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ESQUELÉTICO
VOLUME II
Direitos cedidos para publicação à Liga Acadêmica de Anatomia Haroldo Diniz – LAAHD (2020)
SISTEMA ESQUELÉTICO 1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO AO SISTEMA ESQUELÉTICO, 1
Funções do Sistema Esquelético, 1
Composições do Tecido Ósseo, 2
ANATOMIA ÓSSEA, 4
Membranas de Revestimento, 4
Tipos de Tecido Ósseo, 5
Vascularização dos Ossos, 6
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS, 8
ESQUELETO AXIAL, 13
Ossos da Cabeça, 13
Ossos do Neurocrânio, 15
Ossos do Viscerocrânio, 20
Vértebras, 25
Ossos do Tórax, 30
Esterno, 31
Costelas, 32
ESQUELETO APENDICULAR, 35
Membros Superiores, 35
Ossos do Cíngulo, 35
Osso do Braço, 38
Ossos do Antebraço, 39
Ossos da Mão, 41
Membros Inferiores, 42
Osso do Cíngulo, 43
Osso da Coxa, 43
Osso do Joelho, 44
Ossos da Perna, 45
Ossos do Pé, 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 48
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SISTEMA ESQUELÉTICO 2
APOSTILAS DE ANATOMIA
HUMANA
A anatomia humana é uma ciência que estuda o corpo e suas continuações, sendo ela a
base para formação dos acadêmicos da área da saúde. Dessa maneira, diante do confinamento
que estamos vivenciando devido ao novo COVID-19, nós da Liga Académica de Anatomia
Haroldo Diniz tomamos a iniciativa de criar apostilas completas e com uma linguagem clara e
acessível que pudessem auxiliar nos estudos e na compreensão dos conceitos essenciais da
Anatomia. Esperamos que esse conteúdo possibilite uma aprendizagem significativa para vocês.
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SISTEMA ESQUELÉTICO 1
INTRODUÇÃO AO SISTEMA
ESQUELÉTICO
O
s ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que se unindo aos outros, por
intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma
especializada de tecido conjuntivo cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua
matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas).
O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo,
altamente especializado e o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um
contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho.
O esqueleto adulto possui 206 ossos segundo o padrão anatômico, mas a contagem pode
variar de acordo com alguns fatores, como por exemplo: Idade; crianças apresentam ossos mais
divididos enquanto adultos já possuem uma ossificação completa; Fatores individuais; ossos
extras ou supranumerários como também ossos heterotópicos.
Além de atuar como arcabouço estrutural para todo o corpo e servir de proteção para
órgãos internos e outras estruturas moles contra choques mecânico, o esqueleto ainda tem função
de:
• Assistência ao movimento: Fixação dos músculos aos ossos. Quando os músculos
se contraem, tracionam os ossos para produzir o movimento. (Fig.1)
• Homeostasia mineral (liberação e armazenamento): O tecido ósseo armazena
diversos minerais e de acordo com a necessidade do corpo esses minerais são estocados e
liberados na corrente sanguínea.
• Produção das células sanguíneas: As micro cavidades criadas pela estrutura do
osso esponjoso permite a presença de medula óssea vermelha (Fig.2).
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SISTEMA ESQUELÉTICO 2
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SISTEMA ESQUELÉTICO 3
A matriz óssea tem 50% de seu peso composto por matéria inorgânica, os íons mais
encontrados são o fosfato e o cálcio que formam cristais com estrutura de hidroxiapatita. Há
também magnésio, potássio, sódio e citrato em menos quantidades. A porção orgânica da matriz
óssea é composta por 95% de fibras colágenas, constituídas de colágeno tipo I e por pequena
quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas.
A associação de hidroxiapatita com fibras colágenas é responsável pela dureza e
resistência do tecido ósseo. Quando se remove o cálcio dessa equação, o osso mantém sua forma,
mas fica tão flexível quanto um tendão. E quando se remove o colágeno, como depois do osso
ser incinerado, ele também mantém a forma, mas fica tão quebradiço que dificilmente pode ser
manipulado sem se partir.
