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LIÇÃO 12: O CHAMADO PARA DECISÃO E COMPROMISSO

TEXTO ÁUREO
“E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a
encontrem.” Mateus 7.14

VERDADE APLICADA
Qualquer que proclama o nome de Cristo, mas não dá bom fruto, será como a árvore inútil, que é
cortada e lançada ao fogo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar acerca da porta estreita e da porta espaçosa.
Descrever o perfil dos falsos profetas.
Mostrar os dois tipos de servos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 7
13- Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição,
e muitos são os que entram por ela;

14- E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a
encontrem.

15- Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas
interiormente são lobos devoradores.

16- Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos?

17- Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.

20- Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

INTRODUÇÃO
Nesta lição trataremos das duas portas e dos dois caminhos ensinados por Cristo no final do
Sermão da Montanha. Onde Cristo trata da condição humana em escolher um desses dois
caminhos e uma dessas portas. Cristo deixa claro que não é possível caminhar pelos 2 caminhos ou
passar pelas 2 portas.
1- DUAS PORTAS E DOIS CAMINHOS

Vamos começar com os dois caminhos. A ideia de dois caminhos é familiar no Antigo Testamento
Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a
morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente,
Deuteronômio 30:19

E a este povo dirás: Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o
caminho da morte. Jeremias 21:8

 A ideia do homem escolher um dos caminhos são claras também no velho testamento

E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito
de primogenitura. Hebreus 12:16
 Esaú escolheu o caminho mais fácil. Já Moisés escolheu o caminho mais difícil

Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo,
antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do
pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito;
porque tinha em vista a recompensa. Hebreus 11:24-26

 Nestes textos é possível perceber a ideia de Cristo de caminho largo e estreito. Esaú seguiu pelo
caminho fácil, Já Moises decidiu pelo caminho estreito por que tinha em vista a recompensa.
 O caminho estreito é o caminho com Cristo é o caminho de Cristo.

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e avida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
João 14:6

1.1. A porta estreita.


 Jesus é a porta estreita que conduz a salvação.
Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.
João 10:7

 Essa ideia desqualifica a ideia de que não importa a religião que se segue; que todas as religiões
são boas”. Tudo leva a Deus.
1.2. A porta larga. 
 O caminho largo fala de facilidade, conforto e tranquilidade e conduz a porta larga onde o fluxo de
pessoas é maior, é onde a maioria caminha por ele. Naturalmente o ser humano como um
mecanismo de defesa segue a multidão, é o padrão,
 No entanto, essa comodidade é enganosa, visto que termina em “destruição”. O termo usado aqui é
“apoleia”, um termo comum para se referir ao castigo eterno

Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e
se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.
2 Pedro 3:7

 entretanto aqui devemos fazer o inverso ir na contramão.

Hoje temos muitas igrejas de “portas largas”, onde os líderes dizem que Deus se importam
com o coração. É claro que Deus se importa, mas o “Vinde a mim como estás” não significa
“Ficarás como queres”.

1.3. Poucos encontram o caminho.

 Entrar pela porta estreita indica o quão difícil será a vida cristã, e nem sequer se sabe o que há
de se encontrar ao longo do caminho. Mas, certamente, a alegria está no final [Ec 7.8a]. Jesus nos
ensina que poucos irão ganhar a vida que Ele oferece. Poucos caminham pelo caminho estreito,
entram pelo portão estreito e são salvos [Mt 7.14; Lc 13.23-24]. Por outro lado, existem muitos
aqueles que caminham pela estrada larga e entram pelo portão largo e que chegam à perdição [Mt
7.13].

