Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO: O presente ensaio tem como objetivo descrever e expor o impacto de como
as guerras culturais no geral e, mais especificamente, nos Estados Unidos afetaram o
sistema mediático na Era Trump, dando destaque a um dos conceitos mais importantes
nesta Era, as fake news, no sentido de compreender o porquê de Trump utilizar de forma
incorreta esta ideia. Pretende-se explorar mais sobre Wallace e qual a sua ideia que,
passado várias décadas, caracteriza a Era Trump e Pós-Trump. Por fim, será exposta a
comparação entre Wallace e Trump, tendo como objetivo resumir todo o impacto de
todas as temáticas retratadas anteriormente. Espera-se contribuir para uma melhor
compreensão e captação da informação desta temática tão importante para compreender
o facto das fake news, das guerras culturais e da Era Trump terem tanto impacto em
todo o mundo, não só no sistema mediático, mas também no sistema democrático.
Palavras-chaves: Novas Guerras Culturais; Trump; Media; Politica; Era Trump; Pós-
modernismo; Sistema Democrático; Fake News.
Francisca Calado
Introdução
1
O presente trabalho pretende mostrar o impacto que Trump teve na Nova Guerra
Cultural, como por exemplo, nos cenários mediáticos, na política interna, na política
externa, nos desastres naturais e na imigração.
DESENVOLVIMENTO
2
As guerras culturais:
A partir delas, o conflito de ideias ficou evidente ao longo das últimas eleições
presidenciais e a cada manifestação pública do presidente eleito. Trata-se de um tipo
específico de tensionamento político e social em que o conflito ocorre na dimensão da
cultura - a produção artística, o pensamento, o universo de símbolos e valores. Nesta
conferência, pretende esclarecer as origens do fenômeno, o modo como se popularizou e
algumas das suas consequências atuais. (Brasil de Fato, 2022)
3
perceções do foco e definição da guerra cultural americana assumiram muitas formas.
(Regina, 2019)
Década de 1990:
4
de combate. Mas este não é o tipo de mudança que a América quer. E esse não é o tipo
de mudança que a América precisa. (Aurélio & De Souza, 2014)
O presidente Trump sempre disse que os Estados Unidos são "o maior país do
mundo". Mas Trump fez pouco para melhorar a imagem do país no exterior, de acordo
com uma pesquisa recente do Pew Research Center em 13 países. (Seales, 2020)
"Acho que um dos melhores termos que já criou foi fake news, disse Donald
Trump em uma entrevista a outubro de 2017. (Seales, 2020)
Embora o presidente, certamente, não tenha criado o termo fake news, é justo
dizer que ele popularizou este conceito. Ele usou a frase cerca de 2.000 vezes desde que
twittou pela primeira vez em dezembro de 2016, de acordo com publicações de media
social e gravações de áudio identificadas pelo Factba.se. (Seales, 2020)
Nas eleições de 2016, notícias falsas eram literalmente notícias falsas, como o
facto de o Papa Francisco demonstrar o seu apoio à presidência de Trump. No entanto, à
medida que se tornou popular, o termo deixou de ser apenas uma forma de se referir à
desinformação. O presidente costuma usar este termo para atacar informações que não
gosta ou que considera prejudiciais. Em fevereiro de 2017, Trump deu um passo adiante
ao chamar vários meios de comunicação de "o inimigo do povo americano". O termo
agora está a ser usado por líderes em países como a Tailândia, as Filipinas, a Arábia
Saudita e Bahrein, onde alguns têm defendido a repressão e perseguição de ativistas de
5
direitos contra dissidentes e jornalistas sob o pretexto de combater o que eles nomeiam
de "disseminação de desinformação" (Seales, 2020)
No que concerne à sua vida académica, Wallace assistiu às aulas e leu livros no
instituto de Mecânica de Londres, onde esteve exposto às ideias politicas radicais de
reformistas sociais tais como Robert Owen e Thomas Paine enquanto estava à espera
das condições necessárias para ser aprendiz de topografia. (Zaporski, 2014)
Depois do seu irmão mais velho falecer de pneumonia, Wallace abandonou o seu
cargo de professor para assumir a firma do irmão. Com isto, Alfred Wallace e o seu
irmão mais novo decidiram fundar uma firma de arquitetura e engenharia civil que
executou vários projetos, incluindo o planeamento e edificação do prédio do Instituto de
Mecânica de Neath. (Zaporski, 2014)
6
Wallace observou que uma das ironias daquela estranha paisagem mediática, que
deu origem a uma proliferação de veículos de comunicação com uma trajetória
ideológica, foi que os media criaram «precisamente o tipo de relativismo que os
conservadores culturais condenam, uma espécie de caos epistemológico em que “a
verdade’ é totalmente uma questão de perspetiva e agenda política». Estas palavras
foram escritas há mais de uma década, antes das eleições de 2016, mas previram
espantosamente o cenário cultural pós-Trump, em que a verdade cada vez mais parece
estar nos olhos de quem a vê, os fatos são intercambiáveis e socialmente construídos e,
com frequência, sentimo-nos transportados para um mundo invertido, onde as premissas
e as posições em vigor foram, há décadas, substituídas, de repente, pelo seu contrário.