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SISTEMA ESQUELÉTICO 4
ANATOMIA ÓSSEA
MEMBRANAS DE REVESTIMENTO
O
s ossos são revestidos nas superfícies interna e externa por membranas conjuntivas
denominadas endósteo e periósteo (Fig.5) (Fig.6), que promovem nutrição do tecido
ósseo e possuem células osteoprogenitoras, importantes para o crescimento e reparação óssea.
No periósteo podem ser distinguidas uma camada superficial e outra profunda:
• Camada superficial: Possui maior espessura e reveste todo o osso com exceção das
epífises, composto majoritariamente por fibroblastos e fibras colágenas. Serve como ponto de
inserção para ligamentos e tendões.
• Camada profunda: Possui menor espessura e vascularização, composta por células
osteoprogenitoras que se diferenciam em osteoblastos. Auxiliam na nutrição e na osteogênese.
Já o endósteo, encontra-se revestindo a cavidade medular e as cavidades dos ossos
esponjosos, é constituído por uma camada de células osteogênicas achatas. Está relacionado a
osteogênese e hematopoiese.
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O osso conta com uma abundante irrigação sanguínea, pois necessita de uma constante
assimilação de elementos nutritivos e minerais, sendo por isso que a superfície de cada osso é
irrigada pelas artérias periósticas, que percorrem o periósteo, a membrana mais exterior.
Por outro lado, a parte interior dos ossos encontra-se irrigada por uma ou várias artérias
nutritivas, que penetram no osso e o subdividem em inúmeras ramificações finas que sulcam os
canais dos sistemas de Havers, proporcionando elementos nutritivos e minerais a todas e a cada
uma das células.
• O Canal de Havers (Fig.9) percorrem o osso longitudinalmente e podem
intercomunicar-se por projeções laterais. Em cortes transversais, percebe-se que ao redor de cada
canal de Havers existem várias lamelas concêntricas de substância intercelular e de células
ósseas. Cada conjunto deste, formado pelo canal central de Havers e por lamelas concêntricas, é
chamado de Sistema de Havers ou Sistema haversiano.
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SISTEMA ESQUELÉTICO 7
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SISTEMA ESQUELÉTICO 8
O
s ossos são classificados principalmente quanto ao seu formato, considerando a relação
e predominância entre suas dimensões (comprimento, largura e espessura). Dessa
forma, são classificados os seguintes grupos:
• Ossos longos: nesses ossos há predominância do comprimento em relação às outras
dimensões. Os ossos longos são compostos por três partes: um corpo contendo a cavidade
medular no seu interior e duas extremidades dilatadas chamadas de epífises (proximal e distal).
Os ossos desse grupo são: clavícula; úmero (Fig.11); rádio; ulna; ossos metacarpais; falanges dos
membros superiores; fêmur (Fig. 12); tíbia; fíbula; ossos metatarsais e falanges dos membros
inferiores.
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espessura. Apresentam osso esponjoso envolvido por duas lâminas de osso compacto.
Encontramos esses ossos na calvária craniana (ossos frontal, parietais (Fig.15) e occipital) e nos
cíngulos do esqueleto apendicular (escápula (Fig.16) e osso do quadril).
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Fig. 18 - Vértebras.
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ESQUELETO AXIAL
O
esqueleto axial consiste em um conjunto de 80 ossos, composto por três partes: a
cabeça, a caixa torácica e a coluna vertebral. Ele recebe esse nome pois os ossos
encontram-se no eixo da linha média. O esqueleto axial também é caracterizado pela função de
sustentação do corpo.
