma derrota. Se não conheceis nem a um nem a outro, sereis
sempre derrotados”.
Na idade Média, verifica-se que GENGIS KHAN, servindo-se de mercadores,
viajantes, enfim, de toda a sorte de informantes, procurava saber que espécie de defesa possuíam
as cidades que pretendia atacar. A História registra que sempre que esteve em combate, levava de
roldão seus adversários.
Na República de Veneza, são famosos os relatórios que diplomatas e enviados a outros
países apresentavam quando de término de suas missões.
Na Idade Moderna, com o advento dos Exércitos e dos Estados Modernos, a Atividade
de Inteligência passou a ser desenvolvida de modo generalizado. Estabeleceu-se o hábito de troca
de embaixadores entre os principais estados da Europa, prática essa de interesse das maiores
potências, visando à obtenção de conhecimento sobre seus prováveis inimigos.
O trabalho dos ingleses foi repetido por RICHELIEU na França, a serviço de Luís XIII,
em sua luta contra os Protestantes, a Nobreza e a Casa d'Áustria.
Ao eclodir a I Guerra Mundial, somente a Inglaterra possuía um Serviço de
Inteligência organizado e dele tirou grande proveito, haja vista a descoberta dos códigos navais
alemães, o sucesso do Cel Lawrence, o maior agitador do mundo árabe registrado pela História
Contemporânea – no Oriente Médio e a manutenção da neutralidade de países estrategicamente
localizados, como a Suécia, a Noruega, a Holanda e a Suíça.
Durante a II Guerra Mundial, os Serviços de Inteligência adversários travaram
verdadeira luta paralela e complementar das operações militares. Justo é assinalar as atividades
da espionagem russa no Extremo Oriente, a cargo de RICHARD SORGE, apelidado o “espião do
século”. Ele informou aos russos, com absoluta precisão e seis semanas de antecedência, a
invasão do país pelos alemães. Mais tarde, informando que a entrada do Japão na guerra não
implicaria em um ataque direto à Rússia, permitiu a STALIN transferir cerca de 2 milhões de
homens da Sibéria para a frente leste e empregá-los na contraofensiva.
Terminada a II Guerra Mundial, surgiram outras formas irregulares de conflitos, como
a “guerra fria”, “guerra psicológica”, “guerra revolucionária” e movimentos insurrecionais.
Neste período, consolidou a Atividade de Inteligência sua posição atual, revelando-se vital à
segurança de qualquer Estado.
CONCEITOS BÁSICOS
a. ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA MILITAR
É a atividade técnico-militar especializada, permanentemente exercida, com o
objetivo de produzir conhecimentos de interesse do comandante de qualquer nível hierárquico e
proteger conhecimentos sensíveis, instalações e pessoal do Exército Brasileiro contra ações
patrocinadas pelos serviços de Inteligência oponentes ou adversos.
Em razão de sua Conceituação, a Atividade de Inteligência Militar desdobra-se em
dois ramos: Inteligência e Contrainteligência.
147
b. RAMO INTELIGÊNCIA
São ações especializadas, permanentemente executadas, com o objetivo de produzir
conhecimentos de interesse do Comandante, de qualquer nível hierárquico, sobre as expressões
do poder nacional do Brasil e de países estrangeiros e, quando definida uma hipótese de conflito,
sobre forças oponentes ou adversas, terreno e condições meteorológicas, visando ao
cumprimento da missão constitucional do Exército Brasileiro.
c. RAMO CONTRAINTELIGÊNCIA
São ações especializadas, permanentemente executadas, com o objetivo de proteger
conhecimentos sensíveis, instalações e pessoal do Exército Brasileiro contra ações de
espionagem, sabotagem, terrorismo e outras desenvolvidas por serviços de Inteligência
oponentes ou adversos.
d. OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA
É o conjunto de ações de busca, com o emprego de técnicas operacionais e meios
especializados, planejado e executado para a obtenção de dados de interesse dos trabalhos
desenvolvidos pela Atividade de Inteligência, visando ao atendimento de seus usuários.
e. DADO
É toda e qualquer representação de fato ou situação por meio de documento, fotografia,
gravação, relato, carta topográfica e outros meios.
f. CONHECIMENTO
É o resultado do processamento de dados ou conhecimentos anteriores, utilizando
metodologia específica da Atividade de Inteligência Militar, visando à avaliação ou ao
estabelecimento de conclusões sobre fatos ou situações.
g. INFORME
É o conhecimento resultante de avaliação de fato ou situação passados ou presentes
quanto à idoneidade de suas fonte, bem como à sua veracidade.
h. INFORMAÇÃO
É o conhecimento resultante de raciocínio elaborado e que expressa a certeza do
analista quanto ao significado de fato ou situação passados ou presentes.
i. APRECIAÇÃO
É o conhecimento resultante de raciocínio elaborado e que expressa a opinião do
analista quanto ao significado de fato ou situação passados ou presentes.
j. ESTIMATIVA
É o conhecimento resultante de raciocínio elaborado, projetado adiante no tempo,
preditivo em sua natureza e que expressa a opinião do analista sobre a evolução de um fato.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA MILITAR