(Kakutani, 2018)
Trump, tanto como candidato tanto como presidente, permitiu que os conflitos
sociais e políticos tomassem grandes proporções de modo a ampliar a sua base e a
desviar a atenção dos seus fracassos políticos e dos seus variados escândalos. Não é
coincidência que os trolls russos, que trabalharam para eleger Trump e para tentar minar
a fé no sistema democrático norte-americano, estivessem, ao mesmo tempo, a usar
perfis falsos em redes sociais com o intuito de ampliar ainda mais as divisões entre os
norte-americanos. (Kakutani, 2018)
7
Alguns dos críticos mais eloquentes da política do medo e da divisão de Trump
foram conservadores, como por exemplo, Steve Schmidt, Nicole Wallace, Joe
Scarborough, Jennifer Rubin, Max Boot, David Frum, Bill Kristol, Michael Gerson e os
senadores republicanos John McCain e Jeff Flake. (Kakutani, 2018)
Conclusão:
8
descreveu o que viu como o realinhamento e a polarização dramáticos que estavam a
transformar a política e a cultura americana.
O presidente Trump foi conhecido como o “criador” das fake news. De acordo
com as publicações na media social e gravações de áudio identificadas pela Factba.se,
Trump usou o conceito cerca de 2.000 vezes desde que a twittou pela primeira vez em
dezembro de 2016, mas, à medida que o termo se tornou popular, não era mais uma
maneira de se referir à desinformação, ou seja, o presidente costumou utilizar este
conceito para atacar informações que não gosta ou que considera prejudiciais.
Wallace observa que uma das ironias desse estranho cenário mediático, que deu
origem à proliferação dos media com trajetórias ideológicas, é que a media criou
"exatamente o tipo de relativismo que os conservadores culturais condenam, uma
espécie de caos epistemológico em qual 'verdade' é puramente uma questão de opinião e
agenda política”. Trump, candidato e presidente, permitiu que os conflitos políticos e
sociais aumentassem para ampliar sua base e desviar a atenção de seus fracassos
políticos e de escândalos.
9
Referências
10
Zaporski, S. (2014). Alfred Russel Wallace. Www.youtube.com.
https://www.youtube.com/watch?v=DxZ8aK7guS8
Brasil de Fato. (2022). As guerras dos EUA nos últimos 20 anos.
Www.youtube.com. https://www.youtube.com/watch?v=lafBoCNN6LE
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. (2022). Ele FOI DEMITIDO porque
REZAVA e a GUERRA CULTURAL nos EUA DERRUBA o ABORTO.
Www.youtube.com. https://www.youtube.com/watch?v=3PJmqg0_l9w
Prava, J. C. (2020, October 1). A desconstrução do pós-modernismo. Medium.
https://juliocesar.medium.com/a-desconstru%C3%A7%C3%A3o-do-p
%C3%B3s-modernismo-fc787151fa8
Seales, R. (2020, October 26). Como Trump mudou o mundo. BBC News Brasil.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54676719
11