OSSOS DA CABEÇA
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NEUROCRÂNIO VISCEROCRÂNIO
FRONTAL (1) MANDIBULA (1)
OCCIPTAL (1) VÔMER (1)
ESFENOIDE (1) NASAL (2)
ETMOIDE (1) LACRIMAL (2)
PARIETAL (2) ZIGOMÁTICO (2)
TEMPORAL (2) CONCHA NASAL INFERIOR (2)
PALATINO (2)
MAXILA (2)
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SISTEMA ESQUELÉTICO 15
A cavidade do crânio pode ser dividida em 3 fossas (Fig.29): Anterior, formada pelos
ossos frontal e etmoide; Média, formada pelos ossos temporal e esfenoide; Posterior, formada
pelo osso occipital.
NEUROCRÂNIO
É formado pela a articulação dos 2/3 superiores do crânio. Recebe esse nome, pois os oito
ossos que o compõe formam a cavidade craniana que aloja o encéfalo e suas estruturas. As
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estruturas ósseas articulam-se entre si por meio de suturas, que mantêm os ossos firmemente
unidos.
✓ OSSO FRONTAL
O osso frontal (Fig.30) (Fig.31) é um osso impar que cria a curvatura lisa da fronte e
protege o lobo frontal do cérebro, principalmente as terminações nervosas do nervo olfatório.
Como o osso frontal é o osso mais anterior no neurocrânio, ele é limitado tanto pelos ossos
adjacentes do neurocrânio quanto pelos ossos mais superiores do viscerocrânio. Também possui
em sua parte de escama o seio paranasal.
Articula-se posteriormente com os ossos parietais por meio da sutura coronal,
lateralmente articula-se com o osso zigomático através da sutura frontozigomática e medialmente
com os dois ossos nasais por meio da sutura frontonasal. O osso frontal ainda articula-se com a
maxila e o esfenoide para formar a parede medial e interior da órbita.
✓ OSSOS PARIETAIS
Os ossos parietais (Fig.32) (Fig.33) são situados na alta convexidade do crânio, e formam
o teto sobre parte da fossa anterior, toda a fossa média e parte da fossa posterior do crânio, além
de formar a maior parte da calvária ( parte superior e lateral ).
Enquanto eles estão ancorados ao osso frontal anteriormente, eles também se
articulam um no outro na linha média, através da sutura sagital. Anterolateralmente, eles se
conectam com o osso esfenoide, através da sutura esfenoparietal, e posterolateralmente ao osso
temporal através da sutura escamosa. Posteriormente, o osso occipital limita os ossos parietais
através da sutura lambdoide e o lambda.
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✓ OSSO OCCIPITAL
O occipital (Fig.34) (Fig.35) é mais um dos ossos impares do crânio e está localizado na
porção mais posterosuperior do neurocrânio. Ele cria o domo arredondado da cabeça na nuca, e
cobre o cerebelo e o tronco encefálico em uma cápsula óssea. Além de se articular superiormente
com os ossos parietais, sua borda anteroinferior se articula com as asas menores do osso
esfenoide e lateralmente com o osso temporal. As suturas são chamadas sutura esfeno-occipital e
sutura petro-occipital, respectivamente. Apresenta uma abertura que permite a ligação do tronco
encefálico com a medula e possui acidentes anatômicos que permitem a fixação de músculos e
ligamentos que sustentam a cabeça ao pescoço.
Fig. 34 - Vista inferior do osso occipital Fig. 35 - Vista interna do osso occipital
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✓ OSSOS TEMPORAIS
O par de ossos temporais (Fig.36) (Fig.37) ajuda a formar a base e a fossa média do
crânio, assim como as paredes laterais. Tem a principal função de abrigar os órgãos auditivos e
vestibulares. É dividido em 4 partes que se relacionam com as suas características estruturais.
Além de abrigar os órgãos, apresenta estruturas importantes para a articulação
temporomandibular e fixação de músculos relacionados à mastigação. Como já citado, os ossos
temporais articulam-se superiormente com os ossos parietais, posteriormente com o osso
occipital, anteriormente e inferiormente com o osso esfenoide e ainda possui um processo que
permite a articulação com o osso zigomático.