a. SEGURANÇA - Em todas as fases de sua produção, o conhecimento deve ser protegido de
forma que o seu acesso seja limitado apenas às pessoas credenciadas.
b. CLAREZA - Os conhecimentos produzidos devem ser expressos de forma a receberem
imediata e completa compreensão por parte do usuário.
c. AMPLITUDE - O conhecimento produzido sobre o fato, assunto ou situação deve ser o mais
completo possível.
d. IMPARCIALIDADE - A produção de conhecimento deve estar isenta de idéias
preconcebidas, subjetivismo e outras influências que originem distorções.
e. OBJETIVIDADE - A produção do conhecimento deve ser orientada para objetivos definidos,
a fim de minimizar custos e riscos desnecessários.
f. OPORTUNIDADE - O Conhecimento deve ser produzido em prazo que assegure sua
utilização completa e adequada.
g. CONTROLE - A produção do conhecimento deve obedecer a um planejamento que permita
adequado controle de cada uma das fases.
h. INTEGRAÇÃO - Todos os dados e conhecimentos obtidos devem ser processados a fim de
que o produto resultante seja um conhecimento integrado.

148
SEGURANÇA ORGÂNICA
1) Conceituar segurança orgânica.
2) Identificar as medidas de segurança do pessoal referentes ao aluno da EsPCEx.
3) Identificar as medidas de segurança da documentação e do material referentes ao aluno da
EsPCEx.
4) Identificar as medidas de segurança das comunicações referentes ao aluno da EsPCEx.
5) Identificar as medidas de segurança das áreas e instalações referentes ao aluno da EsPCEx.
6) Identificar as medidas de segurança da informática referentes ao aluno da EsPCEx.

SEGURANÇA ORGÂNICA

Segurança Orgânica é um segmento da Contrainteligência.

a. SEGURANÇA DE PESSOAL
Baseada em três princípios:
1. Segurança no Processo Seletivo
# Avaliação da sensibilidade das funções
# Investigação de Segurança
# Controle da Segurança na consulta ao candidato
2. Segurança no desempenho da função :
# Credenciamento para a função
# Educação de Segurança
# Controle na Segurança no desempenho da função
3. Segurança no Desligamento

Exemplos de ações a serem implementadas nos setores:


1) Cadastramento e Acompanhamento de Armeiros/Funções sensíveis
2) Medidas para o Desligamento (Banco de Dados)
3) Proposta de Concessão Credencial Segurança
4) Aprofundamento de Indícios (Esclarecer a suspeita)
5) Controle do tráfego de civis e de ex-militares
6) Educação de Segurança Orgânica
7) Detecção de comportamento incompatível ao desempenho da função
8) Atenção na frequência à Sgte, Enc Mat, Furriel e Reserva de Armamento

b. SEGURANÇA DO MATERIAL
A Documentação e o Material são os suportes mais comuns do conhecimento e,
portanto, mais visados pela espionagem e sabotagem sendo, assim, suscetíveis de vazamentos.

