Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos -
Marivalde Moacir Francelin - Mestre em biblioteconomia e ciência da informação pela PUC-Campinas.
A importância da Metodologia Científica para o Ensino e Aprendizagem no
Ensino Superior - Tamires Aparecida Batista de Oliveira UFS - Kleber Firpo Prado Valença UFS
O artigo “Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e
paradoxos”, de Marivalde Moacir Francelin, e o “A importância da Metodologia Científica para o Ensino e Aprendizagem no Ensino Superior ” de Tamires Aparecida Batista de Oliveira e Kleber Firpo Prado Valença, se conectam. Marivalde discute as condições que associam e separam o conhecimento vulgar ou conhecimento do senso comum do conhecimento científico e como essas condições parecem estar se modificando devido a novas posturas da comunidade científica, principalmente no âmbito da divulgação científica. O artigo revisa alguns aspectos da constituição do conhecimento científico como sua definição, sua relação com a filosofia, com a religião e com o mito; segundo, descreve algumas características de eventos que se constituem como revoluções científicas. A ciência e o bom senso sempre tiveram uma relação tensa. O senso comum é uma coleção de crenças e ideias que são amplamente aceitas em uma determinada cultura ou sociedade, enquanto a ciência é uma abordagem sistemática e baseada em evidências para entender o mundo natural. Como resultado, muitas vezes há conflitos entre o senso comum e as descobertas científicas. Por exemplo, muitas pessoas já acreditaram que a Terra era plana, mas evidências científicas provaram que isso é falso. Essa tensão entre ciência e senso comum é contínua e pode levar a revoluções científicas. As revoluções científicas ocorrem quando novas descobertas científicas desafiam crenças e ideias comuns. Essas revoluções podem ser perturbadoras e muitas vezes exigem uma mudança significativa no pensamento. O trabalho de Thomas Kuhn e Karl Popper tem sido fundamental para moldar as discussões sobre revoluções científicas. Kuhn argumentou que as revoluções científicas ocorrem quando os paradigmas existentes são substituídos por novos, enquanto Popper acreditava que o progresso científico é alcançado através da falsificação das teorias existentes. Essas revoluções podem ser difíceis para as pessoas aceitarem, pois desafiam crenças e ideias antigas. No entanto, eles são essenciais para o avanço do conhecimento e compreensão do mundo natural. As revoluções científicas são cruciais para o avanço do conhecimento e da compreensão. Eles permitem que os cientistas desafiem as suposições existentes e desenvolvam novas teorias com base em evidências empíricas. A revolução científica do século XV, por exemplo, levou ao desenvolvimento de conhecimentos mais estruturados e práticos, bem como ao desenvolvimento de formas empíricas de verificação dos fatos. As revoluções científicas também têm o potencial de mudar a maneira como vemos o mundo e nosso lugar nele. A pesquisa científica movida pela curiosidade levou a novas fronteiras do conhecimento e nos tornou mais conscientes das complexidades do mundo natural. Em conclusão, as revoluções científicas são essenciais para o avanço do conhecimento e da compreensão, mesmo que desafiem crenças e ideias comuns. Já na importância da Metodologia Científica para o Ensino e Aprendizagem no Ensino Superior, a metodologia do ensino superior se refere ao conjunto de técnicas, métodos e recursos utilizados pelos docentes para viabilizar o processo de aprendizagem em cursos de graduação e pós-graduação. Todos os meios e as estratégias de ensino que os professores utilizam para apresentar conteúdos e avaliar estudantes integram dentro desse conjunto. A iniciação científica caracteriza-se como instrumento de apoio teórico e metodológico à realização de um projeto de pesquisa e constitui um canal adequado de auxílio para a formação de uma nova mentalidade no aluno, que de simples repetidores, passam a criadores de novas atitudes e comportamento, através da construção do próprio conhecimento. A situação atual do ensino médio encerra várias e complexas questões, como aspectos estruturais que ainda não foram resolvidos, a precariedade desse ensino público no Brasil.O cenário educacional em que convivem velhos e novos problemas aponta para a expansão do ensino médio com baixa qualidade, para a privatização da sua gestão e, simultaneamente, exibe um forte componente de exclusão. A reforma político-educacional do ensino médio, em curso, vem afetando sensivelmente o trabalho do professor e a dinâmica institucional da escola e, em muito menor grau, a realidade educacional do aluno. Tal fato, refletirá na sua atuação enquanto discente de uma instituição de nível superior. Em recente pesquisa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), foi divulgado que apenas um por cento dos alunos brasileiros da terceira série do ensino médio (ou seja, os que se preparam para ingressar na universidade) tem domínio adequado do idioma Português. Observa-se no país uma perigosa desvalorização da cultura básica, da erudição e do conhecimento. A grande maioria dos cursos de ensino médio e os cursos preparatórios para os vestibulares preparam o aluno apenas para realizar a prova, mas não desenvolvem nele o raciocínio, o senso crítico e o conhecimento de base. Obras literárias importantes são resumidas de forma pobre e descaracterizada, em poucos parágrafos. As apostilas são confeccionadas sem estudos prévios, ao contrário do que ocorre com os livros, que demandam anos de pesquisa por profissionais, especialistas, intelectuais, escritores e cientistas, contendo ilustrações detalhadas e informações completas. Já sem cultura básica, nossos jovens também não são estimulados à leitura dos jornais e revistas, que também se constituem em fonte imprescindível de informação e formação. A iniciação científica é um dever da instituição e não deve representar uma atividade eventual ou esporádica. A atividade de pesquisa universitária, especialmente a pesquisa básica, sempre exigiu um conjunto de condições que estão fora do alcance da realidade da maior parte dos estabelecimentos de ensino superior privados no Brasil. No setor público, a pesquisa universitária só institucionalizou-se a partir do final da década de sessenta, em função da implementação da reforma de 1968. As várias propostas demandam mudanças estruturais para o ensino superior brasileiro, objetivando modernizar e democratizar o sistema.
Referências das Obras Citadas:
TCC-MarcioNomura.pdf (ufabc.edu.br)
Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos.
https://brapci.inf.br/index.php/res/v/20871.
Marivalde Moacir Francelin, em seu artigo intitulado "ciência, senso ....
https://brainly.com.br/tarefa/24740965.
Ciência, senso comum e revoluções científicas: ressonâncias e paradoxos.