✓ OSSO ESFENOIDE
O osso esfenoide (Fig.38) (Fig.39) é um osso ímpar que compõe a maior parte da porção
média do crânio. A sua localização permite articular-se com quase todos os ossos do neurocrânio,
com exceção do osso occipital. Contém no interior do seu corpo o seio esfenoidal e na parte
superior a sela túrcica que abriga a glândula hipófise. Articula-se anteriormente com a placa
cribriforme através da sutura esfenoetmoidal, e com o osso frontal anterolateralmente, através da
sutura esfenofrontal. Na face externa, podemos vê-lo na parte lateral do crânio conectando-se
aos ossos parietais e temporais, e também, na órbita formando a parede interna.
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✓ OSSO ETMOIDE
É um osso poroso (Fig.40) (Fig.41) (Fig.42) que forma a maior porção da parte média da
face. Ajuda a formar a órbita, a cavidade nasal, o septo nasal, e a fossa anterior do crânio. As
conchas nasais superiores e medias são estruturas formadas por seus labirintos etmoidais.
Também possui seios paranasais nas estruturas de massa lateral.
Como se localiza bem no centro do crânio entra em contato com outros 15 ossos, tanto do
neuro como do viscerocrânio, mas seus limites mais importantes acontecem anteriormente com o
osso forntal, posteriormente com o osso esfenoide e inferiormente articula-se com o osso vômer
formando o septo nasal e com a concha nasal inferior formando a parede medial da cavidade
nasal.
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VISCEROCRÂNIO
✓ OSSOS NASAIS
São ossos pares que se encontram na face e criam o contorno inicial do nariz, formando a
margem superior da abertura piriforme. Os ossos nasais (Fig.43) (Fig.44) se encontram na linha
média formando a sutura internasal, se articulam superiormente com o osso frontal através da
sutura frontonasal, lateralmente com a maxila através das suturas nasomaxilares e internamente
com o osso etmoide.
Além da articulação com ossos, a parte inferior da face externa desses ossos também se
articula com as cartilagens nasais e com a cartilagem septal para formar o esqueleto
osteocartilaginoso do nariz.
Fig. 43 - Localização do osso Nasal na face. Fig.44 - Relação dos ossos nasais
com as cartilagens.
✓ OSSOS LACRIMAIS
São ossos pares (Fig.45) (Fig.46), pequenos e retangulares, muito finos e frágeis. Sua
face externa forma uma pequena porção da parede medial da órbita enquanto sua face interna
forma parte da parede lateral da cavidade nasal. Articula-se com a maxila dentro da órbita,
formando um sulco que desemboca no saco lacrimal, com o osso etmoide posteriormente, com o
osso frontal superiormente e concha nasal inferior inferiormente.
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Ossos pares (Fig.47) (Fig.48) que formam a maior parte do esqueleto da bochecha, mais
precisamente a proeminência da maçã do rosto. Um de seus processos se liga ao osso temporal
formando um arco entre o víscero e o neurocrânio, além disso, serve de fixação para um dos
músculos mais importante da mastigação, o masseter.
Articula-se com o osso frontal ajudando a formar a parede lateral da órbita e com a
maxila para formar o assoalho, também dentro da órbita conecta-se ao osso esfenoide que está
localizado na parede interna. Além disso, como já citados, se liga ao osso temporal formando o
arco zigomático.
Fig. 47 - Localização do osso Zigomático na face Fig. 48 - Face externa do osso Zigomático
✓ OSSO VÔMER
O vômer (Fig.49) (Fig.50) é um osso singular que forma a parte inferior do septo nasal, se
forma a partir da linha média do viscerocrânio e cria a divisão entre os dois lados simétricos da
cavidade nasal. Para ser preciso, forma o aspecto posterior e inferior do septo entre o
osso etmóide anterosuperiormente e o palatino, posteroinferiormente. Além disso, liga-se
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Fig. 49 - Vista lateral do osso Vômer Fig. 50 - Localização do crânio dentro da cavidade nasal
A concha nasal inferior (Fig.51) (Fig.52) é a mais caudal das três conchas nasais.
