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CAPÍTULO IV
MODELOS DE CITAÇÕES
Há diferentes modelos e convenções que são amplamente usados. Manuais de modelos de citações mais
conhecidos incluem o modelo do manual de Chicago e aqueles publicados pela Associação Americana de
Psicologia (APA) e o modelo Britânico conhecido por Associação Moderna de Pesquisas Humanas
MHRA. Um dos mais conhecidos e também dos mais simples é o modelo “Autor-Data” (também
designado “Harvard Method”), para citações e listas de referências.
Muitas vezes as publicações científicas usam os guias de citação ou modelos publicados pelas sociedades
e instituições nas suas próprias áreas. Em todos os casos a consistência na apresentação é muito
importante.
Para as dissertações, é essencial, primeiro, certificar-se dos detalhes específicos da citação convencional
exigida pela instituição e depois prestar particular atenção para o uso de letras maiúsculas, do itálico (ou
sublinhado) e verificar atentamente a pontuação. É costume os examinadores externos prestarem
particular atenção a citações e referências.
A informação que se segue, sobre o modelo APA, poderá ser-lhe bastante útil ao escrever um texto
académico.
4.1.2 Pontuação
Não há espaço antes, mas há sempre um espaço depois de:
- Virgula (,)
- Ponto (.)
- Ponto de exclamação (!)
- Ponto e vírgula (;)
- Dois pontos (:)
- Ponto de interrogação (?)
Não há espaço nem a abrir nem a fechar:
- Aspas (“”)
- Parênteses [( )]
Exemplo:
...antes do nascimento “quando se cantava e se dançava para pedir a bênção de Deus” (Manhique,
1982).
Devem ter sempre espaço entre si os grupos de três algarismos (30 500 000).
Excepto para et al., estas abreviaturas só são utilizadas em material intercalado. Em material não
intercalado, usa-se a tradução em português.
4.2.1 Numerais
Os números de zero a nove devem ser escritos por extenso, excepto em tabelas, quando indicam valores
de uma medição e na numeração de figuras, notas e tabelas. Os números maiores ou iguais a 10 são
escritos em algarismos (10, 11, 12,...).
Escreva por extenso qualquer número quando este é a primeira palavra duma frase.
Não escreva:
26 estudantes foram recrutados...
Mas sim:
Foram recrutados 26 estudantes.
Ou
Vinte e seis estudantes foram recrutados...
4.2.2 Unidades de medida
Utilize sempre o mesmo número de decimais para as medidas de uma mesma grandeza:
Exemplos:
O gabinete tem uma largura de 3,45 m e um comprimento de 2,00 m.
A reunião foi das 9.00 às 12.00 h.
Não use ponto nos símbolos de unidades de medida.
4.2.3 Tabelas
Escreva ´´Tabela`` e o número da tabela e depois o título. Não use ponto final a seguir ao título da tabela.
Em colunas com números decimais, mantenha constante o número de casas decimais e alinhe-as
verticalmente.
4.2.4 Figuras
“Figuras” é o nome técnico de gráficos, mapas e desenhos. A figura é centrada no texto. O número da
figura e o título vêm por baixo.
4.2.5. Referências às tabelas e figuras
Se o documento inclui tabelas ou figuras, deve introduzir no texto uma referência à tabela ou figura e
descrever ao leitor o que nela deve ser visto:
Exemplo:
A tabela 1 expõe...
Pode ver-se na figura 1...
Quando se faz a referência a um artigo com três, quatro ou cinco autores, cite todos eles a primeira vez
em que a referência ocorrer. Nas subsequentes referências, inclua apenas o apelido do primeiro autor,
seguindo-se a abreviatura latina et al., não em itálico. Quando a referência for de seis ou mais autores,
indique apenas o apelido do primeiro autor seguido de et al e o ano entre parênteses.
Exemplo:
Marques, Rosado e Silva (1975) sugeriram que...
ou
Para além disso, Marques et al. (1975) sugeriram que...
As referências entre parênteses são ordenadas por ordem alfabética e separadas por ponto e vírgula (;).