Exemplos de ações a serem implementadas nos setores:


1) Verificar as condições de Armazenamento dos Documentos e Materiais sigilosos e
sensíveis (Arquivos)
2) Fiscalizar a consulta/cópia motivada
3) Verificar as condições de destruição dos Documentos
4) Cuidado com Banco de Dados relativos a pessoas
5) Autenticação só na Secretaria, após despacho com o S1
6) Verificar protocolo/ cautela, custódia e controle de saída (transporte por “estafeta”)
7) Xerox -- Comprometimento -- Vazamento
8) Lixo: CUIDADO !!!

O lixo é uma fonte de informações excelente para os “bisbilhoteiros”.


149
Devemos destruir todo rascunho de trabalho, recorte ou texto já utilizado, usando o
triturador ou o incinerador.

c. SEGURANÇA NAS COMUNICAÇÕES


Exemplos de ações a serem implementadas nos setores:
1) Verificar as condições de utilização dos telefones públicos e ramais
2) Fiscalizar a proibição da utilização de celulares
3) Verificar as condições de funcionamento dos interfones da Guarda ao Quartel
4) Preparar as normas de utilização adequadas quando da instalação do PABX
5) Investir na educação de segurança

d. SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES


Exemplos de ações a serem implementadas nos setores:
1) Verificar o Plano de Combate a Incêndio do Setor
2) Demarcar Áreas (Sigilosas e Restritas)
3) Implantar Barreiras
4) Estabelecer controles de acesso
5) Planejar sistemas de detecção de intrusão e de alarme
6) Assessorar o Cmt SU no estabelecimento de um sistema de defesa
7) Planejar e ENSAIAR a evacuação do setor

e. SEGURANÇA DA INFORMÁTICA
É o conjunto de medidas destinadas a preservar o sigilo das atividades de
processamento, de transmissão de dados e a integridade dos sistemas materiais e programas de
informática do Sistema Exército.
Exemplos de ações a serem implementadas nos setores:
1) Verificar as principais causas da paralisação do sistema de informática do setor
2) Fiscalizar a segurança dos dados sensíveis e sigilosos do setor (cuidado com a rede)
3) Estabelecer uma disciplina de senhas
4) Verificar a segurança física dos locais onde existam computadores
5) Verificar a existência da disciplina de back up
6) Fiscalizar o acesso à internet
7) Questionar sempre o transporte de computadores para a residência (autorização escrita)
8) Verificar a utilização de senhas para protetores de tela quando for o caso

f. CLASSIFICAÇÃO DOS ASSUNTOS SIGILOSOS


Para a classificação dos assuntos sigilosos, deve-se considerar o seguinte:
I - a natureza do seu conteúdo;
II - a necessidade de segurança;
III - a necessidade de conhecer; e

Os assuntos sigilosos classificam-se em quatro graus de sigilo:


I - ultra-secretos: os que requeiram excepcionais medidas de segurança e cujo teor só deva ser do
conhecimento de agentes públicos ligados ao seu estudo e manuseio;
II - secretos: os que requeiram rigorosas medidas de segurança e cujo teor ou característica
possam ser do conhecimento de agentes públicos que, embora sem ligação íntima com seu estudo
ou manuseio, sejam autorizados a delas tomarem conhecimento em razão de sua
responsabilidade funcional;
III - confidenciais: aqueles cujo conhecimento e divulgação possam ser prejudiciais ao
interesse do País; e
IV - reservados: aqueles que não devam, imediatamente, ser do conhecimento do público em
geral.

150
V - ostensivo: aqueles que são acessíveis ao público em geral;

São assuntos passíveis de classificação como ultra-secretos aqueles referentes à


soberania e à integridade territorial nacionais, planos de guerra e relações internacionais do País,
cuja divulgação ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado.
A classificação de assunto no grau de sigilo ultra-secreto somente poderá ser feita pelos
chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário Federais.

São assuntos passíveis de classificação como secretos aqueles referentes a planos ou


detalhes de operações militares, os que indiquem instalações estratégicas e os assuntos
diplomáticos que requeiram rigorosas medidas de segurança, cuja divulgação ponha em risco a
segurança da sociedade e do Estado.
A classificação de assunto no grau de sigilo secreto somente poderá ser feita pelas
autoridades indicadas no parágrafo único do artigo anterior, por Governadores e Ministros de
Estado, pelo Comandante do Exército, pelos Oficiais-Generais, pelos Adidos Militares ou pelo
Comandante, Chefe ou Diretor de OM, nos termos da delegação ou subdelegação de
competência concedida.

São assuntos passíveis de classificação como confidenciais aqueles em que o sigilo


devam ser mantidos por interesse do governo e das partes e cuja divulgação prévia possa vir a
frustrar seus objetivos, ou ponha em risco a segurança da sociedade e do Estado.
A classificação de assunto no grau de sigilo confidencial somente poderá ser feita
pelas autoridades indicadas no parágrafo único do artigo anterior, pelos titulares dos Órgãos da
Administração Pública Federal, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, pelos
Oficiais e Servidores Civis de Nível Superior, estes em cargos em comissão e funções de
confiança, nos termos da delegação ou subdelegação de competência concedida.

São assuntos passíveis de classificação como reservados aqueles cuja divulgação,


quando ainda em trâmite, comprometam as operações ou objetivos neles previstos.
A classificação de assunto no grau de sigilo reservado somente poderá ser feita por
autoridades indicadas e pelos agentes públicos formalmente encarregados da execução de
projetos, planos e programas.
DECÁLOGO DE SEGURANÇA ORGÂNICA
1. Não deposite na cesta de papéis: rascunhos, cópias, carbono e estêncil sigilosos. Use o
triturador ou incinere os documentos inservíveis. O lixo triturado deverá ser recolhido e
incinerado diariamente.
2. Retire de sua mesa de trabalho, antes de deixar a sala, documentos que não devam ficar
expostos, guardando-os em local apropriado. Ao término do expediente, verifique se os arquivos,
gavetas e portas de armários ficaram fechados e trancados.
3. Assunto sigiloso não é conversa para telefone. Não há segurança neste tipo de comunicação.
4. Assuntos sigilosos, de qualquer natureza, não deverão ser objeto de conversas em reuniões
sociais, bares, restaurantes, coletivos etc.
5. Tenha sempre em mente que, em reuniões sociais, você não sabe quem está escutando.
6. No serviço, tenha sempre em mente que o acesso a documentos sigilosos depende da
NECESSIDADE DE CONHECER.
7. Informações sobre documentos (teor e andamento) somente deverão ser fornecidas a quem
estiver devidamente credenciado.
8. Lembre-se sempre de que o conhecimento de assuntos sigilosos depende da função
desempenhada e não do seu grau hierárquico ou posição.
9. Qualquer indício de risco na segurança do pessoal, da documentação, das instalações, das
comunicações e da Informática deve ser imediatamente comunicado ao Of C Intlg.
10. Confie e colabore com a Guarda do Quartel e demais elementos de serviço. Eles o estão
ajudando a cumprir estas normas.
151
Ao retirar-se do local de trabalho, guarde toda a documentação sigilosa em arquivos ou armários
com chave. Nenhum documento sigiloso deve ficar sobre as mesas.
Fale ao telefone apenas o estritamente necessário. Este meio não oferece segurança quanto a
assuntos sigilosos.
Quando estiver de folga, evite comentários sobre as condições de segurança do quartel.
Não permita que visitantes circulem pelo quartel sem estarem acompanhados até o seu destino.
Não leve para casa documentos sigilosos. Por mais cuidado que se possa ter, existe sempre um
risco de segurança.
Todo militar deve conhecer a localização do material de combate a incêndio mais próximo.
Cada indivíduo só deve conhecer aquilo para qual está credenciado. A sua função exige
credencial de segurança? A que tipos de documentos você pode ter acesso?
Lembre-se de que a compartimentação é uma questão funcional e de segurança. Não depende do
grau hierárquico.
Não utilize o telefone para tratar de assuntos sigilosos, seja breve e discreto em suas ligações.
Toda vez que sair do local de trabalho, guarde toda a documentação.
Não retire do local de trabalho qualquer documento sigiloso. Não os leve para casa. Sempre
existe o risco para a segurança.
Participe ao seu superior qualquer fato anormal que atente contra as áreas ou instalações do
quartel.
Esteja atento para pequenos incidentes sem causa aparente em sua seção. Ocorrências como
extravio de documentos, pequenos sinistros e mudanças no layout interno, quando acontecem de
forma constante, podem ser indícios de sabotagem ou acesso de pessoas não autorizadas.
Crie MECANISMOS DE FISCALIZAÇÃO para que você possa perceber rapidamente
qualquer alteração no seu local de trabalho!
Ao afastar-se temporariamente de seu computador, feche os arquivos e/ou sistemas utilizados
para que ninguém os acesse.
Não forneça suas senhas pessoais a terceiros!
Ao término do expediente, todas as dependências deverão estar com os computadores e aparelhos
de ar-condicionado desligados, com as luzes apagadas e as portas trancadas.
A pasta “público”, existente na rede interna da EsPCEx, não deverá ser utilizada para a inserção
de arquivos sigilosos.
Os Documentos cuja reprodução seja proibida deverão receber um carimbo com a expressão
“vedada a reprodução”, na cor vermelha e no centro do texto.
Ao reproduzir um documento sigiloso, não se esqueça de carimbá-lo com a expressão “CÓPIA”,
na cor vermelha no centro do texto. Controle Rigorosamente a reprodução de documentos
sigilosos, por meio de um livro de controle de cópias.
Para a guarda de documentos SECRETOS é obrigatório, no mínimo, o uso de cofre com segredo
de três combinações ou material que ofereça segurança equivalente ou superior.
Para a guarda de documentos CONFIDENCIAIS ou RESERVADOS é obrigatório, no mínimo, o
uso de arquivo com chave.
Os computadores que estiverem conectados à Internet, ou a outras redes com acesso remoto, não
deverão conter assunto sigiloso ou de natureza sensível.
O correio eletrônico ("e-mail") somente deverá ser utilizado para o envio de mensagens contendo
assunto sigiloso ou de natureza sensível, quando for utilizado um sistema criptográfico,
possibilitando o sigilo e a integridade.
Os "e-mails" recebidos de procedência desconhecida não deverão ser abertos, principalmente os
que contenham arquivos anexados.
Os militares que tratam com assuntos sigilosos ou de natureza sensível são responsáveis pela
segurança dos mesmos e estão sujeitos às regras referentes ao sigilo profissional, em razão do
ofício, da legislação vigente e do Estatuto dos Militares.
Os servidores civis que tratam com assuntos sigilosos, ou de natureza sensível, são responsáveis
pela segurança dos mesmos e estão sujeitos às regras referentes ao sigilo profissional, em razão
do ofício, da legislação vigente e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal.
152
Não deverá ser utilizado computador portátil para o trato de assunto sigiloso ou de natureza
sensível, considerando: que os arquivos apagados do seu disco rígido poderão ser recuperados
por pessoa não autorizada, com a utilização de programas específicos; e que a segurança do
equipamento é relativa, em se tratando dos imprevistos por ocasião do seu transporte.
Ao fim do expediente, separe o lixo referente a assuntos sensíveis para que o mesmo seja
devidamente triturado e incinerado. O lixo pode ser uma excelente fonte de informações !
Não deverá ser permitida a entrada de pessoas conduzindo máquinas fotográficas, filmadoras
e/ou gravadores, em áreas e instalações que tratem de assunto sigiloso ou de natureza sensível.
As instalações das OM, particularmente as de Informática e Comunicações, deverão utilizar,
sempre que possível, redes elétricas adequadamente dimensionadas e estabilizadas, visando à
proteção contra sobrecargas.
Nenhuma informação sensível ou classificada com grau de sigilo deverá constar das "Home
Pages" das Organizações Militares, dos militares da ativa, da reserva ou dos servidores civis.
Serão consideradas como informações sensíveis: vista aérea da OM, fotografias internas de
pontos importantes da OM (paiol, reserva de armamento etc), cadeia de comando, peculiaridades
do emprego, características técnicas do material de emprego militar, informações pessoais dos
integrantes da OM, informações contidas nos Quadros de Organização / Lotação ou de Material,
dentre outras.
Fica resguardado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação do
sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa.
Os militares que concorrem aos diversos serviços de escala devem conhecer a fundo o Plano de
Defesa do Aquartelamento (PDA), bem como as missões específicas da função que
desempenham no serviço.
Não transmita mensagens sigilosas pelo fax. Este meio não oferece a devida segurança.
A rotina tende a atenuar a segurança.

SEJA PREVENTIVO!
PRATIQUE SEGURANÇA ORGÂNICA!

153
ANEXO A - TEMPO PARA A EXECUÇÃO DE NÓS E AMARRAÇÕES

NÓ o u A M A RR AÇ ÃO TE MP O

1 N Ó S IM P LES O U L A Ç A D A - 0 5 (c i nc o ) s e gu nd os

2 N Ó E M O ITO (A LEM Ã O ) - 0 5 (c i nc o ) s e gu nd os

3 N Ó D E FR AD E - 0 7 (s e te ) se gu n do s

4 N Ó D IR E IT O . - 3 0 (t rin ta ) se g un do s
A r rem a te : 02 P e s c a do re s du pl o

5 N Ó P E S C A D O R S IM P LE S - 2 0 (v in te ) se g un do s

6 N Ó D E P ES C A D O R D U P L O - 3 5 (t rin ta e c in c o) se g un do s

7 N Ó D E ES C O TA O U S IN G E LO - 1 5 (q ui nz e ) se gu n do s

8 N Ó D E ES C O TA D U P L O - 2 5 (v in te e c in c o) se g un do s

9 A ZE LH A S IM P LES . - 2 0 (v in te ) se g un do s
A r rem a te : 01 P e s c a do r D up lo .

10 A ZE LH A D U P LA . - 3 0 (t rin ta ) se g un do s
A r rem a te : 01 P e s c a do r D up lo .

11 A ZE LH A E M O ITO . - 3 0 (t rin ta ) se g un do s
A r rem a te : 01 P e s c a do r D up lo .

12 A ZE LH A E M O ITO D U P L A . - 4 0 (q ua re n ta ) se g un do s
A r rem a te : 01 P e s c a do r D up lo .

13 N Ó -D E-P O R C O . - 2 5 (v in te e c in c o) se g un do s
A r rem a te : 01 P e s c a do r D up lo .

14 N Ó B O C A -D E -LO B O . - 2 5 (v in te e c in c o) se g un do s
A r rem a te : 01 P e s c a do r D up lo

15 N Ó P R Ú S S IC O A 6 V O LTA S . - 5 0 (c i nq ue n ta ) se g un do s
A r rem a te : 01 P e s c a do r D up lo .

16 N Ó M O LA . - 8 0 (o it e nt a ) s e gu nd os
A r rem a te : 01 N ó de P o rc o e 01 P e s c a do r D up lo .

17 N Ó M EIO -P O R C O o u U IA A 15 (qu i nz e ) s e gu nd os

18 L A IS D E G U IA - 2 5 (v in te e c in c o) se g un do s

19 A TA D U R A D E P EIT O - 8 0 (o it e nt a ) s e gu nd os
- a z e l ha si m pl e s c orre t a e v ol ta d a p a ra fre nt e (1 )
- n ó di re it o c orre t o (1 )
- a rre m a t e c o m p e sc a d or d up l o c o rre to (2 )
- a c o c h a m e nt o (1 )

20 A S S E N TO A M ER IC A N O - 8 0 (o it e nt a ) s e gu nd os
- n ó si m pl e s c om t rê s vo lt a s c orre t o (1 )
- c ru z a m e nt o c orre t o da s c ord a s na re gi ã o d a s c os ta s (1 )
- p a ra l el is m o do c h ic o te a o p a ss a r p e lo nó c e n tra l (1 )
- n ó di re it o c orre t o (1 )
- a rre m a t e c o m p e sc a d or d up l o c o rre to (2 )
- a c o c h a m e nt o (1 )