Subsídio do Professor: Três verdades importantes emergem dessa passagem:


1) Existem apenas duas maneiras pelas quais alguém pode andar; uma leva à vida e a outra à
perdição [Jr 21.8];

2) Todos os homens devem escolher um desses dois caminhos. Não existe a menor sugestão
no Novo Testamento de uma terceira via, ou da possibilidade de neutralidade;

3) O caminho que conduz à vida é mais difícil e são poucos os que o escolhem; por outro lado, o
caminho espaçoso é mais fácil e atrai a maioria das pessoas. A entrada no caminho para o reino
começa aqui e agora ao atravessar a porta estreita para o apertado caminho, isso se faz quando
estamos sob a autoridade de Jesus Cristo [Jo 10.9].
2- DUAS CLASSES DE PROFETAS E DE FRUTOS
Sempre existiram falsos
profetas que desviam multidões do caminho estreito e os conduzem por caminhos espaçosos.

Houve na época de Jesus e há em nosso século. Precisamos estar atentos para não cair em suas
influências [Mt 7.15-16].

2.1. Os falsos profetas. 


Em nosso século, com o potencial dos meios de comunicação, como: jornais, revistas, rádio, TV,
vídeos, satélites, e o lucro financeiro que essas mídias representam, proliferam mais do que nunca
os falsos profetas.
Os falsos profetas enganam e são enganados pelo seu engano. Acreditam na própria mentira
Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, nãoprofetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não
expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
Mateus 7:22

Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho
mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá. Deuteronômio 18:20

 O termo falso profetas se refere a líderes e mestres dentro da comunidade cristã [Jo 10.12].
 Os falsos profetas parecem “ovelhas
 O grande problema dos falsos profetas são os seus ensinos, que possui alguns elementos de
verdade, mas na essência não condiz com a interpretação correta das escrituras.
 Paulo usa o termo “lobos vorazes” para descrever os falsos mestres que seguiam com a
intenção de confundir e enganar os novos crentes [At 20.28-31].

2.2. Lobos vestidos de ovelhas.


 Os falsos mestres se infiltraram na Igreja Primitiva, exatamente quando o Evangelho estava
sendo propagado

Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não
perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas,
para atraírem os discípulos após si. Atos 20:29,30

Herbert Lockyer diz não ser tarefa fácil identificar o lobo (falso profeta) vestido com roupa de
ovelha.
Ele pode ter uma capacidade maravilhosa de percepção interna, como Balaão;
e pode fazer maravilhas como Simão, o mago;
ou, como Satanás, aparecer como “anjo de luz”.
Só existe uma forma de identificá-los: pelos seus frutos [Mt 7.16].

2.3. Por seus frutos os conhecereis. 


Os frutos são uma metáfora sobre o caráter e a conduta. Não importa o que uma pessoa possa
afirmar sobre si mesma, seu verdadeiro caráter acabará se revelando. Se são profetas falsos, são
árvores corruptas e não podem produzir bons frutos [Mt 7.16].

O falso profeta pode vestir-se como um profeta verdadeiro e falar como um profeta.

Porém, a vida da alma não pode sustentar-se com os frutos falsos que oferece o profeta que não o
é.
A verdadeira prova de qualquer ensino é se alimentar e fortalecer ao homem para suportar as
cargas da vida e percorrer o caminho conforme a Palavra de Deus.

O defeito fundamental do falso profeta é o interesse pessoal. O falso profeta não ensina pelo
que possa oferecer a outros, ensina pelo que pode conseguir para si.

3- OS DOIS TIPOS DE SERVOS


Jesus está mais atento ao nosso “caminhar” do que ao nosso “falar”. Nesse ponto da lição Jesus
apresenta dois tipos de servos para nos ensinar acerca do dizer e do fazer.

3.1. A obediência é o visto de entrada nos céus. 


Não é difícil aprender um vocabulário religiosos, memorizar e recitar versículos bíblicos e até cantar
mundo afora. Porém, o teste final não será aquilo que pensamos acerca de nós mesmos, ou o que
os outros pensam de nós, mas, sim, o que Deus dirá. A única maneira de não fazer parte desse
julgamento condenatório é fazendo a vontade de Deus. A prova da verdadeira fé em Cristo é a
obediência à Sua vontade. Jesus apresenta dois tipos de servos: aquele que teve cuidado de
descobrir e cumprir a vontade de Deus, e o que apenas viveu enganando a si mesmo [Mt 7.21].
Visto que uma confissão verbal de Jesus como Senhor pode esconder um coração impenitente,
Jesus afirma que a entrada no reino dos céus está reservada apenas para aqueles que fazem “a
vontade do Pai”.

