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A Teoria do Cultivo e “Good Doctor”:

A Teoria do Cultivo de G. Gerbner afirma que a exposição prolongada a


conteúdos mediáticos pode influenciar a perceção de indivíduos sobre a realidade.
Segundo essa teoria, a televisão e outros meios de comunicação podem moldar a visão
de mundo de seus espectadores e, dessa forma, afetar a maneira como eles entendem
e interpretam eventos e situações.
Ao relacionar essa teoria com a série "Good Doctor", é possível perceber que a
produção pode ter um impacto na forma como o público percebe e compreende o
autismo. A série retrata um jovem cirurgião com autismo, Shaun Murphy, que enfrenta
dificuldades e preconceitos no ambiente de trabalho, mas também apresenta
habilidades excecionais e um olhar diferenciado sobre o mundo.
Ao longo das temporadas, a série apresenta diversos aspetos da vida de Shaun
e de pessoas com autismo, abordando temas como a falta de compreensão por parte
dos colegas de trabalho, as dificuldades em lidar com situações sociais e a busca por
aceitação e inclusão. Com isso, a série pode contribuir para uma melhor compreensão
do autismo e para a redução de preconceitos e estereótipos relacionados à condição.
No entanto, é importante destacar que a Teoria do Cultivo também aponta para
a possibilidade de que a exposição excessiva a conteúdos mediáticos possa reforçar
estereótipos e preconceitos existentes. Por isso, é fundamental que a representação do
autismo na media seja cuidadosa e realista, buscando mostrar a diversidade e a
complexidade da condição e evitando simplificações e estereótipos.

Referencias:
 Gerbner, G. (1972). Cultural indicators: The case of violence in television
drama. Annals of the American Academy of Political and Social Science,
401(1), 119-130.
 Morgan, J. D., & Carpenter, J. (2018). The cultural indicators project: The
measurement of media power and media use. In The Routledge
Companion to Media and Activism (pp. 43-51). Routledge.
 Shapiro, J. P. (2019). Media exposure and cultivation theory. In The
International Encyclopedia of Media Literacy (pp. 1-7). John Wiley &
Sons, Ltd.
 Silveira, J. B., & Vasconcellos, J. F. (2018). Representações midiáticas de
pessoas com autismo: uma análise das imagens presentes em
reportagens jornalísticas. Revista Contemporânea de Comunicação,
16(32), 151-168.

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