Enquanto as conchas superior e média formam parte da placa perpendicular do osso etmoide, a
concha nasal inferior é uma estrutura óssea individual. Estende-se como uma lâmina curva que
se localiza na parede lateral da cavidade nasal. Articula-se com o osso da maxila e com a lâmina
perpendicular dos ossos palatinos, com o osso lacrimal e com o etmóide, todos esses presentes da
cavidade nasal.
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✓ OSSO PALATINO
O osso palatino é um osso par em forma de L, sua parte horizontal, juntamente com o
osso palatino contralateral, forma a porção posterior do palato duro, na cavidade oral, e o
assoalho da cavidade nasal. A parte perpendicular contribui para formar a parede lateral da
cavidade nasal, e também contribui ligeiramente para formar o assoalho da órbita.
Articula-se na linha média com o osso palatino contralateral através da sutura palatina
media e articula-se com os ossos maxilares através da sutura palatina transversa, com o osso
etmoide, o osso esfenoide e com a concha nasal inferior. (Fig.53) (Fig.54)
✓ OSSOS MAXILARES
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Fig. 55 - Vista lateral externa da Maxila Fig. 56 - Localização das Maxilas no crânio
externa e internamente
✓ OSSO DA MANDÍBULA
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VÉRTEBRAS
A coluna vertebral se estende do crânio até a pelve, formando o eixo central do corpo.
Seus componentes ósseos, as vértebras, fazem parte do esqueleto axial e se encontram unidos
através dos discos intervertebrais e ligamentos. Dentre as várias funções desempenhadas pela
coluna vertebral, se destacam:
• Proteção da medula espinal e nervos espinais;
• Sustentação do peso corporal;
• Importância para a postura e locomoção;
• Fixação para vários músculos.
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• Corpo vertebral: é a porção anterior e mais volumosa do osso que atribui resistência à
coluna vertebral. O corpo vertebral se torna progressivamente maior nas vértebras
inferiores, devido a maior sobrecarga. É formado por osso esponjoso vascularizado
circundado por uma fina camada de osso compacto.
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➔ Epífise anular
➔ Faces intervertebrais superior e inferior
• Forame vertebral: formado pela face posterior do corpo vertebral e o arco vertebral. A
união dos forames vertebrais ao longo da coluna vertebral se dá o nome de canal
vertebral, que abriga a medula espinal junto com suas meninges.
• Processos vertebrais: são sete protuberâncias ósseas que se originam do arco vertebral.
➔ Processo espinhoso: projeção mediana que se estende posteriormente de cada arco
vertebral.
➔ Processos transversos: são em número de dois, estende-se posterolateralmente do
local de junção dos pedículos com as laminas.
➔ Processos articulares: são em número de quatro, dois superiores e dois inferiores
com suas respectivas faces articulares (superior e inferior) que serve para a
articulação entre as vértebras.
• Atlas (C1) (Fig.64): primeira vértebra cervical. Chamada de vértebra atípica, pois
não apresenta corpo e processo espinhoso. Possui um par de massas laterais que estão no lugar
do corpo, conectadas por um arco anterior curto e um arco posterior longo cada um com seu
tubérculo (anterior e posterior). Além disso, apresentam faces articulares superiores que se
articulam com os côndilos occipitais e faces articulares inferiores que se articulam com a áxis
(C2) e sulco da artéria vertebral no arco posterior.
• Áxis (C2) (Fig.65): é a segunda vértebra cervical. Também considerada atípica, pois
apresenta características que a distingue, como o dente da áxis que se projeta para cima a partir
do corpo, servindo como um ponto para a rotação da cabeça. Apresenta também faces articulares
superiores e inferiores e ápice do dente.
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• Vértebra torácica (Fig.66): existem sete vértebras torácicas onde as costelas se fixam,
oferendo suporte a cavidade torácica. A característica única dessas vértebras é a presença
de fóveas costais (superior e inferior) para a articulação com as costelas. Além disso, a
vértebra torácica possui corpo vertebral em forma de coração, forame vertebral circular e
estreito, processos transversos longos e fortes, processo espinhoso longo e inclinado para
baixo e as faces articulares dispostas no plano frontal.