3.2. Eles fizeram, mas ficaram de fora. 


Existe algo muito interessante nas palavras que são dirigidas por Jesus aos falsos profetas. Ele não
descarta que foi em Seu nome que que esses homens profetizaram, expulsaram demônios e fizeram
muitas maravilhas [Mt 7.22]. Ele disse que aquele que acreditasse nEle faria obras grandiosas. No
entanto, crer e usar o nome não credencia ninguém para a salvação, nem tampouco conhecido de
Cristo. Ele diz que mesmo esses homens tendo realizado tantas coisas maravilhosas eram malditos,
estavam condenados ao fogo do inferno e Ele não os conhecia [Mt 7.23]. Embora uma pessoa
realize grandes feitos em nome do Senhor, ainda assim pode estar fora da vontade de Deus, se
continuar praticando a iniquidade. Jesus descreve a horrível cena de pessoas poderosas que serão
deixadas do lado de fora.

Subsídio do Professor: Jesus está dizendo claramente como será no fim. Essas pessoas que eram
aparentemente tão usadas e que pareciam ser tão diferenciadas e santas, não tinham nenhum
vínculo de relacionamento com Ele. Jesus está afirmando que os falsos profetas são capazes de
profetizar (referindo-se não apenas a descrever o futuro, mas a ensinar), expulsar demônios e
realizar milagres. Aprendemos aqui que invocar o nome de Cristo e realizar obras poderosas não
serão o suficiente para garantir o acesso ao céu. Jesus lhes dirá abertamente: “Nunca tive um
relacionamento pessoal com você, e nunca estive ao seu lado quando fez o que afirma ter feito.
Você não pode fazer parte no meu Reino” [Mt 7.23].

3.3. Nunca vos conheci. 


Essas palavras ditas por Jesus Cristo falam de um dia de prestação de contas, onde muitos irão
comparecer diante dEle para o acerto final. Algumas pessoas conseguem driblar e manter durante
algum tempo a máscara e o disfarce, mas sempre chega o momento em que toda falsidade é
manifesta e todo disfarce é arrancado [1Tm 5.24]. Nesse dia, os que creram em Cristo e provaram
sua fé pela obediência não terão coisa alguma a temer, mas os que dizem crer em Cristo e não
obedecem à vontade de Deus serão condenados. É possível enganar aos homens com nossas
palavras e ações, mas jamais poderemos enganar a Deus. O que é essencial para nossa vida é ser
praticante da Palavra e não somente ouvinte [Tg 1.22-25; 2.14-20], ou seja, além de saber, é
imprescindível fazer de acordo com o que sabemos.

Subsídio do Professor: Adam Clark: “Quantos pregadores há que parecem profetas em seus


púlpitos: quantos escritores e obreiros evangélicos, cujas obras nos admiram, mas que nada são, e
que são piores do que nada diante de Deus, porque não fazem a Sua vontade. Que horrível essa
situação de um homem iminente, cujos dons sobressaem, cujos talentos são fontes de utilidade
pública, e que só podem servir de indicadores do caminho que leva a felicidade eterna, mostrando
esse caminho ao povo quando eles mesmos não podem andar por esse caminho [Mt 7.21-23]”.

CONCLUSÃO
Assim, temos aprendido que Nosso Senhor enfatizou que o destino dos que conhecem Suas
instruções está ligado à obediência a Ele. Jesus não disse que seria fácil, mas prometeu estar
conosco todos os dias. Esta é a garantia de que podemos avançar, porque Ele sempre irá nos
ajudar e fortalecer [Mt 28.20].

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