Exemplo:
Foi demonstrado experimentalmente que as atitudes com origem na experiência directa são mais
resistentes à mudança (Almeida, 1983; Carolina Marques, 1988; Parsons et al., 1980).
Quando mencionar um trabalho com mais de um autor, cuja referência ocorre entre parênteses, deve
utilizar “”.
Exemplo:
Foi demonstrado experimentalmente que as atitudes com origem na experiência directa são mais
resistentes à mudança (Almeida Antunes, 1990).
Quando a referência não ocorre entre parênteses, deve-se usar a conjunção “e”.
Exemplo:
Almeida e Antunes (1990) demonstraram experimentalmente que as atitudes com origem na experiência
directa são mais resistentes à mudança.
Citações literais
Citações de menos de 40 palavras devem ser incluídas no texto entre aspas e em itálico.
Exemplo:
Azevedo (2003, p. 29) anota que “Quando existem vários apêndices, estes costumam ser designados por
letras (v.g. Apêndice A, Apêndice B, etc.).”
Citações de 40 ou mais palavras são feitas, sem aspas, num parágrafo separado com 5 espaços de
tabulação.
Exemplo:
Vieira (1999, p. 27), relativamente à redacção da dissertação, sugere que:
Para escrever uma tese, é preciso ler. Portanto, leia tudo o que puder sobre a sua área de trabalho e
também sobre assuntos correlatos e assuntos básicos, como estatística e metodologia científica. Não
encare a leitura como perda de tempo, mas como um investimento na sua formação de pesquisador.
Quando se omite uma ou mais palavras numa citação, deve-se usar as reticências. Este é o mesmo
procedimento quando se omite a parte inicial ou final da frase transcrita. Tendo como referência o
exemplo acima, ficaria:
Vieira (1999, p. 27), relativamente à redacção da dissertação, sugere que “... é preciso ler ... tudo o que
puder sobre a sua área de trabalho e também sobre assuntos correlatos e assuntos básicos ...”
No final de cada citação devem ser referenciados, entre parênteses, o autor, o ano e número da página de
onde foi retirado o texto citado.
Exemplo:
Rosa (1978, p. 1) notou que “o mundo é redondo”.
Ao citar um website inteiro, é suficiente para referenciar o endereço do local só no texto, não havendo
necessidade de repeti-lo na lista de referências.
Exemplo:
Kidspsych é uma Website interactiva e maravilhosa para crianças (http://www.kidspsych.org).
Apelido do autor, iniciais de outros nomes, ano em parêntesis, ponto, título do artigo, ponto, nome da
revista em itálico, número do volume em itálico, número da série da revista entre parênteses não em
itálico e as páginas ocupadas pelo artigo na revista. Exemplos:
6.2 Livros
Azevedo, M. (2003). Teses, relatórios e trabalhos escolares: Sugestões para estruturação da escrita.
Lisboa: Universidade Católica Editora.
Queirós, E. (2000). O crime do Padre Amaro (25ª ed.). Rio de Janeiro: Ediouro.
Light, G., Cox, R., & Calkins, S. (2009). Learning and Teaching in
Higher Education: The Reflective Professional (2nd ed.). London: SAGE.
Cunha, C., & Lindley, C. (1991). Nova gramática do português contemporâneo. Lisboa:
Edições João Sá da Costa.
9. Artigo de jornal
Exemplos:
Ades, C. (2001, Abril 15). Os animais também pensam. Jornal da Tarde, p.4.
Filipe, S. (2006, Fevereiro 1). Actividades dos “tchovas” deve ser disciplinada.
Notícias, p. 5.
Buque, D. (2003). New work practices, new literacies and new identities: a shift
towards a “new work culture” in a soft drinks factory in Maputo. Dissertação de mestrado não
publicada. Cape Town: University of Cape Town.
Pereira, A., & Poupa, C. (2003). Como escrever uma tese, monografia ou livro
científico: usando o Word. Lisboa: Sílabo. Disponível em
http://teses.mediateca.info/base.php?base=livro
11.3 Artigo científico com DOI
DOI na sigla inglesa significa “digital object identifier” e deve ser incluso na referência quando
aparece no artigo.
Exempo: