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A.’. R.’. L.’. S.’.

OS TEMPLÁRIOS 2722

A Bandeira Nacional brasileira e a maçonaria

Flávio Augusto da Costa


A.’. M.’.
A Bandeira Nacional Brasileira

As Bandeiras eram inicialmente folhas de arvores agitadas até chegar a pedaços


de pano presos a uma haste permitindo que o resto flutue ao vento. As Bandeiras são
dotadas de cores e emblemas simbolizando qualquer coletividade, Sociedade ou Estado.

Apesar de alguns historiadores considerarem a atual bandeira como a 13ª


Bandeira do Brasil, não compartilho desta opinião, já que foram consideradas diversas
bandeiras que após estudo comparativo não correspondem às Bandeiras portuguesas do
período.

Bandeira da Ordem de Cristo

A primeira Bandeira utilizada no Brasil foi a da Ordem de Cristo, que é uma cópia
da cruz Templária que na verdade era o pavilhão naval português e não realmente a
bandeira do Reino.
Com o confisco dos bens e a perseguição dos Templários na Europa, o Rei D Diniz
de Portugal, alegando que os Templários não haviam cometido nenhum crime em Portugal,
os acolheu, sugeriu uma doação formal dos bens dos Templários para a coroa portuguesa e
em 1317 repassou estes bens para uma organização recém fundada, a Ordem de Cristo. Em
1319 a Ordem de Cristo foi reconhecida pelo Papa João XXII
Alguns Historiadores defendem que até mesmo o nome Brasil tem relação com os
cavaleiros Templários já que a Ordem de Cristo já possuía mapas mostrando a “Ilha Brasil” a
oeste de Açores antes mesmo do descobrimento por Cabral, que era Cavaleiro da Ordem e
não navegador como se imagina.

Bandeira do Reino de Portugal

Apesar de ter encontrado em minhas pesquisas diversas versões diferentes para a


Bandeira brasileira, na época do Brasil Colônia, a Bandeira portuguesa, branca com um
escudo ao centro, era a utilizada oficialmente até 1816, quando por decreto do Príncipe
Regente, D João VI, o Brasil passou a condição de Reino dentro do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves.
Na verdade, os portugueses não estavam muito preocupados se o Brasil deveria
possuir alguma bandeira na ocasião, tendo em vista estarem sob o julgo dos Habsburgos da
Espanha.
Bandeira do Principado do Brasil (1645 a 1816)

A Bandeira do Principado do Brasil foi o primeiro pavilhão elaborado especialmente


para o Brasil. Era composta por uma esfera armilar em ouro sobre o fundo branco.

A esfera armilar era um Instrumento científico antigo,


utilizado no estudo da Astronomia, representava a esfera celeste
segundo a concepção geocentrista de Ptolomeu. O modelo
consiste num conjunto de anéis que representam o Equador, os
trópicos de Câncer e de Capricórnio e os círculos polares Ártico e
Antártico e a eclíptica com o zodíaco e os seus 12 signos, todos
montados sobre um eixo polar vertical. A Terra, no centro da esfera
celeste, é representada por um pequeno globo.
A esfera armilar era utilizada para ensinar astronomia e
reconhecer a posição dos astros em diferentes épocas do ano e
simbolizava o estudo dos astros para as navegações.

Bandeira do Reino do Brasil no quadro do Reino Unido

A Bandeira do Reino do Brasil, utilizada de 1816 a 1821 substituiu a bandeira do


Principado do Brasil, quando o Brasil passou a condição de Reino de Portugal.
A Bandeira continua representando a esfera Armilar com o fundo azul
simbolizando o culto a Nossa Senhora da Conceição, então padroeira de Portugal.
Bandeira do Reino do Brasil (Independente) Bandeira do Império do Brasil

A Bandeira do Reino do Brasil utilizada de 18 de setembro a 1º de dezembro de


1822 foi projetada pelo conselheiro José Bonifácio e pelo pintor Jean Baptiste Debret,
integrante da Missão Artística Francesa, que fundou a academia de Artes e Ofícios, mais
tarde Academia Imperial de Belas Artes.
Originalmente, a cor verde simbolizava as Oliveiras do entorno da casa real de
Bragança, da qual fazia parte o imperador Pedro I do Brasil. Já o amarelo fazia referência à
casa imperial dos Habsburgos, à qual pertencia a imperatriz D. Leopoldina. O losango é um
símbolo heráldico ligado ao feminino, reforçando a associação à imperatriz.
Ao centro, mantinha-se a Esfera armilar, símbolo das navegações e do Brasil.

Bandeira da República do Brasil

Com a proclamação da república, A atual Bandeira do Brasil foi instituída no dia 19


de novembro de 1889.

A BANDEIRA NACIONAL FOI ADOTADA PELO DECRETO-LEI Nº 04 DE 19 DE


NOVEMBRO DE 1889 com o seguinte teor:
"- O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, considerando
que as cores da nossa antiga bandeira recordam as lutas e as vitórias gloriosas do exército e
da armada na defesa da Pátria; Considerando, pois, que nossas cores, independentemente
da forma de governo simbolizam a perpetuidade e a integridade da Pátria entre as nações;
Decreta: a Bandeira adotada pela República mantém a tradição das antigas cores nacionais,
verde-amarelo, do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a
esfera azul-celeste, atravessada por uma zona branca em sentido oblíquo e, descendo da
esquerda para a direita com a legenda "Ordem e Progresso" e ponteada por 21 estrelas,
entre as quais as da constelação do Cruzeiro, dispostas na sua situação astronômica quanto
à distância e no tamanho relativos, representando os 20 Estados da República e o Município
Neutro. - Sala das sessões do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do
Brasil. 19 de novembro de 1889.
Assinam - Manuel Deodoro da Fonseca; Aristides da Silva Lobo; Rui Barbosa;
Manuel Ferraz de Campos Salles; Quintino Bocaiúva; Benjamin Constant Botelho de
Magalhães; Eduardo Wandenkolk. "
A primeira bandeira republicana foi bordada pela Sra Flora Simas de Carvalho, em
pano de algodão, e a segunda, pela mesma senhora, em seda, tendo sido hasteada com
solenidade na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no dia de sua adoção oficial.

Como podemos ponderar, na criação da Bandeira da República, foram utilizados,


dentro da conveniência, símbolos já utilizados anteriormente.

O retângulo verde e o losango amarelo, que simbolizavam as casas reais dos


Braganças e Habsburgos agora simbolizam as matas (riquezas naturais) e o ouro (riquezas
minerais).

A Esfera armilar transformou-se nas constelações correspondentes ao céu da


cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889 (doze
horas siderais), porém esta imagem está invertida se considerarmos vista por uma pessoa na
terra. A imagem simbolizada na bandeira considera como vista por um observador situado
fora da esfera celeste, alguém acima das estrelas, ou Deus.
O Círculo estrelado é atravessado por uma faixa branca em sentido oblíquo com
os dizeres “Ordem e Progresso”. Esta faixa é a Eclíptica da esfera armilar, que simboliza o
círculo máximo da esfera celeste e corresponde à trajetória do Sol em seu movimento anual
aparente, em torno da Terra, cujo plano forma com o do Equador um ângulo de 23º 27”.
Apesar de haver opiniões divergentes em relação a esta interpretação, o fato da
estrela Spica ou Alpha da Virgem que simboliza o Estado do Pará, maior território acima da
linha do Equador por ocasião da Proclamação da República, corrobora para esta
interpretação. Em outras palavras, a faixa branca acompanha o azimute de zero grau estelar
do observador localizado na cidade do Rio de Janeiro, ou seja, a faixa declina da esquerda
para a direita por estar o observador posicionado no hemisfério sul, considerando-se a
inclinação do planeta terra.
Podemos dizer também que a faixa é ascendente. O círculo azul da bandeira do
Brasil representa uma esfera celeste e não uma visão real do firmamento. Numa esfera
celeste ou esfera armilar, a Terra está posicionada no centro, como se estivesse “por trás” da
bandeira. Notem que desse ponto de vista singular a inclinação da faixa se inverte, isto é, na
verdade todos nós na superfície terrestre a veríamos no sentido ascendente!
A inscrição "Ordem e Progresso", sempre em verde é abreviação do lema de
autoria do positivista francês Auguste Comte, O Amor por princípio, e a Ordem por base; o
Progresso por fim. O objetivo do lema era mostrar que a revolução "não aboliu simplesmente
a monarquia", mas que ela aspirava “fundar uma pátria de verdadeiros irmãos, dando à
Ordem e ao Progresso todas as garantias que a história nos demonstra serem necessárias à
sua permanente harmonia”.
As duas faces devem ser exatamente iguais, com a faixa branca inclinada da
esquerda para a direita (do observador que olha a faixa de frente), sendo vedado fazer uma
face como avêsso da outra.
A Bandeira adotada pelo Decreto n° 4, de 19 de novembro de 1889 permanece
intacta até hoje, apenas no círculo azul sofreu o acréscimo de algumas estrelas
representativas dos novos estados.

Vale destacar também a ausência do vermelho e do preto,


excluindo da Bandeira lembranças às guerras, ameaças e agressões. A
Bandeira do Brasil é um pendão idealista e limpo.

A Bandeira brasileira não se abate, portanto não pode inclinar-


se para frente nem mesmo como forma de cumprimento.

A Bandeira Nacional, quando não estiver em uso, deve ser


guardada em local digno. Nas unidades militares, o exemplar usado nas
formaturas e desfiles é guardado com mastro na vertical, em um relicário
em local visível e de destaque.
As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser
entregues a qualquer Unidade Militar, para que sejam incineradas no Dia
da Bandeira, segundo o cerimonial peculiar, para ressurgir das cinzas, tal
qual a Fênix.