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SISTEMA ESQUELÉTICO 30
• Vértebra lombar (Fig.67): são cinco vértebras lombares que servem como suporte para
a cavidade abdominal. O corpo vertebral dessas vértebras é grande, pois suportam o peso
do corpo. O forame vertebral é triangular, os processos transversos (costiforme) são
longos e delgados e o processo espinhoso é curto. Na parte posterior dos processos
transversos encontra-se o processo acessório, e na parte posterior dos processos
articulares superiores há os processos mamilares, ambos servem para a fixação de
músculos.
OSSOS DO TÓRAX
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✓ OSSO ESTERNO
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SISTEMA ESQUELÉTICO 32
✓ COSTELAS
Existem doze pares de costelas, que formam a maior parte da caixa torácica, se
estendendo das vértebras torácicas até o osso esterno. As costelas são ossos alongados e curvos
que fazem parte do esqueleto axial. De acordo com a relação com o osso esterno, as costelas são
classificadas em três tipos (Fig.71):
• Costelas verdadeiras: os sete primeiros pares de costelas. São assim chamadas por se
fixarem diretamente no osso esterno, através das suas próprias cartilagens costais.
• Costelas falsas: oitavo, nono e décimo pares de costelas. Articulam-se indiretamente ao
osso esterno, pois suas cartilagens se unem à cartilagem costal do sétimo par de costela.
• Costelas flutuantes: são os dois últimos pares de costelas. Não existe conexão, direta ou
indireta, dessas costelas com o esterno ou com outras costelas, assim elas terminam na
musculatura abdominal posterior.
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SISTEMA ESQUELÉTICO 33
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SISTEMA ESQUELÉTICO 34
• Segunda costela: é fina e mais longa que a primeira costela. Apresenta uma área rugosa
para na face superior, chamada de tuberosidade do músculo serrátil anterior, servindo
como ponto de origem desse músculo.
• Costelas 5,6 e 7: apresentam uma única face articular na cabeça, se articulando com
apenas uma vértebra.
• Costelas 11 e 12: ausência de colo e tubérculo são costelas curtas.
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ESQUELETO APENDICULAR
O
esqueleto apendicular reúne os ossos dos membros superiores, inferiores e os elementos
de apoio, denominado cíngulos, que os conectam ao tronco. A estrutura formada
pelo esqueleto apendicular auxilia na sustentação e na movimentação do corpo.
MEMBROS SUPERIORES
O esqueleto dos membros superiores (Fig.73) é formado por 64 ossos e possui uma parte
fixa denominada cíngulo e uma parte livre. O cíngulo do membro superior é formado pela
escápula e clavícula, ossos responsáveis pela união da parte livre do esqueleto apendicular com o
esqueleto axial. A parte livre é formada por três segmentos: o braço (osso úmero), o antebraço
(rádio e ulna) e a mão (ossos do carpo, metacarpo e falanges).
OSSOS DO CÍNGULO
✓ CLAVÍCULA
É um osso par, longo e de formato cilíndrico ligeiramente curvo que ocupa uma posição
anterior e superior no tórax. Articula-se com o osso esterno medialmente e com a escápula
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SISTEMA ESQUELÉTICO 36
lateralmente. A clavícula possui duas faces, uma superior lisa (Fig.74) e uma inferior áspera
(Fig.75), e duas margens (anterior e posterior).
• Corpo da clavícula: parte alongada que fica entre as extremidades esternal e
acromial.
• Extremidade esternal: extremidade da clavícula voltada para a medial, que se
articula com o manúbrio do esterno.
• Extremidade acromial: extremidade medial da clavícula, que se articula com o
acrômio.
• Tubérculo conoide: saliência próxima à extremidade acromial, local de fixação do
ligamento conoide.
• Linha trapezóidea: fixação do ligamento trapezoide.