154
ANEXO B - EXERCÍCIO DE COMPORTAMENTO MILITAR

Questão 1
O Sgt Antimônio incorporou-se às fileiras do EB no dia 22 de janeiro de 1997. Inicialmente, por
ter demonstrado ser um militar dedicado e cumpridor de suas missões com presteza, foi elogiado
verbalmente por seus superiores. Porém, após alguns anos, seu comportamento começou a mudar
sensivelmente. Em 10 março de 1998, o Sgt Antimônio foi punido com 7 dias de detenção, por ter
realizado a ronda noturna, quando de serviço de Sgt Dia, sem utilizar seu equipamento individual.
Em 25 novembro 1998, foi punido com 7 dias de prisão, novamente durante o serviço, agora por
não ter realizado a ronda, alegando fortes dores de cabeça. No dia 17 de janeiro de 2000, foi
punido com 9 dias de prisão, por ter apontado a arma alimentada para a direção da assistência,
durante a realização de tiro real com a metralhadora Beretta, atentando, assim, contra a
segurança. No dia 7 abril de 2000, foi punido com 4 dias de detenção, por preencher de maneira
incorreta a folha de pernoite de sua SU, estando como substituto temporário do sargenteante.
Porém o Sgt Antimônio nunca tinha sido sargenteante e desconhecia muitas das missões inerentes
a essa função. No dia 30 de junho de 2001, foi punido com 6 dias de prisão, por não ter cumprido
ordens do seu Cmt Pel, ao deixar de colocar sua Seção em forma, no horário previsto.
Em 27 de agosto de 2003, foi punido com 10 dias de prisão, por ter faltado à formatura do dia 7 de
setembro, sem justificativa para tal. Em 27 novembro 2003, foi punido com uma repreensão por
ter conversado em forma durante a formatura geral de sua Unidade.
No dia 15 de fevereiro de 2004, foi punido com 2 dias de detenção, por ter discutido com um
companheiro na frente de seus subordinados.
a) Caso se sentisse injustiçado, qual recurso disciplinar o Sgt Antimônio poderia
encaminhar ao seu Cmt, em relação à punição sofrida em 10 março 1998?
b) Cite 01(uma) circunstância agravante para a transgressão cometida em 25 de novembro
de 1998.
c) Cite 01(uma) circunstância atenuante para a transgressão cometida em 7 de abril de
2000.
Falta de prática do serviço
d) Qual a classificação de comportamento do militar nas datas abaixo?
30 junho 2001 ____
27 agosto 2003 ____
15 fevereiro 2004 ____
e) A partir de que data o referido militar poderá solicitar o cancelamento de sua punição
sofrida em 15 de fevereiro de 2004?

Questão 2
. O Soldado Altemar incorporou no 14º GAC (Pouso Alegre – MG) na data de 20 Mar 70.
Complete a classificação do comportamento deste militar ao longo de sua carreira.
DA T A E V E NT O CO M P O R TA M E N TO
2 0 M A R 70 IN C O R P O RA CA O
2 4 M A I 70 02 DIA S D E DE T E N CA O DIS C IP LIN A R
1 0 J UN 70 -
1 9 O UT 7 0 15 DIA S D E P R IS A O DIS C IP LIN A R
1 4 FE V 7 1 -
0 6 M A R 71 08 DIA S D E DE T E N CA O DIS C IP LIN A R
1 5 J UN 71 -
1 7 J UL 71 R E P R E E N D IDO
07 SET 71 -
14 SET 71 0 6 D IA S D E TE N C A O D IS C IP LIN A R
02 JAN 72 -
20 SET 73 -
0 9M A R 74 -
20 SET 74 -

RESPOSTA Questão 1
Reconsideração de ato.
Prática de transgressão durante o serviço.
I-B-B RESPOSTA Questão 2
17 de fevereiro de 2008. B-B-B-B-B-I-I-I-I-M-M-I-B

155
ANEXO C - EXERCÍCIO DE CARTA TOPOGRÁFICA

Em D-3, o S2 da unidade disponibilizou um extrato da carta da região do objetivo. De posse desse


extrato, você, comandante do PelOpEs, irá cumprir a seguinte determinação: Reunir a equipe de
navegação do PelOpEs e realizar um estudo minucioso do extrato da carta até D-2 0600. Para
dirigir esse estudo o S3 da OM preparou alguns questionamentos que deverão ser solucionados.