Para alguns estudiosos, essas formas geométricas foram subtraídas de uma


mandala, ou seja, a bandeira é uma arqueo-concepção artística da imagem do mundo visto
de fora para dentro.

O mastro da Praça dos Três Poderes

Um exemplar especial da bandeira, com 280 metros quadrados de área, está


permanentemente, no alto do mastro de cem metros de altura plantado na Praça dos Três
Poderes, em Brasília. A construção em aço é considerada a maior do gênero no mundo, para
bandeiras nacionais e o acionamento das adriças é feita por dois motores automotivos. Em
sua base, há a seguinte inscrição: "Sob a guarda do povo brasileiro, nesta Praça dos
Três Poderes, a Bandeira sempre no alto - visão permanente da Pátria".
A substituição desta bandeira, que freqüentemente fica rasgada pela ação do
vento, é feita em solenidades especiais no primeiro domingo de cada mês. O novo exemplar
deve atingir o topo do mastro antes que o exemplar substituído comece a ser arriado.
A cada hasteamento revezam-se na guarda de honra soldados de uma das três
forças armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). A bandeira para a ocasião é doada por
diversas entidades.
O mastro é uma estrutura cônica tubular com 24 tubos, dispostos ao redor de
seções circulares centrais, e que se fecham na direção do vértice do cone, terminando em
um tubo único de maior calibre que sustenta a bandeira. O número de tubos é representativo
da quantidade de unidades da federação (estados) na época da construção do mastro, no
ínicio da década de 1970
CONCLUSÃO

A construção e evolução das Bandeiras nacionais brasileiras têm total influência


dos Cavaleiros Templários através do Infante D Henrique e Pedro Álvares Cabral e da
maçonaria, desde a Escolha das cores e formatos com Jean Baptiste Debret, José Bonifácio
e D Pedro I, até a escolha das constelações inseridas no círculo celeste da Bandeira da
República.
A concepção da bandeira deve-se a Teixeira Mendes que a justificou no Diário
Oficial do dia 24 de Novembro de 1889.
O dístico “ORDEM E PROGRESSO”’ foi interpretado na época como interferência
do positivismo e durante algum tempo, julgou-se que esta doutrina houvesse influenciado a
Proclamação da República. Hoje sabemos que o mote em questão é assunto maçônico
relativo a um grau elevadíssimo e que o primeiro ministério formado era, quase em sua
totalidade, constituído de Maçons.
O dia da Bandeira foi de inspiração de Manoel Miranda que em 1908 a criou e em
19 de novembro desse mesmo ano – Lauro Sodré, Alípio Bandeira e Olavo Bilac apelaram
para que nesse dia fosse condignamente comemorada. A idéia do dístico azul representando
a esfera celeste foi de Miguel Mendes – e a disposição das estrelas foi obra do astrônomo
Manoel Pereira Reis. O pintor Décio Vilares desincumbiu-se da parte artística e a sua
apresentação ao governo, para aprovação, foi feita por Benjamin Constant.
A contribuição da Maçonaria está explicitada nomes citados.
Padronização dos Exemplares

A confecção de exemplares da Bandeira Nacional, de seus complementos e tabalarte para


condução por Porta-Bandeiras nos desfiles ou solenidades militares, obedece rigidamente às
dimensões previstas em Instruções Gerais do Exército; as quais, por sua vez, são regidas por leis
federais.

Os complementos da Bandeira Nacional são: uma haste forrada de veludo verde,


carregado em espiral de veludo dourado, lança e conto niquelados.

Modo de Dobrar

A Bandeira Nacional, no arriamento, após ser desenvergada, é


dobrada da seguinte forma:

I - segura pela tralha e pelo lais, é dobrada ao meio em seu sentido


longitudinal, ficando para baixo a parte em que aparecem a estrela isolada
Espiga e a parte do distico “ORDEM E PROGRESSO”;

II - ainda segura pela tralha e pelo lais, é, pela segunda vez, dobrada
ao meio, novamente no seu sentido longitudinal, ficando voltada para cima a
parte em que aparece a ponta de um dos ângulos obtusos do losango
amarelo; a face em que aparece o distico deve estar voltada para a frente da
formatura;

III - a seguir é dobrada no seu sentido transversal, em três partes, indo


a tralha e o lais tocarem o pano, pela parte de baixo, aproximadamente na
posição correspondente às extremidades do circulo azul que são opostas;
permanece voltada para cima e para a frente a parte em que aparecem a
estrela isolada e o distico;

IV - ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte


do distico para cima e é passada para o braço flexionado do mais antigo
sendo essa a posição para transporte;

V - para a guarda, pode ser feita mais uma dobra no sentido


longitudinal, permanecendo o campo azul voltado para cima.

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