• Sulco do músculo subclávio: depressão no terço medial do corpo da clavícula, local
para fixação do músculo subclávio.
• Impressão do ligamento costoclavicular: recebe o ligamento costoclavicular (une a
primeira costela à clavícula).
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SISTEMA ESQUELÉTICO 37
✓ ESCÁPULA
Osso par, plano e com formato triangular e achatado, está localizado superior e
posteriormente no tórax. Articula-se com a clavícula lateralmente e com o úmero inferiormente
(articulação do ombro). A escápula possui duas faces (anterior e costal), três margens (medial,
lateral e superior) e três ângulos (superior, lateral e inferior) (Fig.76) (Fig.77) (Fig.78).
• Espinha da escápula: eminência na face costal da escápula que separa duas fossas, uma
superior (fossa supraespinal) e uma inferior (fossa infraespinal).
• Fossa supraespinal: depressão na face costal onde fica o músculo supraespinal.
• Fossa infraespinal: depressão na face costal onde está localizado o músculo
supraespinal.
• Fossa subescapular: depressão na face anterior onde se fixa o músculo subescapular.
• Corpo da escápula: triangular e fino.
• Acrômio: proeminência achatada presente na face costal da escápula, contínua com a
espinha da escápula.
• Cavidade glenoidal: pequena depressão oval na escápula que se articula com a cabeça
do úmero na articulação do ombro.
• Processo coracoide: elevação situada acima da cavidade glenoidal.
• Incisuta da escápula: escavação presente na parte superior da escápula.
OSSO DO BRAÇO
✓ ÚMERO
Em número de dois, um de cada lado do corpo, o úmero (Fig.79) é o maior osso do
membro superior e o único osso do braço. É classificado como um osso longo, possuindo duas
extremidades dilatadas denominadas de epífises, uma proximal e outra distal, que se articulam
com a cavidade glenoidal e com rádio e ulna, respectivamente. As epífises estão ligadas por uma
parte alongada chamada de corpo do úmero.
Extremidade proximal: cabeça do úmero (articula-se com a escápula na articulação do
ombro).
• Colo anatômico: sulco de que limita a cabeça.
• Colo cirúrgico: parte estreita que une o corpo a extremidade proximal.
• Tubérculo maior: protuberância presente da margem lateral do úmero.
• Tubérculo menor: protuberância que se projeta na porção anterior do osso.
• Sulco intertubercular: depressão entre os dois tubérculos.
• Corpo do úmero: apresenta faces e margens.
• Tuberosidade para o músculo deltoide: local de fixação do músculo de mesmo nome.
• Sulco do nervo radial: depressão oblíqua na parte posterior do osso onde passa nervo
radial.
• Cristas supraepicondilares medial e lateral
• Epicôndilos medial e lateral
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SISTEMA ESQUELÉTICO 39
OSSOS DO ANTEBRAÇO
✓ RÁDIO
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SISTEMA ESQUELÉTICO 40
Fig. 80 - Rádio.
✓ ULNA
Osso par, medial e mais longo do que o rádio, responsável por estabilizar o antebraço
(Fig.81).
• Extremidade proximal: assemelha-se a uma chave inglesa.
➢ Olécrano
➢ Processo coronoide
➢ Incisura troclear
➢ Tuberosidade da ulna: elevação situada inferiormente ao processo coronoide.
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SISTEMA ESQUELÉTICO 41
➢ Incisura radial
• Corpo da ulna: possui margens e faces
➢ Crista do musculo supinador
• Extremidade distal: cabeça da ulna
➢ Processo estiloide da ulna
Fig. 81 - Ulna
OSSOS DA MÃO
✓ CARPO
É formado por oito ossos pequenos classificados como curtos que estão dispotos em duas
fileiras, proximal e distal. Os ossos carpais garantem flexibilidade ao punho, ampliando o
movimento da articulação do punho.
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SISTEMA ESQUELÉTICO 42
✓ METACARPO
Forma o esqueleto da palma da mão (Fig.82). Existem cinco ossos metacarpais em cada
mão e cada osso apresenta base (proximal), corpo e cabeça (distal).
✓ FALANGES
Com exceção do polegar (falanges proximal e distal), cada dedo apresenta três falanges:
proximal, média e distal. Cada falange apresenta base proximal, corpo e cabeça distal.
MEMBROS INFERIORES
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É um osso par, grande, chato e irregular formado pela união de três ossos: o ílio, o ísquio
e o púbis. Esses três ossos se unem em uma grande cavidade articular, o acetábulo. A união dos
dois ossos ilíacos (direito e esquerdo) com o sacro formam a pelve (Fig.83) (Fig.84).
O ílio é superior e constitui a maior parte do osso do quadril, é dividido em duas partes
pela linha arqueada em asa e corpo. O ísquio forma a parte inferior e posterior do quadril, é
divido para o estudo em corpo e ramo. O púbis é menor e a mais anterior porção do quadril, é
dividido em corpo e dois ramos, um inferior e outro superior.
Fig. 83 - Vista frontal do osso do quadril Fig. 84 - Vista lateral do osso do quadril
É um osso longo, o maior e mais forte do corpo humano (Fig.85) (Fig.86) (Fig.87). É
ligeiramente encurvado, estando sua convexidade voltada ventralmente. Possui uma diáfise e
duas epífises uma proximal que articula-se com o osso do quadril e uma distal que se articula
com os ossos da perna. É na coxa que estão inseridos os músculos mais fortes relacionados a
movimentação do corpo assim como as articulações do quadril e do joelho que permitem o
amplo movimento. O fêmur apresenta em suas duas extremidades acidentes anatômicos que
facilitam o encaixe ósseo, em sua epífise proximal apresenta a cabeça do fêmur que permite o
encaixe com o ísquio, já na sua epífise distal possui côndilos que auxiliam na junção com a tíbia.
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OSSOS DA PERNA
✓ OSSO DA TÍBIA
É um osso longo situado do lado medial da perna é mais robusto que a fíbula por isso
consegue suportar mais o peso do corpo (Fig.90). Sua extremidade superior é ampla e funciona
como uma base para a articulação do fêmur, recebendo o nome de platô tibial. Já a sua
extremidade distal é menor e ligeiramente escavada para formar a articulação do tornozelo.
✓ OSSO DA FÍBULA
É um osso longo, muito menos volumoso que a tíbia com a qual se articula proximal e
distalmente (Fig.91) (Fig.92). Em sua epífise proximal possui acidentes anatômicos que
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proporcionam a sua articulação com a extremidade superior da tíbia, como a faceta oval e a face
articular da cabeça da fíbula.
OSSOS DO PÉ
✓ OSSOS DO TARSO
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✓ OSSOS DO METATARSO
Já o grupo do metatarso se constitui por cinco ossos metatarsais, numerados de I a V da
posição medial para lateral. São compostos basicamente por uma estrutura denominada base
proximal, corpo médio e cabeça distal, e se assemelham bastante aos metacarpos, ossos da mão.
✓ OSSOS DA FALANGE
Nas falanges, percebemos novamente uma breve semelhança com as falanges da mão,
tanto em número quanto em forma estrutural. Cada falange consiste em uma base proximal,
corpo médio e cabeça distal. Apenas o hálux se diferencia com duas falanges grandes e pesadas,
enquanto as demais possuem três falanges cada uma (denominadas, proximal, média e distal).
Fig. 93 - Vista superior e inferior dos ossos do pé. Fig. 94 - Vista lateral dos ossos do pé.
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REFERÊNCIAS
ALVES, Nilton; CÂNDIDO, Paulo L.. Anatomia para o Curso de Odontologia Geral e
Específica. 4. ed. São Paulo: Guanabara, 2016. 324 p.
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos. Rio de Janeiro:
Atheneu, 1983.
VAN DE GRAAFF, Kent M. Anatomia Humana. 6. ed. São Paulo: Manole, 2003.
TORTORA, GERARD J. Princípios de Anatomia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007.
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