1. Em relação aos pontos cardeais, o Cemitério está a _______ da Fábrica .


2. Supondo que o seu passo-duplo, aferido em 100m seja 60 passos, e que a distância real entre o
Cemitério e a Granja seja 615 m, ao chegar nesse ponto você realizou_____ passos duplos.
3. O ICVN (Início do Crepúsculo Vespertino Náutico), ou seja, a hora em que o sol nasce, é às
0545h. Caso sua equipe iniciasse a pista nesse horário, você observaria esse fenômeno, se olhasse
para a direção geral do(a) ________________.
4. As cores são empregadas em algumas cartas, para auxiliar a identificação do elemento no
terreno. A cor _______ representa toda a vegetação.
5. A __________ é a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e artificiais
que se encontram na superfície.
6. Qual a escala dessa carta topográfica, sabendo que a distância real entre o Cemitério e a
Fábrica é de 1.605 metros?
7. Quanto à classificação militar pela escala, qual o tipo dessa carta?
8. Você está na Escola e necessita se deslocar para a Fábrica. Qual o azimute magnético que você
irá seguir e qual a distância que será percorrida?
9. Você está na Fábrica e recebeu ordem para deslocar sua patrulha para oeste seguindo as
seguintes informações: Azimute Magnético 290º Distância 1.455 m. Qual o ponto nítido do
terreno que você alcançará?
10. O militar responsável pela determinação e manutenção dos azimutes é chamado _________
11. O _______ é o militar responsável por balizar a direção dos sucessivos azimutes;
12. A bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais a partir da direção do
_____________________________.
Escala Grande

Norte Magnético
Homem-bússola
Az Mg 125º

Homem-Ponto
Dst 765 m
1 / 15.000

Cemitério
Resposta

verde
oeste

carta
leste
369

156
ANEXO D - MAPA DA ESCOLA

SALA 15
VO

WC WC
ALA MAL RONDON
ALOJ 3ª CIA AL

VS
BIBLIOTECA

ALA MAL BITENCOURT


VILA BARTOLOMEU BUENO

WC
ALOJ 2ª CIA AL

ALA MAL TROMPOWISK


VILA RAPOSO TAVARES
PISO SUPERIOR

CASTELO BRANCO
SALÃO OSÓRIO

WC
EMCA

AUDITÓRIO
Cmt CA

ALOJ 1ª CIA AL
ALA INDEPENDÊNCIA
COMANDO WC
WC

A
ST
VI
SALÃO CARLOS GOMES

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SA WC WC
N
TO
TO
M
PÉRGULA TIRADENTES
CA Á Z DE ESCADA
ESCADA

3ª CIA AL
PL

PE
LA AQU
O IN ALFAIATARIA
Posto Médico

ESCADA
Bda / 28º BIL

CENTRO DE TRADIÇÕES
ALA MAL TROMPOWISK

PONTO DE ENCONTRO
ALA MAL BITENCOURT

AUDITÓRIO 2ª CIA AL
M BARRETO
PISO INFERIOR
FISIOTERAPIA

SEÇÃO DE SAÚDE
PÁTIO AGULHAS
CAST BRANCO

STFM
AUDITÓRIO

NEGRAS
WC

ESCADA

GAB ODONTOLÓGICO
ESCADA ESCADA 1ª CIA AL
ALA INDEPENDÊNCIA

RELAÇÕES BANCOS WC
PÚBLICAS BRASIL E REAL
CORPO DA
GUARDA /
ENTRADA

157
Edição: Cap Inf Rodrigo Abrahão Cassini
Revisão: Seção de Comunicação e Expressão
1ª edição impressa em 2009
Gráfica da EsPCEx

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